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BACHILLERATO
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BACHILLERATO
Siglo XX
ISBN 978-84-9771-578-2
9
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788497 715782
y Literatura
2 BACHILLERATO
Lengua Castellana y Literatura
Lengua Castellana y Literatura
Lengua Castellana
Siglo XX
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Siglo XX José Mª Echazarreta Ángel Luis García
ÍNDICE UNIDAD 1: LAS LENGUAS DE ESPAÑA ....................................................................................... 5 CUESTIONES INICIALES-PÁG. 7 ................................................................................................... 5 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 10.......................................................................................... 6 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 13.......................................................................................... 8 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 20.......................................................................................... 9 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 21........................................................................................ 10 TEXTOS COMPLEMENTARIOS-PÁG. 22 ..................................................................................... 12 TEXTOS COMPLEMENTARIOS-PÁG. 23 ..................................................................................... 13 TEST DE EVALUACIÓN-PÁG. 25.................................................................................................. 15 UNIDAD 2: EL ESPAÑOL ACTUAL Y SUS VARIEDADES.......................................................... 16 CUESTIONES INICIALES-PÁG. 27 ............................................................................................... 16 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 31........................................................................................ 16 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 32........................................................................................ 18 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 36........................................................................................ 21 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 37........................................................................................ 23 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 42........................................................................................ 25 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 43........................................................................................ 27 TEXTOS COMPLEMENTARIOS-PÁG. 44 ..................................................................................... 28 TEXTOS COMPLEMENTARIOS-PÁG. 45 ..................................................................................... 29 TEST DE EVALUACIÓN-PÁG. 47.................................................................................................. 31 UNIDAD 3: LA PALABRA. ESTRUCTURA Y SIGNIFICADO....................................................... 32 CUESTIONES INICIALES-PÁG. 49 ............................................................................................... 32 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 52........................................................................................ 32 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 53........................................................................................ 34 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 58........................................................................................ 36 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 59........................................................................................ 39 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 60........................................................................................ 40 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 64........................................................................................ 42 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 65........................................................................................ 45 TEXTOS COMPLEMENTARIOS-PÁG. 66 ..................................................................................... 47 TEXTOS COMPLEMENTARIOS-PÁG. 67 ..................................................................................... 48 TEST DE EVALUACIÓN-PÁG. 69.................................................................................................. 50 UNIDAD 4: LA ORACIÓN GRAMATICAL Y SUS CLASES.......................................................... 51 CUESTIONES INICIALES-PÁG. 71 ............................................................................................... 51 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 75........................................................................................ 52 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 76........................................................................................ 55 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 80........................................................................................ 59 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 85........................................................................................ 61 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 86........................................................................................ 63 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 91........................................................................................ 65 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 92........................................................................................ 67 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 93........................................................................................ 70 TEXTOS COMPLEMENTARIOS-PÁG. 94 ..................................................................................... 72 TEXTOS COMPLEMENTARIOS-PÁG. 95 ..................................................................................... 73 TEST DE EVALUACIÓN-PÁG. 97.................................................................................................. 75 UNIDAD 5: EL TEXTO. CARACTERÍSTICAS Y CLASES ............................................................ 76 CUESTIONES INICIALES-PÁG. 99 ............................................................................................... 76 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 103...................................................................................... 76 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 104...................................................................................... 78 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 108...................................................................................... 80 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 109...................................................................................... 81 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 110...................................................................................... 83 2
ACTIVIDADES PROPUESTAS -PÁG. 113..................................................................................... 85 TEXTOS COMPLEMENTARIOS-PÁG. 114 ................................................................................... 87 TEXTOS COMPLEMENTARIOS-PÁG. 115 ................................................................................... 88 TEST DE EVALUACIÓN-PÁG. 117................................................................................................ 90 UNIDAD 6: VARIEDADES TEXTUALES (I) .................................................................................. 91 CUESTIONES INICIALES-PÁG. 119 ............................................................................................. 91 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 123...................................................................................... 92 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 124...................................................................................... 94 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 128...................................................................................... 97 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 129.................................................................................... 100 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 132.................................................................................... 102 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 133.................................................................................... 104 TEXTOS COMPLEMENTARIOS-PÁG. 134 ................................................................................. 106 TEXTOS COMPLEMENTARIOS-PÁG. 135 ................................................................................. 106 TEST DE EVALUACIÓN-PÁG. 137.............................................................................................. 109 UNIDAD 7: VARIEDADES TEXTUALES (II) ............................................................................... 110 CUESTIONES INICIALES-PÁG. 139 ........................................................................................... 110 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 142.................................................................................... 111 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 148.................................................................................... 113 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 149.................................................................................... 115 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 150.................................................................................... 117 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 154.................................................................................... 118 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 155.................................................................................... 120 TEXTOS COMPLEMENTARIOS-PÁG. 156 ................................................................................. 122 TEXTOS COMPLEMENTARIOS-PÁG. 157 ................................................................................. 123 TEST DE EVALUACIÓN-PÁG. 159.............................................................................................. 125 UNIDAD 8: LOS TEXTOS LITERARIOS ..................................................................................... 126 CUESTIONES INICIALES-PÁG. 161 ........................................................................................... 126 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 164.................................................................................... 127 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 165.................................................................................... 128 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 168.................................................................................... 131 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 169.................................................................................... 132 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 172.................................................................................... 134 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 173.................................................................................... 135 TEXTOS COMPLEMENTARIOS-PÁG. 174 ................................................................................. 137 TEXTOS COMPLEMENTARIOS-PÁG. 175 ................................................................................. 138 TEST DE EVALUACIÓN-PÁG. 177.............................................................................................. 140 UNIDAD 9: LA POESÍA EN EL PRIMER TERCIO DEL SIGLO XX ............................................ 141 CUESTIONES INICIALES-PÁG. 179 ........................................................................................... 141 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 184.................................................................................... 142 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 185.................................................................................... 144 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 186.................................................................................... 146 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 189.................................................................................... 148 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 193.................................................................................... 149 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 194.................................................................................... 151 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 195.................................................................................... 153 GALERÍA DE TEMAS Y PERSONAJES-PÁG. 197...................................................................... 154 COMENTARIO DE TEXTO-PÁG. 199.......................................................................................... 156 TEST DE EVALUACIÓN-PÁG. 201.............................................................................................. 157 UNIDAD 10: LA NOVELA Y EL ENSAYO A PRINCIPIOS DEL SIGLO XX ............................... 158 CUESTIONES INICIALES-PÁG. 203 ........................................................................................... 158 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 208 Y 209 ......................................................................... 158 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 210.................................................................................... 162 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 212.................................................................................... 163 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 216.................................................................................... 165 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 217.................................................................................... 167 3
GALERÍA DE TEMAS Y PERSONAJES-PÁG. 219...................................................................... 169 COMENTARIO DE TEXTO-PÁG. 221.......................................................................................... 170 TEST DE EVALUACIÓN-PÁG. 223.............................................................................................. 171 UNIDAD 11: EL TEATRO EN EL PRIMER TERCIO DEL SIGLO XX ......................................... 172 CUESTIONES INICIALES-PÁG. 225 ........................................................................................... 172 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 230.................................................................................... 173 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 231.................................................................................... 175 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 232.................................................................................... 177 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 235.................................................................................... 178 GALERÍA DE TEMAS Y PERSONAJES-PÁG. 237...................................................................... 180 TEST DE EVALUACIÓN-PÁG. 241.............................................................................................. 182 UNIDAD 12: LA POESÍA DESDE MEDIADOS DEL SIGLO XX ................................................. 183 CUESTIONES INICIALES-PÁG. 243 ........................................................................................... 183 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 246.................................................................................... 184 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 247.................................................................................... 186 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 250.................................................................................... 188 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 251.................................................................................... 189 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 254.................................................................................... 191 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 255.................................................................................... 193 GALERÍA DE TEMAS Y PERSONAJES-PÁG. 257...................................................................... 195 COMENTARIO DE TEXTO-PÁG. 259.......................................................................................... 195 TEST DE EVALUACIÓN-PÁG. 261.............................................................................................. 197 UNIDAD 13: LA NOVELA Y EL ENSAYO HASTA LA ACTUALIDAD ....................................... 198 CUESTIONES INICIALES-PÁG. 263 ........................................................................................... 198 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 266.................................................................................... 199 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 267.................................................................................... 201 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 271.................................................................................... 203 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 272.................................................................................... 204 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 273.................................................................................... 205 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 277.................................................................................... 207 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 278.................................................................................... 209 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 281.................................................................................... 210 GALERÍA DE TEMAS Y PERSONAJES-PÁG. 283...................................................................... 212 TEST DE EVALUACIÓN-PÁG. 287.............................................................................................. 213 UNIDAD 14: EL TEATRO DESDE MEDIADOS DEL SIGLO XX................................................. 214 CUESTIONES INICIALES-PÁG. 289 ........................................................................................... 214 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 292.................................................................................... 215 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 293.................................................................................... 216 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 296.................................................................................... 218 ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 297.................................................................................... 219 GALERÍA DE TEMAS Y PERSONAJES-PÁG. 299...................................................................... 220 TEST DE EVALUACIÓN-PÁG. 303.............................................................................................. 221 ANEXOS....................................................................................................................................... 222 ACTIVIDADES SOBRE LAS NORMAS LINGÜÍSTICAS-PÁG. 318 ............................................. 222 ACTIVIDADES SOBRE LAS NORMAS LINGÜÍSTICAS-PÁG. 319 ............................................. 223 ACTIVIDADES SOBRE LAS NORMAS LINGÜÍSTICAS-PÁG. 320 ............................................. 226 ACTIVIDADES SOBRE LAS NORMAS LINGÜÍSTICAS-PÁG. 321 ............................................. 228 ACTIVIDADES SOBRE LAS NORMAS LINGÜÍSTICAS-PÁG. 322 ............................................. 231 EL COMENTARIO DE TEXTO-PÁG. 329 .................................................................................... 233 CINE Y LITERATURA-PÁG. 334.................................................................................................. 238 CINE Y LITERATURA-PÁG. 335.................................................................................................. 239
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UNIDAD 1: LAS LENGUAS DE ESPAÑA CUESTIONES INICIALES-PÁG. 7 1. ¿Cuántas lenguas existen en el mundo? Enumera las principales lenguas europeas y los países en que se hablan. Se calcula que existen en la actualidad unas cuatro mil lenguas en todo el mundo, aunque muchas de ellas están desapareciendo rápidamente. Por lo que respecta a Europa, las principales lenguas, además de las lenguas habladas en España, son: • • • •
El inglés, hablado en Gran Bretaña, Irlanda, Malta y utilizado como lengua de contacto entre los diversos países. El francés, hablado en Francia, Bélgica, Luxemburgo, Suiza y norte de Italia. El alemán, hablado en Alemania, Austria, Bélgica, Luxemburgo y Suiza. El italiano, hablado en Italia y Malta.
2. ¿Cuál crees que es la causa de que exista tanta diversidad de lenguas? No hay una explicación clara del porqué de la diversidad lingüística. Sin embargo, parece evidente que se justifica en gran medida por la evolución que sufren las lenguas, evolución que origina variedades dialectales que pueden dar lugar a nuevas lenguas. 3. Explica con tus propias palabras la diferencia entre los conceptos de lengua y dialecto. •
La lengua es el idioma que los hablantes de cada comunidad utilizan como instrumento de comunicación y que consideran parte fundamental de su cultura, independientemente de las variedades regionales o locales que presente. El castellano, el catalán, el gallego y el euskera, por ejemplo, son lenguas.
•
Un dialecto es una variedad local o regional de un idioma que no impide la comunicación entre los hablantes. En la historia de las lenguas puede ocurrir que un dialecto se diferencie de la lengua de origen hasta dificultar la comunicación y acabe siendo una lengua distinta. Por ejemplo, el latín hablado en la Península durante la dominación romana presentaba variedades dialectales según las diferentes zonas. Con la desmembración del Imperio Romano, esas variedades se diferenciaron del latín y dieron origen a diferentes lenguas: el castellano, el catalán y el gallego.
4. ¿Qué significa la palabra bilingüismo? El bilingüismo es la convivencia de dos idiomas en un mismo territorio. Una sociedad es bilingüe cuando amplios grupos de hablantes emplean dos lenguas, aunque no todos sus miembros sean bilingües. 5. ¿Cuántas lenguas se hablan en España? En España se hablan cuatro lenguas diferentes. 6. ¿Cómo se denominan las lenguas de España y dónde se hablan? España es una nación plurilingüe en la que conviven el castellano o español, el catalán, el euskera y el gallego. Todas estas lenguas están reconocidas como cooficiales junto con el castellano en sus respectivos territorios: el catalán en Cataluña y las Islas Baleares, y con el nombre de valenciano en la Comunidad Valenciana, el euskera en el País Vasco y en las zonas vascoparlantes de Navarra, y el gallego en Galicia.
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7. ¿Proceden del latín todas las lenguas de España? El castellano, el catalán y el gallego son lenguas romances o románicas, es decir, derivadas del latín. El euskera ya se hablaba cuando los romanos ocuparon la península Ibérica. Las cuatro lenguas cuentan con dialectos o variedades geográficas.
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 10 1. Lee los siguientes textos y responde a las cuestiones que se plantean a continuación: Era la tierra toda de una sola lengua y de unas mismas palabras. En su marcha desde oriente hallaron una llanura en la tierra de Senaar y se establecieron allí, y dijeron: «Vamos a edificar una ciudad y una torre, cuya cúspide toque a los cielos y nos haga famosos, por si tenemos que dividirnos por la faz de la tierra». Bajó Yavé a ver la ciudad y la torre que estaban haciendo los hijos de los hombres, y se dijo: «He aquí un pueblo uno, pues tienen todos una lengua sola. Se han propuesto esto, y nadie les impedirá llevarlo a cabo. Bajemos, pues, y confundamos su lengua, de modo que no se entiendan unos a otros». Y los dispersó de allí Yavé por la faz de la tierra, y así dejaron de edificar la ciudad. Por eso se llamó Babel, porque allí confundió Yavé la lengua de la tierra toda. La Biblia: Génesis 11 (versión de Nácar Colunga). Esta leyenda [indochina] nos cuenta que habitando todos los hombres en una sola ciudad y hablando todos ellos una misma lengua, como consideraran poco práctico que la Luna no se hiciese siempre visible, se decidieron a levantar una torre a fin de poder alcanzarla. A medida que la torre iba ganando en altura sus constructores pasaban a aposentarse en los diferentes pisos, y al mismo tiempo desarrollaban diversas lenguas. Pero cuando la torre estaba a punto de ser terminada, el espíritu de la Luna se enojó y soplando contra ella la echó por los suelos, y los hombres se dispersaron por la faz de la Tierra, pasando a morar allí donde el viento los había llevado... ENRIQUE WULFF: Lenguaje y lenguas. a) El primer texto es el relato bíblico de la torre de Babel. ¿Qué significa el nombre de Babel? ¿La diversidad de lenguas, según este relato, es considerada como algo bueno o malo para los seres humanos? El nombre de esta ciudad procede del verbo hebreo balál, «confundir», pero su fundador, el rey Nemrod le dio el nombre de Bab-el, es decir, «Puerta de Dios», ya que tenía el propósito de hacer de esta ciudad y de su torre, el lugar donde se podría tener comunicación directa con el cielo y, por lo tanto, con Dios mismo. Según el relato bíblico, la diversidad de lenguas es un castigo divino provocado por el orgullo de los seres humanos que, desde entonces, han estado condenados a no poder comunicarse. b) El segundo texto resume una leyenda del sureste de Asia sobre el origen de la diversidad lingüística. Compárala con el relato de la torre de Babel y señala los elementos comunes y las diferencias entre ambos. Como elementos similares se encuentran la construcción de una torre que pretende alcanzar los cielos, el enojo del dios (en este caso la Luna) y la dispersión de los hombres por la faz de la Tierra. Son elementos diferentes: la intención de los seres humanos (en el primer caso, alcanzar a Dios; en el segundo, conseguir que la Luna fuera siempre visible); el hecho de que ya al construir la torre los hombres iban hablando diferentes lenguas; y la forma del castigo, un soplo de la Luna que lleva a los hombres hasta los distintos lugares donde habitan.
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c) Busca y recopila mitos y leyendas procedentes de distintas culturas sobre el origen del lenguaje y de la diversidad de lenguas. Actividad libre. Puede consultarse en Google, la búsqueda de libros. Allí se encontrarán reproducidas unas páginas del libro de J. G. Frazer El folklore en el Antiguo Testamento, en las que se analizan diferentes mitos relacionados con el origen de la diversidad lingüística. d) Redacta un texto argumentativo que responda al siguiente título: «¿Por qué hay tantas lenguas distintas en el mundo?». Respuesta libre. El objetivo de la redacción es, principalmente, ir acostumbrando al alumno a razonar sus opiniones, utilizar argumentos diversos y válidos, y elaborar una presentación de un texto coherente y bien organizado. 2. Indica qué lenguas se hablan en cada uno de los siguientes países y a qué rama y familia pertenecen: Bélgica, Irlanda, Francia, Suiza, Gran Bretaña, Italia y Lituania. ¿Existe más de una lengua en alguno de estos países? ¿Están todas esas lenguas reconocidas como oficiales? Cita algún estado europeo monolingüe. En Bélgica se hablan y son oficiales el flamenco (neerlandés), el alemán y el francés. En Irlanda, el irlandés y el inglés. En Francia, aunque solo es oficial el francés, se hablan el catalán, el bretón, el gascón, el provenzal y el euskera. En Suiza, se hablan el francés, el alemán, el italiano y el retorrománico. En Gran Bretaña, se hablan el inglés, el galés y el escocés. En Italia se hablan el italiano, con muchas variantes dialectales, y el sardo en la isla de Cerdeña. En Lituania, el idioma oficial es el lituano, aunque también se habla el ruso. Exceptuando el euskera, única lengua preindoeuropea sobreviviente, he aquí la distribución de estas lenguas según sus ramas lingüísticas, todas ellas pertenecientes a la familia indoeuropea: -
Rama céltica: irlandés, bretón, galés, escocés. Rama germánica: inglés, alemán, flamenco (neerlandés u holandés). Rama románica: catalán, francés, italiano, sardo, gascón, provenzal, retorrománico. Rama báltica: lituano. Rama eslava: ruso.
3. Para evitar la confusión producida por la diversidad lingüística, a lo largo de la Historia se han creado de forma artificial distintas lenguas que proponían erigirse en lenguas universales. Consulta en internet el origen y las características de las que figuran en esta lista. Puedes buscar también textos y artículos de enciclopedia escritos en ellas. esperanto ido interlingua volapuk La Wikipedia es una herramienta de consulta imprescindible para esta actividad. Allí se pueden encontrar artículos sobre cada una de estas lenguas universales, en los que se explica su origen, desarrollo y características. Pero además se pueden encontrar artículos de la Wikipedia escritos en ellas. Sirva como ejemplo la definición del idioma ido: «Ido esas internaciona auxiliara linguo kun poka polisemio sate konciza kreita da Louis de Beaufront en 1907 kom Esperanto reformita, adoptita internacione en Paris ye oktobro 1907, kom “idiomo helpanta internaciona”, da la Delegitaro (Délégation pour l’adoption d’une langue auxiliaire internationale). Yen la maxim bazala gramatiko intencante ke anke nesavanto pri Ido povus saveskar ulo. Vu povas lernar Ido altraloke en la reto per ula nacionala linguo.»
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ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 13 1. En la formación de los dialectos románicos del latín influyeron otras lenguas que han dejado huella en el léxico castellano. Lee este texto del siglo XVI donde se habla de la influencia del árabe en el castellano y realiza después las actividades que se te proponen. Esta conquista, como creo sabéis, duró hasta el año de mil y cuatrocientos y noventa y dos, en el cual año los Reyes Católicos, de gloriosa memoria, ganando el reino de Granada, echaron del todo la tiranía de los moros de toda España. En este medio tiempo no pudieron tanto conservar los españoles la pureza de su lengua, que no se mezclase con ella mucho de la arábiga, porque, aunque recobraban los reinos, las ciudades, villas y lugares, como todavía quedaban en ellas muchos moros por moradores, se quedaban con su lengua; y, habiendo durado en ella hasta que pocos años ha, el emperador les mandó se tornasen cristianos o se saliesen de España, conversando entre nosotros, nos han pegado muchos de sus vocablos. Esta breve historia os he contado, porque, para satisfaceros a lo que me preguntasteis, me pareció convenía así. Ahora, pues habéis visto cómo, de la lengua que en España se hablaba antes que conociese la de los romanos, tiene hoy la castellana algunos vocablos y algunas maneras de decir, es menester que entendáis cómo de la lengua arábiga ha tomado muchos vocablos; y habéis de saber que, aunque para muchas cosas de las que nombramos con vocablos arábigos tenemos vocablos latinos, el uso nos ha hecho tener por mejores los arábigos que los latinos; y de aquí es que decimos antes alhombra que tapete, y tenemos por mejor vocablo alcrevite que piedra sufre, azeite que olio, y, si mal no me engaño, hallaréis que para solas aquellas cosas que habemos tomado de los moros, no tenemos otros vocablos con que nombrarlas que los arábigos, que ellos mismos, con las mismas cosas, nos introdujeron; y, si queréis ir avisados, hallaréis que un al, que los moros tienen por artículo, el cual ellos ponen al principio de los más nombres que tienen, nosotros lo tenemos mezclado en algunos vocablos latinos, el cual es causa que no los conozcamos por nuestros. Pero, con todos estos embarazos y con todas estas mezclas, todavía la lengua latina es el principal fundamento de la castellana, de tal manera que, si a vuestra pregunta yo hubiera respondido que el origen de la lengua castellana es la latina, me pudiera haber excusado todo lo demás que he dicho; pero mirad que he querido ser liberal en esta parte, porque me consintáis ser escaso en las demás. JUAN DE VALDÉS: Diálogo de la lengua.
a) Juan de Valdés distingue entre dos tipos de arabismos: ¿Cuáles? ¿Siguen empleándose los ejemplos que pone? ¿Por qué muchos arabismos comienzan por la sílaba al? Juan de Valdés distingue entre los arabismos introducidos en el idioma para los cuales hay palabras propias procedentes del latín, y los arabismos introducidos necesariamente para nombrar las realidades nuevas que ellos introdujeron. De los ejemplos que pone siguen utilizándose alfombra y aceite, no así alcrebite. Juan de Valdés explica también la razón por la que muchos arabismos comienzan con la sílaba al-: en realidad es el artículo que acompaña a las palabras árabes, pero en español se ha tomado unido a la palabra. b) Busca en un diccionario 20 palabras de origen árabe y explica su significado. Son arabismos las siguientes veinte palabras: aceituna, aceña, acequia, alberca, albornoz, alcahuete, alcalde, alcayata, alcázar, algarabía, álgebra, almacén, almena, almohada, atalaya, atún, cifra, fanega, noria, zanahoria.
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2. Lee los siguientes textos correspondientes a los dialectos aragonés y astur-leonés e indica todos los rasgos lingüísticos propios de estas hablas que encuentres en ellos. Alredeor de mediu centenar de persones manifestaronse ayeri ante la sede de la esposición Astures, nel edificiu de la cai de Xovellanos, pa protestar pola ausencia total de la llingua asturiana. Baxo un sol d’agostu y les gueyaes que cruciaben dellos turistes sorprendíos, l’actu de protesta, convocáu pola Xunta pola Defensa de la Llingua Asturiana, entamó a les seis de la tarde, con una concentración ante la entrada principal a la esposición.
L’aragonés ye una luenga romanica u neolatina, isto ye una luenga naxita de o latín, igual como as atras luengas romanicas. Por ixo, ye chirmana de o castellano, catalán, portugués, oczitano, franzés, ezetra.
El primer texto pertenece al astur-leonés. Entre los rasgos que aparecen en él destacan: -
Diptongación de e y o latinas: gueyaes (derivado de oculum). Pérdida de consonantes intervocálicas: alredeor (alrededor), sorprendíos (sorprendidos). Las vocales finales -o, -e, se cierran en -u, -i: mediu (medio), edificiu (edificio), agostu (agosto), actu (acto), cai (calle). La vocal final -a se cierra en -e: persones (personas), turistes (turistas). La l- inicial palataliza: llingua (lengua). Posposición de los pronombres: manifestaronse. Unión de preposiciones y artículos: nel (en el), pola (por la).
El segundo texto pertenece al aragonés. Entre los rasgos que aparecen en él destacan: -
Diptongo de o y e en ue, ie: ye (es). Uso del artículo determinado o, a, os, as: o latín (el latín), o castellano (el castellano). Conservación de la j ante e, i pronunciada como una ch francesa: chirmana (hermana).
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 20 1. A continuación aparecen palabras catalanas, gallegas y castellanas procedentes del latín. Indica a qué lengua pertenece cada una y explica el diferente proceso de evolución que han seguido respecto a la lengua de origen. LATÍN
CATALÁN
GALLEGO
CASTELLANO
terra(m)
terra
terra
tierra
nocte(m)
nit
noite
noche
pluvia(m)
pluja
chuva
lluvia
oculu(m)
ull
ollo
ojo
ventu(m)
vent
vento
viento
filiu(m)
fill
fillo
hijo
jocu(m)
joc
xogo
juego
luna(m)
lluna
lua
luna
blancu(m)
blanc
branco
blanco
llet
leite
leche
lacte(m)
hijo, ollo, lua, fill, noche, leite, tierra, vent, fillo, lluvia, vento, blanc, ojo, ull, nit, leche, blanco, lluna, xogo, noite, luna, viento, pluja, llet, choiva, joc, branco, juego, terra
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2. Lee el siguiente texto escrito en las cuatro lenguas habladas en España y responde a las preguntas que se te formulan a continuación.
El valor de los derechos de autor Manifiesto de CEDRO en su vigésimo aniversario En el vigésimo aniversario de la creación de CEDRO, manifestamos que: 1. El trabajo de escritores, traductores y editores es una de las bases de la riqueza intelectual de la sociedad. 2. La dignidad profesional de autores y editores tiene su fundamento en el Derecho de Autor. Es legítima su aspiración a obtener una remuneración por el uso de sus obras, y a que su trabajo creativo se respete y se proteja. 3. El acceso a la información y a la cultura no puede ni debe realizarse sacrificando los derechos de autor. 4. Las obras de autores y editores constituyen un valor insustituible para la educación, la formación permanente y la innovación en empresas, organismos públicos y centros educativos. 5. El sector del libro y de las publicaciones periódicas tiene en España una relevancia estratégica: contribuye de forma significativa al producto interior bruto, a la creación de puestos de trabajo, a la mejora de la balanza comercial y a la generación en el extranjero de una imagen positiva de nuestro país. Madrid, 1 de julio de 2008.
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 21 El valor dels drets d´autor Manifiest de CEDRO en el seu vintè aniversari En el vintè aniversari de la creació de CEDRO, manifestem que: 1. La feina d’escriptors, traductors i editors és una de les bases de la riquesa intel·lectual de la societat. 2. La dignitat professional d’autors i editors es fonamenta en el Dret d’Autor. És legítima la seva aspiració a obtenir una remuneració per l’ús de les seves obres, i que la seva feina creativa es respecti i es protegeixi. LATÍN CATALÁN GALLEGO CASTELLANO 3. L’accés a la informació i la cultura no es pot ni s’ha de dur a terme sacrificant els drets d’autor. 4. Les obres d’autors i editors constitueixen un valor insubstituïble per a l’educació, la formació permanent i la innovació en empreses, organismes públics i centres educatius. 5. A Espanya, el sector del llibre i de les publicacions periòdiques té una rellevància estratègica: contribueix de manera significativa al producte interior brut, a la creació de llocs de treball, a la millora de la balança comercial i a la generació d´ una imatge positiva del nostre país a l´estranger. Madrid, 1 de juliol del 2008. 10
O valor dos dereitos de autor Manifesto de CEDRO no seu vixésimo aniversario No vixésimo aniversario da creación de CEDRO, manifestamos que: 1. O traballo de escritores, tradutores e editores é unha das bases da riqueza intelectual da sociedade. 2. A dignidade profesional de autores e editores ten o seu fundamento no dereito de autor. É lexítima a súa aspiración a obter unha remuneración polo uso das súas obras e a que o seu traballo creativo se respecte e se protexa. 3. O acceso á información e á cultura non se pode nin debe realizar sacrificando os dereitos de autor. 4. As obras de autores e editores constitúen un valor insubstituíble para a educación, a formación permanente e a innovación en empresas, organismos públicos e centros educativos. 5. O sector do libro e das publicacións periódicas ten en España unha relevancia estratéxica: contribúe de forma significativa ao produto interior bruto, á creación de postos de traballo, á mellora da balanza comercial e á xeración no estranxeiro dunha imaxe positiva do noso país. Madrid, 1 de xullo do 2008. Egile-eskubideen bailoa CEDROren agiria, bere hogeigarren urteurrenean CEDRO sortu zeneko hogeigarren urteurrenean, hau adierazten dugu: 1. Idazleen, itzultzaileen eta argitaratzaileen lana gizartearen aberasgarritasun intelektualaren oinarrietako bat da. 2. Egileen eta argitaratzaileen duintasun profesionalaren oinarria Egile Eskubidea da. Legitimoa da beren lanak erabiltzeagatik ordainsari bat eskuratu nahi izatea, baita beren sormen-lana errespetatzea eta babesturik egotea nahi izatea ere. 3. Informazioa eta kultura ez dira egile-eskubideak baztertuz eskuratu behar. 4. Egile eta argitaratzaileen lanek balio ordeztezina dute hezkuntza, etengabeko trebakuntza eta berrikuntzarako, enpresetan, erakunde publikoetan eta ikastetxeetan. 5. Liburuen eta aldizkako argitalpenen sektoreak garrantzi estrategikoa du Espainian: barneproduktu gordinari laguntzen dio, eta lanpostuak sortzen, merkataritza-oreka hobetzen eta atzerrian gure herriaren irudi positiboa sortzen laguntzen du. Madrid, 2008ko uztaila 1. a) ¿En qué lengua está escrito cada uno de los comunicados? ¿Eres capaz de leer y entender el texto en las cuatro lenguas? ¿Cuáles te resultan más fáciles de comprender? Los comunicados están escritos en castellano, catalán, gallego y euskera, respectivamente. Seguramente, el texto en castellano sea el más familiar para todos los alumnos, aunque en las comunidades bilingües también serán conocidos algunos de los textos escritos en otra lengua cooficial. Los textos escritos en castellano, catalán y gallego son más fáciles de comprender para los hablantes del castellano.
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b) ¿Entre qué textos encuentras más similitudes? ¿Qué idioma presenta mayores diferencias respecto a los otros? Busca palabras y expresiones que sean parecidas en las cuatro lenguas y ordénalas en una tabla comparativa. Los textos escritos en castellano, catalán y gallego guardan más similitudes por ser lenguas románicas, es decir, procedentes del latín. El texto escrito en euskera difiere considerablemente de los otros tres, pues es una lengua preindoeuropea sin relación con las familias lingüísticas conocidas. Castellano derechos manifiesto aniversario escritores traductores editores información libro
Catalán drets manifest aniversari escriptors traductors editors información llibre
Gallego dreitos manifiest aniversario escritores tradutores editores información libro
Euskera (eskubide) (agiria) (urteurrenea) (idazle) (itzultzaile) (argitaratzaile) informazioa liburua
TEXTOS COMPLEMENTARIOS-PÁG. 22 Dignidad e igualdad de las lenguas Los científicos del siglo XIX creyeron que los aborígenes australianos eran el eslabón perdido entre el mono y el hombre. Hoy en día sabemos que todos los seres humanos de cualquier rincón del planeta pertenecemos exactamente a la misma especie (Homo sapiens sapiens) y lo sabemos porque nuestros conocimientos antropológicos son mucho más exactos que los que había el siglo pasado. Una vez aceptado esto, todavía hay quienes piensan que, a pesar de todo, los aborígenes australianos o de otros lugares de nuestro planeta son inferiores culturalmente a nosotros y esto se refleja en que sus lenguas son menos complejas, flexibles, ricas y potentes que las nuestras. Se sabe que el ser humano habita Australia desde hace por lo menos sesenta mil años y que ha estado prácticamente aislado en ese continente hasta el siglo XIX. Por ello, se puede decir sin temor a equivocarse que los aborígenes australianos están entre los pueblos más antiguos de la tierra. El estudio científico de las lenguas indígenas australianas se ha producido a mediados del siglo XX. Las lenguas autóctonas australianas que se han descrito hasta la fecha presentan una estructura de un grado de complejidad fonética, morfológica, sintáctica y semántica del todo equiparable al de nuestras lenguas europeas. El supuesto primitivismo cultural de los aborígenes australianos no se corresponde en absoluto con un primitivismo lingüístico. Ese presunto primitivismo no se puede demostrar en términos lingüísticos. Lo mismo hay que concluir a partir de los estudios científicos actuales de las lenguas aborígenes de otros lugares: desde América hasta Nueva Guinea pasando por África. De hecho, puede afirmarse que una de las aportaciones fundamentales de la lingüística es haber puesto de manifiesto que no existen lenguas primitivas. Ello indica que a una única especie humana (Homo sapiens sapiens) le corresponde una única especie lingüística, que hemos de denominar lengua humana. De aquí se deduce que la valoración jerarquizadora de las lenguas humanas no puede basarse en criterios lingüísticos, que la discriminación lingüística no puede justificarse gramaticalmente, por más que a veces se oigan cosas como «esa lengua es muy difícil», «aquella lengua no es útil», «esa lengua es más perfecta que esta». JUAN CARLOS MORENO CABRERA: La dignidad e igualdad de las lenguas.
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Lenguas y percepción de la realidad Las distintas lenguas disponen de medios para transmitir su propia percepción de la realidad: diferencias en cuanto al vocabulario, la estructura gramatical y también en cuanto a la distinción entre lo real y lo imaginario. En principio, todo conocimiento humano depende de los criterios aplicables para determinar similitudes y diferencias. [...] Un ejemplo interesante es el de los nombres de los colores. La misma franja del espectro puede tener un solo nombre en una lengua, dos en otra y tres en una tercera. Si se habla en una lengua que no distingue entre verde y azul, por ejemplo (como en galés glas), se ignorará la diferencia entre esos dos colores en la vida corriente. Los nombres de las plantas varían también considerablemente de un idioma a otro, y cuando una planta es vital para una cultura, es sorprendente el grado de precisión a que puede llegar el vocabulario. Así, en algunas lenguas de Nueva Guinea existen decenas de nombres para los distintos tipos de hojas de cordilina, según se usen para el vestido, la decoración, la magia u otros fines. Una precisión similar se observa en las jergas especializadas de algunos grupos de las sociedades occidentales, por ejemplo, los mecánicos, los pintores, los médicos o los banqueros. P. MÜHLHÄUSLER: «Salvar Babel», El Correo de la Unesco.
TEXTOS COMPLEMENTARIOS-PÁG. 23 Lenguas en guerra Creo que en los últimos tiempos estamos demasiado acostumbrados a que las noticias sobre las lenguas de España aparezcan en las páginas de los periódicos dedicadas a política. Esto es un hecho sintomático de que en España tenemos trastocado el papel de las lenguas y de que quizá estamos habituándonos a que se utilicen como ariete de reivindicaciones políticas. Sin embargo, para quienes admiramos esa facultad tan asombrosa y maravillosa que es el lenguaje, esa facultad específicamente humana que tantos progresos ha permitido a nuestra especie, resulta verdaderamente desoladora esta utilización espuria de las lenguas como armas de reivindicación política. Por ello, deseo criticar a quienes utilizan esta facultad humana del lenguaje con esos fines y mostrarme como todo aquel que ama su lengua materna, abierta a todas las lenguas que se hablan en España, absolutamente respetuosa con la dignidad de cada una, pero considerando el alto valor que tiene el español como lengua de intercambio. Intentaré demostrar que ese uso de las lenguas para levantar barreras pervierte los rasgos esenciales de las lenguas; que esa instrumentalización política es un fenómeno relativamente reciente, el cual, aunque nos parezca propio y normal de la situación de contacto de lenguas, no tiene por qué ser así ni lo ha sido a lo largo de la larga historia de convivencia de lenguas en España; y que esa utilización de las lenguas con fines políticos también es ajena a los intereses de los hablantes y, a veces, incluso contraria a ellos. IRENE LOZANO: «Lenguas en guerra», en .
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Defensa de las lenguas Como amante de la lengua, de las lenguas, de todas las lenguas —y no digamos de las españolas: el español, el catalán, el gallego y el vasco— preconizo que juguemos a sumar y no a restar, que apostemos al alza y no a la baja, que defendamos la libertad de las lenguas y sus hablantes, soñemos con la igualdad de propósitos y troquemos la fraternidad de los juegos florales y los discursos de artificios y su escenografía caduca e inoperante, por la justicia de la implacable erosión semántica, esa ilusión que acabaría perfeccionando al hombre en paz. Sí. No usemos la lengua para la guerra, y menos para la guerra de las lenguas, sino para la paz, y sobre todo para la paz entre las lenguas. De la defensa de la lengua, de todas las lenguas, sale su fortaleza, y en su cultivo literario se fundamenta su auge y su elástica y elegante vigencia. CAMILO J. CELA: «Aviso de la defensa del español», Discurso de inauguración del II Congreso Internacional de la Lengua Española.
1. Elabora un resumen de cada uno de los dos primeros textos. Intenta expresar en pocas líneas las ideas principales que se expresan en ellos. Texto 1: Los estudios lingüísticos han demostrado que no hay lenguas primitivas frente a lenguas desarrolladas: cualquier lengua presenta un grado de complejidad tal que es imposible basar en las características lingüísticas una supuesta jerarquización de las lenguas. Texto 2: Las peculiaridades léxicas de cada lengua implican una distinta percepción de la realidad. Cada cultura ve en la realidad aquello para lo cual dispone de palabras. 2. Los textos de Irene Lozano y Camilo José Cela hablan de la convivencia de lenguas en España. ¿Cómo es esa convivencia según los autores? ¿Cómo debería ser? En ambos textos los autores denuncian la utilización de las diferencias lingüísticas como instrumento de separación y de lucha entre las distintas comunidades que las hablan. Esa instrumentalización de las lenguas ha provocado una convivencia difícil en los últimos años en nuestro país. Los dos autores reivindican la validez y la defensa de todas las lenguas, y expresan su deseo de una convivencia pacífica y fructífera entre ellas y sus hablantes. En los dos textos se defiende también al idioma español como el idioma que permite la comunicación entre los habitantes del país, más allá de cualquier diferencia ideológica y lingüística. 3. Redacta un texto argumentativo en el que defiendas tu opinión sobre cuál es la actitud más sensata para afrontar el bilingüismo en un territorio. Puedes emplear como argumentos las experiencias personales que hayas tenido. Respuesta libre.
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TEST DE EVALUACIÓN-PÁG. 25 1. Indica cuál de estas afirmaciones es cierta: a. Al principio de los tiempos había una sola lengua y de ella surgieron todas las demás. b. Hoy en día sabemos cómo surgieron el lenguaje y la diversidad lingüística. c. El origen del lenguaje y de la diversidad lingüística son enigmas de difícil explicación. 2. Escoge la definición correcta: a. Las familias lingüísticas se determinan por la proximidad geográfica. b. Las familias lingüísticas se agrupan por similitudes en su estructura. c. Cada una de las lenguas es distinta de las demás y no hay relaciones entre ellas. 3. ¿Cuál es la diferencia entre lengua y dialecto? a. La lengua es la facultad de todos los seres humanos de hablar y el dialecto es cada una de las formas de hablar. b. La lengua es el instrumento de comunicación de una comunidad y el dialecto es una forma incorrecta de la lengua. c. La lengua es el instrumento de comunicación de una comunidad y el dialecto es una variedad geográfica de esa lengua que no impide la comunicación. 4. ¿Cuál es la diferencia entre bilingüismo y diglosia? a. El bilingüismo es la convivencia equilibrada de dos lenguas en un mismo territorio; la diglosia se produce cuando una lengua tiene mayor poder que la otra. b. El bilingüismo se produce cuando en un territorio conviven dos lenguas y una tiene mayor poder que la otra; la diglosia es la convivencia equilibrada de dos lenguas en un mismo territorio. c. El bilingüismo es la convivencia equilibrada de dos lenguas en un mismo territorio; la diglosia es la convivencia de más de dos lenguas en un mismo territorio. 5. Los dialectos hispánicos medievales herederos del latín fueron: a. El catalán, el francés, el castellano, el navarro-aragonés y el gallego. b. El catalán, el navarro-aragonés, el castellano, el astur-leonés, el gallego y los dialectos mozárabes. c. El catalán, el portugués, el castellano, el francés, el provenzal, el italiano, el retorrománico y el rumano. 6. Relaciona correctamente los términos de la primera columna con las afirmaciones de la segunda. EL GALLEGO
EL EUSKERA
EL CATALÁN
EL CASTELLANO
es el resultado de la evolución del latín vulgar en el noroeste de la Península. Cuenta con dos millones y medio de hablantes. es una lengua antiquísima: la única lengua preindoeuropea que sobrevive en Europa occidental. En la actualidad, hablan esta lengua en torno a un millón de personas. es el resultado de la evolución del latín vulgar en los territorios del noreste peninsular. En la actualidad es hablada por más de siete millones de personas. es en la actualidad una de las lenguas más importantes del mundo. Se calcula que la emplean más de 400 millones de personas.
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UNIDAD 2: EL ESPAÑOL ACTUAL Y SUS VARIEDADES CUESTIONES INICIALES-PÁG. 27 1. ¿Existe un único español homogéneo o diferentes realizaciones según las zonas? Todos los hablantes del español forman una misma comunidad lingüística, pero todos los hablantes no hacen un uso homogéneo de la lengua. Las variedades históricas, geográficas, sociales o de competencia comunicativa impiden la uniformidad del idioma. 2. ¿Hay alguna variedad dialectal o local en la zona en la que vives? Respuesta libre. En casi todas las zonas existe una modalidad diferente de uso del castellano. En unos casos, responderá a las variedades meridionales, en otros a las septentrionales y, en algunos casos, se deberá a la convivencia del castellano con alguna lengua cooficial. 3. ¿En qué otros lugares fuera de España se habla español? Se habla español en América Central y América del Sur, Estados Unidos, Filipinas, Guinea Ecuatorial, Marruecos, Sahara y el sefardí en algunas zonas. 4. ¿Cuántos países hispanoamericanos eres capaz de citar? En la página 33 aparece la relación de países hispanoamericanos que hablan español. 5. ¿Qué otras variedades de la lengua existen, además de las geográficas? Existen variedades relacionadas con el sexo, con la naturaleza socioeconómica, cultural y profesional de los hablantes, además de las variantes geográficas ya señaladas. 6. ¿Qué diferencias generacionales se dan en la forma de expresarse? La edad determina la forma de expresarse. El uso que hacen de la lengua niños, jóvenes, adultos y ancianos suele tener diferencias notables en algunos casos. Especialmente significativa es el habla de los jóvenes cuya intención principal es la de diferenciarse del mundo de los adultos. 7. ¿Qué diferencias se producen entre los registros formal e informal? El registro formal, al realizarse en situaciones formales, es más elaborado, utiliza un léxico más preciso y variado y los enunciados son más extensos. El registro informal, al realizarse en situaciones más familiares o afectivas es más impreciso y espontáneo, utiliza gran variedad de recursos expresivos y su léxico es más sencillo.
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 31 1. Lee el siguiente texto y responde a las preguntas que se formulan a continuación: La repetida cita de Max Weinreich «una lengua es un dialecto que tiene ejército y armada» recoge la importancia del poder político y la soberanía de una nación-estado para que la variedad que habla sea llamada «lengua» y no «dialecto». El acuerdo general para considerar que estamos ante una lengua lo produce la conjunción de factores sociales, políticos, psicológicos e históricos, y no ningún tipo de propiedades lingüísticas inherentes. En China existe toda una suerte de variedades que un lingüista consideraría lenguas diferentes y que sin embargo pasan por dialectos del chino porque están unidas por un sistema común de escritura. Los hablantes de cantonés o chino mandarín no se entienden cuando hablan, pero escriben de forma semejante, de modo que cada uno de ellos representa las mismas «palabras» por los mismos símbolos, mientras la versión oral de esas palabras es completamente distinta. SUZANNE ROMAINE: El lenguaje en la sociedad. 16
a) Según el texto, ¿qué criterios diferencian una lengua de un dialecto? ¿Son nítidas las fronteras entre lengua, dialecto y habla? ¿Por qué? ¿Qué factores extralingüísticos intervienen? Según el texto, los límites entre lengua, dialecto y habla son muy difusos en algunos casos, pues son factores sociales, políticos, psicológicos e históricos los que determinan su distinción, no factores de carácter lingüístico. b) Las diferencias entre las distintas variedades de una lengua, ¿son fundamentalmente orales o escritas? ¿Por qué? Las diferencias entre una lengua y un dialecto son principalmente de carácter oral, como lo demuestra el ejemplo que introduce sobre las variaciones del chino. Los hablantes de una lengua utilizan su variedad dialectal cuando se expresan oralmente, pero se expresan de un modo homogéneo cuando escriben. c) ¿Qué circunstancias se deben dar para que un dialecto se constituya en lengua? Para que un dialecto se convierta en lengua debe diferenciarse notablemente de la lengua de origen de modo que los hablantes lo perciban como un instrumento de comunicación diferente; sin embargo, tal y como se cita en el texto, el concepto de nación-estado es muy importante para identificar una lengua desde un punto de vista político. 2. Lee el siguiente texto y responde a las preguntas que se formulan a continuación: Este empeño por el mantenimiento de la unidad de una lengua dominante con una amplia extensión geográfica no puede consistir en impedir y enmendar las variedades o dialectos de una lengua pues tal tarea es manifiestamente imposible: sería ir contra la naturaleza misma de la lengua. La idea de impedir que las variedades lleguen a constituirse como lenguas autónomas y distintas de la variedad estándar vale lo mismo, en las situaciones de dominio y sometimiento, que negar a las comunidades que las hablan su derecho a ver reconocida su variedad como un instrumento de comunicación y de cultura situado a estos efectos al mismo nivel que la variedad estándar. Esta nivelación, en las situaciones de desequilibrio, supondría arrebatar a esa variedad estándar una de sus parcelas de poder idiomático y cultural. Por ello, defender la unidad de una lengua dominante equivale de hecho, en muchas ocasiones (no necesariamente en todas), a defender la imposición de una variedad lingüística sobre las demás. Esto es de hecho así, porque hemos intentado demostrar que la lengua estándar no es más que una variedad lingüística entre otras; una variedad que ha visto privilegiada su situación por determinados factores de carácter extralingüístico (que nunca lingüísticos). [...] Las personas que han tenido acceso a la educación pueden conocer mejor la variedad lingüística estándar que las que no han podido acceder a ella. Que estas hablen variedades lingüísticas no estándar no quiere decir que hablen peor o incorrectamente. Simplemente, hablan de distinta forma. JUAN CARLOS MORENO CABRERA: La dignidad e igualdad de las lenguas.
a) Según el autor del texto, ¿debemos considerar las variedades geográficas de una lengua como usos incorrectos y contrarios a la norma? ¿Por qué? No, pues las personas que hablan variedades lingüísticas distintas de la estándar no hablan mejor o peor, sino que hablan de distinta forma. Entre los hablantes de una variedad geográfica podemos encontrar hablantes más o menos cultos independientemente de esa variedad lingüística. b) ¿Por qué es imposible evitar que las lenguas evolucionen y den origen a distintas variedades? En el texto se explica la respuesta de este modo: La idea de impedir que las variedades lleguen a constituirse como lenguas autónomas y distintas de la variedad estándar vale lo mismo, en las situaciones de dominio y sometimiento, que negar a las comunidades que las hablan su derecho a ver reconocida su variedad como un instrumento de comunicación y de cultura situado a estos 17
efectos al mismo nivel que la variedad estándar. Es decir, las variedades lingüísticas son un instrumento de comunicación y de cultura y deben reconocerse al mismo nivel que la variedad estándar. Este empeño por el mantenimiento de la unidad de una lengua dominante con una amplia extensión geográfica no puede consistir en impedir y enmendar las variedades o dialectos de una lengua pues tal tarea es manifiestamente imposible: sería ir contra la naturaleza misma de la lengua. c) ¿Crees que se debe evitar o promover el uso de las variedades dialectales? Si las lenguas son instrumentos de comunicación y los hablantes de una determinada zona se expresan según una variedad lingüística geográfica, debe respetarse y fomentarse su uso ya que favorece los procesos de comunicación y el sentimiento de identidad cultural.
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 32 3. Lee el siguiente texto en voz alta procurando marcar los rasgos fónicos propios de la variedad dialectal que se representa. Señala los distintos rasgos lingüísticos de esta variedad del castellano con ejemplos del texto. A continuación, responde a las preguntas que se formulan más abajo. He leío ssu novela. Ettá plena d’assierto prometedoreh; pero huhgada com’un tó, he de dessille que é una obra demassiao inmadura, lo cua no é un defetto, ssino que é normá. Tenga utté en cuenta que para eccribí una novela é nessessario musha edá y ehperienssia [...]. Pelmítame que ssea suavemente ssínico. La novela, hoy por hoy, ssarvo que vuerva ssu cabessa hassia lo inefable y sse haga lírica hatta en ssu lujareh má recónditoh, ehtá llamá a dessaparassé, sse lo dijo sho, que soy conssehero de loh editores y de la revittah máh importanteh. Hoy por hoy, una novela realitta a lo don Benito Jarbanssero é impensable. ¿Quién lee hoy por hoy ar pobre don Pío? Cuatro viehoh y toah la shashah. ANTONIO OREJUDO: Fabulosas narraciones por historias. • • • • • • • •
La confusión de -r y -l en posición final de sílaba: dessil-le, pelmítame, ar, vuerva. La aspiración de s en final de sílaba o de palabra: prometedoreh, recónditoh. La aspiración de la j: huhgada, conssehero. La supresión de sonidos y sílabas finales en algunas palabras: tó, cua, normá, edá. El seseo o pronunciación de c y z como s: nessessario, ssínico. La pérdida de -d- intervocálica o ante -r-: leío, demassiao. La relajación en la pronunciación de la ch: musha. La distinción entre el singular y el plural mediante la mayor abertura de la vocal final en el plural: lujareh, recónditoh.
a) ¿De qué variedad dialectal se trata? ¿Los rasgos lingüísticos reflejados son orales o escritos? Se trata del andaluz, aunque hay rasgos lingüísticos compartidos con otras variedades meridionales. Los rasgos representados en este texto escrito son de carácter oral; de ahí que las grafías intenten representar de un modo fiel los sonidos propios del habla andaluza. b) El personaje del texto, ¿sesea o cecea? ¿Se trata de un rasgo específico de esta variedad? ¿Qué otros rasgos de los que has señalado son comunes a otras variedades meridionales? El personaje que habla sesea. Este rasgo lingüístico es compartido con otras variedades meridionales como el canario; también es un rasgo característico del español de América. Otros rasgos comunes con otras variedades meridionales son: la confusión de –r y –l en posición final de sílaba, la aspiración de s en final de sílaba o de palabra, la aspiración de la j, la supresión de sonidos y sílabas finales en algunas palabras. 18
c) En el texto se marcan gráficamente otros rasgos lingüísticos. Explica en qué consisten los rasgos señalados en estos ejemplos: d’assierto, huhgada, sho, shashah. Otros rasgos que aparecen son: la pronunciación sibilante de la s (ssu, ssea), la aspiración de la s implosiva (etta, utté, eccribí), la velarización de la g (lujareh, dijo). d’assierto: contracción de la preposición y la palabra que se inicia por vocal. huhgada: aspiración de la z. sho: pronunciación especial de la y. shashah: relajación o pronunciación fricativa de la ch. 4. Lee el siguiente fragmento en el que aparecen rasgos dialectales del andaluz. ¿Encuentras algún rasgo lingüístico diferente a los del texto anterior? ¿Se incluyen vulgarismos? Busca información sobre las características lingüísticas de cada zona de uso del andaluz y pon ejemplos de ambos textos. Como er principio nunca lo tengo que penzá, por ezo me zale tan de gorpe. «Juan, de lo que me dices de que ya estás güeno, tú no zabes la alegría que nos ha entrao a tu padre y a mí. A tu tío —ya tú le conoces er flaco— demaziá alegría. Ze alegró, como zi en vé de un zobrino, ze le hubieran puesto güenos los cuatro que tiene. No te rías Juaniyo.» Póngazelo usté azín, que a é le hace gracia. HERMANOS ÁLVAREZ QUINTERO: Carta a Juan Soldado. En este fragmento en lugar de seseo aparece el ceceo: penzá, ezo, zale, póngazelo. Además aparece un caso de yeísmo: Juaniyo. Los otros rasgos ya aparecían en el texto anterior: supresión de sonidos, confusión de l y r, pérdida de d intervocálica. Vulgarismos: güeno, güenos, azín. A pesar de la tradicional percepción del ceceo como fenómeno rural, existen una buena cantidad de ciudades en Andalucía con mayoría ceceante. Málaga, segunda ciudad más grande de Andalucía, conserva una mayoría de hablantes ceceantes, a pesar del seseo con /s/ coronal propio de ciertos barrios (La Caleta o El Palo) y del descenso de ceceantes en favor de la distinción, por influjo de la inmigración desde zonas no ceceantes. Jerez de la Frontera, con la mayor población de su provincia, es una ciudad mayoritariamente ceceante, aunque existe un porcentaje creciente de hablantes con distinción o seseo, el ceceo sigue predominando. Al contrario que en la capital provincial, Cádiz, donde predomina el seseo, aunque tiene gran influencia de los demás municipios de la provincia que sí son ceceantes. Huelva ha recibido el influjo de los venidos desde el seseante Andévalo o la sierra distinguidora, además de gran cantidad de ciudadanos no andaluces llegados en las últimas décadas, no obstante lo cual el ceceo mantiene cierto vigor en esta ciudad. Otras ciudades de Andalucía que tienen la solución ceceante como proporcionalmente mayoritaria son Marbella, Dos Hermanas, Sanlúcar de Barrameda, Utrera, Algeciras, San Fernando, El Puerto de Santa María, Vélez-Málaga, o El Ejido. Las grandes capitales del seseo de Andalucía son Cádiz, Sevilla y Córdoba. En las dos primeras se usa /s/ predorsal, mientras que en Córdoba se usa la /s/ coronal plana, caracterizando entre las tres ciudades los dos tipos de seseo andaluz. El seseo es mayoritario en el Andévalo onubense, Sierra Norte de Sevilla, la propia ciudad de Sevilla y parte de su área metropolitana por la recientemente influencia de la capital. También se da en las comarcas de la Alta y Baja Campiña cordobesa, así como la Subbética de la provincia de Córdoba (con un forzamiento curioso del sonido /s/ coronal plano, siendo máxima exponente la ciudad de Lucena). También en los Llanos de Antequera, al norte de la provincia de Málaga, predomina el seseo aunque coexiste con el ceceo según el área y el sociolecto. El seseo se adentra en el noroccidental de la provincia de Granada, en zonas del oeste y del valle del Guadalquivir en la provincia de Jaén y es casi testimonial en Almería. 19
Por todo lo dicho sobre el ceceo y el seseo, no puede decirse que uno de ellos sea occidental y otro oriental, como se observa en el mapa. Además hay zonas en Andalucía donde se da distinción entre /s/ y /θ/, debido a la influencia de las hablas de transición entre el andaluz y castellano. Asimismo existen muchos hablantes andaluces que distinguen /s/ y /θ/ debido a diglosia generada por el sistema educativo oficial en todo el territorio.
el la el la
La pronunciación fricativa de la /ch/ también es un rasgo discontinuo, que aparece en las provincias de Cádiz, Sevilla y Málaga, en los dos tercios sureños de la de Granada y testimonial en el sur de Almería. En Huelva, Córdoba y Jaén su uso mayoritario se limita a algunas poblaciones concretas. La pronunciación de la /g/ y la /j/ como /h/ aspirada, se da en toda Andalucía Occidental, y se adentra en las tres provincias orientales en una diagonal imaginaria noroeste-sureste, desapareciendo a partir de esa línea, coincidiendo en gran medida con el área de distinción entre /s/ y /z/ (mitad suroccidental de Granada, poniente almeriense y pequeñas zonas de la de Jaén). La aspiración de la h inicial se ha conservado más en las zonas rurales que en las urbanas, especialmente en Andalucía Occidental. 5. A continuación te presentamos unos fragmentos escritos en otras variedades meridionales del castellano. Léelos y señala los rasgos específicos de esos dialectos que encuentres.
Murciano Por curpa d’un dequivoco pudo haber una trigedia. Hogaño, en nuestro partío, según las presonas cuentan, pos resurta qu’el tío Blas, El Zamarrero, sin juerzas y con tan poca salú que ya las patas le tiemblan, no pue ni echarse un caliche polque al manejar la pieza se le quea tan corta c’al sitio marcao no allega. Romancero Panocho de Velasco.
Extremeño ¡Qué güeno es el Cristu de la ermita aquella! Pa jacel más alegri mi vía, ni dineros me dio ni jacienda, polque ice la genti que sabi que la dicha no está en la riqueza. Ni me jizu marqués, ni menistro, ni alcaldi siquiera, pa podel dil a misa el primero con la ensinia los días de fiesta y sentalmi a la vera del cura jaciendu fachenda. JOSÉ Mª GABRIEL Y GALÁN: El Cristu Benditu.
Texto en murciano: -
Confusión de r y l en posición implosiva: curpa, polque. Pérdida de sonidos y sílabas finales: pue, salú. Pérdida de -d- intervocálica: quea, marcao, désmayao. Confusión de f- inicial por j-: juerzas. Confusión de vocales: trigedia. Monoptongación de ue: pos. Metátesis del sonido r: presonas. Anteposición de la vocal a-: allega.
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Texto en extremeño: Confusión de r y l: jacel, polque, alcaldi. Aspiración de h- inicial: jacienda, jizu. Pérdida de -d- intervocálica: vía. Pérdida de sonidos y sílabas finales: pa. Confusión de vocales: menistro. La presencia de las vocales i, u en vez de e, o: Cristu, alegri.
-
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 36 1. Lee los siguientes comentarios de hablantes de español de diferentes nacionalidades del continente americano. En ellos cuentan confusiones producidas por los distintos usos que se hacen en cada lugar. Posteriormente, responde a las preguntas que se formulan. •
Soy cubano y mi novia es de Guayaquil y nos reímos a menudo de los encontronazos idiomáticos que tenemos. Por ejemplo, ellos dicen «ahorita» cuando es algo «inmediato» y nosotros decimos «ahora»; «ahorita» para nosotros es «más tarde».
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Gómez de la Serna le preguntó a Gardel: «¿Es cierto que en Buenos Aires se habla otro idioma?». Y el Mago contestó: «En el trocén no tanto, pero en los riobas hay cada orre que sabés como la chamuya».
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En Perú «al toque» significa «ahora mismo», «lo más rápido posible». «Tío o tía» significa «viejo o vieja». «Roche» significa «vergüenza». «Asado» o «amargo» significa «estar molesto». «Qué bacán» significa «qué bueno, qué bonito» «Suave, yara» es «tranquilo, cuidado». «Mi pata» es «mi causa». «Mi choche» lo usamos para referirnos a «mi amigo». «¿Cuál es tu caucau?» es «¿cuál es tu problema?».
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«Cachar» en Ecuador significa «entender algo». «¿Me cachas?» es «¿Me entiendes?».
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En Venezuela decimos que «estamos arrechos», cuando «estamos muy enojados», o cuando nos referimos que un objeto es «arrechísimo», significa que es «espectacular». Si van a República Dominicana, no se les ocurra decir que están «arrechos», ya que pensarán que están «excitados».
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Un día Ana Lucía —colombiana— contestó el teléfono y era el papá de Laura —argentino—. Laura no estaba y Ana Lucía, con la amabilidad que la caracteriza, le preguntó si quería «dejar la razón». El pobre hombre, venido del Cono Sur, pensó un tanto extrañado que le estaban pidiendo una explicación y dijo que la llamaba porque es su hija. Error. Ana Lucía se refería a si quería dejar un mensaje.
a) Según el contenido de estos textos, ¿existe un único español de América o hay numerosas variedades geográficas? ¿Las diferencias son fónicas, léxicas o morfosintácticas? En el primer texto, aparece la palabra encontronasos: ¿es un rasgo dialectal o un vulgarismo? Como se puede comprobar en el texto, existe una gran diversidad lingüística en Hispanoamérica. Las diferencias entre las distintas variedades del español de América son principalmente léxicas. La palabra encontronasos del primer texto es un ejemplo de seseo. En tanto que rasgo fónico no es un vulgarismo pero al aparecer en un texto escrito sí es un vulgarismo.
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b) ¿Crees que la pregunta que formula Gómez de la Serna en el segundo texto es adecuada? ¿Por qué le responde así Carlos Gardel? ¿Qué interpretación podemos sacar de esa respuesta? En realidad, la anécdota no está contada correctamente pues la pregunta la formuló Jacinto Benavente y la respuesta de Carlos Gardel está incompleta. Se dice que Jacinto Benavente le preguntó a Gardel si el lunfardo era el lenguaje habitual en la ciudad, y que Gardel, mezclando el vesre con el lunfardo, le habría respondido: Mire, don Jacinto: en el trocén no tanto, pero en los riobas hay cada orre que chamuya al vesre que no lo embroca ni Mandrake. (Mire, don Jacinto: en el centro no tanto, pero en los barrios hay cada reo que chamuya al revés que no lo embroca ni Mandrake.) Reo está usado en su acepción lunfarda: algo así como vago, pícaro, sinvergüenza; y chamuyar y embrocar, estas sí palabras lunfardas, significan respectivamente «hablar» y «entender». El lunfardo es un lenguaje que se construye con idéntica estructura que el idioma español, pero que tiene un léxico propio. Nació como germanía, es decir, como una jerga de ladrones y rufianes, que inventaban palabras precisamente para hablar entre ellos y que no los entendieran, muy especialmente la cana, la yuta, los tiras, es decir, la policía. Luego su uso se extendió entre las personas de clase baja de la ciudad de Buenos Aires y sus alrededores; y con el tiempo parte de sus vocablos y locuciones se introdujeron en la lengua popular y se difundieron en el español de Argentina y Uruguay. Además, es muy usado en letras de canciones populares. El vesre (metátesis silábica del español ‘revés’), es una forma de hablar que, si bien suele entremezclarse con el lunfardo, no tiene nada que ver con él. Consiste en poner al revés cualquier palabra. El vesre está generalizado en la lengua popular de Argentina, pero solo consta en diccionarios temáticos, por ejemplo, de lunfardo, y esto es así porque, es común entremezclarlo con el lunfardo. Evidentemente, Gardel se burla de Benavente al responderle con esa forma tan peculiar de expresión bonaerense. c) ¿Qué forma de tratamiento emplea la autora del quinto texto? ¿Empleamos en España la fórmula contestó el teléfono que aparece en el último texto? ¿Y la expresión el papá de Laura? Utiliza la forma de tratamiento ustedes (Si van a República Dominicana, no se les ocurra). En España se utiliza la fórmula contestó al teléfono. Y diríamos la expresión el padre de Laura. d) A pesar de las diferencias lingüísticas existentes, ¿somos capaces de entender con normalidad los textos? ¿Qué opinión te merece la expresión del escritor Jorge Edwards «la lengua común que nos desune» cuando se refiere al español? Aunque existan diferencias léxicas entre unas zonas y otras, no existen problemas de incomunicación pues la lengua estándar es homogénea y estos casos particulares no se pueden generalizar. Parece, por tanto, un poco exagerada la expresión de Jorge Edwards «la lengua común que nos desune». 2. Explica qué rasgos lingüísticos del español de América aparecen en los siguientes enunciados: •
El compadre tuyo no tiene plata: cambio de significado (compadre es en España «el padrino de un bautizo con respecto a la madre o al padre del bautizado» y aquí se utiliza como «amigo»; plata por dinero). 22
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Mi padresito consultó un abogado: seseo, uso del diminutivo (padresito) y construcción del complemento directo de persona sin a: consultó un abogado. Voy acabando la leída y apago el bombillo: utilización de perífrasis verbal (voy acabando); neologismo por derivación (leída); cambio de género (bombillo). Lo botaron dos cuadras más allá: cambio de significado (botar por echar); arcaísmo (cuadras); uso de allá en lugar de allí. Recién se descanse, tome el carro y maneje: empleo de adverbios y locuciones adverbiales extraños en España (recién); adición del pronombre reflexivo (se descanse); cambio de significado (tomar por coger y manejar por conducir); neologismo procedente del inglés (carro); tratamiento de usted (tome, maneje). He de verlo lueguito: uso de perífrasis verbales (he de verlo); uso correcto de los pronombres (verlo); uso de diminutivos incluso en adverbios (lueguito).
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 37 3. Señala en el siguiente texto todos los rasgos lingüísticos del español de América que encuentres. —¡Ya te bebiste el chocolate, dirés! —¡Sí, Dios te lo pague, estaba muy sabroso! A mí me gusta cuando por el tragadero le pasa a uno el pusunque. —¿Dónde pusiste la taza? —inquirió la sirvienta, buscando entre los libros que hacían sombra sobre la mesa. —¡Allá! ¿No la estás viendo? —Ahora que decís eso, mirá, ya estos cajones están llenos de papel sellado. Mañana, si te parece, saldré a ver qué se vende. —Pero que sea con modo, para que no se sepa. La gente es muy fregada. —¡Vos estás creyendo que no tengo dos dedos de frente! Hay como sobre cuatrocientas fojas de a veinticinco centavos, como doscientas de a cincuenta... Las estuve contando mientras que se calentaban mis planchas ahora en la tardecita. Un toquido en la puerta de la calle le cortó la palabra a la sirvienta. —¡Qué manera de tocar, imbéciles! —respingó el auditor. —Si así tocan siempre... A saber quién será... Muchas veces estoy yo en la cocina y hasta allá llegan los toquidotes... MIGUEL ÁNGEL ASTURIAS: El señor presidente. Por lo que respecta al nivel fónico, cabe señalar que el autor se atiene a la ortografía normativa del castellano y no busca reproducir mediante un empleo fonético de la ortografía, los rasgos de habla que sin duda son característicos en el español de América. La entonación, el seseo, el yeísmo, la aspiración de h- inicial o de s al final de sílaba no quedan reflejados en un texto escrito, pero sería interesante un esfuerzo de imitación en la lectura para contrastarlo con el español de la Península. Rasgos léxicos: -
Cambios de significado: tragadero por garganta. Arcaísmos: modo empleado con el sentido de moderación, discreción; fojas en lugar de hojas. Neologismos: fregada, cuyo significado es descarada, fastidiosa; toquidotes por golpes. Indigenismos: pusunque.
Rasgos morfosintácticos: -
Uso de diminutivos y aumentativos: tardecita, toquidotes. Utilización de perífrasis verbales: estás creyendo que no tengo; las estuve contando. Preferencia del pretérito perfecto simple: bebiste, pusiste. 23
-
Uso de allá en lugar de allí. Empleo de locuciones adverbiales: Hay como cuatrocientas fojas. El voseo con la forma contracta; dirés, mirá, Vos estás creyendo.
4. Lee el siguiente texto y realiza un comentario a partir de las siguientes preguntas. ¿Qué te parece el espanglish: un idioma, un dialecto o una interferencia lingüística por necesidad comunicativa? ¿Cómo se constituye? ¿Por qué surge en EE. UU.? ¿Beneficia o perjudica al castellano? ¿Qué opinión te merece la traducción al espanglish del Quijote? Spanglish: «se deliveran grocerías» El título no está ni en inglés ni en español: es spanglish. Deliverar grocerías no es otra cosa que el envío a domicilio de las compras del mercado: we deliver groceries. Se cree que este nuevo «idioma» lo inventaron los puertorriqueños y dominicanos que emigraron hace mucho tiempo a la ciudad de Nueva York. Sin embargo, su existencia real se debe a la impresionante simbiosis cultural anglo-latina que se remonta a la presencia de la cultura hispana en estados como California y Florida. En todo caso existe. 40 millones de latinos en Estados Unidos lo hablan en uno u otro nivel, es decir, un país completo. La cifra representa el 10 % de la población de habla hispana a nivel mundial. Es el lenguaje de una subcultura que florece en las grandes urbes de Estados Unidos. No discrimina clases sociales; lo habla desde un inmigrante indocumentado recién llegado, hasta un trabajador de clase media o un ejecutivo de clase alta. Oye papi, me llegó mi grincar ayer y estoy super happy, le escuché decir a una señora emocionada. En este caso, todo se entiende. La frase clave es green card, el documento de identidad para residentes permanentes. Sin embargo, hay otros casos donde realmente solo quienes vivimos aquí en Estados Unidos logramos entender. Se me laqueó la troca, spanglish de la versión original The truck is locked out, o del español, la camioneta se quedó cerrada con las llaves dentro. [...] El spanglish también es objeto de estudio de lingüistas y sociólogos. Está el caso de Ilan Stavans, quien además de investigar los orígenes de este fenómeno idiomático se atrevió a traducir al spanglish el primer capítulo de Don Quijote de la Mancha. In un placete de La Mancha of which nombre no quiero remembrearme, vivía, not so long ago, uno de esos gentlemen who always tienen una lanza in the rack, una buckler antigua, a skinny caballo y un grayhound para el chase. La traducción, según algunos, es un insulto al castellano. Saque sus propias conclusiones. ALFREDO OCHOA: BBC Mundo, Miami. Respuesta libre. Algunos quieren considerarlo un dialecto como recurso de reivindicación de la sociedad hispana frente al poder anglosajón en EE. UU.; otros consideran que se trata de un español invadido por los anglicismos. En opinión de muchos especialistas no tiene entidad para convertirse en una futura lengua. En principio, el espanglish es un modo de expresión originado por una interferencia lingüística a causa de la necesidad comunicativa de la población inmigrante hispana en Estados Unidos. Es una mezcla de inglés y de español, y, según los casos y la procedencia, una variedad u otra de español. Esta clase de interferencias suelen ser perjudiciales para el correcto aprendizaje de un idioma, por lo que parece excesivo considerarlo un idioma así como traducir al espanglish una obra tan representativa como Don Quijote de la Mancha.
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ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 42 1. Lee el siguiente texto, realiza un resumen del mismo y responde a las preguntas que se formulan a continuación. «Tronco, el español tiene mazo de futuro» ¿Están los jóvenes deteriorando el español? Aunque en muchos casos las carencias comunicativas en los adolescentes son evidentes, los expertos defienden la riqueza, la creatividad y la capacidad innovativa de la jerga juvenil. «No flipes, tío», «eres un pipa» o «cómo mola» son algunas expresiones que podríamos escuchar en una cuadrilla de jóvenes a la salida de un instituto. Un lenguaje que, a veces, no parece castellano, o por lo menos que difiere de la norma estándar. Pero, realmente, ¿enriquece o empobrece el idioma? [...] Ni todo es blanco, ni todo es negro. Los expertos coinciden en que no tiene sentido demonizar al lenguaje juvenil. «Los adolescentes utilizan este registro cuando hablan con iguales en situaciones informales, cuando tienen que comunicarse con otras personas utilizan acomodadores lingüísticos para adaptarse a la situación», explica Ana María Vigara, profesora de Lengua Española en la Universidad Complutense. «Su propia jerga no es nada pobre, está muy viva y llena de sinónimos. Además, tiene un elemento lúdico que les hace buscar nuevas palabras.» El escritor José Ángel Mañas (autor de novelas como Historias del Kronen) asegura que «no hay que ser catastrofistas con el idioma. No estamos ante una travesía en el desierto», y añade que «en muchos casos, los bárbaros de hoy pueden ser los clásicos de mañana». Lo que sí es cierto, explica Mañas, es que «hoy en día la juventud es un valor. Antes los chicos querían ser hombres. Ahora vivimos en una sociedad de peter pans, en la que más vocablos juveniles llegan a toda la sociedad. El cine, la publicidad o la música mitifican la juventud, por lo que existe una tendencia a que también lo haga el lenguaje». Félix Rodríguez, catedrático de Lingüística Inglesa en la Universidad de Alicante, comenta que «es necesario distinguir entre las carencias comunicativas propias del adolescente y de la era audiovisual, frente a la riqueza de vocabulario que presenta su propia jerga. Los jóvenes recuperan palabras; por ejemplo, molar data del siglo XIX, cuando significaba producir o valer, y ahora se la ha dotado de un nuevo contenido». MARTA GARIJO: Expansion.com Resumen: los jóvenes utilizan un modo particular de expresión y algunos consideran que este lenguaje puede estar deteriorando el castellano. Sin embargo, se debe diferenciar entre las carencias lingüísticas propias de un mal aprendizaje de la lengua y la riqueza expresiva de la jerga juvenil. Además, el lenguaje de la jerga juvenil se extiende a otros niveles de uso puesto que la juventud se considera un valor. a) ¿Crees que la jerga juvenil empobrece o enriquece el idioma? ¿Es equiparable a otra clase de jergas? Justifica tu razonamiento con las opiniones incluidas en el texto. La jerga juvenil no debería empobrecer el idioma si solo se utiliza en los contextos que le corresponden. La jerga juvenil es equiparable a otras jergas (marginal, del hampa, etc.) de las que toma incluso vocablos. Así lo expresa Ana María Vigara, profesora de Lengua Española en la Universidad Complutense. «Su propia jerga no es nada pobre, está muy viva y llena de sinónimos. Además, tiene un elemento lúdico que les hace buscar nuevas palabras.» O Félix Rodríguez, catedrático de Lingüística Inglesa en la Universidad de Alicante: Los jóvenes recuperan palabras; por ejemplo, molar data del siglo XIX, cuando significaba producir o valer, y ahora se la ha dotado de un nuevo contenido.
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b) ¿Qué significan las palabras y expresiones del texto tronco, mazo, no flipes, tío, eres un pipa y cómo mola? Explica a continuación el significado de las siguientes palabras y expresiones: ir maqueado, estar petado, partir la pana, por la patilla, columpiarse, rular, friki, piba, priva, peña. Tronco: amigo, compañero. Mazo: mucho. No flipes: no sueñes, no imagines. Tío: individuo, colega. Eres un pipa: eres un engreído, un presumido. Cómo mola: ¡Qué bien está esto! Ir maqueado: ir bien vestido. Estar petado: estar lleno. Partir la pana: tener éxito. Por la patilla: gratis. Columpiarse: salir mal las cosas. Rular: funcionar o circular. Friki: del inglés freak, raro. Piba: chica. Priva: bebida alcohólica. Peña: gente, panda. c) Escribe otras palabras y expresiones propias de la jerga juvenil relacionadas con los siguientes campos semánticos: ámbito de la alimentación; ámbito de la diversión; ámbito del comportamiento; ámbito de la violencia y de la delincuencia. Alimentación: papeo, papear, birra, jamar, manduca, bocata, alpiste. Diversión: irse de farra, ir de marcha, movida, rollo, bareto, garito, pasarlo dabuti. Comportamiento: comerse el tarro, darle al coco, empanarse, cruzar los cables, borde, ser un agonías, marchoso, muermo. Violencia y delincuencia: costo, camello, pasma, talego, yonqui, dar dos yoyas. 2. Explica las características lingüísticas de las siguientes expresiones propias del registro informal de la lengua. Procura expresarlas en un registro formal. • • • • • • • •
¡No hay quién te entienda!: variedad de recursos expresivos (exclamaciones). Que si no estudio, que si no trabajo...: repetición de palabras y frases. A las ocho, en la parada del bus: organización subjetiva de los elementos oracionales y léxico sencillo. De esa historia mejor no me hables: organización subjetiva de los elementos oracionales. Estás muy, muy nervioso: repetición de palabras como fórmula intensificadora. ¡Anda, Paquito, dame el mando!: exclamación, enunciado exhortativo y búsqueda de la afinidad por medio de un hipocorístico. Ya sabes, perro ladrador...: frase hecha, lenguaje proverbial y elipsis. Está como una auténtica chota: comparación, hipérbole y frase hecha.
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ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 43 3. Lee el siguiente texto y explica las características del lenguaje empleado en los SMS con ejemplos que encuentres en él. A continuación explica cuáles crees que son las ventajas y los inconvenientes de este modo de expresión. ¿Puede influir en el uso y aprendizaje del idioma? Smshablantes
Smshblnts
¿En cuánto espacio cabe una declaración de amor? Para decenas de miles de adolescentes son suficientes dos letras: Tq. Esa, al menos, es la manera más frecuente de decir «Te quiero» cuando se escribe un SMS, el short message service nacido hace 15 años. Y es que los 25 000 millones de mensajes cortos de teléfonos móviles que se envían anualmente en España podrían convertirse en una especie de barómetro sobre el estado de salud del castellano. Porque expresiones como Kdms? (¿quedamos?), Toy zzz (estoy dormido), Nt1d (no tengo un duro), Toy :) (estoy feliz) o Bs (besos) se han convertido en palabras y frases habituales para la mayoría de los estudiantes, que, además, suelen entablar sus primeras relaciones interpersonales en ese terreno comunicativo. ¿Está condenado el español a un inexorable empobrecimiento? ¿O asistimos al nacimiento de un nuevo lenguaje?
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N cnt spcio kb 1 dclrcion d amr¿? Xa dcnas d m1s d adlscnts sn sfcnts 2 ltrs: Tq. Esa, al-, s la mnr + frqent d dcr Te quiero cnd se scrb 1 SMS, 1 short message servce ncid ac 15 añs. Y s q ls + d 25 000 myns d sms d tlfns mvls q se nvían anualmnt n spñ pdrian convrtrs n 1 spcie de barómtr sbr l std de slud dl cstyano. Pq xprsions cm Kdms? (¿quedamos?), Toy zzz (estoy dormido), Nt1d (no tengo un duro), Toy :) (estoy feliz) o Bs (besos) s an cnvrtd n plbrs y frss abituals xa la myria d ls stdiants, q, ad+, sueln ntblar ss 1as rlcions intrprsnls n s treno cmnktiv. Sta cndnd l spñl a 1 inxorabl mpbrcimnto¿? O asstims al ncimnt de 1 new lnwag¿?
Las faltas de ortografía: mynes (por millones), lnwag (por lenguaje), abituals (por habituales). La supresión de sonidos (especialmente los vocálicos) y el uso de abreviaturas: todo el texto está abreviado. La ausencia de tildes: dclrcion Las onomatopeyas: Toy zzz. El uso abusivo de anglicismos: new El uso libre de los signos de puntuación como recurso de expresividad: ¿? La utilización de símbolos que sustituyen al lenguaje verbal: Toy :), 2 ltrs., al-.
Respuesta libre. El lenguaje escrito de las nuevas tecnologías se genera a partir de los rasgos de la expresión oral. Las ventajas son la agilidad comunicativa, la espontaneidad y la economía lingüística. Sin embargo, estos medios están originando, especialmente entre jóvenes y adolescentes un modo de expresión que interfiere considerablemente en el buen uso y aprendizaje de la lengua. 4. A partir de la lectura del siguiente texto, escribe tu opinión sobre las diferencias en el uso de la lengua entre hombres y mujeres. Posteriormente estableced entre todos un coloquio en el que manifestéis vuestras opiniones. Las mujeres y los hombres no conciben la conversación de la misma forma y esto lleva a la adopción de distintos comportamientos por parte de unas y de otros. En las charlas informales los hombres tienden al intercambio de información y a la expresión de la opinión personal con la intención de que esta prevalezca; sin embargo, para la mayoría de las mujeres el fin del diálogo es el establecimiento y mantenimiento de relaciones sociales, por lo que el interés principal recae en estrechar los lazos que las unen a sus interlocutores. IRENE LOZANO: Lenguaje femenino, lenguaje masculino. Respuesta libre. 27
5. Señala los errores lingüísticos que contienen las siguientes oraciones y escríbelas correctamente. • • • • • • • • • • • • • •
Han cesado al Director de Informativos. Imprecisión léxica. Han destituido al Director de Informativos. Ganó la pelea a los puntos. Uso incorrecto de la preposición: Por los puntos. Está en un estado de forma bastante óptimo. Uso incorrecto del superlativo: se debe suprimir bastante. Han perdido de ocho puntos. Uso incorrecto de la preposición: por ocho puntos. Me advirtió que hoy no vendría. Queísmo: Me advirtió de que. El balón sale por línea de fondo. Supresión del artículo: por la línea de fondo. Me molesta que te sientes delante suya. Empleo incorrecto del pronombre posesivo: delante de él. Yo ya no doy más de sí. Uso incorrecto del pronombre reflexivo: no doy más de mí. No les he visto en clase. Leísmo: No los he visto. Estaba nerviosa de verte. Uso incorrecto de las preposiciones: nerviosa por verte. ¿Recuerdas el día que os conocimos? Ausencia de preposición ante el pronombre relativo: el día en que nos conocimos. Entró en el puesto doceavo. Uso incorrecto de los ordinales: duodécimo. Evitar poneros juntos. Empleo incorrecto del infinitivo: Evitad. Están todos en aquel aula. Concordancia incorrecta entre el demostrativo y el sustantivo: aquella aula.
TEXTOS COMPLEMENTARIOS-PÁG. 44 ¿Existe un único español? «¡Buenos días!» Esta frase la han dicho Felipe Pérez, en Cádiz, y Manuel Rodríguez, en Vigo. Así (o en la forma «buen día») también han saludado Juan Martínez, en Ciudad de México, Mario Macchi, en Buenos Aires, y Anastasio Pérez, en Guinea Ecuatorial. Lo mismo dicen cada mañana (si son educados) cerca de 400 millones de personas. Pero no hay un único español. Está el que se habla en España, pero habría que distinguir el de Barcelona (más influido por el catalán), el de Valladolid o el de México (con muchas voces de las lenguas indígenas). El español de España está en minoría (un 10% del total), igual que muchos de sus rasgos: el uso de tú (en América predomina el vos o el usted), o conservar el sonido z (en América se pronuncia universalmente sapato o cabesa). Sí, el español nació en España, pero —en muchos sentidos— ya es una lengua americana. No hablamos igual en familia que entre compañeros, o cuando estamos ante el juez: «Le aseguro, señoría, que no penetré en la vivienda con ánimo de robar». El mismo sujeto contaría el suceso así a su familia: «Mamá, te juro que sólo quería echar un vistazo». Y a sus amigos: «Le dije al colegui que me diera el queo, pero se abrió y me ligaron». Hay colectivos que se crean jergas propias. La profesora de la Universidad de Valencia Julia Sanmartín ha estudiado el habla de los reclusos. «Los delincuentes no usan su jerga para ocultarse: al fin y al cabo, muchas de sus palabras ya son conocidas y no las cambian. Es más bien signo de grupo». Hay también una amplia jerga de la juventud, muy variable en el tiempo y según los lugares. En vista de todas estas cosas, queda claro que no se puede hablar del español (ni del francés, ni del inglés) como si fuera una cosa monolítica. ¿Qué es, pues, el español? Una abstracción que hacen unos científicos, los lingüistas, a partir de hablas muy distintas de mucha gente en muchas circunstancias, y también una realidad comunicativa; hablan español aquellos con los que nos entendemos fácilmente.
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¿Dónde se habla mejor español? La pregunta no tiene sentido alguno: el habla de un hablante cuidadoso es tan buena en Caracas como en Salamanca. No es que una variante sea el castellano auténtico y otra no. [...] Por fortuna, en nuestra lengua hay una norma culta general, que hace que los hablantes cuidadosos de Jalisco, Bogotá o Zaragoza se puedan entender a la perfección. Esa norma es responsable de que la industria editorial actúe en todo el ámbito de la lengua, porque no hay grandes diferencias de vocabulario, ni de sintaxis, y porque compartimos una misma ortografía (a diferencia de lo que ocurre, por ejemplo, entre Portugal y Brasil). ELVIRA LINDO: «¿Existe un único español?», El País Semanal.
