EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
Anexo 01 – CURVAS B-H
Curvas B – H para H < 400 A/m (para exercícios do Capítulo 08) (Cada pequena divisão significa 0,02 T para B e 5 A/m para H)
Curvas B – H para H > 400 A/m (para exercícios do Capítulo 08) (Cada pequena divisão significa 0,02 T para B e 50 A/m para H)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 01
–
ANÁLISE VETORIAL CAPÍTULO 01 ANÁLISE VETORIAL
1.1) Um vetor B é dado por: B = a x + 2a y + 3a z . Determine um vetor A de módulo igual a 3 e componente x unitária de modo que A e B sejam perpendiculares entre si. Resolução:
B = a + 2a + 3a x y z Dados: A = xa x + ya y + za z A ⊥ B A = 3
(01) x =1
A = 3 ⇒ 12 + y2 + z2 = 3 A ⊥ B ⇒ A • B = 0 ⇒ 1 + 2y + 3z = 0 De (03): y =
(02) (03)
− 3z − 1 2
(04)
Substituindo (04) em (02), temos: 2
9z 2 + 6z + 1 2 − 3z − 1 2 1+ + z = 3 ⇒ 1 + + z = 3 ⇒ 13z 2 + 6z − 7 = 0 4 2 7 13 z 2 = −1
1a raiz
(05)
z1 =
2a raiz:
(06)
Substituindo (05) em (04), temos: − 3⋅ y1 =
7 −1 21 1 13 =− − 2 26 2
⇒
Substituindo (06) em (04), temos: − 3 ⋅ ( −1) − 1 3 − 1 y2 = = ⇒ 2 2
y1 = −
y2 = 1
Substituindo (05) e (07) em (01), temos:
17 7 A1 = a x − ay + az 13 13 Substituindo (06) e (08) em (01), temos:
A2 = ax + ay − az – Página 1.1 –
17 13
(07)
(08)
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CAPÍTULO 01
–
ANÁLISE VETORIAL
1.2) Transforme cada um dos seguintes vetores para coordenadas cilíndricas no ponto dado: a) A = 5a x em P (ρ = 4, φ = 120o , z = 2); b) B = 6a y em Q (x = 4, y = 3, z = -1); c) C = 4a x − 2a y − 4a z em R (x = 2, y = 3, z = 5). Resolução: a)
A = Aρ a ρ + Aφ aφ + Az a z onde: A = A • a = 5a • a = 5 cos φ = 5 cos 120 ⇒ A = −2,5 ρ ρ ρ x ρ • a φ = 5a x • a φ = −5 sen φ = −5 sen 120 ⇒ A φ = −4,33 A φ = A A = A • a = 5a • a ⇒ A = 0 z x z z z ∴ A = −2,5a ρ − 4,33a φ
Transformando o ponto Q (x = 4, y = 3, z = -1) de coordenadas cartesianas para cilíndricas, b) temos: ρ = x 2 + y 2 = 5 3 sen φ = Q( ρ ; φ ; z ) = ⇒ Q( ρ = 5; φ = 36,87°; z = −1) y 5 φ = arctg ⇒ φ = 36,87° ⇒ x cos φ = 4 5 mas:
3 B = B • aρ = 6ay • aρ = 6 senφ = 6 ⋅ ⇒ Bρ = 3,6 ρ 5 4 B = B ρ a ρ + Bφ a φ + B z a z onde: Bφ = B • aφ = 6ay • aφ = 6 cosφ = 6 ⋅ ⇒ Bφ = 4,8 5 B = B • a = a • a ⇒ B = 6 0 z y z z z ∴ B = 3,6a ρ + 4,8a φ c) Transformando o ponto R (x = 2, y = 3, z = 5) de coordenadas cartesianas para cilíndricas, temos:
ρ = x 2 + y 2 = 13 R ( ρ ;φ ; z ) = y φ = arctg ⇒ φ = 56,31° ⇒ x
3 sen φ = 13 ⇒ R ρ = 13 ;φ = 56,31°; z = 5 cos φ = 2 13
mas: C = C ρ a ρ + Cφ a φ + C z a z onde: – Página 1.2 –
(
)
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ANÁLISE VETORIAL
2 3 C = C ⋅ a ρ = (4ax − 2ay − 4az ) ⋅ a ρ = 4 cosφ − 2 senφ = 4 ⋅ − 2⋅ ⇒ Cρ = 0,555 ρ 13 13 3 2 − 2⋅ ⇒ Cφ = −4,438 Cφ = C ⋅ aφ = (4ax − 2ay − 4az ) ⋅ aφ = −4 senφ − 2 cosφ = −4 ⋅ 13 13 C = C ⋅ a = (4a − 2a − 4a ) ⋅ a ⇒ C = −4 z x y z z z z ∴ C = 0,555a ρ − 4,438a φ − 4a z 1.3) Um campo vetorial é definido no ponto P (ρ = 20, φ = 120o , z = 10) como sendo: V = 4a ρ + 3a φ + 5a z . Determinar: a) a componente vetorial de V normal à superfície ρ = 20; b) a componente vetorial de V tangente à superfície φ = 120o; c) a componente vetorial de V na direção do vetor R = 6a ρ + 8a φ ; d) um vetor unitário perpendicular a V e tangente ao plano φ = 120o; e) o vetor V no sistema de coordenadas cartesianas; Resolução: a) Dados: V = 4a ρ + 3a φ + 5a z em P (ρ = 20, φ = 120o , z = 10).
Sabe-se que V = VN + VT e que VN = ( V • a ρ )a ρ . Portanto: VN = [(4aρ + 3aφ + 5az ) • a ρ ]aρ ⇒ VN = 4aρ
b) Dados: V = 4a ρ + 3a φ + 5a z em P (ρ = 20, φ = 120o , z = 10).
Sabe-se que V = VN + VT e que VN = ( V • a φ )a φ .
Cálculo de VN : VN = (V • a φ )a φ VN = [(4a ρ + 3a φ + 5a z ) • a φ ]a φ ⇒ VN = 3a φ
– Página 1.3 –
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ANÁLISE VETORIAL
Cálculo de VT : VT = V − VN = (4a ρ + 3a φ + 5a z ) − 3a φ ⇒ VT = 4a ρ + 5a z
c)
Dados: R = 6a ρ + 8a φ .
