UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA – CAMPUS VIII DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL CURSO : GEOLOGIA GERAL ALUNA: ANA LÍDIA ALVES DE ARAÚJO ARAÚJO
PROF.: JOSÉ MÁCIO MATRÍCULA: 131673670
RELATÓRIO DE AULA DE CAMPO: ASPECTOS GEOLÓGICOS DA PEDRA DA BOCA – ARARUNA/PB
ARARUNA-PB 2013
INTRODUÇÃO
Este relatório tem por objetivo abordar aspectos geológicos estudados em sala de aula e observados em aula de campo da componente curricular Geologia Geral, com realização na data de 31 de outubro de 2013, pelo curso de Engenharia Civil, com a turma do 2º período da Universidade Estadual da Paraíba – UEPB, sob a orientação do professor Dsc. José Mácio Ramalho Teódulo . Para realização desse trabalho seguiu-se as orientações de Venturi (2005), o qual afirma que a pesquisa de campo pode ser dividida em três momentos: primeiro a observação e descrição de fatos, locais e eventos com o maior detalhamento possível; segundo a interpretação de dados, imagens coletadas no momento da observação e por terceiro a descrição de práticas de campo e relatórios. O momento do trabalho de campo representa o contato imediato do cientista com a realidade, ainda que se possa fazer o uso de instrumentos; é o momento de conhecê-la melhor por meio de técnicas de observação e interpretação [...] instrumentalizadas ou não (VENTURI, 2005, p. 18).
As paisagens naturais resultam da combinação de processos atuantes nos relevos estruturais, rochosas
originando feições
denominadas,
no conjunto,
singulares relevos
em
diferentes formações
esculturais.
Os monumentos
geológicos oriundos desses processos mecânicos, químicos e biológicos (intemperismo) representam uma das maiores riquezas do cenário paisagístico brasileiro.
As
feições
geológico-geomorfológicas
geodiversidade. Segundo Brilha (2005), não são
estão
associadas
à
constituídas apenas pelos
aspectos abióticos, tais como rochas e minerais, mas, também correspondem a todos
os
processos naturais
que movimentam e originam as formas e os
fenômenos naturais. Por conseguinte, a geodiversidade é o substrato sobre o qual ocorre todo o ciclo da vida. A área de estudo compreende uma porção do município de Araruna (PB), na Microrregião
do
Curimataú,
Mesorregião do Agreste Paraibano. O corpo
granítico Monte das Gameleiras pertence a suíte intrusiva cálcio-alcalina de altoK denominada Itaporanga. Esta associação é composta por anfibólio, biotita, monzogranitos
a
sienogranitos grossos a porfiríticos, com megacristais de
feldspato, associados a dioritos. (Guimarães et al, 2008). Esta associação
é comum no Nordeste do Brasil (Província da Borborema). A resposta distinta de granitos (l.s.) e dioritos (l.s.) face aos agentes intempéricos (físicos e químicos)
favorece
o
desenvolvimento de inúmeras feições geomorfológicas interessantes. Em virtude da relevância da geodiversidade, é de importância primordial a realização de estudos voltados para o seu reconhecimento, descrição e análise. A partir desses estudos, propõe-se medidas direcionadas à conservação e manejo dessas áreas, onde o turismo poderá ter como base a geologia e a geomorfologia. Nesse caso, deve ser levado em consideração o conhecimento de sua formação, bem como suas fragilidades e especificidades. A região também merece destaque por seu valor arqueológico. Nela são encontradas pinturas rupestres, fazendo-se necessária conservação e visitação ordenada. ÁREA DE ESTUDO O município de Araruna está localizado na Microrregião do Curimataú Oriental e na Mesorregião do Agreste Paraibano do Estado da Paraíba. Sua Área é de 246 km² representando 0.4354% do Estado, 0.0158% da Região e 0.0029% de todo o território Brasileiro. A sede do município tem uma altitude aproximada de 570 metros distando 115,0473 Km da capital. O acesso é feito, a partir de João Pessoa, pelas rodovias BR 230/BR 104/PB 105/PB 111 Situado em Araruna, o Parque Estadual da Pedra da Boca, criado pelo Decreto Governamental nº 20.889 de 7 de fevereiro de 2000, é uma reserva ecológica e ambiental que apresenta um dos mais importantes patrimônios geológicos do estado da Paraíba e do Brasil, possuindo uma área de cerca de 160 hectares na zona rural de Araruna. Está há uma cota altimétrica abaixo dos 400 metros, possuindo um clima mais quente que as demais áreas do município a qual pertence. A denominação Pedra da Boca advém da existência de uma imensa cavidade natural, que se assemelha a uma boca humana. Possui
uma
vegetação
mais
característica
de
floresta
estacional
semidecidual, em meio à caatinga, possui em algumas partes elevadas, ou topos dos morros, matas densas e úmidas características de caatinga serrana.