TEXTOS COMPLEMENTARIOS-PÁG. 45 La gramática panhispánica La presentación de la Gramática panhispánica, aprobada por las 22 Academias del español, en un acto solemne, presidido por Sus Majestades los Reyes y —en calidad de anfitrión— por el presidente de Colombia, Álvaro Uribe, es un motivo de satisfacción para los millones de hablantes de nuestra lengua. El equipo de trabajo dirigido por el profesor Ignacio Bosque ha logrado presentar un mapa completo del español, que viene a configurar una visión nueva de un idioma pujante y en pleno desarrollo. Como afirmó Don Juan Carlos en Medellín, esta gran obra fortalece la vitalidad de nuestra lengua y recoge su uso «uno y vario». La riqueza creativa de las diversas variedades a uno y otro lado del Atlántico complementa esa unidad sustancial que tiene su expresión histórica y actual en una literatura que está a la altura —si no por encima— de las mejores. Todos los países que tienen al español como lengua propia aportan sus matices y dejan su huella en un tronco común formado a partir de muchos siglos de convivencia. La expansión en Estados Unidos, primera potencia universal, y la demanda creciente e imparable para su enseñanza como segunda lengua en muchos países son la mejor prueba de esta feliz realidad, ganada a pulso gracias al esfuerzo colectivo. Sin embargo, nadie debe dormirse en los laureles. El reto de la sociedad de la información y del conocimiento exige desde ahora mismo un esfuerzo continuo. La presencia del español en los organismos internacionales debe adecuarse a su reconocida cualidad de segunda lengua en la comunicación universal. En nuestro país es imprescindible evitar que el reconocimiento de las lenguas cooficiales en determinadas comunidades autónomas suponga un rechazo para el idioma que constituye la principal riqueza cultural de España. Es necesario reforzar las instituciones y ampliar los presupuestos destinados a difundir el español en todo el mundo. Además, hay que exigir de forma razonable, pero con la máxima firmeza, que se utilice al máximo nivel en conferencias y reuniones internacionales. Su proyección a través del Instituto Cervantes y de la acción exterior del Estado es una prioridad política que incumbe a los poderes públicos y también, por vía de patrocinio o mecenazgo, a las muchas empresas españolas que desempeñan un papel de primera fila en la economía internacional. El apoyo de la Corona está garantizado porque se trata de una política de Estado, más allá de las coyunturas concretas. A partir del alto patronazgo de las Reales Academias que corresponde al Rey de acuerdo con la Constitución, esta labor alcanza una imprescindible dimensión institucional, como se demuestra en el caso de esta Gramática panhispánica, una obra que es un espléndido fruto de la contribución de las academias al éxito de la lengua de todos. ABC, marzo de 2007.
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1. Según el contenido del primer texto, ¿existe un único español? ¿Qué variantes se pueden encontrar? ¿El español es patrimonio exclusivo de los españoles? ¿Por qué? ¿Dónde se habla el mejor español? ¿Por qué nos podemos entender a pesar de existir tanta diversidad? Según el texto, no existe un único español, sino que hay múltiples variantes de un mismo idioma. Entre otras, cita las variedades geográficas (habría que distinguir el de Barcelona...), las variedades producidas por la situación comunicativa (No hablamos igual en familia que entre compañeros) y las jergas. Todas estas variedades son realizaciones válidas en tanto que cumplen con lo establecido por la norma. Los españoles no somos los únicos poseedores del español ni es nuestro patrimonio exclusivo. El idioma es un patrimonio colectivo de todos los hablantes, independientemente del lugar del que procedan. De hecho el español del centro peninsular está en minoría, como puede observarse con el voseo y el seseo. Cada una de las variedades del español es válida y no se trata de un español de segundo orden; como dice el autor el habla de un hablante cuidadoso es tan buena en Caracas como en Salamanca. Para que el español siga siendo un instrumento de comunicación de 400 millones de hablantes existe la norma culta general, que impide la disgregación de la lengua y actúa como elemento unificador. La norma fija lo que se considera correcto. 2. Redacta un resumen del segundo texto. ¿Qué es la Gramática panhispánica? ¿Por qué es útil? ¿Por qué está en crecimiento el español? ¿Qué medidas se proponen para consolidar y extender el uso del español? La aprobación de la Gramática panhispánica por las 22 Academias del español en Colombia supone un avance en la consolidación y pujanza de la lengua española desde su unidad y diversidad. Su crecimiento y expansión tienen su confirmación en esta obra. Sin embargo, se debe actuar ante las dificultades que se presentan en la actual sociedad de la información y los problemas originados en las comunidades bilingües, además de reforzar el papel del español en los organismos internacionales. En esta labor de proyección exterior asumen un papel fundamental las instituciones como son el Instituto Cervantes, los poderes políticos y el papel de la Corona, como así se comprueba con la publicación de esta obra. La Gramática panhispánica es una obra realizada conjuntamente por las 22 Academias de la Lengua Española que recoge la diversidad de las variedades del español a un lado y otro del Atlántico. Es una obra útil por el trabajo conjunto y por su valor universal. El español es un idioma en crecimiento por su expansión es Estados Unidos y por ser segunda lengua de estudio en numeroso países. Para consolidar su crecimiento se propone: evitar las situaciones de diglosia o las interferencias lingüísticas en las comunidades bilingües, consolidar su importancia en los organismos oficiales e institucionalizar la acción exterior (Instituto Cervantes, Estado y Corona). 3. Expón de forma argumentada tu opinión sobre la importancia del español en el mundo actual y la necesidad de fomentar su uso. Puedes utilizar las siguientes ideas: número de hablantes de español en el mundo, extensión geográfica, unidad idiomática, enseñanza del idioma, nuevas tecnologías, convivencia de lenguas y aprendizaje del idioma. Respuesta libre.
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TEST DE EVALUACIÓN-PÁG. 47 1. La norma lingüística permite: a. Distinguir qué variedades de la lengua son correctas o incorrectas. b. Establecer el uso correcto e incorrecto del idioma y favorecer su disgregación. c. Mantener la unidad del idioma, ya que establece las normas de uso. 2. Los dialectos meridionales son: a. Andaluz, canario, extremeño, leonés y murciano. b. Navarro-aragonés y astur-leonés. c. Andaluz, canario, extremeño y murciano. 3. Son rasgos comunes de los dialectos meridionales: a. La relajación de la j y el diminutivo en -ino. b. El yeísmo y la supresión de sonidos. c. La relajación de la ch y el uso de la forma ustedes. 4. El español de América es: a. Una variedad geográfica con una gran diversidad lingüística. b. Una variedad homogénea del castellano escrito. c. Una variedad alejada del castellano estándar. 5. Son rasgos generales del español de América: a. La adverbialización de adjetivos y la preferencia por las formas aquí y allí. b. El seseo y los cambios de significado. c. El uso de perífrasis verbales y la preferencia por el pretérito perfecto compuesto. 6. Las jergas son: a. Variedades socioculturales del idioma de determinados grupos profesionales o sociales. b. Variedades diafásicas del idioma utilizadas en situaciones informales. c. Variedades diastráticas que incumplen las normas lingüísticas. 7. Son rasgos propios del registro informal: a. La pronunciación relajada de sonidos y el uso de un léxico preciso. b. El uso de una gran variedad de recursos expresivos y el orden subjetivo de los elementos oracionales. c. La utilización de enunciados exhortativos y el uso de modelos enunciativos. 8. Son correctas las expresiones: a. Callaros y esta hacha. b. Perdimos por diez puntos y detrás tuya. c. No los vi y problemas que resolver. 9. En las nuevas tecnologías destacan estos rasgos: a. La ausencia de tildes y el uso de signos de puntuación. b. Las oraciones cortas y la corrección estilística. c. El uso de abreviaturas y la utilización de símbolos. 31
UNIDAD 3: LA PALABRA. ESTRUCTURA Y SIGNIFICADO CUESTIONES INICIALES-PÁG. 49 1. ¿Qué clase de significado puede adquirir la palabra corazón en los textos literarios? La palabra corazón adquiere en los textos literarios un sentido alejado del significado denotativo, pues incluye una nueva acepción: el órgano de los seres humanos que da cobijo a los diferentes sentimientos, especialmente los relacionados con el amor. 2. ¿Por qué la palabra espacio es polisémica? ¿Cuál es el antónimo de real? La palabra espacio es polisémica porque tiene varios significados: 1. Continente de todos los objetos sensibles que existen. 2. Capacidad de terreno, sitio o lugar. 3. Transcurso del tiempo. 4. Cosmos. Espacio sideral, muerto, imaginario. El antónimo de real es irreal, aunque también podría ser ficticio. 3. ¿Por qué la palabra okupa es un neologismo? Okupa es un neologismo porque es una palabra de reciente creación. Procede del truncamiento de la palabra ocupador y del cambio de la grafía c por k, letra que simboliza un movimiento urbano de ideología anarquista que se caracteriza por vivir en colectividad en casas y edificios privados abandonados. 4. ¿Qué es un extranjerismo? Pon ejemplos de algunos extranjerismos utilizados a menudo. Un extranjerismo es una palabra tomada de otro idioma y que aún no ha sido admitida como palabra del léxico castellano. Algunos ejemplos: hardware, checking, outlet, delicatesen, glamour. 5. ¿Qué clase de palabra es, por su forma, tercermundismo? Tercermundismo es una palabra derivada de una compuesta: tercer(o) + mundo + -ismo. El significado es «relativo al conjunto de países subdesarrollados». 6. ¿A qué palabra equivalen las expresiones empleada de hogar y conflicto laboral? Son expresiones eufemísticas que equivalen, respectivamente, a las palabras «políticamente incorrectas» asistenta o chacha, y huelga. 7. ¿Qué es una sigla? ¿Por qué se utilizan tanto en la actualidad? Pon ejemplos de algunas que conozcas. Una sigla es el resultado de la unión en una palabra de las iniciales de otra. Hoy en día son muy utilizadas las siglas porque responden perfectamente al principio de economía lingüística: decir más con menos palabras. Ejemplos: CSIC, ERE, PP, PSOE, IRPF, etc.
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 52 1. Analiza las siguientes palabras: indica cuáles son sus componentes (lexemas, morfemas y sus respectivos tipos) y clasifícalas después por su forma. reloj: lexema independiente. Palabra simple. voracidad: lexema (voraz) + morfema derivativo sufijo (dad). Palabra derivada. rivalizar: lexema (rival) + morfema derivativo sufijo (izar). Palabra derivada. 32
incomprensible: lexema (comprens) + morfema derivativo prefijo (in) + morfema derivativo sufijo (ble). Palabra derivada. matasuegras: lexema (mata) + lexema (suegras). Palabra compuesta por yuxtaposición. almohadas: lexema (almohad) + morfemas flexivos de género y número (a – s). Palabra simple. financiaron: lexema (financi) + morfema flexivo verbal (aron). Palabra simple. según: morfema independiente. Palabra simple. alcohol: lexema independiente. Palabra simple. naranjal: lexema (naranj) + morfema derivativo sufijo (al). Palabra derivada. redacción: lexema (redac) + morfema derivativo sufijo (ción). Palabra derivada. picapedrero: lexema (pica) + lexema (pedr) + morfema derivativo sufijo (ero). Palabra parasintética (no existe *picapedr). impracticable: lexema (practic) + morfema derivativo prefijo (im) + morfema derivativo sufijo (able). Palabra derivada. introvertido: lexema (vert) + morfema derivativo prefijo (intro) + morfema derivativo sufijo (ido). Palabra derivada. descuartizar: lexema (cuart) + morfema derivativo prefijo (des) + morfema derivativo sufijo (izar) (morfemas inseparables). Palabra parasintética. enemigo: lexema (enemig) + morfema flexivo de género (o). Palabra simple. contradecir: lexema (dec) + morfema derivativo prefijo (contra) + morfema derivativo sufijo (ir). Palabra derivada. porque: morfema independiente. Palabra simple. fragancia: lexema (fragancia). Palabra simple. repatriar: lexema (patri) + morfema derivativo prefijo (re) + morfema derivativo sufijo (ar) (morfemas inseparables). Palabra parasintética. calentamiento: lexema (calent) + morfema derivativo sufijo (miento). Palabra derivada. 2. Completa el siguiente cuadro con dos ejemplos para cada uno de los prefijos: PREFIJOS
SIGNIFICADO
PALABRAS
a-, an-
privación, negación
apolítico, analfabeto
ante-
anterioridad
anteayer, antebrazo
anti-
oposición
anticongelante, antipatriota
con-, co-
compañía
confraternizar, colaborar
contra-
oposición
contradecir, contraatacar
des-
negación
deshacer, desacierto
en-
dentro
enlatar, envasar
entre-
situación intermedia
entretener, entretejido
ex-
fuera
exportar, extraer
extra-
fuera de, sumamente
extrajudicial, extraplano
in-, i-
negación
inviable, ilegítimo
inter-
entre
interconectar, internacional
intra-
dentro de
intrauterino, intramuros
pre-
anterioridad, prioridad
prevenir, prever
pro-
en vez de
pronombre, progubernamental
re-
repetición
rehacer, recolocar
sobre-
adición, superioridad
sobreponer, sobresaliente
sub-
debajo de
subterráneo, submarino
trans-
al otro lado, a través de
transportar, translúcido 33
3. Escribe los gentilicios correspondientes a las siguientes ciudades españolas y haz una lista de los sufijos empleados: Pontevedra: pontevedrés Lérida: ilerdense o leridano Ávila: abulense San Sebastián: donostiarra Huesca: oscense
Guadalajara: guadalajareño (también alcarreño)
Málaga: malagueño o malacitano
Huelva: onubense
Palma de Mallorca: palmesano
Teruel: turolense Melilla: melillense Santander: santanderino
León: leonés
Logroño: logroñés Lugo: lucense
Badajoz: pacense Los sufijos empleados son: -es, -ense, -ano, -arra, -eño e –ino. 4. Haz una lista de los 27 países que forman la Unión Europea y escribe después el gentilicio correspondiente a cada uno. La Unión Europea está compuesta de 27 países soberanos independientes que se conocen como los Estados miembros: Alemania, Austria, Bélgica, Bulgaria, Chipre, la República Checa, Dinamarca, Estonia, Finlandia, Francia, Grecia, Hungría, Irlanda, Italia, Letonia, Lituania, Luxemburgo, Malta, Países Bajos, Polonia, Portugal, Rumanía, Eslovaquia, Eslovenia, España, Suecia y el Reino Unido. Los respectivos gentilicios son: alemán, austriaco (o austríaco), belga, búlgaro, chipriota, checo, danés o dinamarqués, estonio, finés o finlandés, francés, griego, húngaro, irlandés, italiano, letón, lituano, luxemburgués, maltés, holandés (de Holanda = Países Bajos), polaco, portugués, rumano, eslovaco, esloveno, español, sueco e inglés (del Reino Unido).
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 53 5. Completa el siguiente cuadro con dos ejemplos para cada uno de los prefijos: SUFIJOS
SIGNIFICADO
PALABRAS
-al, -eda, -aje
colectivos
robledal, alameda, oleaje
-ancia, -ción, -dad, -ismo
sustantivos abstractos
elegancia, imaginación, bondad, socialismo
-aria, -ario, -ero, -ista
oficio, relación, afición, partidario
empresaria, secretario, frutero, comunista
-ante, -dera, -dor, -dura, -iente, -sor, -tor
agente, instrumento, lugar
caminante, ensaladera, tenedor, cerradura, hiriente, emisor, inventor
-ada, -ida, -ción, -miento, -anza
acción
bofetada, partida, ovación, estiramiento, crianza.
-ario, -dero
lugar
campanario, burladero
-al, -oso
relación
comarcal, avaricioso
-able, -ible
posibilidad
agradable, terrible
-ísimo, -ísima
superlativo
altísimo, listísima
-ido
gritos de animales
aullido, graznido
-azo, -ón, -ote
aumentativos
cochazo, mocetón, grandote
-ico, -illo, -ito, -ita, -ín, -uelo, -ete
diminutivos
borrico, tufillo, pobrecito, hermanita, botellín, polluelo, vejete
-acho, -aco, -ajo, -ucho, -ote
despectivos
populacho, pajarraco, pequeñajo, papelucho, feote
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6. Cada una de las siguientes palabras incluye uno o más elementos formantes de origen griego o latino. Señala cuáles son esos elementos, su significado y el significado de la palabra completa aeropuerto: terreno llano provisto de un conjunto de pistas, instalaciones y servicios destinados al tráfico regular de aviones. El elemento griego aero significa «aire». macroespectáculo: espectáculo de grandes dimensiones para grandes multitudes. El elemento griego macro significa «grande». bisílabo: palabra o verso de dos sílabas. El elemento latino bi significa «dos». multipropiedad: propiedad compartida por varias personas. El elemento latino multi significa «muchos». cefalalgia: dolor de cabeza. El elemento griego cefalo significa «cabeza» y el otro elemento griego algia significa «dolor». autarquía: política de un Estado que intenta bastarse con sus propios recursos. Palabra procedente del griego, formada por auto (por sí mismo) y arquía (gobierno, poder). demosofía: folclore. Formada por los elementos griegos demo (pueblo) y sofía (sabiduría). xenofobia: odio u hostilidad hacia los extranjeros. Formada por los elementos griegos xeno (extranjero) y fobia (odio). telepatía: transmisión de contenidos psíquicos entre personas, sin intervención de agentes físicos conocidos. Formada por los elementos griegos tele (a distancia) y patía (padecimiento). hipertrofia: desarrollo excesivo de algo. Formada por los elementos griegos hiper (grande) y trofia (desarrollo). autosuficiente: que se vale por sí mismo. El elemento griego auto significa «por sí mismo». microelectrónica: técnica de diseñar y producir circuitos electrónicos en miniatura, aplicando especialmente elementos semiconductores. Formada por los elementos griegos micro (pequeño) y electrón (partícula de la electricidad). biosfera: conjunto de los medios donde se desarrollan los seres vivos. Formada por los elementos griegos bio (vida) y esfera (esfera). nostalgia: pena de verse ausente de la patria o de los amigos. Formada por los elementos griegos nostos (regreso) y algia (dolor). cronología: ciencia que tiene por objeto determinar el orden y fechas de los sucesos históricos. Formada por los elementos griegos cronos (tiempo) y logía (ciencia). anglofilia: afición por el mundo anglosajón. El elemento griego filia significa «afición, gusto». fotograbado: procedimiento de grabar un cliché fotográfico sobre planchas de cinc, cobre, etc. El elemento griego foto significa «luz». hemisferio: mitad de la esfera terrestre. Formada por los elementos griegos hemi (mitad) y esfera (esfera). antropometría: tratado de las proporciones y medidas del cuerpo humano. Formada por los elementos griegos antropo (ser humano) y metro (medida). metalenguaje: lenguaje que se usa para hablar del lenguaje. El elemento griego meta significa «más allá». bibliófilo: persona amante de los libros. Formada por los elementos griegos biblos (libro) y filia (afición). politeísmo: doctrina religiosa que cree en la existencia de varios dioses. Formada por los elementos griegos poli (mucho) y teos (dios). cosmógrafo: persona que estudia y conoce la cosmografía o ciencia del universo. Formada por los elementos griegos cosmos (universo) y grafía (ciencia, conocimiento). 35
gerontocracia: gobierno ejercido por los ancianos. Formada por los elementos griegos gerontos (anciano) y cracia (gobierno). afonía: falta de voz. Formada por los elementos griegos a (sin) y fono (sonido). laringitis: inflamación de la laringe. Formada por los elementos griegos laringe (laringe) e itis, que significa «inflamación». filmoteca: lugar donde se conservan las películas para su estudio y exhibición. El elemento griego teca significa «armario, lugar para guardar».
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 58 1. En las siguientes oraciones explica el sentido que adquiere por el contexto la palabra polisémica capital: -
-
Esa empresa no teme la crisis porque dispone de capital suficiente. El significado es: «factor de producción constituido por inmuebles, maquinaria o instalaciones de cualquier género, que, en colaboración con otros factores, principalmente el trabajo, se destina a la producción de bienes». Buenos Aires, capital de Argentina, es una ciudad muy poblada. El significado es: «población principal de un estado». La gula es un pecado capital, según la doctrina cristiana. El significado es: «uno de los siete pecados o vicios que son cabeza u origen de otros». Aquella larga enfermedad fue un hecho capital en su vida. El significado es: «principal o muy grande». En ese códice las capitales incluyen unas miniaturas preciosas. El significado es: «letra mayúscula». En muchos países aún se aplica la pena capital. El significado es: «pena de muerte».
2. Busca en el diccionario los distintos significados de las siguientes palabras y precisa en cada una si se trata de casos de polisemia o de homonimia. lama
ordenador
jota
cala
papa
lama1. (Del lat. lama). Fem. 1. Cieno blando, suelto y pegajoso, de color oscuro, que se halla en algunos lugares del fondo del mar o de los ríos, y en el de los recipientes o lugares en donde hay o ha habido agua largo tiempo. 2. Prado, pradería. 3. Alga u ova de los lamedales o charcales. lama2. (Del fr. lame). Fem. 1. Plancha de metal. 2. Tela de oro o plata en que los hilos de estos metales forman el tejido y brillan por su haz sin pasar al envés. lama3. (Del tibetano blama). Masc.1. Maestro de la doctrina budista tibetana. Como puede verse, hay tres entradas distintas de la palabra lama, lo que se trata de un caso de homonimia. A su vez, en las dos primeras entradas se da la polisemia. ordenador, ra. (Del lat. ordinātor, -ōris).1. adj. Que ordena. 2. m. Jefe de una ordenación de pagos u oficina de cuenta y razón. 3. m. Esp. Máquina electrónica dotada de una memoria de gran capacidad y de métodos de tratamiento de la información, capaz de resolver problemas aritméticos y lógicos gracias a la utilización automática de programas registrados en ella. En la palabra ordenador nos encontramos con un caso de polisemia. jota1. (Del lat. iōta, y este del gr. ἰῶτα). 1. f. Nombre de la letra j. 2. f. Cosa mínima. U. con neg. no entender alguien, o no saber, ~, ni ~, o una ~. jota2. (Del ant. xota, este del mozár. *šáwta, salto, y este der. del lat. saltāre, bailar). 1. f. Baile popular propio de Aragón, usado también en otras regiones de España. 2. f. Música con que se 36
acompaña este baile. 3. f. Copla que se canta con esta música, formada generalmente de cuatro versos octosílabos. jota3. (De or. inc.). 1. f. Potaje de bledos, borrajas y otras verduras sazonadas con hierbas olorosas y especias, rehogado todo en caldo de la olla. Como puede verse, hay tres entradas distintas de la palabra jota, lo que se trata de un caso de homonimia. A su vez, en las dos primeras entradas se da la polisemia. cala1. 1. f. Acción y efecto de calar (II un melón u otras frutas semejantes). 2. f. Pedazo cortado de una fruta para probarla. 3. f. Supositorio laxante. 4. f. Rompimiento hecho para reconocer el grueso de una pared o su fábrica o para descubrir bajo el pavimento cañerías, conducciones de agua, electricidad, etc. 5. f. Parte más baja en lo interior de un buque. 6. f. Parte del barco que se sumerge en el agua. 7. f. Plomo que hace hundirse a la sonda o al anzuelo. 8. f. Pieza que, en las linotipias, regula la anchura de la caja y el largo de las líneas. 9. f. Lugar distante de la costa, propio para pescar con anzuelo. 10. f. Tienta que mete el cirujano para reconocer la profundidad de una herida. 11. f. Investigación en algún campo inexplorado del saber. Seis calas en la expresión literaria española. cala2. (Quizá voz de or. prerromano). 1. f. Ensenada pequeña. cala3. (Del lat. calla, cierta planta). 1. f. Planta acuática aroidea, con hojas radicales de pecíolos largos, espádice amarillo y espata grande y blanca. Como puede verse, hay tres entradas distintas de la palabra cala, lo que se trata de un caso de homonimia. A su vez, en la primera entrada se da la polisemia. papa1. (Del lat. papas, y este del gr. πάππας). 1. m. Sumo Pontífice romano, vicario de Cristo, sucesor de San Pedro en el gobierno universal de la Iglesia católica, de la cual es cabeza visible, y padre espiritual de todos los fieles. 2. m. infant. Voz para llamar al padre. papa2. (Del quechua papa). 1. f. patata (II planta solanácea). papa3. (Del lat. pappa, comida de niños). 1. f. coloq. Tontería, vaciedad, paparrucha. 2. f. pl. Sopas muy blandas. 3. f. pl. Masa blanda de barro o de otra cosa. 4. f. pl. coloq. Cualquier especie de comida. Como puede verse, hay tres entradas distintas de la palabra papa, lo que se trata de un caso de homonimia. A su vez, en la primera entrada y en la tercera se da la polisemia. 3. Lee la siguiente noticia del periódico El País y responde a las preguntas que se te formulan: Un tren descarrila en Castellón y corta las conexiones entre Valencia y Barcelona El maquinista del convoy de mercancías ha tenido que ser rescatado del interior de la locomotora por los bomberos Un tren de mercancías que transportaba azulejos ha descarrilado en la estación de la localidad castellonense de Moncófar, la locomotora ha volcado y el maquinista ha resultado con heridas de carácter leve, han informado fuentes de Renfe que han añadido que el siniestro ha obligado a cortar el paso de trenes por la vía. El suceso ha ocurrido, por causas no precisadas, sobre las 06:40 horas a la salida de la estación de Moncófar, en dirección a Nules, cuando el convoy, integrado por 15 vagones y una locomotora, se ha salido de la vía. La locomotora ha volcado y seis vagones han quedado descentrados por lo que ha quedado interrumpido el tráfico ferroviario, tanto de pasajeros como de mercancías, entre Valencia y Barcelona. El maquinista ha quedado atrapado, por lo que ha tenido que ser excarcelado por los bomberos, aunque únicamente reviste heridas de carácter leve. 37
Renfe ha iniciado una investigación para determinar las causas del accidente de este convoy, que había partido esta mañana en dirección a Barcelona con una carga de azulejos, cuya producción está localizada en la comarca de la Plana Baixa. El descarrilamiento ha afectado a la mercancía y al tendido ferroviario, aunque todavía no ha podido hacerse una evaluación de daños materiales. Al quedar suspendido el tráfico ferroviario, Renfe ha establecido un plan alternativo de transporte. Las líneas de cercanías circulan entre Valencia y Almenara y entre Castellón y Burriana. En larga distancia, va a establecer un servicio de autobuses entre las estaciones de Valencia y Castellón, que permitirán completar el trayecto Valencia-Barcelona. a) Señala las palabras del texto que equivalen a tren y descarrilamiento e indica en cada caso si se trata de sinónimos o hiperónimos. Son sinónimos de tren: convoy, convoy de mercancías. Son hiperónimos de descarrilamiento: siniestro, suceso, accidente. b) ¿Cuál es el sentido que adquiere la palabra conexiones en el titular? Subraya también los sinónimos con que aparece sustituida en el cuerpo de la noticia. Las palabras evaluación y descentrado, ¿con qué significados distintos de los del texto se suelen emplear? La palabra conexiones adquiere el sentido de «comunicaciones ferroviarias». Aparece sustituida por palabras y expresiones sinónimas como el paso de trenes, tráfico ferroviario, trayecto. La palabra evaluación (que en el texto significa «cómputo, cálculo») se emplea en el ámbito escolar como «estimación de los conocimientos y aptitudes de los alumnos»; la palabra descentrado (que en el texto significa «fuera de la vía del tren») se suele emplear con el significado de «persona de pensamiento disperso o desordenado». c) ¿Cuál es el significado general de la palabra excarcelado? ¿Con qué significado se usa en el texto? ¿Cuál crees que es la relación entre ambos significados? La palabra excarcelar significa «poner en libertad a un preso por mandamiento judicial»; en el texto se emplea con un significado metafórico «sacar a alguien de un lugar en el que está atrapado». d) El adjetivo siniestro significaba originalmente «que está en el lado izquierdo». ¿Qué razones han podido motivar su cambio de significado? Del significado original (que aún se usa) han surgido varios significados con connotaciones negativas, por causas psicológicas, al asociar los hablantes el lado izquierdo con el lado «malo» desde un punto de vista moral. Obsérvese que en el texto se ha sustantivado con el significado de «accidente». e) Imagina que continúas redactando la noticia. ¿Qué expresiones sinónimas o hiperónimas podrías utilizar para sustituir las palabras maquinista, Barcelona y Valencia? Sinónimo de maquinista: conductor. Sinónimos (expresiones correferenciales) de Barcelona: la capital catalana, la ciudad condal. Sinónimos (expresiones correferenciales) de Valencia: la ciudad del Turia, la capital valenciana.
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ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 59 4. El significado de las palabras puede cargarse de connotaciones individuales. A continuación encontrarás las definiciones de algunas palabras relacionadas con el mundo de la música, según el grupo musical y de humor Les Luthiers. Compáralas con el significado denotativo que aparece en el diccionario y explica qué valores nuevos han adquirido. Después, crea tus propias definiciones para otras palabras pertenecientes a ese mismo campo semántico. •
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Director: persona que, colocada en una tarima frente a una orquesta, responde al estímulo de la música agitando sus brazos. El significado propio de la palabra es «persona que dirige una orquesta». En la nueva definición se alude solo a su colocación, sus movimientos y su gesticulación, sin hacer referencia al hecho de que dirige la orquesta. Así, parece que el director va «a su aire», sin tener nada que ver con los instrumentistas. Flauta de pan: también llamada pan flauta. // Bartolo tenía una (con un agujero solo). El sintagma flauta de pan parece aludir a un instrumento musical, pero en realidad es el nombre que recibe en algunos países hispanos un determinado tipo de pan alargado con costra dura, por su semejanza con el instrumento. La segunda parte de la definición alude al estribillo de una canción popular infantil. Gallo: ave de corral que anida en las cuerdas vocales de algunos cantantes. La definición juega con la polisemia de la palabra, uniendo el significado de gallo como ave de corral con el de «nota falsa y chillona que emite quien canta». Instrumentos: los hay musicales y/o de tortura. A partir de la polisemia de la palabra instrumento Les Luthiers identifican a los malos músicos con torturadores de los oídos de quienes les escuchan. Jota: letra que se baila en Aragón. Nuevamente, la definición juega con la polisemia de la palabra, uniendo el significado de jota como letra del alfabeto con el de «baile popular propio de la región aragonesa». Oído: órgano de la audición que permite, por ejemplo, la audición de un órgano. Juego de palabras a partir de la definición de oído y de la polisemia de la palabra órgano. Plagio: fuente de inspiración. Definición irónica, ya que plagio es, en realidad, «la copia de una obra ajena que se ofrece como propia». Silencio: ausencia momentánea de sonido. En algunos compositores, ausencia definitiva de oyentes. Nuevamente la definición ironiza sobre los malos músicos (en este caso, los compositores), cuyas obras no son escuchadas y, por tanto, son reducidas al silencio. Xilófono: instrumento musical empleado en la educación infantil para alejar a los niños de la música. La definición evoca las sesiones infantiles de aprendizaje del xilófono que provocan el efecto contrario al que pretenden.
5. Lee el siguiente texto y responde a las preguntas que se te formulan a continuación: Beatriz (una palabra enorme) Libertad es una palabra enorme. Por ejemplo, cuando terminan las clases, se dice que una está en libertad. Mientras dura la libertad, una pasea, una juega, una no tiene por qué estudiar. Se dice que un país es libre cuando una mujer cualquiera o un hombre cualquiero hace lo que se le antoja. Pero hasta los países libres tienen cosas muy prohibidas. Por ejemplo, matar. Eso sí, se pueden matar mosquitos y cucarachas, y también vacas para hacer churrascos. Por ejemplo está prohibido robar, aunque no es grave que una se quede con algún vuelto cuando Graciela, que es mi mami, me encarga alguna compra. Por ejemplo está prohibido llegar tarde a la escuela, aunque en ese caso hay que hacer una cartita, mejor dicho la tiene que hacer Graciela, justificando por qué. Así dice la maestra: justificando. Libertad quiere decir muchas cosas. Por ejemplo, si una no está presa, se dice que está en libertad. Pero mi papá está preso y sin embargo está en Libertad, porque así se llama la cárcel donde está hace ya muchos años. A eso el tío Rolando lo llama qué sarcasmo. Un día le conté a 39
mi amiga Angélica que la cárcel en la que está mi papá se llama Libertad y que el tío Rolando había dicho qué sarcasmo y a mi amiga le gustó tanto la palabra que cuando su padrino le regaló un perrito le puso de nombre Sarcasmo. Mi papá es un preso pero no porque haya matado o robado o llegado tarde a la escuela. Graciela dice que mi papá está en Libertad, o sea está preso, por sus ideas. Yo también a veces tengo ideas, pero todavía no soy famosa. Por eso no estoy en Libertad, o sea que no estoy presa. MARIO BENEDETTI: Primavera con una esquina rota. a) Beatriz, la narradora del texto, es una niña que reflexiona sobre la palabra libertad. Esa palabra, ¿es concreta o abstracta? ¿Qué significados tiene para la niña? Libertad es una palabra abstracta, pero para Beatriz adquiere varios significados concretos como por ejemplo «palabra enorme», «cuando terminan las clases», «cuando uno hace lo que se le antoja», «cuando uno no está preso». b) En el texto se contrapone el uso de la palabra libertad con el del nombre propio Libertad. ¿A qué realidad alude este último? ¿Por qué el tío de Beatriz considera que ese nombre es un sarcasmo? El nombre propio alude a un presidio. El sarcasmo consiste en dar el nombre de Libertad a un lugar donde no existe libertad. c) Algunas palabras del texto se usan como antónimos de la palabra libertad. Señala cuáles son. Son antónimos de libertad: prohibición, preso. d) Escribe un eufemismo para cada una de estas dos palabras: preso y cárcel. Eufemismos: recluso, centro de internamiento, centro penitenciario, penitenciaría. e) ¿Cuáles son para ti los significados de la palabra libertad? ¿Crees que es posible un significado denotativo común para todos los hablantes? Elabora una definición propia de la palabra. Respuesta libre.
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 60 6. Indica los nuevos significados que han adquirido las siguientes palabras y explica las causas del cambio de significado. • • • • •
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Villano: habitante de una villa. Villano: ruin, descortés. Causas históricas. Azafata: doncella de la reina. Azafata: mujer encargada de atender a los pasajeros a bordo de un avión, tren, autocar, etc. Causas históricas. Lince: mamífero carnicero parecido al gato. Lince: inteligente, astuto. Causas psicológicas. Móvil: que puede moverse por sí mismo. Móvil: teléfono celular. Causas lingüísticas. Blanquear: pintar de color blanco. Blanquear: convertir en dinero de uso legal el obtenido de forma ilegal. Causas psicológicas (identificación metafórica de blanco y limpio y de negro y sucio). Depresión: concavidad de alguna extensión en un terreno. Depresión: síndrome caracterizado por una tristeza profunda e inmotivada. Causas sociales. Portátil: que se puede llevar de un lado a otro. Portátil: ordenador portátil. Causas lingüísticas. 40
7. ¿Qué cambio de significado se ha producido en las siguientes palabras que aparecen en cursiva? ¿Qué procedimiento se ha empleado en cada uno de ellos? •
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La izquierda y la derecha buscan el voto del centro. Izquierda y derecha: representan a los partidos políticos y a las personas que los integran, de diferente perfil ideológico (progresista y conservador). El centro representa una tendencia ideológica entre la izquierda y la derecha alejada de las posturas radicales. Se ha producido un cambio de significado en esas palabras a través de una metáfora (por semejanza de sentido). Todo apunta a que el divorcio entre los jugadores rojiblancos y su presidente es irremediable. Divorcio: enfrentamiento sin solución; Rojiblancos: equipo deportivo cuya camiseta lleva los colores rojo y blanco. En el primer caso nos encontramos ante un cambio metafórico; en el segundo, el cambio de significado se produce por contigüidad de sentido (sinécdoque). No debes conducir porque has tomado unas copas de más. Copas: bebidas alcohólicas. El cambio de significado se produce por contigüidad de sentido (sinécdoque). Hay una boca del metro ahí mismo. Te recomiendo que cojas la línea tres. Boca: entrada de acceso; Línea: servicio regular de vehículos que recorren un itinerario determinado. En ambos casos el cambio de significado se produce por una asociación metafórica. Este hombre es un tiburón de los negocios. Tiburón: persona que actúa agresivamente y sin escrúpulos para conseguir beneficios en sus negocios. El cambio de significado se produce por metáfora.
8. Explica cuáles son las palabras tabú que se esconden detrás de los siguientes eufemismos: desaparecido, invidente, estar encinta, dar a luz, discapacitado. Las palabras tabú serían, respectivamente: asesinado, ciego, estar preñada, parir e inválido. 9. Lee este poema y responde después a las preguntas. Suma de opósitos Eres toda de nieve, ¿quién lo duda? Frío en tus manos, y en tus labios frío. En tu interior, un gélido vacío, y un viento norte en tu mirada aguda. 5
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Un témpano polar tu lengua muda; tu boca, un lago helado en el estío; tu corazón, un páramo sombrío, y una escarcha invernal tu piel desnuda. Eres toda de nieve... Pero a veces eres toda de fuego y resplandeces con un destello níveo que me ciega. Eres fuego glacial, nieve encendida. Eres toda de nieve, ¿quién lo olvida? Eres toda de fuego, ¿quién lo niega? CONDE DE ABASCAL: La Yolandea.
a) Elabora una lista con todas las palabras pertenecientes a los campos semánticos del cuerpo humano y del frío. -
Palabras pertenecientes al campo semántico del cuerpo humano: manos, labios, lengua, boca, corazón, piel.
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Palabras pertenecientes al campo semántico del frío: nieve, viento norte, témpano, escarcha. Se consideran que forman parte del mismo campo asociativo que las anteriores los siguientes adjetivos: gélido, polar, helado, invernal, glacial.
b) La palabra corazón, ¿se refiere al órgano del cuerpo humano o tiene otros valores? Señala las metáforas que emplea el poeta y la relación entre los significados del término real y el metafórico. La palabra corazón se refiere al órgano del cuerpo humano, pero adquiere también valores connotados relacionados con el sentimiento amoroso. Las metáforas principales son: la amada es toda de nieve, pero también es toda de fuego; su interior es un gélido vacío; su mirada, un viento norte; su lengua, un témpano polar; su boca, un lago helado; su corazón, un páramo sombrío; su piel, una escarcha invernal. c) En el poema aparece también un juego entre palabras antónimas. Indica cuáles son los antónimos y el valor literario que adquieren. El poema logra su expresividad gracias a la reiteración expresiva por medio de recurrencias léxicas y por medio de la reiteración de sinónimos y antónimos. Se repiten las palabras nieve y fuego, y a partir de estos términos, se asocian otras palabras relacionadas con ellas: respectivamente, frío, gélido, norte, helado, invernal, glacial; estío, resplandeces, destello, ciega, encendida. Esta suma de contrarios llega a convertirse en paradójica al final del poema, especialmente en el verso 12: fuego glacial, nieve encendida.
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 64 1. A continuación aparece una lista de neologismos. Explica su proceso de formación y su significado. -
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revalorizable: que puede aumentar su valor. Procede del verbo revalorizar, al que se le ha añadido el sufijo -able. constitucionalista: individuo que defiende la Constitución de un Estado. De la palabra derivada constitucional surge otra nueva derivada por medio del sufijo -ista. coche-bomba: vehículo con carga de dinamita preparado para causar daños a objetos y personas. Compuesto por contraposición. precampaña: periodo inmediatamente anterior al comienzo de una campaña electoral en el que los políticos van manifestando sus ideas políticas. Derivación por medio del prefijo pre-. monoplaza: vehículo que tiene una sola plaza. Compuesta por el elemento de origen griego mono (uno) y el sustantivo plaza. hiperactividad: exceso de actividad. Compuesto por el elemento de origen griego hiper(exceso) y el sustantivo actividad. educacional: relativo a la educación. Derivada de educación por medio del sufijo -al. multifuncional: que puede desempeñar numerosas funciones. Compuesto del elemento de origen latino multi- (muchos), el sustantivo función y el sufijo -al. antiglobalización: corriente política y de pensamiento que se muestra en contra de la universalización económica y cultural. Del sustantivo globo (la Tierra), deriva el adjetivo global. De este, el verbo globalizar. De este, el sustantivo globalización y, finalmente, a este derivado se le añade el prefijo anti-. urbanizable: terreno despoblado en el que se pueden construir edificios. Del adjetivo urbano deriva el verbo urbanizar y a este se le añade el sufijo -able. senderismo: actividad deportiva consistente en caminar por caminos montañosos al mismo tiempo que se está en contacto con la naturaleza. Al sustantivo sendero, se le añade el sufijo -ismo. minicadena: equipo musical de pequeño tamaño. Compuesto por el elemento latino mini (pequeño) y el sustantivo cadena. 42
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bilateralidad: acuerdo o contrato entre dos partes. Se añaden el prefijo bi- y el sufijo -dad a lateral. etiquetaje: acción de colocar etiquetas o marcas. Al verbo etiquetar se le añade el sufijo -aje. progubernamental: que se manifiesta a favor de las acciones ejercidas por el gobierno. Al adjetivo gubernamental se añade el prefijo pro-. desengrasante: producto que sirve para quitar o disminuir la grasa. Del sustantivo grasa, se origina el verbo engrasar. De este, su antónimo desengrasar. Y a este verbo se le añade el sufijo -ante. navegador: que utiliza la red informática de internet. Palabra adaptada del inglés navigator, que sugiere una formación propia: navegar más el sufijo -dor. antisistema: movimiento que combate contra el sistema capitalista occidental. Al sustantivo sistema se le añade el prefijo anti-.
2. Explica el significado de los siguientes neologismos formados por composición. Indica de qué clase de composición se trata. -
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quitagrasa: producto de limpieza empleado para eliminar la grasa. Compuesto por yuxtaposición. café-concierto: establecimiento público en el que se puede consumir bebidas y escuchar conciertos de música. Compuesto por contraposición. agujero negro: lugar invisible del espacio cósmico que, según la teoría de la relatividad, absorbe por completo cualquier materia o energía situada en su campo gravitatorio. Compuesto por disyunción. agroturismo: turismo realizado en zonas rurales, con actividades relacionadas con la naturaleza. Compuesto por yuxtaposición. tragaperras: máquina que funciona automáticamente, mediante la introducción de una moneda y que da premios en dinero como en los juegos de azar. Compuesto por yuxtaposición. aldea global: remite a la idea de que, debido a la velocidad de las comunicaciones, toda la sociedad humana comenzaría a transformarse y su estilo de vida se volvería similar al de una aldea. Debido al progreso tecnológico, todos los habitantes del planeta empezarían a conocerse unos a otros y a comunicarse de manera instantánea y directa. Compuesto por disyunción. todoterreno: vehículo de gran potencia con tracción en las cuatro ruedas que permite circular por cualquier clase de camino independientemente de su estado. Compuesto por yuxtaposición. teórico-práctico: actividad que combina la teoría y la práctica. Compuesto por contraposición. reposacabezas: en los asientos de algunos vehículos, parte que sirve para apoyar la cabeza. Compuesto por yuxtaposición.
3. A partir de los siguientes conceptos, escribe el verbo correspondiente. Todos ellos son neologismos. • • • • • • • •
Atribuir la culpa: culpabilizar. Realizar una oferta: ofertar. Dar una nueva calificación a un terreno: recalificar. Utilizar algo o a alguien como un instrumento: instrumentalizar. Regular por medio de normas: normativizar. Transformar de un sistema analógico a otro digital: digitalizar. Obtener un rendimiento óptimo de algo: optimizar. Reducir algo al mínimo: minimizar.
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4. Explica el proceso de formación de los siguientes neologismos y define su significado. -
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biocombustible: fuente de energía respetuosa con el medio ambiente. Se ha originado por derivación, al añadir a la palabra derivada combustible el elemento griego bio que significa «vida». pósit: hoja pequeña de papel, empleada generalmente para escribir notas, con una franja autoadhesiva en el reverso, que permite pegarla y despegarla con facilidad. Se ha originado por la lexicalización de la marca Post-it. kafkiano: dicho de una situación, absurda, angustiosa. Palabra originada por eponimia, al tomarse las obras del autor checo Franz Kafka como modelo de ese tipo de situaciones. fitipaldi: persona que conduce muy bien, o a gran velocidad. Palabra originada por eponimia, ya que Fittipaldi fue un famoso corredor brasileño de Fórmula 1. corto: película de poca duración. Se ha creado por truncamiento (cortometraje). CSIC: Consejo Superior de Investigaciones Científicas. Sigla. eurodiputado: representante político en el parlamento europeo. Se ha originado por acronimia (europeo y diputado). ONG: Organización No Gubernamental. Sigla aspirina: analgésico. Lexicalización del nombre de la marca. ERE: Expediente de Regulación de Empleo. Sigla. kiwi: fruto de la planta del kiwi, de piel ligeramente vellosa y de color verde. Extranjerismo (voz maorí). crono: tiempo medido con cronómetro en pruebas de velocidad, especialmente en el ciclismo. Palabra originada por truncamiento (prueba cronometrada). publirreportaje: reportaje publicitario de larga duración. Acronimia (publicidad y reportaje). vip: persona importante, que recibe un trato especial. Extranjerismo que en su origen es una sigla (very important person). fotomontaje: fotografía manipulada. Acronimia (fotográfico y montaje).
5. En la siguiente lista de extranjerismos, indica cuál es el significado de cada palabra y señala las dificultades fonéticas, ortográficas o morfológicas que puede encontrar un hablante de español al utilizarlas. ¿Existe un término en castellano para cada uno de estos extranjerismos? -
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software: conjunto de programas que residen en la memoria del ordenador y que hacen que el ordenador almacene, procese y recupere la información. Sonidos extraños al castellano, ortografía desconocida y desajustes entre la pronunciación y la ortografía castellana. No existe término en castellano. catering: servicio de comidas a domicilio o a grandes colectivos. Sonidos extraños al castellano. Dificultad para formar el plural. Tal vez valdría la expresión empresa de comidas pero no es precisa. buffet: mesa o conjunto de mesas donde, en reuniones o espectáculos públicos, se ofrecen platos para que se sirvan los comensales. Ortografía dificultosa, aunque está admitida la adaptación bufet o bufé. amateur: persona que practica una actividad sin ser profesional de ella. Desajuste entre la pronunciación y la escritura. Dificultad para formar el plural. Existe el término aficionado. pay per view: sistema de pago individualizado que permite la compra de programas para televisión. Ortografía dificultosa por los desajustes entre pronunciación y escritura. A veces se emplea el calco pago por visión. mountain bike: bicicleta preparada para recorrer caminos montañosos. Dificultad ortográfica por el desajuste entre pronunciación y escritura. Se puede emplear la expresión equivalente bicicleta de montaña. nick: abreviatura de nickname, nombre figurado que se utiliza para comunicarse con otros usuarios de la red de internet. Ortografía dificultosa. En castellano existe seudónimo. 44
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outlet: tienda donde se venden restos de productos a precio muy rebajado. Ortografía dificultosa. Dificultad para formar el plural. No tiene equivalente preciso. playoff: sistema de eliminatorias directas en una competición que se realiza al finalizar la liga regular. Desajustes entre pronunciación y ortografía. Dificultad para formar el plural. Podría usarse, simplemente, la palabra eliminatorias. e-mail: correo enviado a través de la red de internet. Ortografía desconocida, desajustes en la pronunciación y la ortografía. Existe la expresión correo electrónico. hat-trick: en el fútbol, la consecución de tres goles o más en un mismo partido por un jugador. Sonidos extraños al idioma, dificultad ortográfica y problemas para formar el plural. Un equivalente podría ser la palabra triplete. single: canción editada en solitario. / Soltero. Dificultad ortográfica y problemas para formar el plural. Para la primera definición existe el equivalente disco sencillo; para la otra definición sirve la palabra soltero. pizza: especie de torta chata, hecha con harina de trigo amasada, encima de la cual se pone queso, tomate frito y otros ingredientes como anchoas, aceitunas, etc., que se cuece en el horno. Sonidos extraños al castellano. No tiene un equivalente exacto. remix: remezcla o nueva versión de un tema musical creada variando los tonos, los efectos de la parte instrumental y la parte vocal sobre la versión original grabada. Dificultad para formar el plural. La palabra remezcla podría equivaler a esta. bullying: acoso escolar que practican alumnos sobre sus compañeros y que incluye conductas de intimidación, amenaza o insultos sobre las víctimas. Dificultades de pronunciación y de escritura, problemas para formar el plural. Equivale a la palabra acoso. router: ordenador o programa de ordenador que gestiona la conexión entre dos redes de ordenadores. Desajustes entre pronunciación y ortografía. Dificultad para formar el plural. No existe equivalente en castellano.
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 65 6. En las palabras y expresiones que aparecen en cursiva en las siguientes oraciones hay calcos semánticos y calcos de traducción. Determina con la ayuda del cuadro que las acompaña, cuál es la palabra extranjera de la que han tomado su forma o su significado e indica cuál es el significado extranjero con el que se emplean. • • • • • • • • •
Los compañeros de trabajo rindieron un tributo al anciano profesor. Es un calco semántico de tribute. En castellano significa «cualquier carga continua o pago que se ha de efectuar por el uso o disfrute de algo», pero ha adquirido el significado de «homenaje» procedente del inglés. El teclado y el ratón son inalámbricos. Calco de traducción de mouse. Ha adquirido el significado de «herramienta informática». Se contemplan medidas de protección extraordinarias para el próximo invierno. Calco semántico de to contemplate. Ha adquirido el significado de «preparar, prevenir». Antes de ponerse a escribir, conviene llenar un papel con una tormenta de ideas. Calco de traducción del inglés brainstorming. No me gusta la comida rápida. Calco de traducción. Se ha traducido del inglés fast food. En ese programa salen siempre varios frikis. Adaptación de freak «persona extraña, monstruosa». Las pérdidas provocadas por las inundaciones se estiman en 500 millones de euros. Calco semántico de to estimate. En castellano, «apreciar, poner precio». El nuevo significado es el de «calcular». La película española está entre las nominadas. Calco semántico de to nominate. En castellano significa «dar nombre» y ha adquirido el significado de «seleccionar, galardonar, elegir candidato». Los archivos de ese caso se desclasificarán el año próximo. Calco semántico de to declassify. En castellano significa «sacar una cosa del conjunto ordenado en que se hallaba» y ha adquirido el significado de «hacer público lo que era reservado o secreto». 45
7. Lee el siguiente texto, realiza un resumen del mismo y responde a las preguntas que le siguen: Cocheinómanos Los muertos por causa de los coches me temo que superan con mucho a los que se achacan al tabaco, al alcohol y la droga, y todo eso es perseguido con virulencia. En cambio, a la circulación de vehículos no solo no se ponen restricciones, sino que nuestro mundo está abyectamente al servicio de los automóviles, que sin duda crean más adicción que ninguno de los «venenos» mencionados. Prueben si no a quitarle o confiscarle el coche a cualquier español de esos que lo cogen hasta para ir a echar una carta al buzón y que casi siempre van solos a bordo, y verán cómo se convierte en alguien más peligroso que un heroinómano sin un duro para la siguiente dosis. Ese conductor desposeído sería capaz de robar, de matar, de prender fuego a una gasolinera en venganza, ustedes lo saben bien. Pero no solo eso. Nuestras ciudades antiguas, que no fueron concebidas para la actual riada obsesiva y demente de vehículos, están ya completamente distorsionadas y destruidas. Nada se hace para los ciudadanos, sino para los coches de los ciudadanos que tienen coche y abusan de él, venga chutes de gasolina en vena. Madrid es nuestro mejor ejemplo más bestial, un lugar arruinado por la codicia y la pusilanimidad de sus sucesivos alcaldes. La ciudad es la más intransitable y anárquica de cuantas conozco, y a los cocheinómanos les está permitido todo: invaden las aceras, los pasos de peatones y hasta las calzadas, quiero decir que estacionan en medio de ellas sin que nadie lo impida. Es una ciudad imposible para madres o padres con cochecitos de niño, para ancianos y para disminuidos físicos: nunca podrán cruzar una calle porque nunca habrá hueco entre dos automóviles para pasar, y si lo hay probablemente serán arrollados, y el ruido es tan monstruoso y continuo que no es de extrañar la progresiva abundancia de psicópatas salidos de quicio. JAVIER MARÍAS a) ¿A qué nueva realidad alude el autor con la invención del término cocheinómanos? ¿Con qué otra palabra del texto está relacionada por su forma? Propón una definición de la palabra para su posible inclusión en un diccionario. Con la invención del término cocheinómanos el autor alude a las personas que no pueden prescindir del coche para realizar sus actividades y que, además, se caracterizan por su falta de civismo y respeto hacia los demás. La palabra está formada por imitación de heroinómano o de cocainómano. b) Explica la estructura formal y el significado de estas palabras del texto: abyectamente, automóvil, desposeído, pusilanimidad, intransitable, anárquico y psicópata. abyectamente: adverbio formado por el lexema abyecto y el sufijo mente. Significa «de modo despreciable, vil». automóvil: sustantivo formado por el elemento griego auto (por sí mismo), el lexema mov y el sufijo -il. Significa «que se mueve por sí mismo. Se dice principalmente de los vehículos que pueden ser guiados para marchar por una vía ordinaria sin necesidad de carriles y llevan un motor, generalmente de explosión, que los pone en movimiento» desposeído: adjetivo formado por el lexema pose (del verbo poseer), el prefijo des- y el sufijo de participio -ido. Significa «pobre, desheredado, desprovisto de lo que poseía». pusilanimidad: sustantivo formado del adjetivo pusilánime con el añadido del sufijo -dad. Significa «condición de la persona sin carácter o valor para afrontar problemas». intransitable: adjetivo formado por el lexema transit, el prefijo in- y el sufijo -able. Significa «que no se puede recorrer o transitar». 46
anárquico: adjetivo derivado del sustantivo anarquía, formado con los elementos griegos a (sin) y arquía (gobierno). Significa «caracterizado por la anarquía». psicópata: adjetivo derivado de psicopatía, palabra formada por los elementos griegos psico (mente) y patía (enfermedad). Significa «que padece anomalías psíquicas». c) ¿Cuál es el significado de la palabra chute? ¿Qué relación puede tener con cocheinómano? El significado es «inyección de droga». Alude a la condición de adictos de los cocheinómanos. d) La expresión eufemística disminuido físico, ¿a qué palabra tabú está sustituyendo? La palabra tabú es inválido.
TEXTOS COMPLEMENTARIOS-PÁG. 66 Un lenguaje nuevo —[...] Mire, estoy en el proceso de inventar un lenguaje nuevo. Con semejante trabajo que acometer no puedo perder el tiempo con la estupidez ajena. En cualquier caso, todo forma parte de la enfermedad que estoy intentando curar. —¿Un nuevo lenguaje? —Sí. Un lenguaje que diga por fin lo que tenemos que decir. Porque nuestras palabras ya no se corresponden con el mundo. Cuando las cosas estaban unidas estábamos seguros de que nuestras palabras las expresaban. Pero, poco a poco, esas cosas se han ido rompiendo, despedazando, convirtiéndose en un caos. Y nuestras palabras han seguido siendo las mismas. No se han adaptado a la nueva realidad. Ahora, cada vez que intentamos hablar de lo que vemos, hablamos falsamente, distorsionando la cosa que estamos intentando representar. Todo se ha convertido en un lío. Pero las palabras, como usted comprenderá, son capaces de cambiar. El problema es cómo demostrarlo. Por eso trabajo con los medios más sencillos posibles, tan sencillos que hasta un niño puede columbrar lo que estoy diciendo. Coja una palabra que se refiera a una cosa, «paraguas», por ejemplo. Cuando digo la palabra «paraguas» usted ve el objeto en su mente. Ve una especie de palo con unos radios plegables de metal que forman un armazón que sostiene un material impermeable que al abrirse le protege a usted de la lluvia. Este último detalle es importante. Un paraguas no solo es una cosa, sino que es una cosa que cumple una función; en otras palabras, expresa la voluntad del hombre. Si se para usted a pensarlo, cada objeto es parecido al paraguas, en el sentido de que cumple una función. Un lápiz sirve para escribir, un zapato sirve para ponérselo, un coche sirve para conducirlo. Ahora, mi pregunta es la siguiente: ¿qué sucede cuando una cosa ya no cumple su función? ¿Sigue siendo la misma cosa o se ha convertido en algo distinto? Si usted le quita la tela al paraguas, ¿sigue siendo el paraguas un paraguas? Usted despliega el armazón, se lo pone encima de la cabeza, se lanza a la lluvia y se queda empapado. ¿Es posible seguir considerando a semejante objeto un paraguas? Habitualmente la gente lo hace. A lo sumo dirán que el paraguas está roto. Para mí este es un grave error, la fuente de todas nuestras desgracias. Si ya no puede cumplir su función, el paraguas ha dejado de ser un paraguas. Puede parecerse a un paraguas, puede haber sido alguna vez un paraguas, pero ahora se ha convertido en otra cosa. La palabra, sin embargo, se ha mantenido inalterable. Pero no puede expresar ya la cosa. Es imprecisa; es falsa; oculta la cosa que se supone debe revelar. Y si no podemos ni nombrar un vulgar objeto de uso diario que llevamos en la mano, ¿cómo podemos ser capaces de hablar de las cosas que nos afectan directamente? A no ser que empecemos a aceptar el concepto de cambio en las palabras que utilizamos, seguiremos estando perdidos. —¿Y su trabajo? —Mi trabajo es muy sencillo. Vine a Nueva York porque es el sitio más deplorable que pueda existir, el más abyecto. El desastre está en todas partes, el desorden es absoluto. No tiene más que abrir los ojos para verlo. Gente destrozada, cosas destrozadas, ideas destrozadas. La ciudad entera es un montón de basura. Sirve admirablemente a mis propósitos. Las calles son para mí 47
una fuente inagotable de material, un inagotable almacén de desperdicios. Cada día salgo con mi bolsa y recopilo objetos que parecen ser dignos de investigación. [...] —¿Qué hace con esas cosas? —Les pongo nombres. —¿Nombres? —Me invento nombres nuevos que se correspondan con las cosas. PAUL AUSTER: La ciudad de cristal.
TEXTOS COMPLEMENTARIOS-PÁG. 67 Un paseo por el diccionario Estaba cansado, llovía. Decidí darme una vuelta por el diccionario. Entré por la O, atravesé obedecer, obelisco y óbito, y me detuve un rato en obsesión. Me enteré de que una obsesión es una idea fija que ofusca el entendimiento. Giré hacia mi derecha en obtuso, atravesé occisión y océano y dirigí mis pasos a ofuscar. Las temperaturas continuaban descendiendo. Tropecé en ofertorio y en oftalmoscopio, que es un aparato que sirve para mirar el ojo por dentro, pero enseguida vi ofuscar detrás de ofuscación; consiste en trastornar el entendimiento. Con las ideas confundidas salí de allí, di un salto y me planté en la V; pasé sin detenerme por venera, venerable y venéreo para alcanzar ventana: se trata de una abertura más o menos elevada sobre el suelo, que se deja en una pared para dar luz y ventilación. Me asomé a la abertura; afuera llovía sin pasión, pero sin pausa, como un niño que ha llorado muchas horas sin ser atendido. Una ráfaga de aire arrancó a un árbol siete hojas que cayeron al suelo como manos inútiles, incapaces ya de acariciar o ser acariciadas. Los transeúntes las pisaron sin mirarlas. Abandoné ventana, di la vuelta y comencé a correr en dirección contraria. Como iba con los ojos cerrados, tropecé en muela y me caí. Averigüé que la muela cordal, también llamada del juicio, es la que nace en la edad viril en las extremidades de las mandíbulas. Me acerqué un momento a viril y allí un funcionario me remitió a varonil. Cuando llegué estaban a punto de cerrar, pero pude averiguar que varonil es lo perteneciente o relativo al varón. Deduje que las mujeres carecen de muela cordal. Asqueado por esta muestra de machismo alfabético, abandoné el diccionario por la palabra túmido, hice transbordo en túnel y salí al primer tomo de mi enciclopedia favorita. Caí directamente en andrópolis, que significa cementerio. Llovía. Busqué tu tumba y la mía, nuestra tumba, pero aún no había llegado. JUAN JOSÉ MILLÁS 1. El texto de Paul Auster plantea problemas que han preocupado a la filosofía del lenguaje desde los filósofos griegos. Elabora un resumen del mismo y responde a las siguientes preguntas: ¿Son las palabras un reflejo fiel de la realidad o son solo un concepto mental? ¿Las palabras sirven realmente para comunicarnos? ¿El uso de conceptos generales falsea la diversidad de lo real? En la respuesta a estas cuestiones debes partir de la reflexión que hace el personaje de la novela y debes poner ejemplos equivalentes a los que él utiliza. Resumen: el protagonista de la narración se encuentra con un hombre ocupado en una extraña labor: elaborar un nuevo lenguaje, pues considera que el lenguaje que usamos no se corresponde con la variedad de lo real. La respuesta a las preguntas es individual. Cada alumno puede tener ideas propias y argumentarlas de diversas maneras. Lo importante es la reflexión sobre el valor convencional de las palabras y la dificultad de dar cuenta mediante el lenguaje dé la infinita riqueza de la realidad.
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2. El texto de Juan José Millás realiza un recorrido por algunas palabras del diccionario. Busca el significado de las que desconozcas. ¿Qué relación establece el autor entre las palabras que escoge y su estado de ánimo? Respuesta individual. Algunas palabras son definidas en el propio texto. Quizá las menos comunes para el alumnado sean: óbito (fallecimiento de una persona), occisión (muerte violenta), ofertorio (parte de la misa en la que el sacerdote ofrece a Dios la hostia y el cáliz antes de consagrar el pan y el vino), venera (concha semicircular de dos valvas) y túmido (tumefacto o hinchado). 3. Escribe un texto expositivo-argumentativo sobre el siguiente tema: «Mis palabras preferidas». Respuesta libre.
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TEST DE EVALUACIÓN-PÁG. 69 1. Indica cuál de estas afirmaciones es cierta: a. La palabra es una unidad lingüística formada por monemas y lexemas. b. Los monemas son las unidades lingüísticas más pequeñas. c. Los monemas pueden ser de dos tipos: lexemas y morfemas. 2. Las palabras derivadas y las parasintéticas se diferencian en que: a. Las derivadas están formadas por un lexema y morfemas derivativos, mientras que las parasintéticas están formadas por dos o más lexemas. b. Las derivadas están formadas por un lexema y morfemas derivativos, mientras que las parasintéticas tienen la misma formación pero esta es simultánea e inseparable. c. Las derivadas están formadas por dos o más lexemas, mientras que las parasintéticas están formadas por un lexema y morfemas derivativos. 3. La diferencia entre denotación y connotación es: a. La denotación se refiere a los significados objetivos de las palabras, comunes a todos los hablantes; la connotación se refiere a los significados personales que se añaden a las palabras. b. La denotación establece la relación entre varias palabras con un mismo significado; la connotación indica que a una palabra le corresponde un solo significado. c. La denotación se refiere a los significados personales que se añaden a las palabras; la connotación se refiere a los significados objetivos de las palabras, comunes a todos los hablantes. 4. Relaciona correctamente los términos de la primera columna con las afirmaciones de la segunda: La polisemia
se produce cuando a un significante le corresponden varios significados.
La homonimia
se produce cuando dos o más palabras con origen y significado diferentes coinciden en su pronunciación o en su escritura.
La sinonimia
se produce cuando varias palabras que no tienen ninguna semejanza en su forma transmiten un significado igual o parecido.
La hiperonimia
se produce cuando el significado de una palabra está implícito en el de otras.
5. Escoge la afirmación correcta: a. Los extranjerismos son siempre necesarios para nombrar nuevas realidades. b. Es conveniente usar los extranjerismos aunque existan palabras castellanas para el mismo concepto. c. Los extranjerismos solo deben usarse cuando no existan palabras castellanas para el mismo concepto.
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UNIDAD 4: LA ORACIÓN GRAMATICAL Y SUS CLASES CUESTIONES INICIALES-PÁG. 71 1. ¿Cuántos tipos de sintagmas conoces? Los principales tipos de sintagmas son: el sintagma nominal (SN), el sintagma verbal (SV), el sintagma preposicional (SPrep), el sintagma adjetival (SAdj) y el sintagma adverbial (SAdv). 2. ¿Sabrías describir la estructura de un sintagma nominal? El SN tiene tres componentes: el núcleo, que debe aparecer obligatoriamente, y los determinantes, y los adyacentes o complementos del nombre, que son potestativos. 3. ¿Qué es el sujeto de una oración? El sujeto es aquello de lo que se predica algo, y está formado por un SN que concuerda con el verbo en número y persona. 4. ¿Qué es el predicado de una oración? El predicado es lo que se dice o predica del sujeto, tiene como núcleo un verbo y puede llevar complementos. 5. ¿Qué clases de predicados existen? Hay dos tipos de predicados: el nominal y el verbal. El primero está compuesto por los verbos ser, estar y parecer cuando actúan de enlaces entre el sujeto y el atributo. El segundo, compuesto por cualquier verbo que no sea uno de aquellos, está caracterizado por poseer un verbo que se basta a sí mismo para construir el predicado, aunque puede llevar complementos. 6. ¿Cuáles son los complementos verbales? Los complementos que pueden aparecer en los predicados nominales son: el atributo, el complemento indirecto y el complemento circunstancial. Los complementos que pueden aparecer en los predicados verbales son: el complemento directo, el complemento de régimen, el complemento indirecto, el complemento circunstancial, el complemento predicativo y el complemento agente. 7. ¿Qué diferencia principal hay entre las oraciones simples y las compuestas? Las oraciones simples son las que solo incluyen una forma verbal conjugada, mientras que las oraciones compuestas son las formadas por dos o más verbos. 8. ¿Cuántas clases de oraciones compuestas conoces? Los tres grupos principales son: yuxtapuestas, coordinadas y subordinadas. Dentro de las dos últimas hay varios grupos, que son el objeto de estudio de esta unidad.
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ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 75 1. Indica a qué clase de sintagmas pertenece cada uno de los que aparecen a continuación y analiza su estructura: vestida de blanco N
algunos días de la semana libres
SPrep C del Adj
Det
N
SPrep CN
CN
SAdj SN
café con leche N
llenos de regalos
SPrep CN
N
SN
SPrep C del Adj SAdj
muy lejos de tu casa Modif N
todos los representantes de alumnos
SPrep C del Adv
Det
Det
SAdv
por culpa de sus errores anteriores N
SPrep CN
Det
unos preciosos ojos azules CN
N
SN
cerca de aquí N SPrep C del Adv SAdv
mi primo Ernesto Det
N
N
CN
SPrep CN
SN Det
SPrep CN
SN
aquel de blanco N
N
SPrep
CN
la bajada de los tipos de interés Det N
Det N
Sprep CN
SPrep CN SN
SN Aposición SN
2. Lee el siguiente texto y responde a las preguntas que se formulan a continuación: Habían pasado los años; los mozos de las mudanzas habían bajado los pianos y los aparadores, las alfombras arrolladas, los canastos de vajilla, las lámparas, las peceras, las jaulas de los pájaros, los grandes relojes centenarios, las cocinas económicas renegridas de hollín, las mesas con sus alargaderas, la media docena de sillas, las neveras, los grandes cuadros familiares. Las escaleras, para él, eran, en cada planta, un recuerdo, una emoción, algo trasnochado e impalpable, algo que latía en algún sitio con la llama vacilante de su memoria: un ademán, un perfume, un ruido, un espejismo, una mujer joven que canta arias de ópera acompañándose al piano, un traqueteo de máquina de escribir, un pertinaz olor a desinfectante de cresol, un clamor, un grito, una algarabía, un susurro de sedas y pieles, un maullido quejumbroso detrás de una puerta, unos golpes en algún tabique, unos tangos machacones en gramolas silbantes. GEORGES PEREC: La vida, instrucciones de uso.
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a) ¿Qué tipo de sintagma predomina en el texto? ¿Qué efecto estilístico consigue? En el texto abundan los sintagmas nominales. Al tratarse de una descripción minuciosa se incluyen enumeraciones de objetos y cualidades que producen un efecto de estilo lento y pausado. b) ¿Qué función desempeña el sintagma los mozos de las mudanzas? ¿Qué función desempeñan los sintagmas que aparecen en el primer párrafo tras el verbo habían bajado? ¿Y los que aparecen en el segundo párrafo tras el verbo eran? El sintagma los mozos de las mudanzas desempeña la función de sujeto del verbo habían bajado. A continuación se incluye una enumeración de SN en función de CD. Los que aparecen en el segundo párrafo tras el verbo eran, además del CC de lugar en cada planta, desempeñan la función de atributo: un recuerdo, una emoción… c) Analiza la estructura de los siguientes sintagmas del texto: las cocinas económicas renegridas de hollín; algo trasnochado e impalpable; un pertinaz olor a desinfectante de cresol; un maullido quejumbroso; una mujer joven que canta arias de ópera. Las cocinas económicas renegridas de hollín Det N CN N SPrep C del Adj SAdj CN SN Algo trasnochado e impalpable N CN Nexo CN SN Un pertinaz olor a desinfectante de cresol Det CN N N CN SPrep CN SN Un maullido quejumbroso Det N CN SN Una mujer joven que canta arias de ópera Det N CN Prop. Sub Adj CN SN
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3. Indica cuáles de estas oraciones son copulativas (de predicado nominal) y cuáles predicativas (de predicado verbal). Subraya las palabras que funcionan como atributo y las que funcionan como complemento predicativo, cuando aparezcan. •
Ese espectáculo circense es muy emocionante. Es oración copulativa o atributiva. El predicado está compuesto por un verbo copulativo (es) y un atributo (muy emocionante).
•
Manuel estuvo en casa de Antonio. Es una oración predicativa, pues el verbo estar no va acompañado de un atributo y pierde su valor copulativo.
•
Pepa me ha parecido una mujer bondadosa. Es oración copulativa o atributiva. El predicado está compuesto por un verbo copulativo (ha parecido) y un atributo (una mujer bondadosa).
•
Ella no ha estado nunca enferma. Es oración copulativa o atributiva. El predicado está compuesto por un verbo copulativo (ha estado) y un atributo (enferma).
•
La asamblea no será en el salón de actos. Es oración predicativa. No hay atributo y el verbo pierde su valor copulativo.
•
En la costa, el mar estaba agitado. Es oración copulativa o atributiva. El predicado está compuesto por un verbo copulativo (estaba) y un atributo (agitado).
•
Ella respiró aliviada. Es oración predicativa. El verbo predicativo respiró va acompañado de un complemento predicativo (aliviada).
•
Parecía muy orgulloso de su trabajo. Es oración copulativa o atributiva. El predicado está compuesto por un verbo copulativo (parecía) y un atributo (muy orgulloso de su trabajo).
•
La atleta granadina se retiró de la carrera lesionada. Es oración predicativa. El verbo predicativo se retiró va acompañado de un complemento predicativo (lesionada).
•
Este turrón es delicioso. Es oración copulativa o atributiva. El predicado está compuesto por un verbo copulativo (es) y un atributo (delicioso).
•
Begoña miraba asombrada a su niña. Es oración predicativa. El verbo predicativo miraba va acompañado de un complemento predicativo (asombrada).
54
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 76 4. Analiza las siguientes oraciones y clasifícalas según la naturaleza del predicado. •
Marta susurró a su hermana unas palabras en el oído. Oración predicativa transitiva. Predicado verbal: susurró a su hermana unas palabras en el oído. Núcleo: susurró. CD: unas palabras. CI: a su hermana. CC: en el oído.
•
Gonzalo salió de la prueba airosamente. Oración predicativa intransitiva. Predicado verbal: salió de la prueba airosamente. Núcleo: salió. CC: de la prueba. CC: airosamente.
•
El día de mi santo mi padre me hizo un gran regalo. Oración predicativa transitiva. Predicado verbal: El día de mi santo... me hizo un gran regalo. Núcleo: hizo. CD: un gran regalo. CI: me. CC: el día de mi santo.
•
¡Qué hermosa es esta ciudad! Predicado nominal: Qué hermosa es. Verbo copulativo: es. Atributo: Qué hermosa.
•
Vi a tu primo en el polideportivo. Oración predicativa transitiva. Predicado verbal: Vi a tu primo en el polideportivo. Núcleo: vi. CD: a tu primo. CC: en el polideportivo.
•
El gato se lanzó furioso contra las cortinas. Oración predicativa intransitiva. Predicado verbal: se lanzó furioso contra las cortinas. Núcleo: se lanzó. CPred: furioso. CC: contra las cortinas.
•
El garaje está cerrado por la noche. Oración copulativa o atributiva. Predicado nominal: está cerrado por la noche. Verbo copulativo: está. Atributo: cerrado. CC: por la noche.
•
Me asombra tu inmadurez. Oración predicativa intransitiva. Predicado verbal: me asombra tu inmadurez. Núcleo: asombra. CI: me.
55
•
No abuses de mi paciencia. Oración predicativa intransitiva. Predicado verbal: No abuses de mi paciencia. Núcleo: abuses. C de Rég: de mi paciencia. Modificador oracional: no.
•
Los espectadores contemplaban boquiabiertos las evoluciones de los trapecistas. Oración predicativa transitiva. Predicado verbal: contemplaban boquiabiertos las evoluciones de los trapecistas. Núcleo: contemplaban. CD: las evoluciones de los trapecistas. CPred: boquiabiertos.
•
¿Ha venido con vosotros Carmen? Oración predicativa intransitiva. Predicado verbal: Ha venido con vosotros. Núcleo: ha venido. CC: con vosotros.
•
Ella y yo coincidimos en nuestras opiniones políticas a menudo. Oración predicativa intransitiva. Predicado verbal: coincidimos en nuestras opiniones políticas a menudo. Núcleo: coincidimos. C de Rég: en nuestras opiniones políticas. CC: a menudo.
•
Su sonrisa me resulta irresistible. Oración predicativa intransitiva. Predicado verbal: me resulta irresistible. Núcleo: resulta. CI: me. CPred: irresistible.
•
La casa parece habitada. Oración copulativa o atributiva. Predicado nominal: parece habitada. Verbo copulativo: parece. Atributo: habitada.
•
Joaquín nunca renuncia a los dulces. Oración predicativa intransitiva. Predicado verbal: nunca renuncia a los dulces. Núcleo: renuncia. C de Rég: a los dulces. CC: nunca.
•
La habitación fue pintada por unos trabajadores extranjeros. Oración pasiva perifrástica. Predicado verbal: fue pintada por unos trabajadores extranjeros. Núcleo: fue pintada. CAg: por unos trabajadores extranjeros.
•
Inés se preocupa por todo. Oración predicativa intransitiva. Predicado verbal: se preocupa por todo. Núcleo: se preocupa. C de Rég: por todo.
56
•
Se seleccionaron cinco libros para la fase final del premio. Oración predicativa pasiva refleja. Predicado verbal: se seleccionaron para la fase final del premio. Núcleo: se seleccionaron. CC: para la fase final del premio.
5. Clasifica las oraciones que contiene el siguiente texto. Hay una borrasca en el oeste de la Península; un sistema frontal se extiende por el norte. La borrasca provocará lluvias débiles en la vertiente cantábrica. El cielo estará poco nuboso por la mañana en el centro y sur peninsulares. Por la tarde aumentará la nubosidad: lloverá de un modo irregular. Se esperan nubes y claros en el este y en las islas. Hay una borrasca en el oeste de la Península: predicativa, impersonal, transitiva. Un sistema frontal se extiende por el norte: predicativa, intransitiva pronominal. La borrasca provocará lluvias débiles en la vertiente cantábrica: predicativa, transitiva. El cielo estará poco nuboso por la mañana en el centro y sur peninsulares: copulativa. Por la tarde aumentará la nubosidad: predicativa, intransitiva. Lloverá de un modo irregular: predicativa, impersonal, intransitiva. Se esperan nubes y claros en el este y en las islas: predicativa, pasiva refleja. 6. Analiza sintácticamente las siguientes oraciones y clasifícalas según la naturaleza del predicado. El general Petrus ve improbable un nuevo aumento de tropas. Det
N
Apos. NV
N
Det
CN
N
CPred
CN
CD
SN Sujeto
SV PV
Predicativa, transitiva
El futuro de Italia se juega en el Senado. Det N
CN
NV
SN Sujeto
CC SV PV
Predicativa, intransitiva, pronominal
Kosovo se proclama indivisible en su nueva Constitución. N
CD
NV
SN Suj
CPred
CCL
SV PV
Predicativa, transitiva, reflexiva directa
El titular de Finanzas será el primer ministro de Irlanda. Det N
CN
VC Det Det
N
CN
Atributo SN Suj
PN
Copulativa
57
El español Andreu Claret ha sido elegido presidente de la Fundación A Lindh por los 35 Estados con derecho a voto. Det N Aposición NV N CN Det Det N CN CPred
CAg
SN Suj
SV PV
Predicativa, pasiva perifrástica
El Ministro de Interior confía en un cambio de actitud de la oposición. Det
N
CN
NV
Det
N
N
CN CN
C de Rég SNSuj
SV PV
Predicativa, intransitiva
Se ha detectado el planeta extrasolar más pequeño. NV
Det
N
SV PV
CN
CN
SN Suj
Predicativa, pasiva refleja
Los dos entrenadores se intercambiaron elogios antes del partido. Det Det
N
CI
SN Suj
NV
CD
CCT
SV PV
Predicativa, transitiva, recíproca
7. El siguiente texto está formado mayoritariamente por oraciones simples. ¿Qué efecto de estilo se consigue: lento o dinámico? ¿Por qué? Y lo primero que vemos es un anciano en un aposento. El aposento está en un inmenso edificio de piedra gris. Centenares de ventanitas se ven en las largas y lisas fachadas. En los días claros, el cielo luce su limpio azul. Las techumbres son negruzcas. Golondrinas y vencejos giran, incesantes, blandamente, en torno de las altas torres. Los centenares de ventanitas dan luz a muchedumbre de estancias, salones y corredores. Los pasos resuenan sonoramente bajo las bóvedas de piedra. Todo en el paisaje converge hacia la inmensa fábrica. AZORÍN: Una hora de España. El ritmo sintáctico que se percibe en el texto es dinámico por tratarse de una enumeración de oraciones simples, sin bien resulta pausado por no avanzar temporalmente ya que no hay una sucesión de acciones. Consiste en una descripción de un paisaje basada en las impresiones que el narrador percibe, como si fuera una cámara cinematográfica.
58
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 80 1. Separa las proposiciones contenidas en las siguientes oraciones: Las proposiciones van separadas entre corchetes: • • • • • •
[El conductor giró la llave de contacto,] [pero el coche no arrancó.] [Aunque el mar estaba sereno,] [el agua estaba fría] y [nadie se bañaba.] [Cuando el sol se ocultó,] [se levantó una brisa suave y refrescante.] [No tengas miedo al dentista,] [porque no te va a hacer daño.] [El bosque [que ardió la semana pasada] estaba poblado de especies muy poco habituales.] [Me asombra] [que te comportes de esa manera.]
2. Indica qué tipo de relación se da en las siguientes oraciones y analízalas sintácticamente. En las oraciones siguientes, señalamos la relación de coordinación y aclaramos solamente aquellos aspectos del análisis de cada proposición que pudieran resultar necesarios. -
El director llamó a la secretaria, pero no la encontró en su puesto. Coordinación adversativa. En la proposición 1, a la secretaria desempeña la función de CD.
-
O jugamos todos o no jugamos. Coordinación disyuntiva. Todos es el sujeto de la primera proposición.
-
El niño cogió un atlas y pasó las hojas con asombro. Coordinación copulativa.
-
La anciana se alejó en silencio, pero en su rostro se reflejaba la rabia. Coordinación adversativa. En la proposición 2, la rabia desempeña la función de sujeto.
-
¿Vamos al cine o nos quedamos en casa? Coordinación disyuntiva.
-
No solo terminé el trabajo a tiempo, sino que además me quedó muy bien. Coordinación adversativa.
-
Haz bien tus ejercicios o tendrás que repetirlos. Coordinación disyuntiva.
-
Ayer me llegaron noticias de mi hermano, aunque no contaba nada nuevo. Coordinación adversativa. Nada nuevo es un SN en función de CD en la proposición 2.
-
No tenía prisa, o sea, caminaba lentamente. Coordinación explicativa. Prisa desempeña la función de CD en la proposición 1.
-
Levanta el ánimo e inténtalo otra vez. Coordinación copulativa. 59
-
Era una mujer muy guapa, pero su timidez contrastaba con su belleza. Coordinación adversativa. Con su belleza desempeña la función de C de Rég en la proposición 2.
-
O no comprendo tus razonamientos o no te explicas bien. Coordinación disyuntiva.
-
Ese candidato no ha alcanzado suficientes votos; es decir, no ha sido elegido diputado. Coordinación explicativa. Diputado desempeña la función de complemento predicativo en la proposición 2.
-
Prometes una cosa, pero luego haces otra. Coordinación adversativa.
3. ¿Qué clase de oraciones compuestas predomina en el siguiente texto? Justifica tu respuesta con ejemplos. Analiza sintácticamente la oración subrayada del texto. Los pavos reales del papel carmesí parecían destinados a alimentar pesadillas tenaces, pero el señor Villari no soñó nunca con una glorieta monstruosa hecha de inextricables pájaros vivos. En los amaneceres soñaba un sueño de fondo igual y de circunstancias variables. Dos hombres y Villari entraban con revólveres en la pieza o lo agredían al salir del cinematógrafo o eran, los tres a un tiempo, el desconocido que lo había empujado, o lo esperaban tristemente en el patio y parecían no conocerlo. Al fin del sueño, él sacaba el revólver del cajón de la inmediata mesa de luz (y es verdad que en ese cajón guardaba un revólver) y lo descargaba contra los hombres. El estruendo del arma lo despertaba, pero siempre era un sueño y en otro sueño el ataque se repetía y en otro sueño tenía que volver a matarlos. JORGE LUIS BORGES: El Aleph. En el texto predominan las oraciones coordinadas, en concreto, copulativas (él sacaba el revólver del cajón de la inmediata mesa de luz (y es verdad que en ese cajón guardaba un revólver) y lo descargaba contra los hombres), adversativas (Los pavos reales del papel carmesí parecían destinados a alimentar pesadillas tenaces, pero el señor Villari no soñó nunca con una glorieta monstruosa hecha de inextricables pájaros vivos) y disyuntivas (Dos hombres y Villari entraban con revólveres en la pieza o lo agredían al salir del cinematógrafo o eran, los tres a un tiempo, el desconocido que lo había empujado, o lo esperaban tristemente en el patio y parecían no conocerlo). En las oraciones siguientes, señalamos la relación de coordinación y aclaramos solamente aquellos aspectos del análisis de cada proposición que pudieran resultar necesarios. Proposición 1
Prop.coord. adversativa
El estruendo del arma lo despertaba, pero siempre era un sueño SN Suj
CD
NV
CCT
VC
Atrib
60
Prop. coord. Copulativa
Prop. Coord. copulativa
y en otro sueño el ataque se repetía y en otro sueño tenía que volver a matarlos CCL
SN Suj
NV
NV
CD
4. ¿Qué clase de oraciones predomina en cada uno de los textos? ¿Qué efecto estilístico consiguen? ¿Cómo se denominan los recursos literarios empleados en cada texto?
Rendí, rompí, derribé, rajé, deshice, prendí, desafié, desmentí, vencí, acuchillé, maté.
Te amo al atardecer cuando estoy muerto y mis ojos se mezclan con las hierbas y estoy lejos del mar y escucho el mar y tus ojos me miran desde el viento y es al atardecer cuando estoy muerto.
LOPE DE VEGA
J. E. CIRLOT
En el texto de Lope de Vega predomina la yuxtaposición, el recurso se denomina asíndeton y produce un efecto dinámico, ágil y rápido. En el texto de Cirlot predomina la coordinación copulativa, el recurso se denomina polisíndeton y produce un efecto estilístico lento y pausado.
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 85 1. En las siguientes oraciones compuestas, señala las proposiciones subordinadas sustantivas y determina qué función desempeñan. • • • • • • • • •
Es conveniente [que el médico te recete un antibiótico.] Función de sujeto. Isabel me propuso [que me fuera con ella de viaje.] Función de CD. Me enteré [de que tú tampoco asististe a la reunión de vecinos.] Función de C de Rég. La profesora me preguntó [si había entendido la explicación.] Función de CD. Yo estaba seguro [de que tú asistirías a la reunión de vecinos.] Función de complemento del adjetivo. El guía no entendía [cómo nos habíamos perdido.] Función de CD. Es mejor [que no salgas a la calle con este frío.] Función de sujeto. Me alegra [que Ángel haya venido a la cena de mi cumpleaños.] Función de sujeto. Me alegro [de haber ido a tu cena de cumpleaños.] Función de C de Rég.
2. Transforma las siguientes citas periodísticas de estilo directo a indirecto relacionando elementos de cada uno de los tres cuadros. ¿Qué clase de subordinadas se incluyen? ¿Qué función desempeñan? • • • • •
El Presidente del Gobierno negó que se hubieran producido persecuciones políticas en su administración. La Organización Mundial de la Salud asegura que se producen más muertes por suicidios que la suma de los homicidios y las víctimas de las guerras. El Ministro de Salud reconoció que el año anterior los hospitales atravesaron una situación de crisis. El Presidente de la República denunció que el anterior Gobierno dejó un déficit del 4%. El Rector de la universidad consideró que el presupuesto aprobado no era suficiente.
61
• • •
Un informe sobre los jóvenes alerta que el consumo de drogas entre los jóvenes ha aumentado de forma alarmante el año pasado. El Presidente francés declaró que su país no desarrollaría más bombas atómicas. El Departamento de Seguridad Nacional de Estados Unidos anunció que asignarían más de 500 agentes a la frontera de Arizona con México.