6a ρ + 8a φ R VR = ( V • a R )a R , onde a R = = ⇒ a R = 0,6a ρ + 0,8a φ 36 + 64 R ∴ VR = [(4a ρ + 3a φ + 5a z ) • (0,6a ρ + 0,8a φ )](0,6a ρ + 0,8a φ ) ⇒ VR = 2,88a ρ + 3,84a φ d) Seja A = Aρ a ρ + Aφ a φ + Az a z o vetor procurado. (01) Aφ = 0, pois A é tangente ao plano φ = 120° Pelas condições apresentadas, temos: A • V = 0, poisA ⊥V (02) A = 1, pois A é um versor (03) De (01), conclui-se que A = Aρ a ρ + Az a z (04)
De (02), conclui-se que: A • V = (Aρ a ρ + Az a z ) • ( 4a ρ + 3a φ + 5a z ) ⇒ 4 Aρ + 5 Az = 0 De (03), conclui-se que Aρ2 + Az2 = 1 5 De (05): Aρ = − Az 4 Substituindo (07) em (06), temos: 25 2 16 A z + A 2z = 1 ⇒ A z = ± = ±0,625 16 41
(05) (06) (07)
(08)
Substituindo (08) em (07), temos: (09)
A ρ = ∓ 0,781 Substituindo (08) e (09) em (01), temos: A = ± − 0,781a ρ + 0,625a z
(
e)
)
Cálculo das componentes, em coordenadas cartesianas, do vetor V :
Vx = V • ax = (4a ρ + 3aφ + 5az ) • ax = 4 cosφ − 3 senφ = 4 cos120 − 3 sen120° ⇒ Vx = −4,598 • a = (4aρ + 3aφ + 5az ) • ay = 4 senφ + 3 cosφ = 4 sen120 + 3 cos120° ⇒ Vy = 1,964 Vy = V y Vz = V • az = (4a ρ + 3aφ + 5az ) • az ⇒ Vz = 5 ∴ V = −4,598a x + 1,964a y + 5a z – Página 1.4 –
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ANÁLISE VETORIAL
1.4) Se a1 é um vetor unitário dirigido da origem ao ponto (-2,1,2), determinar: a) um vetor unitário a 2 paralelo ao plano x = 0 e perpendicular a a1 ; b) um vetor unitário a 3 perpendicular a a1 e a 2 .
Resolução:
Cálculo de a1 : − 2a x + a y + 2a z A1 2 1 2 a1 = = ⇒ a1 = − a x + a y + a z 3 3 3 A1 ( −2) 2 + 12 + 2 2
a)
Seja a 2 = a2 a x + a2 a y + a2 a z o vetor procurado. x y z
a 2x = 0, pois a 2 é paralelo ao plano x = 0 Pelas condições apresentadas, temos: a 2 • a1 = 0, pois a 2 ⊥a1 a = 1, pois a é um versor 2 2 De (01), conclui-se que: a 2 = a2 a y + a2 a z y z
(01) (02) (03)
(04)
De (02), conclui-se que:
2 1 2 a2 • a1 = (a2 ay + a2 az ) • (− ax + ay + az ) y z 3 3 3 1 2 ∴ a 2 • a1 = a 2 + a 2 = 0 3 y 3 z
(05)
De (03), conclui-se que a 22 + a 22 = 1 y z
(06)
De (05), a 2 = −2 a 2 y z
(07)
Substituindo (07) em (06), temos: 5 4 a 22 + a 22 = 1 ⇒ a 2 = ± z z z 5
(08) – Página 1.5 –
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ANÁLISE VETORIAL
Substituindo (08) em (07), temos: a2 = ∓ y
2 5 5
(09)
Substituindo (08) e (09) em (04), temos:
5 a2 = ± − 2a y + a z 5
(
b)
)
Seja a 3 = a3 a x + a3 a y + a3 a z o vetor procurado. x y
z
Pelas condições apresentadas, temos:
a 3 = a1 × a 2 , pois a 3 ⊥ ao plano formado por a1 e a 2 a 3 = 1, pois a 3 é um versor
(01) (02)
De (01), conclui-se que
ax
ay
a3 = − 23
1 3 ±2 5
0
az
5 4 5 2 5 4 5 3 ⇒ a3 = ± 15 ± 15 a x ± 15 a y ± 15 az 5 ± 5 5 2
5 Logo: a 3 = ± 5a x + 2a y + 4a z 15
(
)
1.5) Determinar: a) qual é a componente escalar do vetor E = − ya x − xa y no ponto P (3, -2, 6 ) que está apontada para o ponto Q (4, 0, 1 ); b) qual é a equação (escalar) da linha no plano z = 0 que é perpendicular ao vetor A = 3a x − 4a y e passa através do ponto P (1, 5, 0 )? Resolução: a)
Definições: E P é o vetor dado E no ponto P ⇒ E P = − ya x − xa y ⇒ E P = 2a x − 3a y PQ é um vetor dirigido do ponto P para o ponto Q. E P é a componente escalar de E P na direção de E PQ . Q
a PQ . é o vetor unitário de PQ – Página 1.6 –
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ANÁLISE VETORIAL
a x + 2a y − 5a z PQ a x + 2a y − 5a z Cálculo de a PQ : a PQ = = ⇒ a PQ = 1 + 4 + 25 30 PQ
Cálculo de E P : Q a x + 2a y − 5a z E P = E P • a PQ ⇒ E P = (2a x − 3a y ) • Q Q 30
⇒ EP = − 4 Q 30
b)
Seja v = ( x − 1)a x + ( y − 5)a y o vetor dirigido de P para Q (vetor na direção da linha). Mas v ⊥ A ⇒ A • v = 0 ∴ (3ax − 4ay ) • [(x − 1)ax + (y − 5)ay ] = 0 ⇒ 3(x − 1) − 4(y − 5) = 0 ⇒ 3x - 4y + 17 = 0
Assim, 3x-4y+17=0 é a equação da linha no plano z = 0 que é perpendicular ao vetor A e passa pelo ponto P 1.6) Encontrar o vetor em coordenadas: a) cartesianas que se estende de P (ρ = 4, φ = 10o , z = 1) a Q (ρ = 7, φ = 75o , z = 4). b) cilíndricas no ponto M (x = 5, y = 1, z = 2) que se estende até N (x = 2, y = 4, z = 6). Resolução:
P ( ρ = 4; φ = 10°; z = 1) Dados: Q ( ρ = 7; φ = 75°; z = 4 )
a)
Definindo PQ como o vetor, em coordenadas cartesianas, que estende-se do ponto P ao ponto Q, temos: PQ = OQ − OP = PQ x a x + PQ y a y + PQz a z , onde OQ é o vetor dirigido da origem ao ponto Q e OP é o vetor dirigido da origem ao ponto P.