Se incluyen subordinadas sustantivas en función de CD. 3. Las siguientes oraciones contienen proposiciones subordinadas adjetivas. Distínguelas e indica el antecedente al que complementan. Señala también la función que desempeñan los pronombres relativos dentro de la proposición. •
La película [que vimos en televisión la otra noche] era una película de terror. Antecedente: película. Función del pronombre relativo: CD.
•
El jardinero [que regaba las flores] se tropezó con la manguera. Antecedente: jardinero. Función del pronombre relativo: sujeto.
•
El bolígrafo [con el que escribo] tiene ya muy poca tinta. Antecedente: bolígrafo. Función del pronombre relativo: CC.
•
La anciana [a quien ayudé con las bolsas de la compra] me dio las gracias cariñosamente. Antecedente: anciana. Función del pronombre relativo: CD.
•
La tienda [donde compré el ordenador] está cerrada por vacaciones. Antecedente: tienda. Función del pronombre relativo: CC.
•
El amigo [del que te hablé] ha encontrado un trabajo en París. Antecedente: amigo. Función del pronombre relativo: C de Rég.
•
Hay mucha gente [a la que no le gustan los deportes.] Antecedente: gente. Función del pronombre relativo: CI.
•
El camino [por el que voy al instituto] suele estar lleno de barro. Antecedente: camino. Función del pronombre relativo: CC.
•
A las amigas [con quienes me reúno todas las semanas] las conozco desde la infancia. Antecedente: amigas. Función del pronombre relativo: CC.
•
El cristal de la mesa, [el cual se rompió ayer por la tarde,] ya ha sido sustituido por otro. Antecedente: cristal. Función del pronombre relativo: sujeto.
•
La empresa [cuyos trabajadores se declararon en huelga] ha amenazado con despidos masivos. Antecedente: empresa. Función del pronombre relativo: complemento del nombre trabajadores. 62
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 86 4. Distingue las subordinadas adjetivas que llevan antecedente de las sustantivadas, e indica en cada caso la función del relativo dentro de la proposición subordinada. Dividimos las oraciones en dos grupos: las subordinadas adjetivas que llevan antecedente y las que no lo llevan (sustantivadas). El pronombre o adverbio relativo se destaca en cursiva; los antecedentes en negrita. a) Subordinadas adjetivas con antecedente: •
La orquesta que animaba la velada desafinaba mucho. Función del relativo: sujeto.
•
Óscar es una persona con quien no se puede hablar. Función del relativo: CC
•
Aquellos a quienes saludé eran unos antiguos compañeros de oficina. Función del relativo: CD.
•
El carterista aprovechó un momento en que yo estaba distraído. Función del relativo: CC
•
El zumbido del motor, al que prestábamos mucha atención, aumentaba. Función del relativo: CI.
•
La luna, cuya luz había iluminado la noche, se estaba ocultando. Función del relativo: complemento del nombre luz.
•
Antonio y Paula, a los que he visitado esta mañana, están muy animados. Función del relativo: CD.
b) Subordinadas adjetivas sustantivadas: •
El que no esté bien físicamente no aguantará la caminata. Función del relativo: sujeto.
•
El que resultó herido fue trasladado en ambulancia. Función del relativo: sujeto.
•
Ahora confío en quienes confié antes. Función del relativo: C de Rég.
5. Las oraciones de la siguiente lista incluyen una subordinada sustantiva o una de relativo sustantivada. Distingue unas de otras y analízalas sintácticamente. Las proposiciones subordinadas se indican entre corchetes: •
Conviene [que termines pronto tus tareas.] Proposición subordinada sustantiva en función de sujeto.
•
[Quien diga lo contrario] está mintiendo. Proposición subordinada de relativo sustantivada en función de sujeto.
•
No entiendo [cómo has llegado hasta aquí.] Proposición subordinada sustantiva en función de CD.
•
[Lo que me pides] es imposible. Proposición subordinada de relativo sustantivada en función de sujeto.
63
•
Ellos no prestaron atención [a quienes les gritaban.] Proposición subordinada de relativo sustantivada en función de CI.
•
Estaba seguro [de que te divertirías en el teatro.] Proposición subordinada sustantiva en función de complemento del adjetivo.
•
Estos son [los que tuvieron que ser evacuados del edificio.] Proposición subordinada de relativo sustantivada en función de atributo.
•
El ascensor fue arreglado [por los que lo instalaron.] Proposición subordinada de relativo sustantivada en función de complemento agente.
•
El ladrón confesó rápidamente [cuánto había robado.] Proposición subordinada sustantiva en función de CD.
•
La ovación [de los que asistieron al espectáculo] fue larga e intensa. Proposición subordinada de relativo sustantivada en función de complemento del nombre.
•
No sabemos [si nuestra decisión ha sido acertada.] Proposición subordinada sustantiva en función de CD.
6. Señala en el siguiente texto las proposiciones subordinadas sustantivas que se incluyen e indica la función que desempeñan. ¿A qué clase de verbos complementan las proposiciones? ¿En qué estilo aparecen? A continuación, analiza la oración del texto que aparece subrayada. Conocía cada uno de los trenes, sabía de dónde venía, adónde iba, cuándo llegaba a cualquier otra parte, qué trenes partían de allí; y a qué hora llegaban. Se sabía los números de los trenes, sabía qué días circulaban, si llevaban coche restaurante, si esperaban o no los enlaces. Sabía qué trenes llevaban coche correo y cuánto costaba un billete a Frauenfeld. PETER BICHSEL: El memorioso. sabía de dónde venía, adónde iba, cuándo llegaba a cualquier otra parte, qué trenes partían de allí; y a qué hora llegaban; sabía qué días circulaban, si llevaban coche restaurante, si esperaban o no los enlaces: son subordinadas sustantivas en función de CD. Complementan al verbo saber; se trata de un verbo dicendi introductor de subordinadas sustantivas que reproducen lo que algún personaje dice, piensa, conoce, etc. En este caso se reproduce en estilo indirecto. Prop ppal
Prop. sub sustantiva CD
Coord. Copulativa
Prop. sub sust. CD
[Sabía] [qué trenes llevaban coche correo] y [cuánto costaba un billete a Frauenfeld]. VT Él SO
SN Suj
VT
CD
NX
CD
VT
SN Suj
7. Busca en el siguiente texto las subordinadas adjetivas que se incluyen en él e indica las funciones que desempeñan los relativos. ¿Por qué predominan estas proposiciones en este texto? ¿Son especificativas o explicativas? Analiza la oración que aparece subrayada. Las noches de luna en el campo, en los aledaños de las ciudades tienen un encanto profundo. Son los olivares grises que se extienden ordenados, en hileras, y por entre los que caminamos, mientras un cuclillo lanza su nota, en busca del remoto pueblecillo. Son los jardines que en estas horas parece que se recogen sobre sí mismos. Son los ríos que se deslizan hacia lejanas frescuras que no acertamos a adivinar. Son las fuentes que manan con un murmullo más sonoro y continuado. Son los molinos que andan y andan incesantemente. Son esas callejuelas que hay detrás de las fábricas, angostas, intransitadas. AZORÍN: Con Cervantes. 64
que se extienden ordenados, en hileras: sujeto. y por entre los que caminamos: CCL. Son los jardines que en estas horas parece: sujeto. Son las fuentes que manan con un murmullo más sonoro y continuado: sujeto. Son los molinos que andan y andan incesantemente: sujeto. Son esas callejuelas que hay detrás de las fábricas, angostas, intransitadas: CD. Predominan esta clase de subordinadas porque se trata de un texto descriptivo en el que se enumeran las características del paisaje que se describe; de ahí que cobren gran importancia las subordinadas adjetivas, en este caso, especificativas que señalan las cualidades de las realidades descritas. Prop. ppal
Prop. sub. adjetiva CN
Prop. sub. adj. CN
[Son los ríos] [que se deslizan hacia lejanas frescuras] [que no acertamos a adivinar]. Vcop
Atrib
Suj
NV
CCL
CD Modif
NV
(Ese encanto profundo) SO
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 91 1. Analiza las siguientes oraciones y señala si las proposiciones subordinadas adverbiales que incluyen son de lugar, de tiempo o de modo. Las proposiciones subordinadas adverbiales van entre corchetes: •
[Cuando estaba atravesando el río,] oí unos gritos desgarradores. Proposición subordinada adverbial de tiempo.
•
Escondí el dinero [donde nadie podría encontrarlo.] Proposición subordinada adverbial de lugar.
•
[Apenas había salido de casa,] empezó a diluviar. Proposición subordinada adverbial de tiempo.
•
Me dirigí [a donde me indicó el policía.] Proposición subordinada adverbial de lugar.
•
[Después de que fueron escuchadas las declaraciones de los testigos,] el juez dictó sentencia. Proposición subordinada adverbial de tiempo.
•
Dejaron las cosas [como estaban,] [sin tocarlas.] Son dos proposiciones subordinadas adverbiales de modo.
•
Condujimos [por donde no había nieve.] Proposición subordinada adverbial de lugar.
•
[Antes de que llegue el examen,] habrá que repasar lo más importante. Proposición subordinada adverbial de tiempo.
•
Aparecí a las nueve en punto en la cafetería, [según habíamos acordado.] Proposición subordinada adverbial de modo.
65
2. Transforma las siguientes oraciones, introduciendo proposiciones subordinadas de tiempo. Pon un nexo adecuado y señala si la acción de la subordinada es simultánea o sucesiva a la de la proposición principal. Las oraciones podrían quedar así: •
[En cuanto termines de consultar el correo,] vamos a dar un paseo. La proposición subordinada de tiempo indica la sucesión inmediata.
•
[Apenas lleguen Pedro y Ana,] me avisas. La proposición subordinada de tiempo indica la sucesión inmediata.
•
Llamamos al seguro, [después de que se produjera la fuga de agua.] La proposición subordinada de tiempo indica la sucesión.
•
Alberto jugaba a las cartas con sus compañeros, [mientras observaba a los de la mesa contigua.] La proposición subordinada de tiempo indica la simultaneidad.
3. Pon un nexo diferente en cada una de las siguientes subordinadas adverbiales de modo y después analiza sintácticamente las oraciones. Copiamos las oraciones ya con el nexo correspondiente y aclaramos después solo las funciones que pudieran resultar problemáticas en el análisis de las proposiciones. •
Hemos buscado información en la enciclopedia según nos indicó la profesora. La profesora es el SN sujeto de la subordinada adverbial modal.
•
Conforme iban saliendo del edificio, un médico les hacía una primera exploración.
•
Aquel tipo actuaba como si le hubieran hipnotizado. Le debería ser lo, pues desempeña la función de CD.
•
Utiliza el taladro como pone en las instrucciones.
4. Analiza las siguientes oraciones y explica las diferencias entre las de la izquierda y las de la derecha. •
He venido [por donde había menos tráfico.] La proposición entre corchetes es una subordinada adverbial de lugar.
•
No me dijo [por dónde había venido.] La proposición entre corchetes es una subordinada sustantiva en función de CD.
•
Aparqué el coche [donde pude.] La proposición entre corchetes es una subordinada adverbial de lugar.
•
Ese es el pueblo [donde nací.] La proposición entre corchetes es una subordinada adjetiva o de relativo. El antecedente del adverbio relativo donde es el sustantivo pueblo.
•
[Cuando llegué a casa] era muy tarde. La proposición entre corchetes es una subordinada adverbial de tiempo.
•
No recuerdo [cuándo llegué a casa.] La proposición entre corchetes es una subordinada sustantiva en función de CD.
•
Hice el trabajo [como pude.] La proposición entre corchetes es una subordinada adverbial de modo.
•
No explicó el modo [como hizo el trabajo.] La proposición entre corchetes es una subordinada adjetiva o de relativo. El antecedente del adverbio relativo como es el sustantivo modo. 66
5. Escribe tres oraciones con cada uno de los tipos de proposiciones subordinadas adverbiales comparativas: de superioridad, de igualdad y de inferioridad. Ejemplos: De superioridad: • Estas camisas son más bonitas que esas otras. • Tus hijos son más callados que los hijos de mi hermana. • Las casas junto al metro costaron más dinero que las más alejadas. De igualdad: • Estas camisas son tan bonitas como esas otras. • Tus hijos son tan callados como los hijos de mi hermana. • Las casas junto al metro costaron tanto dinero como las más alejadas. De inferioridad: • Estas camisas son menos bonitas que esas otras. • Tus hijos son menos callados que los hijos de mi hermana. • Las casas junto al metro costaron menos dinero que las más alejadas. 6. Transforma las oraciones siguientes, de manera que incluyan una proposición subordinada consecutiva en vez de una causal. Las oraciones quedarían así: • • • •
Este escrito tiene muchas faltas de ortografía, conque corrígelo. Hay mucha nieve en la carretera, luego los camiones no pueden atravesar el puerto. Tuvimos una discusión muy fuerte, por consiguiente no hablo con él. Está enfermo, así es que no sale a la calle.
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 92 7. Construye proposiciones subordinadas condicionales a partir de los siguientes pares de oraciones, siguiendo el ejemplo. Las oraciones quedarían así: •
Si gana la Liga mi equipo, lo celebraré por todo lo alto. Si ganara la Liga mi equipo, lo celebraría por todo lo alto. Si hubiera ganado la Liga mi equipo, lo habría celebrado por todo lo alto.
•
Si engordo dos kilos más, tendré que ir al gimnasio. Si engordara dos kilos más, tendría que ir al gimnasio. Si hubiera engordado dos kilos más, habría tenido que ir al gimnasio.
•
Si vienes a mi casa, te invito a un café. Si vinieras a mi casa, te invitaría a un café. Si hubieras venido a mi casa, te habría invitado a un café.
8. Construye proposiciones subordinadas condicionales a partir de los siguientes pares de oraciones, siguiendo el ejemplo. Ofrecemos las oraciones con otros nexos distintos:
67
• • •
Cuando estuvo secuestrado, no perdió la entereza. Mientras que estuvo secuestrado, no perdió la entereza. En tanto que estuvo secuestrado, no perdió la entereza.
• • •
Aprovechó su amistad con mi marido a fin de que yo le informara de sus negocios. Aprovechó su amistad con mi marido con objeto de que yo le informara de sus negocios. Aprovechó su amistad con mi marido con el fin de que yo le informara de sus negocios. De sus negocios desempeña la función de C de Rég en la subordinada.
• • •
Lo haré, a condición de que se me den garantías. Lo haré, si se me dan garantías. Lo haré, siempre que me den garantías.
• • •
Ana Rosa hace las tareas según le da la gana. Ana Rosa hace las tareas tal y como le da la gana. Ana Rosa hace las tareas tal cual le da la gana.
• • •
Aunque era arrogante, hacía muchos favores. A pesar de que era arrogante, hacía muchos favores. Si bien era arrogante, hacía muchos favores.
• • •
Nos juntábamos para discutir los problemas del barrio. Nos juntábamos con vistas a discutir los problemas del barrio. Nos juntábamos con el fin de discutir los problemas del barrio.
• • •
Puesto que regresaré tarde, dejad la luz del vestíbulo encendida. Dejad la luz del vestíbulo encendida pues regresaré tarde. Dejad la luz del vestíbulo encendida pues regresaré tarde.
9. Analiza sintácticamente las siguientes oraciones y determina qué tipo de proposiciones subordinadas adverbiales se incluyen en ellas. Las subordinadas van señaladas entre corchetes. Aclaramos después solamente las funciones del análisis sintáctico que pudieran resultar problemáticas. •
Escribiré a tu padre, [ya que me lo pides.] Subordinada adverbial causal.
•
[Aunque la mona se vista de seda,] mona se queda. Subordinada adverbial concesiva. De seda es un CC de modo en la subordinada. Mona es complemento predicativo de la proposición principal. (Si se opta por considerar que el verbo es semicopulativo, su función sería la de atributo).
•
Me cuidaré, [a condición de que tú también lo hagas.] Subordinada adverbial condicional. Me es CD de la proposición principal, que es reflexiva.
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Insistió tanto [en que fuera [a ver la película]] [que al final le hice caso.] Subordinada adverbial consecutiva. La tercera proposición (en que fuera) es una subordinada sustantiva en función de C de Rég. La cuarta (a ver la película) es una subordinada adverbial final.
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Te llamé [para que me prestaras tu colección de cómics.] Subordinada adverbial final. 68
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[Si no tuviera tanto dinero,] no sería tan orgulloso. Subordinada adverbial condicional. Tan orgulloso es atributo.
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Llevé el coche al taller [para que le cambiaran el aceite.] Subordinada adverbial final.
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Guillermo estudió Veterinaria, [porque siempre le habían gustado mucho los animales.] Subordinada adverbial causal. Los animales es el SN sujeto de la subordinada.
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Había puesto tantas esperanzas en aquel día [que al final se sintió defraudado.] Subordinada adverbial consecutiva. Defraudado es complemento predicativo en la subordinada. (Si se opta por considerar que el verbo es semicopulativo, su función sería la de atributo).
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No me vas a asustar, [conque no me mires así.] Subordinada adverbial consecutiva.
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[Como no me indicaron bien el camino,] me perdí. Subordinada adverbial causal.
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[Si me hubieran indicado bien el camino,] no me habría perdido. Subordinada adverbial condicional.
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[Por más que insistas,] no conseguirás nada. Subordinada adverbial concesiva.
10. Busca en el siguiente texto las proposiciones coordinadas y subordinadas que contiene y clasifícalas según el tipo al que corresponden. ¿Por qué predominan las oraciones compuestas en este texto? Cuántos libros. Hileras de libros, galerías de libros, perspectivas de libros en este vasto cementerio del pensamiento, donde ya todo es igual, y que el pensamiento muera no importa. Porque también mueren los libros, aunque nadie parezca apercibirse del olor exhalado por tantos volúmenes corrompiéndose lentamente en sus nichos. ¿Era esto lo que ellos, sus autores, esperaban? Ahí está la inmortalidad, para después, en la cual se han resuelto horas amargas que fueron vida, y la soledad de entonces es idéntica a la de ahora: nada y nadie. Mas un libro debe ser cosa viva, y su lectura revelación maravillada tras de la cual quien leyó ya no es el mismo, o lo es más de cómo antes lo era. De no ser así el libro, para poco sirve su conocimiento, pues el saber ocupa lugar, tanto que puede desplazar a la inteligencia, como esta biblioteca al campo que antes aquí había. LUIS CERNUDA: Ocnos. Coordinadas: Hileras de libros… y no importa (copulativa) Ahí está la inmortalidad… y la soledad de entonces es idéntica (copulativa) Mas un libro debe ser cosa viva, y su lectura revelación maravillada (copulativa) quien leyó ya no es el mismo, o lo es más de cómo antes lo era (disyuntiva)
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Subordinadas: donde ya todo es igual (adjetiva) Porque también mueren los libros (adverbial causal) Aunque nada parezca apercibirse del olor… (adverbial concesiva) Corrompiéndose lentamente en sus nichos (adverbial de modo) Lo que ellos esperaban (adjetiva sustantivada) En la cual se han resuelto… (adjetiva) Que fueron vida (adjetiva) Quien leyó (adjetiva) Más de cómo antes lo era (adverbial comparativa) De no ser así el libro (condicional) Pues el saber ocupa lugar (adverbial causal) Tanto que puede desplazar a la inteligencia (adverbial consecutiva) Como esta biblioteca (adverbial comparativa) que antes aquí había (adjetiva) El uso de las oraciones compuestas, especialmente de la subordinación, está determinado por tratarse de un texto argumentativo de carácter especulativo en el que el autor reflexiona sobre un pensamiento que pretende argumentar.
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 93 11. Lee el siguiente poema y contesta a las preguntas que se formulan a continuación. Corazón coraza Porque te tengo y no si no te miro amor porque te pienso si no te miro porque la noche está de ojos abiertos porque la noche pasa y digo amor porque tú siempre existes dondequiera 5 porque has venido a recoger tu imagen porque existes mejor donde te quiero 20 porque tu boca es sangre y eres mejor que todas tus imágenes porque eres linda desde el pie hasta el alma y tienes frío porque eres buena desde el alma a mí tengo que amarte amor porque te escondes dulce en el orgullo tengo que amarte 10 pequeña y dulce aunque esta herida duela como dos 25 aunque te busque y no te encuentre corazón coraza y aunque porque eres mía la noche pase y yo te tenga porque no eres mía y no. porque te miro y muero 15 y peor que muero MARIO BENEDETTI: Noción de Patria.
a) El texto se organiza a partir de la repetición de estructuras oracionales. ¿Qué clase de oraciones se repiten? ¿Qué relación tienen con el contenido del poema? ¿Cuál es la proposición principal de la que dependen? ¿En qué verso aparece? ¿Qué efecto estilístico consigue? Se repiten fundamentalmente subordinadas adverbiales causales. El poeta expresa todas las razones por las que tiene que amar a su amor. La proposición principal aparece en el verso 22: tengo que amarte amor. Los versos anteriores son las causas de esa obligación de amar. Esta reiteración sintáctica produce un efecto rítmico muy cadencioso y musical al mismo tiempo que expresa la profundidad del sentimiento amoroso. 70
b) ¿Qué proposiciones aparecen en los versos 16 y 17? ¿Cuál es la justificación de su presencia? ¿Qué subordinada adverbial aparece en el verso 19? En los versos 16 y 17 aparecen dos proposiciones subordinadas adverbiales condicionales. Aparecen como condición a la proposición expresada en el verso 15 y peor que muero. En el verso 19 aparece dentro de la subordinada adverbial causal una subordinada adverbial de lugar: donde te quiero. c) A partir del verso 24, ¿qué subordinadas aparecen? ¿Por qué aparecen tras la perífrasis verbal tengo que amarte? A partir del verso 24 se incluyen tres subordinadas adverbiales concesivas: aunque te busque y no te encuentre y aunque la noche pase y yo te tenga y no. Aparecen tras la perífrasis tengo que amarte porque expresan una dificultad para el cumplimiento de lo dicho en la proposición principal, aunque no impidan su realización. 12. Busca en el siguiente texto ejemplos de oraciones coordinadas, subordinadas sustantivas, adjetivas y adverbiales. A continuación, analiza sintácticamente la oración subrayada. —Todas las demás lenguas y lenguajes comunes que en el mundo son, están entre ellos entreverados y relacionados. Pero el eskuara es único, y distinto de cualquier otra lengua. De donde su soledad. Al escuchar aquellas palabras comprendí que aquella isla no era como la de Sardinia, o como la de Sicilia, sino que estaba hecha de otra materia; y que, por increíble que pareciera, aquel accidente geográfico que contemplaba no era otra cosa que mi propia lengua. Pero me pareció que el Maestro aún quería decirme algo más, y dejé aquellos pensamientos confusos que me rondaban por la cabeza para considerarlos más adelante. —Hubo un tiempo en que este lugar fue delicioso, mientras que hoy en día, en cambio, es un lugar árido y muerto. Por ello la isla te parece tan diminuta y limitada. Sin embargo, si se hubieran escrito en eskuara tantos libros como se han escrito en francés o en cualquier otra lengua, también el eskuara sería una lengua rica y perfecta como ellas, y si no es así, son los mismos euskaldunes los que tienen la culpa, y no esta isla. BERNARDO ATXAGA: Obabakoak. Ejemplos de: Coordinadas: Pero el eskuara es único, y distinto de cualquier otra lengua. también el eskuara sería una lengua rica y perfecta como ellas, y son los mismos euskaldunes... Subordinadas sustantivas: me pareció que el Maestro aún quería decirme algo más Subordinada adjetiva: Todas las demás lenguas y lenguajes comunes que en el mundo son dejé aquellos pensamientos confusos que me rondaban por la cabeza Subordinadas adverbiales: si se hubieran escrito en eskuara tantos libros como se han escrito en francés [Al escuchar aquellas palabras] Proposición subordinada adverbial de tiempo NV
CD 71
[comprendí (yo)] Proposición principal NV
SO
[que aquella isla no era como la de Sardinia, o como la de Sicilia] Prop. subordinada sustantiva CD SN Suj
VC
Atrib
Atrib
[sino que estaba hecha de otra materia. (la isla)] Proposición coordinada adversativa VC
Atrib
SO
TEXTOS COMPLEMENTARIOS-PÁG. 94 Oraciones simples Te has despertado pronto. Es noviembre. Esta noche dormiste mal. Y ahora, aturdido, buscas en la mesilla de tu cuarto, a tientas, tabaco y fuego. Enciendes un cigarrillo, y miras el reloj. Hace frío en este hotel. El alba no llega todavía. Estás cansado. Llueve. Y aquí, en la oscuridad desapacible de este cuarto alquilado, muy a solas contigo mismo, piensas en tu vida. ELOY SÁNCHEZ ROSILLO: Autorretratos.
Oraciones compuestas Ahora mismo estoy escribiendo una oración compuesta que tendrá dos o tres subordinadas en función de lo que quiera decir o de lo que desee alargarme. Punto y seguido. Ahí está la oración, que ha quedado de este modo: «Ahora mismo estoy escribiendo una oración compuesta que tendrá dos o tres subordinadas en función de lo que quiera decir o de lo que desee alargarme». Para pronunciar o escribir una frase tan tonta es necesaria, sin embargo, una competencia lingüística notable. No somos conscientes de la cantidad de recursos gramaticales que utilizamos al cabo del día en la comunicación con nosotros mismos o con los demás. Para pedir a nuestros hijos que estudien o que no vuelvan tarde a casa el sábado por la noche, ponemos en pie todo un edificio verbal con más complejidades arquitectónicas y emocionales que un rascacielos. No sé mucho de fútbol, pero me parece que llevar el balón desde una portería a la contraria e introducirlo entre sus palos se parece mucho al proceso de construcción de una oración compleja. Cuanto más larga es la frase (o la jugada), más necesarias son las emociones y las reglas sintácticas. No basta con elegir bien los sustantivos y los adjetivos. Las conjunciones y las preposiciones, pese a su aparente modestia, son piezas tan esenciales como la rótula en la pierna o el codo en el brazo. Una oración bien construida es un cuerpo lleno de huesecillos gramaticales que el hablante no necesita conocer para que funcionen como Dios manda. Tampoco estamos pendientes de la concordancia, pero nadie, excepto un entrenador de fútbol extranjero, diría que «las jugador está enfada porque no cobraría el nómina de la mes». El problema del Real Madrid es que ha perdido competencia lingüística. Tiene excelentes sustantivos y adjetivos, sí, pero le faltan conjunciones y preposiciones, que es lo mismo que poseer una hermosa puerta con su quicio, pero carecer de bisagras para su articulación. Los jugadores del Madrid saben dar puntapiés, es decir, saben pronunciar palabras aisladas, pero no logran que los puntapiés de unos concuerden con los de los otros para hilar una frase. No necesitan un entrenador, necesitan un gramático y quizá un logopeda. JUAN JOSÉ MILLÁS: «Oraciones compuestas», en El País. 72
TEXTOS COMPLEMENTARIOS-PÁG. 95
A Elisa Para que los leas con tus ojos grises, para que los cantes con tu clara voz, para que llenen de emoción tu pecho, hice mis versos yo. Para que encuentren en tu pecho asilo y les des juventud, vida y calor, tres cosas que yo ya no puedo darles, hice mis versos yo. Para hacerte gozar con mi alegría, para que sufras tú con mi dolor, para que sientas palpitar mi vida, hice mis versos yo. Para poder poner ante tus plantas la ofrenda de mi vida y de mi amor, con alma, sueños rotos, risas, lágrimas, hice mis versos yo. GUSTAVO ADOLFO BÉCQUER: Rimas.
1. El primer texto es un poema escrito en segunda persona. ¿Por qué? ¿Por qué se utilizan las oraciones simples? ¿Qué efecto consiguen? Busca en el texto un ejemplo de oración impersonal, de oración copulativa, de oración transitiva, de CPred y de C de Rég. Vuelve a reescribir el texto en prosa utilizando oraciones compuestas. Porque el poeta se dirige a sí mismo como si se produjera un desdoblamiento de personalidad. Se utilizan oraciones simples porque se presentan pinceladas fugaces de lo que le sucede en un momento breve y preciso. De este modo consigue una sensación de desconcierto, soledad, abandono, desconexión con la realidad. Oración impersonal: Hace frío en este hotel. Llueve Oración copulativa: Estás cansado. CPred: buscas aturdido. C de Rég: piensas en tu vida. Te has despertado pronto. Es noviembre. Esta noche dormiste mal. Y ahora, aturdido, buscas en la mesilla de tu cuarto, a tientas, tabaco y fuego. Enciendes un cigarrillo, y miras el reloj. Hace frío en este hotel. El alba no llega todavía. Estás cansado. Llueve. Y aquí, en la oscuridad desapacible de este cuarto alquilado, muy a solas contigo mismo, piensas en tu vida.
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Es noviembre y te has despertado pronto porque esta noche dormiste mal. Ahora buscas aturdido en la mesilla de tu cuarto, a tientas, tabaco y fuego. Mientras enciendes un cigarrillo miras el reloj. Hace frío en este hotel y el alba no llega todavía. Estás cansado y además llueve y en la oscuridad desapacible de este cuarto alquilado, muy a solas contigo mismo, piensas en tu vida. 2. Escribe un resumen del segundo texto, titulado «Oraciones compuestas». ¿Entre qué asuntos hace una comparación Juan José Millás? ¿Existe realmente un paralelismo entre ambos asuntos? Analiza sintácticamente la siguiente oración del texto: No sé mucho de fútbol, pero me parece que llevar el balón desde una portería a la contraria e introducirlo entre sus palos se parece mucho al proceso de construcción de una oración compleja. Para construir estructuras sintácticas más complejas es necesario que los hablantes posean competencia lingüística aunque no sean conscientes necesariamente de los recursos lingüísticos empleados. Del mismo modo, para que un equipo de fútbol pueda llegar a enlazar una jugada de gol es necesario un proceso similar al de la construcción oracional. El Real Madrid tiene todos los elementos necesarios para construir jugadas (oraciones) pero carece de competencia para lograr enlazarlos correctamente. Juan José Millás compara la construcción de oraciones gramaticales con la elaboración de jugadas de fútbol. Se trata de un paralelismo curioso e irónico. El autor identifica los elementos gramaticales con los componentes de un equipo de fútbol. Pero siempre tiene que haber alguien con competencia (lingüística o futbolística) para unir esos elementos correctamente y con sentido. Indicamos cada una de las clases de proposiciones que contiene la oración y señalamos algunas funciones sintácticas más complejas: [No sé mucho de fútbol], Proposición principal C de Rég [pero me parece] Proposición coordinada adversativa CI [que se parece mucho al proceso de construcción de una oración compleja] Prop. Sub. sustantiva sujeto de parece C de Rég [llevar el balón desde una portería a la contraria] Prop. Sub. sustantiva sujeto de se parece CD CC CC [e introducirlo entre sus palos] Prop. Sustantiva sujeto coordinada copulativa. CD CC
3. ¿Cuál es la estructura sintáctica que se repite en el tercer texto? ¿Qué relación guarda con el contenido del poema? El poeta dedica este poema A Elisa y para ella escribe el poema. Todo el poema es una repetición de la proposición principal hice mis versos yo y de proposiciones subordinadas adverbiales finales: Para que los leas con tus ojos grises, para que los cantes con tu clara voz… La estructura sintáctica es, por tanto, fundamental para entender el contenido del poema. 4. Escribe tu opinión de forma argumentada sobre el siguiente tema: «¿Por qué es necesario estudiar gramática?». Respuesta libre.
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TEST DE EVALUACIÓN-PÁG. 97 1. La oración Ya es de día: a. Es copulativa y su sujeto es ya. b. Es impersonal y copulativa. c. Es impersonal y predicativa. 2. En la oración Esta chica os llamó presumidas: a. Presumidas es el CD y os el CI. b. Os es el CD y presumidas el CC de modo. c. Os es el CD y presumidas el CPred del CD. 3. Las oraciones Se admiten tarjetas de crédito y Se juraron amor eterno son: a. Pasiva refleja y recíproca. b. Impersonal y recíproca. c. Pasiva refleja y reflexiva. 4. La oración No es orgullosa, sino que es tímida, y le cuesta mostrar sus sentimientos: a. Contiene tres proposiciones coordinadas. b. Contiene tres proposiciones coordinadas y una subordinada sustantiva con función de sujeto. c. Contiene yuxtaposición, coordinación y subordinación. 5. En la oración Recuerda que te devolví el libro que me prestaste: a. Están incluidas dos proposiciones subordinadas sustantivas. b. Están incluidas una subordinada sustantiva con función de sujeto y una adjetiva. c. Están incluidas una subordinada sustantiva con función de CD y una adjetiva. 6. En la oración Tengo la certeza de que ganaremos: a. Aparece una subordinada sustantiva en función de CN. b. Aparece una subordinada adjetiva en función de CN. c. Aparece una subordinada adjetiva sustantivada en función de CN. 7. No sé cómo lo arreglaste y Lo arreglé como pude: a. Contienen una sustantiva CD y una adverbial de modo. b. Contienen una adjetiva sustantivada CD y una adverbial de modo. c. Contienen dos adverbiales de modo. 8. En la oración Si puedes, contesta a quienes te felicitaron: a. Aparecen dos subordinadas sustantivas. b. Aparece una subordinada adverbial condicional y una subordinada sustantiva CD. c. Aparece una subordinada adverbial condicional y una adjetiva sustantivada CD. 9. ¿En cuál de estas oraciones la conjunción que introduce una adverbial consecutiva? a. Los chicos son más altos ahora que antes. b. Estaba tan aburrido que se marchó. c. No me enfades que me conozco.
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UNIDAD 5: EL TEXTO. CARACTERÍSTICAS Y CLASES CUESTIONES INICIALES-PÁG. 99 1. ¿Podrías definir qué es un texto? ¿Y un párrafo? Un texto es una unidad lingüística superior a la oración cuyo fin es transmitir un mensaje completo y con un sentido unitario. 2. ¿Qué significa que la información progresa en un texto? La progresión de un texto consiste en la adición progresiva de informaciones a la idea principal del texto. 3. ¿Qué se entiende por recursos de cohesión? Los recursos de cohesión sirven para enlazar las diferentes unidades gramaticales y dar conexión a las ideas de que se compone el texto. 4. ¿En qué consiste la reiteración semántica? La reiteración semántica consiste en la repetición de elementos de carácter significativo: sinónimos y antónimos, campos semánticos y asociativos, significados connotativos, etc. 5. ¿Qué formas verbales se repiten en una narración? En una narración se repiten las formas verbales del pretérito perfecto simple de indicativo, del pretérito imperfecto y, en ocasiones, del presente con valor de pasado. 6. ¿Qué fórmula lingüística utilizarías para acabar un texto expositivo? Se podría acabar por medio de un ordenador del discurso que sugiera el cierre expositivo: para concluir, finalmente, por último. 7. ¿Qué sentido aporta a un enunciado la expresión increíblemente? Increíblemente es un modificador del enunciado que aclara la actitud del hablante acerca del contenido del enunciado. En este caso, sorpresa, énfasis expresivo. 8. ¿Qué expresan los conectores por el contrario, en cambio y sin embargo? Los conectores por el contrario, en cambio y sin embargo indican una relación de contraste entre dos ideas.
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 103 1. Ordena el siguiente poema de Manuel Machado titulado Alfa y omega. ¿Cuál es el tema? ¿Aparece explícito en una oración temática? ¿Qué forma de progresión se emplea? ¿Qué modo de desarrollo utiliza? ¿Cuál es su estructura? ¿Qué relación guardan la estructura externa y la interna? ¿Por qué es fundamental conocer la estructura del texto para ordenar su contenido? Cabe la vida entera en un soneto empezado con lánguido descuido, y, apenas iniciado, ha transcurrido la infancia, imagen del primer cuarteto. 76
Llega la juventud con el secreto de la vida, que pasa inadvertido, y que se va también, que ya se ha ido antes de entrar en el primer terceto. Maduros a mirar a ayer tornamos añorantes y, ansiosos, a mañana, y así el primer terceto malgastamos. Y, cuando en el terceto último entramos, es para ver con experiencia vana que se acabó el soneto… Y que nos vamos. El tema del texto es la vida y sus distintas etapas, y aparece explícito en el primer verso del poema: Cabe la vida entera en un soneto. El texto progresa manteniendo el mismo tema, la fugacidad de la vida, pero añadiendo distintas informaciones: la infancia, la juventud, la madurez y la muerte. El modo de desarrollo se realiza por analogía entre las fases de la vida y las partes de un soneto: el primer cuarteto es el inicio de la vida y la infancia; el segundo cuarteto es la juventud; el primer terceto es la madurez; y el último terceto es el final de la vida. Por tanto, se produce una estrecha relación entre la estructura externa (partes del soneto) y la interna (fases de la vida). Si el poema aparece desordenado, el contenido carece de sentido. Al estar organizado de este modo, adquiere unidad de sentido y progresa la información de forma coherente. 2. ¿Qué forma de desarrollo se emplea en cada uno de los siguientes párrafos? Justifica tu respuesta. ¿Cuál es el tema en cada uno de ellos? España es un Estado de Europa meridional, que comprende una parte continental, en la península Ibérica, y otra insular constituida por los archipiélagos de las Baleares y de las Canarias. La España peninsular limita al N. con Francia, Andorra y el mar Cantábrico; al E. con el mar Mediterráneo; al S. con este mismo mar, el estrecho de Gibraltar y el océano Atlántico y al O. con este último océano y con Portugal. Diccionario Enciclopédico Espasa. Lo que quiero decir es que ciertas cosas uno puede aprenderlas o no, a voluntad. Como nadie es capaz de saberlo todo, no hay más remedio que elegir y aceptar con humildad lo mucho que ignoramos. Se puede vivir sin saber astrofísica, ni ebanistería, ni fútbol, incluso sin saber leer y escribir: se vive peor, si quieres, pero se vive. Ahora bien, otras cosas hay que saberlas porque en ello, como suele decirse, nos va la vida. Es preciso estar enterado, por ejemplo, de que saltar desde el balcón de un sexto piso no es cosa buena para la salud; o de que una dieta de clavos (¡con perdón de los fakires!) y ácido prúsico no permite llegar a viejo. FERNANDO SAVATER: Ética para Amador. Las constituciones se ajustan a dos tipos principales. Unas son productos naturales asimétricos y constan de un conjunto de determinados decretos o estipulaciones de fechas diferentes y posiblemente de varia procedencia, entremezclado todo con reglas consuetudinarias, pero que, en la práctica, son consideradas como de igual autoridad. Otras son obras de un arte consciente, el producto de un esfuerzo deliberado del Estado que establece de una vez para siempre un cuerpo de provisiones coherentes, de acuerdo con las cuales su gobierno se ha de establecer y regir. JAMES BRYCE: Constituciones flexibles y rígidas.
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El otro día apareció el Tema. Había estado allí pero nadie podía verlo, ni siquiera el autor. Llevaba mucho tiempo intentando atrapar una historia. Tenía personajes deambulando como espíritus errantes en busca de su identidad. Tenía datos y anécdotas, y hasta un final infeliz. Pero nada tenía sentido. Hasta que un día llegó el Tema, sin avisar y de repente. Y la historia comenzó a tomar forma. Los personajes ocuparon sus puestos. El hilo argumental estaba enhebrado, la voz narrativa carraspeó y por fin la batuta estilográfica arrancó. ROSA DELGADO: El Tema. -
El primer texto se desarrolla por medio de la definición de España, explicando de un modo general su ubicación. Para ello enumera sus límites geográficos.
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El segundo texto se desarrolla por medio de ejemplos que aclaran la idea principal: el ser humano no puede conocer todo pero hay cosas cuyo conocimiento resulta indispensable para vivir.
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El tercer texto se desarrolla por contraste ya que opone los dos tipos principales de constituciones.
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El cuarto texto basa su forma de desarrollo en la sucesión de anécdotas pues cuenta un conjunto de acciones que conforman una acción: el modo en que llegó el Tema a la inspiración del escritor. Su aparición permitió que todos los elementos narrativos adquiriesen vida: datos, personajes, hilo argumental, etc.
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 104 3. ¿Cuál es el tema del siguiente texto? Explica el contenido de cada uno de los párrafos y di cuál es la función que desempeñan en el texto. ¿Qué forma de progresión temática se utiliza? ¿Qué modos de desarrollo se emplean? Año internacional de la tolerancia. Es fácil aplaudir la tolerancia, más difícil practicarla y todavía más difícil explicarla. En castellano, tolerar es soportar. ¿Se debe tolerar lo bueno? No. Lo bueno debe aplaudirse, estimularse. ¿Se debe tolerar lo malo? Tampoco. Lo malo hay que combatirlo. Entonces, ¿qué se debe tolerar? Históricamente «tolerancia» fue un concepto acuñado para combatir la intolerancia, y sus maldades. Como todos los conceptos negativos resulta borroso. Propongo una definición objetiva, casi ingenieril de la tolerancia: «Tolerancia es el margen de variación que una solución admite sin dejar de ser solución». Hay problemas que admiten poca tolerancia, por ejemplo, los matemáticos, o los que afectan a la dignidad humana. Otros, como los planteados por la convivencia, exigen amplios márgenes. El intolerante afirma que solo hay una solución para cada problema, la que él posee, que esa solución no admite ninguna flexibilidad, y que está dispuesto a imponerla si puede. Tolerante inteligente es el que conoce y justifica el margen de tolerancia de cada solución. Sabe que para resolver el problema del tráfico hay que ser intolerante con los que desprecian las señales, pero tolerante con el atuendo de los conductores. Tolerante necio es el que piensa que todas las soluciones tienen un margen infinito de tolerancia. Acaba conduciendo por dirección prohibida y atropellando a un peatón. JOSÉ A. MARINA: «El tole tole de la tolerancia», ABC Cultural.
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El tema del texto es el concepto de tolerancia y las diferentes formas de comportamiento tolerante e intolerante. -
El primer párrafo sirve para indicar cuál es el tema sobre el que se va a hablar: el concepto de tolerancia. Ya al inicio plantea la dificultad para ser precisos en el empleo del término.
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En el segundo párrafo propone una definición del concepto y pone un ejemplo para entender mejor esa definición.
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En el tercer párrafo argumenta acerca del concepto por medio de la conducta del intolerante.
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En el cuarto párrafo el argumento se basa en la actitud que adopta el tolerante inteligente. Para ello introduce un ejemplo relacionado con la actitud adoptada en la conducción de vehículos.
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En el último párrafo, acaba la argumentación incluyendo un nuevo tipo de individuo, el tolerante necio, y justifica su pensamiento con la actitud adoptada por esta clase de individuo en el mismo ejemplo señalado en el párrafo anterior: la forma de conducir.
El texto progresa manteniendo un tema constante al que se le añaden nuevas informaciones y el modo de desarrollo se basa en la definición, en la comparación y en la ejemplificación: definición de tolerancia, comparación entre intolerante, tolerante inteligente y tolerante necio, y ejemplificación con el conductor de un vehículo. 4. En el siguiente texto de Cinco horas con Mario, se presenta el monólogo que mantiene la protagonista de la novela, Carmen, mientras vela el cuerpo de su marido fallecido, Mario. ¿Presenta una estructura coherente? ¿Por qué? Justifica tu respuesta con ejemplos del propio texto. ¿Qué pretende el autor al presentar de esta manera lo expresado por la protagonista? ... aunque reconoce, Mario, que si en vez de emplear tanto tiempo en esos librotes absurdos, te hubieras dedicado a algo más provechoso, un Banco por ejemplo, cualquier cosa, otro gallo nos cantara. Porque se dice pronto, hijo mío, las horas muertas que te has pasado en este despacho, dale que te pego, es que ni a hacer pis, y total, ¿para qué? Muy sencillo, para hacernos ver que los paletos viven sin ascensor, que hay que hacer a los locos un Manicomio nuevo, que todos los hombres deben partir de cero, que tú sabrás lo que quieres decir con eso, y que hay que cortar de arriba y añadir de abajo. Bueno, ya está, ¿y para eso tantos años, como yo digo? Se necesita ser tonto de capirote, hijo mío, no me digas, que una cosa que llevo muy a mal es que me vieses a mí reventada, todo el día de coronilla, y tú sentadote en tu despacho, o charlando y fumando con tus amigos, que hay que ver qué humaredas, Santo Dios, que, en cuanto os ibais, dos horas ventilando. Te digo que cuando caíste malo, los nervios o lo que fuera, descansé, alabado sea Dios, cada uno a su casa y todos tranquilos, ¡qué a gusto me quedé! Y otro tanto con las comidas, cariño, que ni agradecido ni pagado, porque ¿me puedes decir, zascandil, de qué me servía contigo pasarme toda la santa mañana en la cocina? Para ti el caso es engullir, como los pavos, que nunca miraste lo que comías, calamidad, que no sé si por gula o qué, pero bien poco te lucía... MIGUEL DELIBES: Cinco horas con Mario. El texto representa los pensamientos expresados en voz alta por la protagonista a modo de monólogo. Pero los pensamientos son expresados tal y como le fluyen por su mente: de un modo desordenado y, en algunos casos, con cierta incoherencia. Al inicio del texto está hablando de la afición de su marido a los libros y termina contando su forma de comer. Entre medias, expresa su rechazo al tipo de vida que llevaba en el despacho, con los amigos, respecto a ella. El texto presenta una sucesión un tanto desordenada de reproches por parte de la protagonista a su marido fallecido. Estos reproches le salen de un modo inconexo e irreflexivo, tal y como le vienen al pensamiento, y este hecho provoca un discurso incoherente en su organización y, en cierta medida, en su desarrollo. 79
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 108 1. Explica cuál es el tema del siguiente poema, cómo se estructura, y responde después a las preguntas que se formulan.
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La princesa está triste... ¿Qué tendrá la princesa? Los suspiros se escapan de su boca de fresa, que ha perdido la risa, que ha perdido el color. La princesa está pálida en su silla de oro, está mudo el teclado de su clave sonoro; y en un vaso olvidada se desmaya una flor.
El jardín puebla el triunfo de los pavos-reales. Parlanchina, la dueña dice cosas banales, y, vestido de rojo, piruetea el bufón. 10 La princesa no ríe, la princesa no siente; la princesa persigue por el cielo de Oriente la libélula vaga de una vaga ilusión. ¿Piensa acaso en el príncipe de Golconda o de China, o en el que ha detenido su carroza argentina 15 para ver de sus ojos la dulzura de luz? ¿O en el rey de las Islas de las Rosas fragantes, o en el que es soberano de los claros diamantes, o en el dueño orgulloso de las perlas de Ormuz? ¡Ay! La pobre princesa de la boca de rosa 20 quiere ser golondrina, quiere ser mariposa, tener alas ligeras, bajo el cielo volar, ir al sol por la escala luminosa de un rayo, saludar a los lirios con los versos de mayo, o perderse en el viento sobre el trueno del mar. 25 Ya no quiere el palacio, ni la rueca de plata, ni el halcón encantado, ni el bufón escarlata, ni los cisnes unánimes en el lago de azur. Y están tristes las flores por la flor de la corte; los jazmines de Oriente, los nelumbos del Norte, 30 de Occidente las dalias y las rosas del Sur. RUBÉN DARÍO: Prosas profanas.
Tema: la tristeza de una princesa que sueña con enamorarse. En las dos primeras estrofas se describe el estado de ánimo de la princesa y se presenta el lugar en el que se encuentra; en la tercera estrofa se pregunta de un modo retórico en qué piensa la princesa; en las dos últimas estrofas se explica lo que quiere y lo que no desea la princesa. a) Realiza un análisis métrico del poema. ¿Cómo es su ritmo? Señala otros procedimientos de reiteración fónica (modalidades enunciativas y aliteraciones). Las estrofas del poema se componen de seis versos alejandrinos (14 sílabas) divididas por una cesura en dos hemistiquios (7 + 7). Existe rima consonante y se organiza del siguiente modo: AABCCB. Para conseguir la musicalidad, Rubén Darío utiliza los siguientes recursos: el uso de pausas dentro del verso, los ritmos acentuales (3ª y 6ª-3ª y 6ª), la combinación de rimas llanas, esdrújulas y agudas, las repeticiones de palabras, partes de oraciones o versos enteros, la alternancia de oraciones con distinta entonación (afirmativas, interrogativas y exclamativas) y el empleo de recursos fónicos como onomatopeyas (está mudo el teclado de su clave sonoro) y aliteraciones (la libélula vaga de una vaga ilusión). 80
b) ¿Qué palabra se repite a lo largo del poema? ¿Por qué se repite esa expresión? Indica otras reiteraciones léxicas y semánticas (especialmente campos semánticos y significados connotativos). Se repite la palabra princesa y en torno a su situación y a su estado de ánimo gira el contenido del poema. De ahí que se repitan palabras que sugieren tristeza (suspiros, pálida, desmaya), la repetición del adverbio no para contraponer lo que ya no hace la princesa (no ríe, no siente, no quiere), la repetición de palabras referidas al ámbito palaciego (oro, clave, bufón, pavos-reales, carroza, diamantes, palacio, plata, halcón, cisnes, lago), palabras referidas al campo semántico de las flores (lirios, jazmines, nelumbos, dalias, rosas), los puntos cardinales (Oriente, Norte, Occidente, Sur) o los referidos a la naturaleza y a los fenómenos naturales (luz, sol, cielo, rayo, viento, trueno, mar). c) Señala algunos ejemplos de reiteración morfosintáctica: categorías gramaticales, sintagmas y estructuras oracionales. Indica algunos paralelismos utilizados en el poema. Anáfora: la princesa (versos 1, 4, 10, 11), o (versos 16, 17, 18). Paralelismo: versos 10 (La princesa no ríe, la princesa no siente), verso 20 (quiere ser golondrina, quiere ser mariposa), versos 26 y 29. Epanadiplosis: verso 1 (La princesa está triste… ¿Qué tendrá la princesa?). Quiasmo: verso 30 (de Occidente las dalias y las rosas del Sur). d) ¿Qué efectos pretende transmitir el autor con este desarrollo basado en la reiteración? Ya con el título el poeta sugiere que más que un poema se trata de una composición musical. La musicalidad y la sonoridad son evidentes y se consiguen principalmente por medio de estos recursos de repetición. 2. Imitando el ejemplo, emplea sustituciones por nominalización en los siguientes enunciados, de modo que sirvan como titulares periodísticos. • • • • •
La selección española ganó de nuevo. = Nueva victoria de la selección española. Van a abrir próximamente un centro comercial en la localidad. = Próxima apertura de… Los vecinos se quejan reiteradamente por el ruido de los locales nocturnos. = Continuas quejas de los vecinos… Un barco se hundió y provocó un grave desastre ecológico. = Desastre ecológico por el hundimiento… El famoso ladrón de joyas de Aluche fue condenado a cinco años de cárcel. = Condena de cinco años para el famoso ladrón…
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 109 3. Modifica las expresiones subrayadas empleando un elemento de sustitución (léxico, pronominal o adverbial) o una elipsis que evite la repetición innecesaria. Explica qué procedimiento has utilizado en cada caso. • • • • • •
Álvaro y Eva fueron a un parque próximo. Allí, ella le contó toda la verdad. Deixis y sustitución pronominal. La obra que hemos leído tiene un planteamiento, un desarrollo y un desenlace. Elipsis oracional. El dromedario es un mamífero rumiante. Este animal se caracteriza por tener una giba en el dorso. Su piel es dura y de color pardo. Sustitución léxica y pronominal. Cuando acabé de montar el mueble, comprendí que su montaje no era tan difícil. sustitución nominal. A las diez llamé a Pablo a su casa y no estaba allí. Elipsis y deixis. Belén hoy se encuentra alegre y optimista. Ayer no lo estaba. Sustitución pronominal. 81
4. Analiza la coherencia en el siguiente relato y señala los recursos de cohesión que encuentres. Indica, sobre todo, los recursos de sustitución. Aquí todo va de mal en peor. La semana pasada se murió mi tía Jacinta, y el sábado, cuando ya la habíamos enterrado y comenzaba a bajársenos la tristeza, comenzó a llover como nunca. A mi papá eso le dio coraje, porque toda la cosecha de cebada estaba asoleándose en el solar. Y el aguacero llegó de repente, en grandes olas de agua, sin darnos tiempo siquiera a esconder aunque fuera un manojo; lo único que pudimos hacer todos los de mi casa, fue estarnos arrimados debajo del tejabán, viendo cómo el agua fría que caía del cielo quemaba aquella cebada amarilla tan recién cortada. Y apenas ayer, cuando mi hermana Tacha acababa de cumplir doce años, supimos que la vaca que mi papá le regaló el día de su santo se la había llevado el río. JUAN RULFO: El llano en llamas. El primer enunciado resulta fundamental para establecer la coherencia del texto pues nos sitúa en un momento, en un lugar y en un tema: el cúmulo de desgracias. Aparece inicialmente el deíctico Aquí, que nos indica el lugar y el momento. Todo va a cumplir una función catafórica pues anticipa el conjunto de sucesos que va a relatar posteriormente. El verbo va, en presente de indicativo, señala el valor durativo de las acciones ocurridas hasta el momento presente. Y la locución adverbial de mal en peor indica el conjunto de desgracias. A partir de esa afirmación, las marcas temporales que van desde los sucesos más lejanos a los más cercanos actúan como principales elementos de cohesión: la semana pasada, el sábado, apenas ayer. Además, la función de los pronombres y determinantes posesivos de primera persona son fundamentales por el valor afectivo de la voz narrativa: mi tía, mi papá, mi casa, mi hermana. Las sustituciones pronominales son muy importantes como recurso de cohesión: bajársenos, estarnos, se la había llevado. Los verbos también actúan como recurso de cohesión, pues se emplean formas perfectivas que indican acciones ocurridas en el pasado: murió, comenzó a llover, dio, llegó, pudimos hacer, supimos, habíamos enterrado, se la había llevado, regaló. Por último, las repeticiones semánticas basadas en los campos significativos referidos a la vida rural (cosecha, cebada, manojo), a la tristeza (mal, peor, tristeza) y a los fenómenos atmosféricos que se suman a las desgracias (llover, aguacero, olas de agua, agua fría), contribuyen a dotar de coherencia al texto. 5. Explica el sentido que aportan los modificadores del enunciado en los siguientes ejemplos: •
Desde un punto de vista jurídico, hay diferentes interpretaciones posibles. Desde un punto de vista jurídico indica perspectiva, punto de vista desde el que se plantea el enunciado.
•
En teoría, todo ser humano es sujeto de derechos. Lamentablemente, la realidad no es así. En teoría indica perspectiva, punto de vista desde el que se plantea el enunciado. Lamentablemente expresa la actitud del hablante acerca del contenido.
•
Con toda seguridad, los jóvenes de hoy reciben más información que nuestros antepasados. Con toda seguridad muestra la actitud del hablante (afirmación).
•
Según algunos videntes y futurólogos, el mundo se acabaría con la llegada del siglo XXI. Según indica el punto de vista.
•
Por lo que respecta a ese comentario, el presidente demuestra escaso interés por este asunto. Por lo que respecta a explica el tema del enunciado.
•
Antiguamente, el desconocimiento del entorno originaba explicaciones míticas y legendarias. Antiguamente señala el marco temporal en que se sitúa la información del enunciado. 82
6. Indica qué clase de organizadores textuales y de conectores están incluidos en los siguientes enunciados. •
A continuación, explicaremos las distintas teorías que existen al respecto. Organizador textual de continuidad.
•
Antes mezclamos los diferentes productos. Después los pondremos a calentar a fuego lento. Antes-después son conectores temporales.
•
Una población es un conjunto de seres vivos del mismo tipo que viven en una zona determinada. En cambio, una comunidad es un conjunto de poblaciones de seres vivos que viven en una zona. En cambio es un conector que expresa contraste de ideas.
•
Para empezar, debemos precisar el asunto que vamos a abordar. Organizador de inicio de texto.
•
Las relaciones humanas se basan en el establecimiento de derechos y deberes. Por esta razón la reclamación de nuestros derechos implica el cumplimiento de nuestras obligaciones. Por esta razón es un conector de causa.
•
No existe la posibilidad de establecer una reflexión lógica sobre la realidad exterior sin un lenguaje articulado; es decir, no es posible el pensamiento sin lenguaje. Es decir es un conector de explicación de un concepto.
•
Finalmente, no se debe olvidar el esfuerzo realizado por los voluntarios. Organizador de cierre.
•
Las palabras derivadas se forman por la adición de sufijos. Asimismo, por medio de prefijos pueden formarse nuevos términos derivados. Asimismo es un conector de adición, se añade nueva información.
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 110 7. Busca los marcadores textuales que aparecen en los siguientes fragmentos e indica a qué clase pertenece cada uno de ellos. En el momento actual, nuestras escuelas están dominadas por dos corrientes aparentemente contrarias, pero de acción igualmente destructiva, y cuyos resultados confluyen, en definitiva: por un lado, la tendencia a ampliar y a difundir lo más posible la cultura, y, por otro lado, la tendencia a restringir y a debilitar la misma cultura. Por diversas razones, la cultura debe extenderse al círculo más amplio posible; esto es lo que exige la primera tendencia. En cambio, la segunda exige a la propia cultura que abandone sus pretensiones más altas, más nobles y más sublimes, y se ponga al servicio de otra forma de vida cualquiera, por ejemplo, el Estado. NIETZSCHE: Sobre el porvenir de nuestras escuelas. En fin, hijo, yo deseo exhortarte a que emplees tu mocedad en la mejora de tus estudios y virtudes. En París estás y por preceptor a Epistemón tienes. La ciudad, con vivas y vocales instrucciones, y él con loables ejemplos, pueden adoctrinarte bien. Deseo y ordeno que aprendas bien los idiomas. Primero, el griego, como manda Quintiliano; en segundo lugar, el latín; y después el hebreo, para descifrar las sagradas escrituras, y también el caldeo y el árabe. Forma tu estilo, en lo concerniente al griego, a imitación de Platón; en lo tocante al latín, a la de Cicerón. RABELAIS: Gargantúa y Pantagruel.
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Desde un punto de vista humano, lo perfecto en una sociedad sería que supiese defender los intereses generales y, al mismo tiempo, comprender lo individual; es decir, que diera al individuo las ventajas del trabajo en común y la libertad más absoluta y, además, que multiplicara su labor y le permitiera el aislamiento. PÍO BAROJA: César o nada. En el experimento se aplica, primeramente, a los árboles una fuerza a escala de sus proporciones. A continuación, se perturba la corriente de aire para simular las ráfagas y remolinos que destruyen los bosques. Unos sensores colocados en la base de la plantación simulada registran los esfuerzos por el bamboleo de los árboles de plástico. Finalmente, la información así obtenida pasa a un ordenador. Familia dos mil. -
Texto 1: en el momento actual (modificador temporal); en definitiva (modificador que muestra el punto de vista); por un lado (organizador de enumeración); por otro lado (organizador de enumeración); por diversas razones (conector de causa); en cambio (conector de contraste); por ejemplo (conector de ejemplificación).
-
Texto 2: en fin (organizador de cierre); primero (organizador de enumeración); en segundo lugar (organizador de enumeración); después (organizador de enumeración); también (conector de adición); en lo concerniente a (modificador explicativo del tema); en lo tocante a (modificador explicativo del tema).
-
Texto 3: desde un punto de vista (modificador que muestra el punto de vista); al mismo tiempo (conector de tiempo); es decir (conector explicativo); y, además (conectores de adición).
-
Texto 4: primeramente (organizador de inicio); a continuación (organizador de continuidad); finalmente (organizador de cierre).
8. Relaciona los enunciados de la izquierda con los de derecha utilizando adecuadamente los conectores que aparecen a continuación. Indica después qué clase de relación se establece entre los enunciados: por el contrario, más adelante, más aún, por lo tanto, de modo que, esto es. • • • • • •
El Gobierno dice que la situación ha mejorado. Es un abogado de oficio. La crisis económica nos ha obligado a aprender un nuevo modelo de consumo. Sus investigaciones han sido ignoradas por la comunidad científica. Los medios de comunicación condicionan el pensamiento del receptor. Los precios continúan su tendencia alcista.
• • • • • •
Se espera que el BCE baje el tipo de interés. Se pasa todo el día en los juzgados. Dirigen la información para generar un estado de opinión. Hemos aprendido a limitar la necesidad real de los productos de consumo. Se reconocerá el gran valor que aportaron sus trabajos en el campo de la biogenética. Los sindicatos consideran que ha empeorado.
-
El gobierno dice que la situación ha mejorado; por el contrario, los sindicatos consideran que ha empeorado.
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Es un abogado de oficio. De modo que se pasa todo el día en los juzgados.
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La crisis económica nos ha obligado a aprender un nuevo modelo de consumo; esto es, hemos aprendido a limitar la necesidad real de los productos de consumo. 84
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El uso del euro ha obligado a aprender un nuevo lenguaje económico; esto es, ha sido necesario replantear el modo en que se establece el valor de los productos de consumo.
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Sus investigaciones han sido ignoradas por la comunidad científica. Más adelante se reconocerá el gran valor que aportaron sus trabajos en el campo de la biogenética.
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Los medios de comunicación condicionan el pensamiento del receptor. Más aún, manipulan la información para generar un estado de opinión.
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Los precios continúan su tendencia alcista. Por lo tanto, se espera que el BCE baje el tipo de interés.
ACTIVIDADES PROPUESTAS -PÁG. 113 1. Clasifica según los distintos criterios las modalidades de los textos que aparecen a continuación e indica sus rasgos lingüísticos. Señala los marcadores textuales que se incluyen. El dolor lumbar es un síntoma que puede traducir distintas afecciones lumbares. Parte del misterio del dolor de espalda deriva del desafío diagnóstico que supone desentrañar su origen dentro de un sistema mecánico y bioquímico con muchos componentes, cualquiera de los cuales puede resentirse. Podrían intervenir, por ejemplo, las lesiones musculares y ligamentosas, lo mismo que la artritis de articulaciones compuestas y discos intercalares. Podría causarlo también la herniación de un disco, esto es, la protrusión del material acolchado interno, si irrita una raíz nerviosa adyacente. El pinzamiento de un nervio puede, a su vez, deberse a una estenosis, es decir, un estrechamiento del canal espinal; y la estenosis suele ir asociada a envejecimiento y desgaste de discos, articulaciones planas y ligamentos del canal espinal. RICHARD A. DEYO: «El dolor lumbar», Investigación y ciencia. Es incalculable el número de ingenios arrebatados a las artes españolas por las guerras y la colonización; y la pérdida fue doble, puesto que se perdió todo lo que no crearon y la influencia que pudieron ejercer sobre los que quedaban. Yo no hallo gran diferencia entre la muerte y la vida, pues creo que lo que realmente vive son las ideas; pero también ha de vivir el individuo que es el creador de las ideas, y la especie, en cuanto necesaria para servir de asilo a las ideas. Así, por tanto, no doy importancia a la muerte, ni menos a la forma en que nos asalta; lo que me entristece es que se queden en el cuerpo muerto las creaciones presentes o futuras del espíritu. ÁNGEL GANIVET: Idearium español. Desde aquel instante yo me enamoré perdidamente de ella. Durante aquellas tediosas tardes invernales en las que la lluvia, como una espesa cortina, se deslizaba constantemente por los cristales de las ventanas, ella y yo llegábamos a una extraña forma de comunicación. Ella me guiñaba primero sus grandes ojos, después me hacía señas seductoras, a continuación yo le escribía cartas apasionadas que, cuando nadie nos veía, depositaba con disimulo ante su mirada. JAVIER BARQUÍN: «Egonil» y otros relatos. -
Texto 1. Al tratarse de un texto expositivo, lo importante es que la explicación sea clara y precisa. Por esta razón, predominan los conectores explicativos y de ejemplificación: por ejemplo, esto es, es decir. Aparecen también conectores de adición: y, también, a su vez.
-
Texto 2. Al tratarse de un texto argumentativo, el autor pretende razonar su pensamiento. De ahí que aparezcan conectores de contraste (pero) y de causa-efecto (puesto que, pues, por tanto).
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Texto 3. Al ser un texto narrativo, se cuentan unos sucesos que acontecen en un orden cronológico. Por este motivo, aparecen conectores temporales (desde, durante) y ordenadores de las acciones (primero, después, a continuación).
2. El siguiente texto pertenece a un anuncio publicitario. ¿Qué finalidad comunicativa tiene? ¿Qué forma de elocución emplea? Explica sus principales características lingüísticas.
Los textos publicitarios tienen como finalidad comunicativa persuadir al receptor para que se convierta en consumidor del producto que se anuncia. Para convencer al receptor, el anuncio utiliza como forma de elocución la argumentación. Todos los enunciados presentados son argumentos de uno u otro tipo que quieren convencer al receptor de que: los problemas de piel tienen solución con ese producto, que es barato, que está comprobado por médicos especializados, que está creado con alta tecnología, que se adapta a las diferentes circunstancias, que no produce alergia y que apenas ocupa espacio. Entre los rasgos lingüísticos destacan: el uso de adjetivos de carácter valorativo (buena piel, sana y luminosa, suave y radiante, famosa), el uso de oraciones enunciativas e interrogativas (¿Por qué no una buena piel?), aparición de oraciones compuestas y abundantes recursos de repetición léxicos y semánticos (piel, buena, sana, necesidades).
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TEXTOS COMPLEMENTARIOS-PÁG. 114 Guía para el uso de burócratas principiantes El Código universal del discurso político-burocrático sorprendentemente ha sido publicado por Zycie Warzawy, la revista de Varsovia, el gran periódico gubernamental de la capital polaca. Una broma estudiantil, que desmonta los mecanismos del farragoso lenguaje oficial. El modo de empleo es simple. Se empieza por la primera casilla de la primera columna, después se pasa a cualquier otra casilla de la columna II, después a la III y después a la IV, siguiendo luego por cualquier otra casilla de la primera columna y continuando así, de columna en columna, sin importar el orden. 10 000 combinaciones para un discurso fluido de 40 horas:
I
II
III
IV
Queridos colegas
la realización de los deberes del programa
nos obliga al análisis
de las condiciones financieras y administrativas existentes
Por otra parte
la complejidad de los estudios de los dirigentes
cumple un rol esencial en la formación
de las directivas de desarrollo para el futuro
Asimismo el aumento constante, en cantidad y en
extensión de nuestra actividad
exige la precisión y la determinación
del sistema de participación general
Sin embargo no olvidemos que
la estructura actual de la organización
ayuda a la preparación y a la realización
de las actitudes de los miembros de las organizaciones hacia sus deberes
De igual manera
el nuevo modelo de la actividad de la organización
garantiza la participación de un grupo importante en la formación
de las nuevas proposiciones
La práctica de la vida cotidiana prueba que
el desarrollo continuo de distintas formas de actividad
cumple deberes importantes en la determinación
de las direcciones educativas en el sentido del progreso
No es indispensable argumentar el peso y la significación de estos problemas ya que
la garantía constante, nuestra actividad de información y de propaganda
facilita la creación
del sistema de formación de cuadros que corresponda a las necesidades
Las experiencias ricas y diversas
el reforzamiento y desarrollo de las estructuras
obstaculiza la apreciación de la importancia
de las condiciones de las actividades apropiadas Revista El viejo topo.
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TEXTOS COMPLEMENTARIOS-PÁG. 115 Por escrito gallina una Con lo que pasa es nosotras exaltante. Rápidamente del posesionadas mundo estamos hurra. Era un inofensivo aparentemente cohete lanzado Cañaveral americanos Cabo por los desde. Razones se desconocidas por órbita de la desvió, y probablemente algo al rozar invisible la tierra devolvió a. Cresta nos cayó en la paf, y mutación golpe entramos de. Rápidamente la multiplicar aprendiendo de tabla estamos, dotadas muy literatura para la somos de historia, química menos un poco, desastre ahora hasta deportes, no importa pero: de será gallinas cosmos el, carajo qué. JULIO CORTÁZAR: La vuelta al día en ochenta mundos.
Zipper Sonnet de arriba abajo o bien de abajo arriba este camino lleva hacia sí mismo simulacro de cima ante el abismo árbol que se levanta o se derriba quien en la alterna imagen lo conciba será el poeta de este paroxismo en un amanecer de cataclismo náufrago que a la arena al fin arriba vanamente eludiendo su reflejo antagonista de la simetría para llegar hasta el dorado gajo visionario amarrándose a un espejo obstinado hacedor de la poesía de abajo arriba o bien de arriba abajo JULIO CORTÁZAR: Último round.
1. En el primer texto se incluye una tabla para oradores que quieran decir un discurso. ¿Por qué se trata de expresiones incoherentes? ¿Tienen cohesión? ¿Qué clase de expresiones aparecen en la primera columna? ¿Por qué son importantes en la secuencia del discurso? Son expresiones incoherentes porque se trata de expresiones vacías de contenido y con ausencia de un tema central. Estas expresiones sí tienen cohesión porque respetan las normas gramaticales, pero la cohesión no garantiza la coherencia. Muchas de las expresiones de la primera columna son marcadores textuales. Son importantes en la secuencia del discurso porque establecen el tipo de relación existente entre los distintos enunciados. 2. En el segundo texto, Julio Cortázar descoloca el orden oracional de las palabras. ¿Por qué? ¿Quién está expresándose? ¿Qué problemas de cohesión se producen en el texto? El desorden oracional se produce porque el autor quiere provocar un efecto humorístico al ser una gallina quien se expresa. Las dificultades que aún tienen las «gallinas mutantes» para expresarse correctamente provocan los problemas de cohesión basados fundamentalmente por el desorden de los elementos oracionales.
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3. El texto tercero, también de Cortázar, es difícil de leer y de entender. ¿Por qué? ¿Es posible leerlo de abajo arriba? ¿Por qué podemos interpretarlo como un juego? ¿Qué simbología adquiere el poema? La dificultad se produce por la utilización de un léxico metafórico y abstracto y porque el autor intenta que los versos puedan leerse de arriba abajo o de abajo arriba. Esta doble lectura es posible porque cada verso tiene sentido unitario y la estructura se basa en la suma de aposiciones metafóricas. Podemos considerarlo un juego literario al estilo de los palíndromos (frases que se pueden leer al derecho o al revés con el mismo resultado) pero de carácter simbólico al crear una estructura circular y al revelar el carácter convencional de la lectura. 4. Escribe tu opinión de forma argumentada sobre el siguiente tema: «Del pensamiento al papel: dificultades para expresar por escrito opiniones e ideas». Respuesta libre.
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TEST DE EVALUACIÓN-PÁG. 117 1. El tema de un texto es: a. La idea principal de un texto. b. La suma de la idea principal y las secundarias. c. La oración más importante del texto. 2. La expresión Mañana iremos a la playa porque tú eres alto: a. No es coherente porque existe falta de concordancia. b. No tiene cohesión porque expresa una relación de causalidad falsa. c. Es incoherente porque carece de sentido lógico. 3. ¿Qué clase de reiteración se produce en Yo estoy, tú estás / y ella está y él también? a. Reiteración léxica porque se repiten significados. b. Reiteración morfosintáctica porque se repiten categorías gramaticales y esquemas sintácticos. c. Reiteración fónica porque son dos versos. 4. En la expresión Dáselo: a. Se produce una elipsis nominal porque se suprimen sintagmas nominales. b. Se produce una sustitución pronominal del CD y del CI. c. Se produce una elipsis porque se suprimen el CD y el CI. 5. El marcador textual En aquella época es: a. Un modificador del enunciado que indica el marco temporal del contenido. b. Un organizador textual porque sitúa el enunciado en un momento dado. c. Un conector temporal. 6. En la oración Finalmente, no se debe olvidar el esfuerzo realizado por los voluntarios: a. Aparece un modificador del enunciado que indica el marco temporal. b. Aparece un conector temporal. c. Aparece un organizador textual de cierre. 7. Los textos narrativos son: a. Una clase de textos según la finalidad comunicativa. b. Una clase de textos que explican la realidad a modo de relato. c. Una forma de elocución en la que se cuentan los sucesos que les ocurren a unos personajes en un lugar y en un momento determinados. 8. En los textos descriptivos predominan: a. Las oraciones copulativas y las subordinadas adjetivas. b. Las oraciones predicativas y las subordinadas adverbiales.2 c. Las oraciones copulativas y los marcadores que indican contraste o relaciones de causa-efecto.
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UNIDAD 6: VARIEDADES TEXTUALES (I) CUESTIONES INICIALES-PÁG. 119 1. ¿Qué significa el adjetivo humanístico? ¿A qué tipo de disciplinas puede corresponder ese adjetivo? El adjetivo humanístico se refiere a todo lo concerniente al ser humano en sus aspectos intelectuales, formativos y de relación. Las disciplinas humanísticas agrupan materias muy diversas como la Filosofía, la Psicología, la Historia, la Pedagogía, la Geografía, la Sociología y la Filología. 2. ¿Cuántas disciplinas científicas y técnicas podrías citar? Son disciplinas científicas la Biología, la Física, la Química, las Matemáticas, etc. Disciplinas técnicas son la Arquitectura o las Ingenierías, por ejemplo. 3. Enumera cuáles crees que son las principales diferencias entre los textos humanísticos y los científicos. Entre las características generales de los textos humanísticos sobresalen las siguientes: la variedad de contenidos y formas de organización textual; un alto grado de abstracción en los contenidos; presencia de la subjetividad en los contenidos y en los modos de desarrollo; y el empleo preferente de la exposición y de la argumentación como formas de elocución. Los contenidos de carácter humanístico suelen formar parte de modalidades textuales académicas y periodísticas: manuales o libros de texto; artículos de opinión de periódicos y revistas; y el ensayo, que es la principal forma de transmisión de sus contenidos. Los textos científicos tienen como objetivo principal la precisión, la claridad y la exposición de hechos demostrables. Como consecuencia, los textos científicos y técnicos presentan las siguientes características: una ordenación clara y lógica, basada en la sucesión coherente de contenidos; una información presentada de un modo objetivo; el uso de apoyos gráficos, que sirven para hacer más clara la transmisión de la información. 4. ¿Por qué el lenguaje científico tiene carácter universal? El lenguaje científico tiende a tener un carácter universal para facilitar su aprendizaje y el entendimiento entre el mayor número de científicos de diferentes naciones. 5. ¿Para qué sirven los textos jurídicos y administrativos? Los textos jurídicos sirven para establecer las relaciones entre los ciudadanos y los poderes legislativo y judicial. Los textos administrativos sirven para establecer relaciones entre las administraciones y los ciudadanos. 6. Los textos administrativos y jurídicos, ¿son fáciles de leer e interpretar? ¿Por qué? En principio, los textos administrativos y jurídicos deberían ser vehículos de comunicación con los ciudadanos y, por tanto, deberían estar redactados en un lenguaje claro y comprensible. Pero la realidad es que estos textos se caracterizan por su distanciamiento y dificultad, lo que los convierte muchas veces en textos ajenos e incomprensibles para el receptor. 7. Cita tres tipos de textos administrativos. Tres tipos de textos administrativos son: las actas, la instancia y el certificado, por ejemplo.
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8. ¿Qué diferencia hay entre un texto legal y uno procesal? Los textos legales son los empleados por el poder legislativo para formular las leyes por las que se rigen los ciudadanos. Los textos procesales son los que recogen los contenidos derivados de la aplicación de la justicia.
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 123 1. Lee el siguiente texto y responde a las preguntas que se formulan a continuación? El aprendizaje humano En alguna parte dice Graham Greene que «ser humano es también un deber». Se refería probablemente a esos atributos como la compasión por el prójimo, la solidaridad o la benevolencia hacia los demás que suelen considerarse rasgos propios de las personas «muy humanas», es decir, aquellas que han saboreado «la leche de la humana ternura», según la hermosa expresión shakesperiana. Es un deber moral, entiende Greene, llegar a ser humano de tal modo. Y si es un deber, cabe inferir que no se trata de algo fatal o necesario: pues habrá quien ni siquiera intente ser humano o quien lo intente y no lo logre, junto a los que triunfen en ese noble empeño. Es curioso este uso del adjetivo «humano», que convierte en objetivo lo que diríamos que es inevitable punto de partida. Nacemos humanos, pero eso no basta: tenemos también que llegar a serlo. ¡Y se da por supuesto que podemos fracasar en el intento o rechazar la ocasión misma de intentarlo! Recordemos que Píndaro, el gran poeta griego, recomendó enigmáticamente: «Llega a ser el que eres». Desde luego, en la cita de Graham Greene y en el uso común valorativo de la palabra se emplea «humano» como una especie de ideal y no sencillamente como la denominación específica de una clase de mamíferos parientes de los gorilas y de los chimpancés. Pero hay una importante verdad antropológica insinuada en ese empleo de la voz «humano»: los humanos nacemos siendo humanos pero no somos humanos del todo hasta después. Aunque no concedamos a la noción de «humano» ninguna especial relevancia moral, aunque aceptemos que también la cruel lady Macbeth era humana —pese a serle extraña o repugnante la leche de la humana amabilidad— y que son humanos y hasta demasiado humanos los tiranos, los asesinos, los violadores brutales y los torturadores de niños… sigue siendo cierto que la humanidad plena no es algo simplemente biológico, una determinación genéticamente programada como la que hace alcachofas a las alcachofas y pulpos a los pulpos. Los demás seres vivos nacen ya siendo definitivamente lo que son, lo que irremediablemente van a ser pase lo que pase, mientras que de los humanos lo más que parece prudente decir es que nacemos para la humanidad. FERNANDO SAVATER: El valor de educar. a) El tema del que trata el texto se puede reflejar en esta frase: Nacemos humanos, pero eso no basta: tenemos también que llegar a ser humanos. ¿Es un tema propio de los textos humanísticos? ¿Por qué? Es un tema propio de los textos humanísticos, pues trata de dilucidar una cuestión relacionada con los hombres, con su formación, educación y características morales. b) Observa algunas de las palabras abstractas que aparecen en el texto: compasión, solidaridad, benevolencia, atributos, rasgos, moral, empeño, objetivo, ideal, verdad. Busca el significado de cada una en el diccionario. Señala otros rasgos lingüísticos característicos de este tipo de textos. compasión: sentimiento de lástima hacia quienes sufren penalidades o tristezas. solidaridad: adhesión a la causa de otros. 92
benevolencia: simpatía y buena voluntad hacia las personas. atributos: cualidades de un ser. rasgos: características, propiedades de algo. moral: relativo a las acciones o caracteres de las personas, desde el punto de vista de la bondad o malicia. empeño: deseo vehemente de hacer una cosa. objetivo: lo que existe fuera de nuestro pensamiento; finalidad. ideal: relativo a las ideas; modelo de perfección. verdad: conformidad de las cosas con el concepto que de ellas se tiene en la mente. Además del léxico abstracto, se pueden encontrar en el texto los siguientes rasgos generales de los textos humanísticos: -
Un alto grado de abstracción en los contenidos, como consecuencia de los procesos de reflexión y razonamiento conceptual que se realizan.
-
Presencia de la subjetividad en los contenidos y en los modos de desarrollo. La presencia de la subjetividad se manifiesta en el uso de la primera persona del plural (nacemos, recordemos…) y en la organización de los argumentos, que es individual y sigue los procesos de pensamiento del autor.
-
Empleo de la argumentación como forma de elocución.
Otros rasgos lingüísticos de los textos humanísticos que caracterizan al texto son: -
La utilización de un léxico connotativo. Obsérvense, por ejemplo, las connotaciones con las que se va cargando el adjetivo humano, manifestadas también en el uso de comillas que resaltan la palabra para llamar la atención sobre el especial uso que el autor hace de ella; o el cambio de tipo de letra para palabras como después y para, que destacan la especial significación que adquieren. A esto se debe añadir el estilo personal (claridad, amenidad, humor), el empleo de citas (de Graham Greene, de Shakespeare, de Píndaro, la cita encubierta de la obra de Nietzsche Humano, demasiado humano), la presencia de alguna oración exclamativa, las paradojas (los humanos nacemos siendo humanos pero no somos humanos del todo hasta después), etc.
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La adjetivación tiende a ser valorativa, aunque también hay ejemplos de adjetivos especificativos: hermosa expresión shakesperiana; importante verdad antropológica, gran poeta griego, especial relevancia moral, humana amabilidad.
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Los periodos sintácticos son amplios, con mayor presencia de la subordinación que de la coordinación. Un ejemplo: Aunque no concedamos a la noción de «humano» ninguna especial relevancia moral, aunque aceptemos que también la cruel lady Macbeth era humana —pese a serle extraña o repugnante la leche de la humana amabilidad— y que son humanos y hasta demasiado humanos los tiranos, los asesinos, los violadores brutales y los torturadores de niños… sigue siendo cierto que la humanidad plena no es algo simplemente biológico, una determinación genéticamente programada como la que hace alcachofas a las alcachofas y pulpos a los pulpos.
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Son abundantes los elementos oracionales que aclaran los contenidos de un término o de una expresión: En alguna parte dice Graham Greene que «ser humano es también un deber». Se refería probablemente a esos atributos como la compasión por el prójimo, la solidaridad o la benevolencia hacia los demás que suelen considerarse rasgos propios de las personas «muy humanas», es decir, aquellas que han saboreado «la leche de la humana ternura», según la hermosa expresión shakesperiana.
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El uso de los tiempos verbales es muy variado. Predomina el presente atemporal (dice, es, nacemos, convierte…), el pretérito en el relato de acontecimientos históricos (se refería, recomendó, era), el subjuntivo en las oraciones subordinadas (concedamos, aceptemos) y el imperativo que sirve para implicar al lector en los argumentos: recordemos. 93
c) El texto gira en torno a lo que significa para el autor ser humano. Explica las diferentes acepciones y connotaciones con las que se emplea ese adjetivo. ¿Con cuáles de las afirmaciones siguientes está de acuerdo el autor? • • • •
Ser humano es un objetivo que deben tener todas las personas. Es lo contrario de ser animal. Es una condición natural de los hombres; es decir, ya nacen con ella. Es un proceso de formación de las personas.
Para el autor el adjetivo humano no indica meramente una clasificación biológica. Ser humano es un proceso de perfeccionamiento en una serie de valores propios de la humanidad que depende de la voluntad de los propios seres humanos. Ser humano no es algo establecido de antemano: es un objetivo que hay que luchar para alcanzar. Las dos afirmaciones que Savater intenta defender son la primera y la cuarta. d) El autor intenta convencernos de sus ideas sobre lo humano. Señala y explica qué tipos de argumentos emplea para persuadirnos. Emplea argumentos de autoridad (las citas de autores antes señaladas). También la oposición de conceptos: por ejemplo, entre la acepción de humano como algo biológico y la acepción como algo que las personas deben alcanzar; o entre los animales determinados por su nacimiento y los seres humanos que tienen la posibilidad de perfeccionarse y mejorar; o entre el concepto de humano como algo positivo y como algo negativo. Asimismo, el autor combate ideas estereotipadas, como el hecho de que por nacer siendo humanos ya seamos humanos.
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 124 2. Lee estos tres fragmentos y después responde a las preguntas relacionadas con ellos. La envidia es la más desafortunada de todas las peculiaridades de la naturaleza humana; la persona envidiosa no solo quiere hacer daño, y lo hace siempre que puede con impunidad, sino que ella misma se hace desgraciada a causa de la envidia. En vez de gozar de lo que tiene, sufre por lo que tienen los demás. Si puede, les priva a todos de sus beneficios, lo cual es para él tan deseable como procurárselos para sí mismo. Si se da rienda suelta a esta pasión, es fatal para toda excelencia, y aun para el ejercicio más útil de aptitudes excepcionales. ¿Por qué un médico ha de ir en coche a ver a sus enfermos y un trabajador tiene que ir a su trabajo a pie? ¿Por qué un investigador científico trabaja con calefacción mientras otros tienen que exponerse a las inclemencias de los elementos? ¿Por qué a un hombre que posee algún talento excepcional de gran importancia para el mundo se le ha de dispensar del trabajo molesto de su propia casa? A estas preguntas, la envidia no encuentra respuesta. Afortunadamente, sin embargo, existe en la naturaleza humana una pasión compensadora: la admiración. Quien quiera aumentar la felicidad humana, debe querer aumentar la admiración y disminuir la envidia. BERTRAND RUSSELL: La conquista de la felicidad. La envidia es un estilo afectivo intrigante. Todos podemos «envidiar» a alguien más guapo, más poderoso, más feliz, más gracioso. Siempre hay alguien que nos gana en algo. ¿Por qué unas personas experimentan envidia y muchas otras no? ¿Por qué en algunos ese sentimiento organiza la vida entera? Vives decía que era hija de la soberbia y de la pequeñez, y se percata de que es un sentimiento vergonzoso. «Por ello, nadie se atreve a confesar que envidia a otro; más pronto reconocería uno que está airado o que odia o incluso que teme, pues tales pasiones son menos vergonzosas e inicuas.» Esto revela que, para el mismo sujeto que la siente, la envidia es manifestación de una carencia. El envidioso desearía no vivir envenenado por ese monstruo amarillo, pero siente una y otra vez que fracasa en el empeño. Sin embargo, cada día sabemos más sobre las variadas formas en que se aprenden esos hábitos del corazón. JOSÉ ANTONIO MARINA: La inteligencia fracasada. 94
Me produce sonrojo mencionar ciertas vulgaridades, pero me aguantaré. Este tópico tan difundido y cargante de que la envidia es el vicio o pecado nacional no es solo barato, sino completamente falso. Sin embargo, la gran cantidad de veces que, para castigo de mis pobres oídos, he tenido que oírlo, me da idea del elevado número de españoles que rechazará esta refutación taxativa. Su experiencia estará tan sincera y convencidamente llena de casos evidentes que tal vez atribuyan mi insólita opinión a ganas de incordiar. Pero yo no voy a indicar más que una cosa: el multitudinario coro de los que se pondrían a rebatirme, asegurando que hay envidiosos sin fin, está exclusivamente compuesto de puros envidiados; no hay un solo envidioso ni por casualidad. […] Juzgue, pues, cada cual por su experiencia; en la mía yo no hallo, en verdad, más que envidiados; a docenas, a cientos, en cada esquina, en cada matorral, lo mismo que conejos, pero juro que ni un solo envidioso. RAFAEL SÁNCHEZ FERLOSIO: El mito de la envidia.
a) Precisa el tema propio de cada uno de los fragmentos y señala las similitudes y las diferencias entre ellos. El texto de Bertrand Russell analiza la envidia como una pasión humana perjudicial no solo para las personas envidiadas, sino sobre todo para el propio envidioso. Propone como alternativa a la envidia la admiración. El texto de José Antonio Marina también analiza ese sentimiento e incide en un aspecto determinado: el envidioso no es capaz de reconocer su envidia, pues se avergüenza de ella, aunque no pueda hacer nada para combatirla. En el texto de Rafael Sánchez Ferlosio predomina la ironía: el autor afirma que, frente a la idea estereotipada de que la envidia es el pecado nacional español, él no conoce a ningún envidioso. La razón es muy clara: nadie admite que envidia a otro, nuestro orgullo nos hace pensar que somos envidiados y no envidiosos. b) Indica las características lingüísticas de cada uno de los textos poniendo ejemplos concretos. Las características generales de los tres textos se corresponden con las propias de los textos humanísticos: -
Un alto grado de abstracción en los contenidos, como consecuencia de los procesos de reflexión y razonamiento conceptual que se realizan.