Cálculo do vetor OP :
OPx = ρ cos φ = 4 cos 10 ° ⇒ OPx = 3,939 OP = OPx a x + OPy a y + OPz a z , onde: OPy = ρ sen φ = 4 sen 10 ° ⇒ OPy = 0,695 OPz = z ⇒ OPz = 1 ∴ OP = 3,939a x + 0,695a y + a z – Página 1.7 –
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ANÁLISE VETORIAL
Cálculo do vetor OQ :
OQ = OQx a x + OQ y a y + OQz a z ,onde:
OQ x = ρ cos φ = 7 cos 75° ⇒ OQ x = 1,812 OQ y = ρ sen φ = 7 sen 75° ⇒ OQ y = 6,761 OQz = z ⇒ OQz = 4
∴ OQ = 1,812a x + 6,761a y + 4a z mas: PQ = OQ − OP = PQ x a x + PQ y a y + PQz a z , onde:
b)
PQ x = OQ x − OPx ⇒ PQ x = −2,13 PQ y = OQ y − OPy ⇒ PQ y = 6,07 ⇒ PQ = −2,13a x + 6,07a y + 3a z PQ z = OQ z − OPz ⇒ OQ z = 3 M (x = 5; y = 1; z = 2 ) Dados: Q ( ρ = 7; φ = 75°; z = 4 ) Podemos escrever o vetor MN em coordenadas cartesianas da seguinte forma: MN = ON − OM = MNx a x + MNy a y + MNz a z , onde ON = 2a x + 4a y + 6a z e OM = 5a x + a y + 2a z .Portanto,
MNx = −3 ; MNy = 3 ; MNz = 4 e MN = −3a x + 3a y + 4a z .
Cálculo do vetor MN em coordenadas cilíndricas:
MN = MN ρ a ρ + MNφ a φ + MNz a z onde: MN ρ = MN ⋅ a ρ = ( −3a x + 3a y + 4a z ) ⋅ a ρ = −3 cos φ + 3 sen φ MNφ = MN ⋅ a φ = ( −3a x + 3a y + 4a z ) ⋅ a φ = 3 sen φ + 3 cos φ MNz = MN ⋅ a z = ( −3a x + 3a y + 4a z ) ⋅ a z = 4 ρ = x 2 + y 2 = 26 y 1 No ponto M, temos: senφ = = ρ 26 x 5 cosφ = = ρ 26 5 1 12 MN = − 3 + 3 ⇒ MN = − ρ ρ 26 26 26 1 5 18 Portanto: MNφ = 3 +3 ⇒ MNφ = 26 26 26 MN = 4 z 12 18 Logo: MN = MN ρ a ρ + MNφ a φ + MN z a z ⇒ MN = − aρ + a φ + 4a z 26 26 – Página 1.8 –
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ANÁLISE VETORIAL
1.7) Sejam os pontos P ( 3, -4, 5 ) e Q ( 1, 2, 3 ) e W um vetor localizado no ponto P cuja magnitude seja igual à distância entre P e Q. Determine o vetor W apontado para Q: a) no sistema de coordenadas cartesianas; b) no sistema de coordenadas cilíndricas; c) no sistema de coordenadas esféricas. Resolução:
No ponto P, temos: ρ = x2 + y2 = 5 y y x (01) φ = arctg = −53,13° ; senφ = = −0,8 ; cosφ = = 0,6 ρ ρ x x2 + y2 z θ = arctg ρ = 135° ; senθ = = −0,7071 ; cosθ = = −0,7071 2 2 2 2 2 2 z x +y +z x +y +z a)
W = Wx a x + Wy a y + Wz a z ∴ W = (1 − 3)a x + (2 − (−4))a y + (3 − (−5))a z ⇒ W = −2a x + 6a y + 8az
b)
W = Wρ a ρ + Wφ a φ + Wz a z
Cálculo das componentes, em coordenadas cilíndricas, do vetor W :
Wρ = W • aρ = (−2ax + 6ay + 8az ) • aρ = −2 cosφ + 6 senφ = −2(0,6) + 6(−0,8) ⇒ Wρ = −6 • aφ = (−2ax + 6ay + 8az ) • aφ = 2 senφ + 6 cosφ = 2(−0,8) + 6(0,6) ⇒ Wφ = 2 Wφ = W Wz = W • az = (−2ax + 6ay + 8az ) • az ⇒ Wz = 8 ∴ W = −6a ρ + 2a φ + 8a z c)
W = Wr a r + Wθ aθ + Wφ a φ
(01)
Cálculo das componentes, em coordenadas esféricas, do vetor W :
Wr = W • ar = (−2ax + 6ay + 8az ) • ar ⇒ Wr = −2 senθ cosφ + 6 senθ senφ + 8 cosθ Wθ = W • aθ = (−2ax + 6ay + 8az ) • aθ ⇒ Wθ = −2 cosθ cosφ + 6 cosθ senφ − 8 senθ W = W • aφ = (−2ax + 6ay + 8az ) • aφ ⇒ Wφ = 2 senφ + 6 cosφ φ – Página 1.9 –
(02) (03) (04)
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ANÁLISE VETORIAL
Substituindo (01) em (02), temos:
Wr = −2(0,7071)(0,6) + 6(0,7071)( −0,8) + 8( −0,7071) ⇒ Wr = −9,90
(05)
Substituindo (01) em (03), temos: Wθ = −2( −0,7071)(0,6) + 6( −0,7071)( −0,8) − 8(0,7071) ⇒ Wθ = −1,41
(06)
Substituindo (01) em (04), temos:
Wφ = 2(0,8) + 6(0,6) ⇒ Wφ = −2
(07)
Substituindo (05), (06) e (07) em (01), temos: W = −9,90a r − 1,41aθ + 2a φ
1.8) Um campo vetorial é definido no ponto P ( r = 10, θ = 150o, φ = 60o ) como sendo: G = 3a r + 4aθ + 5a φ . Determinar: a) a componente vetorial de G normal a superfície r = 10; b) a componente vetorial de G tangente ao cone θ = 150o; c) a componente vetorial de G na direção do vetor R = 6a r + 8a φ ; d) um vetor unitário perpendicular a G e tangente ao plano φ = 60o; Resolução: a)
Dados: G = 3a r + 4aθ + 5a φ em P ( r = 10, θ = 150o, φ = 60o ).
Sabe-se que G = G N + G T e que G N = (G • a r )a r . Portanto: G N = [(3a r + 4aθ + 5a φ ) • a r ]a r ⇒ G N = 3a r
b) Dados: G = 3a r + 4aθ + 5a φ em P ( r = 10, θ = 150o, φ = 60o ).
Sabe-se que G = G N + G T e que G N = (G ⋅ aθ )aθ .
Cálculo de G N : G N = (G • aθ )aθ = [(3a r + 4aθ + 5a φ ) • aθ ]aθ ⇒ G N = 4aθ – Página 1.10 –
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c)
–
ANÁLISE VETORIAL
Cálculo de G T : G T = G − G N = (3a r + 4aθ + 5a φ ) − 4aθ ⇒ G T = 3a r + 5a φ Dados: R = 6a r + 8a φ 6a r + 8a φ R G R = (G • a R )a R , onde a R = = ⇒ a R = 0,6a r + 0,8a φ 36 + 64 R
∴ G R = [(3a r + 4aθ + 5a φ ) • (0,6a r + 0,8a φ )](0,6a r + 0,8a φ ) ⇒ G R = 3,48a r + 4,64a φ d) Dados: G = 3a r + 4aθ + 5a φ em P ( r = 10, θ = 150o, φ = 60o ).
Seja S = Sr a r + Sθ aθ + Sφ a φ o vetor procurado. Sφ = 0, pois S é tangente ao plano φ = 60° Pelas condições apresentadas, temos: S ⋅ G = 0, pois S⊥G S = 1 , pois S é um versor De (01), conclui-se que S = Sr a r + Sθ aθ
(01) (02) (03)
(04)
De (02), conclui-se que : S • G = (S r a r + Sθ aθ ) • (3a r + 4aθ + 5a φ ) ⇒ 3 S r + 4 Sθ = 0
(05)
De (03), conclui-se que Sr2 + Sθ2 = 1
(06)
4 De (05): Sr = − Sθ 3
(07)
Substituindo (07) em (06), temos: 16 2 3 Sθ + Sθ2 = 1 ⇒ Sθ = ± 9 5
(08)
Substituindo (08) em (07), temos: 4 5 Substituindo (08) e (09) em (04), temos: Sr = ∓
3 4 S = ± a r − aθ 5 5 – Página 1.11 –
(09)
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–
CAPÍTULO 02
LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO
CAPÍTULO 02 LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO 2.1) Um fio de 2 m está carregado uniformemente com 2 µC. A uma distância de 2 m de sua extremidade, no seu prolongamento, está uma carga pontual de 2 µC. Obter o ponto no espaço onde o campo elétrico seja nulo. Resolução:
Definições: P (2+d; 0; 0) é o ponto onde o campo elétrico resultante é nulo. E1 é o campo elétrico gerado em P pela carga Q. E 2 é o campo elétrico gerado em P pelo fio.
Cálculo do campo elétrico gerado em P pela carga Q: E1 =
Q 4πε o ( 2 − d)
2
( −a x ) , onde Q = 2µC.
(01)
Cálculo do campo elétrico gerado em P pelo fio: E2 =
[ ]
2 µC ∆Q ρL = = ⇒ ρL = 1 C a ,onde: m ∫ 4πε (2 − x + d) 2 x ∆L 2m dL = dx o
ρ L dL
2 De (01), conclui-se que E 2 = ∫
ρ L dx
x = 0 4πε o ( 2 − x + d)
u = 2 − x + d Substituição de variáveis na integral: du = −dx
2
ax
(02)
(03)
(04)
Substituindo (04) em (03), temos: 2 ρ E2 = L ∫ 4πε o
2 ρ u −1 ρ du 1 ax ⇒ E2 = L ax ⇒ E2 = − L a x 2 4πε o − 1 4πε o 2 − x + d x = 0 x =0 u
ρ 1 1 ∴ E2 = − L − 4πε o d 2 + d
(05)
– Página 2.1 –
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–
CAPÍTULO 02
LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO
Para o campo elétrico ser nulo em P, é necessário que E1 + E 2 = 0 .
(06)
Substituindo (01) e (05) em (06), temos: 2 ⋅ 10 − 6
1 ⋅ 10 − 6 − 4πε o 4πε o (2 − d) 2
1 2 1 1 1 − + =0 d − 2 + d = 0 ⇒ ( 2 − d) 2 d 2 + d
2d(2 + d) − (2 + d)(2 − d) 2 + d(2 − d) 2 = 0 2 4d + 2d 2 − 8 + 8d − 2d 2 − 4d + 4d 2 − d 3 + 4d − 4d 2 + d 3 = 0 ⇒ d = [m] 3 Logo, as coordenadas do ponto P são: ( 2,67; 0; 0 ) [m]
2.2) Uma linha de carga com ρL = 50 ηC/m está localizada ao longo da reta x = 2, y = 5, no vácuo. a) Determinar E em P (1, 3, -4 ); b) Se a superfície x = 4 contém uma distribuição superficial de carga uniforme com ρS = 18 ηC/m2, determinar em que ponto do plano z = 0 o campo elétrico é nulo. Resolução: a)
Campo elétrico para uma linha de cargas:
ρ é o vetor dirigido da linha para o ponto P ρL EL = a ρ , onde: ρ = ρ 2πε o ρ a é o unitário de ρ ρ
(01)
Cálculo de ρ e de ρ:
ρ = (1 − 2)a x + (3 − 5)a y + 0a z ⇒ ρ = −a x − 2a y (02)
ρ = 12 + 2 2 ⇒ ρ = 5
Cálculo de a ρ :
ρ − a x − 2a y aρ = = ρ 5
(03) – Página 2.2 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02
–
LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO
Substituindo (02) e (03) em (01), temos: 50 ⋅ 10 − 9 − a x − 2a y ⇒ E = 180(−a x − 2a y ) E= ⋅ 2πε o 5 5 E = −180a x − 360a y [V m]
b)
Para E T ser nulo no ponto Q (x, y, 0 ), este deve estar localizado entre o plano e a linha.