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Presencia de la subjetividad en los contenidos (son tres visiones individuales y distintas sobre el mismo asunto) y en los modos de desarrollo.
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Emplean un tipo de lenguaje especulativo, al presentar reflexiones u opiniones con las que se pretende llegar a la comprensión del tema.
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Empleo preferente de la exposición y de la argumentación como formas de elocución.
Los rasgos lingüísticos más destacados son: -
Abundancia de vocabulario abstracto, que responde al grado de abstracción de los pensamientos: envidia, peculiaridades, impunidad, beneficios, pasión, excelencia, aptitudes, admiración, felicidad (Russell); envidia, estilo, intrigante, sentimiento, soberbia, pequeñez, vergonzoso, manifestación, carencia, empeño, formas, hábitos (Marina); vulgaridades, tópico, vicio, pecado, castigo, refutación, experiencia, opinión (Sánchez Ferlosio).
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Empleo de un léxico connotativo: envidia, pasión, excelencia, admiración, felicidad, estilo, soberbia, pequeñez, vulgaridades, vicio, pecado...
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Empleo de la primera persona, que deja constancia del carácter personal de las opiniones del autor. Por ejemplo: Todos podemos «envidiar» a alguien más guapo, más poderoso, más feliz, más gracioso. Siempre hay alguien que nos gana en algo. (Marina); Me produce sonrojo mencionar ciertas vulgaridades, pero me aguantaré. […] Sin embargo, la gran cantidad de veces que, para castigo de mis pobres oídos, he tenido que oírlo, me da idea del elevado número de españoles que rechazará esta refutación taxativa. Pero yo no voy a indicar más que una cosa… (Sánchez Ferlosio).
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A esto se debe añadir el estilo personal con que suelen expresarse los pensamientos, a veces cercano a lo literario, con inclusión de recursos estilísticos: En vez de gozar de lo que tiene, sufre por lo que tienen los demás (antítesis) ¿Por qué un médico ha de ir en coche a ver a sus enfermos y un trabajador tiene que ir a su trabajo a pie? (interrogación retórica); El envidioso desearía no vivir envenenado por ese monstruo amarillo (metáfora); a docenas, a cientos, en cada esquina, en cada matorral, lo mismo que conejos, pero juro que ni un solo envidioso (paralelismo, comparación, hipérbole).
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La adjetivación puede ser especificativa o valorativa, aunque predomina esta última: la más desafortunada de todas las peculiaridades de la naturaleza humana, la persona envidiosa, rienda suelta, aptitudes excepcionales, investigador científico, talento excepcional de gran importancia, trabajo molesto, pasión compensadora, felicidad humana (Russell); estilo afectivo intrigante, alguien más guapo, más poderoso, más feliz, más gracioso, la vida entera, sentimiento vergonzoso, tales pasiones son menos vergonzosas e inicuas, monstruo amarillo, variadas formas (Marina); ciertas vulgaridades, tópico tan difundido y cargante, vicio o pecado nacional, tópico… barato, falso, gran cantidad, mis pobres oídos, elevado número, refutación taxativa, experiencia sincera y llena de casos evidentes, mi insólita opinión, multitudinario coro, puros envidiados (Sánchez Ferlosio).
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Los periodos sintácticos son amplios, suelen predominar las construcciones largas, con mayor presencia de la subordinación que de la coordinación: Si puede, les priva a todos de sus beneficios, lo cual es para él tan deseable como procurárselos para sí mismo; Esto revela que, para el mismo sujeto que la siente, la envidia es manifestación de una carencia; Sin embargo, la gran cantidad de veces que, para castigo de mis pobres oídos, he tenido que oírlo, me da idea del elevado número de españoles que rechazará esta refutación taxativa. No obstante, pueden observarse también los diferentes estilos personales: mayor uso de la subordinación y de las oraciones largas en Sánchez Ferlosio que en los otros dos autores.
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Son abundantes los elementos oracionales que aclaran los contenidos de un término o de una expresión, con el uso de oraciones copulativas: La envidia es la más desafortunada de todas las peculiaridades de la naturaleza humana; La envidia es un estilo afectivo intrigante; Este tópico tan difundido y cargante de que la envidia es el vicio o pecado nacional no es solo barato, sino completamente falso.
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El uso de los tiempos verbales es muy variado. El tiempo básico es el presente atemporal en la exposición de hechos; pero pueden aparecer también el pretérito en el relato de acontecimientos históricos (Vives decía, he tenido que oírlo), el subjuntivo y el condicional en hipótesis y enunciados de posibilidad, deseo o duda (quien quiera aumentar, desearía, se pondrían a rebatirme) e incluso el imperativo: Juzgue, pues, cada cual.
c) Señala en cada texto si la forma de elocución predominante es la exposición o la argumentación. En caso de que haya argumentación, explica los tipos de argumentos empleados. Los tres textos presentan un equilibrio diferente entre la exposición y la argumentación. El texto de Bertrand Russell tiene una primera parte expositiva, pero luego incluye, mediante interrogaciones retóricas, el argumento de las supuestas razones que justifican la envidia para combatirlo (oposición de conceptos). El texto de José Antonio Marina es predominantemente expositivo, aunque utiliza un argumento de autoridad (la cita de Vives) para justificar sus ideas. El texto de Rafael Sánchez Ferlosio es argumentativo, como corresponde a su intención irónica: utiliza la oposición de conceptos (envidiosos frente a envidiados), combate las ideas estereotipadas (la de la envidia como pecado nacional) y aprovecha la experiencia personal (en la mía no hallo…). 96
d) Escribe una redacción de tipo expositivo-argumentativo sobre el siguiente tema: «La envidia: ¿sentimiento útil o inútil?». Respuesta libre.
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 128 1. Lee el siguiente texto y responde a las preguntas que se te hacen a continuación: Aunque la mayor parte de las personas no lo advierta, la Tierra es bombardeada cada año por más de 200 000 toneladas de polvo y rocas procedentes del espacio. La gran mayoría se desintegra antes de llegar a nosotros. Estos trozos de roca se llaman meteoroides o meteoros y arden al penetrar en nuestra atmósfera, transformándose en esas estelas luminosas que denominamos estrellas fugaces. Se forman a una altura sobre el suelo entre 70 y 115 km, miden entre 7 y 20 km de longitud, atraviesan el firmamento a velocidades de hasta 70 km/h y su estela de luz dura menos de un segundo. Algunas estrellas fugaces irrumpen en el firmamento nocturno de forma aislada y en cualquier día del año. Pero otras lo hacen en grupo y en forma de espectacular lluvia de meteoros que puede ser observada desde la Tierra. Todos estos meteoros viajan desde regiones concretas del espacio sideral y toman el nombre de la constelación en la que se encuentran: por ejemplo, las leónidas proceden de la constelación del León. Algunas de las rocas espaciales son tan enormes que no llegan a desintegrarse cuando penetran en nuestra atmósfera y alcanzan la superficie terrestre. Se llaman meteoritos y están formados por una amalgama de piedras y, a veces, de metal. La mayoría de ellos cae en el mar, pero otros pueden impactar sobre la superficie terrestre y formar cráteres. Revista Muy interesante.
a) Las informaciones que aparecen en el texto son exposiciones de hechos y nos hallamos, por tanto, ante un texto expositivo. ¿El contenido del texto se puede interpretar de diferentes maneras o de una sola? ¿Qué procedimientos se emplean para transmitir una información precisa? Explica cuál es la sucesión lógica de ideas en el texto. El texto solo se puede interpretar de una manera: es la explicación del fenómeno de los meteoroides y de los meteoritos, tal y como se produce en la naturaleza. Para transmitir la información de forma precisa se emplean, aparte de los rasgos léxicos y sintácticos que analizaremos a continuación, la abundancia de datos numéricos que se nos proporcionan para dar validez científica a la explicación: Se forman a una altura sobre el suelo entre 70 y 115 km, miden entre 7 y 20 km de longitud, atraviesan el firmamento a velocidades de hasta 70 km/h y su estela de luz dura menos de un segundo. La estructura expositiva sigue un desarrollo lógico: en primer lugar se explican las causas del fenómeno de los meteoros; a continuación, su consecuencia (las estrellas fugaces) y otros fenómenos derivados (la lluvia de estrellas); por último, se explica el fenómeno de los meteoritos. b) Analiza los rasgos léxicos del texto: pon ejemplos de tecnicismos, señala los casos en los que se aclara su significado en el propio texto y justifica con ejemplos el predominio de palabras concretas. ¿Qué tipo de palabras son más frecuentes: las monosémicas o las polisémicas? Cuando las palabras son polisémicas, ¿qué recursos se usan para que su significado resulte inequívoco?
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En este texto se emplean algunos tecnicismos: meteoroides, meteoros, estrellas fugaces, lluvia de meteoros, constelación, leónidas. A excepción de la palabra constelación (conjunto de estrellas que aparentemente forman un dibujo imaginario sobre la superficie celeste en forma de animal), todas las demás se hallan explicadas en el texto. Esto debe interpretarse como una característica propia de los textos científicos de divulgación, donde la explicación de los tecnicismos es necesaria para su comprensión por el lector común. Predominan las palabras monosémicas, con un solo significado inequívoco; cuando las palabras son polisémicas se añade un adjetivo o una explicación para que sean interpretadas de la manera adecuada: estrellas fugaces, firmamento nocturno, lluvia de meteoros, espacio sideral, superficie terrestre. c) ¿Qué tiempo verbal se utiliza preferentemente? En la sintaxis del texto señala ejemplos de oraciones pasivas, pasivas reflejas, impersonales y copulativas. Explica por qué se usan esos tipos de oraciones. -
Predominan las formas verbales del presente de indicativo por su valor estilístico habitual o atemporal: es bombardeada, se llaman, se desintegran, viajan, cae…
-
Son abundantes las oraciones pasivas reflejas y las pasivas perifrásticas con el verbo ser: La Tierra es bombardeada; La mayoría se desintegra; Estos trozos de roca se llaman; que puede ser observada. También hay oraciones copulativas: Algunas de las rocas espaciales son tan enormes; están formados. En todo el texto predomina como modalidad oracional la enunciación.
El uso preferente de oraciones pasivas, copulativas e impersonales en los textos científicos se ajusta a las intenciones de los mismos: presentar los hechos de manera objetiva, sin valoraciones individuales. En cierto modo, en estos textos es la Ciencia quien escribe y el autor es un mero intermediario. d) Las palabras meteorito y aerolito son sinónimas. Esta última está formada por el prefijo aero que significa «aire» y la palabra griega lito que significa «piedra». Busca su significado preciso en el diccionario y escribe otras palabras formadas con lito, por ejemplo: litografía. Efectivamente, la suma de aero y lito proporciona el significado literal de la palabra: piedra que procede del aire. Otras palabras con ese mismo elemento son: litografía: arte de dibujar o grabar en piedra; litogénesis: origen de las rocas; litosfera: envoltura rocosa del globo terrestre; litología: parte de la Geología que trata de las rocas. 2. Siguiendo el modelo de la actividad anterior, realiza un análisis del siguiente texto: El motor eléctrico es un dispositivo electromotriz, esto quiere decir que convierte la energía eléctrica en energía motriz. Todos los motores disponen de un eje de salida para acoplar un engranaje, polea o mecanismo capaz de transmitir el movimiento creado por el motor. El funcionamiento de un motor se basa en la acción de campos magnéticos opuestos que hacen girar el rotor (eje interno) en dirección opuesta al estator (imán externo o bobina), con lo que si sujetamos por medio de soportes o bridas la carcasa del motor, el rotor con el eje de salida será lo único que gire. Para cambiar la dirección de giro en un motor de Corriente Continua tan solo tenemos que invertir la polaridad de la alimentación del motor. Para modificar su velocidad podemos variar su tensión de alimentación con lo que el motor perderá velocidad, pero también perderá par de giro (fuerza) o para no perder par en el eje de salida podemos hacer un circuito modulador de anchura de pulsos (pwm) con una salida a transistor de más o menos potencia según el motor utilizado.
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El texto, por su contenido y por sus características lingüísticas es un texto técnico, en el que se explica el funcionamiento de un motor eléctrico. Sus principales características son: Características generales: -
Una ordenación clara y lógica, basada en la sucesión coherente de contenidos, en la que cada idea depende de la anterior y, a su vez, condiciona la siguiente idea. Puede verse en el texto que los contenidos se presentan ordenadamente para su correcta comprensión y que incluyen explicaciones variadas para dar la información de modo exhaustivo e inequívoco.
-
La información se presenta de un modo objetivo: no hay posibles interpretaciones subjetivas; el texto aspira a que todos los lectores lo entiendan de la misma manera.
-
Los párrafos empleados son breves, con oraciones que tienden a ser cortas.
-
Uso de lenguajes específicos: pwm.
Rasgos léxicos: -
La característica que mejor permite distinguir los textos científicos y técnicos de otros textos es el uso de un léxico específico. Las palabras del lenguaje científico y técnico, en su mayor parte, no pertenecen a la lengua común y solo son conocidas por los especialistas de cada área de conocimiento.
-
Empleo de un léxico denotativo por el carácter objetivo de la información transmitida. Se esquiva el uso de palabras con connotaciones para evitar una posible ambigüedad en la comprensión.
-
Preferencia por el empleo de palabras monosémicas, con un único significado. Las palabras tienen un solo significado (engranaje, polea, rotor, estator) o, en caso de polisemia, reducen su significado mediante el empleo de adjetivos o complementos del nombre: motor eléctrico, dispositivo electromotriz, energía eléctrica, energía motriz, eje de salida, campos magnéticos, corriente continua, par de giro, circuito modulador de anchura de pulsos, etc.
-
Uso de tecnicismos: rotor, estator, dispositivo electromotriz, energía motriz, corriente continua, polaridad, par de giro, anchura de pulsos, transistor.
-
Predominio de sustantivos concretos, que se refieren a realidades que se perciben a través de los sentidos: motor, circuito, carcasa, polea, rotor. También aparecen abstractos de cualidad o de fenómeno: energía, potencia.
Principales rasgos morfosintácticos: -
Predominan las formas verbales del presente de indicativo por su valor estilístico habitual o atemporal: El funcionamiento de un motor se basa... No obstante, no es extraño encontrar otras formas verbales como el futuro de indicativo: con lo que el motor perderá velocidad.
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Los adjetivos son especificativos y pospuestos, con lo que contribuyen al carácter objetivo del texto: energía eléctrica, dispositivo electromotriz, campos magnéticos, corriente continua.
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En este texto no hay ejemplos de uso de pasivas reflejas o de oraciones impersonales: el autor ha preferido el empleo de la primera persona del plural: sujetamos, tenemos, podemos…
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Al tratarse de textos objetivos que explican y describen fenómenos y procesos, predominan las oraciones enunciativas y aparecen oraciones copulativas: El motor eléctrico es un dispositivo electromotriz.
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Las explicaciones hacen necesaria la presencia de aposiciones, oraciones coordinadas explicativas y subordinadas adjetivas: hacen girar el rotor (eje interno) en dirección opuesta al estator (imán externo o bobina); El motor eléctrico es un dispositivo electromotriz, esto quiere decir que convierte la energía eléctrica en energía motriz. 99
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 129 3. Lee con atención estos dos textos y responde a las preguntas que se formulan a continuación: Los movimientos de la Tierra son dos, uno de rotación alrededor de su eje y otro de traslación alrededor del Sol. El movimiento de rotación se verifica de oeste a este y, como consecuencia, parece que todo el firmamento se mueve de este a oeste. Por eso, durante mucho tiempo, se tuvo la idea de que la Tierra estaba fija y todos los demás astros giraban a su alrededor. Copérnico fue el primero que determinó que la Tierra era la que se movía. En el movimiento de traslación, la Tierra gira alrededor del Sol recorriendo todos los años mil millones de kilómetros. La órbita terrestre, o trayectoria que describe alrededor del Sol, tiene forma de una elipse, que difiere muy poco de una circunferencia. La distancia media de la Tierra al Sol es de 150 millones de km. En este recorrido, hay un momento llamado perihelio, en el que la Tierra está más cerca del Sol, y otro llamado afelio, en el que está más distante. La consecuencia del movimiento de rotación que se advierte más fácilmente es la sucesión del día y de la noche. Debido al movimiento de traslación existe la sucesión de las estaciones. AGUSTÍN PEIRÓ HURTADO: Ciencias de la Naturaleza. En la órbita de la Tierra hay perihelio y afelio: un tiempo de máxima aproximación al Sol y un tiempo de máximo alejamiento. Un espectador astral que viese a la Tierra en el momento que huye del Sol pensaría que el planeta no había de volver nunca junto a él, sino que cada día, eviternamente, se alejaría más. Pero si espera un poco verá que la Tierra, imponiendo una suave inflexión a su vuelo, encorva su ruta, volviendo pronto junto al Sol, como la paloma al palomar y el boomerang a la mano que lo lanzó. Algo parecido acontece en la órbita de la historia con la mente respecto a Dios. Hay épocas de odium Dei, de gran fuga de lo divino, en que esta enorme montaña de Dios llega casi a desaparecer del horizonte. Pero al cabo vienen sazones en que súbitamente, con la gracia intacta de una costa virgen, emerge a sotavento el acantilado de la divinidad. JOSÉ ORTEGA Y GASSET: El espectador. a) ¿Desarrollan los dos textos el mismo tema? ¿Tienen la misma intención comunicativa? ¿Se pueden caracterizar ambos como textos científicos? Razona tus respuestas. Los dos textos desarrollan temas diferentes. El texto de Ortega habla sobre la fe (el acercamiento o alejamiento del ser humano con respecto a Dios); el texto de Peiró trata de los movimientos de la Tierra y de sus consecuencias. La finalidad del primer texto es reflexionar sobre un asunto basado en creencias y opiniones (intención conativa y poética); la finalidad del segundo texto es informar de un modo objetivo acerca de un fenómeno natural (función representativa). Aunque puedan ser aparentemente iguales, son dos claros ejemplos de modalidades textuales diferentes: el de Ortega representa un texto propio de las disciplinas humanísticas y el de Peiró, de las disciplinas científicas. En el texto de Peiró se habla sobre los movimientos de la Tierra y este mismo asunto es aprovechado por Ortega para introducir una metáfora que resulte ejemplar del acercamiento y del alejamiento del hombre respecto a Dios. b) Realiza un estudio detallado de los rasgos lingüísticos de ambos textos. ¿Cuál resulta más complejo en sus estructuras sintácticas y en el léxico? ¿Por qué? El texto de Ortega emplea un lenguaje propio de las disciplinas humanísticas: léxico connotativo, estilo personal con recursos literarios (comparaciones y metáforas), sustantivos abstractos (mente, historia, divinidad), adjetivos valorativos (suave, gran, enorme), periodos sintácticos amplios y predominio del presente de indicativo, aunque se combina con el condicional por el planteamiento de hipótesis.
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El texto de Peiró utiliza un lenguaje propio de los textos científicos: empleo de un léxico denotativo, uso de sustantivos concretos y presencia de algunos tecnicismos (de uso generalizado, como traslación o rotación). En cuanto a los rasgos morfosintácticos destacan: el uso del presente de indicativo por su valor estilístico atemporal, el empleo de adjetivos especificativos y pospuestos, la abundancia de oraciones pasivas reflejas (se verifica, se advierte), de oraciones impersonales (hay un momento llamado perihelio...), de oraciones copulativas (los movimientos de la Tierra son dos), y de oraciones de modalidad enunciativa, así como la presencia de la coordinación y de la subordinación adjetiva para explicar y aclarar conceptos. Parece bastante más sencillo en sus estructuras sintácticas y en su léxico el texto de Peiró, pues su voluntad informativa así lo requiere. El texto de Ortega es más complejo en sus estructuras sintácticas y en su léxico pues tiende a un lenguaje metafórico y abstracto en el que se explican conceptos no perceptibles a través de los sentidos. c) En el primer texto, ¿aparece una exposición de hechos o una declaración de opiniones? ¿Y en el segundo? ¿Qué forma de elocución se emplea en cada texto? En el primer texto se incluye una declaración de opiniones puesto que no se incluyen hechos demostrables; en el segundo texto se incluyen hechos demostrables como ciertos. En el texto de Ortega se utiliza la argumentación como forma de elocución y en el de Peiró la exposición. Además, en el texto de Ortega hay una clara intención estética propia de los textos ensayísticos (ensayo personal, poético y de exposición de ideas). d) ¿Podemos considerar que la referencia que se incluye en el texto de Ortega acerca de los movimientos de la Tierra es una clase de argumento? ¿Por qué? Para aclarar la idea de fe (concepto abstracto) Ortega utiliza el alejamiento y el acercamiento de la Tierra respecto al Sol como un argumento para justificar su razonamiento (alejamiento y acercamiento del hombre respecto a Dios). De este modo pretende vincular el comportamiento humano en relación con la religión con la propia naturaleza. e) Explica la estructura utilizada en los dos textos e indica dónde aparece la idea principal en el texto de Agustín Peiró y dónde en el de Ortega. El texto de Peiró se organiza en tres párrafos con una estructura deductiva o analizante: idea principal (Los movimientos de la Tierra son dos), explicación científica (características de cada movimiento) y conclusión (consecuencias de esos movimientos). La explicación científica emplea recursos de carácter descriptivo como son la definición, la enumeración y la comparación. El texto de Ortega se organiza en un solo párrafo y presenta una estructura inductiva o sintetizante: primero aparece una información sobre los movimientos de la Tierra que no es la idea principal del texto; al final descubrimos la idea que el autor pretende defender. 4. Escribe un texto expositivo de tipo científico sobre el siguiente tema: «El efecto invernadero y el cambio climático». Para escribirlo busca documentación en diversas fuentes, de modo que tu exposición se ajuste a datos comprobables. Respuesta libre. 5. A continuación redacta un texto argumentativo de tipo humanístico sobre el siguiente asunto: «La responsabilidad humana en el cambio climático». Trata de emplear argumentos de diferentes tipos. Respuesta libre.
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ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 132 1. Lee el siguiente texto y responde a las cuestiones que se formulan a continuación.
Contrato de arrendamiento de finca urbana Reunidos en Madrid, a 2 de enero de 2009, de una parte Dª _____________________ , con DNI __________ , y de otra parte D. _____________________ , con DNI __________ . EXPONEN Que Dª _______________________ , propietaria del piso letra A, planta primera de la calle San Hermenegildo nº 4, arrienda el mismo a D. _______________________ , como vivienda temporal, por el periodo indicado en el contrato, estipulando entre los mismos las siguientes CLÁUSULAS PRIMERO.- El contrato se concierta por doce meses, comenzando su vigencia el día 2 de enero de 2009 para terminar el día 2 de enero de 2010. SEGUNDO.- El precio del arrendamiento es de ________ euros mensuales, pagaderos por adelantado entre los días 1 y 5 de cada mes en la cuenta corriente nº _______________ de Caja Madrid, a nombre de la propietaria del piso. TERCERO.- El piso arrendado se destinará exclusivamente a vivienda temporal de los arrendatarios. CUARTO.- Se prohíbe el subarriendo, cesión o traspaso en todo o en parte del piso, así como la realización de cualquier tipo de obras sin la previa autorización escrita de la propietaria. QUINTO.- La propietaria podrá dar por rescindido el contrato si no se efectúa el pago total del arriendo mensual en las fechas indicadas en el párrafo segundo. SEXTO.- El piso, como mobiliario, se entrega en buen estado de conservación, debiendo el arrendatario devolverlo a la finalización del contrato en las mismas condiciones, salvo el uso natural de las cosas. SÉPTIMO.- Los gastos de comunidad serán por cuenta de la arrendadora. OCTAVO.- Serán por cuenta del arrendatario el consumo de electricidad, agua y basura, según facturas giradas por IBERDROLA y el Ayuntamiento respectivamente, cuyos importes serán ingresados en la citada Caja Madrid, cuando sean presentados por la propietaria. NOVENO.- La lectura de los contadores se efectuará al iniciarse el contrato, debiendo abonarse, aparte de esa lectura, el consumo efectuado. DÉCIMO.- El arrendatario hace entrega de una mensualidad en concepto de fianza, que será devuelta por la arrendadora a la finalización del contrato. Ambas partes, conformes con los anteriores acuerdos, firman el presente contrato en el lugar y fecha indicados. LA ARRENDADORA
EL ARRENDATARIO
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a) Describe en unas líneas cuál es la finalidad del texto y su contenido. La finalidad del texto es establecer las condiciones en las que una persona alquila un piso de su propiedad a un inquilino. El texto consta de las distintas cláusulas que las dos partes se comprometen a respetar, en relación con distintos aspectos: económicos, derechos y deberes de las partes. b) Explica la estructura del texto: tipo de texto, partes en que se divide y maneras de señalar esas partes. El texto es de tipo administrativo: un contrato, tal y como consta en el título (Contrato de arrendamiento de finca urbana). Consta de un encabezamiento, en el que se nombra a las partes firmantes del contrato, la fecha de reunión y, mediante el título Exponen, el objeto del mismo; las cláusulas, así denominadas y claramente señaladas mediante párrafos distintos y enumerados; y el cierre, con la firma de los dos intervinientes en el contrato. c) Analiza las características lingüísticas del texto: tipo de léxico y de fórmulas empleados, tipos de oraciones predominantes, etc. Rasgos léxicos: -
Empleo de tecnicismos de carácter monosémico: arrendatario, subarriendo, mobiliario, arrendadora, fianza.
-
Preferencia por los adjetivos especificativos, que atribuyen cualidades objetivas a los sustantivos: euros mensuales, vivienda temporal, previa autorización escrita.
-
Uso de siglas: DNI.
-
Aparición frecuente de frases hechas y fórmulas fraseológicas: estipulando entre los mismos las siguientes cláusulas; sin la previa autorización escrita de la propietaria; salvo el uso natural de las cosas; Ambas partes, conformes con los anteriores acuerdos, firman el presente contrato en el lugar y fecha indicados.
-
Vocabulario amplio y lleno de sinónimos, aunque con matices diferenciadores entre cada término: Se prohíbe el subarriendo, cesión o traspaso en todo o en parte del piso.
Rasgos morfosintácticos: -
Preferencia por el empleo de perífrasis verbales y de formas no personales: estipulando entre los mismos las siguientes cláusulas; El contrato se concierta por doce meses, comenzando su vigencia el día 2; La propietaria podrá dar por rescindido el contrato; debiendo abonarse, aparte de esa lectura, el consumo efectuado.
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Uso del futuro con valor imperativo: Los gastos de comunidad serán por cuenta de la arrendadora; La lectura de los contadores se efectuará al iniciarse el contrato; será devuelta por la arrendadora a la finalización del contrato.
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Son frecuentes los subjuntivos por el uso de subordinadas que rigen este modo: Serán por cuenta del arrendatario el consumo de electricidad, agua y basura, según facturas giradas por IBERDROLA y el Ayuntamiento respectivamente, cuyos importes serán ingresados en la citada Caja Madrid, cuando sean presentados por la propietaria.
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Predominan las oraciones impersonales con se y pasivas reflejas, con las que se pretende hacer más notoria la ausencia de un emisor concreto: El contrato se concierta por doce meses; El piso arrendado se destinará exclusivamente a vivienda temporal; Se prohíbe el subarriendo, cesión o traspaso; La lectura de los contadores se efectuará al iniciarse el contrato.
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-
Uso de coordinadas adversativas y de subordinadas que expresan las excepciones a la generalización: El piso, como mobiliario, se entrega en buen estado de conservación, debiendo el arrendatario devolverlo a la finalización del contrato en las mismas condiciones, salvo el uso natural de las cosas.
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Abundancia de citas y referencias al propio texto: La propietaria podrá dar por rescindido el contrato; el periodo indicado en el contrato; La lectura de los contadores se efectuará al iniciarse el contrato; será devuelta por la arrendadora a la finalización del contrato; firman el presente contrato en el lugar y fecha indicados.
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 133 2. Lee este texto, que corresponde a una escritura notarial, y responde después a las preguntas. Escritura de poder otorgada por Don José María Casavieja Romano NÚMERO Mil novecientos diez. En Fuenlabrada, mi residencia, a trece de noviembre de dos mil ocho. Ante mí, LUIS GARCEÑA TORREBLANCA, Notario del Ilustre Colegio de Madrid, COMPARECE DON JOSÉ MARÍA CASAVIEJA ROMANO, mayor de edad, casado, de vecindad civil común, librero, vecino de MADRID, domiciliado en c/ AUGUSTA, Nº 4, 2º Prta. E. Con DNI / NIF número 00000000A. Identifico al compareciente por su exhibido Documento Nacional de Identidad. Interviene en su propio nombre y derecho. Tiene, a mi juicio, la capacidad legal necesaria para este acto, y al efecto OTORGA: Que confiere poder a favor de su hermana, DOÑA ANA CASAVIEJA ROMANO, mayor de edad, con DNI / NIF número 00000000B, para que, en nombre y representación del poderdante, ejercite las siguientes FACULTADES: A).- Intervenir en las herencias testadas o intestadas en que tenga interés el poderdante, formalizando inventarios, avalúos, liquidaciones, particiones, divisiones y adjudicaciones de los bienes que reciba en pago de sus respectivos haberes; y, en general, realizar cuanto sea necesario hasta la terminación de las operaciones particionales de que se trate. Podrá asimismo practicar en su caso la liquidación conyugal. B).- Y, a los fines indicados, otorgar y firmar cuantos documentos públicos y privados sean necesarios y convenientes, aun cuando en el mismo asunto se incida en la figura jurídica de autocontratación, incluso pudiendo adquirir los bienes el mismo apoderado. Permito la lectura de esta escritura al señor compareciente, que manifiesta haberla leído, y, enterado de su contenido por su lectura y por la instrucción verbal sobre ella que yo, el Notario, le hago, presta su consentimiento y firma, después de hacerle las reservas y advertencias legales, especialmente las de orden fiscal. De cuanto se contiene en este instrumento público, extendido en el presente folio de papel timbrado de uso exclusivo para documentos notariales y el siguiente en orden correlativo, yo, el Notario, doy fe. 104
a) ¿Cuál es el contenido del texto? ¿Es un texto de carácter objetivo o subjetivo? ¿Transmite la información con precisión y claridad? ¿Qué características lo convierten en un texto oscuro y de lectura fatigosa? El contenido del texto es muy preciso: el notario da fe de que una persona (José María Casavieja Romano) otorga un poder a su hermana (Ana Casavieja Romano) para que ella pueda actuar en su nombre en diversas cuestiones legales. Es un texto de carácter objetivo, pero su información, aunque es transmitida con exactitud y precisión, no resulta clara o evidente para el lector. Ello se debe, principalmente, al uso de un léxico plagado de tecnicismos ajenos a la lengua común y al empleo de una sintaxis retorcida y enrevesada que nubla el entendimiento del lector, haciéndole sentir que avanza sin comprender muchas cosas. b) Explica el significado y formación de las siguientes palabras: poderdante, compareciente, testadas, intestadas, avalúos, liquidaciones, particionales, autocontratación. poderdante: persona que otorga el poder de representación legal a otra. Palabra compuesta por el lexema poder y el lexema dante (que da). compareciente: persona que comparece ante un juez, un tribunal, un notario o un órgano público. Palabra derivada del verbo comparecer. testadas: realizadas con testamento. Participio del verbo testar (hacer testamento). intestadas: realizadas sin testamento. Formación de un antónimo de la palabra anterior mediante el uso del prefijo in-. avalúos: cuantificación, tasación del valor de las cosas. Sustantivo derivado del verbo avaluar. liquidaciones: determinar el importe final de algo. Sustantivo derivado, mediante el sufijo -ción, del verbo liquidar. particionales: de partición de bienes. Adjetivo derivado de partición, mediante el añadido de otro sufijo -al. autocontratación: persona que se contrata a sí misma. Palabra formada por el elemento griego auto (por sí mismo) y el sustantivo derivado contratación. c) Subraya ejemplos de: adjetivos especificativos, fórmulas fraseológicas, construcciones nominales, uso de formas verbales no personales y enumeraciones exhaustivas. -
Adjetivos especificativos: vecindad civil común, exhibido Documento Nacional de Identidad;
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Fórmulas fraseológicas: De cuanto se contiene en este instrumento público, extendido en el presente folio de papel timbrado de uso exclusivo para documentos notariales y el siguiente en orden correlativo, yo, el Notario, doy fe.
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Construcciones nominales: Con DNI / NIF número 00000000A; compareciente; poderdante.
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Formas no personales: Intervenir en las herencias testadas o intestadas en que tenga interés el poderdante, formalizando inventarios, avalúos, liquidaciones, particiones, divisiones y adjudicaciones de los bienes que reciba en pago de sus respectivos haberes; y, en general, realizar cuanto sea necesario hasta la terminación de las operaciones particionales de que se trate; Y, a los fines indicados, otorgar y firmar cuantos documentos públicos y privados sean necesarios y convenientes, aun cuando en el mismo asunto se incida en la figura jurídica de autocontratación, incluso pudiendo adquirir los bienes el mismo apoderado.
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Enumeraciones exhaustivas: mayor de edad, casado, de vecindad civil común, librero, vecino de MADRID, domiciliado en c/ AUGUSTA, Nº 4, 2º Prta. E; formalizando inventarios, avalúos, liquidaciones, particiones, divisiones y adjudicaciones de los bienes que reciba en pago de sus respectivos haberes; Permito la lectura de esta escritura al señor compareciente, que manifiesta haberla leído, y, enterado de su contenido por su lectura y por la instrucción verbal sobre ella que yo, el Notario, le hago, presta su consentimiento y firma, después de hacerle las reservas y advertencias legales, especialmente las de orden fiscal. 105
d) Indica qué tipo de texto es y las partes de que se compone. Como ya se ha dicho, y como figura en el título, es un texto legal: una escritura de poder. Las partes en que se estructura son las siguientes: encabezamiento (fecha, objeto de la comparecencia, validez de la misma); facultades que se otorgan por la escritura (párrafos separados y clasificados); y cierre (consentimiento del poderdante y fe del notario).
TEXTOS COMPLEMENTARIOS-PÁG. 134 A quien corresponda Un servidor, Joan Manuel Serrat, casado, mayor de edad, vecino de Camprodón, Girona, hijo de Ángeles y de Josep, de profesión cantautor y natural de Barcelona según obra en el Registro Civil, hoy lunes, veinte de abril de mil novecientos ochenta y uno, con las fuerzas de que dispone, atentamente EXPONE dos puntos
Por eso y por muchas deficiencias más que en un anexo se especifican, sin que sirva de precedente, respetuosamente SUPLICA:
Que las manzanas no huelen, que nadie conoce al vecino, que a los viejos se les aparta después de habernos servido bien. Que el mar está agonizando, que no hay quien confíe en su hermano, que la tierra cayó en manos de unos locos con carnet. Que el mundo es de peaje y [experimental, que todo es desechable y provisional. Que no nos salen las cuentas, que las reformas nunca se acaban, que llegamos siempre tarde donde nunca pasa nada.
Se sirva tomar medidas y llamar al orden a esos chapuceros que lo dejan todo perdido en nombre del personal. Pero hágalo urgentemente para que no sean necesarios más héroes ni más milagros para adecentar el local. No hay otro tiempo que el que nos ha [«tocao» acláreles quién manda y quién es el [«mandao». Y si no estuviera en su mano poner coto a tales desmanes mándeles copiar cien veces: «Esas cosas no se hacen». Gracia que espera merecer del recto proceder de quien no puede llevarse a engaño, a quien Dios guarde muchos años. AMÉN. JOAN MANUEL SERRAT
TEXTOS COMPLEMENTARIOS-PÁG. 135 ¿Hacia una humanidad sin humanidades? Pero ¿qué son las humanidades? Supongo que nadie sostiene en serio que estudiar matemáticas o física son tareas menos humanistas, no digamos menos «humanas», que dedicarse al griego o a la filosofía. Nicolás de Cusa, Descartes, Voltaire o Goethe se hubieran quedado pasmados al oír hoy semejante dislate en boca de algún pedantuelo letraherido de los que repiten vaciedades sobre la técnica «deshumanizadora», o al leerlo en algún periódico poco exigente con sus colaboraciones. 106
La separación entre cultura científica y cultura literaria es un fenómeno que no se inicia hasta finales del siglo XIX para luego consolidarse por razones de abarcabilidad de saberes cada vez más técnicos y complejos que desafían las capacidades de cualquier individuo imponiendo la especialización, la cual no es sino una forma de renuncia. Después se hace de la necesidad virtud y los letrados claman contra la cuadrícula inhumana de la ciencia, mientras los científicos se burlan de la ineficacia palabrera de sus adversarios. Lo cierto es que esta hemiplejia cultural es una novedad contemporánea, no una constante necesaria, y que encontraría pocos padrinos —si acaso alguno— entre las figuras más ilustres de nuestra tradición cultural. Según se dice, las facultades que el humanismo pretende desarrollar son la capacidad crítica de análisis, la curiosidad que no respeta dogmas ni ocultamientos, el sentido de razonamiento lógico, la sensibilidad para apreciar las más altas realizaciones del espíritu humano, la visión de conjunto ante el panorama del saber, etc. Francamente, no conozco ningún argumento serio para probar que el estudio del latín y el griego favorecen más estas deseables cualidades que el de las matemáticas o la química. FERNANDO SAVATER: El valor de educar.
1. El primer texto es la letra de una canción de Joan Manuel Serrat, un conocido cantautor catalán. ¿Qué modelo textual emplea para escribir la canción? Señala las partes en que se divide el modelo que emplea y dónde se encuentran en la canción. El modelo textual empleado es el de un texto de carácter administrativo: la instancia. Esta se compone de: encabezamiento con los datos del solicitante (Un servidor, Joan Manuel Serrat… con las fuerzas de que dispone); exposición de los hechos (atentamente EXPONE… que llegamos siempre tarde / donde nunca pasa nada.); solicitud (Por eso y por muchas deficiencias más… que esas cosas no se hacen.); cierre, con alusión a la persona a la que la instancia va dirigida (Gracia que espera merecer… AMÉN). 2. El título de la canción parece indeterminado, pero ¿a quién va dirigido realmente? Pon ejemplos de fórmulas fraseológicas empleadas en el texto. Resume y explica cuál es el contenido de la letra e interpreta la verdadera intención del autor. Por el contenido del texto, ese indeterminado A quien corresponda del título se concreta en el máximo dirigente político de la nación, el presidente del Gobierno (en la época en que se compuso la canción, el socialista Felipe González). La letra de la canción es una protesta contra el deterioro humano y del medio ambiente causado por los poderosos sin escrúpulos; Serrat pide firmeza a quien corresponda para atajar ese deterioro y conseguir un país y un mundo más humanos y más justos. Al imitar el lenguaje de las instancias, Serrat emplea fórmulas fraseológicas como: Un servidor, Joan Manuel Serrat, casado, mayor de edad, vecino de Camprodón, Girona; atentamente EXPONE; que en un anexo se especifican; respetuosamente SUPLICA; Gracia que espera merecer del recto proceder; a quien Dios guarde muchos años. 3. El segundo texto ofrece una visión personal sobre el debatido problema del enfrentamiento entre las ciencias y las letras. ¿Cuál es la opinión del autor? Resume brevemente el contenido del texto. El autor trata de desechar la que considera falsa separación entre los conocimientos científicos y humanísticos. Asegura que es una distinción reciente y que, siendo el objetivo la mejora del ser humano, tan humanista es el estudio de las ciencias como el de las letras.
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4. ¿Qué tipo de texto es, según su contenido, el escrito de Savater? ¿Qué forma de elocución predomina en él? Analiza sus características lingüísticas y su estructura. Es un texto humanístico, en el que predomina la argumentación para defender la tesis del autor: la falsa separación de las materias de conocimiento. En cuanto a su estructura es un texto de carácter analizante: al comienzo del texto se expone la idea general y luego se van acumulando argumentos (de autoridad, de ejemplos, de contraste) para dar validez a esa idea. Las características léxicas son las habituales de los textos humanísticos: predominio del léxico abstracto (humanidad, humanidades, cultura, saberes, necesidad); utilización de un léxico connotativo (humanidad, humanismo, dislate, pedantuelo, letraherido; el empleo de un estilo personal (claridad, amenidad, humor), con el empleo de autoridades (Nicolás de Cusa, Voltaire), la presencia de la interrogación retórica (¿qué son las humanidades?), las metáforas (hemiplejia cultural), etc.; la adjetivación valorativa (pedantuelo letraherido, cuadrícula inhumana, ineficacia palabrera), aunque también hay ejemplos de adjetivos especificativos: cultura científica, cultura literaria. También las características morfosintácticas son las propias de los textos humanísticos: periodos sintácticos amplios, con mayor presencia de la subordinación que de la coordinación (Según se dice, las facultades que el humanismo pretende desarrollar son la capacidad crítica de análisis, la curiosidad que no respeta dogmas ni ocultamientos, el sentido de razonamiento lógico, la sensibilidad para apreciar las más altas realizaciones del espíritu humano, la visión de conjunto ante el panorama del saber, etc.); abundantes elementos oracionales que aclaran los contenidos de un término o de una expresión: Lo cierto es que esta hemiplejia cultural es una novedad contemporánea, no una constante necesaria, y que encontraría pocos padrinos —si acaso alguno— entre las figuras más ilustres de nuestra tradición cultural; uso variado de los tiempos verbales: predominio del presente, pero aparición también de condicionales (encontraría) y subjuntivos (se hubieran quedado pasmados). 5. Redacta un texto de tipo expositivo-argumentativo sobre el siguiente tema: «¿Es la cultura una cualidad exclusiva de las personas que se dedican a las letras?». Respuesta libre.
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TEST DE EVALUACIÓN-PÁG. 137 1. Según su contenido, podemos clasificar los textos en: a. Textos humanísticos, textos literarios y textos científicos. b. Textos humanísticos, textos científicos y técnicos, y textos administrativos y jurídicos. c. Textos humanísticos, textos periodísticos y textos publicitarios.
2. Los textos humanísticos tratan preferentemente sobre: a. La anatomía del cuerpo humano y la estructura física de los seres humanos. b. Las relaciones que mantienen los seres humanos con las instituciones administrativas y políticas. c. Todo lo concerniente al ser humano, a sus aspectos intelectuales, formativos y de relación, tanto individual como social.
3. Los textos científicos y técnicos centran sus contenidos en: a. Investigaciones, estudios o conocimientos propios de las Ciencias Naturales. Cuando los textos describen aparatos o mecanismos reciben el nombre de textos técnicos. b. El conocimiento de las leyes y de su aplicación a la sociedad. c. La reflexión e investigación sobre conceptos abstractos relacionados con la actividad intelectual del ser humano.
4. Indica con qué tipo de texto se corresponde cada una de las siguientes afirmaciones: a. Tienden a la abstracción, a presentar una visión subjetiva de los temas tratados y emplear la exposición y la argumentación como formas de elocución. Textos humanísticos. b. Predomina la información objetiva, son rigurosos y verificables, pero las enumeraciones, la exhaustividad, el empleo de tecnicismos y de fórmulas predeterminadas, así como una sintaxis compleja, los hacen difíciles para el receptor. Textos administrativos y jurídicos. c. Su intención es informar objetivamente, buscan la precisión y no presentan ambigüedades. Textos científicos y técnicos.
5. Relaciona correctamente los términos de la primera columna con las afirmaciones de la segunda. Textos humanísticos
Su estructura suele ser libre, depende de la voluntad y del estilo del autor, que puede desviarse del tema y tratar otros distintos.
Textos científicos y técnicos
Las ideas se organizan de modo riguroso y necesario y las informaciones se presentan según una sucesión lógica.
Textos administrativos y jurídicos
Son textos prefijados de antemano. Su estructura ya está establecida y solo hay que variar los contenidos.
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UNIDAD 7: VARIEDADES TEXTUALES (II) CUESTIONES INICIALES-PÁG. 139 1. ¿Para qué sirven los textos instructivos? Cita dos ejemplos. Los textos instructivos sirven para darnos instrucciones sobre cómo hacer correctamente determinadas actividades. Son textos instructivos las recetas de cocina o las instrucciones de uso de electrodomésticos, por ejemplo. 2. Enumera cinco periódicos y determina su ámbito de difusión. -
ABC: nacional.
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La Vanguardia: regional.
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El Mundo: nacional.
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La Voz de Galicia: regional.
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El País: nacional.
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El Correo Vasco: regional.
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La Razón: nacional.
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El Diario de Navarra: regional.
3. ¿Cuántas secciones de un periódico podrías citar? Los periódicos se dividen en numerosas secciones. Por ejemplo: nacional, internacional, sucesos, sociedad, deportes, economía, opinión, espectáculos, cultura, televisión, etc. 4. ¿Sabrías explicar qué es una noticia? Es el relato de un acontecimiento reciente de interés general. La noticia periodística ha de responder a estas preguntas: quién (el autor o protagonista del hecho), qué (el suceso), cuándo (el momento en que ocurre), cómo (el modo), dónde (el lugar) y por qué (la causa). 5. ¿Por qué la opinión tiene tanta importancia en los periódicos? Porque la información suele recibirse previamente a través de otros medios como son la radio, la televisión o el periodismo digital. 6. Escribe una lista de marcas publicitarias y pon a su lado el eslogan que suele acompañarlas. Respuesta libre. 7. ¿Por qué crees que es tan importante la publicidad? La publicidad tiene gran relevancia porque es el instrumento de comunicación entre el vendedor de un producto y el consumidor, y en la sociedad actual la economía se rige básicamente por el consumo. Por este motivo, la publicidad está presente en todo momento y en todo lugar. 8. ¿Cuál es el objetivo del eslogan? Es una frase breve, directa y de fácil memorización, que debe producir un rápido impacto en el receptor.
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ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 142 1. Lee el siguiente poema y responde a las preguntas que se formulan a continuación. Ángelus Sentado en el columpio el ángelus dormita enmudecen los astros y los frutos y los hombres heridos pasean sus surtidores como delfines líricos
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Otros, más agobiados con los ríos al hombro peregrinan sin llamar en las posadas n
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Nadie llegó a su fin Nadie sabe que el cielo es un jardín El ángelus ha fallecido Olvido Con la guadaña ensangrentada un segador cantando se alejaba. GERARDO DIEGO: Imagen (1922).
a) ¿De qué tipo de texto se trata según la finalidad comunicativa? ¿Cuál es esa finalidad comunicativa? ¿Qué clases de mensaje contiene el poema: representativo, expresivo, conativo o poético? Es un texto retórico pues tiene una finalidad estética ya que pretende captar la atención del receptor a través de la belleza, el asombro, el ingenio y la sorpresa. Al mismo tiempo, el poema contiene mensajes expresivos (las sensaciones que pretende transmitir el poema), conativos (los que pretenden provocar una reacción en el receptor) y especialmente poéticos (el uso del lenguaje con intención estética). b) Además del lenguaje verbal, aparece una disposición tipográfica que establece una relación con el mensaje verbal. Trata de explicar los motivos de esa organización tipográfica del poema. ¿Qué clase de relación crees que se establece entre el lenguaje verbal y la disposición de los versos: de redundancia o de complementariedad? ¿Cuál es la intención del poeta en este poema? El poema guarda relación en su disposición tipográfica con el contenido de los versos. Por eso los versos aparecen simulando el vaivén del columpio al que se hace referencia al inicio del poema; el carácter interminable de la vida se prolonga en un verso muy largo y con separación mayor que la normal entre las letras; la palabra olvido aparece sola. Por tanto, existe una relación de redundancia entre el lenguaje verbal y la disposición tipográfica de los versos. La intención del poeta es transmitir un conjunto de sensaciones metafóricas a través de las palabras y de las imágenes: se trata de un poema de carácter vanguardista y el juego poético es muy importante en la transmisión de esas sensaciones señaladas (ir y venir, silencio, sueño, olvido, muerte).
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2. Observa estas instrucciones de uso y analiza sus características principales. Instrucciones de uso de muletas Desplazarse con muletas requiere cierta coordinación. Para asegurarse de que usa las muletas correctamente, lea las siguientes instrucciones y cúmplalas cuidadosamente. Ajuste sus muletas Aunque esté preparado para usar muletas, asegúrese de que el apoyo axilar y la empuñadura estén ubicados a la distancia correcta, tal como se indica a continuación: distancia entre el apoyo axilar y la axila: el apoyo axilar (extremo superior de la muleta) debe encontrarse de 11/2“ a 2“ (aproximadamente el ancho de dos dedos) por debajo de la axila, con los hombros relajados. Para colocarse en la posición trípode, coloque las puntas de las muletas a una distancia aproximada de 4“ a 6“ al costado y delante de Caminar con muletas (sin apoyar peso) Si su cirujano pediátrico especializado en pies y tobillos le indicó que evitara ABSOLUTAMENTE apoyar peso, es importante que siga estas instrucciones cuidadosamente. Necesitará fuerza suficiente en la parte superior del cuerpo para sostener todo su peso solamente con los brazos y los hombros. 1. Comience en la posición trípode y recuerde: mantenga todo su peso sobre el pie «bueno» que es el que lo sostiene. 2. Adelante ambas muletas y el pie o la pierna afectados. 3. Mueva hacia adelante el pie o la pierna «buenos», que son los que sostienen el peso, y apóyelos delante del extremo inferior de las muletas. 4. Adelante ambas muletas y luego el pie o pierna afectados. 5. Repita los pasos 3 y 4. Se trata de un texto instructivo porque pretende explicar el uso de las muletas. El texto se divide en apartados breves y ordenados: ajuste de muletas, forma de caminar con muletas, pasos que se deben dar sucesivamente. Se utilizan las formas verbales del imperativo (asegúrese, adelante) y las perífrasis verbales (debe encontrarse). El léxico es denotativo y aparecen algunos tecnicismos (apoyo axilar, posición de trípode, contera). La sintaxis es sencilla: predominan las oraciones simples. Las acciones que se deben llevar a cabo aparecen enumeradas de un modo exhaustivo y detallado con aclaraciones sobre las diferentes posibilidades. Se incluyen códigos icónicos que ayudan a realizar correctamente las instrucciones (imagen de la muleta y sus diferentes partes).
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ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 148 1. Lee un diario cualquiera y busca un ejemplo de cada una de las modalidades correspondientes a los diferentes géneros periodísticos. Comenta sus características generales. Respuesta libre. 2. Lee la siguiente noticia y explica cuáles son sus características estilísticas y sus rasgos lingüísticos.
La noticia consta de un titular y un subtítulo y el cuerpo. Es breve pero en ella se pueden observar los elementos más representativos que ha de contener una noticia: Dos mujeres (¿quién?) fueron atropelladas por vehículos (¿qué? y ¿cómo?) en pasos de peatones de la ciudad de Madrid (¿dónde?) el día anterior al relato a las 11.15 y a las cinco de la tarde (¿cuándo?) Faltaría únicamente el motivo de los accidentes (¿por qué?). El estilo desarrollado en la noticia es de información pues presenta las siguientes características: -
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La objetividad de lo contado, ya que lo importante son los hechos, no el narrador de los mismos. Se cuenta en tercera persona, los verbos aparecen en modo indicativo, sobre todo en pretérito perfecto simple (resultaron, ocurrió), y los adjetivos son especificativos (heridas graves, pierna derecha). La precisión se observa en que se cuenta lo más significativo y se evita el lenguaje retórico. La claridad se comprueba en la sencillez del léxico empleado y en el orden lógico de las oraciones (sujeto, verbo, complementos).
3. En la siguiente noticia falta el titular. Escribe uno de tipo objetivo y otro de tipo subjetivo. Analiza después la estructura de la noticia: ¿qué información se incluye en el primer párrafo? ¿El cuerpo se organiza en orden decreciente (pirámide invertida)? Indica qué contenidos se incluyen en cada párrafo. ¿Qué estilo se da en el texto: de información o de opinión? Pon ejemplos del propio texto.
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Titular: respuesta libre. El titular que aparecía encabezando la noticia era el siguiente: Un rayo deja sin suministro eléctrico a Mallorca y Menorca hasta siete horas. El primer párrafo cuenta lo básico del suceso: cómo y dónde ocurrió. Podría considerarse la entradilla de la noticia. El resto de la noticia se organiza en orden decreciente (pirámide invertida): consecuencias del apagón, declaraciones de la Delegación del Gobierno, necesidades eléctricas de Mallorca y Menorca, número de damnificados y otras consecuencias, y, por último, líneas de tren afectadas. El estilo utilizado es de información pues presenta las siguientes características: -
La objetividad de lo contado, ya que lo importante son los hechos, no el narrador de los mismos. Se cuenta en tercera persona, se incluyen oraciones impersonales o pasivas reflejas (se debió, se prolongó), los verbos aparecen en modo indicativo, sobre todo en pretérito perfecto simple (causó, fueron), y los adjetivos son especificativos y descriptivos (térmica, doméstico, eléctricas).
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La precisión se observa en que se cuenta lo más significativo por medio de la narración y se evita el lenguaje retórico.
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La claridad se comprueba en la sencillez del léxico empleado, en el orden lógico de las oraciones (sujeto, verbo, complementos), en la sintaxis sencilla y en los sinónimos utilizados: apagón, corte, cese parcial.
-
La atención del receptor se consigue a través de la organización de los contenidos: en primer lugar aparecen las causas del apagón; posteriormente se presentan las consecuencias; después se incluyen las explicaciones oficiales y a continuación se aportan otras informaciones menos relevantes sobre el suceso.
4. Comenta qué clase de titulares son los siguientes y los procedimientos lingüísticos empleados en ellos: •
El Gobierno quiere fomentar el uso de internet en las escuelas. Es un titular objetivo y amplio. El titular pretende reflejar una propuesta del Gobierno; de ahí la importancia de la perífrasis verbal quiere fomentar.
•
Este Real no es de mentira. Es un titular subjetivo y concentrado. Para captar la atención del receptor se juega con la homonimia de la palabra real: relativo a la realeza y verdadero. El primer significado corresponde al nombre de un equipo de fútbol pero se utiliza con el segundo significado para oponerlo a su antónimo mentira. Es una forma de exaltar a los jugadores que componen el equipo.
•
Un líder aburrido. Es un titular subjetivo, conativo y concentrado. Es otro titular deportivo y en él se emplea la personificación. El juego desplegado por un equipo no es entretenido para los espectadores. También se suprime el verbo.
•
Demasiados pelotazos. También nos hallamos ante un titular subjetivo y concentrado. Se suprime el verbo y se incluye la palabra pelotazos con un valor metafórico: se jugó sobre todo enviando balones largos y altos.
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•
Ahmadineyad lo tiene crudo. (El desplome del petróleo reduce las opciones de reelección del presidente iraní.) Es un titular subjetivo y concentrado. Se pretende captar la atención del receptor jugando con el doble significado de las palabras homónimas crudo (petróleo) y crudo (difícil).
•
Detectadas en Ascó corrosiones de origen desconocido. Es un titular objetivo y amplio. En él se han suprimido el verbo, los artículos y otros elementos
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 149 5. Lee el siguiente texto periodístico y responde después a las preguntas.
a) ¿Cuál es el contenido del texto? ¿Es objetivo o subjetivo? ¿Por qué? ¿A qué género pertenece? ¿De qué clase de texto se trata? En este texto, la autora, Cecilia García, manifiesta su protesta por un tipo de celebración de la Navidad basado en el consumismo, la tradición superficial y los falsos sentimientos. Pero sobre todo, muestra su indignación porque esta celebración comienza como una carrera frenética un mes antes de que den comienzo las fiestas navideñas. Se trata de un texto periodístico subjetivo porque lo importante no es el suceso que se cuenta, sino la opinión de la autora al respecto. Es un texto periodístico de opinión; en concreto, se trata de una columna (aunque la disposición tipográfica no sea en forma de columna). El columnista realiza un comentario sobre un asunto de actualidad, dando su punto de vista personal. b) Comenta las características lingüísticas del texto. ¿Qué forma de elocución emplea? Justifica tu respuesta con ejemplos del propio texto. El texto utiliza el estilo de opinión basado en el análisis, el juicio y la valoración de un hecho. El estilo es personal y se caracteriza por la subjetividad, como se comprueba en la presencia del autor en lo escrito (me revienta que me programen; llegaremos a la Nochebuena ahítos), la utilización de adjetivos valorativos (afectos imperecederos, emociones adulteradas), de un léxico connotativo (carrera contrarreloj, lucecitas, campanitas, adornitos, maratón de consumismo). También se comprueba en el modo en que se formula el pensamiento: primero se describe la realidad de la Navidad, después expresa su opinión sobre ese modo de celebración de las fiestas, y acaba con una nota de humor y de ironía acerca de su actitud sobre el asunto. Esta forma de análisis del tema se basa en la reiteración léxica y semántica y en las oraciones subordinadas. Por último, el texto utiliza recursos literarios con una finalidad estética y para llegar más claramente al 115
lector: hipérboles (lo menos perjudicial es hibernar este mes), comparaciones (como un maratón de consumismo) y metáforas (arrecie el temporal de emociones adulteradas). Para justificar sus ideas emplea la argumentación como forma de elocución. Todo el texto es un razonamiento argumentado de lo que considera la autora que es la celebración de la Navidad y de lo que ella opina al respecto. Aparecen argumentos por ejemplos (los adornos, el anuncio de cava), la propia experiencia (bueno, a ver cuándo nos vemos), y la opinión generalizada (Como la mayoría). c) Escribe un texto del mismo tipo, en el que desarrolles tu opinión sobre este mismo tema. Respuesta libre. 6. Lee el siguiente texto, explica de qué género se trata, comenta los aspectos propios de este género que encuentres y analiza el estilo empleado y las características lingüísticas del mismo.
Se trata de un editorial pues expone la opinión del periódico respecto a un asunto concreto y de actualidad: en este caso, los problemas que causa el ruido y la normativa existente para combatirlo. Además, aparece sin firma por lo que refleja la ideología del periódico respecto a este asunto. El estilo del texto recoge las tres características propias de los géneros de opinión: la subjetividad, pues en él se da una opinión particular sobre un asunto; la presión ideológica, pues el periódico manifiesta la opinión que considera generalizada entres sus lectores; y la intención analítica, ya que analiza y argumenta las causas y daños del ruido, el problema que supone en España, la necesidad de normas y de su aplicación y los ejemplos de ruido más habituales. Los rasgos lingüísticos más importantes son: -
El léxico connotativo: atronando.
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El uso de términos específicos: rango municipal, mapas acústicos.
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Los adjetivos en este caso son especificativos por justificar los argumentos con datos objetivos.
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El uso de oraciones subordinadas: El fallo sostiene que esa forma de contaminación…; Ya hay ley, solo hace falta aplicarla; es decir…
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Empleo de expresiones coloquiales: sigue amargando.
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Utilización de recursos semánticos: ruido-contaminación acústica. 116
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 150 7. Lee la siguiente crítica cinematográfica y haz un análisis de sus características: estructura, modo de desarrollo, clases de argumentos, estilo y características lingüísticas.
El texto se estructura en tres partes: título, datos técnicos objetivos y análisis de la película. El título pretende llamar la atención captando la idea esencial del asunto central de la película. En los datos técnicos se incluye el título de la película, el nombre del director y de los principales intérpretes, el género, la nacionalidad y el año de producción y la duración del filme. En el análisis de la película se parte de una reflexión inicial de carácter general formulada por medio de interrogaciones retóricas acerca del comportamiento de los seres humanos tras el fallecimiento de un ser querido en el que pesa más lo afectivo o lo material. Tras esa reflexión inicial el autor del texto realiza una crítica positiva del filme desde el punto de vista técnico y desde la presentación del contenido. El autor desarrolla una argumentación por oposición de conceptos (lo afectivo frente a lo material) y por ejemplos. El estilo del texto está basado en la subjetividad de la opinión del autor de la crítica, de ahí que predomine la opinión sobre la información con rasgos lingüísticos como los siguientes: el léxico connotado (mercadeo, canallesca), los adjetivos valorativos (interesantísimo, excelente), términos específicos (obra mayor, pieza de cámara, secuencias), oraciones subordinadas, recursos retóricos (recursos de repetición léxicos y morfosintácticos), recursos semánticos (legado, herencia), marcadores textuales (sin embargo) y las interrogaciones retóricas iniciales. 8. La siguiente noticia está tomada de un medio digital (). ¿Sobre qué informa? ¿Crees que hay alguna diferencia aparente respecto a la noticia impresa? ¿Dónde se produce la diferencia? ¿Qué significa el dato que aparece entre paréntesis junto al nombre de la redactora? Busca una misma noticia en un periódico impreso y en un periódico digital y compáralas. El texto informa sobre un estudio realizado en 130 países y cuya conclusión es que las mujeres no tienen las mismas posibilidades de acceso al poder que los hombres, si bien sí tienen el mismo nivel educativo que ellos. En principio no existe ninguna diferencia respecto a la noticia en papel impreso, pues las diferencias solo se establecen en el medio: papel frente a medio digital. En este caso, la noticia se leería a través de la pantalla de un ordenador. Otra diferencia es su carácter interactivo; de ahí que aparezca junto al nombre de la periodista la posibilidad de ver la foto y un vídeo informativo sobre esa misma noticia. 117
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 154 1. Observa el siguiente anuncio y responde a las preguntas que aparecen a continuación.
a) ¿Qué producto o servicio se ofrece en el anuncio? ¿En qué partes se divide el anuncio? ¿Qué códigos se emplean en cada una de esas partes? ¿Cuál es el eslogan? El anuncio corresponde a una empresa privada de atención sanitaria que ofrece un seguro médico familiar. El anuncio se divide en cuatro partes: la parte superior consta de un mensaje verbal en el que aparece el nombre del producto, el logotipo de la empresa y el teléfono de contacto; en la segunda parte se informa de las características y ventajas del producto que se ofrece; en la tercera parte, se incluye un dibujo en el que se representa una escena familiar, imagen recreada a partir de un famoso cuadro. En la primera y segunda parte se emplea el código verbal; en la tercera, el código icónico. El eslogan dice: SANITAS. PARA LO QUE DE VERDAD IMPORTA. b) ¿Qué forma de elocución se utiliza en la parte verbal? ¿En qué consiste la imagen presentada en el anuncio? ¿Por qué se manipula la imagen? ¿Qué efecto se consigue? ¿Qué relación guardan el mensaje verbal y el icónico? En la segunda parte se utiliza la argumentación como forma de elocución ya que se dan las razones por las que se ofrece un seguro médico familiar y se justifica explicando las virtudes del producto. En la tercera parte se presenta una imagen manipulada del cuadro de Goya titulado La maja vestida puesto que aparece junto a su marido y sus dos hijos. Se trata de un recurso de captación de la atención del receptor por medio de la sorpresa y del humor, pues es un cuadro sobradamente conocido y se relaciona con el mensaje verbal: lo importante es la familia. De la misma manera que el cuadro presenta una imagen novedosa (la figura de la maja ya no está sola puesto que aparece con su familia), la compañía de salud ofrece un nuevo seguro no individual, sino familiar. La imagen y el código verbal redundan en la misma idea y, al mismo tiempo, causan un efecto sorpresa en el receptor. 118
c) Señala las características lingüísticas del código verbal. Observa sobre todo el uso que se hace de las formas de superlativo. El lenguaje verbal se organiza en tres apartados: una pregunta retórica (¿Por qué hasta ahora nadie se había preocupado por la familia?); la respuesta a esa pregunta se da en el segundo apartado, pues Sanitas sí piensa especialmente en la familia (concepto en el que se hace hincapié); y la descripción de las cualidades del nuevo seguro se enumeran a continuación por medio de una estructura paralelística y anafórica basada en el empleo de formas de superlativo (el más completo, el más flexible, el más cercano y el más competitivo) y de oraciones subordinadas adverbiales causales a continuación (porque incluye, porque cuenta, porque ofrece). El léxico empleado está muy connotado por valoraciones que sugieren seguridad, salud, economía y, principalmente, familia. 2. Explica los recursos lingüísticos empleados en los siguientes eslóganes: •
Ponte el casco. Métetelo en la cabeza. Se emplea el imperativo. Se utiliza la forma de tratamiento tú por tratarse de un destinatario eminentemente juvenil. Se emplea una dilogía: el sentido literal de ponerse el casco y el figurado de concienciarse para llevarlo siempre puesto.
•
Alea jacta est (un vino con denominación de origen). Se utiliza una expresión latina (la suerte está echada) para aumentar el valor de la tradición de un vino de reserva (antiguo).
•
Disfrute del confort (sillones y sofás). Empleo de una oración exhortativa y tratamiento de usted (receptor adulto).
•
RENFE. Mejora tu tren de vida. Empleo de una oración exhortativa. Comienzo con las siglas de la empresa para utilizar a continuación una dilogía por medio de una frase hecha: RENFE es una empresa de ferrocarriles y tren de vida es una frase cuyo significado es «estilo de vida».
•
Bono bueno, Bono bus. Se emplea la anáfora (repetición de la palabra Bono) y la aliteración (repetición de sonidos).
•
Un glu-glu de Campari y tres fshhh! de soda (una bebida alcohólica). Ausencia de núcleo verbal y uso de onomatopeyas.
•
Sentirse relajada, sentirse renovada (crema corporal). Utilización del paralelismo y de la rima.
•
Con la Agencia Tributaria es más fácil declarar. Empleo del comparativo de superioridad y del efecto rítmico (dos partes de ocho sílabas cada una).
•
El tabaco, el exceso de colesterol y la hipertensión son una bomba para tu corazón. Utilización de la rima (hipertensión-corazón), la enumeración y la metáfora (la palabra bomba).
•
Vamos a tirarles de la lengua (un programa de entrevistas de radio). Dilogía por medio de una frase hecha: tirarle de la lengua equivale a «hacerles hablar». 119
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 155 3. Busca en un periódico anuncios por palabras y analiza sus características estilísticas. Busca también ejemplos de publicidad institucional y comenta su estructura, la imagen empleada y el lenguaje verbal. Respuesta libre. 4. Lee los enunciados del siguiente anuncio dos veces: la primera, de arriba abajo; la segunda, de abajo arriba. ¿Qué diferencias encuentras en la interpretación del mensaje? ¿Por qué? ¿Qué efecto produce en el lector? ¿Qué forma de elocución se emplea? Señala las palabras que se emplean con carga valorativa. ¿Qué relación guarda esta doble lectura con el eslogan?
Esto es lo que debe pensar la gente los seguros son un sector en el que no se cumplen las promesas por eso nadie creerá que nos preocupamos por sus intereses y que somos transparentes los clientes deben pensar que no estamos comprometidos del todo nos equivocaríamos al decir que siempre estaremos disponibles y seremos atentos y fiables Pero en AXA/ estamos reinventando los seguros AXA Reinventando / los seguros
El anuncio juega con la doble interpretación del mensaje según se lea de arriba abajo o de abajo arriba. Es cierto que este juego se basa en un error morfológico ya que la lectura de arriba abajo tendría que incluir la perífrasis deben de pensar (probabilidad) y no deben pensar (obligación). Pero obviando este error, la lectura de arriba abajo ofrece una visión negativa de los seguros en general y la lectura de abajo arriba indica lo que deben ser los seguros de la compañía AXA para los clientes, y en este caso, son afirmaciones positivas. AXA, por tanto, está reinventando los seguros, tal y que como expresa en su eslogan. Esta doble lectura causa en el lector un efecto sorpresa que le lleva a simpatizar con esta compañía de seguros ya que elimina la consideración general y se compromete con los clientes a ofrecer una serie de valores positivos por medio de palabras connotadas: promesas, intereses, transparencia, disponibilidad, atención y fiabilidad.
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5. Realiza un comentario del siguiente anuncio: descripción del mismo, relación entre texto e imagen, análisis del eslogan y del código verbal, interpretación del mensaje sugerente de la imagen, interpretación de los recursos lingüísticos utilizados, etc.
En el anuncio se combinan el lenguaje verbal y el no verbal en un conjunto complementario. El anuncio empieza con una introducción en la filosofía del producto que se vende: Eres lo que eliges. Be a Saabist. Es decir, el coche responderá a las expectativas de la personalidad del comprador según sus necesidades. Y posteriormente se explican las características de los modelos de la marca. Se incluye un neologismo (Saabista) que se convierte en el eje del anuncio. Ser saabista es elegir el modelo de Saab por alguna de las razones que se sugieren en el dibujo. El dibujo del vehículo responde al dibujo que cada cliente Saabista va a asignar a su vehículo según su personalidad y se basa en la suma de expresiones antonímicas: potencia-serenidad; motor ecológico-motor tradicional; moderno-clásico, emocional-racional. A continuación se formula la pregunta ¿Convencional o diferente? para que el propio cliente responda según su personalidad. Es decir, el vehículo responde a las características personales del Saabista. Posteriormente se explica la oferta basada en el eslogan Be a Saabist y vemos el vehículo de frente. El eslogan juega con la expresión en inglés porque posee más sonoridad y redunda en el juego expresivo del neologismo (Saabist). Es importante indicar que el color elegido para el dibujo y para la palabra Saabista es el verde pues indica compromiso ecológico, conservación del medio ambiente. 121
TEXTOS COMPLEMENTARIOS-PÁG. 156
Instrucciones para dar cuerda al reloj Allá en el fondo está la muerte, pero no tenga miedo. Sujete el reloj con una mano, tome con dos dedos la llave de la cuerda, remóntela suavemente. Ahora se abre otro plazo, los árboles despliegan sus hojas, las barcas corren regatas, el tiempo como un abanico se va llenando de sí mismo y de él brotan el aire, las brisas de la tierra, la sombra de una mujer, el perfume del pan. ¿Qué más quiere, qué más quiere? Átelo pronto a su muñeca, déjelo latir en libertad, imítelo anhelante. El miedo herrumbra las áncoras, cada cosa que pudo alcanzarse y fue olvidada va corroyendo las venas del reloj, gangrenando la fría sangre de sus pequeños rubíes. Y allá en el fondo está la muerte si no corremos y llegamos antes y comprendemos que ya no importa. JULIO CORTÁZAR: Historias de cronopios y de famas.
Prensa y escuela La lectura de periódicos supone una novedad en el aprendizaje de niños y adolescentes. El Ministerio de Educación y Cultura y la Asociación de Diarios Españoles han debatido la posibilidad de incorporar el periódico del día a la escolaridad, de una manera fácil y espontánea. A uno le parece un proyecto sugestivo, ya que nuestra enseñanza tiende a ser una enseñanza de lo antiguo, con lo que se consigue que el chico odie a los clásicos y ese lenguaje altoparlante que usaban. La enseñanza de la lectura debe llevarse de adelante a atrás. Recuerda uno el tedio de las clases infantiles y adolescentes donde nunca acabábamos de dialogar con los Reyes Godos, con los Reyes Católicos o con los otros reyes, que siempre había un rey a mano dispuesto a escolarizarnos con su lenguaje retórico. Por el contrario, el periódico del día supone una intromisión alegre y despejada en mil temas diversos, desde la rotura de una cañería en el barrio de al lado hasta la visita de un general extranjero. Y encima venía el fútbol, con fotos y apuntes del periódico local. El periódico del día suscita siempre mil noticias vivas que tienen todas un perfume de actualidad e interesan al joven estudiante. Para la imaginación impaciente del chico es más importante el periódico, con su información trepidante [...]. Quiere decirse que si la paloma de papel del periódico se hubiese posado más en nuestra aula nos habríamos bañado todas las mañanas en la actualidad de la calle, porque el periódico reciente huele a calle y a tinta fresca. La televisión y otros medios informativos sí se utilizan en muchos colegios para la enseñanza de distintas materias y para el conocimiento mismo de la técnica comunicacional. ¿Y por qué no se hace lo mismo con el periódico? Los escritores de periódicos son más amenos y callejeros que los clásicos de plazuelas y los técnicos de ordenador. La prueba es que el público lo sigue leyendo como lectura imprescindible al margen del electrodoméstico televisivo [...]. La lectura del periódico es la lectura de la actualidad pasando ante nuestros ojos con su glosa como banderola. Enhorabuena y que salga la cosa. FRANCISCO UMBRAL: El Mundo.
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TEXTOS COMPLEMENTARIOS-PÁG. 157 La mujer en la publicidad Desde sus orígenes, las técnicas publicitarias han considerado a la mujer como la más hermosa de sus conquistas, pero también la han visto como el mejor medio para conseguir sus propios fines. Y esto, en un doble sentido: como destinataria de los productos que se pretenden vender, y como adorno bello y vehículo persuasivo para promocionar los más variados objetos de consumo en el mercado, desde bebidas alcohólicas hasta automóviles, pasando por cigarrillos, prendas íntimas masculinas, o bebidas-fuertes-cosa-dehombres. En uno y otro caso, resulta patente que la publicidad recoge del entorno en el que actúa la distribución de los papeles sociales en función del sexo, y las pautas de conducta que este lleva asociadas. De esta forma, si, por un lado, se dirige a la mujer ama de casa y la presenta como un ser que debe obsesionarse por la blancura de la colada, y, por otro, garantiza el disfrute de éxitos sexuales sin cuento por el simple hecho de vestir una determinada marca de pantalones, lo que se pone de manifiesto es la existencia de dos significados distintos en el papel que la mujer tiene asignado dentro de la sociedad: el de encantadora, eficiente y puntual servidora doméstica, y el de sugerente y seductor símbolo y objeto erótico. En la publicidad específicamente dirigida a la mujer suele filtrarse una concepción social que la considera como necesario complemento del hombre, para el que debe ser su reina y su esclava, su esposa y su amante, su servidora y su adorno, su pieza de caza y su trofeo... Para ello la mujer debe preocuparse de conseguir resplandecientes joyas y superactivos detergentes; pañales supersuaves, superabsorbentes, y minúsculas, exóticas y atrevidas prendas íntimas, así como los últimos jabones de efectos mágicos procedentes de ultramar y los vestidos a la última moda. Solo considerando tales funciones femeninas pueden comprenderse eslóganes como: ¿Podrían tus manos recibir una visita imprevista? Este tipo de mensajes siempre alude implícitamente al varón —sea esposo, amante o amigo— como objeto de conquista para la mujer, y, en consecuencia, la incitan a convertirse en un modelo de perfección física y de eficacia doméstica. [...] En definitiva, la utilización de la mujer en los reclamos publicitarios sirve a veces para renovar la escena del Paraíso: Eva ofrece a Adán la manzana que ella ya ha mordido bajo la astuta mirada de la serpiente. MIGUEL A. FURONES: El mundo de la publicidad.
1. ¿En qué consisten las instrucciones del primer texto? ¿Son necesarias esas instrucciones? ¿Qué simbología quiere expresar el autor del texto? Escribe unas instrucciones «para no perder el tiempo». En el primer texto se exponen unas instrucciones para dar cuerda al reloj. Se trata de una recreación lírica y humorística porque esas instrucciones no son necesarias realmente. En realidad lo que pretende el autor es relacionar el sentido del reloj con el paso del tiempo y, por tanto, se asocia el hecho de dar cuerda al reloj con la posibilidad de vivir intensamente la vida sabiendo que al final de la misma se detiene el tiempo, es decir, está la muerte. 2. ¿Qué clase de texto es el segundo? ¿Por qué? ¿Cuál es el asunto sobre el que trata? ¿Cómo lo argumenta? ¿Estás de acuerdo con lo expresado por Francisco Umbral en el texto? ¿Utiliza un estilo de información o de opinión? Escribe un artículo de opinión sobre el siguiente tema: «El periódico como recurso de aprendizaje en la escuela». El segundo texto es un artículo de opinión, más en concreto una columna. Se trata de un comentario firmado sobre un tema de actualidad, que aparece siempre en el mismo lugar del periódico y que ocupa el tamaño de una columna. Los columnistas suelen ser escritores de prestigio que colaboran con regularidad en el periódico. En este caso, Francisco Umbral era un 123
columnista habitual en el diario El Mundo. Umbral muestra su satisfacción por la colaboración entre el Ministerio de Educación y Cultura y la Asociación de Diarios Españoles para difundir el uso del periódico en la escuela. El autor considera que la lectura de periódicos en las aulas es muy beneficiosa para los estudiantes, ya que los periódicos aportan actualidad y amenidad al aprendizaje. Umbral utiliza un estilo de opinión, porque se basa en la subjetividad de una opinión y porque utiliza recursos lingüísticos y argumentos propios del estilo de opinión: léxico connotado (lenguaje altoparlante y tedio frente a intromisión alegre y despejada), adjetivos valorativos (proyecto sugestivo, noticias vivas), predominio de las subordinación, interrogaciones retóricas (¿Y por qué no se hace lo mismo con el periódico?), recursos retóricos (La lectura del periódico es la lectura de la actualidad pasando ante nuestros ojos con su glosa como banderola), etc. 3. Escribe un resumen del tercer texto. Busca palabras y expresiones relacionadas con las sugerencias connotativas empleadas en la publicidad. Resumen: La mujer ha desempeñado un papel muy importante en el mundo de la publicidad desde dos puntos de vista: como receptora de los mensajes publicitarios y como elemento de persuasión en la publicidad de los productos anunciados. En ambos casos se somete a la figura de la mujer a un papel excesivamente determinado y sexista. En un caso, porque se transmite la idea de que la mujer debe asumir sus funciones domésticas al mismo tiempo que su feminidad debe resultar atractiva para el hombre. En otro, porque se emplea la imagen de la mujer como elemento de sugestión erótica relacionado con sugerentes expectativas sexuales. Expresiones connotadas en la publicidad referidas a la mujer: reina, esclava, esposa, amante, servidora, adorno, pieza de caza, trofeo, ama de casa, servidora doméstica. 4. Por lo general, ¿qué papel asume la mujer en la publicidad? Expón tu opinión de forma argumentada sobre el siguiente tema: «¿Es machista la utilización que se hace de la mujer como reclamo publicitario?». Respuesta libre.
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TEST DE EVALUACIÓN-PÁG. 159 1. Los textos, según la finalidad comunicativa, pueden ser: a. Informativos, persuasivos, periodísticos y publicitarios. b. Informativos, persuasivos, prescriptivos y retóricos. c. Informativos, instructivos, publicitarios y literarios. 2. Son ejemplos de textos instructivos: a. Las guías de viaje y los consejos de uso de objetos. b. Los libros de texto y las normas de manejo de electrodomésticos. c. Las recetas de cocina y los anuncios por palabras. 3. Son rasgos propios de los géneros de información: a. El uso de oraciones impersonales y de un léxico connotativo. b. El empleo de verbos en pretérito y de adjetivos especificativos. c. El uso contenido de recursos expresivos y de abundantes subordinadas. 4. La noticia se caracteriza por: a. La narración de los hechos con valoraciones del autor. b. La información basada en la investigación y la documentación y por la importancia del tratamiento del asunto y no por su actualidad. c. El interés general, la actualidad, la objetividad, la brevedad y la concisión. 5. El estilo de opinión se caracteriza por: a. El uso de adjetivos valorativos, léxico connotado y recursos literarios. b. El empleo de oraciones simples y coordinadas y de estructuras argumentativas. c. La presencia del autor del texto y la objetividad. 6. El editorial, la columna y la crónica son: a. Géneros informativos y géneros mixtos. b. Géneros de opinión. c. Géneros de opinión los dos primeros y mixto el tercero. 7. Los textos publicitarios se caracterizan por: a. La presencia de la función expresiva y de la denotación. b. La creatividad y el uso de un registro del idioma culto. c. La función apelativa, la brevedad y la combinación de códigos. 8. El eslogan Si siempre te pides más, ¿vas a pedir a tu dinero menos? se caracteriza por: a. El uso de la interrogación retórica y de la hipérbole. b. El uso de la segunda persona y de la antítesis. c. El uso de la metáfora y del paralelismo. 9. Encontramos una comparación y una hipérbole en el eslogan: a. Un automóvil como nunca se ha creado antes. b. Para mi bebé, papillas Nestlé. c. No te compliques. 125
UNIDAD 8: LOS TEXTOS LITERARIOS CUESTIONES INICIALES-PÁG. 161 1. ¿Cuál crees que es la función lingüística predominante en los textos literarios? En los textos literarios predomina la función poética: el contenido se manifiesta por medio de un mensaje elaborado con originalidad y visión personal. Pero también se incluye en ellos la función expresiva y la función conativa. El autor explota las posibilidades del idioma para causar en el lector asombro o extrañeza por medio de la intensificación de los procedimientos expresivos de la lengua. 2. ¿Por qué el valor connotativo de las palabras adquiere importancia en este tipo de textos? El lenguaje literario es un lenguaje connotativo. El escritor emplea las palabras con significados afectivos personales que provocan en el lector unas emociones determinadas. La presencia de la connotación en los textos literarios conlleva el valor polisémico de sus mensajes: las obras literarias proporcionan significados variados y distintos, dependiendo del lector, de las circunstancias de su lectura, de la época en que se lee, etc. 3. ¿El texto literario transmite un mensaje único y común a todos los lectores o permite diferentes interpretaciones? Justifica tu respuesta. La presencia de la connotación en los textos literarios conlleva el valor polisémico de sus mensajes: las obras literarias proporcionan significados variados y distintos, dependiendo del lector, de las circunstancias de su lectura, de la época en que se lee, etc. 4. ¿En qué tipo de textos literarios predomina la expresión de los sentimientos y de la subjetividad? La lírica constituye la máxima expresión de la subjetividad del autor, de sus sentimientos, de su mundo interior. 5. ¿Cuántos subgéneros de novela conoces? Enuméralos y explica sus diferencias. La novela presenta muchos subgéneros: hay novela histórica, policíaca, de terror, de cienciaficción, de aventuras, de aprendizaje, romántica, etc. 6. ¿Qué diferencias hay entre el texto teatral y su representación en los escenarios? En los textos dramáticos o teatrales cabe distinguir dos posibilidades de realización: el texto propiamente dicho, que puede ser leído individualmente, y la representación, que consiste en dar vida sobre el escenario a la obra escrita. En el texto teatral predomina la comunicación verbal. En cambio, en la representación entran en juego otros elementos comunicativos como son la dirección, los actores, la declamación, la gesticulación, la escenografía, el vestuario, los decorados, la música, entre otros. 7. Cita cuatro obras literarias de cada uno de los géneros literarios. -
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Lírica: Rimas, de Gustavo Adolfo Bécquer; Campos de Castilla, de Antonio Machado; Romancero gitano, de Federico García Lorca; Las personas del verbo, de Jaime Gil de Biedma. Narrativa: Vida del Buscón, de Francisco de Quevedo; Fortunata y Jacinta, de Benito Pérez Galdós; El árbol de la ciencia, de Pío Baroja; Tiempo de silencio, de Luis Martín Santos. Dramática: La vida es sueño, de Pedro Calderón de la Barca; Don Juan Tenorio, de José Zorrilla; Luces de bohemia, de Ramón María del Valle-Inclán; La casa de Bernarda Alba, de Federico García Lorca. 126
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 164 1. Lee el siguiente fragmento de la novela El cartero de Neruda, de Antonio Skármeta y responde a las preguntas que se te formulan. En la obra, Mario, un cartero que quiere ser poeta, ha estado hablando con Beatriz, una guapa muchacha de su pueblo. Por la noche, la madre habla con Beatriz en su habitación. —¿Qué te dijo? Beatriz tuvo la palabra en la punta de la lengua, pero la adobó unos segundos con su saliva. —Metáforas. La madre se aferró a la perilla del rústico catre de bronce, apretándola hasta convencerse de que podía derretirla. —¿Qué le pasa, mamá? ¿Qué se quedó pensando? La mujer vino al lado de la chica, se dejó desvanecer sobre el lecho, y dijo: —Nunca te oí una palabra tan larga. ¿Qué «metáforas» te dijo? —Me dijo... Me dijo que mi sonrisa se extiende como una mariposa en mi rostro. —¿Y qué más? —Bueno, cuando dijo eso, yo me reí. —¿Y entonces? —Entonces dijo una cosa de mi risa. Dijo que mi risa era una rosa, una lanza que se desgrana, un agua que estalla. Dijo que mi risa era una repentina ola de plata. [...] La madre se puso de pie y cruzó delante de su pecho las palmas de las manos, horizontales como los filos de una guillotina. —Hijita, no me cuente más. Estamos frente a un caso muy peligroso. Todos los hombres que primero tocan con la palabra, después llegan más lejos con las manos. —¡Qué van a tener de malo las palabras! —dijo Beatriz abrazándose a la almohada. —No hay peor droga que el bla-bla. Hace sentir a una mesonera de pueblo como una princesa veneciana. Y después, cuando viene el momento de la verdad, la vuelta a la realidad, te das cuenta de que las palabras son un cheque sin fondo. ¡Prefiero mil veces que un borracho te toque el culo en el bar, a que digan que una sonrisa tuya vuela más alto que una mariposa! —¡Se extiende como una mariposa! —saltó Beatriz. —¡Que vuele o que se extienda da lo mismo! ¿Y sabes por qué? Porque detrás de las palabras no hay nada. Son luces de bengala que se deshacen en el aire. —Las palabras que me dijo Mario no se han deshecho en el aire. Las sé de memoria y me gusta pensar en ellas cuando trabajo. —Ya me di cuenta. Mañana haces tu maleta y te vas unos días donde tu tía en Santiago. ANTONIO SKÁRMETA: El cartero de Neruda.
a) ¿Cuál es el tema de la conversación entre Beatriz y su madre? Escribe un resumen del fragmento. Beatriz ha conocido a Mario, un cartero aficionado a la poesía y que, enamorado de la muchacha, le dice cosas hermosas empleando metáforas. La madre de Beatriz se asusta al oír aquello, porque desconfía de las palabras bonitas: cree que esconden otras intenciones. b) Mario, el cartero que ha hablado con Beatriz, le ha dicho varias metáforas: indica cuáles son. Las metáforas de Mario (tomadas de versos de Pablo Neruda) son: Me dijo que mi sonrisa se extiende como una mariposa en mi rostro; Dijo que mi risa era una rosa, una lanza que se desgrana, un agua que estalla. Dijo que mi risa era una repentina ola de plata.