Campo elétrico para uma linha de cargas:
ρ é o vetor dirigido da linha para o ponto P ρL EL = a ρ , onde: ρ = ρ 2πε o ρ a é o unitário de ρ ρ
Campo elétrico para uma distribuição superficial de cargas:
ρ E P = S a N , onde: a N é o unitário normal à superfície na direcão de (x, y, 0). 2ε o
(01)
(02)
Cálculo do campo elétrico no ponto Q devido à linha:
ρ = ( x − 2)a x + ( y − 5)a y ; ( x − 2)a x + ( y − 5)a y a = ρ ( x − 2) 2 + ( y − 5) 2
ρ = ( x − 2) 2 + ( y − 5) 2
– Página 2.3 –
(03)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02
–
LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO
Substituindo (03) em (01), temos:
EL =
∴ EL
(x − 2) a x + ( y − 5) a y ρL ρL a ρ ⇒ EL = 2πε o ρ 2πε o (x − 2) 2 + (y − 5) 2 (x − 2) 2 + ( y − 5) 2 ρL = [(x − 2) a x + (y − 5) a y ] (04) 2 2 2πε o [(x − 2) + (y − 5) ]
Cálculo do campo elétrico no ponto Q devido à superfície: a N = −a x
(05)
Substituindo (05) em (02), temos:
ρ EP = − S a x 2ε o
(06)
Mas E T = E L + E P = 0
(07)
Substituindo (04) e (06) em (07):
ET =
ρL 2πε o (x − 2) 2 + (y − 5) 2 50 ⋅ 10 − 9
2π ⋅
⋅
10 − 9 36π
⋅
(x − 2) 2 + (y − 5) 2
(x − 2) a x + (y − 5)a y (x − 2) 2 + ( y − 5) 2
(x − 2) a x + ( y − 5) a y (x − 2) 2 + ( y − 5) 2
−
−
ρS ax = 0 2ε o
18 ⋅ 10 − 9 ax = 0 10 − 9 2⋅ 36π
900( y − 5) 900(x − 2) − 324π a x + ay = 0 (x − 2) 2 + (y − 5) 2 (x − 2) 2 + (y − 5) 2 900(y − 5) =0⇒ y=5 2 2 (x − 2) + (y − 5) ∴ 900(x − 2) 900 − 324π = 0 ⇒ = 324π ⇒ x = 2,88 2 2 x − 2 (x − 2) + (y − 5) Logo, as coordenadas do ponto Q são: (x = 2,88; y = 50;z = 0). 2.3) Oito cargas pontuais de 1 µC cada uma estão localizadas nos vértices de um cubo de 1 m de lado, no espaço livre. Encontrar E no centro: a) do cubo; b) de uma face do cubo; c) de uma aresta do cubo;
– Página 2.4 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02
–
LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO
Resolução:
P ( 0,5; 0,5; 0,5 )é o centro do cubo; K ( 0,5; 1; 0,5 )é o centro de uma face; M ( 1; 0,5; 0 )é o centro de uma aresta.
a) Como as cargas são todas iguais e simétricas, elas produzem campos iguais e em oposição. Logo, o campo elétrico em P é nulo.
b) E K = E GK + E CK + E BK + E FK + E AK + E EK + E HK + E DK , onde: E K é o campo gerado em K pelas carga em G, C, B, F, A, E, H e D; E GK é o campo gerado em K pela carga em G; E CK é o campo gerado em K pela carga em C; E BK é o campo gerado em K pela carga em B; E FK é o campo gerado em K pela carga em F; E AK é o campo gerado em K pela carga em A; E EK é o campo gerado em K pela carga em E; E HK é o campo gerado em K pela carga em H; E DK é o campo gerado em K pela carga em D; Por simetria:
E GK + E CK + E BK + E FK = 0 , o que torna E K = E AK + E EK + E HK + E DK .
Cálculo de E AK : R AK é o vetor dirigido da carga em A ao ponto K ; Q E Ak = aR , onde: R AK = R AK ; AK 4πε o R 2AK é um versor de R AK . a R AK
– Página 2.5 –
(01)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 02
LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO
R AK = 0,5a x + a y + 0,5a z ∴ E Ak =
Q 32 4πε o R AK
;
R AK = 1,5
R AK
;
aR
R AK = AK R AK (02)
Cálculo de E EK : R EK é o vetor dirigido da carga em E ao ponto K ; Q E Ek = a R , onde: R EK = R AK = R EK = R AK ; EK 4πε o R 2EK a R é um versor de R EK . EK R EK R EK = −0,5a x + a y + 0,5a z ; R EK = R AK = 1,5 ; aR = EK R AK ∴ E Ek =
Q 32 4πε o R AK
R EK
(03)
Cálculo de E HK : R HK é o vetor dirigido da carga em H ao ponto K ; Q E Hk = aR , onde: R HK = R AK = R HK = R AK ; HK 4πε o R 2HK é um versor de R HK . a R HK R HK R HK = −0,5a x + a y − 0,5a z ; R HK = R AK = 1,5 ; aR = HK R AK ∴ E Hk =
Q 32 4πε o R AK
R HK
(04)
Cálculo de E DK : R DK é o vetor dirigido da carga em D ao ponto K ; Q E Dk = aR , onde: R DK = R AK = R DK = R AK ; DK 4πε o R 2DK é um versor de R DK . a R DK R DK R DK = 0,5a x + a y − 0,5a z ; R DK = R AK = 1,5 ; aR = DK R AK ∴ E Dk =
Q 32
4πε o R AK
R DK
(05)
– Página 2.6 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 02
LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO
Substituindo (02), (03), (04) e (05) em (01): Ek =
Q 32 4πε o R AK
( R AK + R EK + R HK + R DK )
(06)
Mas:
RAK + REK + RHK + RDK = (0,5ax + ay + 0,5az ) + (−0,5ax + ay + 0,5az) + (−0,5ax + ay − 0,5az ) + (0,5ax + ay − 0,5az ) (07) ∴RAK + REK + RHK + RDK = 4ay
Substituindo (07) em (06) ,temos: Ek =
4Q
a y ⇒ Ek = 32
4πε o R AK
4 ⋅ 10 − 9 4πε o 1,5
E k = 19,57 a y ⇒ E k = 19,57
32
ay
[V m]
c) E M = E EM + E FM + E AM + E BM + E HM + E GM + E CM + E DM , onde: E M é o campo gerado em M pelas cargas em E, F, A, B, H, G, C e D; E EM é o campo gerado em M pela carga em E; E FM é o campo gerado em M pela carga em F; E AM é o campo gerado em M pela carga em A; E BM é o campo gerado em M pela carga em B; E HM é o campo gerado em M pela carga em H; E GM é o campo gerado em M pela carga em G; E CM é o campo gerado em M pela carga em C; E DM é o campo gerado em M pela carga em D; Por simetria: E EM + E FM = 0 Portanto: E M = E AM + E BM + E HM + E GM + E CM + E DM
(01)
Cálculo de E AM :
R AM é o vetor dirigido da carga em A ao ponto M ; Q E AM = aR , onde: R AM = R AM ; AM 4πε o R 2AM é um versor de R AM . a R AM – Página 2.7 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02
–
LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO
R AM = a x + 0,5a y + 0a z ∴ E AM =
Q 32
4πε o R AM
;
R AM = 1,25
R AM
;
aR
R AM = AM R AM (02)
Cálculo de E BM :
R BM é o vetor dirigido da carga em B ao ponto M; Q E BM = aR , onde: R BM = R AM = R BM = R AM ; BM 4πε o R 2BM é um versor de R BM . a R BM R BM R BM = a x − 0,5a y + 0a z ; R BM = R AM = 1,25 ; aR = BM R AM ∴ E BM =
Q 32
4πε o R AM
R BM
(03)
Cálculo de E HM :
R HM é o vetor dirigido da carga em H ao ponto M ; Q E HM = aR , onde: R HM = R AM = R HM = R AM ; HM 4πε o R 2HM é um versor de R HM . a R HM R HM R HM = 0a x + 0,5a y − a z ; R HM = R AM = 1,25 ; aR = HM R AM ∴ E HM =
Q 32 4πε o R AM
R HM
(04)
Cálculo de E GM : R GM é o vetor dirigido da carga em G ao ponto M ; Q E GM = aR , onde: R GM = R AM = R GM = R AM ; 2 GM 4πε o R G M é um versor de R GM . a R GM R GM = R GM = 0a x − 0,5a y − a z ; R GM = R AM = 1,25 ; aR GM R AM ∴ E GM =
Q 32
4πε o R AM
R GM
(05)
– Página 2.8 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 02
LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO
Cálculo de E DM :
R DM é o vetor dirigido da carga em D ao ponto M ; Q E DM = aR , onde: R DM = R DM ; DM 4πε o R 2DM é um versor de R DM . a R DM R DM R DM = a x + 0,5a y − a z ; R DM = 2,25 ; aR = DM R DM ∴ E DM =
Q 32
4πε o R DM
R DM
(06)
Cálculo de E CM : E CM =
Q 2 4πε o R C M
R CM = a x − 0,5a y ∴ E CGM =
R CM é o vetor dirigido da carga em C ao ponto M ; aR , onde: R CM = R DM = R CM = R DM ; CM é um versor de R CM . a R CM R CM − a z ; R CM = R DM = 2,25 ; aR = CM R DM
Q 32
4πε o R DM
R CM
(07)
Substituindo (02), (03), (04), (05), (06) e (07) em (01), temos: EM =
Q R AM + R BM + R HM + R GM R DM + R CM + 32 32 4πε o R AM R DM
(08)
Mas: R AM + R BM + R HM + R GM = (a x + 0,5a y ) + (a x − 0,5a y ) + (0,5a y − a z ) + (0,5a y − a z ) (09) ∴ R AM + R BM + R HM + R GM = 2a x − 2a z e R DM + R CM = (a x + 0,5a y − a z ) + (a x − 0,5a y − a z )
∴ R DM + R CM = 2a x − 2a z
(10)
Substituindo (09) e (10) em (08), temos: 2a x − 2a z 2a x − 2a z + 32 2,25 3 2 1,25 E M = 18,21a x − 18,21a z ⇒ E M = 25,76 1 ⋅ 10 − 9 EM = 4πε o
– Página 2.9 –
[V m]
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02
–
LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO
2.4) Uma distribuição linear uniforme de cargas no eixo z é definida como sendo ρL = 10π ηC/m para z ≥ 0 e ρL = 0 para z < 0. Determinar qual deverá ser a densidade superficial de cargas no plano infinito z = 0 de modo que o campo elétrico resultante no ponto P ( 0, 3, 0 ) tenha direção normal ao eixo z. Determinar também o campo elétrico resultante.
Cálculo do campo elétrico no ponto P devido ao plano: ρ ρ E P = S a N , onde : a N = a z ⇒ E P = S a z 2ε o 2ε o
(01)
Cálculo do campo elétrico no ponto P devido à linha: R = 3a y − za z ρ L dz EL = ∫ a R , onde R = R = 9 + z 2 4πε o R 2 3a y − za z a R = 9 + z2 ρ L (3a y − za z ) EL = dz = E + E y z 4πε o ∫ (9 + z 2 )3 2
ρL EL = 4πε o
3dz
∫ (9 + z 2 )3 2 a y
−
ρL 4πε o
zdz
∫ (9 + z 2 )3 2 a z
ρL 3dz ay E y = 4πε ∫ 2 32 o (9 + z ) ∴ ρL zdz az E z = − 4πε ∫ 2 32 o (9 + z ) – Página 2.10 –
(02)
(03)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02
–
LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO
Para que o campo elétrico resultante no ponto P ( 0, 3, 0 ) tenha direção normal ao eixo z, a condição de E P = E z deve ser satisfeita. Fazendo (01) = (04), temos:
ρS ρ zdz = L ∫ 2 2ε o 4πε o (3 + z 2 ) 3 2
(05)
z = 3tgθ Substituição de variáveis na integral: dz = 3 sec 2 θdθ
(06)
Substituindo (06) em (05), temos:
ρS =
3tgθ .3 sec 2 θdθ 10π ⋅ 10 − 9 5 ⋅ 10 − 9 ⋅∫ ⇒ ρS = 2π 3 27 sec 3 θ
5 ⋅ 10 − 9 [− cos θ ]θ90=°0 ⇒ ρ S = 5 ρS = 3 3
∫
sen θ . cos θ dθ cos θ
C η m 2
Cálculo do campo elétrico resultante ( E TOTAL ):
Como o campo elétrico resultante no ponto P ( 0, 3, 0 ) apresenta somente uma componente na direção de a y , conclui-se que E TOTAL = E y (07) Substituindo (03) em (07), temos: ρ E TOTAL = L 4πε o
3dz
∫ (3 2 + z 2 ) 3 2 a y
(08)
z = 3tgθ Substituição de variáveis na integral: dz = 3 sec 2 θdθ
(09)
Substituindo (09) em (08), temos: 10π ⋅ 10 − 9 3.3 sec 2 θdθ 5 ⋅ 10 − 9 E TOTAL = ⋅∫ ay = ⋅ ∫ cos θ dθa y 4πε o 6ε o 27 sec 3 θ 5 ⋅ 10 − 9 E TOTAL = [sen θ ]θ90=°0 a y ⇒ E TOTAL = 94,12 V m 6ε o
[ ]
– Página 2.11 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 02
LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO
2.5) Dado o campo vetorial D = x 2 a x + ( y + z )a y + xya z [C/m2]. Determinar o fluxo de D através da superfície triangular no plano xz, delimitada pelo eixo x, pelo eixo z, e pela reta x + z = 1 .