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c) Por su parte, la madre condena los efectos que puede tener el lenguaje literario. Sin embargo, ella no se libra de emplear metáforas y comparaciones: indica dónde se encuentran. La madre de Beatriz emplea varias figuras retóricas en su habla, todas ellas relacionadas con el uso de las palabras. Primero dice que los hombres tocan con la palabra. Más adelante compara el hablar con la droga. E inmediatamente después establece la siguiente comparación: Hace sentir a una mesonera del pueblo como una princesa veneciana. Y en el mismo párrafo crea una nueva metáfora: las palabras son un cheque sin fondo. Una última metáfora relacionada con las palabras es: Son luces de bengala que se deshacen en el aire. d) ¿Cuál es la principal diferencia entre la lengua común y la lengua literaria? Aunque se base en la lengua común, el escritor manipula y modifica el idioma de manera que el resultado sea un lenguaje diferente, creativo e innovador. La lengua literaria tiene su propio código, sus propios recursos de expresión, y a menudo, su propia gramaticalidad. El autor explota las posibilidades del idioma para causar en el lector asombro o extrañeza por medio de la intensificación de los procedimientos expresivos de la lengua y de los efectos no verbales empleados habitualmente en esta clase de textos: ritmo, musicalidad, recursos tipográficos, etc. Para conseguir la función poética y la expresividad, el escritor se vale de las figuras literarias, una serie de recursos retóricos cuyo empleo permite embellecer el lenguaje. e) ¿Qué connotaciones adquieren las palabras de las metáforas para Beatriz? ¿Y para su madre? ¿Las dos mujeres las interpretan de igual manera? Justifica tu respuesta con ejemplos. Para Beatriz las metáforas expresan los sentimientos de Mario y con ellas se siente vinculada con la belleza de la naturaleza. Para la madre las metáforas son artimañas, palabras vacías con las que Mario pretende engatusar a Beatriz. f) Redacta tu opinión de forma argumentada sobre el siguiente tema: «¿Para qué sirve la literatura? ». Respuesta libre.
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 165 2. Lee atentamente este poema y analízalo siguiendo las cuestiones que te planteamos. Agua verde y dormida, que no quieres ninguna gloria, que has desdeñado ser fiesta y catarata, que cuando te acarician los ojos de la luna te llenas toda de pensamientos de plata... 5
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Agua limpia y callada del remanso doliente, que has despreciado el brillo del triunfo sonoro, que cuando te penetra el sol dulce y caliente te llenas toda de pensamientos de oro... Triste y profunda eres, lo mismo que mi alma; a tu sombra han venido a pensar los dolores, y brotan, en la plácida delicia de tu calma, los más puros ensueños y las más bellas flores... JUAN RAMÓN JIMÉNEZ: La soledad sonora.
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a) ¿Qué función lingüística predomina en el texto? ¿Hay acción en él? ¿Cuál es su tema? La función predominante en el texto es la función poética: la principal intención del autor al escribir es crear belleza a través del uso del lenguaje. En el poema no hay acciones o sucesos: el poeta se limita a describir el agua quieta de un remanso y las emociones que le produce. b) El texto está escrito en verso. Haz un análisis de la métrica: tipo de versos según el número de sílabas, distribución de la rima y estrofas empleadas. Juan Ramón Jiménez utiliza versos alejandrinos (de 14 sílabas). Con ellos forma tres serventesios, caracterizados por la rima consonante distribuida en alternancia: ABAB. c) ¿Se dan repeticiones léxicas y de estructuras gramaticales? Pon ejemplos. Indica también las principales figuras retóricas empleadas por el poeta. En los dos primeros serventesios se producen varias repeticiones: léxicas (agua, pensamientos), ―también mediante el uso de sinónimos (gloria – fiesta – triunfo; desdeñado - despreciado)― y de estructuras gramaticales (agua verde y dormida… que no quieres… que has desdeñado; agua limpia y callada… que has despreciado… que… te llenas; te llenas toda de pensamientos de plata; te llenas toda de pensamientos de oro). Además de estos paralelismos, destacan las antítesis (luna / sol; plata / oro), las metáforas (ojos de la luna), sinestesias (brillo del triunfo sonoro; sol dulce y caliente) y comparaciones (Triste y profunda eres, lo mismo que mi alma), las personificaciones (te acarician los ojos de la luna; te penetra el sol dulce y caliente; han venido a pensar los dolores), las reticencias con las que acaba cada uno de los serventesios y el uso de epítetos (plácida delicia, puros ensueños, bellas flores). d) Analiza las características lingüísticas del poema: utilización de los pronombres personales y de vocativos, ejemplos de construcciones nominales, tipos de adjetivos empleados y elementos que dotan al texto de coherencia y cohesión. El poema está dirigido a un tú (el agua), al que se nombra mediante vocativos (agua verde y dormida… que no quieres… que has desdeñado; agua limpia y callada… que has despreciado… que… te llenas). La presencia del yo del poeta se hace evidente en el tercer serventesio: lo mismo que mi alma. Así el lector descubre que la descripción elogiosa del agua en calma no es gratuita, sino una identificación con el alma del poeta. Puede comprobarse el estilo nominal en los dos primeros serventesios, que carecen de verbo principal. Con respecto a los adjetivos predominan los valorativos y los epítetos (remanso doliente, agua triste y profunda, plácida delicia, puros ensueños, bellas flores) y la preferencia por su aparición por parejas (verde y dormida, limpia y callada, dulce y caliente, triste y profunda). La coherencia y la cohesión del texto se consiguen fundamentalmente a base de recurrencias: las léxicas, las sustituciones sinonímicas y las estructuras paralelísticas analizadas en la pregunta anterior. 3. Siguiendo el esquema de las preguntas anteriores, haz un comentario de este otro poema. En el análisis de la métrica, observa que hay regularidad silábica, pero no rima. ¿Qué nombre recibe este tipo de versos? La despedida
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Mientras haya ciudades, iglesias y mercados, y traidores, y leyes injustas, y banderas; mientras los ríos sigan vertiendo su basura en el mar y los vientos soplen en las montañas; mientras caiga la nieve y los pájaros vuelen, y el sol salga y se ponga, y los hombres se maten; mientras alguien regrese, derrotado, a su cuarto y dibuje en el aire la V de la victoria; 129
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mientras vivan el odio, la amistad y el asombro, y se rompa la tierra para que crezca el trigo; mientras tú y yo busquemos el medio de encontrarnos y nuestro encuentro sea poco más que silencio, yo te estaré queriendo, vida mía, en la sombra, mientras mi pecho aliente, mientras mi voz alcance la estela de tu fuga, mientras la despedida de este amor se prolongue por las calles del tiempo. LUIS ALBERTO DE CUENCA: El otro sueño.
La función predominante en el texto es la función poética: la principal intención del autor al escribir es crear belleza a través del uso del lenguaje. En el poema no hay acciones o sucesos: el poeta expresa la intensidad del amor que siente por la mujer a la que ama y la permanencia de su amor en el tiempo. En el poema se utilizan versos alejandrinos sin rima, es decir, está compuesto por versos blancos que no forman ninguna estrofa determinada. Está construido sobre una estructura paralelística repetida: el uso de las subordinadas de tiempo encabezadas por mientras (que remite a una conocida rima de Bécquer), cuya oración principal no aparece hasta el verso 13 (yo te estaré queriendo, vida mía, en la sombra). Las enumeraciones unidas por polisíndeton son habituales (Mientras haya ciudades, iglesias y mercados, / y traidores, y leyes injustas, y banderas; / mientras los ríos sigan vertiendo su basura / en el mar y los vientos soplen en las montañas; / mientras caiga la nieve y los pájaros vuelen, / y el sol salga y se ponga, y los hombres se maten), así como las antítesis (el sol salga y se ponga; derrotado – victoria; odio – amistad). El poeta también emplea metáforas (la estela de tu fuga, las calles del tiempo) y personificaciones (y se rompa la tierra para que crezca el trigo). En relación con el predominio de la visión subjetiva aparece la primera persona (mientras tú y yo, yo te estaré queriendo, mi pecho, mi voz), que a veces nombra a la segunda persona a la que se dirige como receptor interno del poema (tú y yo, te estaré queriendo, tu fuga), también mediante vocativos (vida mía). Este poema está caracterizado por el escaso uso de adjetivos (derrotado) y por la aparición de verbos de acción (sigan vertiendo, caiga, soplen, regrese) que transmiten la duración en el tiempo de los sucesos de la realidad y, a la par, del amor. La coherencia está determinada por la estructura métrica, las repeticiones de estructuras gramaticales y se manifiesta por el empleo de marcadores textuales como el nexo mientras.
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ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 168 1. En cada uno de los siguientes fragmentos, señala la persona narrativa y el tipo de narrador que se emplea, justificándolo con ejemplos. El aire de fuera resultaba ardoroso. Me quedé sin saber qué hacer con la larga calle Muntaner bajando en declive delante de mí. Arriba, el cielo, casi negro de azul, se estaba volviendo pesado, amenazador aún, sin una nube. Había algo aterrador en la magnificencia clásica de aquel cielo aplastado sobre la calle silenciosa. Algo que me hacía sentirme pequeña y apretada entre fuerzas cósmicas como el héroe de una tragedia griega. CARMEN LAFORET: Nada. El relato está narrado en primera persona. La narradora es un narradora-protagonista. Lees ese anuncio: una oferta de esa naturaleza no se hace todos los días. Lees y relees el aviso. Parece dirigido a ti, a nadie más. Distraído, dejas que la ceniza del cigarro caiga dentro de la taza de té que has estado bebiendo en este cafetín sucio y barato. Tú releerás. Se solicita historiador joven. Ordenado. Escrupuloso. Conocedor de la lengua francesa. Conocimiento perfecto, coloquial. Capaz de desempeñar labores de secretario. Juventud, conocimiento del francés, preferible si ha vivido en Francia algún tiempo. Tres mil pesos mensuales, comida y recámara cómoda, asoleada, apropiada estudio. Solo falta tu nombre. Solo falta que las letras más negras y llamativas del aviso informen: Felipe Montero. CARLOS FUENTES: Aura. El texto está narrado en segunda persona. El narrador protagonista se desdobla y utiliza la segunda persona, como si se dirigiera a sí mismo. Haría una hora desde que Adela se despidió hasta el día siguiente y unos minutos desde que Felicidad había entrado la cena sobre la mesita rodante, cuando oyeron unas voces. —Así no adelantaremos nada. Vamos a estudiar la cosa con calma. —Sí, con calma —repitió Pedro—. Oye, ¿quién será? —Gregorio, probablemente. No te preocupes. —¿Gregorio? —la camisa, sobre todo por la espalda, se salía del pantalón—. Y no hemos concretado aún. Se descorrió una de las hojas de la puerta y Gregorio les sonrió. La camisa blanca de Gregorio, muy planchada, resaltaba su aspecto calmoso. Pedro se detuvo en su ir y venir. —¿Qué hay, Gregorio? —Pasa —dijo Leopoldo. —No, no —tardó en añadir, como si enjuiciase la situación—. Voy a ver a Lupita. JUAN GARCÍA HORTELANO: Nuevas amistades. La narración se realiza en tercera persona. Es un narrador observador, objetivo, que se limita a reproducir las acciones y los diálogos de los personajes. ¿Cómo vino a parar a mis manos este documento, esta memoria de Ángela Carballino? He aquí algo, lector, que guardo en secreto. Te lo doy tal y como a mí me ha llegado, sin más que corregir pocas, muy pocas particularidades de redacción. MIGUEL DE UNAMUNO: San Manuel Bueno, mártir. El narrador utiliza la primera persona, pero es un narrador transcriptor: él se limita a reproducir lo que vamos a leer, cuya autoría la atribuye a otro personaje: Ángela Carballino.
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La Nela cerró sus conchas para estar más sola. Sigámosla; penetremos en su pensamiento. Pero antes conviene hacer algo de historia. Habiendo carecido absolutamente de instrucción en su edad primera, habiendo carecido también de las sugestiones cariñosas que enderezan el espíritu de un modo seguro al conocimiento de ciertas verdades, habíase formado Marianela en su imaginación poderosa un orden de ideas muy singular, una teogonía extravagante y un modo rarísimo de apreciar las causas y los efectos de las cosas. BENITO PÉREZ GALDÓS: Marianela. Aunque oigamos la voz del narrador (sigámosla) como si fuera una narración en primera persona, en realidad el relato se hace en tercera persona. Es un narrador omnisciente que sabe todo sobre el personaje del que habla.
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 169 2. Indica en estos fragmentos el modo en que el narrador introduce los diálogos o pensamientos. Lloró como un anciano, y pensó en que ya lo era. Jamás se le había ocurrido tal idea. Su temperamento le engañaba, fingiendo una juventud sin fin [...]. «Ay, sí, era un pobre viejo; un pobre viejo y le engañaban, se burlaban de él. Llegaba la edad en que iba a necesitar una compañera, como un báculo... y el báculo se le rompía en las manos, la compañera le hacía traición, iba a estar solo... solo; le abandonaban la mujer y el amigo...» CLARÍN: La Regenta. Clarín emplea el estilo indirecto (pensó en que ya lo era) y, sobre todo, el estilo indirecto libre: se sitúa en el interior de los pensamientos del personaje, pero no los reproduce literalmente, sino modificados por el propio narrador, como en el estilo indirecto. Al no haber verbos introductores, al pasar directamente del relato a los pensamientos, decimos que está en indirecto libre. Jugaban apenas hasta las cinco pues a esa hora salía la media y nos corrían de la cancha a las buenas o a las malas. Las lenguas afuera, sacudiéndonos y sudando recogían libros, sacos y corbatas y salíamos a la calle. Bajaban por la Diagonal haciendo pases de básquet con los maletines, chápate esa papacito, cruzábamos el parque a la altura de Las Delicias, ¡la chapé!, ¿viste, mamacita?, y en la bodeguita de la esquina D´Onofrio comprábamos barquillos, ¿de vainilla?, ¿mixtos?, echa un poco más, cholo, no estafes, un poquito de limón, tacaño, una yapita de fresa. MARIO VARGAS LLOSA: Los cachorros. El narrador utiliza una técnica compleja: mezcla la tercera y la primera persona narrativa (jugaban apenas hasta las cinco… y nos corrían de la cancha) y para introducir los diálogos emplea el estilo directo libre, es decir, diálogos insertos en la narración sin marcas introductorias: cruzábamos el parque a la altura de Las Delicias, ¡la chapé!, ¿viste, mamacita? Soy yo, soy él. Somos, pero soy yo, primeramente soy yo, defenderé ser yo hasta que no pueda más. Atalía, soy yo. Ego. Yo. Diplomada, argentina, una uña encarnada, bonita de a ratos, grandes ojos oscuros, yo. Atalía Donosí, yo. Yo. Yo-yo, carretel y piolincito. Cómico. JULIO CORTÁZAR: Rayuela. En este fragmento se utiliza el monólogo interior. El personaje está solo y el narrador nos introduce en sus pensamientos directamente: leemos los vaivenes de su pensamiento con el desorden, las repeticiones y la incoherencia propias de quien se deja llevar por el fluir de su mente. 132
3. Haz un análisis del siguiente fragmento narrativo de La busca, de Pío Baroja: características literarias, clase de narrador y perspectiva, sucesión de acontecimientos y características lingüísticas. Cuando uno de los compañeros de viaje anunció que ya estaban en Madrid, Manuel sintió verdadera angustia; un crepúsculo rojo esclarecía el cielo, inyectado de sangre como la pupila de un monstruo; el tren iba aminorando su marcha; pasaba por delante de las barriadas pobres y de casas sórdidas; en aquel momento brillaban las luces eléctricas pálidamente sobre los altos faros de señales... Se deslizó el tren entre filas de vagones, retemblaron las placas giratorias con estrépito férreo y apareció la estación del Mediodía iluminada por arcos voltaicos. Descendieron los viajeros; bajó Manuel con su fardelillo de ropa en la mano, miró a todas partes por si encontraba a su madre, y no la vio en toda la anchura del andén. Quedó perplejo; siguió luego a la gente, que marchaba deprisa, con líos y jaulas, hacia una puerta; le pidieron el billete, se detuvo a registrarse los bolsillos, lo encontró y salió por entre dos filas de mozos que anunciaban nombres de hoteles. —¡Manuel! ¿Adónde vas? Allí estaba su madre. La Petra tenía intención de mostrarse severa; pero al ver a su hijo se olvidó de su severidad y le abrazó con efusión. —Pero, ¿qué ha pasado? —preguntó en seguida la Petra. —Nada. —Y entonces, ¿por qué vienes? —Me han preguntado si quería estar allá o venir a Madrid, y yo he dicho que prefería venir a Madrid. —¿Y nada más? —Nada más —contestó Manuel con sencillez. —Y Juan, ¿estudiaba? —Sí; mucho más que yo. ¿Está lejos la casa, madre? —Sí. Qué, ¿tienes apetito? —Ya lo creo; no he comido en todo el camino. Salieron de la estación al Prado; después subieron por la calle de Alcalá. Una gasa de polvo llenaba el aire; los faroles brillaban opacos en la atmósfera enturbiada... Al llegar a la casa, la Petra dio de cenar a Manuel y le hizo la cama en el suelo, al lado de la suya. El muchacho se acostó, y era tan violento el contraste del silencio de la aldea con aquella algarabía de ruido de pasos, conversaciones y voces de la casa que, a pesar del cansancio, Manuel no pudo dormir. El tema del fragmento podría formularse así: la llegada de un joven a la capital para enfrentarse con la vida. La narración se realiza en tercera persona y desde la perspectiva de Manuel, el niño que viaja. El texto puede dividirse en varias partes: -
La primera parte es una descripción de lo que ve Manuel desde el tren. Esta parte ocupa el primer párrafo, hasta que el tren se detiene.
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La segunda se centra en la llegada a la estación. Incluye el momento de desconcierto de Manuel al no hallar a su madre y el posterior encuentro con ella.
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La tercera es el cierre del episodio. El episodio acaba en la pensión donde vive la madre de Manuel, que permanece desvelado en la noche a causa de los ruidos de la ciudad.
En el texto se emplean las tres técnicas habituales de los textos narrativos: narración, descripción y diálogo. En el primer párrafo predomina la descripción. En el segundo, la narración. A continuación se asiste al diálogo entre Manuel y su madre. El fragmento se cierra con un párrafo en el que se mezclan descripción y narración. No hay una correspondencia exacta con las partes en que hemos estructurado el texto, pero a grandes rasgos, la primera parte coincidiría con la descripción, la segunda con el diálogo y la tercera con la narración. 133
El texto se caracteriza por su sobriedad estilística y falta de retórica, características generales del estilo de Baroja. Sin embargo, aparece alguna figura literaria como: Un crepúsculo rojo esclarecía el cielo, inyectado de sangre como la pupila de un monstruo. En ella se da una imagen metafórica en la relación entre el rojo del cielo y la sangre. Además se establece una comparación entre el cielo rojo y la pupila de un monstruo.
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 172 1. Este texto pertenece a Bodas de sangre, de Federico García Lorca. Se sitúa en el momento de mayor tensión, al final del segundo acto: la Novia y el Novio están celebrando su boda, pero aparece Leonardo, un antiguo enamorado de la Novia, y se fuga con ella. Léelo y responde a las preguntas. PADRE.—(Entrando.) ¿Y mi hija? NOVIO.—Está dentro. [...] PADRE.—(Saliendo.) ¡Aquí no está! NOVIO.—¿No? PADRE.—Debe haber subido a la baranda. NOVIO.—¡Voy a ver! (Entra.) [...] NOVIO.—(Saliendo.) No está. MADRE.—(Inquieta.) ¿No? PADRE.—¿Y adónde puede haber ido? CRIADA.—(Entrando.) ¿Y la niña, dónde está? MADRE.—(Seria.) No lo sabemos. (Sale el Novio. Entran tres invitados.) PADRE.—(Dramático.) Pero, ¿no está en el baile? CRIADA.—En el baile no está. PADRE.—(Con arranque.) Hay mucha gente. ¡Mirad! CRIADA.—¡Ya he mirado! PADRE.—(Trágico.) ¿Pues dónde está? NOVIO.—(Entrando.) Nada. En ningún sitio. MADRE.—(Al padre.) ¿Qué es esto? ¿Dónde está tu hija? (Entra la mujer de Leonardo.) MUJER.—¡Han huido! ¡Han huido! Ella y Leonardo. En el caballo. ¡Iban abrazados, como una exhalación! PADRE.—¡No es verdad! ¡Mi hija, no! MADRE.—¡Tu hija, sí! Planta de mala madre, y él, también él. ¡Pero ya es la mujer de mi hijo! NOVIO.—(Entrando.) ¡Vamos detrás! ¿Quién tiene un caballo? MADRE.—¿Quién tiene un caballo ahora mismo, quién tiene un caballo? Que le daré todo lo que tengo, mis ojos y hasta mi lengua... VOZ.—Aquí hay uno. MADRE.—(Al hijo.) ¡Anda! ¡Detrás! (Salen con dos mozos.) No. No vayas. Esa gente mata pronto y bien...; ¡pero sí, corre, y yo detrás! PADRE.—No será ella. Quizá se haya tirado al aljibe. MADRE.—Al agua se tiran las honradas, las limpias; ¡esa, no! Pero ya es mujer de mi hijo. Dos bandos. Aquí hay ya dos bandos. (Entran todos.) Mi familia y la tuya. Salid todos de aquí. Limpiarse el polvo de los zapatos. Vamos a ayudar a mi hijo. (La gente se separa en dos grupos.) Porque tiene gente; que son sus primos del mar y todos los que llegan de tierra adentro. ¡Fuera de aquí! Por todos los caminos. Ha llegado otra vez la hora de la sangre. Dos bandos. Tú con el tuyo y yo con el mío. ¡Atrás! ¡Atrás!
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a) Señala las acotaciones e indica qué elementos de la escenificación sugieren. Los nombres de los personajes que intervienen son nombres genéricos: ¿con qué intención los utiliza el autor? Las acotaciones sugieren los siguientes elementos de la escenificación: movimientos de los personajes en escena (Entrando, Saliendo, Entran todos, La gente se separa en dos grupos…), actitudes de los personajes (Inquieta, Seria, Trágico, Dramático, Con arranque), y dirección de los diálogos (Al padre, Al hijo). Al dar nombres genéricos a los personajes (Padre, Madre, Mujer, Novia, Novio) Lorca pretende mostrarlos, no tanto como individuos concretos, sino como arquetipos. b) Analiza los rasgos lingüísticos de los diálogos. Explica qué información dan sobre los personajes. ¿Hay alguna intervención que informe de lo que pasa fuera de la escena? El lenguaje de los diálogos se caracteriza por su rapidez y dinamismo, imitando el lenguaje coloquial: puede señalarse la abundancia de exclamaciones e interrogaciones (¿Y mi hija?, ¡Aquí no está!, ¿Y la niña, dónde está?...), la preferencia por oraciones breves con elipsis de elementos innecesarios y ordenación subjetiva (¿Y mi hija?; Nada, en ningún sitio; ¡Tu hija, sí!; ¡Vamos detrás!; Planta de mala madre y él, también él), el uso de un léxico afectivo y connotado (¿Y la niña, dónde está?; las honradas, las limpias), el empleo de coloquialismos (Limpiarse el polvo de los zapatos), muletillas (¡Anda! ¡Detrás!), repeticiones (Pero ¿no está en el baile? En el baile no está; ¿Quién tiene un caballo ahora mismo, quién tiene un caballo?; ¡Pero ya es la mujer de mi hijo!) e hipérboles (Que le daré todo lo que tengo, mis ojos y hasta mi lengua...; Ha llegado otra vez la hora de la sangre). A través de los diálogos también se nos informa de sucesos que no se representan en escena: ¡Han huido! ¡Han huido! Ella y Leonardo. En el caballo. ¡Iban abrazados, como una exhalación! c) ¿Es una escena tranquila o dinámica? Justifica tu respuesta con ejemplos. ¿En qué género incluirías la obra? ¿Por qué? La escena es dinámica y turbulenta: personajes que entran y salen de escena continuamente, exclamaciones y gritos, búsqueda desesperada de la novia, presagios de drama, separación de los personajes en bandos familiares, constatación de la deshonra, promesas de venganza… Todo ello nos permite afirmar que estamos ante un drama.
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 173 2. En este fragmento de Maribel y la extraña familia, de Miguel Mihura, se presenta una situación aparentemente cotidiana que se convierte en insólita para sorprender al espectador. Léelo y responde a las preguntas que se te formulan. DOÑA PAULA.—(De repente se dirige al matrimonio, que sigue en el mismo sitio, imperturbable, y les dice:) ¡Ah! ¿Pero se van ustedes ya? ¡Huy! ¡Pero qué lástima! DOÑA MATILDE.—¡Qué pronto!, ¿verdad? DOÑA PAULA.—(Se levanta.) Nada, nada, si tienen ustedes prisa no queremos detenerles más. DOÑA MATILDE.—(Se levanta.) Claro que sí... A lo mejor se les hace tarde. (Y el matrimonio entonces no tiene más remedio y también se levanta.) DOÑA PAULA.—Pues les agradecemos mucho su visita. DOÑA MATILDE.—Hemos tenido un verdadero placer. DOÑA PAULA.—(Ha sacado de un bolsillito un billete de cincuenta pesetas, que le entrega a DOÑA VICENTA.) ¡Ah! Y aquí tienen las cincuenta pesetas. DOÑA VICENTA.—Muchísimas gracias, doña Paula. DOÑA PAULA.—No faltaba más. DON FERNANDO.—Buenas tardes, señoras... DOÑA MATILDE.—Buenas tardes. (DOÑA PAULA les ha ido acompañando hasta la puerta de salida, por donde hacen mutis DOÑA VICENTA y DON FERNANDO. Cierra la puerta y vuelve con su hermana.) DOÑA PAULA.—Muy simpáticos, ¿verdad? DOÑA MATILDE.—Mucho. Muy amables. 135
DOÑA PAULA.—Una gente muy atenta. DOÑA MATILDE.—¿Y quiénes son? DOÑA PAULA.—Ah, no lo sé... Yo les pago cincuenta pesetas para que vengan de visita dos veces por semana. DOÑA MATILDE.—No está mal el precio. Es económico. DOÑA PAULA.—A veinticinco pesetas la media hora... Pero te da mejor resultado que las visitas de verdad, que no hay quien las aguante y que en seguida te dicen que les duele una cosa o la otra... Estos vienen, se quedan callados, y durante media hora puedes contarles todos tus problemas, sin que ellos se permitan contarte los suyos, que no te importan un pimiento.
a) ¿Qué situación se presenta en el texto? ¿Quiénes intervienen y qué ocurre? Redacta un breve resumen. En este texto se presenta una situación insólita: es el momento en que doña Paula despide a un matrimonio que ha ido de visita a su casa, pero lo curioso de este matrimonio es que está pagado por doña Paula para que acuda a conversar (más bien a escucharla) con ella. El texto tiene una intención humorística puesto que la situación planteada es absurda. b) Analiza las acotaciones: señala qué elementos de la representación indican. En las acotaciones, el autor nos aclara los movimientos de los personajes (Se levanta; Ha sacado de un bolsillo un billete de cincuenta pesetas, Cierra la puerta y vuelve con su hermana) y a quién se dirigen los diálogos: (De repente se dirige al matrimonio, que sigue en el mismo sitio, imperturbable, y les dice). c) Los nombres de los personajes, ¿dicen algo sobre su carácter? ¿Cómo son sus diálogos: con intervenciones largas o breves? ¿Qué efecto pretenden conseguir? Son nombres corrientes, que corresponden a personajes normales sin ninguna característica especial. La mayor parte de los diálogos son de carácter breve e insustancial. Con ello se pretende ofrecer una situación de normalidad y, de paso, retardar la explicación de lo insólito de la presencia en la casa de doña Vicenta y don Fernando. d) Enumera las características lingüísticas de los diálogos y explica su relación con el carácter de los personajes. El lenguaje de los diálogos se caracteriza por su rapidez y dinamismo, imitando el lenguaje coloquial: puede señalarse la abundancia de exclamaciones e interrogaciones (¿Pero se van ustedes ya?, ¡Pero qué lástima!, ¿Y quiénes son?...), la preferencia por oraciones breves con elipsis de elementos innecesarios y ordenación subjetiva (¡Qué pronto!, ¿verdad?; Claro que sí…; Muy simpáticos, ¿verdad?, Mucho. Muy amables; No está mal el precio), el uso de un léxico afectivo y connotado (un verdadero placer, muy amables, una gente muy atenta, qué lástima), el empleo de coloquialismos (Limpiarse el polvo de los zapatos), muletillas (¿verdad?, ¡Ay!, ¡Huy!, ¿Pero se van ustedes ya?, ¡Pero qué lástima!, Pero te da mejor resultado que las visitas de verdad), repeticiones (Nada, nada;) y frases hechas (No faltaba más; Buenas tardes; Hemos tenido un verdadero placer). De este modo, el lenguaje retrata a los personajes: gente convencional, de clase media, de costumbres y relaciones convencionales; sin embargo, el contraste entre lo que sería una situación habitual y la que ocurre en escena (Pero te da mejor resultado que las visitas de verdad, que no hay quien las aguante y que en seguida te dicen que les duele una cosa o la otra... Estos vienen, se quedan callados, y durante media hora puedes contarles todos tus problemas, sin que ellos se permitan contarte los suyos, que no te importan un pimiento) sirve para denunciar ese mismo convencionalismo. e) Esta obra de Miguel Mihura pertenece al género de la comedia. ¿Cuáles son los elementos con los que el autor consigue la comicidad? El uso paródico de un diálogo cortés y convencional y, sobre todo, la creación de una escena en la que aquello que parece normal (una visita de un matrimonio a una casa de unos amigos) se revela como una sátira: el matrimonio es de alquiler. 136
TEXTOS COMPLEMENTARIOS-PÁG. 174 Para escribir un romance Un parque. Quizá el pequeño parquecillo que hay ante el Museo de Ciencias Naturales. O el Parque del Oeste. (En uno de sus bancos están sentados LUIS y CHARITO. CHARITO tiene en sus manos unas cuartillas que LUIS acaba de entregarle.) CHARITO.—¿Lo has escrito tú? LUIS.—Claro. Es una poesía. La he escrito para ti. Para que te la lleves al veraneo. Y si quieres, la lees de vez en cuando. CHARITO.—Bueno. LUIS.—Léela ahora. [...] CHARITO.—No entiendo bien la letra. ¿Por qué no la lees tú la primera vez? LUIS.—Trae. (Coge el papel y empieza a leer, aunque, en realidad, se la sabe casi de memoria.) Quiero estar siempre a tu lado, quiero a tu lado estar siempre, aunque se pasen las horas, aunque se vayan los trenes, aunque se acaben los días, y aunque se mueran los meses. Quiero estar frente a tus ojos, quiero a tu lado estar siempre. Quiero estar frente a tus labios, quiero estar frente a tus dientes. La mariposa se va, la mariposa no vuelve. Sé como la golondrina para que siempre regreses, que los caminos del cielo los encuentra y no los pierde.
(Deja de leer.) Ya está. CHARITO.—Es muy bonita. Qué bien escribes. Eres el que mejor escribe de quinto. LUIS.—¿Te gusta de verdad? CHARITO.—Sí, de verdad. Y me gusta mucho que la hayas escrito para mí. LUIS.—¿Te la quieres llevar? CHARITO.—Claro. (Toma el papel y le echa una ojeada.) Solo hay una cosa que no me gusta. Bueno, que me gusta menos. LUIS.—¿Cuál? CHARITO.—Esto... (Busca entre los renglones.) Esto de los dientes... Aquí: (Lee.) «Quiero estar frente a tus dientes». LUIS.—Eso he tenido que ponerlo para que pegue. Es un romance. Y los romances tienen que tener ocho sílabas y rima asonante en los versos pares. Como he empezado por siempre tengo que seguir ee, e-e, e-e. Por eso he puesto dientes en vez de cara o pelo o cuerpo. Porque si no, no era un romance. CHARITO.—¿Ah, no? LUIS.—Claro, Charito, ¿no te acuerdas? CHARITO.—No; la verdad es que nunca me entró. FERNANDO FERNÁN GÓMEZ: Las bicicletas son para el verano. 137
TEXTOS COMPLEMENTARIOS-PÁG. 175
Razones para la lectura Para ser inteligente, para creerse inteligente, para sentirse inteligente. Para no estar solo, para estar solo, porque más que solo vale estar mal acompañado, aunque mucho se diga que no hay libro malo. Porque hace frío ahí fuera, porque llueve sobre el corazón y gusta ver la tinta sobre los campos de nieve. Para ser entrelagente. Para fumar sin sentirse culpable, para dejar de fumar y las manos no se escapen en busca del aire de nadie. Para tener un libro de bolsillo en el bolsillo y ocuparse de un mientras, un ya veremos y un entretanto. Por vista, gusto, tacto, olfato y oído y para saber qué alumbra lo que tanto nos gusta. Por ego y por apego. Para esconderse, para mostrarse, para vestirte, para desnudarte. Porque sí, por si, porque no, para no. Para ser feliz, por no ser feliz, por infeliz. Para andar el camino, para encontrar el camino, para olvidar el camino, para construir un camino, para hacer un alto en el camino. Para no perder el tren. [...] Para ver el humo que avisa dónde está el fuego. Porque estar cansado no tiene plumas, la avaricia comienza en el dar y porque sólo entonces soy como te quiero. Para tener la libertad que no tiene el solitario. Para pedirte perdón por el daño que me hiciste, echar sal en mis heridas e intentar saber cómo me llamo. Porque puedes estar en misa y repicando, nadar y guardar la ropa, ser Caín y el guardián de tu hermano. Porque si no se las lleva el viento, arden las palabras. Por pie quebrado y tan callado. Para conocer la voz de mi amo y para ver si de una vez alcanzo el silencio. Para ser el enfermo y el psiquiatra. Porque yo no soy como te amo. Porque el poema es una copa de vino, y se fue, y el mañana no ha llegado. Por punto de partida y de hoja en hoja y leo porque me toca. Porque hay vida más allá del punto y aparte y es sano andar a pie de página. Porque si pierdo la memoria qué pereza. Para ni ser ciego en Granada ni nos obliguen a elegir entre la pena y la nada. Para jugar con fuego y no salir quemado. Porque la letra con letra entra, y sale y vuelve a entrar como beso que no quiere que te calles. Porque entre todos los libros que he leído nunca he leído aquel entre cuyas letras desfallecieron de amor Paolo y Francesca. Para tirar la mano, esconder la piedra y mojar el pan en sangre ajena. Para que me llames y me ames. Para acabar con la propiedad privada de mis palabras. Porque si echas cuentas te sale a cuento y hasta te sobran dos quijotes y medio sancho. Y por los libros de los libros, mal o bien, pero amén. CONSTANTINO BÉRTOLO: «Razones para la lectura», en Público.
1. El primer texto consiste en un diálogo teatral entre dos adolescentes. ¿Por qué ha escrito Luis un poema a Charito? ¿Qué le preocupa más al joven: ajustarse a una norma estética o transmitir sus emociones? Luis ha escrito un romance a Charito para manifestarle su amor y su admiración. En ese poema se pueden advertir las dos preocupaciones: transmitir los sentimientos y ajustarse a las reglas de composición del romance. De hecho, el escrúpulo por cumplir las normas de la rima le obliga a la inclusión de un verso que chirría (quiero estar frente a tus dientes) y que proporciona el tono a la vez tierno y humorístico de la escena.
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2. El texto Razones para la lectura expone los motivos que llevan al autor a su pasión por la lectura. ¿Son solo razones individuales o algunas se pueden considerar universales? ¿Hay razones «prácticas» para leer? ¿La literatura sirve para algo? En el texto ―un elogio de la lectura― se puede encontrar todo tipo de razones: personales, sociales, universales… La literatura no tiene una utilidad concreta en el sentido estricto de la palabra. Sin embargo, resulta necesaria como vehículo de creación artística, de transmisión de experiencias, de comunicación entre autor y lector, de conocimiento del mundo, etc. 3. Escribe en tu cuaderno una redacción argumentativa con el tema: «Mis razones para la lectura». Respuesta libre.
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TEST DE EVALUACIÓN-PÁG. 177 1. En los textos literarios, las principales características son: a. El uso del lenguaje coloquial, el predominio de la función expresiva y la abundancia de figuras retóricas. b. El uso de un lenguaje connotativo, el predominio de la función poética y la abundancia de figuras retóricas. c. La riqueza léxica, el predominio de la función referencial y la abundancia de figuras retóricas.
2. En los textos poéticos: a. El autor refleja un mundo objetivo, abundan las acciones y no se usan apenas las figuras retóricas. b. El autor refleja su subjetividad, apenas hay acciones y se utiliza preferentemente la prosa. c. El autor refleja su subjetividad, apenas hay acciones y se utiliza preferentemente el verso.
3. Son rasgos lingüísticos de los textos poéticos: a. El uso de la primera persona, la presencia de exclamaciones y vocativos, las construcciones nominales y la adjetivación explicativa. b. El uso de la tercera persona y la abundancia de verbos y de marcadores temporales. c. El uso de la primera persona, la abundancia de verbos y el empleo de diferentes registros.
4. Los textos narrativos constan de los siguientes elementos: a. El narrador, los personajes, el espacio, el tiempo y la acción. b. El narrador, los diálogos y las acotaciones. c. El narrador, los personajes, los diálogos y las acotaciones.
5. Señala cuál de estas afirmaciones relacionadas con los textos narrativos es verdadera: a. El estilo directo consiste en la reproducción de diálogos a través de la voz del narrador. b. El estilo indirecto consiste en la reproducción textual de los diálogos de los personajes. c. El estilo indirecto libre es similar al estilo indirecto pero sin las conjunciones ni los verbos introductorios de los diálogos.
6. El texto teatral y la representación teatral tienen las siguientes diferencias: a. El texto teatral puede ser leído individualmente y en la representación teatral hay un lector que lee el texto a unos espectadores. b. El texto teatral puede ser leído individualmente y en la representación se escenifica el texto ante espectadores. c. No hay diferencias entre texto teatral y representación teatral.
7. Los textos teatrales se caracterizan por: a. La presencia de un narrador que introduce los diálogos de los personajes. b. La presentación directa de los diálogos y la inclusión de acotaciones. c. La presencia de un narrador y la inclusión de acotaciones.
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UNIDAD 9: LA POESÍA EN EL PRIMER TERCIO DEL SIGLO XX CUESTIONES INICIALES-PÁG. 179 1. Enumera algunos acontecimientos históricos ocurridos en España entre 1898 y 1939. ¿Entre qué años se produjo la Guerra Civil? -
El siglo XIX finalizó con el desastre del 98, es decir, la pérdida de Cuba y Filipinas, últimas colonias del antiguo imperio español. La política y la ideología nacionales se ven sacudidas por este hecho y los intelectuales abogan por una reforma general de la vida española. El sistema político de turnos nacido con la restauración borbónica se revela como inoperante para una sociedad cada vez más dividida.
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En 1902 se inicia el reinado de Alfonso XIII. España, neutral durante la Primera Guerra Mundial, se ve envuelta en una sangrienta guerra con Marruecos, cuyos efectos, unidos a la crisis económica de los años veinte, culminarán con la instauración de la Dictadura del General Primo de Rivera (1923-1930), apoyada por el rey. Tras el breve mandato del general Berenguer (1930-1931), el 14 de abril de 1931 se proclama la Segunda República y el rey se exilia a Roma.
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La Segunda República (1931-1939) fue un periodo agitado y convulso en lo político y de gran riqueza en el plano cultural. La República intentó una transformación y modernización de la vida española, para lo que contó con el apoyo de gran parte de los intelectuales. Pero la radicalización de las posturas ideológicas y el incremento de la violencia impidieron la consecución de sus proyectos.
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La situación estalla el 18 de julio de 1936: un levantamiento militar inicia una terrible Guerra Civil que terminaría tres años después con el triunfo del general Franco y con la implantación de un régimen conservador, próximo a los fascismos europeos.
2. El término «Modernismo» surgió como palabra peyorativa para recriminar la actitud excesivamente moderna de los jóvenes escritores. ¿Sabes en qué consistía esa actitud? ¿Cómo se reflejaba en sus poesías? A finales del siglo XIX se produce una gran crisis espiritual y artística en toda Europa. La filosofía, el arte y la literatura reniegan de la mentalidad burguesa, centrada en la actividad económica, y de sus modos de vida mercantilistas y pragmáticos. Se buscan una nueva espiritualidad y un arte provocador, alejados de la vulgaridad y del sentido utilitario de la obra de arte burguesa. En la literatura ―especialmente en la poesía― esa modernidad se encauza por vías muy distintas de las del Realismo imperante en la segunda mitad del siglo XIX: las obras reniegan del reflejo de la realidad, buscan temas alejados en el tiempo y en el espacio y se expresan mediante formas elaboradas y cultas. El objetivo principal del Modernismo es la consecución de la Belleza, y el Arte se convierte en la manifestación rebelde de espíritus elevados y aristocráticos. 3. ¿Qué te sugiere la palabra «Vanguardismo»? ¿Se utiliza aún hoy en día? ¿A qué tipo de arte se refiere? La palabra vanguardia procede del léxico militar: designa las fuerzas avanzadas de un ejército, las que entran primero en combate. De ahí se toma para nombrar un nuevo tipo de arte que pretende combatir el arte antiguo y caduco con obras revolucionarias e irreverentes, alejadas de cualquier tipo de realismo y apasionadas con los avances técnicos de la modernidad. Es un término vigente aún, si bien un tanto impreciso: el Vanguardismo por antonomasia corresponde al periodo de entreguerras; hoy señala cualquier tipo de manifestación artística caracterizada por su originalidad y por su rechazo de las convenciones artísticas.
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4. ¿Qué es un poema en verso libre? ¿Qué diferencias presenta respecto a la métrica tradicional? Un poema en verso libre es aquel que no guarda ninguna regularidad métrica, es decir, no está construido según un modelo estrófico, el número de sílabas de cada verso es desigual y no existe la rima. En general, la tendencia de los poemas en verso libre es la tendencia a la amplitud: la libertad constructiva permite escribir poemas largos con versos en los que abundan los versículos, con un gran número de sílabas. El ritmo, en muchos poemas, se consigue a base de construcciones paralelísticas que, con su repetición, producen la melodía del poema. 5. Cita títulos de obras que conozcas de los autores que aparecen en el mapa conceptual de esta misma página. Ejemplos: Cantos de vida y esperanza (Rubén Darío); Soledades, Galerías y otros poemas (Antonio Machado); Diario de un poeta recién casado (Juan Ramón Jiménez); La voz a ti debida (Pedro Salinas); Poeta en Nueva York (Lorca). 6. Haced una selección de poesías que hayáis escrito o leído. Organizad un recital con ellas. Podéis incluir la audición de canciones compuestas a partir de poemas. Respuesta libre.
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 184 1. Estos dos poemas de Rubén Darío representan las dos líneas temáticas del Modernismo: la escapista y la íntima. El primero pertenece a Prosas profanas (1896) y el segundo a Cantos de vida y esperanza (1905). Realiza el comentario siguiendo las indicaciones que aparecen tras ellos. Sinfonía en gris mayor
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El mar, como un vasto cristal azogado1, refleja la lámina de un cielo de zinc; lejanas bandadas de pájaros manchan el fondo bruñido de pálido gris.
La espuma, impregnada de yodo y salitre, ha tiempo conoce su roja nariz, 20 sus crespos cabellos, sus bíceps de atleta, su gorra de lona, su blusa de dril 4.
El sol, como un vidrio redondo y opaco, con paso de enfermo camina al cenit 2; el viento marino descansa en la sombra teniendo la almohada su negro clarín3.
En medio del humo que forma el tabaco, ve el viejo el lejano, brumoso país, adonde una tarde caliente y dorada, 25 tendidas las velas, partió el bergantín...
Las ondas, que mueven su vientre de plomo, debajo del muelle parecen gemir. Sentado en un cable, fumando su pipa, está un marinero pensando en las playas de un vago, lejano, brumoso país. Es viejo ese lobo. Tostaron su cara los rayos de fuego de sol del Brasil; los recios tifones del mar de la China le han visto bebiendo su frasco de gin.
La siesta del trópico. El lobo se duerme. Ya todo lo envuelve la gama del gris. Parece que un suave y enorme esfumino5 del curvo horizonte borrará el confín. 30 La siesta del trópico. La vieja cigarra ensaya su ronca guitarra senil, y el grillo preludia su solo monótono en la única cuerda que está en su violín.
NOTAS: 1. Azogado: cubierto de mercurio, para que sirva de espejo; 2. Cenit: punto superior del cielo; 3. Clarín: instrumento musical de viento, de sonido agudo; 4. Dril: tela fuerte de hilo o algodón; 5. Esfumino: rollo de papel suave que sirve para difuminar las líneas de un dibujo. 142
Lo fatal Dichoso el árbol que es apenas sensitivo, y más la piedra dura, porque esta ya no siente, pues no hay dolor más grande que el dolor de ser vivo, ni mayor pesadumbre que la vida consciente. 5
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Ser, y no saber nada, y ser sin rumbo cierto, y el temor de haber sido y un futuro terror... Y el espanto seguro de estar mañana muerto, y sufrir por la vida y por la sombra y por lo que no conocemos y apenas sospechamos, y la carne que tienta con sus frescos racimos y la tumba que aguarda con sus fúnebres ramos, ¡y no saber adónde vamos, ni de dónde venimos...!
a) El título del primer poema es típicamente modernista y juega con dos elementos sensoriales: la música y el color. Explica su significado y qué relación tiene con el contenido del poema. ¿Qué tipo de versos y qué estructura estrófica emplea Rubén? ¿Hay musicalidad en el poema? Realiza un análisis de los recursos estilísticos empleados. El título del poema hace referencia al principal objetivo del poema: ofrecer al lector una composición musical y pictórica que despierte sus sentidos. El título juega con la variación sobre los títulos de las composiciones musicales, sustituyendo la nota musical (por ejemplo, Sinfonía en do mayor) por el color gris, en un giro sinestésico típicamente modernista. El título está relacionado con el contenido, en el que Rubén Darío incluye el retrato de un viejo marinero cansado y nostálgico en medio de un cielo gris tropical. El poema está compuesto con estrofas de cuatro versos dodecasílabos que riman en asonante en -í aguda en los pares. La tercera estrofa, en cambio, tiene cinco versos y coincide con el paso de la descripción del paisaje a la presentación del marinero. La musicalidad es muy marcada: la regularidad acentual (sílabas 2, 5, 8 y 11) crea un ritmo permanente que es reforzado por la rima elegida y por la distribución paralelística de muchos versos, así como en algunos casos (verso 20, por ejemplo) la estructuración bimembre del verso. Los encabalgamientos, cuando aparecen (versos 3-4, 12-13, 14-15, 28-29, 30-31) son encabalgamientos suaves. La distribución del contenido se realiza en tres partes. La primera abarca desde el inicio hasta el verso 10; en ella, se describe el paisaje tropical. La segunda parte comprende desde el verso 11 hasta el verso 26; en ella, describe al viejo marinero, sus nostalgias, su aspecto físico, sus sueños. La última parte, hasta el verso 33, vuelve a la descripción del paisaje tropical. Son numerosos los recursos estilísticos. Sin ánimo de ser exhaustivos, señalaremos los principales. Podemos encontrar comparaciones (El mar, como un vasto cristal azogado; El sol, como un vidrio redondo y opaco) y metáforas: lámina de un cielo de zinc; vientre de plomo; la almohada su negro clarín; ronca guitarra senil; la única cuerda que está en su violín. Son abundantes las personificaciones: el sol camina, el viento descansa, las ondas parecen gemir, los tifones le han visto bebiendo, la espuma conoce su roja nariz, la cigarra ensaya, el grillo preludia. Como ya se ha dicho, hay ejemplos de paralelismos y bimembraciones (versos versos 1 y 5, 15 y 16, 20 y 21). No faltan los hipérbatos (por ejemplo, del curvo horizonte borrará el confín), las enumeraciones de adjetivos (vago, lejano, brumoso país; tarde caliente y dorada) y las aliteraciones (cigarra, ronca, guitarra).
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b) El poema Lo fatal es de tono muy distinto. ¿Cuál es su tema? ¿Cómo consigue el poeta transmitirnos su malestar existencial? Observa las peculiaridades métricas y estilísticas. El poema Lo fatal refleja la angustia que producen en el poeta los misterios más básicos y profundos del hombre. En este poema, de un cierto carácter existencial, Rubén se duele de ser vivo, de la vida consciente y expone una visión desolada y sombría de la vida humana. El poema es un soneto muy peculiar: compuesto por versos alejandrinos, las dos primeras estrofas son dos serventesios. El primer terceto es regular; sin embargo, el segundo se quiebra totalmente: falta un verso (la rima también lo sugiere) y los dos versos que lo componen ya no son alejandrinos: son, respectivamente, un eneasílabo y un heptasílabo. Estas peculiaridades métricas sugieren también rasgos de contenido: parece que el poeta se fuera quedando sin voz ante la angustia progresiva que le va ganando, o que el último verso no escrito fuera el equivalente del misterio que hay tras la muerte. Por lo demás, cabe destacar en el poema la construcción a base de infinitivos verbales y el recurso del polisíndeton, que da solemnidad y lentitud al poema. El violento encabalgamiento entre los versos 8-9 es también destacable. Por otro lado, no faltan las imágenes brillantes (esos frescos racimos de la carne), ni la musicalidad, pero en este caso con sugerencias de oscuridad y de misterio.
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 185 2. El Machado de Soledades es un poeta cercano al Modernismo. Lee este poema y responde a las preguntas.
XV
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La calle en sombra. Ocultan los altos caserones el sol que muere; hay ecos de luz en los balcones. ¿No ves, en el encanto del mirador florido, el óvalo rosado de un rostro conocido? La imagen, tras el vidrio de equívoco reflejo, surge o se apaga como daguerrotipo1 viejo. Suena en la calle solo el ruido de tu paso; se extinguen lentamente los ecos del ocaso. ¡Oh, angustia! Pesa y duele el corazón... ¿Es ella? No puede ser... Camina... En el azul, la estrella.
NOTA: 1. Daguerrotipo: imagen obtenida mediante fijación en chapas metálicas.
a) ¿Qué tipo de verso se emplea? ¿Es característico del Modernismo? ¿Cómo se distribuye la rima? El poema está compuesto por versos alejandrinos, quizá el verso más utilizado en las composiciones cultas del Modernismo. La rima es consonante y los versos riman formando pareados. b) ¿En cuál de las líneas temáticas del Modernismo lo incluirías? ¿Por qué? La ambientación y el paisaje, ¿son realistas o transmiten la impresión de un sueño? Señala ejemplos de personificaciones, de sinestesias y de otras figuras literarias. El poema está más cercano al Simbolismo que a la línea escapista y decorativa típica del Modernismo hispanoamericano. La descripción no es realista: la ambientación (una ciudad silenciosa, el ocaso que llena de luz las ventanas y de sombra las calles, las imágenes ambiguas que crea) transmite sensaciones de misterio, soledad y muerte. 144
He aquí algunos ejemplos de las figuras retóricas empleadas: personificaciones (el sol que muere), sinestesias (ecos de luz; los ecos del ocaso), comparaciones (La imagen, tras el vidrio de equívoco reflejo, / surge o se apaga como daguerrotipo viejo), interrogaciones retóricas (¿No ves, en el encanto del mirador florido, / el óvalo rosado de un rostro conocido?; ¿Es ella?), aliteraciones (Suena en la calle solo el ruido de tu paso; / se extinguen lentamente los ecos del ocaso), reticencias (Pesa y duele el corazón... ¿Es ella? / No puede ser... Camina... En el azul, la estrella). 3. En la edición de 1917 de Campos de Castilla, Machado añadió poemas escritos después de la muerte de Leonor, ya lejos de Soria. Este es uno de ellos. Coméntalo siguiendo las preguntas que se formulan. A José María Palacio
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Palacio, buen amigo, ¿está la primavera vistiendo ya las ramas de los chopos del río y los caminos? En la estepa del alto Duero, Primavera tarda, ¡pero es tan bella y dulce cuando llega!... ¿Tienen los viejos olmos algunas hojas nuevas? Aun las acacias estarán desnudas y nevados los montes de las sierras. ¡Oh, mole del Moncayo blanca y rosa, allá, en el cielo de Aragón, tan bella! ¿Hay zarzas florecidas entre las grises peñas, y blancas margaritas entre la fina hierba?
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Por esos campanarios ya habrán ido llegando las cigüeñas. Habrá trigales verdes, y mulas pardas en las sementeras1, y labriegos que siembran los tardíos2 con las lluvias de abril. Ya las abejas libarán del tomillo y el romero. ¿Hay ciruelos en flor? ¿Quedan violetas? Furtivos cazadores, los reclamos de la perdiz bajo las capas luengas, no faltarán. Palacio, buen amigo ¿tienen ya ruiseñores las riberas? Con los primeros lirios y las primeras rosas de las huertas, en una tarde azul, sube al Espino, al alto Espino, donde está su tierra...
NOTAS: 1. Sementeras: campos preparados para la siembra; 2. Tardíos: sembrado que da frutos tardíos.
a) El poema, a modo de carta, está dirigido a su amigo José María Palacio. ¿Qué tipo de estrofa emplea Machado? ¿Cuál es el tema de los versos 1-28? Pero al final, en los últimos versos, ¿qué pide a su amigo? (Ten en cuenta que el Espino es el cementerio de Soria en el que está enterrada Leonor.) El poema está compuesto por una de las formas métricas preferidas por Machado: la silva romanceada, es decir, una combinación aleatoria de versos heptasílabos y endecasílabos con rima asonante en los pares, quedando libres los impares. En este caso, la rima es en e-a. Este poema —uno de los más hermosos de Campos de Castilla— está concebido al modo de una carta en la que Machado interroga a su amigo José María Palacio acerca de la llegada de la primavera a Soria (versos 1-28). De ese modo, el poeta se permite evocar el paisaje soriano y desvelar la verdadera demanda de su escrito: que al florecer los primeros lirios / y las primeras rosas, su amigo ponga un ramo de flores sobre la tumba de su esposa muerta (versos 29-32). b) El paisaje descrito, ¿es realista? Explica por qué. Señala las principales figuras retóricas del poema. Estilísticamente el poema es una buena muestra de la sobriedad y sencillez expresivas de esa etapa machadiana, que se corresponde con el realismo del paisaje descrito: el autor se refiere a lugares concretos (Duero, Moncayo) e introduce elementos naturales que existen efectivamente en esos lugares. El apóstrofe al amigo —repetido en el verso 27— inicia una serie de interrogaciones alternadas con afirmaciones evocadoras de la primavera, así como con frases 145
exclamativas reveladoras de la honda emoción con que el poeta evoca el paisaje. Hay pocos recursos y muy sencillos: personificación: la primavera / vistiendo..., las acacias estarán desnudas; quiasmo: viejos olmos, hojas nuevas; abundantes adjetivos y epítetos de color: blanca y rosa, grises peñas, blancas margaritas, trigales verdes; léxico preciso: sementeras, tardíos; etc.
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 186 4. Estos poemas pertenecen a distintas etapas de Juan Ramón Jiménez. Léelos, analízalos respondiendo a las preguntas, y explica el proceso de depuración poética que se observa en ellos. A lo lejos
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A lo lejos resonaban las cadencias de un piano que gemía las nostalgias de una mágica canción, y extasiado en la amargura de aquel éxtasis lejano, derramaba triste llanto mi doliente corazón. Yo soñaba en la ternura suave y lenta de la mano que arrancaba del piano tan amarga vibración, y mis besos se perdían en la bruma del arcano1 que absorbía con su sombra la dulcísima aflicción2. ¡Ay, quién sabe si aquel alma era hermana de la mía y soñando con mi alma mitigaba3 su pesar! La agonía de sus quejas era igual a mi agonía, su sollozo melancólico me obligaba a sollozar... ¡Oh, las almas que se adoran de una tarde en la harmonía y consuelan sus martirios sin poderse nunca amar!
J. R. J.: Rimas (1902). Primavera amarilla
5
Abril venía, lleno todo de flores amarillas: amarillo el arroyo, amarillo el vallado, la colina, el cementerio de los niños, el huerto aquel donde el amor vivía.
El sol unjía4 de amarillo al mundo, con sus luces caídas; ¡ay, por los lirios áureos, 10 el agua de oro, tibia; las amarillas mariposas sobre las rosas amarillas! Guirnaldas amarillas escalaban los árboles; el día 15 era una gracia perfumada de oro, en un dorado despertar de vida. Entre los huesos de los muertos, abría Dios sus manos amarillas.
CXC
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No sé si el mar es, hoy —adornado su azul de innumerables espumas—, mi corazón; si mi corazón, hoy —adornada su grana5 de incontables espumas—, es el mar.
Entran, salen uno de otro, plenos e infinitos, 10 como dos todos únicos. A veces me ahoga el mar el corazón, hasta los cielos mismos. Mi corazón ahoga el mar, a veces, hasta los mismos cielos. J. R. J.: Diario de un poeta recién casado (1916).
J. R. J.: Poemas májicos y dolientes (1911). NOTAS: 1. Arcano: misterio, cosa oculta o secreta; 2. Aflicción: pena, tristeza, angustia; 3. Mitigar: moderar, suavizar; 4. Ungir (J. R. J. lo escribía con j): aplicar aceite extendiéndolo por una superficie; 5. Grana: color rojo. 146
a) Analiza la métrica de los tres poemas y compárala. ¿Qué cambios fundamentales se producen entre el poema A lo lejos y el perteneciente a Diario de un poeta recién casado? El poema A lo lejos está compuesto por versos hexadecasílabos (de dieciséis sílabas), raramente usados en la poesía española. Es un verso amplio, que permite la búsqueda de ritmos nuevos y de una musicalidad más marcada. El poema forma un soneto en el que, además del tipo de verso distinto del canónico, destaca la transformación de los cuartetos en serventesios, algo habitual en el Modernismo. Obsérvese también en la rima consonante la aparición de versos agudos, poco usados en los sonetos. En Primavera amarilla, Juan Ramón emplea aleatoriamente versos heptasílabos, eneasílabos y endecasílabos. La rima pasa a ser asonante en i-a. El tercer poema es un poema en verso libre: los versos no siguen ningún tipo de regularidad métrica, varían mucho su medida y el autor se despreocupa del uso de la rima. b) En los temas, el poeta se identifica con la materia de la que trata. Señala los procedimientos retóricos que emplea para transmitir esa identificación. ¿Hay una progresiva simplificación de esos procedimientos? En el poema A lo lejos, el poeta experimenta una identificación entre sus tristes sentimientos y los que emanan de la melodía lejana que suena en un piano. En Primavera amarilla deja traslucir el sentimiento de alegría y vitalidad que le produce la llegada de la primavera. En el tercer poema la identificación se produce con el mar: su grandeza, su extensión, su soledad. En el primer poema puede observarse que el autor se recrea en los distintos matices sentimentales que provoca la melodía del piano y los desarrolla extensamente: que gemía las nostalgias de una mágica canción = derramaba triste llanto mi doliente corazón; ¡Ay, quién sabe si aquel alma era hermana de la mía / y soñando con mi alma mitigaba su pesar!; La agonía de sus quejas era igual a mi agonía, / su sollozo melancólico me obligaba a sollozar... En Primavera amarilla, la identificación es implícita: a través de las exclamaciones, de la pintura monocolor del poema, de las metáforas y de los demás recursos, el lector advierte el renacer del alma del poeta con la llegada de abril. En el poema perteneciente a Diario de un poeta recién casado, la identificación es menos elaborada, más directa, a través de comparaciones nítidas; además, para reforzarla, se repiten invertidas, con casi idénticas palabras, en una especie de quiasmo: No sé si el mar es, hoy / —adornado su azul de innumerables / espumas—, / mi corazón; si mi corazón, hoy / —adornada su grana de incontables / espumas—, / es el mar; A veces me ahoga el mar el corazón, / hasta los cielos mismos. / Mi corazón ahoga el mar, a veces, / hasta los mismos cielos.
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ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 189 1. Este poema de Juan Larrea, escrito en 1919, reúne algunas de las características principales de las creaciones vanguardistas. Léelo y analízalo siguiendo las preguntas que aparecen después.
a) Los movimientos vanguardistas pretendían una renovación total de la literatura y el arte, rompiendo con los hábitos de los lectores. ¿Cómo consigue este poema llamar la atención antes incluso de su lectura? ¿Por qué utiliza el poeta esos artificios tipográficos? ¿Qué efecto consigue? Lo más inmediatamente llamativo del poema es su disposición tipográfica: el título y varios de los versos se repiten invertidos, como si se reflejaran en el agua del estanque al que alude el título. El poeta utiliza este recurso para dotar de novedad y originalidad a su poema y para unirlo con otras expresiones artísticas, como la imagen. Con este truco consigue un efecto de sorpresa y de belleza a la par. b) ¿Cuál es el título del poema? ¿El contenido se corresponde con lo que el título sugiere al lector? El poema se titula Estanque, pero el contenido apenas se corresponde con ese título: aparecen unos polluelos surgiendo del cascarón, unos pescadores, los cisnes…, pero no hay intención de elaborar con ellos una descripción de tipo realista. De hecho, aparecen otros elementos de difícil interpretación y justificación en un poema con ese título. c) Los versos describen una serie sucesiva de imágenes. ¿Hay alguna relación lógica entre ellas? Señala versos en los que encuentres asociaciones de palabras desconcertantes o inesperadas. Los poemas vanguardistas se conciben como una serie de imágenes unidas arbitrariamente, que responden a motivaciones ocultas del autor o simplemente al azar. Por eso, aunque nos esforcemos por desentrañar la relación lógica entre los versos (y su relación con el estanque del título) difícilmente podremos conseguirlo y explicar el poema de modo racional. Quizá los versos más desconcertantes (y menos traducibles a términos racionales) sean los versos 11-18. 148
d) Los ismos, como el Creacionismo, al que pertenece Juan Larrea, rechazaban la obligación de la poesía de reflejar la realidad. Resume, a partir de tus respuestas, cómo se manifiesta ese nuevo concepto de la poesía en este poema. Respuesta libre. e) Crea un caligrama en el que exista relación entre su contenido y la disposición tipográfica de los versos. Por ejemplo, escribe un poema dedicado al paraguas y haz que los versos formen la imagen de un paraguas abierto. Respuesta libre. Sería conveniente, quizá, que el profesor mostrara a los alumnos otros caligramas distintos que puedan servir de ejemplo y de motivación.
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 193 1. El gusto de Lorca y Alberti por la tradición literaria española se manifiesta principalmente en su primera época. Estos poemas son una muestra de esa influencia. Realiza un comentario, atendiendo a la métrica y a los recursos estilísticos empleados.
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Canción de jinete
[Quién cabalgara el caballo]
Córdoba. Lejana y sola.
¡Quién cabalgara el caballo de espuma azul de la mar!
Jaca negra, luna grande y aceitunas en mi alforja. Aunque sepa los caminos yo nunca llegaré a Córdoba.
De un salto, ¡quién cabalgara la mar!
Por el llano, por el viento, jaca negra, luna roja. La muerte me está mirando 10 desde las torres de Córdoba. ¡Ay qué camino tan largo! ¡Ay mi jaca valerosa! ¡Ay que la muerte me espera antes de llegar a Córdoba!
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¡Viento, arráncame la ropa! ¡Tírala, viento, al mar! De un salto, quiero cabalgar la mar.
¡Amárrame a tus cabellos, 10 crin de los vientos del mar! De un salto, quiero ganarme la mar. RAFAEL ALBERTI: Marinero en tierra (1923).
15 Córdoba. Lejana y sola. F. GARCÍA LORCA: Canciones (1927).
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El poema de Lorca tiene como tema (frecuente en el poeta) el destino trágico de un jinete que cabalga hacia Córdoba presintiendo que morirá antes de llegar a la ciudad. Como era frecuente en la poesía tradicional, Lorca no revela las circunstancias concretas que rodean al jinete, nos lo presenta directamente, cabalgando en su jaca y lamentándose por su próxima muerte, pero nada sabemos de él: ni si está huyendo, ni si lo persiguen, ni por qué está tan seguro de que morirá antes de llegar a Córdoba. Métricamente, el poema también se ajusta a la tradición: versos octosílabos distribuidos en coplas de rima asonantada en los pares y un pareado que se repite a modo de estribillo (obsérvese que el título habla de canción, como en 149
la lírica popular). También los recursos estilísticos son propios de la lírica tradicional: elipsis (Jaca negra, luna grande / y aceitunas en mi alforja), personificaciones (la muerte me está mirando, la muerte me espera) y, principalmente, anáforas, paralelismos (Jaca negra, luna grande – jaca negra, luna roja; por el llano, por el viento; ¡Ay qué camino tan largo! ¡Ay mi jaca valerosa! ¡Ay que la muerte me espera) y epíforas: yo nunca llegaré a Córdoba – desde las torres de Córdoba – antes de llegar a Córdoba. Un análisis similar se puede hacer del poema de Alberti. Como en gran parte de los poemas de Marinero en tierra, el poeta expresa su nostalgia del mar, el deseo de volver a ver el mar. En la composición métrica predominan los octosílabos combinados con el trisílabo De un salto. Las figuras retóricas son también las habituales de la lírica popular: paralelismos (¡Quién cabalgara el caballo – Quién cabalgara la mar; quiero cabalgar la mar – quiero ganarme la mar), quiasmos (Viento, arráncame – Tírala, viento), anáforas y epíforas. Además, en este poema destacan las metáforas: el caballo / de espuma azul de la mar; tus cabellos, crin de los vientos del mar.
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2. Aquí te presentamos otros dos poemas de Lorca. El primero, Vuelta de paseo, de Poeta en Nueva York (1929-1930), es una visión de la angustia en esa ciudad, expresada con imágenes de influencia surrealista. El segundo, perteneciente a Sonetos del amor oscuro, es un ejemplo de la deuda de Lorca con los poetas de la tradición clásica. Haz un comentario de ambos.
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Vuelta de paseo
El poeta pide a su amor que le escriba
Asesinado por el cielo. Entre las formas que van hacia la sierpe y las formas que buscan el cristal, dejaré crecer mis cabellos.
Amor de mis entrañas, viva muerte, en vano espero tu palabra escrita y pienso, con la flor que se marchita, que si vivo sin mí, quiero perderte.
Con el árbol de muñones que no canta y el niño con el blanco rostro de huevo. Con los animalitos de cabeza rota y el agua harapienta de los pies secos.
Con todo lo que tiene cansancio sordomudo 10 y mariposa ahogada en el tintero. Tropezando con mi rostro distinto de cada día. ¡Asesinado por el cielo!
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El aire es inmortal. La piedra inerte ni conoce la sombra ni la evita. Corazón interior no necesita la miel helada que la luna vierte.
Pero yo te sufrí. Rasgué mis venas, 10 tigre y paloma, sobre tu cintura en duelo de mordiscos y azucenas. Llena, pues, de palabras mi locura o déjame vivir en mi serena noche del alma, para siempre oscura.
Vuelta de paseo revela la angustia de Lorca al enfrentarse a la gran metrópoli que era ya Nueva York en los años en que el poeta la visitó. Frente a la mayoría de los poemas de Poeta en Nueva York, este es un poema breve y, aunque compuesto en verso libre, contiene endecasílabos y mantiene una rima asonante en e-o. Por lo demás, el poema es una sucesión de imágenes que, nacidas en zonas irracionales de la imaginación del poeta, pretenden conmocionar al lector más en su sensibilidad que en su racionalidad. Así, el léxico resulta chocante, agresivo y angustioso (muñones, harapienta, sordomudo, ahogado), al igual que las imágenes: árbol de muñones que no canta, niño con el blanco rostro de huevo, animalitos de cabeza rota, agua harapienta de pies secos, cansancio sordomudo, mariposa ahogada en el tintero… En cuanto a la composición del poema, aún mantiene influencias de la poesía tradicional: el uso de los paralelismos y del verso que se repite al inicio y al final así parece demostrarlo.
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El poeta pide a su amor que le escriba forma parte de los Sonetos del amor oscuro, conjunto de sonetos compuestos hacia 1935 y muchos de los cuales fueron ocultados hasta tiempos recientes, probablemente a causa de su temática supuestamente homosexual. Al margen de ello, nos encontramos ante un poema de amor construido con un extremado rigor formal. La estructura métrica del soneto es clásica: dos cuartetos y tercetos encadenados de rima CDC DCD, aunque puede apreciarse un error de rima en la palabra serena con respecto a venas y azucenas. En el poema, Lorca aguarda con una desesperación contenida las palabras de su amado, a la par que evoca el amor apasionado y sensual surgido entre ambos. El soneto es también un homenaje a los poetas del clasicismo renacentista en especial a San Juan de la Cruz: se advierte en algunas expresiones antitéticas de raíz mística (viva muerte, vivo sin mí) y en los dos últimos versos, que citan uno de los títulos del carmelita (Noche oscura del alma). Como casi siempre en Lorca, asombra la poderosa imaginación metafórica que da vida a los sentimientos: La piedra inerte / ni conoce la sombra ni la evita. / la miel helada que la luna vierte. El primer terceto, que rememora los sufrimientos y goces del amor, también incluye metáforas exactas y antitéticas: tigre y paloma, duelo de mordiscos y azucenas.
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 194 3. De Rafael Alberti, lee este poema de Sobre los ángeles (1929), libro que representa una crisis espiritual del poeta. Analiza la métrica del poema y determina su tema: ¿es característico de la poesía pura o implica una rehumanización de la poesía? Las imágenes utilizadas, ¿tienen algo en común con las imágenes de los sueños o de las pesadillas? ¿Qué ismo europeo puede haber influido en ellas? El cuerpo deshabitado Yo te arrojé de mi cuerpo, yo con un carbón ardiendo. —Vete. 5
Madrugada. La luz, muerta en las esquinas y en las casas. Los hombres y las mujeres ya no estaban. —Vete.
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Quedó mi cuerpo vacío, negro saco, a la ventana. Se fue. Se fue, doblando las calles. Mi cuerpo anduvo, sin nadie.
Como en Vuelta de paseo de Lorca, el poema es aún deudor de ciertas formas de la poesía tradicional: predominan los versos octosílabos, aunque se combinan con versos de otras medidas, y aún se mantiene una cierta regularidad en la rima asonante. También aparecen los versos repetidos a modo de estribillo y el uso de paralelismos. Sin embargo, nos hallamos ante un poema de tema y propósito muy diferentes: el poeta describe la sensación de vacío interior, de desdoblamiento y falta de identidad, mediante una serie de imágenes que parecen sacadas de una pesadilla. Alberti parece haber expulsado a su alma de su cuerpo, que queda como un saco vacío y que camina sin nadie dentro. Poco queda en él de poesía pura: es una expresión de dolor muy humano. En las imágenes y en el tema se puede advertir la influencia del Surrealismo. 151
4. El anhelo romántico de amor pleno y libre topa en Cernuda con las barreras que le pone la realidad. El poema que vas a comentar forma parte de Los placeres prohibidos (1931). Describe su composición métrica, formula el tema que trata y explica las imágenes y comparaciones con las que el poeta traduce su deseo de amar y el desasosiego que produce.
No decía palabras
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No decía palabras, Acercaba tan solo un cuerpo interrogante, Porque ignoraba que el deseo es una pregunta Cuya respuesta no existe, Una hoja cuya rama no existe, Un mundo cuyo cielo no existe. La angustia se abre paso entre los huesos, Remonta por las venas Hasta abrirse en la piel, Surtidores de sueño Hechos carne en interrogación vuelta a las nubes. Un roce al paso, Una mirada fugaz entre las sombras, Bastan para que el cuerpo se abra en dos, Ávido de recibir en sí mismo Otro cuerpo que sueñe; Mitad y mitad, sueño y sueño, carne y carne, Iguales en figura, iguales en amor, iguales en deseo. Aunque solo sea una esperanza, Porque el deseo es una pregunta cuya respuesta nadie sabe.
En este poema en verso libre, Cernuda analiza el incumplimiento de los deseos, la perplejidad del poeta ante la falta de respuesta a sus deseos. En los seis primeros versos, emplea dos metáforas (cuerpo interrogante, el deseo es una pregunta) y una serie de paralelismos con epífora, que formulan de modo paradójico su insatisfacción. En los versos 6-11 emplea la personificación (la angustia se abre paso entre los huesos) y nuevas metáforas (surtidores de sueño). El nacimiento del deseo amoroso, que ocupa los versos 12-18, adquiere tintes hiperbólicos (el cuerpo se abra en dos) y se formula mediante paralelismos (versos 17-18) que expresan la igualdad imposible que debe presidir los deseos de los amantes. Los dos versos finales reproducen con variantes los versos 3-4, y cierran de modo pesimista la idea del poeta sobre el amor: el deseo es una pregunta cuya respuesta nadie sabe.
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ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 195 5. Pedro Salinas es el poeta del amor en libros como La voz a ti debida (1934), al que pertenece este poema. Léelo y responde a las preguntas que se formulan. [Sí, por detrás de las gentes]
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Sí, por detrás de las gentes te busco. No en tu nombre, si lo dicen, no en tu imagen, si la pintan. Detrás, detrás, más allá. Por detrás de ti te busco. No en tu espejo, no en tu letra, ni en tu alma. Detrás, más allá.
10 También detrás, más atrás, de mí te busco. No eres lo que yo siento de ti. No eres lo que me está palpitando 15 con sangre mía en las venas, sin ser yo. Detrás, más allá te busco. Por encontrarte, dejar de vivir en ti, y en mí, 20 y en los otros. Vivir ya detrás de todo, al otro lado de todo —por encontrarte—, como si fuese morir.
a) El poema combina versos de distinta medida, pero ¿cuál es el tipo de verso dominante? ¿Hay rima? ¿Qué efecto producen en el ritmo los distintos encabalgamientos? En el poema predominan los versos octosílabos, combinados con otros tipos de versos más cortos. No hay rima regular, a veces se encuentran versos que riman por repetición de palabras o por casualidad. El encabalgamiento es un recurso rítmico fundamental en el poema: cuando aparece produce un ritmo entrecortado e irregular que permite destacar las palabras y versos que separa. b) El poema habla de la búsqueda del amor, pero ¿cómo concibe Salinas ese amor? ¿Dónde lo puede encontrar: en las apariencias (nombres, imágenes) o buscando en lo más profundo de los amantes? Explica con tus propias palabras el concepto del amor en este poema. La voz a ti debida es un poemario sobre el amor. Como revela este poema, Salinas no se conforma con el amor de las apariencias (los rostros, los nombres, las imágenes, las palabras que se dicen los amantes), sino que busca el amor más profundo y verdadero, el amor espiritual que une a los amantes por encima de la realidad engañosa y perecedera.
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c) En el poema solo se emplean los pronombres para referirse a la mujer amada y al propio poeta. ¿Cuál es la razón de esa insistencia en los pronombres? Los pronombres son palabras sin un significado general, son deícticos que señalan a los participantes en el acto de comunicación. Así, cambian de significado según la persona que los pronuncia. Pero más allá de esta falta de concreción significativa, manifiestan la desconfianza de Salinas en las apariencias: los nombres no son lo verdadero, lo auténtico no tiene nombre: No en tu nombre, si lo dicen. d) A lo largo del poema aparece una serie de expresiones sinónimas de detrás. Señálalas y explica qué relación guardan con el tema del poema. Puede comprobarse que la palabra más repetida es detrás; junto con ella aparecen más allá, más atrás, al otro lado. Todas estas expresiones revelan el ansia del poeta por dejar a un lado lo visible, la realidad aparente, y buscar la realidad profunda del amor. e) Señala qué figuras retóricas utiliza Salinas en los siguientes versos: • • •
No en tu nombre, si lo dicen, / no en tu imagen, si la pintan. Paralelismo. Por detrás de ti te busco. Paradoja. Vivir ya detrás de todo, / al otro lado de todo / —por encontrarte—, / como si fuese morir. Epífora y comparación.
f) Como resumen de tu análisis, explica las características de este poema en las que se aprecia la mezcla de elementos tradicionales de la poesía y de innovaciones del periodo de las vanguardias. Respuesta libre.
GALERÍA DE TEMAS Y PERSONAJES-PÁG. 197 ACTIVIDADES-Campos de Castilla, de Antonio Machado 1. Busca poemas que muestren la variedad de formas métricas usadas por el poeta. Machado emplea gran variedad de formas métricas en Campos de Castilla, y en muchos poemas combina varias de ellas. He aquí algunos ejemplos: -
Con serventesios de alejandrinos están compuestos, por ejemplo, Retrato, Por tierras de España, El hospicio, Una España joven, España en paz, Mis poetas.
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Con pareados de alejandrinos, A orillas del Duero, La mujer manchega.
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Cuartetos liras: El dios ibero, Orillas del Duero, Desde mi rincón, Al maestro Rubén Darío.
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Redondillas: En abril, las aguas mil; Amanecer de otoño.
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Silva romance (la más empleada): Pascua de Resurrección, gran parte de la serie Campos de Soria, Caminos, A don Francisco Giner de los Ríos, Mariposa de la sierra.
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Romance: La tierra de Alvargonzález, [Soñé que tú me llevabas], [Una noche de verano].
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Redondillas, cuartetas, quintillas: Proverbios y cantares.
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Sonetos: [Esta leyenda en sabio romance campesino].
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2. Elabora una selección de los poemas que consideres más representativos de cada uno de los bloques temáticos señalados. En el desarrollo de esta sección, al describir las secciones del libro ya se ponen algunos ejemplos correspondientes a los distintos bloques temáticos. Sin embargo, ha de ser el propio alumno el que vaya seleccionando los poemas correspondientes a cada bloque que considere más significativos o que resulten más importantes para él. 3. Después de leer el romance La tierra de Alvargonzález, elabora un resumen de los acontecimientos que en él se relatan. ¿Por qué crees que Machado ha adoptado esa forma métrica para narrar esa historia? Machado nos cuenta la historia de Alvargonzález, un mozo que conoce a una mujer y al año se casa con ella, en una boda magnífica. Feliz en su tierra, tuvo tres hijos a los que encargó diversas tareas según fueron creciendo: a uno le encarga cultivar la huerta, a otro a cuidar a los merinos, y al menor a la Iglesia. Pero el hijo pequeño no aguanta las servidumbres de la iglesia y se marcha a América. Muchos años después, el padre ya viejo es asesinado por los hijos mayores, que desean cobrar la herencia. Su cuerpo, atado a una roca, es arrojado a la Laguna Negra. Ante la imposibilidad de acusar a los hijos, un hombre inocente es culpado y condenado a muerte. A los hijos la herencia les sirve de poco. Muerta su madre de pena, derrochan el dinero y dejan morir las tierras. Entonces regresa Miguel, el menor, de América, rico y triunfador y les compra las tierras y consigue que fructifiquen nuevamente. Pero la envidia de los hermanos los vuelve a convertir en asesinos y matan a Miguel, arruinando otra vez sus bienes. Los hermanos comprueban que las tierras están malditas para ellos y van a la laguna a reclamar la presencia de su padre. Pero entonces las aguas los engullen y los arrastran a su fondo. La forma empleada por Machado, el romance, se ajusta adecuadamente a la historia: una leyenda de carácter tradicional, con sucesos sobrenaturales. 4. El tema de «las dos Españas» está presente en varios poemas. Basándote en ellos, elabora una redacción personal sobre las diferencias entre ambas concepciones del país. Algunos poemas en los que se puede basar la redacción son: Del pasado efímero; El mañana efímero; Llanto de las virtudes y coplas por la muerte de don Guido; Una España joven.
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COMENTARIO DE TEXTO-PÁG. 199 ACTIVIDADES-Romancero gitano, de Federico García Lorca 1. Realiza un comentario similar de los romances Preciosa y el aire y Romance de la pena negra, pertenecientes al mismo libro. Respuesta libre. He aquí los dos poemas: Preciosa y el aire
Romance de la pena negra
Su luna de pergamino Preciosa tocando viene por un anfibio sendero de cristales y laureles. El silencio sin estrellas, huyendo del sonsonete, cae donde el mar bate y canta su noche llena de peces. En los picos de la sierra los carabineros duermen guardando las blancas torres donde viven los ingleses. Y los gitanos del agua levantan por distraerse, glorietas de caracolas y ramas de pino verde. * Su luna de pergamino Preciosa tocando viene. Al verla se ha levantado el viento que nunca duerme. San Cristobalón desnudo, lleno de lenguas celestes, mira la niña tocando una dulce gaita ausente. Niña, deja que levante tu vestido para verte. Abre en mis dedos antiguos la rosa azul de tu vientre. * Preciosa tira el pandero y corre sin detenerse. El viento-hombrón la persigue con una espada caliente. Frunce su rumor el mar. Los olivos palidecen. Cantan las flautas de umbría y el liso gong de la nieve. ¡Preciosa, corre, Preciosa, que te coge el viento verde! ¡Preciosa, corre, Preciosa! ¡Míralo por dónde viene! Sátiro de estrellas bajas con sus lenguas relucientes. * Preciosa, llena de miedo, entra en la casa que tiene, más arriba de los pinos, el cónsul de los ingleses. Asustados por los gritos tres carabineros vienen, sus negras capas ceñidas y los gorros en las sienes. El inglés da a la gitana un vaso de tibia leche, y una copa de ginebra que Preciosa no se bebe. Y mientras cuenta, llorando, su aventura a aquella gente, en las tejas de pizarra el viento, furioso, muerde.
Las piquetas de los gallos cavan buscando la aurora, cuando por el monte oscuro baja Soledad Montoya. Cobre amarillo, su carne, huele a caballo y a sombra. Yunques ahumados sus pechos, gimen canciones redondas. Soledad, ¿por quién preguntas sin compaña y a estas horas? Pregunte por quien pregunte, dime: ¿a ti qué se te importa? Vengo a buscar lo que busco, mi alegría y mi persona. Soledad de mis pesares, caballo que se desboca, al fin encuentra la mar y se lo tragan las olas. No me recuerdes el mar, que la pena negra, brota en las sierras de aceituna bajo el rumor de las hojas. ¡Soledad, qué pena tienes! ¡Qué pena tan lastimosa! Lloras zumo de limón agrio de espera y de boca. ¡Qué pena tan grande! Corro mi casa como una loca, mis dos trenzas por el suelo, de la cocina a la alcoba. ¡Qué pena! Me estoy poniendo de azabache, cama y ropa. ¡Ay mis camisas de hilo! ¡Ay mis muslos de amapola! Soledad: lava tu cuerpo con agua de las alondras, y deja tu corazón en paz, Soledad Montoya. Por abajo canta el río: volante de cielo y hojas. Con flores de calabaza, la nueva luz se corona. ¡Oh pena de los gitanos! Pena limpia y siempre sola. ¡Oh pena de cauce oculto y madrugada remota!
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TEST DE EVALUACIÓN-PÁG. 201 1. El Modernismo fue un movimiento literario: a. Nacido en España y difundido después en Hispanoamérica. b. Nacido en Francia y difundido después en Hispanoamérica. c. Nacido en Hispanoamérica y difundido después en España.
2. Las fuentes principales en las que se inspira el Modernismo son: a. El Realismo y la poesía francesa del siglo XIX. b. El Romanticismo y el Realismo. c. El Romanticismo, el Parnasianismo y el Simbolismo.
3. Las dos líneas temáticas principales del Modernismo son: a. La evasión hacia el pasado o lo exótico y la expresión de la intimidad. b. El reflejo de las circunstancias sociales y la expresión de la intimidad. c. Los avances técnicos de la modernidad y la expresión de la intimidad.
4. Son características formales del Modernismo: a. La musicalidad, la variedad métrica y el empleo del verso libre. b. La musicalidad, la variedad métrica y rítmica, y el uso de un léxico culto. c. La musicalidad, el empleo de estrofas tradicionales y el lenguaje coloquial.
5. Los movimientos de vanguardia europeos se caracterizan por: a. Aceptar los valores tradicionales de la literatura y adaptarlos a los tiempos modernos. b. Rechazar todo el pasado cultural, celebrar la modernidad e introducir la irracionalidad en el arte. c. Introducir temas modernos y crear una literatura realista y comprensible.
6. Son autores de la Generación del 27: a. Antonio Machado, Federico García Lorca, Rafael Alberti y Jorge Guillén. b. Juan Ramón Jiménez, Federico García Lorca, Pedro Salinas y Luis Cernuda. c. Pedro Salinas, Federico García Lorca, Rafael Alberti y Luis Cernuda.
7. La principal característica común de la poesía del 27 es: a. La integración entre la poesía tradicional y las corrientes renovadoras. b. El rechazo de la tradición literaria y la adopción del Vanguardismo. c. La influencia del Romanticismo y del Surrealismo.
8. A los poetas del 27 les unen los siguientes aspectos: a. La amistad, el autodidactismo y el talante liberal y progresista. b. La amistad, la sólida formación intelectual y el talante liberal y progresista. c. La amistad, la sólida formación intelectual y el talante conservador.
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UNIDAD 10: LA NOVELA Y EL ENSAYO A PRINCIPIOS DEL SIGLO XX CUESTIONES INICIALES-PÁG. 203 1. ¿Qué movimiento literario se desarrolla en la segunda mitad del siglo XIX? En la segunda mitad del siglo XIX se desarrolla el Realismo, movimiento que rechaza la huida de la realidad que proponía el Romanticismo. 2. ¿Qué acontecimiento histórico da nombre a la Generación del 98? El acontecimiento que da nombre a esta Generación es la pérdida de las colonias españolas en Cuba, Puerto Rico y Filipinas a manos de los EE. UU. 3. Cita alguna obra de Unamuno o Baroja. Unamuno: San Manuel Bueno mártir, Niebla, Amor y pedagogía. Baroja: La busca, El árbol de la ciencia, Memorias de un hombre de acción. 4. ¿Sabes qué es el Novecentismo? Se conoce con el nombre de Novecentismo (o Generación del 14) a los autores que suceden a la Generación del 98 y alcanzan su plenitud literaria en la segunda década del siglo XX. Todos ellos comparten con el 98 la inquietud por el problema de España, aunque rechazan la visión dramática y subjetiva de sus predecesores, adoptando una postura más equilibrada e intelectual. 5. ¿Por qué crees que el ensayo tiene tanta importancia en este periodo literario? En este periodo cobra gran importancia el género ensayístico por ser el instrumento adecuado para expresar las inquietudes personales y el pensamiento de los autores de la época. Las ideas del 98 y de los novecentistas encuentran en el ensayo en mejor vehículo de expresión. 6. Explica en qué consiste, según tu opinión, el concepto de «la deshumanización del arte». El arte debe abandonar los temas humanos (deshumanización) y tender a un estilo artificioso, alejándose de las masas, pues el arte es para las minorías.
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 208 Y 209 1. El siguiente fragmento pertenece a San Manuel Bueno, mártir (1933) de Unamuno. El protagonista, el párroco Manuel Bueno, ha conseguido que Lázaro, el hermano de la narradora, haya abandonado su indiferencia religiosa y se una a él para ayudar al pueblo. Ángela Carballino, la narradora, está contenta por ello, pero Lázaro le va a revelar una terrible verdad. Y entonces, serena y tranquilamente, a media voz, me contó una historia que me sumergió en un lago de tristeza. Cómo don Manuel le había venido trabajando, sobre todo en aquellos paseos a las ruinas de la vieja abadía cisterciense, para que no escandalizase, para que diese buen ejemplo, para que se incorporase a la vida religiosa del pueblo, para que fingiese creer si no creía, para que ocultase sus ideas al respecto, mas sin intentar siquiera catequizarle, convertirle de otra manera. —¿Pero es eso posible? —exclamé, consternada. —¡Y tan posible, hermana, y tan posible! Y cuando yo le decía: «Pero ¿es usted, usted, el sacerdote, el que me aconseja que finja?», él, balbuciente: «¿Fingir? ¡Fingir no!, ¡eso no es fingir! Toma agua bendita que dijo alguien, y acabarás creyendo.» Y como yo, mirándole a los ojos, le dijese: «¿Y usted celebrando misa ha acabado por creer?», él bajó la mirada al lago y se le llenaron los ojos de lágrimas. Y así es como le arranqué su secreto: 158
—¡Lázaro! —gemí. [...] —Entonces —prosiguió mi hermano— comprendí sus móviles y con esto comprendí su santidad; porque es un santo, hermana, todo un santo. No trataba, al emprender ganarme para su santa causa —porque es una causa santa, santísima—, arrogarse un triunfo, sino que lo hacía por la paz, por la felicidad, por la ilusión si quieres, de los que le están encomendados; comprendí que si los engaña así —si es que esto es un engaño— no es por medrar. Me rendí a sus razones, y he aquí mi conversión. Y no me olvidaré jamás del día en que diciéndole yo: «Pero, don Manuel, la verdad, la verdad ante todo», él temblando, me susurró al oído —y eso que estábamos solos en medio del campo—: «¿La verdad? La verdad, Lázaro, es acaso algo terrible, algo intolerable, algo mortal; la gente sencilla no podría vivir con ella.» «Y ¿por qué me la deja entrever ahora aquí, como en confesión?», le dije. Y él: «Porque si no me atormentaría tanto, tanto, que acabaría gritándola en medio de la plaza, y eso jamás, jamás, jamás. Yo estoy para hacer vivir a las almas de mis feligreses, para hacerlos felices, para hacerles que se sueñen inmortales y no para matarlos. Lo que aquí hace falta es que vivan sanamente, que vivan en unanimidad de sentido, y con la verdad, con mi verdad, no vivirían. Que vivan. Y esto hace la Iglesia, hacerlos vivir. ¿Religión verdadera? Todas las religiones son verdaderas en cuanto hacen vivir espiritualmente a los pueblos que las profesan, en cuanto les consuelan de haber tenido que nacer para morir, y para cada pueblo la religión más verdadera es la suya, la que ha hecho. ¿Y la mía? La mía es consolarme en consolar a los demás, aunque el consuelo que les doy no sea el mío.» Jamás olvidaré estas sus palabras. a) ¿De qué hablan los personajes? ¿Cuál es el terrible secreto del párroco Manuel Bueno? ¿Por qué no lo confiesa públicamente? ¿Por qué este texto es representativo del pensamiento de Unamuno? Ángela Carballino, la narradora, dialoga con su hermano Lázaro, quien le cuenta a su vez el diálogo que mantuvo con Manuel Bueno, el párroco del pueblo quien le revela su falta de fe. El párroco no lo confiesa públicamente porque piensa que es mejor así para el pueblo que le reverencia. Si dejaran de creer, de tener fe, serían infelices y sufrirían como él. Este texto representa perfectamente el pensamiento de Unamuno basado en la duda dialéctica entre la fe y la falta de fe, la vida terrenal y la inmortalidad y la verdad y el engaño. b) Señala las características narrativas del texto. ¿Quién narra? ¿A través de quién conoce los hechos? ¿Lázaro actúa como un narrador secundario? Señala todas las paradojas y juegos de palabras con los que los personajes exponen su pensamiento. El fragmento tiene una cierta complejidad. La narradora de la novela es Ángela Carballino, quien cuenta en primera persona lo que supo de la historia de Manuel Bueno. Pero ella no es la protagonista, ni siquiera la testigo de muchos de los hechos, que le son narrados por su hermano Lázaro. Así, este actúa como un narrador secundario, es decir, como un narrador dentro de la narración. La mayor parte de los diálogos se introducen en estilo directo. Los que corresponden a Ángela y a Lázaro, mediante el método habitual de rayas y líneas separadas. En el relato de Lázaro, el diálogo con don Manuel se introduce mediante el uso de comillas. El lenguaje de los diálogos está lleno de repeticiones: ¿Fingir? ¡Fingir no!, ¡eso no es fingir!; juegos de palabras y paradojas: La mía es consolarme en consolar a los demás, aunque el consuelo que les doy no sea el mío. 2. El árbol de la ciencia (1911) es la novela en la que Baroja expone buena parte de su filosofía pesimista y agria sobre la España de su época, sobre la vida y los seres humanos. Lee este fragmento, realiza un resumen del mismo y responde a las preguntas que se formulan después. A Andrés le indignó la indiferencia de la gente al saber la noticia. Al menos él había creído que el español, inepto para la ciencia y la civilización, era un patriota exaltado, y se encontraba que no; después del desastre de las dos pequeñas escuadras españolas en Cuba y en Filipinas, todo el mundo iba al teatro y a los toros tan tranquilo; aquellas manifestaciones y gritos habían sido espuma, humo de paja, nada.
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Cuando la impresión del desastre se le pasó, Andrés fue a casa de Iturrioz; hubo discusión entre ellos. —Dejemos todo eso, ya que afortunadamente hemos perdido las colonias —dijo su tío—, y hablemos de otra cosa. ¿Qué tal te ha ido en el pueblo? —Bastante mal. —¿Qué te pasó? ¿Hiciste alguna barbaridad? —No; tuve suerte. Como médico he quedado bien. Ahora, personalmente, he tenido poco éxito. —Cuenta; veamos tu odisea en esa tierra de Don Quijote. Andrés contó sus impresiones en Alcolea; Iturrioz le escuchó atentamente. —¿De manera que allí no has perdido tu virulencia ni te has asimilado al medio? —Ninguna de las dos cosas. Yo era allí una bactericida1 colocada en un caldo saturado de ácido fénico2. —Y esos manchegos, ¿son buena gente? —Sí, muy buena gente; pero con una moral imposible. —Pero esa moral, ¿no será la defensa de la raza que vive en una tierra pobre y de pocos recursos? —Es muy posible; pero si es así, ellos no se dan cuenta de este motivo. —¡Ah, claro! ¿En dónde un pueblo del campo será un conjunto de gente de conciencia? ¿En Inglaterra, en Francia, en Alemania? En todas partes, el hombre, en su estado natural, es un canalla, idiota y egoísta. Si ahí en Alcolea es una buena persona, hay que decir que los alcoleanos son gente superior. —No digo que no. Los pueblos como Alcolea están perdidos, porque el egoísmo y el dinero no está repartido equitativamente; no lo tienen más que unos cuantos ricos; en cambio, entre los pobres no hay sentido individual. El día que cada alcoleano se sienta a sí mismo y diga «No transijo», ese día el pueblo marchará hacia adelante. —Claro; pero para ser egoísta hay que saber; para protestar hay que discurrir. Yo creo que la civilización le debe más al egoísmo que a todas las religiones y utopías filantrópicas3. [...] —Me indigna todo esto —exclamó Andrés. NOTAS: 1.Bactericida: que destruye las bacterias; 2. Ácido fénico: desinfectante; 3. Utopías filantrópicas: proyectos irrealizables de amor al género humano.
a) El texto comienza y acaba mostrando la indignación del protagonista. ¿A qué obedece este sentimiento en uno y otro caso? ¿Cuál de los dos grandes temas tratados por los autores del 98 es el que se incluye aquí? Andrés Hurtado, protagonista de la novela, es un personaje frustrado por el descubrimiento de la realidad que le rodea. De ahí que muestre su indignación ante el comportamiento de las personas: en primer lugar, por la reacción pasiva ante el desastre del 98 y la pérdida de las colonias en la guerra con EE. UU.; y en segundo lugar, por la ignorancia y la pasividad de los habitantes de Alcolea, lugar en el que ejercía la medicina, ante las injusticias con que se encuentran. Como se puede observar, de los grandes temas tratados por los autores de la Generación del 98 en sus obras (España y el tema existencial), en este caso escoge el tema de España, el análisis y la reflexión sobre la conducta y la moral de sus ciudadanos. b) ¿Qué actitud muestra el narrador sobre el asunto tratado? Indica palabras y expresiones que reflejen la opinión de Baroja sobre el ser humano y la sociedad. El narrador muestra una actitud de frustración, escepticismo y menosprecio de las gentes que le rodean, además de mostrar una gran incapacidad de adaptación al medio social en el que se desenvuelve. Se puede en observar en expresiones del texto como las siguientes: A Andrés le indignó la indiferencia de la gente; el español, inepto para la ciencia y la civilización; he tenido poco éxito; Yo era allí una bactericida colocada en un caldo saturado de ácido fénico. Estos tres enunciados que señalamos a continuación reflejan perfectamente el pensamiento de Baroja sobre los seres humanos y sobre los habitantes de las zonas rurales: En todas partes, el hombre, en su estado natural, es un canalla, idiota y egoísta; el egoísmo y el dinero no está repartido equitativamente; no lo tienen más que unos cuantos ricos; en cambio, entre los pobres no hay sentido individual; Yo creo que la civilización le debe más al egoísmo que a todas las religiones y utopías filantrópicas. 160
c) ¿Por qué crees que es tan importante el diálogo en este fragmento? ¿Qué función cumple en la narrativa de Baroja? ¿Qué diferencias y similitudes con la novela realista percibes en este texto? Baroja utiliza el diálogo como recurso para expresar sus reflexiones y pensamientos sobre asuntos diversos; en este caso, sus impresiones sobre los seres humanos y los españoles en concreto. Los diálogos son la voz del autor dentro de la narración pues en ellos Baroja refleja su propia concepción personal del hombre, de la política española y de la existencia humana. En el texto se pueden percibir algunas diferencias respecto a la novela realista: se muestra la percepción de la realidad del autor no la realidad en sí misma; se vale de lo cotidiano, del vivir diario de los personajes; el relato se centra en Andrés Hurtado; el autor manifiesta sus ideas a través del narrador; y el estilo es sobrio sin apenas recursos retóricos, cobrando gran importancia el diálogo. 3. Lee el siguiente fragmento de la novela de Azorín La voluntad. ¿Qué predomina: la narración o la descripción? ¿Hay acción? ¿Qué efecto persigue el autor? Explica con ejemplos los rasgos estilísticos más destacados del texto: adjetivación, estilo nominal, sintaxis sencilla, etc. A la derecha, la rojiza mole de la plaza de Toros, destacando en el azul luminoso, espléndido; a la izquierda, los diminutos hoteles del Madrid Moderno en pintarrajeado conjunto de muros chafarrinados1 en viras rojas y amarillas, balaustradas con jarrones, cristales azules y verdes, cupulillas, sórdidas ventanas, techumbres encarnadas y negras... todo chillón, pequeño, presuntuoso, procaz, frágil, de un mal gusto agresivo, de una vanidad cacareante2, propia de un pueblo de tenderos y burócratas. La tarde es tibia y radiante: se sienten los primeros hálitos confortadores de la primavera que llega. El sol baña la ancha vía. Y Azorín camina por ella lentamente, hacia las Ventas... Pasan los enormes tranvías eléctricos, zumbando, campanilleando, carromatos, recuas, coches fúnebres, negros, blancos, ripers3 atestados de gente que van camino del Este, cuesta abajo. En el fondo, cerca del viejo puente, aparecen los tapiales roñosos de una casa terrera4: es el Parador del Espíritu-Santo. NOTAS: 1.Chafarrinados: manchados; 2. Cacareante: exagerado; 3. Riper: transporte público arrastrado por caballerías que podía correr sobre los carriles de los tranvías; 4. Terrera: de tierra.
El tema del fragmento es la descripción de la zona de Madrid llamada Las Ventas del Espíritu Santo (hoy conocida simplemente como Las Ventas) en una tarde de primavera. No se puede decir que haya un argumento: el personaje Azorín es el punto de vista que sirve como excusa para realizar una descripción detallada del paisaje y de las gentes que se despliegan a su alrededor, donde lo más llamativo es el desfile de coches fúnebres camino del cementerio. El personaje que aparece, Antonio Azorín (nombre que adoptará a partir de esta novela como seudónimo su autor, José Martínez Ruiz) es el protagonista de un relato sin acción. Su paseo por Madrid permite ofrecer un cuadro impresionista y costumbrista de la capital en los inicios del siglo XX. Funciona como un álter ego, a través del cual el autor expresa en ocasiones sus opiniones: por ejemplo, la consideración de que Madrid es un pueblo de tenderos y burócratas. El ritmo del relato es lento. Al no haber acción, el tiempo se retarda y esa morosidad en su desarrollo permite detenerse en los detalles, en la captación de matices de luz, de sonidos, de personas y de vehículos que pasan. La narración está escrita en tercera persona, pero sometida al punto de vista del protagonista. En este fragmento, como se ha dicho, la forma de elocución predominante es la descripción.
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El tiempo verbal empleado es el presente de indicativo, que actualiza la descripción a ojos del lector. El estilo del fragmento es característico de Azorín: abundancia de oraciones simples y predominio de la coordinación y yuxtaposición, cuando se trata de oraciones compuestas. En conjunto, la descripción adquiere un carácter impresionista: rápidas y fugaces enumeraciones de los elementos del paisaje (muros… balaustradas… cupulillas… ventanas…. techumbres), acompañadas de numerosos matices proporcionados por la proliferación de adjetivos, muchos de ellos explicativos y valorativos. El léxico es de gran precisión (chafarrinados, viras) y en su uso hay una voluntad de musicalidad propia del ambiente modernista de la época.
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 210 4. Tirano Banderas, el protagonista de la novela homónima de Valle-Inclán, es un imaginario dictador de una república americana. Santos Banderas, que ha aplastado una rebelión en Zamalpoa, recibe a una delegación de españoles radicados en su república. ¿Cuál es la visión que el narrador ofrece de los españoles? ¿Cómo es la respuesta y la actitud del dictador? Analiza el lenguaje empleado y algunas particularidades del léxico. Niño Santos se retiró de la ventana para recibir a una endomingada diputación de la Colonia Española: el abarrotero1, el empeñista, el chulo del braguetazo, el patriota jactancioso2, el doctor sin reválida, el periodista hampón3, el rico mal afamado se inclinaban en hilera ante la momia taciturna con la verde salivilla en el canto de los labios. Don Celestino Galindo, orondo, redondo, pedante, tomó la palabra, y con aduladoras hipérboles saludó al glorioso pacificador de Zamalpoa: —La Colonia Española eleva sus homenajes al benemérito patricio, raro ejemplo de virtud y energía, que ha sabido restablecer el imperio del orden, imponiendo un castigo ejemplar a la demagogia revolucionaria. ¡La Colonia Española, siempre noble y generosa, tiene una oración y una lágrima para las víctimas de una ilusión funesta, de un virus perturbador! Pero la Colonia Española no puede menos de reconocer que en el inflexible cumplimiento de las leyes está la única salvaguardia del orden y el florecimiento de la República. La fila de gachupines4 asintió con murmullos. Unos eran toscos, encendidos y fuertes. Otros tenían la expresión cavilosa y hepática de los tenderos viejos. Otros, enjoyados y panzudos, exudaban5 zurda pedancia6. A todos ponía un acento de familia el embarazo de las manos con guantes. Tirano Banderas masculló estudiadas cláusulas de dómine7: —Me congratula ver cómo los hermanos de raza aquí radicados, afirmando su fe inquebrantable en los ideales de orden y progreso, responden a la tradición de la Madre Patria. Me congratula mucho este apoyo moral de la Colonia Hispana. Santos Banderas no tiene la ambición de mando que le critican sus adversarios. Santos Banderas les garanta8 que el día más feliz de su vida será cuando pueda retirarse y sumirse en la oscuridad a labrar su predio, como Cincinato9. Crean, amigos, que para un viejo son fardel muy pesado las obligaciones de la Presidencia. El gobernante muchas veces precisa ahogar los sentimientos de su corazón, porque el cumplimiento de la ley es la garantía de los ciudadanos trabajadores y honrados. El gobernante, llegado el trance de firmar una sentencia de pena capital, puede tener lágrimas en los ojos, pero a su mano no le está permitido temblar. Esta tragedia del gobernante, como les platicaba recién10, es superior a las fuerzas de un viejo. Entre amigos tan leales, puedo declarar mi flaqueza, y les garanto que el corazón se me desgarraba al firmar los fusilamientos de Zamalpoa. ¡Tres noches he pasado en vela! NOTAS: 1. Abarrotero: americanismo, que significa «comerciante»; 2. Jactancioso: chulo, presuntuoso; 3. Hampón: malhechor; 4. Gachupines: españoles establecidos en América, en tono despectivo; 5. Exudar: salir un líquido viscoso de un recipiente; aquí está empleado metafóricamente; 6. Pedancia: pedantería; 7. Dómine: maestro o preceptor; 8. Garanta: americanismo, por «garantiza»; 9. Cincinato: cónsul romano que se retiró a labrar sus tierras; 10. Platicar, recién: les hablaba recientemente; son voces americanas.
La descripción y enumeración de los españoles que asisten a la recepción de Santos Banderas está realizada con el estilo deformante propio del esperpento. Los adjetivos y complementos (chulo del braguetazo, patriota jactancioso, doctor sin reválida, periodista hampón) sirven para ofrecernos una visión despiadada y caricaturesca de los gachupines españoles. Don Celestino 162
pretende agradecer al tirano su defensa de los intereses económicos y políticos de la Colonia Española frente a los intentos revolucionarios. El gachupín emplea fórmulas retóricas y metafóricas para adular al tirano y engrandecer sus méritos: benemérito patricio, raro ejemplo de virtud y energía; la Colonia Española… tiene una oración y una lágrima para las víctimas de una ilusión funesta, de un virus perturbador. El discurso de Santos Banderas es falso y teatral. También abusa de la retórica (fe inquebrantable, tradición de la Madre Patria) y habla de sí mismo en tercera persona, bien con su nombre (Santos Banderas), bien generalizando su postura a la de todos los mandatarios (el gobernante). Ejemplos de americanismos: gachupines, garanta. Su función es ambientar la novela en el imaginario país hispanoamericano en que transcurren los hechos. Los sufijos abundantes (jactancioso, hampón, taciturna, cavilosa, panzudos, etc.) contribuyen al punto de vista esperpéntico y caricaturesco con el que Valle retrata a los personajes.
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 212 1. Lee el siguiente texto de Gabriel Miró, de su novela Nuestro Padre San Daniel, y comenta el contenido relacionándolo con las características de la técnica descriptiva y del léxico empleado. Paulina bajó a la vera. Sentía un ímpetu gozoso de retozar y derribarse en la hierba cencida1, que crujía como una ropa de terciopelo. Acostada escuchó el tumulto de su sangre. Todo el paisaje le latía encima. El cielo se le acercaba hasta comunicarle el tacto del azul, acariciándola como un esposo, dejándole el olor y la delicia de la tarde. Se incorporó mirando asustadamente. Siempre se creía muy lejos, sola y lejos de todo. Sin saberlo, estaba poseída de lo hondo y magnífico de la sensación de las cosas. El silencio la traspasaba como una espada infinita. Un pájaro, una nube, una gota de sol caída entre el follaje, le despertaba un eco sensitivo. Se sentía desnuda en la naturaleza, y la naturaleza la rodeaba mirándola, haciéndola estremecer de palpitaciones. El rubor, la castidad, todas las delicadezas y gracias de mujer se exaltaban en el rosal de su carne delante de una hermosura de los campos. Los naranjos, los mirtos, los frutales floridos, le daban la plenitud de su emoción de virgen, sintiéndose enamorada sin amor concreto. La puerilizaban2 los sembrados maduros viendo las mieses que doblan y se acuestan, se alzan y respiran bajo el oreo3, y juegan con él como rubias doncellas destrenzadas con un dios niño. [...] En la paz de estos árboles, cerca del camino, esperó a su padre. NOTAS: 1. Cencida: que no ha sido hollada; 2. Puerilizaban: infantilizaban; 3. Oreo: viento que seca los campos.
A Paula, el personaje central de la novela y de este fragmento, nos la presenta el autor unida gozosamente a la naturaleza en medio de los campos de labor. En ese mundo de plenitud embriagadora se deja llevar por sensaciones que la conducen prácticamente al éxtasis sensual. La sensualidad del fragmento llega incluso al erotismo: Paulina se nos presenta retozando en la hierba, el cielo toca su cuerpo acariciándola como un esposo y estaba poseída de la magnífica sensación que le producen las cosas. De este modo, el autor expresa su visión de la relación existente entre el ser humano y su comunión con la Naturaleza, sus deseos de fundirse con la tierra, con la realidad creada. Esta es la sensación transmitida a través de una escena en la que la protagonista se siente traspasada por el paisaje. El ritmo narrativo apenas progresa debido a la presencia del elemento descriptivo y sensorial. La acción no avanza porque cada objeto llena a Paula de sensaciones intensas. De este modo, a través de su capacidad para sentir podemos conocer su personalidad: inocencia, deseos de vivir, excesiva sensibilidad. Además, la descripción de la naturaleza alcanza un nivel de profundización mayor que la mera contemplación: se trata también de un paisaje sentido. Para ello se vale del 163
lenguaje y de los recursos literarios: las sinestesias (el tacto azul, el silencio la traspasaba), el léxico de riqueza visual (vera, terciopelo, follaje, mieses), la acumulación de epítetos (gozoso, cencida), la repetición de complementos preposicionales (delicadezas y gracias de mujer se exaltaban en el rosal de su carne delante de una hermosura de los campos), los sustantivos pertenecientes al campo semántico de la naturaleza (naranjos, mirtos, frutales), metáforas (una gota de sol), las personificaciones (viendo las mieses que doblan y se acuestan, se alzan y respiran bajo el oreo, y juegan con él), las comparaciones (El silencio la traspasaba como una espada infinita), el léxico de reminiscencias onomatopéyicas (tumulto, crujía, estremecer), las construcciones bimembres (el olor y la delicia; sola y lejos), las enumeraciones (Un pájaro, una nube, una gota de sol), el uso del pretérito imperfecto por su valor durativo (sentía, acercaba, daban) y los periodos sintácticos extensos (La puerilizaban los sembrados maduros viendo las mieses que doblan y se acuestan, se alzan y respiran bajo el oreo, y juegan con él como rubias doncellas destrenzadas con un dios niño). 2. Realiza un resumen del siguiente texto de Troteras y danzaderas de Pérez de Ayala y comenta el contraste existente entre el lenguaje empleado por el narrador y el del personaje. Contra cálculos y deseos de Angelón, el resultado de las cartas de la tarde fue como el de las otras de la mañana, nulo. Retornaba al café Apolinar muy amurriado y diciéndose para su sayo: «¡Concho con don Ángel! Debe de estar pasando pero que las morás. Y él será lo que se quiera, pero pa los afeztos le va el nombre que lleva como las propias rosas. Y ná, que a lo mejor, hoy, no ha catao entavía el piri». Iba discurriendo a este tenor según se dirigía al café y aguzando el ingenio por hallar un medio con que acudir en ayuda de Angelón, y de esta suerte demostrarle agradecimiento por los favores recibidos, cuando acertó a pasar por delante de una pescadería. Sobre unos caballetes, a la entrada del tenducho, yacían diferentes peces y crustáceos, y en lo más conspicuo del tinglado hasta media docena de merluzas gigantescas. La calle estaba oscura y despoblada en aquella sazón. Entre el pescadero y la puerta había un grupo de cocineras, de espaldas a la entrada. Apolinar agarró una merluza por la cola, tiró con tiento y se apoderó de ella; siguió calle adelante sin apresurarse, luego se perdió en las sombras de un callejón, buscó más tarde un puesto de periódicos y allí envolvió la merluza, y en llegando al café se detuvo en la puerta e hizo señas a Angelón que saliera. —Pues ná, don Ángel, que las epístolas misivas de la tarde han tenido las mismas vicisitudes que por la mañana. Ni esto. Pero que como me caía al paso, voy y me detengo en mi casa. Pues ná, que mi madre, que le está a ustez muy agradecía por lo del pasaje y demás, pues le había comprao una merluza pa ustez. Yo le digo: «Madre, vaya un regalo. Ya pudo ocurrírsele a ustez comprar una caja de puros». Verdaz que como ustez no fuma. Es una nimiedaz. Resumen: Apolinar es consciente de la situación precaria por la que debe de pasar Angelón. Como no tiene recursos económicos para hacerle un regalo roba una merluza de una pescadería y se la regala a Angelón como si fuera un presente de la madre de Apolinar por los favores prestados. Este fragmento pertenece a una obra en la que aún perviven rasgos populistas de los autores del 98. Y así se percibe en la escena en la que lo más significativo es el contraste entre el lenguaje cuidado e irónico del narrador y la forma vulgar de expresarse del personaje central, Apolinar. En el caso del narrador encontramos expresiones muy retóricas como las siguientes: Iba discurriendo a este tenor; lo más conspicuo del tinglado; en llegando al café. Frente a esa forma de expresión nos encontramos con la forma de hablar vulgar de Apolinar: no ha catao entavía el piri; le había comprao una merluza pa ustez. El autor consigue con este recurso ironizar sobre los personajes y las situaciones y aumentar el efecto de contraste y sorpresa en el lector.
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3. Comenta y clasifica cada una de las siguientes greguerías de Gómez de la Serna y explica qué actitud vital expresa el autor con ellas. ¿Por qué son vanguardistas? •
Sofá-cama: los sueños quedan debajo y la conversación arriba. Tiene un carácter humorístico y se basa en parte en el juego conceptual. La parte del sofá corresponde a los momentos de conversación y la parte de la cama corresponde a los momentos en que se duerme.
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Un gato subido a un árbol cree que se ha independizado del mundo. Tiene un carácter conceptual y juega con la imagen del gato subido al árbol y la idea del que se quiere independizar y alejar de la realidad circundante.
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Panacea es la cesta del pan. Es un juego de palabras basado en el parecido fónico y morfológico.
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El amor nace del deseo repentino de hacer eterno lo pasajero. Es una greguería de carácter lírico. Frente a la fugacidad de las cosas y sentimientos el del amor es un sentimiento que pretende detenerse en el tiempo para vivir eternamente en los enamorados.
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Tocar la trompeta es como beber música empinando el codo. Tiene una intención humorística y se basa en la similitud de la imagen del que bebe y del trompetista.
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Era tan celoso que ya resultaba proceloso. Es un juego de palabras por su similitud fónica y gramatical, y por el doble significado que adjudica a la palabra proceloso.
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Al anochecer pasa en vuelo rápido una paloma que lleva la llave con que cerrar el día. Es una greguería de carácter lírico en la que expresa de un modo muy metafórico el momento del anochecer.
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 216 1. Lee el siguiente texto de Ángel Ganivet. ¿Cuál es el asunto principal de su ensayo? ¿Qué opinión le merece a Ganivet la educación del momento? ¿Cómo cree que debe cambiar? Escribe tu opinión de forma argumentada sobre la situación de la educación en el momento actual. Se habrá notado que el motivo céntrico de mis ideas es la restauración de la vida espiritual de España; pero falta ahora precisar el concepto, porque están las palabras españolas tan estropeadas por el mal uso, que nada significan mientras no se las comenta y se las aclara. Cuando yo hablo de restauración espiritual, no hablo como quien desea redondear un párrafo, valiéndose de frases bellas o sonoras; hablo con la buena fe de un maestro de escuela. No voy a proponer la creación de nuevos centros docentes ni una nueva ley de Instrucción pública: todas las leyes son ineficaces mientras no se destruyen las malas prácticas, y para destruirlas, la ley es mucho menos útil que los esfuerzos individuales; y en cuanto a los centros docentes, tal como hoy existen, aunque se suprimiera la mitad, no se perdería gran cosa. Yo he conocido de cerca más de dos mil condiscípulos, y a excepción de tres o cuatro, ninguno estudiaba más que lo preciso para desempeñar, o mejor dicho, para obtener un empleo retribuido. Nuestros centros docentes son edificios sin alma; dan a lo sumo el saber; pero no infunden el amor al saber, la fuerza inicial que ha de hacer fecundo el estudio cuando la juventud queda libre de tutela. ÁNGEL GANIVET: Idearium español. 165
El asunto sobre el que habla Ganivet en el texto es la educación. El autor considera que la situación educativa del momento no es buena pero cree que ese estado de decadencia no se soluciona con nuevos centros o leyes educativas. Ganivet propone una restauración espiritual; es decir, un nuevo espíritu metodológico que impulse en los alumnos el deseo de aprender, el amor por el conocimiento, pues considera que los centros docentes son únicamente un lugar de transmisión de conocimientos y no un lugar donde se enseñe a aprender y a querer aprender. Respuesta libre. 2. Lee el siguiente texto de Unamuno y responde a las preguntas que se formulan a continuación. El universo visible, el que es hijo del instinto de conservación, me viene estrecho, esme como una jaula que me resulta chica, y contra cuyos barrotes da en sus revuelos mi alma; fáltame en él aire que respirar. Más, más y cada vez más; quiero ser yo, y sin dejar de serlo, ser además los otros, adentrarme a la totalidad de las cosas visibles e invisibles, extenderme a lo ilimitado del espacio y prolongarme a lo inacabable del tiempo. De no serlo todo y por siempre, es como si no fuera, y por lo menos ser todo yo, y serlo para siempre jamás. Y ser yo, es ser todos los demás. ¡O todo o nada! ¡O todo o nada! ¿Y qué otro sentimiento puede tener el «ser o no ser», To be or no to be sespiriano, el de aquel mismo poeta que hizo decir a Marcio en su «Coriolano» (V. 4) que solo necesitaba la eternidad para ser dios: he wants nothing of a god but eternity? ¡Eternidad!, ¡eternidad! Este es el anhelo; la sed de eternidad es lo que se llama amor entre los hombres; y quien a otro ama es que quiere eternizarse en él. Lo que no es eterno tampoco es real. [...] ¡Todo pasa! Tal es el estribillo de los que han bebido de la fuente de la vida, boca al chorro, de los que han gustado del fruto del árbol de la ciencia del bien y del mal. ¡Ser, ser siempre, ser sin término, sed de ser, sed de ser más!, ¡hambre de Dios!, ¡sed de amor eternizante y eterno!, ¡ser siempre!, ¡ser Dios! MIGUEL DE UNAMUNO: Del sentimiento trágico de la vida. a) ¿Cuál es el tema que trata Unamuno en este texto? ¿Cuál es la idea principal que quiere expresar? Unamuno habla en este texto de la necesidad del ser humano de eternidad. El autor quiere expresar esa necesidad de eternidad frente a lo pasajero y cambiante de la vida, y para vivir en eternidad es necesario vivir en plenitud y comunión con los demás hombres, vivir en amor pleno la humanidad. Es la única manera de traspasar lo los límites espacio-temporales. b) ¿Cómo se estructuran las ideas del texto? Aunque no sigue una estructura claramente ordenada, podemos considerar que el texto tiene un orden sintetizante, pues las reflexiones iniciales (ser uno y los demás, ser todo y ser todos, sed de eternidad y amor entre los hombres, fugacidad de la vida) conducen a un tema final: deseo de eternidad, deseo de Dios. c) Realiza un comentario del estilo empleado por el autor. ¿Qué sugieren el tono y el modo de expresión utilizados? ¿Por qué? La personalidad de Unamuno fue compleja y llena de permanentes contradicciones y sus textos fueron el instrumento de expresión de sus ideas y de sus vehementes reflexiones. De ahí que el tono del texto sea entrecortado y dialéctico además de muy expresivo y personal. Entre los recursos utilizados, destacan los siguientes: -
La presencia de metáforas: sed de eternidad es lo que se llama amor entre los hombres.
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El uso de parábolas: los que han bebido de la fuente de la vida, boca al chorro, de los que han gustado del fruto del árbol de la ciencia del bien y del mal.
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El desarrollo por medio de paradojas: De no serlo todo y por siempre, es como si no fuera, y por lo menos ser todo yo, y serlo para siempre jamás; ser sin término, sed de ser, sed de ser más.
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La utilización de admiraciones e interrogaciones retóricas: ¡O todo o nada! ¿Y qué otro sentimiento puede tener el «ser o no ser», To be or no to be sespiriano, el de aquel mismo poeta que hizo decir a Marcio en su «Coriolano» (V. 4) que solo necesitaba la eternidad para ser dios: he wants nothing of a god but eternity?
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La búsqueda de un lenguaje preciso y antirretórico: esme como una jaula que me resulta chica.
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El uso de la primera persona como expresión de la intimidad: me viene estrecho; quiero ser yo.
d) Según el contenido del texto, ¿es un ensayo de carácter religioso, filosófico o existencial? Justifica tu respuesta. Aunque recoge contenidos propios de las tres disciplinas, es un texto eminentemente existencial: la necesidad de Dios es proporcional a la necesidad de eternidad. Por tanto es una necesidad existencial más que religiosa.
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 217 3. Lee el siguiente texto de Ortega y Gasset, realiza un resumen y, a continuación, comenta las ideas que incluye y los rasgos de estilo más significativos. Durante el siglo XIX los artistas han procedido demasiado impuramente. Reducían a un mínimum los elementos estrictamente estéticos y hacían consistir la obra, casi por entero, en la ficción de realidades humanas. En este sentido es preciso decir que, con uno u otro cariz, todo el arte normal de la pasada centuria ha sido realista. Realistas fueron Beethoven y Wagner. Realista Chateaubriand como Zola. Romanticismo y naturalismo, vistos desde la altura de hoy, se aproximan y descubren su común raíz realista. Productos de esta naturaleza solo parcialmente son obras de arte, objetos artísticos. Para gozar de ellos no hace falta ese poder de acomodación a lo virtual y transparente que constituye la sensibilidad artística. Basta con poseer sensibilidad humana y dejar que en uno repercutan las angustias y alegrías del prójimo. Se comprende, pues, que el arte del siglo XIX haya sido tan popular: está hecho para la masa diferenciada en la proporción en que no es arte, sino extracto de vida. Recuérdese que en todas las épocas que han tenido dos tipos diferentes de arte, uno para minorías y otro para la mayoría, este último fue siempre realista. No discutamos ahora si es posible este arte puro. Tal vez no lo sea; pero las razones que nos conducen a esta negación son un poco largas y difíciles. Más vale, pues, dejar intacto el tema. Además, no importa mayormente para lo que ahora hablamos. Aunque sea imposible un arte puro, no hay duda alguna de que cabe una tendencia a la purificación del arte. Esta tendencia llevará a una eliminación progresiva de los elementos humanos, demasiado humanos, que dominan en la producción romántica y naturalista. Y en este proceso se llegará a un punto en que el contenido humano de la obra sea tan escaso que casi no se le vea. Entonces tendremos un objeto que solo puede ser percibido por quien posea ese don peculiar de la sensibilidad artística. Sería un arte para artistas, y no para la masa de los hombres; será un arte de casta, y no demótico. He aquí por qué el artista nuevo divide al público en dos clases de individuos; los que lo entienden y los que no lo entienden; esto es, los artistas y los que no lo son. El arte nuevo es un arte artístico. JOSÉ ORTEGA Y GASSET: La deshumanización del arte. 167
Resumen: Durante épocas anteriores, el arte ha tendido a reflejar las realidades humanas. Frente a esta forma de entender la creación artística, el nuevo Arte tiende al purismo esteticista; es decir, la supresión de los elementos humanos para llegar a una forma de creación basada únicamente en percepciones estéticas. Esto conlleva que sea un arte para minorías que poseen un don artístico. Ortega reflexiona en este fragmento sobre el carácter del nuevo Arte y los motivos de la evolución artística desde el siglo XIX. Frente a la preocupación decimonónica por copiar fidedignamente las realidades humanas, Ortega observa en los artistas jóvenes una huida de la realidad hacia una consideración absoluta de la obra de arte. Esta visión supone la búsqueda de lo estético por encima de lo vital, que llega a evitarse totalmente. Ortega parece compartir esta forma de creación artística y estas tendencias que buscan el arte puro y se desligan de la representación de lo humano configuran la idea que el autor denomina deshumanización del arte. En cuanto al estilo, Ortega tiende a una prosa elegante, con un lenguaje claro y preciso, si bien no deja de utilizar metáforas de gran calidad literaria: el arte nuevo es un arte artístico. Pero ante todo, Ortega es un estupendo argumentador, como se comprueba en este fragmento: argumentos por oposición (siglo XIX frente al momento actual), por citas, por ejemplos, etc. 4. Lee con atención este texto de Gregorio Marañón y contesta a las siguientes cuestiones: El físico del genuino Don Juan confirma su indecisa varonía. Don Miguel de Mañara, considerado como uno de los modelos humanos del Burlador, aparece en su retrato, pintado por Murillo, como una linda doncella. Casanova, Don Juan insigne, en el único retrato auténtico que conocemos de él, tiene la perfección y delicadeza de los rasgos de una mujer. Y casi todos los donjuanes que hemos conocido estaban lejos de las normas enérgicas e hirsutas del prototipo del varón. La morfología que corresponde a los hombres dotados de una capacidad amorosa extraordinaria es, por lo común, un tanto antiestética: talla reducida, piernas cortas, rasgos fisonómicos intensamente acusados, piel dura y muy provista de barba y vello. Nada, por lo tanto, parecido al Don Juan esbelto, elegante, de piel fina, cabello ondulado y rostro lampiño o adornado de leve barba puntiaguda, que vemos pasar por los salones o los escenarios. El cuidado minucioso de su vestido, y a veces la llamativa exageración de este, acentúan todavía más esta borrosidad de lo viril en la morfología donjuanesca. GREGORIO MARAÑÓN: Don Juan. Ensayos sobre el origen de su leyenda. a) Marañón analiza aquí a una de las figuras míticas de la literatura española. ¿Cuál es su intención? Gregorio Marañón intenta en este fragmento refutar las ideas comunes y tópicas acerca del mito de Don Juan como prototipo de la virilidad. Este texto se relaciona con la teoría del autor sobre la transexualidad de ambos sexos. b) ¿Cómo clasificarías el texto? ¿Qué forma de elocución se emplea en el texto? ¿Qué tipo de estructuras sintácticas predominan? El texto presentado es de carácter ensayístico, divulgativo respecto a sus teorías sexológicas. Como fórmula de elocución emplea la argumentación basada en los retratos de los prototipos donjuanescos que se conservan. Predominan las estructuras sintácticas de oraciones complejas.
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GALERÍA DE TEMAS Y PERSONAJES-PÁG. 219 ACTIVIDADES-El árbol de la ciencia, de Pío Baroja 1. Describe de un modo esquemático la trayectoria vital de Andrés Hurtado. I.
Primeras experiencias: a. Familia y estudios. b. El mundo que le rodea c. Aparición de Lulú.
II. Experiencia fundamental: a. Enfermedad y muerte del hermano. b. Desorientación vital de Andrés. III. Conversaciones con su tío Iturrioz. IV. Experiencias vitales: a. En Alcolea del Campo. b. En Madrid: reaparición de Lulú. V. Experiencia decisiva: a. Matrimonio. b. Muerte de su hijo y de su mujer. c. Suicidio. 2. Realiza un análisis de los personajes que aparecen a lo largo de la novela: características, función, relación con el protagonista. El protagonista es Andrés Hurtado. Además del carácter autobiográfico que tiene este personaje en muchos aspectos, representa un personaje perdido en un mundo que no alcanza a comprender. La vida es para Andrés una sucesión de desengaños. En la sección Galería de temas y personajes se da cuenta de las experiencias vitales de este personaje. Junto a Andrés, Lulú es el otro gran personaje. Es una mujer que expresa los contrastes de la gracia y la amargura como consecuencia del mundo que le toca vivir. Muestra ternura por lo seres marginales y valora ante todo la sinceridad y la lealtad. En Lulú proyecta Baroja buena parte de sus personalidad. En torno a ellos dos aparecen numerosos personajes secundarios: -
El padre de Andrés: hombre despótico.
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Aracil: un vividor.
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Luisito: representa la ternura.
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Iturrioz: simboliza el pensamiento y el sentido común. Con él mantiene conversaciones existenciales y filosóficas.
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Profesores, estudiantes, enfermos, personal de los hospitales, vecinos de las Minglanillas, gentes del pueblo. Son personajes que contribuyen a crear un paisaje social fundamental para el desarrollo de la obra y de las sensaciones que embargan al protagonista.
3. Busca párrafos del libro en los que se describan los ambientes y la impresión que causan en Baroja. Respuesta libre. 4. Indica con ejemplos concretos las principales características del estilo de Baroja: técnicas descriptivas, lenguaje connotado, importancia del diálogo, sencillez sintáctica. Respuesta libre.
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COMENTARIO DE TEXTO-PÁG. 221 ACTIVIDADES-En torno al casticismo, de Miguel de Unamuno 1. Selecciona algún fragmento del ensayo de Ortega y Gasset La rebelión de las masas y realiza un comentario del mismo. Respuesta libre. Sugerimos el siguiente texto para comentar: El imperio de las masas y el ascenso de nivel, la altitud del tiempo que él anuncia, no son a su vez más que síntomas de un hecho más completo y general. Este hecho es casi grotesco e increíble en su misma y simple evidencia. Es, sencillamente, que el mundo, de repente, ha crecido, y con él y en él la vida. Por lo tanto, esta se ha mundializado efectivamente; quiero decir que el contendido de la vida en el hombre de tipo medio es hoy todo el planeta; que cada individuo vive habitualmente todo el mundo. Hace poco más de un año, los sevillanos seguían hora por hora, en sus periódicos populares, lo que estaba pasando a unos hombres junto al Polo, es decir, que sobre el fondo ardiente de la campiña bética pasaban témpanos a la deriva. Cada trozo de tierra no está ya recluido en su lugar geométrico, sino que para muchos efectos visuales actúa en los demás sitios del planeta. Según el principio físico de que las cosas están allí donde actúan, reconocemos hoy a cualquier punto del globo la más efectiva ubicuidad. Esta proximidad de lo lejano, esta presencia de lo ausente, ha aumentado en proporción fabulosa el horizonte de cada vida.
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TEST DE EVALUACIÓN-PÁG. 223 1. Las novelas de la Generación del 98 se caracterizan por: a. Utilizar un estilo muy detallista y un léxico desapasionado. b. Utilizar una técnica descriptiva subjetiva y un léxico valorativo. c. Tener como protagonista a la sociedad y utilizar un narrador objetivo.
2. Los temas que desarrollan los autores del 98 son: a. El tema de España y el tema existencial. b. El paisaje y la libertad del individuo. c. La inmortalidad y los grandes acontecimientos de la historia de España.
3. Las novelas de Baroja se pueden clasificar en: a. Novelas de acción y novelas históricas. b. Novelas rurales y novelas urbanas. c. Novelas de pensamiento y novelas de acción.
4. En Niebla y San Manuel Bueno, mártir Unamuno desarrolla estos temas: a. La decadencia de España y la angustia existencial. b. La angustia de la existencia humana y la falta de fe. c. El deseo de eternidad y el paisaje castellano.
5. Las greguerías de Gómez de la Serna son: a. Breves asociaciones metafóricas de ideas que expresan la visión de las cosas. b. Refranes adaptados por el autor. c. Frases ingeniosas de personajes célebres.
6. Azorín en sus ensayos desarrolla tres temas: a. Las relaciones sociales, el paisaje y la religión. b. El amor, la historia de España y la literatura. c. El tiempo que fluye, el paisaje español y la literatura.
7. Ortega y Gasset considera en su ensayo La deshumanización del arte que el arte: a. Debe alejarse de las masas, pues ha de dirigirse a las minorías. b. Debe ser realista y comprometido con el ser humano. c. Debe buscar soluciones artísticas a los problemas del ser humano.
8. La mayoría de los autores del 27 colaboraron en las revistas: a. Revista de Occidente, Cruz y Raya, La Gaceta del Artista. b. Revista de Occidente, Surrealismo, La Gaceta Literaria. c. Revista de Occidente, Cruz y Raya, La Gaceta Literaria. 171
UNIDAD 11: EL TEATRO EN EL PRIMER TERCIO DEL SIGLO XX CUESTIONES INICIALES-PÁG. 225 1. Enumera y explica las principales diferencias entre el teatro y los demás géneros literarios. Las principales diferencias entre el teatro y los demás géneros son las siguientes: el teatro se caracteriza por presentar a uno o varios personajes que dialogan y crean un conflicto entre ellos. Está escrito para ser representado sobre un escenario e incluye alusiones a esa posible representación (escenarios, luces, movimientos de los actores, etc.) por medio de las acotaciones. En el texto teatral no hay narrador: tan solo aparecen nombrados los personajes que intervienen y sus respectivos diálogos. 2. ¿Qué elementos influyen a la hora de llevar una obra teatral a escena? Hay varios elementos que han influido e influyen a la hora de llevar el texto teatral a escena. Los condicionamientos económicos son decisivos: es necesario, en general, mucho dinero para mantener una compañía con sus actores, escenógrafos, sastres, peluqueros, maquilladores, etc. La financiación pública de las compañías (como la Compañía Nacional de Teatro Clásico o el Centro Dramático Nacional, por poner dos ejemplos) garantiza su supervivencia, aunque suelen estar sujetas a vaivenes políticos. La financiación privada es más problemática, pues está sujeta al éxito de público y, por tanto, a la rentabilidad económica. Además, existen otros condicionamientos, entre los cuales se cuenta el gusto del público. En España, en general, ha sido un gusto conservador que ha impedido el desarrollo de un teatro vanguardista y audaz en muchas épocas. Por último, aunque afortunadamente ya no actúa, durante buena parte del siglo xx, la censura ha supuesto otro condicionamiento para la creación teatral. 3. Explica el significado de los siguientes términos relacionados con el mundo del teatro: escena, bambalinas, morcilla, tramoya, foro, proscenio, farándula. -
escena: sitio o parte del teatro en que se representa o ejecuta la obra dramática o cualquier otro espectáculo teatral. // Cada una de las partes en que se divide la obra dramática, y en que están presentes unos mismos personajes.
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bambalinas: cada una de las tiras de lienzo pintado que cuelgan del telar del teatro de uno a otro lado del escenario, y figuran la parte superior de lo que la decoración representa.
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morcilla: añadidura abusiva de palabras o cláusulas de su invención, que hacen los comediantes.
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tramoya: conjunto de máquinas para figurar en el teatro transformaciones o casos prodigiosos.
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foro: parte del escenario o de las decoraciones teatrales opuesta a la embocadura, y más distante de ella.
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proscenio: parte del escenario más inmediata al público, que viene a ser la que media entre el borde del mismo escenario y el primer orden de bastidores.
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farándula: profesión de los farsantes o comediantes y, en general, el ambiente relacionado con ellos. // Una de las compañías que antiguamente formaban los cómicos y que andaba representando por los pueblos.
4. Cita obras y autores del teatro español desde la Edad Media hasta el siglo XIX. -
Edad Media: Auto o Representación de los Reyes Magos (anónima).
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Siglo XVI: Bartolomé Torres Naharro (Propalladia), Lope de Rueda (Las aceitunas, La tierra de Jauja). 172
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Siglo XVII: Lope de Vega (Fuenteovejuna, El caballero de Olmedo, Peribáñez y el comendador de Ocaña); Tirso de Molina (El burlador de Sevilla, El condenado por desconfiado); Calderón de la Barca (La vida es sueño, El alcalde de Zalamea, El gran teatro del mundo).
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Siglo XVIII: Leandro Fernández de Moratín (El sí de las niñas, La comedia nueva o El café).
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Siglo XIX: José Zorrilla (Don Juan Tenorio); Duque de Rivas (Don Álvaro o la fuerza del sino); Francisco Martínez de la Rosa (La conjuración de Venecia); Antonio García Gutiérrez (El trovador).
5. Organizad un coloquio sobre el teatro partiendo de vuestras experiencias: montajes de obras a los que hayáis asistido, representaciones hechas por vosotros, etc. Respuesta libre. 6. Cita un título de alguna obra de teatro de Valle-Inclán y alguna de García Lorca. -
Obras de teatro de Valle-Inclán: Romance de lobos, Divinas palabras, Luces de bohemia, Los cuernos de don Friolera.
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Obras de teatro de Lorca: Mariana Pineda, Así que pasen cinco años, Doña Rosita la soltera, Bodas de sangre, Yerma, La casa de Bernarda Alba.
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 230 1. Los intereses creados (1907), de Jacinto Benavente, tiene como protagonistas a la pareja Leandro y Crispín —amo y criado, respectivamente—. Ambos, huyendo de la justicia y sin dinero, llegan a una ciudad italiana en la que Crispín urdirá una complicada trama para sobrevivir. He aquí el inicio de la obra: Cuadro primero Plaza de una ciudad. A la derecha, en primer término, fachada de una hostería con puerta practicable y en ella un aldabón. Encima de la puerta un letrero que diga: Hostería. Escena I LEANDRO y CRISPÍN, que salen por la segunda izquierda LEANDRO.—Gran ciudad ha de ser esta, Crispín; en todo se advierte su señorío y riqueza. CRISPÍN.—Dos ciudades hay. ¡Quiera el Cielo que en la mejor hayamos dado! LEANDRO.—¿Dos ciudades dices, Crispín? Ya entiendo: antigua y nueva, una de cada parte del río. CRISPÍN.—¿Qué me importa el río, ni la vejez, ni la novedad? Digo dos ciudades como en toda ciudad del mundo: una para el que llega con dinero, y otra para el que llega como nosotros. LEANDRO.—¡Harto es haber llegado sin tropezar con la justicia! Y bien quisiera detenerme aquí algún tiempo, que ya me cansa tanto correr tierras. CRISPÍN.—A mí, no, que es condición de los naturales, como yo, del libre reino de Picardía, no hacer asiento en parte alguna, si no es forzado y en galeras, que es duro asiento. Pero ya que sobre esta ciudad caímos y es plaza fuerte a lo que se descubre, tracemos como prudentes capitanes, nuestro plan de batalla, si hemos de conquistarla con provecho. LEANDRO.—¡Mal pertrechado ejército venimos! CRISPÍN.—Hombres somos y con hombres hemos de vernos. 173
LEANDRO.—Por todo caudal, nuestra persona. No quisiste que nos desprendiéramos de estos vestidos que, malvendiéndolos, hubiéramos podido juntar algún dinero. CRISPÍN.—¡Antes me desprendiera yo de la piel que de un buen vestido! Que nada importa tanto como parecer, según va el mundo, y el vestido es lo que antes parece. LEANDRO.—¿Qué hemos de hacer, Crispín? Que el hambre y el cansancio me tienen abatido, y mal discurro. CRISPÍN.—Aquí no hay sino valerse del ingenio y de la desvergüenza, que sin ella nada vale el ingenio. Lo que he pensado es que tú has de hablar poco y desabrido, para darte aires de persona de calidad; de vez en cuando te permito que descargues algún golpe sobre mis costillas; a cuantos te pregunten, responde misterioso; y cuando hables por tu cuenta, sea con gravedad; como si sentenciaras. Eres joven, de buena presencia; hasta ahora solo supiste malgastar tus cualidades; ya es hora de aprovecharse de ellas. Ponte en mis manos, que nada conviene tanto a un hombre como llevar a su lado quien haga notar sus méritos, que en uno mismo la modestia es necedad y la propia alabanza locura, y con las dos se pierde para el mundo. Somos los hombres como mercancía, que valemos más o menos según la habilidad del mercader que nos presenta. Yo te aseguro que así fueras vidrio, a mi cargo corre que pases por diamante. Y ahora llamemos a esta hostería, que lo primero es acampar a vista de plaza. a) Haz un retrato de los dos protagonistas, insistiendo en la oposición de sus caracteres. ¿Es una relación tradicional entre amo y criado o Benavente introduce alguna variante? Leandro es un joven timorato, honrado y sincero. Fugitivo y sin dinero, su actitud es pesimista y piensa que difícilmente saldrá con bien de su situación. Crispín, por el contrario, es decidido, cínico y sin escrúpulos. Lo desesperado de su situación no le asusta: piensa que con ingenio y buena maña, conociendo como conoce las debilidades humanas, logrará sacar adelante a sí mismo y a su amo. La relación entre ambos es una mezcla de tradición y modernidad teatral. Por un lado, no es raro en el teatro clásico el criado que saca a su amo del atolladero o que lo mete en él, pero una relación en la que el criado se muestre tan superior al amo remite a una tradición más moderna (Las bodas de Fígaro, de Beaumarchais, por ejemplo) de la que sería esperable en una comedia como esta, ambientada a principios del siglo XVII. b) El lenguaje adopta un aire arcaico en ocasiones. Señala algunos ejemplos significativos. ¿Por qué crees que el autor utiliza este lenguaje? En realidad, todo el fragmento destila aroma a lenguaje clásico y de tono elevado. La sentenciosidad de algunas frases (Somos los hombres como mercancía, que valemos más o menos según la habilidad del mercader que nos presenta), el uso de exclamaciones desusadas (¡Harto es haber llegado sin haber tropezado con la justicia!) o de palabras de época (hacer asiento, forzado y en galeras, etc.) contribuyen a ambientar a los personajes en el momento de la acción, pero sin exageraciones que distancien demasiado al espectador o lector. c) Crispín es un cínico simpático. Explica qué conductas sociales critica con su filosofía de la vida. En este fragmento inicial, Crispín muestra cómo la base de las relaciones sociales se encuentra en el dinero y, si no se dispone de él, en la apariencia de tenerlo. Ingenio, desvergüenza, darse aires, son palabras que emplea Crispín para aludir a la manera de comprender las relaciones humanas. Como dirá más adelante: Mejor que crear afectos es crear intereses. Obsérvese también el carácter teatral de las relaciones: Crispín planea una actuación (la de Leandro como hombre rico) para conseguir medrar en la ciudad que acaba de recibirles.
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ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 231 2. En Divinas palabras (1920), de Ramón María del Valle-Inclán, el conflicto surge a partir de la muerte de Juana la Reina, madre del enano del carretón. En la Jornada primera, Escena tercera, asistimos al momento en que Mari-Gaila, su cuñada, llega al escenario donde se halla la difunta. MARI-GAILA deja caer el cántaro, desanuda el pañuelo que lleva a la cabeza, y frente a la hija, que suspira apocada, abre los brazos en ritmos trágicos y antiguos. La fila de cabezas, con un murmullo casi religioso, está vuelta para la plañidera que bajo las sombras de la fuente aldeana resucita una antigua belleza histriónica. Detenida en lo alto del camino, abre la curva cadenciosa de los brazos, con las curvas sensuales de la voz. MARI-GAILA.—¡Escacha1 el cántaro, Simoniña! ¡Simoniña, escacha el cántaro! ¡Qué triste sino! ¡Acabar como la hija de un déspota! ¡Nunca jamás querer acogerse al abrigo de su familia! ¡Ay cuñada, no te llamaba la sangre, y te llamó para siempre la tierra, que todos pisan, de una vereda! ¡Escacha el cántaro, Simoniña! UNA MUJERUCA.—¡No hay otra para un planto! OTRA MUJERUCA.—De la cuna le viene esa gracia. OTRA MUJERUCA.—Corta castellano como una alcaldesa. MARI-GAILA.—¡Ay cuñada, soles y lluvias, andar caminos, pasar trabajos, fueron tus romerías en este mundo! ¡Ay cuñada, por cismas te departistes2 de tus familias!¡Y qué mala virazón3 tuviste para mí, cuñada! ¡Ay cuñada, te movían lenguas anabolenas4! LA TATULA.—Las familias, si no es que son padres para hijos, hay que tenerlas como ajenas. UNA MUJERUCA.—La ley de sangre siempre da su dictado. LA TATULA.—Por veces también se niega. MARI-GAILA.—¡No en mi pecho, Tatula! LA TATULA.—Así se contempla. MARI-GAILA.—Y aun cuando me quede sin pan que llevarme a la boca, he de hacerme cargo del carretón. LA TATULA.—El carretón, si no lo retiras de los caminos, trae provecho. MARI-GAILA.—Cativo provecho si tengo que dejar el apaño de mi casa. LA TATULA.—Lo pones en arriendo. Si llega el caso, habla conmigo. MARI-GAILA.—Lo tendré presente. Que venga a mí el cargo del carretón, tampoco lo dificulto. La difunta era hermana de mi hombre, y otra familia más allegada no tiene. LA TATULA.—¡Pleito! ¿Por qué ha de haber pleito? Yo hago esta caridad porque tengo conciencia. ¿Quién puede disputarle el cargo al hermano varón? Si van a justicias, el varón gana el pleito o no hay ley derecha. NOTAS: 1. Escachar: romper. Mari-Gaila inicia el planto por la difunta rompiendo los cántaros en señal de dolor; 2. Despartirse: separarse; 3. Virazón: cambio repentino de ideas o de conducta; 4. Anabolenas: neologismo de Valle para expresar los chismes que habían causado la enemistad entre ellas. Alude a Ana Bolena, esposa del rey inglés Enrique VIII, asesinada por este ante la sospecha de su traición.
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a) El fragmento se abre con una acotación bellísima. ¿Está escrita para indicar aspectos de la representación o es solo un complemento literario? Analiza el ritmo de las frases y el lenguaje empleado. En la acotación que abre el fragmento podemos entresacar indudables elementos para la representación: Valle explica cómo actúa Mari-Gaila, la rotura del cántaro, el quitarse el pañuelo, el movimiento de sus brazos. También señala la disposición del coro de mujeres con las cabezas vueltas hacia la plañidera. Incluso indica la presencia de una fuente y de las sombras que se ciernen sobre los personajes. Sin embargo, el cuidado literario de la acotación va más allá de los elementos puramente denotativos de la escenificación. Los ritmos trágicos y antiguos, la antigua belleza histriónica, las curvas sensuales de la voz, sirven para sugerir un clima, un ambiente, una significación que está más allá de los objetos, de los actores, de la escenografía. b) Mari-Gaila entona un planto en señal de duelo por la difunta. ¿Qué lo caracteriza desde el punto de vista lingüístico? ¿Y desde el punto de vista teatral? El planto de Mari-Gaila está caracterizado, ante todo, por la frase que, a modo de estribillo, entona la mujer: ¡Escacha el cántaro, Simoniña! y por el apóstrofe dirigido a la difunta: ¡Ay cuñada! que inicia varias de las frases del planto. Ambos recursos, así como los abundantes paralelismos y el uso de palabras de fuerte sonoridad (déspota, cismas, despartistes, virazón, anabolenas) forman una especie de canto a la difunta, si bien no elogioso, puesto que Mari-Gaila le reprocha su alejamiento de la familia. El planto en sí mismo es teatro. No se olvide que ha habido y hay plañideras profesionales. En este caso, Valle acentúa la teatralidad con que Mari-Gaila lo representa por medio de las acotaciones que indican los movimientos de sus brazos, a través del tono exaltado que indican los signos de exclamación y del dolor que transmiten las palabras de la mujer. No es difícil imaginar lo que una actriz haría en el escenario: los golpes de pecho, el tirarse de los pelos, el levantar los brazos al cielo, los llantos entrecortados, etc. Esa sensación de estar ante una actuación la refuerzan los comentarios del coro de mujeres que, a modo de espectadores que asisten a una representación, alaban no los sentimientos trágicos o doloridos de Mari-Gaila, sino solamente su habilidad para hacer el planto. c) Del planto pasamos bruscamente a una conversación sobre el beneficio económico que puede reportar la exhibición del desgraciado muchacho huérfano. ¿Era sincero el dolor de Mari-Gaila? ¿Cuáles son sus sentimientos reales? Ya se ha dicho que el planto es teatro. No es de extrañar, por tanto, que Mari-Gaila interrumpa la representación para pasar a discutir sobre la conveniencia económica de quedarse con el carretón del enano deforme y exhibirlo por ferias y caminos. No hay sinceridad en el personaje y, como se demuestra más adelante en la obra, ningún interés sentimental le mueve a hacerse cargo del huérfano: tan solo el interés económico está presente. d) Subraya las particularidades del lenguaje empleado por los personajes. Con relación al lenguaje de Valle podríamos hablar de un dialecto valleinclanesco. El empleo de un léxico peculiar en el que se combina el lenguaje popular con los arcaísmos, los galleguismos, los neologismos o los cultismos; la utilización de una sintaxis inhabitual o desordenada (Nunca jamás querer acogerse al abrigo de su familia); y la fuerte musicalidad que impregna su lenguaje son sus notas más distintivas.
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ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 232 3. Los cuernos de Don Friolera (1921) es uno de los esperpentos más logrados de Valle. La burla de los dramas neorrománticos que versaban sobre el honor está presente en este fragmento de la Escena cuarta, que también incorpora elementos propios del sainete. El teniente Don Friolera ha recibido un anónimo que acusa a su mujer Doña Loreta de adulterio con Pachequín, el barbero. Al llegar a su casa, pelea con ella. [...] DON FRIOLERA y DOÑA LORETA riñen a gritos, baten las puertas y entran y salen con los brazos abiertos. Sobre el velador con tapete de malla, el quinqué de porcelana azul alumbra la sala dominguera. El movimiento de las figuras, aquel entrar y salir con los brazos abiertos, tienen la sugestión de una tragedia de fantoches. DON FRIOLERA.—¡Es inaudito! DOÑA LORETA.—¡Palabrotas, no! DON FRIOLERA.—¡Dejarte cortejar! DOÑA LORETA.—¡Una fineza no es cortejo! DON FRIOLERA.—¡Han abierto un abismo entre nosotros! ¡Un abismo de los llamados insondables! DOÑA LORETA.—¡Farolón! DON FRIOLERA.—¡Estás buscando que te mate, Loreta! ¡Que lave mi honor con tu sangre! DOÑA LORETA.—¡Hazlo! ¡Solamente por verte subir al patíbulo lo estoy deseando! DON FRIOLERA.—¡Disipada! DOÑA LORETA.—¡Verdugo! DON FRIOLERA blande un pistolón. DOÑA LORETA, con los brazos en aspa y el moño colgando, sale de la casa dando gritos. DON FRIOLERA la persigue, y en el umbral de la puerta, al pisar la calle, la sujeta por los pelos. DON FRIOLERA.—¡Vas a morir! DOÑA LORETA.—¡Asesino! DON FRIOLERA.—¡Encomiéndate a Dios! DOÑA LORETA.—¡Criminal! ¡Que con las armas de fuego no hay bromas! Ábrese repentinamente la ventana del barbero, y este asoma en jubón de franela amarilla el pescuezo, todo nuez. PACHEQUÍN.—¿Va el pueblo a consentir este mal trato? Si otro no se interpone, yo me interpongo, porque la mata. Empuñando un estoque de bastón salta a la calle, y con su zanco desigual se dirige a la casa de la tragedia.
a) Las acotaciones dan el tono de la escena. ¿Qué expresión emplea Valle para caracterizar la pelea? ¿En qué aspectos se centra la descripción de los personajes? «Tragedia de fantoches» llama Valle a la pelea entre Don Friolera y Doña Loreta. Y no es de extrañar, tal y como ha descrito el escenario y los movimientos de los personajes o figuras, como dice el autor. Domina el ambiente propio del sainete y de la farsa. Por ello, los personajes no son sino brazos y cabezas que se mueven con movimientos mecánicos de fantoches. Y cuando se detiene en un detalle, como en el pescuezo de Pachequín, es para decir que es todo nuez.
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b) El diálogo es rápido, vivísimo y gritón. Señala las frases melodramáticas y explica la intención del autor al incluirlas. Frases melodramáticas son: ¡Han abierto un abismo entre nosotros!; ¡Estás buscando que te mate, Loreta! ¡Que lave mi honor con tu sangre! ¡Encomiéndate a Dios!, todas ellas puestas en boca de Don Friolera o ¿Va el pueblo a consentir este mal trato?, en boca de Pachequín. Como en realidad, Friolera no quiere cumplir con la ley del honor que le obliga a matar a su mujer, debe recurrir a fórmulas estereotipadas, tomadas del típico teatro posromántico de Echegaray, para asumir su papel de marido ultrajado. De esta manera, Valle hace burla de ese tipo de teatro anticuado. El humorismo y la falsedad de esas frases los denuncia el propio Friolera cuando añade a una de ellas la coletilla ¡Un abismo de los llamados insondables! c) Observa los rasgos léxicos y los recursos humorísticos propios del sainete. ¿Cuál es el efecto global? En contraste con esas expresiones altisonantes, el lenguaje achulado y sainetero de su mujer destruye toda esa retórica. Un toque humorístico típico del sainete es el uso de cultismos con significado desviado, o entendidos de manera inexacta por los personajes. Aquí Loreta interpreta la palabra inaudito, como un insulto o una palabrota. El efecto global es el de un guiñol, un teatro de títeres que se burla despiadadamente de los dramas basados en el honor. d) Describe otras características propias del esperpento presentes en el texto. Características del esperpento presentes en este fragmento son: el cuidado literario de las acotaciones, la presentación de una realidad (una pelea matrimonial por cuestiones de honor) con un punto de vista deformante y grotesco, la variedad lingüística, los personajes concebidos como fantoches, y las alusiones al propio teatro (dramas, sainetes).
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 235 1. En La casa de Bernarda Alba de García Lorca, Adela, la más joven de las hijas, es la más rebelde. Sus instintos, sus deseos, se muestran incontenibles ante el encierro. En este fragmento, perteneciente al segundo acto, la criada Poncia desvela lo que ocurre por las noches en la casa. Realiza un resumen del fragmento y responde a las preguntas que se formulan a continuación. CRIADA.—(Entra.) Bernarda os llama. Está el hombre de los encajes. (Salen.) (Al salir, MARTIRIO mira fijamente a ADELA.) ADELA.—¡No me mires más! Si quieres te daré mis ojos, que son frescos, y mis espaldas para que te compongas la joroba que tienes, pero vuelve la cabeza cuando yo paso. (Se va MARTIRIO.) LA PONCIA.—¡Que es tu hermana y además la que más te quiere! ADELA.—Me sigue a todos lados. A veces se asoma a mi cuarto para ver si duermo. No me deja respirar. Y siempre: «¡Qué lástima de cara!», «¡Qué lástima de cuerpo que no vaya a ser para nadie!». ¡Y eso no! Mi cuerpo será de quien yo quiera. LA PONCIA.—(Con intención y en voz baja.) De Pepe el Romano. ¿No es eso? ADELA.—(Sobrecogida.) ¿Qué dices? LA PONCIA.—Lo que digo, Adela. ADELA.—¡Calla! LA PONCIA.—¿Crees que no me he fijado? 178
ADELA.—¡Baja la voz! LA PONCIA.—¡Mata esos pensamientos! ADELA.—¿Qué sabes tú? LA PONCIA.—Las viejas vemos a través de las paredes. ¿Dónde vas de noche cuando te levantas? ADELA.—¡Ciega debías estar! LA PONCIA.—Con la cabeza y las manos llenas de ojos cuando se trata de lo que se trata. Por mucho que pienso no sé lo que te propones. ¿Por qué te pusiste casi desnuda con la luz encendida y la ventana abierta al pasar Pepe el segundo día que vino a hablar con tu hermana? ADELA.—Eso no es verdad. LA PONCIA.—No seas como los niños chicos. ¡Deja en paz a tu hermana, y si Pepe el Romano te gusta, te aguantas! (ADELA llora.) Además, ¿quién dice que no te puedas casar con él? Tu hermana Angustias es una enferma. Esa no resiste el primer parto. Es estrecha de cintura, vieja, y con mi conocimiento te digo que se morirá. Entonces Pepe hará lo que hacen todos los viudos de esta tierra: se casará con la más joven, la más hermosa, y esa eres tú. Alimenta esa esperanza, olvídalo, lo que quieras, pero no vayas contra la ley de Dios. ADELA.—¡Calla! LA PONCIA.—¡No callo! ADELA.—Métete en tus cosas, ¡oledora!, ¡pérfida! LA PONCIA.—Sombra tuya he de ser. ADELA.—En vez de limpiar la casa y acostarte para rezar a tus muertos, buscas como una vieja marrana asuntos de hombres y mujeres para babosear en ellos. LA PONCIA.—¡Velo! Para que las gentes no escupan al pasar por esta puerta. a) ¿Por qué discuten los dos personajes que aparecen en esta escena? ¿Crees que Adela, a juzgar por sus palabras, aceptará los consejos de Poncia? En el fragmento, asistimos a un enfrentamiento verbal entre Poncia, la criada, y Adela, la hija menor de Bernarda Alba. El motivo de la discusión es importante: Poncia ha descubierto que Adela está enamorada de Pepe el Romano y que ambos se ven a escondidas, por la noche, cuando Pepe ha dejado a Angustias, la hermana mayor con la que está prometido. Poncia intenta aconsejar a Adela que se olvide de Pepe, pero el amor de la joven es más fuerte que la conveniencia social y que las imposiciones familiares. b) ¿Qué dos formas de entender la vida representan una y otra? ¿Están relacionadas estas actitudes vitales con los temas habituales de las obras teatrales de Lorca? Indica expresiones utilizadas por ambos personajes que justifiquen tu respuesta. La Poncia es un personaje ambiguo: por un lado, se rebela contra la tiranía y la soberbia de Bernarda Alba, pero por otro lado, la sirve como un perro fiel y participa de algunos de sus valores morales y sociales autoritarios: el mantenimiento de la decencia moral en las relaciones entre hombres y mujeres, las virtudes de las buenas apariencias ante la sociedad e, incluso, la diferencia entre las clases sociales. Adela, por su parte, representa la rebeldía frente a esa autoridad, la lucha de sus deseos individuales contra las convenciones morales y sociales. Como puede verse, hasta en este fragmento puede verse el tema prioritario del teatro lorquiano: el enfrentamiento entre el individuo y la autoridad. Algunas frases significativas son: Alimenta esa esperanza, olvídalo, lo que quieras, pero no vayas contra la ley de Dios; ¡Velo! Para que las gentes no escupan al pasar por esta puerta (La Poncia).
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c) ¿Cómo es el lenguaje empleado en la disputa dialéctica: sosegado y cortés o alterado y violento? ¿Qué predominan: los enunciados representativos o los exclamativos e imperativos? En este pasaje encontramos también una buena muestra del lenguaje poético alcanzado por Lorca en su obra cumbre. La hipérbole caracteriza el enfrentamiento inicial con Martirio, la otra hermana enamorada de Pepe el Romano: Si quieres te daré mis ojos, que son frescos, y mis espaldas para que te compongas la joroba que tienes. Pero el lenguaje hiperbólico con imágenes sugerentes se mantiene en el combate dialéctico con la Poncia: Las viejas vemos a través de las paredes; Con la cabeza y las manos llenas de ojos cuando se trata de lo que se trata; Ciega debías estar; ¡Velo! Para que las gentes no escupan al pasar por esta puerta. Los insultos, las frases exclamativas, los imperativos contribuyen a que la escena esté dominada por una violencia verbal propia de la importancia del asunto que tratan, que al final de la obra será el desencadenante de la tragedia.
GALERÍA DE TEMAS Y PERSONAJES-PÁG. 237 ACTIVIDADES-La casa de Bernarda Alba, de Federico García Lorca 1. Realiza un estudio del espacio y del tiempo de la obra. Comenta el contraste entre el espacio interno (explícito) y el externo (implícito) e indica la evolución de los efectos de luz y color en cada acto. El drama se localiza en un pueblo indeterminado de España, probablemente de la zona sur. La fuerza de la obra supera todo tipo de localismo escénico. El espacio escénico se circunscribe a la casa. Es un espacio cerrado, hermético (infierno, presidio, convento). Pertenece al ámbito rural. Podemos localizar dos tipos de espacios: El espacio interno: es el explícito y corresponde a la habitación de la casa. Es el mundo del luto, del silencio. Representa el mundo sofocante de la prohibición, de la falta de libertad; un mundo que pone límites a las pasiones humanas. El espacio exterior: aparece implícito. Es el olivar, la calle, la cuadra, el patio, etc. De él llegan los ecos de las pasiones básicas, del erotismo desatado (Paca la Roseta, los segadores, la hija de la Librada…) Pero también es el mundo del qué dirán, de las convenciones sociales de las que Bernarda será altavoz dentro de la casa. El tiempo viene marcado por el tañido de las campanas y los comentarios de las protagonistas. Entre los actos I y II transcurre un tiempo impreciso. Entre los actos II y III transcurren meses. Lorca rehúye la determinación temporal con la intención de desarrollar una historia de valor simbólico universal. El acto I se desarrolla de día; el segundo a las tres de la tarde; y el tercero de noche. En el acto I el espacio presenta una habitación blanquísima: en el II una habitación blanca; y en el tercero los muros están ligeramente azulados. Estos efectos de luz contribuyen a reforzar el simbolismo de la obra. 2. Clasifica los personajes de la obra y describe sus rasgos más importantes y su función en la obra: protagonistas y secundarios, femeninos y masculinos, presentes y ausentes. Familia Alba: -
Bernarda: 60 años. Madre déspota y autoritaria. Es el centro de la obra y en ella se encarna el principio de autoridad. Tiene una gran conciencia de clase.
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Mª Josefa: 80 años. Abuela materna. Su locura le lleva al desvarío erótico. Representa la imagen liberada de Adela. 180
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Angustias: 39 años. Hija mayor nacida del primer matrimonio de Bernarda. Posee patrimonio y es poco agraciada y enfermiza.
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Magdalena: 30 años. Es la más razonable, bondadosa y proclive al llanto.
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Amelia: 27 años. Tímida y temerosa. La más hipócrita de las hermanas.
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Martirio: 24 años. Fea y jorobada. Es la responsable de la muerte de Adela. Teme a los hombres. Es una joven atormentada y envidiosa.
-
Adela: 20 años. Rebelde, belle y apasionada. Representa la libertad y el deseo sexual.
-
Poncia: criada que representa la sabiduría popular. Se caracteriza por la fidelidad y el rencor.
-
Pepe el Romano: es un personaje invisible y omnipresente. Sobre él gira una acción subyacente. Representa al hombre donjuanesco.
3. Busca y comenta algunos de los símbolos que se incluyen en la obra: nombres de los personajes, animales, plantas, colores, objetos, conductas, etc. El simbolismo de la obra se refleja en el lenguaje verbal y en los elementos escénicos. Algunos de los símbolos más representativos son: -
El caballo garañón: representa la vida y el erotismo. La pasión entre Pepe el Romano y las mujeres.
-
El olivar: lugar de los encuentros eróticos.
-
El trigo: representa la fecundidad.
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El agua: representa la vida y la muerte.
-
El pozo: simboliza la muerte.
-
La orilla del mar: lugar donde se desarrollan los encuentros amorosos.
-
El color verde: se asocia con el erotismo.
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Las paredes: representa la cárcel, el encierro en vida.
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Colores: el contraste entre el negro de las vestimentas y el blanco de las paredes.
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Bastón: representa la autoridad.
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La locura: simboliza el conocimiento de la verdad.
Los nombres: Bernarda es fuerza de osos, Magdalena representa al personaje bíblico, Poncia simboliza la figura de Poncio Pilatos. 4. Escribe tu opinión razonada sobre los cambios que se han producido en el papel asumido por la mujer en la sociedad. Respuesta libre.
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TEST DE EVALUACIÓN-PÁG. 241 1. El teatro a principios del siglo XX era: a. Un teatro de éxito y de calidad literaria. b. Un teatro inmovilista, sin compromisos ideológicos y sin innovaciones formales. c. Un teatro con escaso éxito de público pero de gran calidad literaria.
2. El teatro comercial de principios del siglo XX se clasificaba en: a. Comedia benaventina, teatro renovador y teatro poético. b. Comedia benaventina, teatro poético y alta comedia. c. Comedia benaventina, comedia costumbrista y teatro poético.
3. Pertenecen al ciclo mítico de Valle-Inclán: a. Comedias bárbaras y Divinas palabras. b. Los cuernos de don Friolera y Divinas palabras. c. Comedias bárbaras y Las galas del difunto.
4. Son características del esperpento: a. El uso de acotaciones, la riqueza del lenguaje y los cambios de espacio. b. El uso de contrastes, los numerosos personajes y la riqueza del lenguaje. c. El uso de contrastes, la riqueza del lenguaje y la unidad de lugar.
5. En Luces de bohemia: a. Se representa la última noche del poeta Max Estrella acompañado de su lazarillo don Latino de Hispalis. b. Se representa la borrachera de unos amigos. c. Se representa el recuerdo de los amigos de Max Estrella tras su muerte.
6. Los dramas rurales de Lorca son: a. El público, Yerma y La casa de Bernarda Alba. b. Mariana Pineda, Doña Rosita la soltera y La casa de Bernarda Alba. c. Bodas de sangre, Yerma y La casa de Bernarda Alba.
7. Los rasgos comunes de los dramas rurales son: a. La índole sexual de los problemas tratados, la mujer como protagonista y el desenlace trágico. b. La índole sexual de los problemas tratados, la mujer como protagonista y el final feliz. c. El amor, el conflicto entre hombres y mujeres y el desenlace trágico.
8. En La casa de Bernarda Alba se representa: a. El costumbrismo de la época en los pueblos de España. b. El enfrentamiento entre los deseos de libertad y la autoridad represora. c. El amor entre unas hermanas y un joven. 182
UNIDAD 12: LA POESÍA DESDE MEDIADOS DEL SIGLO XX CUESTIONES INICIALES-PÁG. 243 1. Haz un resumen de los principales acontecimientos históricos producidos en España y en el mundo desde el final de la Guerra Civil (1939). Entre 1939 y 1975, España vive bajo la dictadura del general Franco. Los primeros años se caracterizaron por el aislamiento internacional y por la represión política de los vencidos. A partir de la década de los cincuenta se inicia una apertura hacia el exterior y un desarrollo económico que mejoró las condiciones de vida de los españoles, a cambio de algunos sacrificios (emigración, control de los movimientos obreros, etc.). Pero apenas hubo cambio político y la evolución de la sociedad chocaba con régimen inmovilista y anacrónico que se derrumbó con la muerte de su dictador (1975). Los años de la transición (1975-1978) ven la reinstauración de la monarquía con la subida al poder de Juan Carlos I y la implantación de un sistema democrático que garantiza la pluralidad política y la celebración de elecciones libres a partir de 1977. En 1978 se aprueba la Constitución, el marco político que posibilita el desarrollo real de la democracia. Esta, a pesar de los embates del terrorismo, del golpismo o de la corrupción, se consolida y España se convierte en un país desarrollado e integrado en los principales organismos internacionales. Por su parte, en el mundo, la destrucción moral y física causada por la Segunda Guerra Mundial (1939-1945) se convertirá en una herida profunda que permanecerá sin cicatrizar durante varias décadas. A grandes rasgos, estos han sido los principales acontecimientos ocurridos hasta hoy: -
La división del mundo en dos bloques antagónicos: el occidental, a cuya cabeza se colocaron los EE. UU. y el oriental o socialista, con la URSS al frente. Las periódicas crisis generaron un estado de guerra fría que se mantuvo hasta el final de la década de los ochenta, en que se desmoronó el bloque socialista. Posteriormente, la lucha contra el terrorismo internacional y los conflictos entre el mundo islámico y el occidental se han sumado al permanente conflicto árabe-israelí.
-
La desaparición de los imperios coloniales europeos y la independencia de los países africanos y asiáticos que, junto con los de América Central y del Sur forman el llamado Tercer mundo.