D = x 2 a x + ( y + z )a y + xya z Dados: ; dS = dxdza y
Resolução:
Φ =
D ∫ • dS ⇒ Φ =
∫ (x
S
S
2
a x + (y + z ) a y + xy a z ) • dxdz a y 1 1− x
1 1− x
1
1− x
z2 Φ = ∫ ∫ (y + z)dzdx ⇒ Φ = ∫ ∫ zdzdx ⇒ Φ = ∫ dx 2 ( y = 0) z=0 x =0 z=0 x =0 x =0 z=0 1
∫
Φ =
x =0
1 Φ = 2
(1 − x) 2 dx ⇒ Φ = 2
1
∫
x =0
1 − 2x + x 2 dx 2
1
x3 1 2 ⇒ Φ = 1 − 1 + x − x + 3 2 x =0
1 1 [C] ⇒ Φ = 3 6
2.6) Dado o campo E = 15x 2 y a x + 5 y 3 a y , encontrar, no plano xy: a) a equação da linha de força que passa através do ponto P ( 2, 3, -4 ); b) um vetor unitário a E especificando a direção de E no ponto P; c) um vetor unitário a N que é perpendicular a E no ponto P. Resolução:
a)
Ex = 15x 2 y 2 3 E = Ex a x + Ey a y = 15x y a x + 5 y a y ⇒ 3 E y = 5 y Dados: P ( 2, 3, -4 ) dy Ex dy 5y 3 dy y2 dy dx = ⇒ = ⇒ = ⇒ 3 = 2 2 2 dx Ey dx 15x y dx 3x y x2 3∫
dy y2
=
dx
∫ x2
1 1 ⇒ 3 − = − + c x y – Página 2.12 –
(01)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02
–
LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO
Substituindo em (01) as coordenadas do ponto P, temos: 1 1 1 3− = − + c ⇒ c = 2 2 3
(02)
Substituindo (02) em (01), temos:
-
3 1 1 = − − y x 2
Portanto, a Equação da linha de Força é: -6 x + 2 y + xy = 0 ou 6 x-2 y − xy = 0 b)
E P é o vetor E definido no ponto P ( 2, 3, - 4 ). ∴ E P = (15 . 2 2. 3) a x + (5 . 33 ) a y ⇒ E P = 180 a x + 135 a y 180 a x + 135 a y EP aE = ⇒ aE = EP 180 2 + 135 2 180 a x + 135 a y aE = ⇒ a E = 0,8 a x + 0,6 a y 225
c)
a N • a E = 0, pois a N ⊥ a E ; Seja a N = m a x + n a y de modo que : a N = 1, pois a N é um versor.
(01) (02)
De (01), conclui-se que: ( m a x + n a y ) • ( 0,8 a x + 0,6 a y ) = 0 ⇒ 0,8 m + 0,6 n = 0 0,6 0,8 m = −0,6 n ⇒ m = n ⇒ m = -0,75 n 0,8 De (02), conclui-se que: m 2 + n 2 = 1
(04)
Substituindo (04) em (03) ,temos:
(-0,75 n) 2 + n 2 = 1 ⇒ n 2 =
1 1 + (0,75)
2
⇒ n 2 = 0,64, ⇒ n = ± 0,8
(05)
Substituindo (05) em (03), temos: m = -0,75 . (±0,8) ⇒ m = ∓ 0,6 Substituindo (05) e (06) em (01), temos: a N = ∓ 0,6 a x ± 0,8 a y – Página 2.13 –
(06)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02
–
LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO
2.7) Um cilindro de raio a e altura 2a possui as bases com cargas simétricas de densidade ρS constante. Calcular o campo elétrico no seu eixo, a meia distância entre as bases.
1
Resolução:
Sabe-se que E R = E1 + E 2 = ERρ a ρ + ERφ a φ + ERz a z onde, E R é o campo resultante, E1 é o campo gerado no ponto em questão devido à distribuição da base do cilindro (1) e E 2 é o campo gerado no ponto em questão devido à distribuição do topo do cilindro (2). Devido à simetria das distribuições, E R não apresenta componentes nas direções de a ρ e de a φ ( ERρ = ERφ = 0 ). Deste modo, as componentes de E1 e de E 2 na direção de a z definem a direção e a magnitude de E R .Assim, E R = 2E1 = 2E 2 . (01) z
z
Cálculo de E1 : dS = ρ dρ dφ ; R é o vetor dirigido do elemento diferencial de área ρ S dS dE1 = a R , onde para o ponto ( 0, 0, a ); 4πε o R 2 R = R; a R é um unitário de R. R = − ρa ρ + aa z ; ∴ − ρa ρ + aa z a R = ρ2 + a2
R=
ρ2 + a2
Substituindo (02) em (01), temos:
dE1 =
ρ S ρdρdφ
(− ρa ρ + aa z ) ⇒ E1 = E1 + E1z ρ 4πε o ( ρ 2 + a 2 )3 2 – Página 2.14 –
(02)
(03)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 02
2π E1 = ∫
LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO
a
ρ S ρdρdφ
∫
φ = 0 ρ = 0 4πε o ( ρ
2
+ a 2 )3 2
(− ρa ρ + aa z )
E1ρ = 0 ( Por Simetria ) ∴ 2π a a ρ S ρ dρ dφ az E1z = ∫ ∫ 2 2 32 φ = 0 ρ = 0 4πε o ( ρ + a )
(04)
(05)
Cálculo de E R : Substituindo (05) em (01), temos: 2π ER = 2 ∫
a
a ρ S ρ dρ dφ az 2 2 32 φ = 0 ρ = 0 4πε o ( ρ + a )
∫
2a ρ S ER = 4πε o
2π
a
ρ
dρ a z 2 2 32 φ =0 ρ =0 (ρ + a )
∫ dφ ∫
(06) ρ = a tgθ Substituição de variáveis na integral: 2 dρ = a sec θ dθ ρ = 0 ⇒ θ = 0° ρ = a ⇒ θ = π 4 Substituindo (07) em (06), temos: π 4 2a ρ S a tgθ a sec 2θ dθ ER = ⋅ 2π ∫ az 3 3 4πε o θ a sec θ =0 π 4 3 π 4 ρS ρS a tgθ sec 2θ dθ ER = az ⇒ ER = sen θ dθ a z ∫ ∫ 3 3 εo εo a sec θ θ =0 θ =0
ρS ER =
εo
[- cosθ ]θπ =40 a z ⇒ E R =
ρS 1 ∴ ER = 1az ε o 2
ρS [(-cos45°) - (-cos0°)] a z εo
[V m]
– Página 2.15 –
(07)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02
–
LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO
2.8) Uma carga Q (Q > 0) está localizada na origem do sistema de coordenadas. Determinar em que ponto na linha definida por x = 1 e z = 3 está E y no seu máximo.