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Los avances científicos y tecnológicos, que han permitido desde la proliferación de armas nucleares hasta la llegada del hombre a la luna (1969) y la exploración del espacio. Desde finales del siglo XX la aceleración del desarrollo tecnológico (informática, redes de comunicación, etc.) ha transformado profundamente las sociedades humanas y sus relaciones.
-
La industrialización y las crisis económicas, que han determinado muchos de los problemas a los que se enfrenta el mundo actual: el paro, el deterioro medioambiental y la diferencia del nivel de vida de los distintos países.
2. Explica con tus propias palabras qué entiendes por «literatura comprometida». ¿Es razonable que exista una literatura así, a la luz de los acontecimientos históricos del periodo? El concepto de literatura comprometida supone que el escritor debe escribir sus obras de tal manera que influyan en la historia desde un punto de vista social, político, ético, etc. Es la tendencia opuesta al arte por el arte. Para el escritor comprometido, la literatura sí tiene finalidad: contribuir a la transformación del mundo. Ofreciendo un testimonio sobre la realidad y haciéndolo de un modo tal que llegue al mayor número posible de lectores, el escritor pretende influir sobre estos, cambiar sus puntos de vista y empujarlos a la acción. En este tipo de literatura, suele prevalecer la eficacia política o moral del mensaje literario sobre sus elementos estéticos. El compromiso del escritor es fundamentalmente político y su obra se supedita a 183
su ideología. Esta tendencia, aunque ya está presente en el Realismo y Naturalismo decimonónicos, se acentúa durante los años anteriores a la Guerra Civil española y a la 2ª Guerra Mundial y, sobre todo, tras la finalización de ambas. 3. ¿En qué crees que se oponen la poesía social y la poesía pura? La poesía pura se asocia con la denominada teoría del arte por el arte: en el dominio de la literatura no debe haber ninguna finalidad moral o social. La obra literaria no tiene utilidad en un sentido práctico inmediato: no sirve para nada, ni siquiera para proporcionar enseñanzas éticas o religiosas. La obra literaria está destinada a satisfacer necesidades de un orden más elevado: espirituales, estéticas, etc. El escritor sólo tiene que ocuparse de crear belleza y no de asociar su creación con otros valores. Como se puede deducir de la respuesta anterior, el concepto de poesía social es muy distinto: la poesía sirve para reflejar las injusticias y desigualdades de la realidad y para alentar a los lectores a luchar por una transformación del mundo. 4. Cita nombres de poetas y de títulos de obras poéticas que conozcas de este periodo. Respuesta libre. 5. ¿Has leído poemas de alguno de los autores hispanoamericanos que aparecen más arriba? Indica sus títulos. Respuesta libre. 6. Los cantantes de las últimas décadas con frecuencia han puesto música a poemas de autores de la época tratada en esta unidad. Buscad canciones y organizad una audición con ellas. Respuesta libre.
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 246 1. La intensidad de la obra poética de Miguel Hernández se puede comprobar en este magnífico soneto de El rayo que no cesa (1936). Léelo y responde a las preguntas que se te formulan. Como el toro he nacido para el luto y el dolor, como el toro estoy marcado por un hierro infernal en el costado y por varón en la ingle con un fruto. 5
10
Como el toro lo encuentra diminuto todo mi corazón desmesurado, y del rostro del beso enamorado como el toro a tu amor se lo disputo. Como el toro me crezco en el castigo, la lengua en corazón tengo bañada y llevo al cuello un vendaval sonoro. Como el toro te sigo y te persigo, y dejas mi deseo en una espada, como el toro burlado, como el toro.
a) ¿Cuál es el tema del soneto? ¿Por qué la insistente comparación del poeta con el toro? El soneto trata sobre la trágica imposibilidad del amor. El poeta se compara con un toro por el destino trágico del deseo de ambos. 184
b) Las imágenes empleadas por Miguel Hernández se basan en esa misma comparación. Explica el sentimiento trágico que se desprende de ellas. Desde el primer verso Miguel Hernández señala ese destino trágico: el luto y el dolor. Las demás comparaciones no hacen sino concretar ese sino: la condición de varón, la imposibilidad de satisfacer las ansias de su corazón, la disputa amorosa, la rebeldía ante el castigo, la insistencia y la burla final. 2. Dámaso Alonso escribe sus libros de poemas más importantes después de la Guerra Civil. Hijos de la ira (1944) —libro imprescindible en el renacer de la poesía en la posguerra— se abre con este poema.
Insomnio
5
10
Madrid es una ciudad de más de un millón de cadáveres (según las últimas estadísticas). A veces en la noche yo me revuelvo y me incorporo en este nicho en el que hace 45 años que me pudro, y paso largas horas oyendo gemir al huracán, o ladrar los perros, o fluir blandamente la luz de la luna. Y paso largas horas gimiendo como el huracán, ladrando como un perro enfurecido, fluyendo como la leche de la ubre caliente de una gran vaca amarilla. Y paso largas horas preguntándole a Dios, preguntándole por qué se pudre lentamente mi alma, por qué se pudren más de un millón de cadáveres en esta ciudad de Madrid, por qué mil millones de cadáveres se pudren lentamente en el mundo. Dime, ¿qué huerto quieres abonar con nuestra podredumbre? ¿Temes que se te sequen los grandes rosales del día, las tristes azucenas letales de tus noches?
a) El poema se opone a la poesía conformista de los poetas arraigados. Explica cuál es la visión del mundo que se desprende de él y el sentido del reproche a Dios. ¿Se corresponde un poema así con las circunstancias históricas de 1944? Razona tu respuesta. El mundo es un lugar del que se ha enseñoreado la muerte y el horror. Dámaso Alonso pregunta a Dios la razón de tanto dolor y tanto sufrimiento. No hay que olvidar que son años terribles: España aún no se ha curado de las heridas de la Guerra Civil y en 1944, la Segunda Guerra Mundial se hallaba en pleno apogeo. Es comprensible, por tanto, el sentimiento de asco, angustia y desesperación que transmite el poema. b) Los larguísimos versos se estructuran mediante construcciones paralelísticas que se van encadenando. Pon ejemplos de algunas de esas construcciones. El esquema sintáctico básico de los versos es el siguiente: yo me revuelvo y me incorporo... y paso... oyendo gemir... ladrar... fluir. Y paso... gimiendo... ladrando... fluyendo... Y paso... preguntándole a Dios, preguntándole por qué se pudre... por qué se pudren... por qué... se pudren... c) El léxico se llena de connotaciones para reforzar la impresión de muerte y de desesperación. Selecciona las palabras que te resulten más expresivas. Algunas de esas palabras pueden ser: cadáveres, nicho, pudrir, gemir, ubre, podredumbre.
185
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 247 3. En Blas de Otero se produce una evolución desde una poesía existencial hasta el compromiso con el ser humano y su tiempo. De esta tendencia social son los dos poemas que presentamos, pertenecientes a Pido la paz y la palabra (1955) y En castellano (1959). Léelos y responde a las preguntas. Proal1
Anchas sílabas
Este es el tiempo de tender el paso y salir hacia el mar, hendiendo2 el aire. Hombres, levad los hombros sonoramente, bajo el sol que nace. 5
Este es el mar, las armas son aquellas que, estrepitosamente, se deshacen. Hombres, izad, alzad hacia la paz los encendidos mástiles.
España, espina de mi alma. Uña 10 y carne de mi alma. Arráncame tu cáliz de las manos y amárralas a tu cintura, madre.
Que mi pie te despierte, sombra a sombra he bajado hasta el fondo de mi patria. Hoja a hoja, hasta dar con la raíz amarga de mi patria. 5
10
Que mi fe te levante, sima3 a sima he salido a la luz de la esperanza. Hombro a hombro, hasta ver un pueblo en pie en paz, izando un alba. Que mi voz brille libre, letra a letra restregué contra el aire las palabras. Ah, las palabras. Alguien heló los labios —bajo el sol— de España.
NOTAS: 1. Proal: relativo o relacionado con la proa de los barcos; 2. Hender: atravesar un fluido; 3. Sima: abismo.
a) ¿Cuál es el deseo de Blas de Otero para su país en el poema Proal? Y en Anchas sílabas, ¿qué imagen ofrece de su patria? En ambos poemas se advierte una cuidada elaboración. Señala las construcciones paralelísticas que forman la base de cada uno. El poema Proal presenta una construcción métrica basada en una combinación de versos endecasílabos y heptasílabos, con rima asonante en a-e en los versos pares: 11— 11A 7— 11A. El poema proclama la esperanza del poeta en el futuro de España, hace un llamamiento a los españoles para construir un futuro en paz. El poema Anchas sílabas también combina versos endecasílabos y heptasílabos, con rima asonante en a-a, pero con una estructura diferente: en las dos primeras estrofas, el heptasílabo es el último verso; en la tercera, el penúltimo. El fondo temático es similar: nuevos deseos de paz y de libertad, más en concreto, de libertad de expresión. Las dos primeras estrofas de Proal están construidas de modo similar: Este es el tiempo – Este es el mar; Hombres, levad los hombros – Hombres, izad, alzad. En el poema Anchas silabas, la construcción de las estrofas también es paralela: las dos primeras especialmente son casi idénticas. b) Blas de Otero no renuncia a emplear la retórica literaria, a pesar de su intención de comunicarse con el lector. Pon ejemplos de aliteraciones, metáforas y juegos de palabras. Entre los recursos estilísticos empleados en la construcción del poema Proal, algunos son habituales en Blas de Otero y, desde luego, desmienten en parte el tópico de la pobreza retórica de la poesía social. Obsérvese la imaginería náutica del título y de las dos primeras estrofas, que igualan el camino hacia la paz con el de una travesía marítima. En las dos primeras estrofas, el poeta apostrofa a los hombres para convocarlos a un futuro en paz; en la tercera, se dirige a España, llamándola madre, Podemos encontrar metáforas: el sol que nace o esos mástiles que son banderas, así como símbolos: el cáliz. España aparece personificada en esa madre cuya cintura deben abrazar las manos del poeta, en un gesto de ternura, de amor y de paz. No faltan 186
los juegos de palabras: levad los hombros, donde el poeta juega con la sorpresa del lector al no ofrecerle el complemento esperado (las anclas). Además, este recurso se acompaña de una sinestesia: sonoramente. También aparecen quiasmos (verso 5) o paralelismos (versos 1 y 5) y el poeta recurre a encabalgamientos (versos 5-6, 9-10) o antítesis (carne de mi alma). Un hallazgo expresivo importante es la metáfora España, espina de mi alma, que incluye, quizá, el eco machadiano del poema analizado en las actividades del primer epígrafe y una paronomasia, por la cercanía fonética de los dos sustantivos que componen la metáfora. En Anchas sílabas, además de los paralelismos, destacan nuevamente las metáforas: raíz amarga de mi patria, luz de la esperanza, izando un alba. El recurso a los juegos de palabras está presente en: hasta ver un pueblo en pie / en paz. Las palabras cobran materialidad física con ese verbo restregué y el poeta emplea una antítesis para indicar la falta de libertad: heló los labios —bajo el sol— de España, donde los labios se refiere por metonimia a las palabras. En el ritmo del poema, los encabalgamientos desempeñan un papel importante: versos 3-4, 8-9, 11-12. 4. Este poema de Celaya, perteneciente a Cantos iberos (1955), es un manifiesto de las intenciones de la poesía social. Subraya los versos en los que Celaya expone sus ideas sobre qué debe ser la poesía, de qué debe tratar y a quién va dirigida, y elabora después un resumen. A continuación, redacta un texto argumentativo con tu opinión —favorable o no— sobre el concepto de poesía comprometida.
La poesía es un arma cargada de futuro [fragmento] [...] Poesía para el pobre, poesía necesaria como el pan de cada día, como el aire que exigimos trece veces por minuto para ser y en tanto somos dar un sí que glorifica. 5 Porque vivimos a golpes, porque apenas si nos dejan decir que somos quien somos, nuestros cantares no pueden ser sin pecado un adorno. Estamos tocando el fondo.
Quisiera daros vida, provocar nuevos actos, y calculo por eso con técnica, qué puedo. Me siento un ingeniero del verso y un obrero 20 que trabaja con otros a España en sus aceros. Tal es mi poesía: poesía-herramienta a la vez que latido de lo unánime y ciego. Tal es, arma cargada de futuro expansivo con que te apunto al pecho.
25 No es una poesía gota a gota pensada. Maldigo la poesía concebida como un lujo 10 cultural por los neutrales No es un bello producto. No es un fruto perfecto. Es algo como el aire que todos respiramos que, lavándose las manos, se desentienden y evaden. y es el canto que espacia cuanto dentro llevamos. Maldigo la poesía de quien no toma partido hasta mancharse. Hago mías las faltas. Siento en mí a cuantos sufren y canto respirando. 15 Canto, y canto, y cantando más allá de mis penas personales, me ensancho.
Son palabras que todos repetimos sintiendo 30 como nuestras, y vuelan. Son más que lo mentado. Son lo más necesario: lo que no tiene nombre. Son gritos en el cielo, y en la tierra, son actos.
Entre los versos que reflejan más claramente las razones y las intenciones de la poesía social se encuentran estos: Poesía para el pobre, poesía necesaria / como el pan de cada día, / como el aire que exigimos trece veces por minuto; Porque vivimos a golpes, / porque apenas si nos dejan decir que somos quien somos; Maldigo la poesía concebida como un lujo; Maldigo la poesía de quien no toma partido hasta mancharse; Siento en mí a cuantos sufren; Quisiera daros vida, provocar nuevos actos; Tal es mi poesía: poesía-herramienta; No es un bello producto. No es un fruto perfecto. / Es algo como el aire que todos respiramos. Respuesta libre.
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ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 250 1. Uno de los representantes de la promoción del sesenta y el de mayor influencia es Jaime Gil de Biedma. Compañeros de viaje (1959) se abre con este poema que trata uno de sus temas preferidos: la amistad. Léelo y haz un comentario de los siguientes aspectos: forma métrica empleada, uso del lenguaje conversacional y figuras retóricas utilizadas.
Amistad a lo largo
5
Pasan lentos los días y muchas veces estuvimos solos. Pero luego hay momentos felices para dejarse ser en amistad. Mirad: somos nosotros.
Un destino condujo diestramente las horas, y brotó la compañía. Llegaban noches. Al amor de ellas nosotros encendíamos palabras, 10 las palabras que luego abandonamos para subir a más: empezamos a ser los compañeros que se conocen por encima de la voz o de la seña. 15 Ahora sí. Pueden alzarse las gentiles palabras —esas que ya no dicen cosas—, flotar ligeramente sobre el aire; porque estamos nosotros enzarzados
20 en mundo, sarmentosos de historia acumulada y está la compañía que formamos plena, frondosa de presencias. Detrás de cada uno 25 vela su casa, el campo, la distancia. Pero callad. Quiero deciros algo. Solo quiero deciros que estamos todos juntos. A veces, al hablar, alguno olvida 30 su brazo sobre el mío, y yo aunque esté callado doy las gracias, porque hay paz en los cuerpos y en nosotros. Quiero deciros cómo trajimos nuestras vidas aquí, para contarlas. 35 Largamente, los unos con los otros en el rincón hablamos, tantos meses! que nos sabemos bien, y en el recuerdo el júbilo es igual a la tristeza. Para nosotros el dolor es tierno. 40 Ay el tiempo! Ya todo se comprende.
El poema es una descripción y un elogio de la amistad prolongada a través del tiempo. Este tema es característico de la promoción de los años sesenta a la que pertenece Jaime Gil de Biedma. En el tratamiento de la amistad como tema de la poesía se puede comprobar el regreso a las preocupaciones personales tras los años de predominio de la poesía social. Además, es un tema de raíz autobiográfica: los componentes de esa promoción fueron grandes amigos que vivieron y bebieron juntos a lo largo de toda su vida. Gil de Biedma adopta la forma métrica del verso libre: el poema se construye según la voluntad del poeta y revela los caminos de su pensamiento. En algún caso (verso 4) aparece un verso sangrado, procedimiento habitual en el autor, que llama la atención sobre el imperativo Mirad. Precisamente en el uso de esos imperativos (mirad, callad) se revela la intención de convertir el poema en un diálogo, en una conversación con esos amigos a los que se dirige. El tono íntimo, los versos sin poesía de registro coloquial (Quiero deciros algo), los incisos que muestran correcciones o ampliaciones de lo expresado (─esas que ya no dicen cosas─), el uso de un nosotros que incluye a los amigos como sujeto de muchas oraciones y los marcadores oracionales (Largamente), son algunos rasgos que dotan al poema de ese carácter conversacional. La retórica del poema, en consonancia con el estilo coloquial, es escasa y las figuras retóricas empleadas no buscan la brillantez literaria sino la efectividad. Así ocurre, por ejemplo, con las personificaciones (Un destino condujo las horas y brotó la compañía; las gentiles palabras) y las metáforas (nosotros encendíamos palabras; estamos nosotros enzarzados / en mundo, sarmentosos de historia acumulada; la compañía frondosa de presencias; el júbilo es igual a la tristeza). 188
2. El amor aparece frecuentemente en la poesía de Ángel González. Como ejemplo, sirva este poema de Áspero mundo (1956). Léelo y responde a las preguntas que se formulan.
5
10
15
Mientras tú existas, mientras mi mirada te busque más allá de las colinas, mientras nada me llene el corazón, si no es tu imagen, y haya una remota posibilidad de que estés viva en algún sitio, iluminada por una luz —cualquiera… Mientras yo presienta que eres y te llamas así, con ese nombre tuyo tan pequeño, seguiré como ahora, amada mía, transido de distancia, bajo ese amor que crece y no se muere, bajo ese amor que sigue y nunca acaba.
a) ¿Qué forma métrica adopta el poema? ¿Qué idea del amor transmite el poeta? ¿Qué nivel de lenguaje predomina? Explica los recursos retóricos que facilitan su comprensión. El poema está escrito en verso libre. La idea del amor que transmite es una idea imbuida de romanticismo: la amada genera un sentimiento intenso, imprescindible y eterno. Más acentuadamente aún que en el poema de Gil de Biedma, en este se puede comprobar la sencillez léxica y sintáctica que sirve para comunicarse sin trabas con el lector implícito (la amada) y con el lector general. Esa misma sencillez se advierte en los recursos retóricos, dominados por el uso de los encabalgamientos llamativos prácticamente en todos los versos (versos 2-3, 4-5, 6-7, 8-9, 910, 10-11, 13-14) y los paralelismos. En el comentario del poema debe atenderse a la filiación del mismo: el inicio con la subordinada temporal Mientras remite a Góngora (Mientras por competir con tu cabello) y a la rima IV de Bécquer (No digáis que agotado su tesoro […] Mientras las ondas de la luz al beso…). Como muestra del éxito de esta fórmula puede recordarse el poema La despedida de Luis Alberto de Cuenca incluido en la unidad Los textos literarios.
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 251 3. He aquí una muestra de la poesía novísima. Es un poema de Antonio Martínez Sarrión, de su libro Teatro de operaciones (1967), que revela la importancia del cine en su formación y resume en unos pocos versos las muchas horas pasadas en la sala oscura del cine. Escribe un comentario personal. el cine de los sábados maravillas del cine galerías de luz parpadeante entre silbidos niños con sus mamás que iban abajo entre panteras un indio se esfuerza 5 por alcanzar los frutos más dorados ivonne de carlo1 baila en scherezade no sé si danza musulmana o tango amor de mis quince años marilyn2 ríos de la memoria tan amargos 10 luego la cena desabrida y fría y los ojos ardiendo como faros. NOTAS: 1. Yvonne de Carlo: actriz de cine famosa en los años 50, que interpretó la danza de Scherezade; 2. Marilyn: se refiere a Marilyn Monroe, la actriz que marcó a toda una generación de espectadores de cine. 189
El tema podría formularse así: el poeta evoca con emoción las sesiones de cine de la adolescencia y el contraste entre el mundo maravilloso del cine y la áspera realidad. El poema consta de once versos endecasílabos con rima asonante en a-o en los impares a partir del tercero. Aunque el título es un heptasílabo, las vocales finales en a-o parecen mostrar la voluntad de que forme parte del propio poema. La primera parte (versos 1-3) parece describir el ambiente previo a la proyección o el del momento en que esta se inicia; la segunda parte (versos 4-8) incluye referencias a películas y actrices; la tercera parte (versos 9-11) señala el agudo contraste con la realidad. Tres notas destacan: la luz parpadeante, el barullo de los silbidos, los niños con sus madres en el patio de butacas. La ausencia de enlaces lógicos y la construcción nominal son dos rasgos sobresalientes de la construcción del poema. Las imágenes recordadas pertenecen a una película anónima, a Yvonne de Carlo en Song of Scherezade y a Marilyn Monroe. La imagen, que puede pertenecer a alguna película de aventuras, puede interpretarse como símbolo del adolescente que mira a la pantalla y que también sueña con alcanzar los frutos más dorados. En este verso, que va a tener su agrio contraste en el final del poema, pueden verse ecos machadianos: en Soledades, el poema VII dice: y allá en el fondo sueñan / los frutos de oro y, más adelante, Que tú me viste hundir mis manos puras / en el agua serena / para alcanzar los frutos encantados / que hoy en el fondo de la fuente sueñan. Los frutos más dorados puede referirse también a sueños eróticos, pues sin transición el poeta enlaza con la imagen de dos sex-symbols de la época. Marilyn Monroe fue la mujer más admirada por los hombres de los años cincuenta. El propio poeta escribió un poema sobre su muerte, titulado requisitoria general por la muerte de una rubia (en Pautas para conjurados, 1970). El poema está escrito al modo de un monólogo interior (cuya denominación inglesa stream of consciousness es muy similar a la metáfora empleada por Martínez Sarrión: ríos de la memoria tan amargos). La memoria fluye sin control racional aparente: esto justifica la conexión abrupta entre frases y la falta de signos de puntuación. Estas características están muy relacionadas con las técnicas novelísticas de moda en los años sesenta. Por otro lado, el adjetivo amargos, desplazado por un hipérbaton cobra un relieve especial que acentúa el tono nostálgico y triste de la evocación y prepara al lector para los versos finales. El adverbio luego introduce el tiempo abolido hasta ese momento. El adjetivo desabrida aplicado a la cena refuerza el sentido de amargos; fría permite establecer la antítesis con los ojos ardiendo. La comparación hiperbólica permite suponer la persistencia de la fascinación, de los sueños y del amor en los ojos del muchacho. 4. En Luis García Montero, representante de la poesía de la experiencia de los años noventa, se puede advertir la influencia de los poetas de los años sesenta. Lee este poema de Completamente viernes (1998) teniendo en cuenta que su título hace referencia a un lugar de Grecia en donde se hallan importantes ruinas de la civilización griega. Explica su tema y las semejanzas retóricas con los poemas de la página anterior. Cabo Sounion Al pasar de los años, ¿qué sentiré leyendo estos poemas de amor que ahora te escribo? Me lo pregunto porque está desnuda 5 la historia de mi vida frente a mí, en este amanecer de intimidad, cuando la luz es inmediata y roja y yo soy el que soy y las palabras 10 conservan el calor del cuerpo que las dice.
190
Serán memoria y piel de mi presente o solo humillación, herida intacta. Pero al correr del tiempo, cuando dolor y dicha se agoten con nosotros, 15 quisiera que estos versos derrotados tuviesen la emoción y la tranquilidad de las ruinas clásicas. Que la palabra siempre, sumergida en la hierba, despunte con el cuerpo medio roto, 20 que el amor, como un friso desgastado, conserve dignidad contra el azul del cielo y que en el mármol frío de una pasión antigua los viajeros románticos afirmen el homenaje de su nombre, 25 al comprender la suerte tan frágil de vivir, los ojos que acertaron a cruzarse en la infinita soledad del tiempo.
El poema, escrito en verso libre, trata dos temas estrechamente unidos: el amor y el paso del tiempo. El poeta, enamorado, finge escribir sus versos ante las ruinas clásicas de Cabo Sounion y se pregunta si en el futuro, cuando el amor se acabe, los versos conservarán la emoción y el sentimiento del momento actual o al menos, como las ruinas, permitirán evocar con calma la pasión que se extinguió. Influido por la poesía de los años sesenta, Luis García Montero emplea un tono íntimo, se dirige a la amada (¿qué sentiré leyendo estos poemas / de amor que ahora te escribo), y se expresa en un lenguaje cercano, comunicativo y sencillo. Quizá haya un mayor gusto por el aparato retórico, pero las imágenes y metáforas son nítidas y claras. Sirvan como ejemplo estas metáforas y personificaciones: está desnuda / la historia de mi vida frente a mí; [las palabras] serán memoria y piel de mi presente / o solo humillación, herida intacta; cuando dolor y dicha se agoten con nosotros; quisiera que estos versos derrotados / tuviesen la emoción / y la tranquilidad de las ruinas clásicas; que la palabra siempre, sumergida en la hierba, / despunte con el cuerpo medio roto / que el amor, como un friso desgastado, / conserve dignidad contra el azul del cielo; el mármol frío de una pasión antigua.
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 254 1. Este poema de César Vallejo, de Poemas humanos, es un ejemplo de la originalidad del poeta peruano y de la profundidad y tristeza de sus composiciones. Además, puede considerarse premonitorio: Vallejo murió en París, un día de lluvia, aunque fuese viernes. Léelo y responde a las preguntas. Piedra negra sobre una piedra blanca Me moriré en París con aguacero, un día del cual tengo ya el recuerdo. Me moriré en París —y no me corro1— tal vez un jueves, como es hoy, de otoño. 5
Jueves será, porque hoy, jueves, que proso estos versos, los húmeros2 me he puesto a la mala y, jamás como hoy, me he vuelto, con todo mi camino, a verme solo.
César Vallejo ha muerto, le pegaban 10 todos sin que él les haga nada; le daban duro con un palo y duro también con una soga; son testigos los días jueves y los huesos húmeros, la soledad, la lluvia, los caminos... NOTAS: 1. Y no me corro: y no me avergüenzo; 2. Húmero: hueso del brazo. 191
a) Analiza la métrica del poema y sus diferencias con la forma clásica del soneto. El poema es un soneto compuesto por versos endecasílabos. Pero la rima es asonante y no se ajusta a los cánones clásicos: AABB BAAB CCD EDE. b) ¿Qué significado atribuyes al título? Explica cuáles son los principales sentimientos que transmite el poeta. ¿Por qué a partir del verso 9 el poema se escribe en tercera persona? ¿Qué efecto produce la introducción del nombre del poeta? Subraya las palabras que te sugieren connotaciones tristes. El título sugiere las lápidas de los cementerios. El poema transmite un sentimiento de desconsuelo: César Vallejo ofrece una visión premonitoria de su muerte en unas circunstancias (lejos de su patria, con lluvia) que aumentan la sensación de tristeza y soledad. En los tercetos, se pasa a la tercera persona porque el poeta se imagina ya muerto y los versos suenan como el comentario de alguien que resumiera la dureza y la desolación de la vida del poeta. Algunas palabras sorprenden por su presencia en un poema, pero esa extrañeza acentúa su efecto (aguacero, otoño, húmeros, ponerse a la mala, palo, soga), junto con las imágenes sorprendentes: un día del cual tengo ya el recuerdo; son testigos / los días jueves y los huesos húmeros. 2. Redacta un comentario temático y estilístico de estos dos poemas de Jorge Luis Borges, pertenecientes a El hacedor (1960) y La moneda de hierro (1976). Explica la métrica empleada, los temas de cada poema y las principales figuras retóricas.
Ajedrez
El remordimiento
Tenue rey, sesgo alfil, encarnizada reina, torre directa y peón ladino sobre lo negro y blanco del camino buscan y libran su batalla armada. 5
No saben que la mano señalada del jugador gobierna su destino, no saben que un rigor adamantino sujeta su albedrío y su jornada.
También el jugador es prisionero 10 (la sentencia es de Omar) de otro tablero de negras noches y de blancos días. Dios mueve al jugador, y este, la pieza. ¿Qué dios detrás de Dios la trama empieza de polvo y tiempo y sueño y agonías?
He cometido el peor de los pecados que un hombre puede cometer. No he sido feliz. Que los glaciares del olvido me arrastren y me pierdan, despiadados. 5
Mis padres me engendraron para el juego arriesgado y hermoso de la vida, para la tierra, el agua, el aire, el fuego. Los defraudé. No fui feliz. Cumplida
no fue su joven voluntad. Mi mente 10 se aplicó a las simétricas porfías del arte, que entreteje naderías. Me legaron valor. No fui valiente. No me abandona. Siempre está a mi lado la sombra de haber sido un desdichado.
a) El poema Ajedrez es un soneto de estructura clásica, con versos endecasílabos y rima consonante distribuidos en dos cuartetos y dos tercetos: ABBA ABBA CCD EED. Su tema es una buena muestra de las perplejidades metafísicas a los que Borges era tan aficionado: las piezas de ajedrez no saben que es la mano de un jugador la que señala su destino en la batalla; pero el jugador actúa movido por la mano de Dios; y quizá haya un dios detrás de Dios que dirija el destino de este. En ese tema se mezclan la posibilidad de la predestinación y el desconocimiento de la verdad sobre el origen de nuestras acciones en el mundo. El primer cuarteto se inicia con una enumeración en asíndeton de algunas de las piezas del ajedrez, en la que destaca la precisión de los adjetivos que señalan su importancia o sus movimientos en el juego y la construcción sintáctica en hipérbaton. La batalla armada es una metáfora, desde luego, aunque no se debe olvidar que el ajedrez es realmente una lucha entre 192
dos ejércitos de piezas. En el segundo cuarteto aparece una construcción paralelística (No saben que la mano señalada – no saben que un rigor adamantino) y una personificación: un rigor adamantino / sujeta su albedrío y su jornada. En el primer terceto predominan las metáforas: el jugador es prisionero y la vida otro tablero / de negras noches y de blancos días. Además de estos dos últimos epítetos destaca también la cita culta, habitual en Borges, como muestra de la humildad de sus palabras, que toma de la tradición, en este caso oriental (Omar Jayyam, poeta persa del siglo XI autor de las Rubaiyatas). Los versos en los que pudo inspirarse Borges son estos: «He aquí la única verdad. Somos los peones de la misteriosa partida de ajedrez que juega Alá. Él nos mueve, nos detiene, vuelve a empujarnos, y al final nos arroja, uno a uno a la caja de la nada»; «Todo es un tablero de ajedrez de noches y días, donde el destino, con hombres como piezas, juega: Acá y acullá mueve, y da jaque y mata, y uno por uno, vuelve a ponerlos en la caja». El primer verso del segundo terceto resume los versos anteriores del soneto invirtiendo el orden en que han aparecido: Dios mueve al jugador y este la pieza. Parece que no haya más que decir; sin embargo, en una nueva vuelta de tuerca, a través de una interrogación retórica, Borges plantea la posibilidad de que exista otro dios detrás de Dios y otro detrás de aquel, abriendo una serie infinita y vertiginosa. b) El poema El remordimiento es también un soneto, pero su estructura responde a la influencia del soneto inglés, habitual en los sonetos del autor, compuesto por tres estrofas de cuatro versos de rima cambiante y un pareado final. En este caso, hay un cuarteto, un serventesio, otro cuarteto y el pareado final: ABBA CDCD EFFE GG. Aunque Borges no fue muy dado a las efusiones sentimentales en su literatura, en este poema asoma un sentimiento que le acompañó durante gran parte de su vida: la infelicidad. El poema revela que, habiendo tenido todas las posibilidades de ser feliz, el poeta las ha malgastado dedicándose al arte y se ha convertido en un ser desdichado. El primer cuarteto plantea, con una hipérbole de cierta crudeza, el sentimiento, que se destaca mediante un encabalgamiento: He cometido el peor de los pecados / que un hombre puede cometer. No he sido / feliz. El castigo que pide por ese pecado es el olvido, expresado con la metáfora los glaciares del olvido. El remordimiento del título aparece en el serventesio; el poeta ha negado la educación que sus padres le ofrecieron, ha despreciado el goce de la vida y tras la metáfora (el juego de la vida) y la enumeración de los cuatro elementos, reitera de forma contundente y sin retórica su sentimiento: No fui feliz. El encabalgamiento salta a la tercera estrofa, donde el arte aparece metaforizado con imágenes despreciativas: las simétricas porfías; que entreteje naderías. En el verso 12 aparece otra de las obsesiones de Borges: él, que admiraba el valor de los grandes guerreros y caudillos y hasta de los compadritos de los arrabales, se sentía un cobarde. El pareado final, con su exacta metáfora, es impresionante y memorable.
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 255 3. En Libertad bajo palabra (1949), de Octavio Paz, se incluye esta poesía, cuyo tema está formulado en el título. ¿Cuál es el recurso retórico empleado para desarrollar el tema? ¿A qué campo semántico pertenece la mayoría de los sustantivos que aluden a los ojos de la amada? ¿Qué influencias de otros movimientos poéticos se pueden notar en este poema?
Tus ojos
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Tus ojos son la patria del relámpago y de la lágrima, silencio que habla, tempestades sin viento, mar sin olas, pájaros presos, doradas fieras adormecidas, topacios impíos como la verdad, otoño en un claro del bosque en donde la luz canta en el hombro de un árbol y son pájaros todas las hojas, playa que la mañana encuentra constelada de ojos, 193
cesta de frutos de fuego, mentira que alimenta, 10 espejos de este mundo, puertas del más allá, pulsación tranquila del mar a mediodía, absoluto que parpadea, páramo.
El poema, de verso libre y tema amoroso, se centra en la alabanza de los ojos de la amada. Su estructura es muy sencilla: Octavio Paz va yuxtaponiendo diversas metáforas con las que intenta captar la riqueza y variedad que transmiten los estados cambiantes de la mirada de su amada. La mayoría de las metáforas remiten a elementos de la naturaleza (tempestades, pájaros, topacios, otoño, árbol, playa), aunque otras sirven para dar una dimensión más trascendente: puertas del más allá, absoluto que parpadea. Es un poema compuesto a base de imágenes, lo que remite a la tradición vanguardista y, en el caso de la poesía hispana, a la influencia de la Generación del 27.
4. Canto general (1950) es uno de los libros de Neruda en los que está más presente la poesía concebida como reflejo de la historia y de las circunstancias sociales y políticas. ¿A quiénes se dirige el poeta? Su voz, ¿es personal o colectiva? ¿Qué quiere reflejar su poesía? Señala las similitudes que encuentres con los poemas de la poesía social española analizados en el epígrafe anterior.
Alturas de Machu Picchu Sube a nacer conmigo, hermano. Dame la mano desde la profunda zona de tu dolor diseminado. No volverás del fondo de las rocas. No volverás del tiempo subterráneo. No volverá tu voz endurecida. No volverán tus ojos taladrados. Mírame desde el fondo de la tierra, labrador, tejedor, pastor callado: 10 domador de guanacos1 tutelares: albañil del andamio desafiado: aguador de las lágrimas andinas: joyero de los dedos machacados: agricultor temblando en la semilla: 15 alfarero en tu greda2 derramado: traed a la copa de esta nueva vida vuestros viejos dolores enterrados. Mostradme vuestra sangre y vuestro surco, decidme: aquí fui castigado, 20 porque la joya no brilló o la tierra no entregó a tiempo la piedra o el grano: señaladme la piedra en que caísteis y la madera en que os crucificaron,
encendedme los viejos pedernales, 25 las viejas lámparas, los látigos pegados a través de los siglos en las llagas y las hachas de brillo ensangrentado. Yo vengo a hablar por vuestra boca muerta. A través de la tierra juntad todos 30 los silenciosos labios derramados y desde el fondo habladme toda esta larga noche como si yo estuviera con vosotros anclado, contadme todo, cadena a cadena, eslabón a eslabón, y paso a paso, 35 afilad los cuchillos que guardasteis, ponedlos en mi pecho y en mi mano, como un río de rayos amarillos, como un río de tigres enterrados, y dejadme llorar, horas, días, años, 40 edades ciegas, siglos estelares. Dadme el silencio, el agua, la esperanza. Dadme la lucha, el hierro, los volcanes. Apegadme los cuerpos como imanes. Acudid a mis venas y mi boca. 45 Hablad por mis palabras y mi sangre.
NOTAS: 1. Guanaco: mamífero rumiante que habita en los Andes meridionales; 2. Greda: arcilla arenosa, por lo común de color blanco azulado, usada principalmente para desengrasar los paños y quitar manchas.
Neruda, ante las ruinas misteriosas del Macchu Picchu, siente la necesidad de saber quiénes vivieron allí, cuáles fueron sus labores, cómo fueron sus sufrimientos y su muerte. Así, se dirige a unos muertos imaginarios, gentes humildes (labradores, tejedores, agricultores, panaderos, artesanos, etc.) para que le revelen su verdad y él pueda, así, hablar por ellos: Yo vengo a hablar por vuestra boca muerta. El poeta quiere convertirse en la voz de todos: Hablad por mis palabras y mi sangre. Como puede verse, este poema de Neruda no solo muestra similitudes con los presupuestos de la poesía social española de los años cincuenta, sino que por su fecha de composición y por el prestigio de su autor es un modelo para ella. 194
GALERÍA DE TEMAS Y PERSONAJES-PÁG. 257 ACTIVIDADES-Las personas del verbo, de Jaime Gil de Biedma 1. Realiza una lectura completa del libro y elabora una antología de los poemas que más te gusten, agrupándolos por temas. Respuesta libre. Para la agrupación por temas pueden utilizarse los bloques señalados en el desarrollo teórico, aunque bien puede el propio alumno establecer su propia clasificación temática. 2. Subraya versos distintos de los citados que sirvan como ejemplo de las distintas características del estilo del autor. Respuesta libre. Igualmente pueden servir como modelo los ejemplos del desarrollo teórico, aun siendo conscientes de que no son exhaustivos.
COMENTARIO DE TEXTO-PÁG. 259 ACTIVIDADES-Veinte poemas de amor y una canción desesperada, de Pablo Neruda 1. Realiza un comentario similar de los poemas 1 (Cuerpo de mujer, blancas colinas, muslos blancos), 5 (Para que tú me oigas) y 15 (Me gustas cuando callas porque estás como ausente) del mismo libro. Ofrecemos a continuación los poemas que se deben comentar: Poema 1
Poema 5
Cuerpo de mujer, blancas colinas, muslos blancos, te pareces al mundo en tu actitud de entrega. Mi cuerpo de labriego salvaje te socava y hace saltar el hijo del fondo de la tierra.
Para que tú me oigas mis palabras se adelgazan a veces como las huellas de las gaviotas en las playas.
Fui solo como un túnel. De mí huían los pájaros y en mí la noche entraba su invasión poderosa. Para sobrevivirme te forjé como un arma, como una flecha en mi arco, como una piedra en mi honda.
Collar, cascabel ebrio para tus manos suaves como las uvas.
Pero cae la hora de la venganza, y te amo. Cuerpo de piel, de musgo, de leche ávida y firme. Ah los vasos del pecho! Ah los ojos de ausencia! Ah las rosas del pubis! Ah tu voz lenta y triste! Cuerpo de mujer mía, persistiré en tu gracia. Mi sed, mi ansia sin límite, mi camino indeciso! Oscuros cauces donde la sed eterna sigue, y la fatiga sigue, y el dolor infinito.
Y las miro lejanas mis palabras. Más que mías son tuyas. Van trepando en mi viejo dolor como las yedras. Ellas trepan así por las paredes húmedas. Eres tú la culpable de este juego sangriento. Ellas están huyendo de mi guarida oscura. Todo lo llenas tú, todo lo llenas. Antes que tú poblaron la soledad que ocupas, y están acostumbradas más que tú a mi tristeza. Ahora quiero que digan lo que quiero decirte para que tú las oigas como quiero que me oigas. El viento de la angustia aún las suele arrastrar. Huracanes de sueños aún a veces las tumban. Escuchas otras voces en mi voz dolorida. Llanto de viejas bocas, sangre de viejas súplicas. Ámame, compañera. No me abandones. Sígueme. Sígueme, compañera, en esa ola de angustia. Pero se van tiñendo con tu amor mis palabras. Todo lo ocupas tú, todo lo ocupas. Voy haciendo de todas un collar infinito para tus blancas manos, suaves como las uvas. 195
Poema 15 Me gustas cuando callas porque estás como ausente, y me oyes desde lejos, y mi voz no te toca. Parece que los ojos se te hubieran volado y parece que un beso te cerrara la boca. Como todas las cosas están llenas de mi alma emerges de las cosas, llena del alma mía. Mariposa de sueño, te pareces a mi alma, y te pareces a la palabra melancolía. Me gustas cuando callas y estás como distante. Y estás como quejándote, mariposa en arrullo. Y me oyes desde lejos, y mi voz no te alcanza: déjame que me calle con el silencio tuyo. Déjame que te hable también con tu silencio claro como una lámpara, simple como un anillo. Eres como la noche, callada y constelada. Tu silencio es de estrella, tan lejano y sencillo. Me gustas cuando callas porque estás como ausente. Distante y dolorosa como si hubieras muerto. Una palabra entonces, una sonrisa bastan. Y estoy alegre, alegre de que no sea cierto.
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TEST DE EVALUACIÓN-PÁG. 261 1. Son tendencias de la poesía española de posguerra en los años cuarenta: a. La poesía arraigada, la poesía social y el Posmodernismo. b. La poesía arraigada y la poesía desarraigada. c. La poesía arraigada, la poesía social y la poesía de la experiencia. 2. Los dos libros de poesía principales de los años cuarenta se titulan: a. Que trata de España e Hijos de la ira. b. Las personas del verbo y Sombra del paraíso. c. Sombra del paraíso e Hijos de la ira. 3. En la poesía social de los años cincuenta son características: a. La denuncia de las injusticias, el lenguaje sencillo y la comunicación con un amplio público. b. El reflejo de la experiencia personal, el lenguaje sencillo y la influencia de los medios de comunicación. c. La denuncia de la injusticia, el lenguaje sencillo y la influencia de la poesía vanguardista. 4. La promoción de los años sesenta se caracteriza por: a. El antirrealismo, la ironía y la influencia de los medios de comunicación. b. El reflejo de la experiencia personal y el uso de la ironía y del lenguaje conversacional. c. El empleo de formas clásicas y la nostalgia por el antiguo imperio español. 5. En la poesía de los años setenta los Novísimos introdujeron estas novedades: a. La influencia de los medios de comunicación, el gusto por el lenguaje retórico y la experimentación relacionada con las vanguardias. b. La influencia de los medios de comunicación, el lenguaje conversacional y la experimentación relacionada con las vanguardias. c. La denuncia de las injusticias, el lenguaje conversacional y la influencia de la poesía extranjera. 6. Son tendencias destacadas desde los años setenta: a. La poesía social, la poesía culturalista y la poesía intimista. b. La poesía culturalista, la poesía desarraigada y la poesía clasicista. c. La poesía culturalista, la poesía experimental y la poesía de la experiencia. 7. Las principales tendencias de la poesía hispanoamericana posterior al Modernismo se denominan: a. Poesía arraigada, Vanguardismo y poesía social. b. Posmodernismo, Vanguardismo y poesía negra. c. Posmodernismo, Vanguardismo y poesía de la experiencia. 8. Los principales poetas hispanoamericanos del siglo XX son: a. César Vallejo, Jorge Luis Borges, Pablo Neruda y Octavio Paz. b. César Vallejo, Blas de Otero, Pablo Neruda y Octavio Paz. c. César Vallejo, Jorge Luis Borges, Jaime Gil de Biedma y Octavio Paz. 197
UNIDAD 13: LA NOVELA Y EL ENSAYO HASTA LA ACTUALIDAD CUESTIONES INICIALES-PÁG. 263 1. ¿Podrías citar cinco novelistas españoles o hispanoamericanos de la segunda mitad del siglo XX? ¿Y cinco novelas? Cinco novelistas son, por ejemplo: Camilo José Cela, Miguel Delibes, Juan Marsé, Julio Cortázar o Gabriel García Márquez. Y, respectivamente, son de ellos estas cinco novelas: La colmena, Cinco horas con Mario, Últimas tardes con Teresa, Rayuela y Cien años de soledad. 2. ¿Qué crees que significan las expresiones «novela existencial» y «novela social»? La novela existencial es la que atiende en sus contenidos, principalmente, a cuestiones existenciales relacionadas con el ser humano, es decir, su vida contingente, la amenaza de la extinción definitiva con la muerte, el significado de la vida y de los actos humanos. La novela social es la que se propone reflejar en sus contenidos las desigualdades sociales, las injusticias políticas, la marginación, las condiciones de vida de un colectivo de trabajadores o cualquier otro tema relacionado con la vida social y política de los seres humanos. Sus objetivos son denunciar y conseguir una reacción por parte del lector. 3. ¿Qué es un narrador omnisciente? ¿Qué es un monólogo interior? Un narrador omnisciente es el que relata los acontecimientos con un pleno dominio sobre ellos. Es decir, el narrador conoce toda la historia, digamos, de antemano y puede organizarla a su conveniencia; es capaz de penetrar en la psicología y en los pensamientos de todos los personajes y puede alterar su punto de vista según su conveniencia; además, puede dejar oír su voz en forma de opiniones o de intromisiones que revelan su autoridad sobre el material novelesco. El monólogo interior es una técnica novelística que sumerge al lector en la mente de uno de los personajes, mostrándonos el funcionamiento de la misma. El monólogo interior suele reflejar los pensamientos incoherentes, los saltos de un tema a otro, las obsesiones, la atomización del discurso, las incongruencias gramaticales, con el propósito de acercarse al fluir de la conciencia individual. 4. ¿Por qué crees que actualmente se vuelve a la novela tradicional? La vuelta al relato tradicional está condicionada por dos factores principales: el lado mercantil de la literatura que necesita publicar mayor número de títulos en detrimento de su calidad artística y la presencia de un lector menos exigente y con unas necesidades de lectura basadas sobre todo en el ocio poco comprometido conceptual y estilísticamente. 5. ¿Sabes qué es el «realismo mágico»? El realismo mágico es una tendencia narrativa propia de la literatura hispanoamericana, nacida en torno a la mitad del siglo XX y que consiste, básicamente, en presentar la realidad con la inclusión de elementos fantásticos, sobrenaturales o maravillosos, que, sin embargo, no se perciben como tales, sino que se presentan como pertenecientes a la propia realidad, como reales. 6. ¿Qué significa la expresión «el boom de la novela hispanoamericana»? El boom de la novela hispanoamericana se da en los años sesenta. Es el momento en que la difusión de los grandes narradores hispanoamericanos se generaliza y se hace universal. En concreto, es el momento en que su influencia y su conocimiento en España se extienden, alcanzando un gran éxito y una gran popularidad. De hecho, este auge tuvo como consecuencia una larga y agria polémica con algunos escritores españoles, que menospreciaban la literatura hispanoamericana y consideraban que su éxito tenía en origen una bien planificada operación comercial. 198
7. ¿Conoces algún ensayista actual? Respuesta libre. Algunos nombres de ensayistas actuales son: Fernando Savater, José Antonio Marina, Luis Rojas Marcos, Carmen Martín Gaite, etc.
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 266 1. Lee el siguiente fragmento de Nada, de Carmen Laforet, y realiza un comentario: señala las sensaciones de la protagonista, la relación entre el mundo exterior y el mundo interior, la simbología existencial y el lenguaje empleado. ¡Cuántos días sin importancia! Los días sin importancia que habían transcurrido desde mi llegada me pesaban encima, cuando arrastraba los pies al volver de la Universidad. Me pesaban como una cuadrada piedra gris en el cerebro. El tiempo era húmedo y aquella mañana tenía olor a nubes y a neumáticos mojados... Las hojas lacias y amarillentas caían en una lenta lluvia desde los árboles. Una mañana de otoño en la ciudad, como yo había soñado durante años que sería en la ciudad el otoño: bello, con la naturaleza enredada en las azoteas de las casas y en los troles de los tranvías; y sin embargo, me envolvía la tristeza. Tenía ganas de apoyarme contra una pared con la cabeza entre los brazos, volver la espalda a todo y cerrar los ojos. ¡Cuántos días inútiles! Días llenos de historias, demasiadas historias turbias. Historias completas, apenas iniciadas e hinchadas ya como una vieja madera a la intemperie. Historias demasiado oscuras para mí. Su olor, que era el podrido olor de mi casa, me causaba cierta náusea [...] Todo el día había transcurrido como un sueño. Después de comer me senté, encogida, metidos los pies en unas grandes zapatillas de fieltro, junto al brasero de la abuela. Escuchaba el ruido de la lluvia. Los hilos del agua iban limpiando con su fuerza el polvo de los cristales del balcón. [...] No tenía ganas de moverme ni de hacer nada. El fragmento representa perfectamente la sensación de vacío existencial, del nihilismo vital que embarga a la protagonista causado por el entorno en el que se desenvuelve. Se refleja el hastío de los días en que no sucede «nada» significativo ni en su casa ni en la Universidad corroborado por el día de lluvia propio del otoño tendente a la tristeza anímica. Esas sensaciones físicas externas inciden en el espíritu del personaje quien percibe las sensaciones visuales, acústicas y olorosas como parte del estado anímico: la naturaleza enredada en las azoteas de las casas y en los troles de los tranvías; aquella mañana tenía olor a nubes y a neumáticos mojados; era el podrido olor de mi casa; Escuchaba el ruido de la lluvia. Pero todas esas sensaciones solo conducen a la tristeza y a la inacción: me envolvía la tristeza; No tenía ganas de moverme ni de hacer nada. Tan solo se limita a contemplar cómo la realidad transcurre a su alrededor como si se tratara de un sueño: Todo el día había transcurrido como un sueño. Estas sensaciones personales adquieren una simbología existencial en la que se representa la decadencia moral, el pesimismo y la desesperación que caracterizaron a los años posteriores a la guerra. Una realidad dolorosa de la que no se podía escapar. El fragmento está escrito en primera persona con un narrador autobiográfico, lo que permite al lector un acercamiento más profundo a las vivencias de la protagonista. El lenguaje es claro y sencillo, pero dotado de un hondo lirismo al mismo tiempo. Este carácter lírico es consecuencia del punto de vista narrativo: la narradora-protagonista recuerda sus emociones vividas a través de los mundos que le rodean. De ahí la correlación y el simbolismo existentes entre el mundo exterior y el mundo interior de la protagonista.
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2. Lee detenidamente el siguiente texto de La colmena, de Camilo José Cela: Victorita, a la hora de la cena, riñó con la madre. —¿Cuándo dejas a ese tísico? ¡Anda, que lo que vas a sacar tú de ahí! —Yo saco lo que me da la gana. —Sí, microbios y que un día te hinche el vientre. —Yo ya sé lo que me hago, lo que me pase es cosa mía. —¿Tú? ¡Tú que vas a saber! Tú no eres más que una mocosa que no sabe de la misa la media. —Yo sé lo que necesito. —Sí, pero no lo olvides; si te deja en estado, aquí no pisas. Victorita se puso blanca. —¿Eso es lo que te dijo la abuela? La madre se levantó y le pegó dos tortas con toda su alma. Victorita ni se movió. —¡Golfa! ¡Mal educada! ¡Que eres una golfa! ¡Así no se le habla a una madre! Victorita se secó con el pañuelo un poco de sangre que tenía en los dientes. —Ni a una hija tampoco. Si mi novio está malo, bastante desgracia tiene para que tú estés todo el día llamándole tísico. Victorita se levantó de golpe y salió de la cocina. El padre había estado callado todo el tiempo. —¡Déjala que se vaya a la cama! ¡Tampoco hay derecho a hablarla así! ¿Que quiere a ese chico? Bueno, pues déjala que lo quiera, cuanto más le digas va a ser peor. Además, ¡para lo que va a durar el pobre! Desde la cocina se oía un poco el llanto entrecortado de la chica, que se había tumbado encima de la cama. —¡Niña, apaga la luz! Para dormir no hace falta luz. Victorita buscó a tientas la pera de la luz y la apagó. a) Resume esta secuencia. ¿Qué pretende transmitir el autor? ¿Qué sensaciones produce en el lector? La secuencia presenta una disputa entre Victorita y su madre, quien le recrimina que su novio sea tísico y esté enfermo. El objetivo del autor es ofrecernos un retrato de la miseria material y espiritual de la posguerra madrileña y consigue que el lector perciba la tristeza y la desolación de esa época. b) Analiza la técnica narrativa. ¿Qué predomina: el diálogo o la narración? ¿El narrador interviene mucho y comenta la acción o se limita a relatar lo imprescindible? ¿En qué persona narra? ¿En qué estilo se introducen los diálogos? El narrador utiliza la tercera persona y, en esta secuencia, interviene muy poco, apenas para señalar las acciones de los personajes, descargando el peso de la narración en el diálogo en estilo directo. c) Realiza un estudio de los diálogos. ¿Hay un intento de reflejar el habla coloquial? Señala ejemplos de rasgos de nivel coloquial: oraciones incompletas, ordenación subjetiva, predominio de oraciones exclamativas e interrogativas, abundancia de frases hechas, etc. En efecto, hay un notable esfuerzo por reproducir el habla coloquial. Las oraciones presentan numerosas elipsis (por ejemplo, Sí, microbios y que un día te hinche el vientre); abundan las oraciones exclamativas que reflejan la violencia de los diálogos, así como los vocativos; la ordenación subjetiva de los elementos gramaticales es constante (Si mi novio está malo, bastante desgracia tiene para que tú estés todo el día llamándole tísico); y no faltan expresiones y frases hechas propias del lenguaje familiar: lo que vas a sacar tú de ahí, que te hinche el vientre, mocosa que no sabe de la misa la media.
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d) Esta secuencia sirve como ejemplo del clima social, moral y económico de la posguerra. ¿Qué intereses mueven a los personajes? ¿Qué prejuicios morales los dominan? ¿Dónde se aprecia la mezquindad de la situación económica? La secuencia refleja varios aspectos de la sociedad de posguerra. Podemos ver en este fragmento la obsesión por la economía (¡Niña, apaga la luz! Para dormir no hace falta luz), los efectos de la pobreza en la salud del novio de Victorita, los prejuicios morales ante la posibilidad de que la joven se quede embarazada y la imposición de la moral de los padres por medio de la violencia.
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 267 3. Lee el siguiente texto perteneciente a la novela El Jarama, de Rafael Sánchez Ferlosio y responde a las preguntas que se formulan a continuación. Desde el suelo veía la otra orilla, los páramos del fondo y los barrancos ennegrecidos, donde la sombra crecía y avanzaba invadiendo las tierras, ascendiendo las lomas, matorral a matorral, hasta adensarse por completo; parda, esquiva y felina oscuridad, que las sumía en acecho de alimañas. Se recelaba un sigilo de zarpas, de garras y de dientes escondidos, una noche olfativa, voraz y sanguinaria, sobre el pavor de indefensos encames maternales; campo negro, donde el ojo del cíclope del tren brillaba como el ojo de una fiera. —Bueno, cuéntame algo. Aún había muchos grupos de gente en la arboleda; se oía en lo oscuro la musiquilla de una armónica. Era una marcha lo que estaba tocando, una marcha alemana, de cuando los nazis. —Anda, cuéntame algo, Tito. —Que te cuente, ¿el qué? —Hombre, algo, lo que se te ocurra, mentiras, me da igual. Algo que sea interesante. —¿Interesante? Yo no sé contar nada, qué ocurrencia. ¿De qué tipo? ¿Qué es lo interesante para ti, vamos a ver? —Tipo aventuras, por ejemplo, tipo amor. —¡Huy, amor! —sonreía, sacudiendo los dedos—. ¡No has dicho nada! ¿Y de qué amor? Hay muchos amores distintos. —De los que tú quieras. Con que sea emocionante. —Pero si no sé relatar cosas románticas, mujer, ¿de dónde quieres que lo saque? Eso, mira, te compras una novela. —¡Bueno! Hasta aquí estoy ya de novelas, hijo mío. Ya está bien de novelas, ¡bastantes me tengo leídas! Además es ahora, ¿qué tiene que ver?, que me contaras tú algún suceso llamativo, aquí, en este rato. Tito estaba sentado, con la espalda contra el tronco; miró al suelo, hacia el bulto de Lucita, tumbada a su izquierda; apenas le entreveía lo blanco de los hombros, sobre la lana negra del bañador, y los brazos unidos por detrás de la nuca. —¿Y quieres que yo sepa contarte lo que no viene en las novelas? —le dijo—. ¿Qué me vas a pedir?, ¿ahora voy a tener más fantasía que los que redactan? ¡Entonces no estaba yo despachando en un comercio, vaya chiste! —Por hacerte hablar, ¿qué más da?, no cuentes nada. Pues todas traen lo mismo, si vas a ver, tampoco se estrujan los sesos, unas veces te la ponen a Ella rubia y a Él moreno, y otras sale Ella de morena y Él de rubio; no tienen casi más variación. a) ¿En qué dos partes se estructura el texto? ¿Cómo es la actitud del narrador en ellas? ¿Qué diferencia de estilo existe entre ambas? Menciona algunos recursos literarios empleados por el narrador en la primera parte. En este fragmento se nos presenta la personalidad de los personajes, Tito y Lucita, al mismo tiempo que escuchamos la voz del narrador, quien expresa su visión del marco en el que se desarrollan los acontecimientos. Por esta razón el fragmento se estructura en dos partes que constituyen a su vez dos planos literarios: el plano poético y el plano real. El plano poético corresponde a la descripción de la naturaleza y el plano real a la situación en que dialogan los dos personajes. 201
El plano poético lo constituye la voz del narrador-observador y se presenta la visión lírica y subjetiva de la naturaleza. Mediante su sensibilidad percibe el mundo físico que rodea a los personajes. La naturaleza es presentada como un ser vivo misterioso y enigmático que adquiere un simbolismo fatalista sobre el devenir de los acontecimientos. El plano real aparece en las voces de los personajes, que representan la visión prosaica de la realidad. La presencia de un narrador limitado frente al narrador omnisciente nos cambia el punto de vista de los acontecimientos. La tercera persona narrativa no nos informa de todo pues no sabe todo de los hechos ni de los personajes. Al desaparecer el narrador son los personajes los que se muestran directamente a través de sus diálogos. Sin embargo, el lirismo de la primera parte inunda de recursos literarios la descripción del ambiente. La descripción esteticista posee una gran carga subjetiva y se caracteriza por su técnica impresionista por medio de recursos que sugieren la muerte y la destrucción y que presagian acontecimientos trágicos. Esta sensación de tensión emocional y fatalidad se consigue por medio de: personificaciones (la sombra crecía y avanzaba invadiendo las tierras, ascendiendo las lomas), enumeraciones de cualidades (parda, esquiva y felina oscuridad), metáforas (el ojo del cíclope del tren), comparaciones (el ojo del cíclope del tren brillaba como el ojo de una fiera), aliteraciones (Se recelaba un sigilo de zarpas, de garras y de dientes escondidos), adjetivos valorativos (indefensos encames maternales), repeticiones de sintagmas (invadiendo las tierras, ascendiendo las lomas) y palabras connotadas (sigilo de zarpas, de garras y de dientes escondidos). b) ¿Sobre qué conversan los personajes del texto? ¿Cómo es el registro empleado: culto o coloquial? Los personajes no hablan sobre nada trascendente pues se trata de entablar un diálogo trivial, sin complejidades ni pensamientos profundos. Ella le pide que le cuente algo y él expresa su incapacidad para contar cualquier historia. El registro empleado es coloquial como lo corroboran los siguientes rasgos del texto: -
Utilización de palabras comodín: Bueno, cuéntame algo. Expresiones de carácter informal: tipo aventuras, por ejemplo, tipo amor. El desorden oracional: Hasta aquí estoy ya de novelas. Uso de vocativos: hombre, mujer, hijo mío. Enunciados expresivos e interrogativos: ¿Y quieres que yo sepa contarte lo que no viene en las novelas? Interjecciones: ¡huy! ¡bueno! Léxico sencillo y frases hechas: vaya chiste; tampoco se estrujan los sesos.
c) ¿Qué dejan entrever sus diálogos sobre su personalidad y sus vidas? Señala expresiones que justifiquen tu respuesta. ¿Qué simbolismo adquiere esta conversación respecto a la realidad del momento? A través de las palabras de Tito y Lucita se nos muestran unos seres triviales y vulgares que son incapaces de escapar del mundo vacío y absurdo en el que viven y de soñar con mundos diferentes: Pero si no sé relatar cosas románticas, mujer, ¿de dónde quieres que lo saque? La monotonía de la conversación y su simpleza simbolizan una realidad insulsa y opresiva que invade a todos los seres que pululan sin rumbo fijo por ella: ¿ahora voy a tener más fantasía que los que redactan? ¡Entonces no estaba yo despachando en un comercio, vaya chiste!
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ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 271 1. Aquí tienes un fragmento de la novela Tiempo de silencio de Luis Martín-Santos. Pedro, el protagonista, ha sido encerrado en una celda, acusado de la muerte de Florita. ¿Qué técnica utiliza el autor para reproducir los pensamientos del personaje? ¿Por qué emplea oraciones breves? ¿Qué pretende conseguir con las reiteraciones? El destino fatal. La resignación. Estar aquí quieto el tiempo que sea necesario. No moverse. Aprender a estar mirando un punto de la pared hasta ir, poco a poco, concentrándose en un vacío sin pensamiento. Relajación autógena. Yoga. Estar tendido quieto. Tocar la pared despacio con una mano. Relax. Dominar la angustia. Pensar despacio. Saber que no pasa nada grave, que no hay más que esperar en silencio, que no puede pasar nada grave, hasta que el nudo se deshaga igual que se ha hecho. Estar tranquilo. Sentirse tranquilo. Llegar a encontrar refugio en la soledad, en la protección de las paredes. En la misma inmovilidad. No se está mal. No se está tan mal. Para qué pensar. No hay más que estar quieto. No pensar en nada. Llegar a hacer como si fuera un deseo propio estar quieto. Como si el estar aquí quieto, escondido, fuera un deseo o un juego. Estar escondido todo el tiempo que quiera. Estar quieto todo el tiempo necesario. Aquí, mientras estoy quieto, no me pasa nada. La técnica de este fragmento es la técnica del monólogo interior. Las oraciones breves, cortadas de modo tajante, tratan de reproducir la dinámica de los pensamientos de Pedro encerrado en una celda. El personaje trata de dominar su angustia, su terror, a base de la reiteración de palabras y de pensamientos tranquilizadores que consigan calmarle. Pero percibimos a través de esa reiteración la fragilidad de su convencimiento: el monólogo interior revela el combate entre la conciencia racional y el miedo irracional que el protagonista trata de controlar. 2. Lee el siguiente fragmento de Señas de identidad de Juan Goytisolo. Al final de la novela, Álvaro, el protagonista, sube al castillo de Montjuic. Lee lo que ve allí y analiza el texto, siguiendo las preguntas que te formulamos. te colaste por una poterna abierta en el lienzo de la fachada y por un corredor iluminado con lamparillas de luz indirecta desembocaste en lo que fuera patio de armas de la abolida fortaleza militar [...] en el centro en medio de un cuadrado de césped señalado por cuatro mojones un zócalo sobrio realzaba la estatua ecuestre de un guerrero en bronce regalo de la Ciudad eso decía la lápida a su Caudillo Libertador buscaste refugio a la sombra de los pórticos los turistas discurrían en grupos compactos hacia el museo del Ejército fotografiaban la estatua ecuestre se aglomeraban a la entrada de las tiendas de souvenirs hacían girar los torniquetes de tarjetas postales visitaban el almacén de Antigüedades Heráldica Soldados de Plomo ENTRADA LIBRE ENTRÉE LIBRE FREE ENTRANCE EINTRITT FREI el cartel anunciador de una corrida de toros atrajo bruscamente tu atención SOUVENIR DE ESPAÑA
SOUVENIR DE ESPAÑA
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Plaza de Toros Monumental Grandiosa corrida de toros 6 Hermosos y Bravos Toros 6 con la divisa rosa y verde de la renombrada ganadería de Don Baltasar Iban de Madrid para los grandes espadas LUIS MIGUEL DOMINGUÍN ICI VOTRE NOM — HERE, YOUR NAME — HIER, IHRE NAMEN ANTONIO ORDÓÑEZ con sus correspondientes cuadrillas Amenizará el espectáculo la Banda «La popular Sansense» a) ¿Qué persona narrativa se emplea para relatar los hechos? ¿Qué efecto se consigue con ella? La persona narrativa empleada es la segunda persona: te colaste por una poterna abierta… El uso de ese punto de vista nos sitúa ante una novela que recoge las novedades técnicas de la narrativa europea y americana. El narrador consigue un efecto de desdoblamiento: al hablar de un tú, que es en realidad, un yo, muestra un personaje dividido, escindido, en consonancia con la crisis espiritual del protagonista, Álvaro Mendiola. b) ¿Qué hay de llamativo en la disposición tipográfica de la narración? ¿Por qué ha prescindido el autor de los signos de puntuación para enlazar las oraciones? Explica por qué podemos hablar de técnica del collage en este fragmento. ¿Cuál es la intención del autor al reproducir los carteles? La narración adopta, en este fragmento, una disposición tipográfica cercana a la de la poesía, con el sangrado de versículos largos. La ausencia de signos de puntuación (otro rasgo de la modernidad narrativa de Señas de identidad) sirve para reflejar de modo más adecuado el fluir de la conciencia del personaje y el trasvase continuo entre sus pensamientos y lo que ve a su alrededor. La técnica del collage se manifiesta en la reproducción del cartel de entrada a la tienda de souvenirs y del que anuncia la corrida de toros, pero que deja un nombre vacío para que el turista pueda poner el suyo. La intención es irónica: los turistas tienen un conocimiento tópico y falso de lo que es España.
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 272 3. Realiza un comentario del siguiente texto perteneciente a La verdad sobre el caso Savolta de Eduardo Mendoza. ¿Qué tipo de texto se reproduce para informar de los acontecimientos? ¿De qué hechos se habla? ¿A qué periodo remiten los acontecimientos de la novela? JUEZ DAVIDSON.—En el periodo que siguió al atentado contra Lepprince, ¿se repitieron las tentativas de darle muerte? MIRANDA.—No. JUEZ DAVIDSON —¿Es dable pensar que los terrorista renunciasen tan pronto a su venganza? MIRANDA.—No lo sé. JUEZ DAVIDSON —No parece ser esa su táctica, según mis informaciones. MIRANDA.—He dicho que no lo sé. JUEZ DAVIDSON —Siguiendo con los informes que obran en mi poder, a lo largo de 1918 se produjeron en Barcelona ochenta y siete atentados de los llamados «sociales», cuyo balance de víctimas es el siguiente: patronos muertos, 4; heridos, 9; obreros y encargados muertos, 11; heridos, 43. Esto sin contar los daños materiales causados por los numerosos incendios y explosiones dinamiteras. En mayo se produce un saqueo masivo de tiendas de comestibles que se prolonga por varios días y que solo la declaración del estado de guerra pudo contener. MIRANDA.—Eran años de crisis, indudablemente. JUEZ DAVIDSON —¿Y no le parece raro que, dadas las características de aquellos meses, no se repitieran los atentados contra Lepprince? MIRANDA.—No lo sé. No creo que importe mi opinión al respecto. 204
El texto adopta una determinada forma: la transcripción de los diálogos entre el Juez Davidson y el acusado Javier Miranda, protagonista de La verdad sobre el caso Savolta. Este juicio, celebrado años después de los acontecimientos principales de la novela, remite a la situación de violencia reinante en Barcelona durante las primeras décadas del siglo XX y, más concretamente, en 1918: asesinatos, huelgas, represión. El fragmento es significativo del uso en la narrativa moderna de textos de diferente naturaleza de la propiamente novelística. 4. Uno de los aspectos más relevantes de la evolución de la narrativa en los últimos años es la proliferación y calidad de las novelas escritas por mujeres. Las pioneras fueron algunas mujeres vinculadas inicialmente a la narrativa de los años cincuenta, como Ana Mª Matute y Carmen Martín Gaite. Esta última alcanzó sus más grandes éxitos en la década de los noventa. A su novela Lo raro es vivir (1996) pertenece el siguiente fragmento. Léelo y comenta sus características temáticas y estilísticas. A mí, cuando viajo en metro, siempre me da por pensar mucho, pero además con chasquidos de alto voltaje, relámpagos que generan preguntas sin respuesta y desembocan en la propia pérdida, en los tramos umbríos de ese viaje interior donde se acentúa la desconexión entre la lógica y los terrores. Desde niña lo supe y me dio miedo, pero también me gustaba; claro que entonces el desamparo de sentirme viva entre desconocidos quedaba paliado por la referencia incondicional a quien, además de servirme de eslabón, sabía mucho de viajes subterráneos: mi madre. Yo a esos viajes en metro los llamaba «bajar al bosque», aunque no supe hasta más tarde que aquella metáfora, como todas, tenía poder para conquistar otros territorios. No sabía lo que era una metáfora, pero inventaba muchas, como todos los niños un poco listos. Más adelante, en mi etapa de jovencita desafiante, bajaba al metro como quien acepta una invitación arriesgada, a sabiendas de que los recorridos subterráneos nunca son inocentes y te acaban liando. Desde hace unos diez años evito este medio de locomoción urbana y prefiero andar por la superficie. Dicen que ahora el metro es muy peligroso en las ciudades grandes, pero no es por eso, también evito bajar al bosque en general, a todos los bosques que proliferaron insensible y progresivamente a partir de aquella primera metáfora infantil. En este fragmento, relatado en primera persona, la narradora evoca su relación con los viajes en metro. Es un texto intimista, que desvela los miedos y emociones de la niña que bajaba al bosque y recorría los túneles en una especie de viaje interior. Después, analiza la diferente impresión de la joven al viajar en metro (a sabiendas de que los recorridos subterráneos nunca son inocentes y te acaban liando) y la renuncia de la mujer madura a los viajes subterráneos. Así pues, la relación de la narradora con el metro constituye una simple excusa para confesar las distintas etapas de su descenso a los viajes interiores, intensos y emocionantes cuando niña, y evitables en la edad adulta.
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 273 5. Lee el siguiente fragmento de la novela Soldados de Salamina, de Javier Cercas y responde a las preguntas que se formulan más abajo. Entonces lo ve. Está de pie junto a la hoya, alto y corpulento y recortado contra el verde oscuro de los pinos y el azul oscuro de las nubes, jadeando un poco, las manos grandes aferradas al fusil terciado y el uniforme de campaña profuso de hebillas y raído de intemperie. Presa de la anómala resignación de quien sabe que su hora ha llegado, a través de sus gafas de miope enteladas de agua Sánchez Mazas mira al soldado que lo va a matar o va a entregarlo —un hombre joven, con el pelo pegado al cráneo por la lluvia, los ojos tal vez grises, las mejillas chupadas y los pómulos salientes— y lo recuerda o cree recordarlo entre los soldados harapientos que le vigilaban en el monasterio. Lo reconoce o cree reconocerlo, pero no le alivia la idea de que vaya a ser él y no un agente del SIM quien lo redima de la agonía inacabable del miedo, y lo humilla como una injuria añadida a las injurias de esos años de prófugo no haber muerto junto a sus compañeros de cárcel o no haber sabido hacerlo a campo abierto y a pleno sol y peleando con un coraje del que carece, en vez de ir a hacerlo 205
ahora y allí, embarrado y solo y temblando de pavor y de vergüenza en un agujero sin dignidad. Así, loca y confusa la encendida mente, aguarda Rafael Sánchez Mazas —poeta exquisito, ideólogo fascista, futuro ministro de Franco— la descarga que ha de acabar con él. Pero la descarga no llega, y Sánchez Mazas, como si ya hubiera muerto y desde la muerte recordara una escena de sueño, observa sin incredulidad que el soldado avanza lentamente hacia el borde de la hoya entre la lluvia que no cesa y el rumor de acecho de los soldados y los carabineros, unos pasos apenas, el fusil apuntándole sin ostentación, el gesto más indagador que tenso, como un cazador novato a punto de identificar a su primera presa, y justo cuando el soldado alcanza el borde de la hoya traspasa el rumor vegetal de la lluvia un grito cercano: —¿Hay alguien por ahí? El soldado le está mirando; Sánchez Mazas también pero sus ojos deteriorados no entienden lo que ven: bajo el pelo empapado y la ancha frente y las cejas pobladas de gotas la mirada del soldado no expresa compasión ni odio, ni siquiera desdén, sino una especie de secreta o insondable alegría, algo que linda con la crueldad y se resiste a la razón pero tampoco es instinto, algo que vive en ella con la misma ciega obstinación con que la sangre persiste en sus conductos y la tierra en su órbita inamovible y todos los seres en su terca condición de seres, algo que elude a las palabras como el agua del arroyo elude a la piedra, porque las palabras solo están hechas para decirse a sí mismas, para decir lo decible, es decir todo excepto lo que nos gobierna o hace vivir o concierne o somos o es este soldado anónimo y derrotado que ahora mira a ese hombre cuyo cuerpo casi se confunde con la tierra y el agua marrón de la hoya, y que grita con fuerza al aire sin dejar de mirarlo: —¡Aquí no hay nadie! Luego da media vuelta y se va. a) ¿Qué personajes aparecen en el texto? ¿En qué situación se encuentran? Aparecen dos personajes: Rafael Sánchez Mazas y un soldado. Sánchez Mazas había huido de los soldados enemigos, quienes lo buscaban por el bosque. Está escondido en un hoyo cuando un soldado lo encuentra y lo apunta con su fusil. El final de Sánchez Mazas parece inminente. Pero otro compañero le pregunta al soldado si había visto algo por donde él se encontraba y este le responde que no y, a continuación se marcha sin delatar a Sánchez Mazas. b) ¿En qué suceso de la historia de España crees que está ambientado el episodio? ¿A qué tendencia temática de la narrativa actual pertenece esta novela? ¿Es una novela de carácter realista? Busca información sobre ella y justifica tu respuesta. Esta historia se ambienta en la Guerra Civil española. Por tanto, el relato se encuadraría dentro de las novelas de ambientación histórica y las de carácter testimonial. Es un tipo de novela realista porque pretende representar la realidad como si así hubiera sucedido verdaderamente. El título de la novela Soldados de Salamina hace alusión a la famosa batalla de Salamina en la que la flota ateniense venció a la persa, aunque el argumento de la novela solo tenga que ver metafóricamente con este episodio histórico. Escrita en primera persona, es una novela testimonio y presenta su carácter de historia y ficción a la vez. El núcleo central de la novela es la figura de Rafael Sánchez Mazas, escritor e ideólogo de la Falange Española y colaborador de José Antonio Primo de Rivera, y en particular el episodio de cómo escapó de su fusilamiento. La Guerra Civil Española estaba acabando, y las tropas nacionales avanzaban hacia Cataluña. Las tropas republicanas se retiran, arrasando puentes y vías de comunicación para guarecer su retirada. Sánchez Mazas está preso en Barcelona y consigue escapar de un fusilamiento colectivo. Cuando salen en su busca, un soldado republicano le encuentra, le encañona pero le perdona la vida. Sánchez Mazas se esconde y consigue la ayuda de un grupo de payeses, a quienes a su vez él ayudará una vez acabada la guerra. El autor, Javier Cercas, se convierte en un personaje de su propia novela, apareciendo como un periodista que investiga este suceso pasado para escribir un libro.
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Cercas se obsesiona con la búsqueda del soldado que salvó la vida de Sánchez Mazas. Casualmente encuentra a un anciano llamado Miralles, que vive en Francia y que luchó con la República en la Guerra Civil, estuvo en Cataluña en el momento del fusilamiento de Sánchez Mazas, pasó a Francia y luchó con los Franceses Libres en la Guerra Mundial, siendo uno de los soldados españoles que liberó París. Cercas cree que Miralles podría ser el soldado que respetó la vida de Sánchez Mazas. El libro tiene un final abierto a ese respecto y el lector no sabe si Miralles salvó a Sánchez Mazas, si fue un soldado que estuvo en el mismo lugar al mismo tiempo o simplemente es un personaje ficticio creado por Cercas para poder tener un héroe. c) ¿Qué tipo de narrador se utiliza? ¿Qué consecuencias tiene en la presentación de la escena? ¿Aparece alguna digresión? ¿En qué tiempo verbal se relatan los acontecimientos? En este fragmento se utiliza un narrador omnisciente en tercera persona, pues sabe todo acerca de los acontecimientos y de los personajes: lo que piensan, lo que sienten. Este narrador es fundamental para entender la tensión narrativa de la escena pues de este modo conocemos el miedo y los pensamientos fugaces del personaje protagonista, Rafael Sánchez Mazas: su muerte inminente, la persona que lo va a matar, la vergüenza del modo en que va a morir, la humillación, etc. Además se incluyen pequeñas digresiones que acompañan a la información de los hechos: «Rafael Sánchez Mazas —poeta exquisito, ideólogo fascista, futuro ministro de Franco—». El relato se cuenta en presente de indicativo como si se tratara de una secuencia cinematográfica pues de este modo el lector vive más directamente la tensión de la situación presentada: horror, miedo, cobardía, vergüenza, muerte. Un momento breve se eterniza ante los ojos de Sánchez Mazas y el lector comparte la eternidad de esos momentos a través de las sensaciones del protagonista. 6. Por grupos, buscad información sobre las obras escritas por los autores citados en referencia a la novela desde la llegada de la democracia. Respuesta libre.
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 277 1. Lee con atención el siguiente fragmento del cuento Funes, el memorioso de Borges, perteneciente a su libro Ficciones y responde a las cuestiones que se formulan a continuación. Arribo, ahora, al más difícil punto de mi relato. Este (bueno es que ya lo sepa el lector) no tiene otro argumento que ese diálogo de hace ya medio siglo. No trataré de reproducir sus palabras, irrecuperables ahora. Prefiero resumir con veracidad las muchas cosas que me dijo Ireneo. El estilo indirecto es remoto y débil; yo sé que sacrifico la eficacia de mi relato; que mis lectores se imaginen los entrecortados periodos que me abrumaron esa noche. Ireneo empezó por enumerar, en latín y español, los casos de memoria prodigiosa registrados por la Naturalis historia: Ciro, rey de los persas, que sabía llamar por su nombre a todos los soldados de sus ejércitos; Mitrídates Eupator, que administraba la justicia en los 22 idiomas de su imperio; Simónides, inventor de la mnemotecnia; Metrodoro, que profesaba el arte de repetir con fidelidad lo escuchado una sola vez. Con evidente buena fe se maravilló de que tales cosas maravillaran. Me dijo que antes de que esa tarde lluviosa en que lo volteó el azulejo, él había sido lo que son todos los cristianos: un ciego, un sordo, un abombado, un desmemoriado. [...] Diecinueve años había vivido como quien sueña: miraba sin ver, oía sin oír, se olvidaba de todo, de casi todo. Al caer, perdió el conocimiento; cuando lo recobró, el presente era casi intolerable de tan rico y tan nítido, y también las memorias más antiguas y triviales. Poco después averiguó que estaba tullido. El hecho apenas le interesó. Razonó (sintió) que la inmovilidad era un precio mínimo. Ahora su percepción y su memoria eran infalibles. Nosotros, de un vistazo, percibimos tres copas en una mesa; Funes, todos los vástagos y racimos que comprende una parra. Sabía las formas de las nubes australes del amanecer del treinta de abril de mil ochocientos ochenta y dos y podía compararlas en el recuerdo con las vetas de un libro en 207
pasta española que solo había mirado una vez y con las líneas de la espuma que un remo levantó en el Río Negro la víspera de la acción del Quebracho. Esos recuerdos no eran simples; cada imagen visual estaba ligada a sensaciones musculares, térmicas, etc. Podía reconstruir todos los sueños, todos los entresueños. Dos o tres veces había reconstruido un día entero; no había dudado nunca, pero cada reconstrucción había requerido un día entero. Me dijo: Más recuerdos tengo yo solo que los que habrán tenido todos los hombres desde que el mundo es mundo. a) ¿En qué persona está narrado el relato? ¿En qué estilo transcribe el narrador el diálogo con Ireneo Funes? ¿Cuándo tuvo lugar este? La narración se efectúa en primera persona: el narrador evoca su diálogo con Ireneo Funes, ocurrido medio siglo antes y por eso emplea el estilo indirecto en su reproducción, pues la memoria de las palabras exactas se ha perdido. b) Funes ha quedado paralítico por un accidente, pero a cambio se ha producido un fenómeno extraordinario en él. ¿En qué consiste? Indica los ejemplos que elige el narrador para mostrar al lector la asombrosa memoria del personaje. ¿El lenguaje es culto o coloquial? El hecho maravilloso del relato es que Ireneo ha adquirido una capacidad mnemotécnica asombrosa: su memoria se ha convertido en una facultad capaz de retener absolutamente todo. Ejemplos de ello se encuentran a lo largo del tercer párrafo: Borges escoge ejemplos variados (los vástagos y racimos de una parra, las formas de las nubes australes, un libro, las líneas de la espuma de un remo) y sorprendentes para reforzar en el lector lo extraordinario y mágico de la memoria de Funes. La erudición de Borges aparece al inicio del segundo párrafo, cuando Ireneo enumera los casos de personas con memorias prodigiosas que se encuentran en la Historia. El nivel lingüístico empleado es culto. Ejemplos de argentinismos son los siguientes: voltear, abombado. 2. Lee el capítulo 7 de Rayuela, de Julio Cortázar, que te reproducimos a continuación y analiza sus características temáticas y estilísticas. Toco tu boca, con un dedo toco el borde de tu boca, voy dibujándola como si saliera de mi mano, como si por primera vez tu boca se entreabriera, y me basta cerrar los ojos para deshacerlo todo y recomenzar, hago nacer cada vez la boca que deseo, la boca que mi mano elige y te dibuja en la cara, una boca elegida entre todas, con soberana libertad elegida por mí para dibujarla con mi mano en tu cara, y que por un azar que no busco comprender coincide exactamente con tu boca que sonríe por debajo de la que mi mano te dibuja. Me miras, de cerca me miras, cada vez más de cerca y entonces jugamos al cíclope, nos miramos cada vez más de cerca y los ojos se agrandan, se acercan entre sí, se superponen y los cíclopes se miran, respirando, confundidos, las bocas se encuentran y luchan tibiamente, mordiéndose con los labios, apoyando apenas la lengua en los dientes, jugando en sus recintos donde un aire pesado va y viene con un perfume viejo y un silencio. Entonces mis manos buscan hundirse en tu pelo, acariciar lentamente la profundidad de tu pelo mientras nos besamos como si tuviéramos la boca llena de flores o de peces, de movimientos vivos, de fragancia oscura. Y si nos mordemos el dolor es dulce, y si nos ahogamos en un breve y terrible absorber simultáneo del aliento, esa instantánea muerte es bella. Y hay una sola saliva y un solo sabor a fruta madura, y yo te siento temblar contra mí como una luna en el agua. El capítulo 7 de Rayuela acerca la narración a la poesía, podríamos hablar en él de una prosa lírica o poética. El tema es el beso de los amantes: Cortázar utiliza una perspectiva muy cercana (podríamos hablar de un primer plano) para transmitirnos las sensaciones y las emociones del beso. La prosa adquiere un ritmo musical, con oraciones largas y aliteraciones (toco, boca) y repeticiones de palabras frecuentes (boca, manos, ojos). Las comparaciones (como una luna en el agua), las metáforas (los cíclopes, la boca llena de flores o de peces), las anáforas y los paralelismos, contribuyen a hacer de este fragmento narrativo un poema imaginativo, sensual y tierno.
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ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 278 3. Lee y resume el siguiente fragmento de Cien años de soledad, de Gabriel García Márquez. ¿Qué hay en este texto que pueda justificar la denominación de «realismo mágico»? A pesar de que el coronel Aureliano Buendía seguía creyendo y repitiendo que Remedios, la bella, era en realidad el ser más lúcido que había conocido jamás, y que lo demostraba a cada momento con su asombrosa habilidad para burlarse de todos, la abandonaron a la buena de Dios. Remedios, la bella, se quedó vagando por el desierto de la soledad, sin cruces a cuestas, madurándose en sus sueños sin pesadillas, en sus baños interminables, en sus comidas sin horarios, en sus hondos y prolongados silencios sin recuerdos, hasta una tarde de marzo en que Fernanda quiso doblar en el jardín sus sábanas de bramante, y pidió ayuda a las mujeres de la casa. Apenas habían empezado, cuando Amaranta advirtió que Remedios, la bella, estaba transparentada por una palidez intensa. —¿Te sientes mal? —le preguntó. Remedios, la bella, que tenía agarrada la sábana por el otro extremo, hizo una sonrisa de lástima. —Al contrario, nunca me he sentido mejor. Acabó de decirlo, cuando Fernanda sintió que un delicado viento de luz le arrancó las sábanas de las manos y las desplegó en toda su amplitud. Amaranta sintió un temblor misterioso en los encajes de sus polleritas y trató de agarrarse de la sábana para no caer, en el instante en que Remedios, la bella, empezaba a elevarse. Úrsula, ya casi ciega, fue la única que tuvo serenidad para identificar la naturaleza de aquel viento irreparable, y dejó las sábanas a merced de la luz, viendo a Remedios, la bella, que le decía adiós con la mano, entre el deslumbrante aleteo de las sábanas que subían con ella, que abandonaban con ella el aire de los escarabajos y las dalias, y pasaban con ella a través del aire donde terminaban las cuatro de la tarde, y se perdieron con ella para siempre en los altos aires donde no podían alcanzarla ni los más altos pájaros de la memoria. El fragmento relata la ascensión de Remedios, la bella, a los cielos. Este personaje, que ya en las páginas anteriores ha mostrado comportamientos extraordinarios, culmina su vida con esa ascensión a los cielos: un acontecimiento mágico o fantástico, que es relatado con la misma perspectiva que si fuese verosímil o real. 4. En este fragmento de La casa verde, de Mario Vargas Llosa, dos personajes que navegan en una barca por el Amazonas —Aquilino y el japonés Fushía— evocan un episodio de la vida de este: la fuga de la cárcel con Chango e Iricuo, dos delincuentes. Vargas Llosa mezcla dos tiempos distintos empleando la técnica del diálogo telescópico para pasar de uno a otro. ¿En qué consiste esta técnica? La última intervención de Fushía, ¿a cuál de los dos tiempos pertenece? —Pero eso ya me lo contaste al salir de la isla, Fushía —dijo Aquilino—. Yo quiero que me digas cómo fue que te escapaste. —Con esta ganzúa —dijo Chango—. La hizo Iricuo con el alambre del catre. La probamos y abre la puerta sin hacer ruido. ¿Quieres ver, japonesito? Chango era el más viejo, estaba allí por cosas de drogas, y trataba a Fushía con cariño. Iricuo, en cambio, siempre se burlaba de él. Un bicho que había estafado a mucha gente con el cuento de la herencia, viejo. Él fue el que hizo el plan. —¿Y resultó tal cual, Fushía? —dijo Aquilino. —Tal cual —dijo Iricuo—. ¿No ven que en Año Nuevo todos se mandan mudar? Solo ha quedado uno en el pabellón, hay que quitarle las llaves antes que las tire al otro lado de la reja. Depende de eso, muchachos. —Abre de una vez, Chango —dijo Fushía—. Ya no aguanto, Chango, ábrela. —Tú deberías quedarte, japonesito —dijo Chango—. Un año se pasa rápido. Nosotros no perdemos nada, pero si falla tú te arruinas, te darán un par de años más. Pero él se empeñó y salieron y el pabellón estaba vacío. Encontraron al guardián durmiendo junto a la reja, con una botella en la mano. 209
—Le di con la pata del catre y se vino al suelo —dijo Fushía—. Creo que lo maté, Chango. —Vuela, idiota, ya tengo las llaves —dijo Iricuo—. Hay que cruzar el patio corriendo. ¿Le sacaste la pistola? —Déjame pasar primero —dijo Chango—. Los de la principal también andarán borrachos como éste. —Pero estaban despiertos, viejo —dijo Fushía—. Eran dos y jugaban a los dados. Qué ojazos pusieron cuando entramos. El texto mezcla dos tiempos diferentes: por un lado, el tiempo en que Aquilino y Fushía navegan por el Amazonas y por otro, la fuga de Fushía de una cárcel, ocurrida tiempo atrás. Vargas Llosa utiliza la técnica del diálogo telescópico, es decir, la mezcla de diálogos pertenecientes a los dos tiempos distintos. La técnica consiste en aprovechar las palabras de una intervención para saltar en el tiempo a otra; por ejemplo, en la primera intervención Aquilino pregunta a Fushía cómo se escapó, pero la respuesta es un diálogo en el otro tiempo, en el que Chango, uno de los componentes de la fuga, explica a Fushía cómo se van a escapar. Así, se puede comprender que la última intervención de Fushía pertenece al momento en que navega con Aquilino.
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 281 1. A continuación, te presentamos dos textos ensayísticos de autores posteriores a la Guerra Civil. Analiza cada uno de los textos desde el punto de vista temático y formal. La forma más genérica de inmoralidad consiste en perder, echar a perder, destruir o anular las posibilidades de cada edad. La primera de ellas es la infancia, y se va viendo, cada vez más, que es decisiva, y condicionante de las posteriores. El niño es persona desde su nacimiento —o acaso antes—; vive al principio en absoluta dependencia de los adultos, que va disminuyendo poco a poco. En esa fase se establecen las relaciones personales, y a la vez va entrando en un mundo de usos y normas, relativamente impersonal. La niñez que goza de eso y se enriquece con ello es «moral», se ajusta a lo que la verdad de esa primera edad reclama. Si el niño, en cambio, «consiente» al mimo, al capricho, al malhumor, a la imposición del «poder» sobre los mayores; o si, por el contrario, se deja limitar excesivamente por las normas y regulaciones; si se pliega a lo que se cree que se «espera » de él, o lo finge; si no juega a hacer travesuras, refrenando sus deseos y apetencias, en todos estos casos desliza una inmoralidad vital en su conducta, es infiel a su condición de niño, compromete la función y el valor de esa edad insustituible que es la niñez. Los límites entre ella y la juventud son vagos y variables. La rapidez de los cambios en los primeros años hace que la noción de «niño» sea imprecisa: dentro de ella caben diversas fases, casi «edades» por sí mismas. La «salida» de la niñez es sobre todo el desprendimiento de las formas que han configurado la vida hasta cierto momento. Ser joven es pretender vivir desde sí mismo, liberándose del sistema de interpretaciones, ideas, valoraciones, afectos, procedentes de la familia o de la escuela. Esa «declaración de independencia» es esencial, su ausencia es inmoral, un temor o al menos resistencia a entrar en esa nueva edad que es la juventud. JULIÁN MARÍAS: Tratado de lo mejor. La moral y las formas de la vida. Lo de saber vivir no resulta tan fácil porque hay diversos criterios opuestos respecto a qué debemos hacer. En matemáticas o geografía hay sabios e ignorantes, pero los sabios están casi siempre de acuerdo en lo fundamental. En lo de vivir, en cambio, no hay opiniones unánimes. Si uno quiere llevar una vida emocionante, puede dedicarse a los coches de fórmula uno o al alpinismo; pero si se prefiere una vida segura y tranquila, será mejor buscar las aventuras en el videoclub de la esquina. Algunos aseguran que lo más noble es vivir para los demás y otros señalan que lo más útil es lograr que los demás vivan para uno. Según ciertas opiniones lo que cuenta es ganar dinero y nada más, mientras que otros arguyen que el dinero sin salud, tiempo libre, afecto sincero o serenidad de ánimo no vale nada. Médicos respetables indican que renunciar al tabaco y al alcohol es un medio seguro de alargar la vida, a lo que responden fumadores y borrachos que con tales privaciones a ellos desde luego la vida se les haría mucho más larga. 210
En lo único que a primera vista todos estamos de acuerdo es en que no estamos de acuerdo con todos. Pero fíjate que también estas opiniones distintas coinciden en otro punto: a saber, que lo que vaya a ser nuestra vida es, al menos en parte, resultado de lo que quiera cada cual. Si nuestra vida fuera algo completamente determinado y fatal, irremediable, todas estas disquisiciones carecerían del más mínimo sentido. Nadie discute si las piedras deben caer hacia arriba o hacia abajo: caen hacia abajo y punto. Los castores hacen presas en los arroyos y las abejas panales de celdillas hexagonales: no hay castores a los que tiente hacer celdillas de panal, ni abejas que se dediquen a la ingeniería hidráulica. En su medio natural, cada animal parece saber perfectamente lo que es bueno y lo que es malo para él, sin discusiones ni dudas. No hay animales malos ni buenos en la naturaleza, aunque quizá la mosca considere mala a la araña que tiende su trampa y se la come. Pero es que la araña no lo puede remediar... FERNANDO SAVATER: Ética para Amador. El texto de Julián Marías habla de la existencia de unos principios morales en cada una de las etapas de la vida y que se basan principalmente en el aprovechamiento de las necesidades vitales de cada una de esas fases. En concreto, dentro de la infancia, considera moral que un niño crezca y se desarrolle amparado en la dependencia de los adultos. Sin embargo, los límites que llevan a la inmoralidad son superados cuando el niño actúa de un modo caprichoso y despótico como abuso de esa dependencia o se comporta como un adulto temeroso de las consecuencias por miedo a las normas impuestas. Además, el tránsito de la niñez a la juventud no tiene una delimitación clara; esta se establece desde el momento en que el joven asume su declaración de independencia respecto a las ataduras y limitaciones existentes durante la infancia. La forma de argumentar de Julián Marías se basa en la formulación teórica y en su posterior justificación por medio de reflexiones y de ejemplos. Los argumentos por oposición y por comparación son los más relevantes de este fragmento. Es un texto con un lenguaje claro, unos razonamientos sencillos y unas estructuras sintácticas simples que permiten comprender el procedimiento argumentativo del autor sin dificultades. El texto de Fernando Savater constituye una reflexión en torno a lo que las distintas personas entienden por saber vivir. Frente a los distintos gustos y actitudes, Savater defiende la parte que corresponde a la voluntad de cada uno en la consecución de una vida que merezca la pena de tal nombre, en contra de una concepción determinista. Savater recurre a la argumentación con ejemplos de tono humorístico o sacados del funcionamiento de la naturaleza para convencer al lector de sus opiniones. En su estilo, abundan las paradojas y juegos de palabras (... renunciar al tabaco y al alcohol es un medio seguro de alargar la vida... con tales privaciones a ellos la vida se les haría mucho más larga. En lo único que a primera vista todos estamos de acuerdo es que no estamos de acuerdo con todos).
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GALERÍA DE TEMAS Y PERSONAJES-PÁG. 283 ACTIVIDADES-La familia de Pascual Duarte, de Camilo José Cela 1. Analiza los rasgos de la personalidad de Pascual Duarte a través de su función narrativa: expresiones, comentarios, reflexiones. Respuesta libre. La personalidad de Pascual Duarte es muy compleja y resulta muy interesante su análisis psicológico y conductual: analfabetismo, violencia, cordura y racionalidad, impulsividad, patología violenta, comportamientos esquizoides, etc. 2. Busca en la novela ejemplos de: rasgos del género picaresco; momentos en que el destino trágico adquiere mayor presencia; el alcance existencial de la novela y conductas opuestas a lo largo del relato (bondad frente a maldad, ternura frente a violencia, compasión frente a odio). Respuesta libre. A lo largo de la novela se pueden percibir ejemplos de cada uno de los temas propuestos de un modo claro: autobiografismo y justificación de la situación presente frente al pasado; brutalidad existencial en la vida rural y familiar; las fases vitales del protagonista que le llevan a esos desequilibrios en su conducta, etc.
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TEST DE EVALUACIÓN-PÁG. 287 1. La familia de Pascual Duarte y Nada: a. Son dos novelas de la década de los cuarenta que dan testimonio de una existencia desoladora y conflictiva. b. Son dos novelas pertenecientes a escritores del exilio. c. Son dos novelas que participan del espíritu de exaltación del nuevo régimen. 2. Son características de la novela social de los años cincuenta: a. La ausencia de compromiso y el narrador omnisciente. b. La soledad del individuo y el subjetivismo. c. El objetivismo narrativo y el protagonista colectivo. 3. Los autores de La colmena y de El Jarama son: a. Caballero Bonald y Sánchez Ferlosio. b. Camilo José Cela y Miguel Delibes. c. Camilo José Cela y Sánchez Ferlosio. 4. La novela estructural de los años sesenta: a. Busca la creación de una narrativa alejada de la realidad y del hombre. b. Indaga en la personalidad del individuo a través de su conciencia y de su entorno. c. Pretende denunciar las injusticias de la guerra. 5. Son características de la novela de los años sesenta: a. La ruptura de la secuencia cronológica y la inserción de collages. b. El empleo del monólogo interior y el uso de una sola perspectiva narrativa. c. El uso de un único narrador y el desarrollo lineal de los acontecimientos. 6. Entre los temas que se tratan en la novela española reciente se incluyen: a. La novela fantástica y la novela de aventuras. b. La novela histórica y la novela de denuncia social. c. La novela testimonial y la novela de intriga. 7. Los títulos más importantes de Rulfo, Cortázar, García Márquez y Vargas Llosa son, respectivamente: a. El señor presidente, Rayuela, Boquitas pintadas y Conversación en La Catedral. b. Pedro Páramo, Rayuela, Cien años de soledad y Conversación en La Catedral. c. La región más transparente, Rayuela, Cien años de soledad y El Aleph. 8. Los principales temas del ensayo tras la llegada de la democracia son: a. La historia del hombre y las relaciones sentimentales. b. La desideologización de la sociedad y la sociedad de consumo. c. La creación literaria y la reflexión ética.
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UNIDAD 14: EL TEATRO DESDE MEDIADOS DEL SIGLO XX CUESTIONES INICIALES-PÁG. 289 1. ¿En qué distintos aspectos crees que pudo influir la censura sobre el género dramático durante el franquismo? La censura afectó a todos los aspectos relacionados con el teatro y fue más implacable con este género que con los demás por su carácter de espectáculo público. La censura no solo se aplicaba al texto escrito: era necesario vigilar las representaciones para que los actores no introdujeran diálogos inconvenientes o que se hubieran censurado; además, el vestuario y los gestos de los actores también eran susceptibles de ser censurados. En algunos casos, a pesar de que el censor hubiera permitido la representación del texto, si durante el espectáculo otro censor observaba reacciones inadecuadas del público la obra podía ser prohibida. 2. Enumera y explica los distintos subgéneros cómicos teatrales que conozcas. Subgéneros cómicos: Comedia
Paso Entremés Sainete Vodevil
Representación en la que domina la pintura de costumbres o la sátira social, que suele terminar felizmente. El tono es preferentemente humorístico y desenfadado. Pequeñas obras de carácter cómico y lenguaje castizo que se intercalaban en obras dramáticas para alargar la representación. Obra breve de carácter cómico que se representaba en los entreactos de las representaciones de obras largas en el Siglo de Oro. Es heredera del paso. Obra generalmente en un acto y de carácter popular y jocoso, procedente de los pasos y entremeses, que alcanzó su apogeo en el siglo XVIII. De origen francés, tiene como desencadenante del conflicto las infidelidades amorosas y juega con la movilidad en el escenario y las continuas sorpresas.
3. ¿Qué entiendes por «teatro del absurdo»? Una de las corrientes más impactantes y de mayor repercusión en el teatro europeo del siglo XX se produjo en torno a los años cincuenta: el teatro del absurdo. Este teatro presenta la condición humana como algo absurdo y sin sentido, en obras de argumentos sin lógica, pobladas por personajes vacíos y de psicología extraña o desconcertante que dialogan de un modo incoherente y confuso. 4. ¿Qué tipo de edificio teatral se denomina «teatro a la italiana»? ¿De qué manera crees que se pueden romper las convenciones escénicas de ese teatro? El teatro a la italiana es el edificio teatral clásico: un espacio escénico donde se representa la obra, totalmente separado del patio de butacas y los palcos donde se sientan los espectadores. El teatro moderno ha explorado la ruptura de esa separación mediante distintos procedimientos: participación de los espectadores en la obra, aparición de los actores entre el público, escenarios situados en medio de los espectadores, etc. 5. Cita nombres de autores teatrales y obras de este periodo. Algunas obras y sus autores: -
Eloísa está debajo de un almendro, de Enrique Jardiel Poncela.
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Tres sombreros de copa, de Miguel Mihura. 214
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Historia de una escalera; En la ardiente oscuridad, de Antonio Buero Vallejo.
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Pic-Nic; El triciclo, de Fernando Arrabal.
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Bajarse al moro; La estanquera de Vallecas, de José Luis Alonso de Santos.
6. Realizad un coloquio en clase acerca de vuestra relación con el teatro: recordad alguna obra a la que hayáis asistido y describid su escenografía, vestuario, actuación, etc. Si alguno ha actuado en obras teatrales, también puede contribuir al coloquio contando su experiencia. Respuesta libre.
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 292 1. En el acto inicial de Tres sombreros de copa Dionisio llega a la pensión donde se va a hospedar y aguardar el día de su boda. Don Rosario, el dueño del hostal, le recibe como a un hijo y quiere que todo esté a su gusto. Lee el texto y responde después a las preguntas. DIONISIO.—Pero ¿qué veo, don Rosario? ¿Un teléfono? DON ROSARIO.—Sí, señor. Un teléfono. DIONISIO.—Pero ¿un teléfono de esos por los que se puede llamar a los bomberos? DON ROSARIO.—Sí, señor. Y a los de las Pompas Fúnebres. DIONISIO.—¡Pero esto es tirar la casa por la ventana, don Rosario! (Mientras DIONISIO habla, DON ROSARIO. saca de la maleta un chaquet, un pantalón y unas botas y los coloca dentro del armario.) Hace siete años que vengo a este hotel y cada año encuentro una nueva mejora. Primero quitó usted las moscas de la cocina y se las llevó al comedor. Después las quitó del comedor y se las llevó a la sala. Y otro día las sacó usted de la sala y se las llevó de paseo, al campo, en donde, por fin, las pudo dar usted esquinazo... ¡Fue magnífico! Luego puso usted la calefacción... Después suprimió usted aquella carne de membrillo que hacía su hija... Ahora el teléfono... De una fonda de segundo orden ha hecho usted un hotel confortable... Y los precios siguen siendo económicos. ¡Esto supone la ruina, don Rosario! DON ROSARIO.—Ya me conoce usted, don Dionisio. No lo puedo remediar. Soy así. Todo me parece poco para mis huéspedes del alma... DIONISIO.—Pero, sin embargo, exagera usted... No está bien que cuando hace frío nos meta usted botellas de agua caliente en la cama; ni que cuando estemos constipados se acueste usted con nosotros para darnos más calor y sudar; ni que nos dé usted besos cuando nos marchamos de viaje. No está bien tampoco que, cuando un huésped está desvelado, entre usted en la alcoba con su cornetín de pistón e interprete romanzas de su época, hasta conseguir que se quede dormido... ¡Es ya demasiada bondad...! ¡Abusan de usted...! DON ROSARIO.—Pobrecillos... Déjelos... Casi todos los que vienen aquí son viajantes, empleados, artistas... Hombres solos... Hombres sin madre... Y yo quiero ser un padre para todos, ya que no lo pude ser para mi pobre niño... ¡Aquel niño mío que se ahogó en un pozo...! (Se emociona.) DIONISIO.—Vamos, don Rosario... No piense usted en eso... DON ROSARIO.—Usted ya conoce la historia de aquel pobre niño que se ahogó en el pozo... DIONISIO.—Sí. La sé. Su niño se asomó al pozo para coger una rana... Y el niño se cayó. Hizo «¡pin!» y acabó todo. DON ROSARIO.—Esa es la historia, don Dionisio. Hizo «¡pin!» y acabó todo. (Pausa dolorosa.) ¿Va usted a acostarse? DIONISIO.—Sí, señor. DON ROSARIO.—Le ayudaré, capullito de alhelí. (Y mientras habla, le ayuda a desnudarse, a ponerse el bonito pijama negro y a cambiarse los zapatos por unas zapatillas.)
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a) Dionisio encuentra que se han producido cambios en el hostal. ¿En qué consisten esos cambios? ¿Ha habido otros anteriormente? Explica cómo los elogios de Dionisio convierten esas mejoras en algo absurdo. Por su parte, la preocupación de don Rosario por el bienestar de sus huéspedes, ¿es normal o exagerada? Señala ejemplos de la conducta ridícula de don Rosario. En principio, algunas de las mejoras que señala Dionisio son «normales», por ejemplo, la instalación de un teléfono, de la calefacción, la mejora en la comida. Pero pronto la exageración las convierte en absurdas: toda la serie de «mejoras» realizadas con las moscas distorsionan humorísticamente lo que podría considerarse normal. El mismo procedimiento se aplica a la figura de don Rosario: está bien que el dueño de la fonda se preocupe por el bienestar de los clientes, pero que se acueste con sus clientes cuando están enfermos o que les dé besos cuando se marchan de viaje convierte su preocupación normal en algo ridículo y «anormal». b) Además del humor derivado de los diálogos, ¿hay también alguna situación escénica que refuerce el humorismo y el absurdo? Como ejemplo de los exagerados desvelos de don Rosario por sus clientes, le vemos ayudar a Dionisio a desvestirse y a prepararse para dormir. c) Al final del fragmento los personajes recuerdan un momento trágico. ¿Cómo consigue el autor hacer humorística esa tragedia? ¿Cuál es el estado de ánimo que se crea en el lector? Trata de explicarlo con tus palabras. El recuerdo de la muerte del hijo de don Rosario ―un suceso trágico de por sí― se convierte por medio del diálogo (Hizo «pin» y se acabó) en un suceso menor y burlesco. Al relatarlo de ese modo (y al repetirlo don Rosario con las mismas palabras) su tristeza se desvanece. No obstante, este caso sirve de ejemplo de una de las grandes virtudes de la obra: el humor no deja de producir en el lector o en el espectador una sensación desasosegante y triste.
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 293 2. Historia de una escalera (1949), de Antonio Buero Vallejo, representa la historia de los vecinos de una casa a través de tres generaciones. Los tres actos transcurren en años distintos (1919, 1929 y 1949), pero en un único escenario: la escalera a la que alude el título. El tiempo pasa y la imposibilidad de los personajes de abandonar ese mundo de pobreza se repite. Ni los intentos individuales de Fernando ni la fe en lo colectivo de Urbano consiguen evitar el fracaso y la frustración. Este fragmento pertenece al acto tercero. Carmina, hija de Urbano y Carmina, y Fernando, hijo de Elvira y Fernando, repiten casi con las mismas palabras un diálogo del primer acto entre Fernando y Carmina, por entonces enamorados. Léelo y responde a las preguntas. FERNANDO, HIJO.—[...] Tenemos que ser más fuertes que nuestros padres. Ellos se han dejado vencer por la vida. Han pasado treinta años subiendo y bajando esta escalera... Haciéndose cada día más mezquinos y más vulgares. Pero nosotros no nos dejaremos vencer por este ambiente. ¡No! Porque nos marcharemos de aquí. Nos apoyaremos el uno en el otro. Me ayudarás a subir, a dejar para siempre esta casa miserable, estas broncas constantes, estas estrecheces. Me ayudarás, ¿verdad? Dime que sí, por favor. ¡Dímelo! CARMINA, HIJA.—¡Te necesito, Fernando! ¡No me dejes! FERNANDO, HIJO.—¡Pequeña! (Quedan un momento abrazados. Después, él la lleva al primer escalón y la sienta junto a la pared, sentándose a su lado. Se cogen las manos y se miran arrobados.) Carmina, voy a empezar enseguida a trabajar por ti. ¡Tengo muchos proyectos! (CARMINA, la madre, sale de su casa con expresión inquieta y los divisa, entre disgustada y angustiada. Ellos no se dan cuenta.) CARMINA, HIJA.—¡Fernando!
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(FERNANDO, el padre, que sube por la escalera, se detiene, estupefacto, al entrar en escena.) FERNANDO, HIJO.—Sí, Carmina. Aquí solo hay brutalidad e incomprensión para nosotros. Escúchame. Si tu cariño no me falta, emprenderé muchas cosas. Primero me haré aparejador. ¡No es difícil! En unos años me haré un buen aparejador. Ganaré mucho dinero y me solicitarán todas las empresas constructoras. Para entonces, ya estaremos casados... Tendremos nuestro hogar, alegre y limpio... lejos de aquí. Pero no dejaré de estudiar por eso. ¡No, no, Carmina! Entonces me haré ingeniero. Seré el mejor ingeniero del país y tú serás mi adorada mujercita... CARMINA, HIJA.—¡Fernando! ¡Qué felicidad!... ¡Qué felicidad! FERNANDO, HIJO.—¡Carmina! (Se contemplan extasiados, próximos a besarse. Los padres se miran y vuelven a observarlos. Se miran de nuevo, largamente. Sus miradas, cargadas de una infinita melancolía, se cruzan sobre el hueco de la escalera sin rozar el grupo ilusionado de los hijos.) a) Las palabras de Fernando describen la realidad en que viven los personajes. ¿Cómo es esa realidad? ¿Por qué quieren abandonarla? ¿Cuáles son las ilusiones y los proyectos de Fernando con los que trata de convencer a Carmina? ¿Crees que se cumplirán? Explica el alcance simbólico que adquiere la escalera de la casa de vecinos en la que transcurre toda la obra. Los personajes quieren huir de la realidad que les rodea: unos padres mezquinos y fracasados, una casa miserable, penurias económicas. Fernando presenta un futuro acomodado: su amor por Carmina, un trabajo estable y bien remunerado, una casa propia en otro lugar… El cuento de la lechera. La obra sugiere que ambos están condenados a repetir las frustraciones de sus padres. La escalera se convierte en una prisión de la que será imposible escapar. b) Carmina, la madre, y Fernando, el padre, aparecen también en la escena. ¿Intervienen en ella? ¿Por qué no se alegran? ¿Cuáles son sus gestos, sus miradas, sus actitudes? ¿Qué significan para el lector? Ambos personajes se limitan a observar a sus respectivos hijos y a mirarse entre ellos, pero no intervienen. La tristeza y la amargura que transmiten resultan reveladoras para el lector: también ellos soñaron con un futuro ideal que no llegó a cumplirse. c) La exaltación de Fernando al imaginar su futuro se refleja en algunas características lingüísticas de los diálogos. Señala las principales y pon ejemplos de ellas. Algunos rasgos lingüísticos son: el uso de vocativos (Sí, Carmina), la utilización de pronombres personales (nos marcharemos de aquí; tú serás mi adorada mujercita) el empleo de exclamaciones (¡No será difícil!; ¡Carmina!; ¡Fernando!; ¡Qué felicidad!), la repetición de palabras (¡No, no, Carmina!; ¡Qué felicidad!... ¡Qué felicidad!), la abundancia de palabras afectivas (¡Pequeña!; si tu cariño no me falta…), las reticencias y emociones expresadas a través de las pausas que indican los puntos suspensivos, el uso de imperativos (¡Dímelo!, ¡Escúchame!) y de futuros (Entonces me haré ingeniero. Seré el mejor ingeniero…), las oraciones con elipsis o con orden oracional subjetivo (Carmina, voy a empezar enseguida a trabajar por ti). d) Un rasgo de la labor teatral de Buero Vallejo es la minuciosidad en el uso de las acotaciones. ¿Hay muchas o pocas? ¿Qué elementos de la representación indican? ¿Nos permiten ver en la lectura lo que está pasando en la escena? Justifica tu respuesta. Las acotaciones son imprescindibles para situar a los personajes en la escena y sus acciones, así como lo que expresan (se miran arrobados), para señalar la aparición de los padres y sus gestos, movimientos y miradas y lo que significan: Los padres se miran y vuelven a observarlos. Se miran de nuevo, largamente. Sus miradas, cargadas de una infinita melancolía, se cruzan sobre el hueco de la escalera sin rozar el grupo ilusionado de los hijos.
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ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 296 1. El triciclo (1953) o Los hombres del triciclo es la primera obra estrenada por Fernando Arrabal. El fracaso de crítica y público que tuvo en su estreno en España, junto con otros motivos ideológicos, impulsó al autor a exiliarse a Francia, donde su teatro se radicalizó y obtuvo gran éxito internacional. En esta obra, un grupo de mendigos comete un asesinato para poder pagar los plazos de un triciclo con el que juegan y se divierten, sin ser conscientes de sus consecuencias. Los diálogos se inspiran en el teatro del absurdo, que denuncia la incapacidad del lenguaje para lograr la comunicación entre los seres humanos. Lee este fragmento y analiza sus principales características: ¿en qué grupo social se sitúan los personajes? ¿En qué consiste la incoherencia de la conversación? Explica también el simbolismo derivado del argumento y la intención del autor.
(Entra el VIEJO DE LA FLAUTA.) VIEJO DE LA FLAUTA.—¡Hola, muchachos! Me voy a sentar aquí, que estoy para el arrastre. CLIMANDO.—Pues yo también estoy bueno. (CLIMANDO se tumba junto al río y el VIEJO DE LA FLAUTA se sienta en el banco estirando las piernas.) VIEJO DE LA FLAUTA.—Eso es del triciclo. CLIMANDO.—¿El qué? VIEJO.—Lo del cansancio. CLIMANDO.—Claro, como que me he pasado toda la tarde llevando niños. Me duelen sobre todo los sobacos. VIEJO.—Eso será de llevar alpargatas. A mí me ocurre una cosa muy parecida, de tanto tocar la flauta me duelen las rodillas. (Ambos hablan precipitadamente.) CLIMANDO.—Eso será de usar sombrero. A mí me ocurre una cosa muy parecida, de tanto ayunar me duelen las uñas. VIEJO.—(Disgustadísimo.) Eso será de tomar agua de la fuente de la plaza. A mí me ocurre una cosa parecida, de tanto usar pantalones me duelen las cejas. CLIMANDO.—(Agresivo.) Eso será de no estar casado. A mí me ocurre una cosa parecida, de tanto dormir me duelen los pañuelos. VIEJO.—(Violento.) Eso será de no comprar billetes de lotería. A mí me pasa una cosa muy parecida, de tanto andar me duelen todos los pelos de la cabeza. CLIMANDO.—(Alborozado.) ¡Falso! ¡Falso! VIEJO.—¿Falso? CLIMANDO.—Sí, sí, es falso, a usted no le pueden doler todos los pelos de la cabeza porque es calvo. VIEJO.—Me has hecho trampa. CLIMANDO.—No, no, si quiere comenzamos otra vez. VIEJO.—Imposible. Tú razonas mejor que yo y con la razón siempre se gana. CLIMANDO.—¿No dirá usted que yo me he aprovechado de usted? Si quiere le doy una vuelta en el triciclo. VIEJO.—(Tiernísimo.) ¿Una vuelta en el triciclo? ¿Y me dejarás acariciar a los niños? CLIMANDO.—Sí, siempre que no les quite los bocadillos.
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Los protagonistas de la obra son mendigos que viven al margen de la sociedad y de sus servidumbres económicas y morales. El Viejo y Climando comienzan una competición dialogada, habitual en ellos, para ver quién tiene razón en estar más cansado. Todos sus «razonamientos» son absurdos; lo que sorprende es que uno de ellos sirva para que gane Climando y que el otro lo acepte como válido. En ese juego de diálogos hay también un componente propio de las discusiones infantiles. Infantilismo y absurdo son dos elementos del texto (y de toda la obra) que, añadidos a la trama, sirven para desplegar un simbolismo claro. La posesión y el mantenimiento del triciclo, juguete infantil por excelencia, llevan a los mendigos al crimen. El autor parece decirnos que en la sociedad convencional no hay lugar para mantener viva la mentalidad mágica de la infancia.
ACTIVIDADES PROPUESTAS-PÁG. 297 2. Bajarse al moro (1985), de José Luis Alonso de Santos, es una comedia urbana que refleja las virtudes y carencias del mundo bohemio y progre de esa época. Chusa, una joven que vive con su primo Jaimito y con Alberto, su novio policía, acoge a Elena, una estudiante huida de su hogar. Después de varias peripecias (hospitalización de Jaimito, encarcelamiento de Chusa a su regreso de Marruecos...), Alberto y Elena deciden casarse y llevar una vida convencional. Este fragmento se sitúa al inicio de la obra: Alberto, vestido de policía, ha entrado corriendo en casa para avisar a su novia y a Jaimito de que va a haber una redada en el barrio. Asustados, oyen llamar a la puerta. (ALBERTO abre la puerta y entra la señora ANTONIA, madre de ALBERTO, gorda y dicharachera. Nada más entrar, empieza a dar golpes con el bolso a su hijo.) DOÑA ANTONIA.—¿Se puede saber qué haces aquí?, ¡golfo, más que golfo! ¡Ya estás otra vez con toda esta panda! ¡He ido a llevarte el bocadillo a la comisaría y nada! ¡La puerta de la comisaría vacía, sin nadie, y tú aquí! ¡Ya te voy a dar yo a ti...! ALBERTO.—(Tratando de sujetarle el bolso.) Pero, mamá, solo he venido a por la porra, de verdad, que se me había olvidado. JAIMITO.—No se ponga así, señora, que no nos comemos a nadie, ni tenemos la lepra. DOÑA ANTONIA.—¿Y por qué no abríais, eh, degeneraos? Seguro que os estabais drogando bien a gusto, ahí, con las jeringuillas. ¡Si estuviera aquí tu padre, ya te ibas a enterar tú, sinvergüenza! ¡Eso es lo que eres! CHUSA.—Señora, no es para tanto. Aquí no hay jeringuillas ni nada de eso. Puede mirar lo que quiera. JAIMITO.—La ha tomado con nosotros. ALBERTO.—Mamá, que no. No te enteras. No abríamos porque creíamos que era la policía. Por eso. DOÑA ANTONIA.—¿La policía? (Esconde el bolso en medio de un gran sofoco que le entra.) ¡La policía! ¡Que viene la policía! ALBERTO.—¡Que no! Que creíamos que era, pero que no era... (Se da cuenta entonces de la reacción de su madre.) ¿Qué esconde ahí?... A ver... Seguro que ya ha estado otra vez con lo mismo. ¡Traiga aquí! (Le quita el bolso de un tirón, muy en policía, y ella trata de impedir que vea lo que hay dentro.) DOÑA ANTONIA.—¡No, no, de verdad que no...! ¡Dámelo ahora mismo, que es mío! (Abre ALBERTO el bolso y empieza a sacar montones de baberos de niño ante la mirada divertida de los demás.) ALBERTO —¡Madre! No ve que me va a comprometer si la cogen. DOÑA ANTONIA.—Es una enfermedad, hijo, ya te lo dijo el médico. Es como el que tiene gripe, qué le vamos a hacer. Pruebas que nos manda Dios. Peor es lo tuyo de las drogas. Eso además es pecado mortal. ALBERTO.—(Muy duro.) ¡Qué enfermedad ni qué leches! CHUSA.—Deja a tu madre, que haga lo que le dé la gana, que ya es mayorcita. No te pongas en policía con ella. ALBERTO.—Es que me va a meter en un follón. Cualquier día me toca ir a detenerla, fíjate el numerito. Vamos a salir en los periódicos. 219
a) ¿Cómo es la escena: tranquila o agitada? Señala todos los elementos que dan movimiento y agilidad a la situación. ¿Son propios de una comedia? La escena tiene la agitación propia de las comedias: el miedo de los personajes a la llegada de la policía, la aparición de la madre de Alberto, el descubrimiento de su robo… Todo ello en pocos minutos de duración. b) Un recurso frecuente de las comedias es el equívoco: por ejemplo, un policía (Alberto) que teme a la policía. ¿En qué consiste el equívoco que se produce con su madre? La madre de Alberto se presenta como una representante del orden y de la virtud: reprocha la vida bohemia que llevan los jóvenes y los acusa de drogadictos. Sin embargo, enseguida se nos revela que no es la mujer virtuosa que cree ser, sino una ladrona compulsiva. c) El lenguaje contribuye a dar comicidad a la escena. ¿Qué nivel de lenguaje se emplea? ¿Qué entonación predomina? Se emplea un registro coloquial, muy cercano al habla familiar y de la calle: ¡golfo, más que golfo! ¡Ya estás otra vez con toda esta panda!; ¡Ya te voy a dar yo a ti...! degeneraos, sinvergüenza, follón, mayorcita, numerito… En el fragmento predomina la entonación exclamativa que indica unos diálogos agitados y a gritos que contribuyen a proporcionar el tono adecuado de comedia.
GALERÍA DE TEMAS Y PERSONAJES-PÁG. 299 ACTIVIDADES-Tres sombreros de copa, de Miguel Mihura 1. Realizad una lectura dramatizada en clase, repartiendo los papeles entre los distintos alumnos. Al final, estableced un debate sobre las impresiones que os ha producido la obra. Respuesta libre. 2. Entresacad ejemplos de los distintos recursos humorísticos empleados por Mihura. Respuesta libre. Pueden tomarse como modelos los ejemplos puestos en el desarrollo de la sección.
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TEST DE EVALUACIÓN-PÁG. 303 1. El teatro de la posguerra se caracteriza por: a. Su riqueza y sus intentos renovadores. b. Su pobreza y su conservadurismo. c. Su pobreza y su preocupación por los problemas sociales. 2. Las obras importantes estrenadas a principios de los cincuenta son: a. Historia de una escalera, Tres sombreros de copa y Un marido de ida y vuelta. b. Tres sombreros de copa, Escuadra hacia la muerte y Bajarse al moro. c. Historia de una escalera, Tres sombreros de copa y Escuadra hacia la muerte. 3. El teatro de la década de los cincuenta trata: a. Temas relacionados con las glorias y héroes del pasado imperial español. b. Temas humorísticos relacionados con los sainetes de principios de siglo. c. Problemas de obreros o gentes humildes que ponen de relieve las desigualdades sociales y la falta de humanidad. 4. La estética del teatro de los cincuenta se caracteriza por: a. El abandono de las convenciones teatrales y el predominio de los elementos espectaculares del teatro. b. El predominio del realismo, en el que la escena imita espacios cotidianos y el lenguaje reproduce el habla de las distintas clases sociales. c. El predominio del realismo y la poca importancia dada al texto. 5. En la década de los sesenta los grupos de teatro independientes: a. Realizan creaciones colectivas, infravaloran el texto y rompen con las convenciones escénicas. b. Realizan creaciones colectivas en las que el texto es lo más importante y su estética es realista. c. Realizan creaciones colectivas en las que el texto es lo más importante y rompen con las convenciones escénicas. 6. Son autores individuales importantes dentro de la renovación de los años sesenta: a. Antonio Buero Vallejo y Francisco Nieva. b. Alfonso Sastre y Antonio Buero Vallejo. c. Francisco Nieva y Fernando Arrabal. 7. Escoge la afirmación correcta: a. En el panorama de estos últimos años predomina el teatro comercial e institucional, pero también surgen autores y grupos renovadores. b. El panorama del teatro actual es uniforme: solo hay variedades distintas de teatro cómico. c. El teatro actual está en crisis y no hay ayudas institucionales para su supervivencia.
221
ANEXOS ACTIVIDADES SOBRE LAS NORMAS LINGÜÍSTICAS-PÁG. 318 Actividades sobre las normas lingüísticas del nivel fónico y fonológico 1. Pronuncia en voz alta las palabras señaladas en cursiva en las siguientes oraciones. Después, forma su correspondiente plural. •
Los naturalistas han encontrado un espécimen de serpiente muy raro.
•
El protagonista de esta novela presenta un carácter intolerante y dictatorial.
•
Mi hermano está siguiendo un régimen de comidas muy estricto. -
El plural de espécimen es especímenes.
-
El plural de carácter es caracteres.
-
El plural de régimen es regímenes.
2. En las siguientes oraciones, corrige las formas de los verbos adecuar y evacuar que estén utilizadas incorrectamente. Después, escribe y lee en voz alta el presente de indicativo y de subjuntivo de ambos verbos. •
En estos momentos, la policía evacúa el edificio ante el temor de un atentado.
•
No es necesario que te adecúes tú al puesto: ya se adecuará el puesto a ti.
•
Los bomberos evacuaron todo el edificio en muy poco tiempo.
•
Esa ilustración se adecúa muy bien con el contenido de esta página.
Las oraciones que deben presentar correcciones son estas: -
En estos momentos, la policía evacua el edificio ante el temor de un atentado.
-
No es necesario que te adecues tú al puesto: ya se adecuará el puesto a ti.
-
Esa ilustración se adecua muy bien con el contenido de esta página.
Presente de indicativo: adecuo, adecuas, adecua, adecuamos, adecuáis, adecuan evacuo, evacuas, evacua, evacuamos, evacuáis, evacuan Presente de subjuntivo: adecue, adecues, adecue, adecuemos, adecuéis, adecuen evacue, evacues, evacue, evacuemos, evacuéis, evacuen 3. Lee en voz alta las siguientes oraciones, procurando pronunciar correctamente los grupos consonánticos que se encuentran en las palabras señaladas en cursiva. •
Hoy en día, mucha gente acude al psicoanalista en busca de ayuda.
•
Si tienes tan mala memoria como dices, cómprate un libro de trucos mnemotécnicos.
•
¡Mira qué ilustraciones más bonitas tiene este libro sobre los gnomos!
•
En la carta que recibí, la postdata era más larga que la propia carta.
•
Al congreso de psiquiatría de Los Ángeles acudieron los mayores expertos.
•
Con ese corte de pelo, te has transformado completamente. 222
•
Transcurrieron varios minutos antes de que alguien llamara a los bomberos.
•
Esta televisión tiene una garantía posventa de tres años.
•
Para conseguir el puesto que tengo, tuve que superar obstáculos muy difíciles.
•
Se ha publicado el informe anual de Amnistía Internacional.
•
Cuanto más habla, más ignorante se muestra.
•
El joven fue acusado de una grave obstrucción a la justicia.
•
Esa mujer ha permanecido amnésica durante un año.
•
Me tumbé sobre la hierba y miré al cielo, tratando de dibujar las constelaciones.
•
En el curso de francés, me han adscrito al grupo de nivel más bajo.
•
Aún no han fijado la indemnización que le corresponde.
•
Miguel ha evolucionado de una pintura figurativa a una pintura abstracta.
•
En ese bosque se encuentran muchas especies de árboles de hoja perenne.
•
Te acompañaré a la fiesta; no obstante, me gustaría regresar temprano.
•
La consecuencia de sus declaraciones fue inmediata: tuvo que dimitir.
•
Vicente está constantemente leyendo novelas de ciencia-ficción.
4. Di cuál es el sustantivo correspondiente a los verbos de las siguientes columnas: atraer
corregir
contraer
separar
describir
procrear
prescribir
distraer
reducir
separar
actuar
simular
plantar
consumar
extraer
Las palabras correspondientes son: atracción
corrección
contracción
separación
descripción
procreación
prescripción
distracción
reducción
separación
actuación
simulación
plantación
consumación
extracción
ACTIVIDADES SOBRE LAS NORMAS LINGÜÍSTICAS-PÁG. 319 5. Lee en voz alta la siguiente lista de palabras. Si encuentras algún error en ellas, corrígelo. inflacción
discrección
refración
recolección
fración
adición
destrucción
adicción
contración
Las palabras correctas son: inflación, discreción, fracción, refracción, contracción. En el caso de adición y adicción, ambas son válidas, aunque con significados diferentes.
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Actividades sobre las normas lingüísticas del nivel morfosintáctico 1. Explica el significado de los sustantivos que aparecen en cursiva en las siguientes oraciones. Después, escribe una oración con el homónimo del género opuesto. •
La policía nos enseñó la orden de desalojo.
•
Las márgenes del río desaparecieron ante la crecida del caudal.
•
Un depósito de agua en mal estado produjo la epidemia de cólera.
•
Un golpe de viento derribó la cometa, que se destrozó contra el suelo.
•
El periódico publicó un editorial muy duro en contra de la guerra. -
La policía nos enseñó la orden de desalojo. Significa «mandato».
-
En su habitación siempre reina el orden.
-
Las márgenes del río desaparecieron ante la crecida del caudal. Significa «orilla».
-
Dejas poco margen al escribir.
-
Un depósito de agua en mal estado produjo la epidemia de cólera. Significa «enfermedad».
-
Al conocer la noticia, le invadió una cólera incontrolable.
-
Un golpe de viento derribó la cometa, que se destrozó contra el suelo. Significa «artefacto que vuela manejado con hilos».
-
Están investigando la composición de la cola de un cometa.
-
El periódico publicó un editorial muy duro en contra de la guerra. Significa «artículo de periódico».
-
Mis amigos están pensando en crear una editorial.
2. Escribe cuál es el superlativo correspondiente a los siguientes adjetivos: suave
nuevo
acre
pobre
reciente
fácil
pulcro
sabio
cierto
mísero
caliente
libre
agradable
tierno
célebre
cursi
fuerte
simple
Los superlativos correspondientes son: suavísimo
nuevísimo / novísimo
acérrimo
pobrísimo / paupérrimo
recentísimo
facilísimo
pulquérrimo
sapientísimo
certísimo
misérrimo
calentísimo
libérrimo
agradabilísimo
ternísimo
celebérrimo
cursilísimo
fortísimo
simplicísimo / simplísimo
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3. Señala si se han cometido errores en el uso de los determinantes en las siguientes oraciones y corrígelos. •
Carlos sentía una ansia muy grande por ganar un premio en el concurso.
•
Acabó la carrera en el puesto decimoprimero.
•
Esta acta no vale: está llena de tachaduras.
•
Vieron muchos águilas sobrevolando las montañas.
•
No veo ningún desperfecto en ese aula.
•
Llamaron a la Gema por teléfono.
•
He leído la escena decimosegunda de esa obra de teatro.
Las oraciones con correcciones son: -
Carlos sentía un ansia muy grande por ganar un premio en el concurso.
-
Acabó la carrera en el puesto undécimo.
-
Vieron muchas águilas sobrevolando las montañas.
-
No veo ningún desperfecto en esa aula.
-
Llamaron a Gema por teléfono.
-
He leído la escena duodécima de esa obra de teatro.
4. Corrige los errores que encuentres en el uso de los pronombres en las siguientes oraciones: •
Delante suyo había una larga cola para comprar las entradas.
•
En la clase le hice unas cuantas preguntas a los alumnos.
•
A partir de las siete tengo que dejar de trabajar: ya no doy más de sí.
•
La casa que sus paredes se agrietaron ha sido derribada.
•
Juan cree que puede huir permanentemente de él mismo.
•
No te se ve por aquí desde hace tiempo.
•
El disco me le he comprado en unos grandes almacenes.
•
Aquellos a quien pedí un favor, me lo negaron.
•
Ya le puedes avisar a tus hermanos para que vengan a cenar.
•
A Ana la timaron unos delincuentes.
•
¿Sabes quién está detrás de ti?
•
La dieron un golpe muy fuerte en la rodilla.
•
Tengo una amiga que su padre es profesor.
•
Ese hombre me pone fuera de sí.
•
Inmaculada se permite a ella misma comportamientos que no permite a los demás.
•
Cuando se tumbó, notó que debajo suya había un colchón muy duro.
•
A Luis y a Iván les he visto en el colegio.
225
Las oraciones correctas son: -
Delante de él había una larga cola para comprar las entradas.
-
En la clase les hice unas cuantas preguntas a los alumnos.
-
A partir de las siete de la tarde tengo que dejar de trabajar: ya no doy más de mí.
-
La casa cuyas paredes se agrietaron ha sido derribada.
-
Juan cree que puede huir permanentemente de sí mismo.
-
No se te ve por aquí desde hace tiempo.
-
El disco me lo he comprado en unos grandes almacenes.
-
Aquellos a quienes pedí un favor, me lo negaron.
-
Ya les puedes avisar a tus hermanos para que vengan a cenar.
-
A Ana la timaron unos delincuentes.
-
¿Sabes quién está detrás de ti?
-
Le dieron un golpe muy fuerte en la rodilla.
-
Tengo una amiga cuyo padre es profesor.
-
Ese hombre me pone fuera de mí.
-
Inmaculada se permite a sí misma comportamientos que no permite a los demás.
-
Cuando se tumbó, notó que debajo de ella había un colchón muy duro.
-
A Luis y a Iván los he visto en el colegio.
ACTIVIDADES SOBRE LAS NORMAS LINGÜÍSTICAS-PÁG. 320 5. Indica qué formas verbales pertenecientes a verbos irregulares o defectivos están mal utilizadas en las siguientes oraciones: •
Ese poeta tradució un libro de poesías alemanas.
•
¡No puedes ni imaginar cuántos kilómetros andamos el domingo pasado!
•
El conductor de ese coche nos ha maldicho.
•
Es posible que ese armatoste no caba en el armario.
•
Han predicho buen tiempo para todo el fin de semana.
•
Hasta que no te convezcas de que debes trabajar más, no terminarás ningún trabajo.
•
No permitas que ese muchacho te agreda con sus insultos.
•
Es normal que el niño balbuzca aún al hablar.
•
El suceso aconteció pasada la medianoche.
•
Reducí el tamaño del cartel a la mitad.
•
Es posible que el parlamento abola esa ley.
•
Los alumnos no preveyeron que llovería el día de la excursión.
•
El premio no satisfació sus necesidades económicas.
•
El que transgreda mis normas, deberá atenerse a las consecuencias.
•
No cuezcas tanto las patatas para hacer el guiso. 226
Los verbos corregidos son los señalados en cursiva: -
Ese poeta tradujo un libro de poesías alemanas.
-
¡No puedes ni imaginar cuántos kilómetros anduvimos el domingo pasado!
-
El conductor de ese coche nos ha maldecido.
-
Es posible que ese armatoste no quepa en el armario.
-
Hasta que no te convenzas de que debes trabajar más, no terminarás ningún trabajo.
-
No permitas que ese muchacho te agreda con sus insultos. La forma verbal es, según la norma, incorrecta, pues este verbo defectivo solo puede usarse en formas con -i. No obstante, esta forma regular se ha hecho habitual en el habla.
-
Es normal que el niño balbucee aún al hablar. Balbucir es defectivo. No puede usarse en la primera persona del presente de indicativo ni en el presente de subjuntivo. En esas formas se usa el verbo balbucear.
-
Reduje el tamaño del cartel a la mitad.
-
Es posible que el parlamento derogue esa ley. Abolir es verbo defectivo.
-
Los alumnos no previeron que llovería el día de la excursión.
-
El premio no satisfizo sus necesidades económicas.
-
El que transgreda mis normas, deberá atenerse a las consecuencias. La forma verbal es, según la norma, incorrecta, pues este verbo defectivo solo puede usarse en formas con -i. No obstante, esta forma regular se ha hecho habitual en el habla.
-
No cuezas tanto las patatas para hacer el guiso.
6. Indica, cuando los haya, errores en el uso del infinitivo y del gerundio en las siguientes oraciones: •
A ver, decirme dónde habéis estado hasta esta hora.
•
Los jóvenes se marcharon cantando alegremente por la calle.
•
Cuando yo dé la señal, salir corriendo hasta aquella pared.
•
La cena ya está preparada. Niños, a comer.
•
El coche se quedó primero en el borde del puente, cayendo después al río.
•
Ahora, comentarles que las tareas que se realizan en este edificio son, sobre todo, de investigación.
•
No aparcar delante de la puerta del garaje: llamo a la grúa.
•
Venir rápidamente aquí.
•
Añadir que la ministra ofreció una rueda de prensa improvisada en plena calle.
Las oraciones con correcciones son: -
A ver, decidme dónde habéis estado hasta esta hora.
-
Cuando yo dé la señal, salid corriendo hasta aquella pared.
-
El coche se quedó primero en el borde del puente, después cayó al río.
-
Ahora, debo comentarles que las tareas que se realizan en este edificio son, sobre todo, de investigación.
-
Venid rápidamente aquí.
-
Añadiremos que la ministra ofreció una rueda de prensa improvisada en plena calle. 227
7. Corrige los usos incorrectos del modo imperativo que se pueden encontrar en las siguientes oraciones: •
Nos diga cómo se sale de aquí, por favor.
•
Oyes, no me hables en ese tono.
•
Cogeros de la mano para cruzar la carretera.
•
Le ruego envíeme tres ejemplares del libro.
•
A medida que vayáis terminando el examen, ir saliendo.
•
Ves al bar y pregúntale si te puede vender una barra de pan.
•
Repartámosnos esos discos que hay sobre la mesa.
•
Estamos en un hospital. No gritad, que hay enfermos.
Las oraciones correctas son: - Díganos cómo se sale de aquí, por favor. - Oye, no me hables en ese tono. - Cogeos de la mano para cruzar la carretera. - Le ruego que me envíe tres ejemplares del libro. - A medida que vayáis terminando el examen, id saliendo. - Ve al bar y pregúntale si te puede vender una barra de pan. - Repartámonos esos discos que hay sobre la mesa. - Estamos en un hospital. No gritéis, que hay enfermos.
ACTIVIDADES SOBRE LAS NORMAS LINGÜÍSTICAS-PÁG. 321 8. En las siguientes oraciones, los verbos en cursiva están mal empleados. Explica por qué. Si lo precisas, consulta un diccionario. •
A ese tipo no hay quien lo calle.
•
El presidente ha decidido dimitir a su consejero principal.
•
Los ingenieros han evolucionado el anterior modelo hacia uno más potente y seguro.
•
Los agricultores urgen a la Comunidad Europea para que tome medidas.
Respuesta: - A ese tipo no hay quien lo calle. Debe usarse haga callar. - El presidente ha decidido dimitir a su consejero principal. No puede usarse con CD de persona. Una oración equivalente sería: El presidente ha obligado a dimitir a su consejero principal. - Los ingenieros han evolucionado el anterior modelo hacia uno más potente y seguro. Debe usarse han hecho evolucionar - Los agricultores urgen a la Comunidad Europea para que tome medidas. Es un uso incorrecto. Debe usarse otro verbo, pues urgir es intransitivo y no lleva CD ni CI.
228
9. Señala y explica en qué consisten las posibles incorrecciones en el uso de los adverbios en las oraciones siguientes: •
¿Adónde están mis zapatillas de deporte?
•
Cuando el grupo llegue adentro de la sala, debe ocupar la zona de adelante.
•
Ella sabe de sobras que tengo razón.
•
Los servicios de rescate llegaron a la zona adonde se había perdido el montañero.
•
Se quedó plantada en mitad de la calle.
Las oraciones correctas son: - ¿Dónde están mis zapatillas de deporte? - Cuando el grupo llegue dentro de la sala, debe ocupar la zona de delante. - Ella sabe de sobra que tengo razón. - Los servicios de rescate llegaron a la zona donde se había perdido el montañero. - Se quedó plantada en medio de la calle. 10. En las siguientes oraciones se han producido errores en el uso de las preposiciones. Descubre cuáles son y corrígelos después. •
El coche circulaba a más de ciento veinte kilómetros a la hora por la ciudad.
•
Ya te dije de que no debías salir a la calle con fiebre.
•
El martes a la mañana tengo que ir a hacerme un análisis de sangre.
•
¿Cómo revelo las fotos: en blanco y negro o a color?
•
Contra más te miro, más me recuerdas a tu padre.
•
Fíjate que ninguno se ha dado cuenta de que tus gafas son nuevas.
•
No habláis más que bobadas.
•
Ese trabajo requiere de mucho esfuerzo y concentración.
•
Todos opinaron en contra suya.
•
Me citó en un bar que no recuerdo el nombre.
•
A Juan le advirtieron que no se acercara tanto al borde de la piscina.
•
El jueves en la noche vamos al teatro.
•
No se dignó a saludarnos, aunque estoy segura de que nos vio.
•
Contra más insistas, menos caso te haré.
•
Los asuntos a tratar son muchos y complejos.
•
No pensaba de que fueras tan frío y tan racional.
•
Bajo mi punto de vista, esa solución es la peor.
•
Mi hermano ya no se acuerda que era muy travieso de niño.
•
Aquí viene la mujer que conocí en el viaje a París.
•
La selección española de hockey sobre hierba disputará un partido ante Holanda.
•
Ya solo faltan diez minutos para las doce. 229
•
Me gusta mucho esa camisa a rayas.
•
Me lo has repetido ya unas pocas de veces.
•
A la mayor brevedad, acércate para firmar el contrato.
•
En cinco minutos regresamos: vamos a tomar un café.
•
El próximo autobús sale en diez minutos.
•
Atravesamos por un puente de madera para llegar a la otra orilla.
•
Ayer noche descarriló un tren cerca de Tarragona.
•
Inés trabaja con mucha precipitación, bajo mi punto de vista.
•
El equipo necesita ganar de veinte puntos para pasar la eliminatoria.
•
No vale la pena de que te lleves un disgusto por una tontería semejante.
•
Ismael estaba convencido que la función comenzaba a las ocho.
Las oraciones correctas son: - El coche circulaba a más de ciento veinte kilómetros por hora por la ciudad. - Ya te dije que no debías salir a la calle con fiebre. - El martes por la mañana tengo que ir a hacerme un análisis de sangre. - ¿Cómo revelo las fotos: en blanco y negro o en color? - Cuanto más te miro, más me recuerdas a tu padre. - Fíjate en que ninguno se ha dado cuenta de que tus gafas son nuevas. - No habláis más que de bobadas. - Ese trabajo requiere mucho esfuerzo y concentración. - Todos opinaron contra él. - Me citó en un bar del que no recuerdo el nombre. - A Juan le advirtieron de que no se acercara tanto al borde de la piscina. - El jueves por la noche vamos al teatro. - No se dignó saludarnos, aunque estoy segura de que nos vio. - Cuanto más insistas, menos caso te haré. - Los asuntos que se han de tratar son muchos y complejos. - No pensaba que fueras tan frío y tan racional. - Desde mi punto de vista, esa solución es la peor. - Mi hermano ya no se acuerda de que era muy travieso de niño. - Aquí viene la mujer a la que conocí en el viaje a París. - La selección española de hockey sobre hierba disputará un partido contra Holanda. - Ya son las doce menos diez. - El próximo autobús sale dentro de diez minutos. - Me lo has repetido ya unas pocas veces. - Con la mayor brevedad, acércate para firmar el contrato. - Dentro de cinco minutos regresamos: vamos a tomar un café. - Me gusta mucho esa camisa de rayas. 230
- Atravesamos un puente de madera para llegar a la otra orilla. - Ayer por la noche descarriló un tren cerca de Tarragona. - Inés trabaja con mucha precipitación, desde mi punto de vista. - El equipo necesita ganar por veinte puntos para pasar la eliminatoria. - No vale la pena que te lleves un disgusto por una tontería semejante. - Ismael estaba convencido de que la función comenzaba a las ocho. - No rehúsa pelear por la herencia - Olga creyó que era mejor ir en tren que en coche.
ACTIVIDADES SOBRE LAS NORMAS LINGÜÍSTICAS-PÁG. 322 Actividades sobre las normas lingüísticas del nivel léxico y semántico 1. En cada una de las siguientes oraciones se incluye un extranjerismo innecesario, pues la palabra tiene una equivalencia en nuestro idioma. Di cuál es la palabra castellana que corresponde a cada uno. •
El affaire entre la actriz y el futbolista acabó en boda.
•
Me despertó el ruido de un camión que se llevaba un container.
•
Los médicos le recomendaron hacerse un chequeo.
•
Te esperaré a las cinco en el stand de la editorial.
•
El hall de tu casa es más grande que todo mi piso.
•
Se nota mucho que son un grupo de música amateur.
Equivalencias en castellano: - El noviazgo entre la actriz y el futbolista acabó en boda. - Me despertó el ruido de un camión que se llevaba un contenedor. - Los médicos le recomendaron hacerse unos análisis. - Te esperaré a las cinco en el puesto de la editorial. - El vestíbulo de tu casa es más grande que todo mi piso. - Se nota mucho que son un grupo de música aficionado. 2. Las palabras señaladas en cursiva son calcos semánticos tomados de otro idioma. Consulta el diccionario para explicar por qué están mal utilizadas. •
El conductor del programa se equivocó al introducir a su invitado. Deben usarse, respectivamente, presentador y presentar.
•
Tienes que contemplar que la oferta que te hago es inmejorable. Debe usarse valorar.
•
Ninguna de las películas nominadas para los Óscar me gusta demasiado. Debe usarse seleccionadas.
•
Se me ha presentado un serio problema. Debe usarse grave.
•
Asistí a la reunión, pero todos los presentes me ignoraron. Debe usarse, por ejemplo, despreciaron.
•
Se ha editado un disco de tributo a las canciones del rey del rock. Debe usarse homenaje. 231
3. En estas oraciones se incluyen expresiones redundantes. Explica en qué consiste esa redundancia y reescribe las oraciones correctamente. •
Al amanecer, el termómetro marcaba menos diez grados bajo cero.
•
Las gentes caminaban por las calles ateridas de frío.
•
El viento derribó una grúa de cuatro toneladas de peso.
•
En el lapso de tiempo entre una conferencia y otra, nos fuimos a comer.
•
Ante la gravedad de la difamación, el escritor presentó una querella criminal.
•
La llegada del temporal no fue prevista con antelación.
•
Ese tipo de documentación no está vigente en la actualidad.
Las oraciones, ya sin redundancias, son: - Al amanecer, el termómetro marcaba diez grados bajo cero. - Las gentes caminaban por las calles ateridas. - El viento derribó una grúa de cuatro toneladas. - En el lapso entre una conferencia y otra, nos fuimos a comer. - Ante la gravedad de la difamación, el escritor decidió presentar una querella. - La llegada del temporal no fue prevista. - Ese tipo de documentación no está vigente. 4. Escribe de nuevo las siguientes oraciones sustituyendo los tópicos señalados en cursiva por otras expresiones más originales. •
La conferencia del poeta puso un broche de oro a las jornadas de literatura gallega.
•
La deuda externa supone una pesada losa que mantendrá pobres a los países subdesarrollados.
•
La información que me has proporcionado me viene como anillo al dedo.
•
Desde que dejó de fumar, huye de los que fuman como de la peste.
Otras posibilidades de escritura son: -
La conferencia del poeta puso un gran colofón a las jornadas de literatura gallega.
-
La deuda externa supone un obstáculo que mantendrá pobres a los países subdesarrollados.
-
La información que me has proporcionado me va a ser muy útil.
-
Desde que dejó de fumar, huye de los que fuman como si fueran a contagiarle.
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EL COMENTARIO DE TEXTO-PÁG. 329 Actividades sobre comentarios de texto 1. Realiza un comentario crítico del siguiente texto.
Los Reyes Magos El niño no protesta de la mentira, sino de lo mal contado. O de lo contado con fines espurios, con un propósito moralista. Cuando empiezan a saber que los Reyes Magos no existen, lo que les duele es la mentira social, no protestan del engaño, sino de la finalidad embaucadora que llevaba. Ellos habían visto bajar a los Reyes Magos por la chimenea, qué importa que fuera increíble a la luz de la lógica, habían llegado a verlos, era verdad. Los obstáculos para admitir que en una misma noche recorrieran a lomos de camello toda la ciudad era capaz de subsanarlos la fantasía de la madre o la criada que les fuera contando un cuento para responder a cada una de sus preguntas suspicaces. Ven que es mentira, no porque ahora les parezca más increíble que antes, sino porque ahora descubren agazapadas tras la voluntad de engaño motivaciones oscuras que tratan de mezclar el reino de la ficción con el de la componenda, la pureza del cuento con su añagaza educativa. «Si sois buenos, os traerán juguetes.» Doraban la píldora de la alevosa lección con aquel fascinante invento de la caravana exótica y cautelosa de camellos, de pajes subiendo a los balcones fugazmente por escalas de cuerda bajo las estrellas de la noche de enero. La decepción no viene tanto de decir: «¡Ah!, ¿entonces ha dejado de ser verdad aquello?», como de decir: «¡Ah!, ¿entonces es que me lo contaban para que fuera bueno?», ahí se asesta la primera puñalada trapera a la inocencia del niño, a su presunta candidez. Que no es tal, sino más bien un deseo de coherencia. El niño se resiste a mezclar el mundo cotidiano de los avisos, obligaciones y recados con el mundo ficticio de la narración. Preferiría que si ha sido malo le castigaran con una bronca o un azote y no subrepticiamente por medio de esos cuentos y fantasías que ha aprendido a amar en sí. La leyenda de los Reyes Magos es la fórmula más refinada y maliciosa de estrago en el concepto de ficción. Una vez descubierta su falacia, el niño ha ingresado rencorosamente en el mundo de la componenda. Es como si le hubieran entregado un salvoconducto para que él, a su vez, pueda decir mentiras que le acarreen algún provecho. CARMEN MARTÍN GAITE: El cuento de nunca acabar. El texto de Carmen Martín Gaite es una reflexión sobre el papel de los cuentos y las narraciones ficticias en la formación intelectual y moral de los niños. Tomando el caso concreto de la fábula en torno a los Reyes Magos, la autora expone su tesis: a los niños no les decepciona saber que un cuento es ficción, mentira, porque están dispuestos a creerse cualquier historia que les guste; lo que les desilusiona es descubrir que el cuento tiene una finalidad distinta de la de alimentar la fantasía, que sirva para un fin distinto: condicionar su comportamiento en aras de un beneficio moral o material. Los niños aceptan los cuentos como parte de una visión mágica del mundo, no como instrumento de coacción. Carmen Martín Gaite emplea un estilo que mezcla el lenguaje culto (espurios, embaucadora, componenda, alevosa) con expresiones de nivel coloquial (puñalada trapera). Destaca la evocación que realiza de los elementos ilógicos que componen el cuento de los Reyes Magos: el viaje inaudito a lomos de sus camellos, capaces de recorrer las habitaciones de todos los niños en una sola noche.
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2. Realiza un comentario crítico del siguiente texto. La vida ya no es lo que era. Toda la vida hemos escuchado esta melancólica protesta que atribuía al presente peores condiciones que al pasado o que necesitaba constatar pesarosamente cuánto habían cambiado las amables cosas de ayer. Ahora, sin embargo, lo temible es sentirnos inmutados, acechados por la amenaza de la mismidad. Por todas partes se atiende a gentes que están tratando de modificar su vida, rediseñar sus metas, transformar sus deseos, actualizar sus vicios, revisar su carácter, sus horarios y su decoración interior. Ikea lanzó recientemente un eslogan que decía: «Ten un hijo, redecora tu vida». O también: «Cásate de nuevo, redecora tu vida». No se puede tener sin cesar la misma casa, pero tampoco el mismo habitante dentro. Redecórate, dice Ikea: un hijo, una separación, un cambio de trabajo, una terapia, un implante de pelo, cualquier giro es urgente para no sufrir la sensación de estar condenado a estrellarse en el infierno de la repetición. La vida, como los demás objetos, grandes y pequeños, caros y baratos, ha dejado de ser un bien para siempre. Se trata de un objeto más y no debe aceptarse, dentro del sistema, una vida para toda la vida. Cada dos por tres se cambia de moda, de vecinos, de vocación, y el lote se toma como una redecoración salvadora. La vida en sí misma, la vida a secas, cansa más que nunca y es necesario aliñarla, porque pocas veces como hoy se ha sentido más la pesantez de la identidad. La vida sigue pareciendo demasiado corta, pero progresivamente más larga para aguantarse en una sola edición de sí, afrontando la fatiga de ser una y otra vez el sujeto conocido de los años o la temporada anterior. Los profesionales de la publicidad, convertidos en los exactos psicoanalistas de nuestro tiempo, saben de este oscuro cansancio del yo. Frente a la olímpica idea de llegar a ser uno mismo, el ideal ahora es llegar a ser uno distinto y en surtida amenidad. ¿Casarse de nuevo? ¿Redecorar la casa? ¿Operarse los párpados? ¿Cambiar de tónica? ¿Adelgazar diez kilos? ¿Viajar a la Amazonia? ¿Adoptar un niño? ¿Aprender chino? Cualquier cosa antes que prorrogar la fastidiosa monogamia del yo. VICENTE VERDÚ:
Tema: «La necesidad actual de los seres humanos por cambiar constantemente de vida».
Resumen: El ser humano actual siente la amenaza de vivir una vida monótona y sin cambios. Por ello está buscando continuamente variaciones sobre cualquier elemento interno o externo. No se conforma con lo que tiene o con lo que consigue y pretende vivir una vida en constante renovación que le proporcione sensaciones de intensidad y diversión.
Enfoque e intención: El autor, Vicente Verdú, es un destacado sociólogo, periodista y ensayista. El texto está publicado en un blog y revela en su lenguaje y en su estructura a quién va dirigido: un lector habitual de periódicos y de artículos de opinión que encuentra en ellos ayuda para entender los cambios que se producen en la sociedad moderna. En su actitud hacia el tema tratado se percibe un tono irónico.
Estructura interna y externa: El contenido del texto tiene dos partes diferenciadas. La primera parte incluye los dos primeros párrafos: en el primero se establece el contraste entre la visión de la vida de épocas anteriores (el pasado siempre era mejor que el presente) y la visión actual (la vida se proyecta hacia el futuro donde los cambios traerán la felicidad); en el segundo párrafo se argumenta la idea con un ejemplo sacado de la publicidad de Ikea. La segunda parte abarca los dos últimos párrafos: en el tercero se desarrolla la idea de la exigencia de cambios continuos y en el último se vuelve a argumentar con ejemplos y una serie de interrogaciones retóricas e irónicas.
Tipo de texto: Se trata de un texto que, bajo la forma aparente de un diario o blog, es, en realidad, un artículo de opinión, es decir, un texto periodístico pensado para ser leído en este caso a través de internet. Además, por algunos rasgos como son su tema y la originalidad de tratamiento, el enfoque personal del asunto y la voluntad divulgativa podemos considerarlo un texto ensayístico (ensayo expositivo y personal). Y también hemos de caracterizarlo como un texto humanístico puesto que el contenido versa sobre aspectos psicológicos del ser humano.
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Forma de elocución: El texto es fundamentalmente argumentativo. Se basa en el razonamiento por medio de argumentos sobre la tendencia actual del ser humano a cambiar sin descanso: los argumentos son, principalmente, argumentos por ejemplos sacados de la publicidad, la cual explota esa tendencia actual de los seres humanos.
Lenguaje y estilo: Posee un nivel culto no especializado. Esto justifica su claridad expositiva. A pesar del predominio de conceptos abstractos que pudieran dificultar su comprensión, las continuas ejemplificaciones, aclaraciones y el uso de expresiones equivalentes o sinónimas permiten entenderlo sin ningún problema. Sus rasgos lingüísticos y estilísticos principales son los siguientes:
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El uso de un léxico culto pero común, con abundancia de palabras con carga connotativa: vida, melancólica, salvadora, deseos, vicios. Es destacable el valor connotativo que van adquiriendo progresivamente las palabras de la familia léxica de decoración.
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El empleo de tecnicismos: mismidad, identidad, monogamia.
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La utilización de sinónimos, expresiones equivalentes: pasado – ayer; inmutados – mismidad; modificar – rediseñar – transformar – actualizar – revisar - redecorar; cambio – giro; identidad – yo.
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El predominio de la adjetivación valorativa: melancólica protesta, amables cosas, olímpica idea.
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La combinación de una sintaxis de frases breves y contundentes con oraciones largas y complejas, más explicativas.
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La utilización de abundantes figuras retóricas, que convierten al texto en una pieza de clara intención literaria: metáforas (la decoración interior; el infierno de la repetición; la pesantez de la identidad; una sola edición de sí; el oscuro cansancio del yo; la fastidiosa monogamia del yo), paradojas (no debe aceptarse… una vida para toda la vida), enumeraciones con asíndeton (un hijo, una separación, un cambio de trabajo, una terapia, un implante de pelo), paralelismos (están tratando de modificar su vida, rediseñar sus metas, transformar sus deseos, actualizar sus vicios, revisar su carácter, sus horarios y su decoración interior), anáforas (La vida, como los demás objetos, grandes y pequeños, caros y baratos, ha dejado de ser un bien para siempre. […] La vida en sí misma, la vida a secas, cansa más que nunca y es necesario aliñarla, […]. La vida sigue pareciendo demasiado corta), las interrogaciones retóricas: ¿Casarse de nuevo? ¿Redecorar la casa? ¿Operarse los párpados? ¿Cambiar de tónica? ¿Adelgazar diez kilos? ¿Viajar a la Amazonia? ¿Adoptar un niño? ¿Aprender chino?
Interpretación y crítica personal: Consideramos que en este apartado es el propio alumno el que debe desarrollar un modelo de comentario crítico personal y riguroso, realizando una redacción de tipo argumentativo basada en cualquiera de las variantes temáticas que ofrece el texto.
3. Realiza un comentario lingüístico del siguiente texto. El adjetivo «mestizo» carga con el inmenso lastre de una inmemorial connotación negativa y hasta infamante. Es muy significativo que el Diccionario de Autoridades lo defina como « adjetivo que se aplica al animal de padre y madre de diferentes castas». En una civilización que, durante siglos, tuvo como gran mito social el de la «pureza de sangre» y el de la legitimidad excelsa de la descendencia, este adjetivo llegó a tener, aplicado a los humanos, un valor de insulto que todavía no ha perdido del todo. Sin embargo, semejante repudio es completamente contrario a la realidad de la historia. La historia de los pueblos del Mediterráneo, para no referirnos sino a ellos, desde la más remota antigüedad, no es otra que el recuento de guerras, encuentros violentos y mezclas continuas entre las naciones que poblaron sus riberas. La expansión de la cultura griega, que es la que más cerca nos toca, es una historia continua de invasiones y raptos que provocaron grandes cambios en la concepción del hombre y del mundo. 235
La expansión del Imperio Romano fue un inmenso proceso de mestizaje entre culturas y lenguas distintas, del que surgió la rica y contrastada cultura occidental. La historia de España es un dramático ejemplo de un proceso continuo de invasiones, encuentros y mezclas, del que surgió la España de hoy. Si algo caracteriza al mundo actual es la dimensión, potenciada al infinito por los modernos medios de comunicación, de un proceso de mestizaje cultural que, por primera vez en la historia, nos acerca a vislumbrar la realidad de una cultura mundial que no va a ser, finalmente, otra cosa que una incorporación de todas las culturas históricas locales a una nueva realidad de alcance global. ARTURO USLAR PIETRI: «Elogio del mestizaje». El País.
Resumen: La palabra mestizaje ha estado siempre cargada de un valor negativo en una sociedad caracterizada por la defensa de la pureza de sangre. Sin embargo, la historia del mundo occidental está llena de continuas situaciones de mestizaje, especialmente, la historia de España. El mundo actual se caracteriza precisamente por el gran mestizaje cultural, provocado en gran medida por los medios de comunicación, que conducen a una percepción global de la realidad.
Caracterización del texto: Se trata de un texto humanístico puesto que su contenido versa sobre un concepto relacionado con el ser humano en su aspecto social e histórico. Aunque publicado en un periódico (artículo de opinión), adopta la forma del ensayo de exposición de ideas: variedad temática, estructura libre y subjetividad. La forma de elocución empleada es la argumentación, ya que pretende convencer de un pensamiento propio basado en opiniones. Para ello recurre a los argumentos, principalmente, el de oposición de conceptos y el del ejemplo. Además, está estructurado con la forma habitual de esta clase de textos: planteamiento, desarrollo y tesis o conclusión.
Entre sus rasgos lingüísticos, cabe destacar los siguientes: -
El empleo de un léxico connotativo: lastre, infamante, mito social, repudio, riberas, mestizaje, encuentros, mezclas.
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El estilo personal que lleva a combinar un lenguaje de clara intención estética (tercer párrafo) con expresiones de carácter más coloquial (que es la que más cerca nos toca).
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Abundancia del vocabulario abstracto: connotación, civilización, mito, pureza, legitimidad, repudio, realidad, concepción, mestizaje, etc.
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Uso de algunos tecnicismos relacionados con la disciplina a la que pertenece el contenido del texto: mestizaje, pureza de sangre, legitimidad, realidad de alcance global.
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El uso de términos con un significado especializado frente a su uso en la lengua común: mezcla, dimensión, medios, global.
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Se combina la adjetivación especificativa (connotación negativa, cultura occidental, mundo actual) con los adjetivos valorativos: inmenso lastre, legitimidad excelsa, remota antigüedad, grandes cambios, inmenso proceso.
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Predominio de los periodos sintácticos amplios (subordinación).
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Presencia de elementos oracionales que aclaran contenidos (complementos del nombre y subordinadas adjetivas).
- Uso del presente de indicativo en la exposición de ideas y el pretérito perfecto simple en el relato de acontecimientos: carga, caracteriza, es, tuvo, llegó a tener, fue.
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4. Realiza un comentario lingüístico del siguiente texto. ¿Conoce el nuevo cuento de la cigarra y la hormiga? Había una vez una cigarra, que vivió despreocupada todo el verano y cuando llegó el invierno, se encontró sin nada. Luego, había una hormiga que trabajó y trabajó todo el verano para poder pasar así un buen invierno. Y luego, había una hormiga lista, que trabajó todo el verano pero también lo disfrutó, porque en esta vida hay que pensar en el futuro, sin olvidarse de disfrutar del presente. SEA PREVISOR. DESGRAVE AHORA, DISFRUTE DESPUÉS. PLAN DE PENSIONES INDIVIDUAL BBV Nos encontramos ante un texto publicitario cuya finalidad es vender un producto; en este caso, un plan de pensiones de una entidad bancaria. En él, se combinan la narración y la argumentación como formas de elocución. Resulta curiosa la forma de narrar elegida, pues se emplea un registro apropiado para un cuento infantil (muy conocido por su moraleja final). Esta forma del relato se utiliza como un recurso de captación de la atención del receptor y como un argumento de carácter metafórico para llegar a la conclusión del verdadero y nuevo mensaje: además de ahorrar en previsión del futuro hay que disfrutar el presente. El emisor es la entidad bancaria, cuya intención es captar consumidores del producto anunciado. El anuncio va dirigido a un receptor adulto de poder adquisitivo medio. Para transmitir el mensaje, se habrá utilizado un cartel o la prensa escrita. Las funciones del lenguaje predominantes son la poética, porque se emplea el lenguaje de un modo inusual para producir extrañeza y asombro en el receptor, y la conativa, porque se quiere influir en el receptor para provocar en él una reacción determinada. En este sentido, resulta fundamental la utilización al inicio del anuncio de la interrogación retórica: ¿Conoce el nuevo cuento de la cigarra y la hormiga? A partir de esa pregunta, se produce una reiteración rítmica producida por las formas verbales (los sucesos pasados contados en un tono infantil). Esos verbos en pasado se mantienen hasta el mensaje final, que recupera de nuevo el presente de indicativo (la moraleja) y acaba con las formas de imperativo del eslogan (sea, desgrave, disfrute). Los adjetivos apenas tienen relevancia más que en dos casos en que reflejan conductas opuestas: hormiga despreocupada-hormiga lista. Sí cobran notable importancia los sustantivos, pues tienen un carácter simbólico relacionado con los comportamientos que quiere transmitir el mensaje: hormiga, cigarra, verano, invierno. Los adverbios ahora y después son fundamentales en el eslogan porque sintetizan todo el sentido del mensaje publicitario junto a los demás términos indicadores de tiempo (verano, invierno; presente, futuro): la época de madurez laboral frente a la época de jubilación. Predominan las oraciones coordinadas copulativas (adición de sucesos) hasta que nos encontramos con una subordinada causal que explica el mensaje (porque en esta vida hay que pensar...). El léxico está claramente connotado: la hormiga y la cigarra adquieren un sentido distinto al que tienen pues representan actitudes propias de los seres humanos (previsor o despreocupado); el verano y el invierno simbolizan épocas en la vida de los hombres (la madurez y la vejez). La cohesión se obtiene por medio de la reiteración semántica (campos semánticos opuestos), la repetición léxica, la sustitución pronominal (lo disfrutó) y los marcadores y conectores textuales (había una vez, luego, y luego, pero también).
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CINE Y LITERATURA-PÁG. 334 Actividades sobre cine y literatura 1. La lengua de las mariposas es una película española dirigida por José Luis Cuerda en 1998. El guión es de Rafael Azcona y está basado en tres cuentos del narrador gallego Manuel Rivas: La lengua de las mariposas, Carmiña y Un saxo en la niebla, publicados en el libro de relatos ¿Qué me quieres, amor? Lee el siguiente texto y responde a las preguntas que se formulan a continuación.
Mearse de miedo O4 ESCUELA /AULA Día. Don Gregorio se quita los guantes y el abrigo, que cuelga de un perchero. MURMULLO DE LOS CHICOS Ya en su mesa, el maestro recoge una regla, y dándose golpecitos en la palma de la mano, saluda: DON GREGORIO Buenos días. CHICOS (A coro) ¡Buenos días, don Gregorio! Don Gregorio, ladeando la cabeza, busca con la mirada hasta localizar a Moncho en la última fila de pupitres: el niño, agachándose, intenta esconderse. El maestro le apunta con la regla: DON GREGORIO A ver, usted, el nuevo. ¡Póngase de pie! Moncho, abrazado a su inhalador, obedece. CUCHICHEOS DON GREGORIO ¿Cómo se llama? UN CHICO (Su voz) ¡Gorrión! ¡Se llama gorrión! DON GREGORIO Venga, acérquese. RISAS SOFOCADAS Moncho llega hasta la tarima, cohibido por las risas de sus condiscípulos. DON GREGORIO (Cariñoso) Responda. ¿O quiere que le llamemos todos Gorrión? 238
LA CLASE ESTALLA EN UNA CARCAJADA Moncho se está meando. Los chicos de la primera fila de pupitres lo advierten. CHICOS ¡Se está meando! GRAN ALBOROTO Moncho echa a correr y escapa sin atender las llamadas de don Gregorio, que, preocupado, baja de la tarima: DON GREGORIO Hombre... Espere... ¡Vuelva aquí! RAFAEL AZCONA: La lengua de las mariposas. a) ¿Cuántos personajes intervienen en el texto? ¿Hay algún personaje que no hable? ¿Quién es? Los personajes son don Gregorio el maestro, los chicos de la clase y Moncho, al que llaman Gorrión. b) ¿En qué lugar se produce la acción? ¿Por qué tiene miedo uno de los chicos? ¿Qué le sucede al salir a la tarima? El escenario es el aula de un colegio. Moncho tiene miedo porque es el primer día que acude a clase. Cuando sale a la tarima a instancias del maestro, se mea encima. c) ¿Cuál es el tema del texto? Los nervios y la timidez de un niño al llegar nuevo a un colegio. d) ¿En cuántas partes se divide la secuencia? Señala en qué momento empieza y acaba cada una y cuál es la relación entre las partes. La primera parte es la llegada del maestro al aula y va hasta … ¡Buenos días, don Gregorio! La segunda parte comprende la llamada del maestro a Moncho, su salida a la tarima y el hecho de orinarse encima, con las consiguientes burlas; abarca hasta GRAN ALBOROTO. La última parte es la fuga de Moncho de la escuela.
CINE Y LITERATURA-PÁG. 335 El guión que has leído es la adaptación de un texto narrativo. El cuento de Manuel Rivas contaba esta escena de la siguiente forma: El miedo, como un ratón, me roía las entrañas. Y me meé. No me meé en la cama, sino en la escuela. Lo recuerdo muy bien. Han pasado tantos años y aún siento una humedad cálida y vergonzosa resbalando por las piernas. Estaba sentado en el último pupitre, medio agachado con la esperanza de que nadie reparase en mi presencia, hasta que pudiese salir y echar a volar por la Alameda. —A ver, usted, ¡póngase de pie!
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El destino siempre avisa. Levanté los ojos y vi con espanto que aquella orden iba por mí. Aquel maestro feo como un bicho me señalaba con la regla. Era pequeña, de madera, pero a mí me pareció la lanza de Abd el Krim. —¿Cuál es su nombre? —Pardal. Todos los niños rieron a carcajadas. Sentí como si me golpeasen con las latas en las orejas. —¿Pardal? No me acordaba de nada. Ni de mi nombre. Todo lo que yo había sido hasta entonces había desaparecido de mi cabeza. Mis padres eran dos figuras borrosas que se desvanecían en la memoria. Miré hacia el ventanal, buscando con angustia los árboles de la Alameda. Y fue entonces cuando me meé. Cuando los otros chavales se dieron cuenta, las carcajadas aumentaron y resonaban como latigazos. Huí. Eché a correr como un locuelo con alas. Corría, corría como sólo se corre en sueños cuando viene detrás de uno el Hombre del Saco. MANUEL RIVAS: ¿Qué me quieres, amor? e) ¿Cuáles son las diferencias entre el texto narrativo y el guión cinematográfico? Fíjate en los siguientes puntos: -
¿Quién cuenta la acción en el cuento? ¿Y en la película? En el cuento hay un narrador en primera persona; es decir, es el propio protagonista de los sucesos el que cuenta, años después, sus recuerdos. En el guión hay un narrador aparente en tercera persona, pero no hay que olvidar que al pasar el guión a la película, ese narrador desaparece (o puede aparecer en forma de voz en off, en ocasiones). En este sentido, la narración en el guión sirve, como las acotaciones en los textos teatrales, para indicar lo que se hará al rodar la película.
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¿Qué diferencia de perspectiva narrativa existe entre el guión y el cuento? En el guión la perspectiva es externa; en el cuento, al ser narrado en primera persona, es una perspectiva interna.
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Las reflexiones del narrador en el cuento, ¿aparecen en la película? No aparecen. El relato permite la introspección, mientras que la película muestra preferentemente las acciones y diálogos externos.
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Escribe las intervenciones del maestro en el cuento y en el guión. En el cuento: —A ver, usted, ¡póngase de pie!; —¿Cuál es su nombre? En el guión son más numerosas (la escena está expandida en el tiempo y en su desarrollo): ―Buenos días. ―A ver, usted, el nuevo. ¡Póngase de pie! ―¿Cómo se llama? ―Venga, acérquese. ―Responda. ¿O quiere que le llamemos todos Gorrión?
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El tiempo en el cuento es pasado. ¿Cómo es en el guión? En el guión la narración se hace en tiempo presente.
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