Resolução:
Cálculo do campo elétrico para a carga pontual: R é o vetor dirigido da origem para o ponto (1, y, 3 ) Q E= aR , onde R = R (01) 4πε o R 2 a é um unitário de R R R = a x + ∴ ax a R =
ya y + 3a z
;
R = 10 + y 2
(02)
+ ya y + 3a z 10 + y 2
Substituindo (02) em (01), temos: a x + ya y + 3a z a x + ya y + 3a z Q Q E= ⋅ ⇒E= ⋅ 4πε o 4πε o (10 + y 2 ) 2 (10 + y 2 ) 3 2 10 + y 2 Q E x = 4πε o (10 + y 2 ) 3 2 yQ ∴ E y = 4πε o (10 + y 2 ) 3 2 3Q E z = 4πε o (10 + y 2 ) 3 2
⋅ax (03)
⋅ay ⋅az
De (03), conclui-se que E y = E y =
Q
⋅
y
4πε o (10 + y 2 ) 3 2
– Página 2.16 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 02
Cálculo de E y
máx
LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO
:
(10 + y 2 ) 3 2 − 3 2 (10 + y 2 )1 2 . 2 y .y =0⇒ ⋅ =0 ∂y 4πε o (10 + y 2 ) 3
∂E y
Q
(10 + (10 + y 2 )3 2 = 3.(10 + y 2 )1 2 .y 2 ⇒ (10 +
y 2 )3 2 2 12
y )
10 + y 2 = 3y 2 ⇒ y = ± 5
(
Logo, E y ocorre nos pontos 1, max
) (
)
5, 3 e 1, - 5, 3 .
– Página 2.17 –
= 3y 2
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 03
DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA
CAPÍTULO 03 DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA 3.1) Dentro da região cilíndrica ρ ≤ 4 m, a densidade de fluxo elétrico é dada como sendo D = 5 ρ 3 a ρ C/m2. a) Qual a densidade volumétrica de carga em ρ = 3 m? b) Qual a densidade de fluxo elétrico em ρ = 3 m? c) Quanto de fluxo elétrico deixa o cilindro, ρ = 3 m, z ≤ 2,5 m? d) Quanto de carga existe dentro do cilindro, ρ = 3 m, z ≤ 2,5 m? Resolução: a)
D = 5 ρ 3 a ρ ⇒ Dρ = 5 ρ 3 Dados: ρ = 3m
∂ Dz 1 ∂ ( ρ D ρ ) 1 ∂ Dφ 1 ∂ (ρ D ρ ) + ⋅ + ⇒ ρv = ⋅ ρv = ∇ • D = ⋅ ∂ρ ∂φ ∂z ρ ∂ρ ρ ρ
ρv =
∂ (5 ρ 4 ) 1 ⇒ ρ v = ⋅ 20 ρ 3 ⇒ ρ v = 20 ρ 2 ρ ∂ρ ρ 1
⋅
Para ρ = 3m ⇒ ρ v = 180 C 3 m b)
Sabe - se que D = 5 ρ 3 a ρ . Logo, em ρ = 3m, D = 135a ρ C 2 m
c)
Pela Lei de Gauss: Ψ = ∫ D • dS = Q interna = S
∫ ρ v dv vol
D = 5 ρ 3 a ρ Ψ = ∫ D • dS, onde dS d dz a = ρ φ ρ S 2,5
∴Ψ =
∫
2π
∫ (5 ρ
3
a ρ ) • ( ρ dφ dz a ρ )
z = −2,5 φ = 0
2,5 2π 4 4 Ψ = ∫ ∫ 5 ρ dφ dz ⇒ Ψ = 5 . 3 . 2π .5 ⇒ Ψ = 4050π z = −2,5 φ = 0 ( ρ = 3m) d)
Pela Lei de Gauss, Ψ = ∫ D • dS = Q interna = S
Logo, Q interna = 4050π
∫ ρ v dv . vol
[C] – Página 3.1 –
[C]
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 03
DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA
20 3.2) Dado o campo D = − sen 2 φ a ρ + sen 2φ a φ C 2 , encontrar a carga total que se m 2 ρ
(
)
encontra dentro da região, 1 < ρ < 2, 0 < φ < π / 2, 0 < z < 1.
Resolução: 20 − sen 2 φ a ρ + sen 2φ a φ = Dρ a ρ + Dφ a φ D = ρ2 Dados: 20 sen 2 φ 20 sen 2φ e Dφ = ∴ Dρ = − 2 ρ ρ2
(
)
De acordo com a Lei de Gauss e com o Teorema da Divergência: Q interna = ∫ D • dS = ∫ ∇ • Ddv S
(01)
vol
Cálculo de ∇ • D : 1 ∂ ( ρ Dρ ) 1 ∂ Dφ ∂ Dz ∇•D = ⋅ + ⋅ + ρ ∂ρ ρ ∂φ ∂z 1 ∂ 20 sen 2 φ 1 ∂ 20 sen 2φ + ⋅ ⋅ ∇•D = ⋅ ⋅ − ρ ∂φ ρ 2 ρ ∂ρ ρ 20 sen 2 φ 1 1 20 ∇•D = − ⋅ − + ⋅ ⋅ 2 cos 2φ ρ2 ρ ρ2 ρ 20 sen 2 φ 40 cos 2φ ∇•D = +
ρ3
ρ3
20 1 cos 2φ ∇•D = − + 2 cos 2φ 3 2 2 ρ 10 30 cos 2φ 10 ∇•D = + ⇒∇•D = (1 + 3 cos 2φ )
ρ
3
ρ
3
ρ
3
– Página 3.2 –
(02)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 03
DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA
Substituindo (02) em (01), temos: 1
Q interna =
π
2
10 ( ) φ 1 + 3 cos 2 ρ dρ dφ dz ∫ ∫ ∫ ρ3 z = 0 φ = 0 ρ =1 2
2
10 Q interna = − ρ ρ =1
π
3 sen 2φ 2 ⋅ φ + ⋅ [z ]1 z =0 2 φ = 0
5π 10 π Q interna = − + 10 ⋅ + 1 ⇒ Q interna = 2 2 2
[C]
20 φ 3.3) Dado o campo D = sen θ sen aθ C 2 , na região, 3 < r < 4 , 0 < θ < π / 4 , m r 4 0 < φ < 2 π , determinar a carga total contida no interior desta região, por dois modos diferentes
Resolução:
20 20 φ φ Dados: D = sen θ sen aθ = Dθ aθ ⇒ Dθ = sen θ sen r r 4 4 De acordo com a Lei de Gauss e com o Teorema da Divergência: Q interna = ∫ D • dS = ∫ ∇ • Ddv S
1o modo: Q interna =
vol
∫ ∇ • Ddv
vol
Cálculo de ∇ • D : 2 ∂D φ ∂ (Dθ sen θ ) 1 1 1 ∂ (r D r ) ∇•D= + + r sen θ r sen θ ∂φ ∂r ∂θ r2 – Página 3.3 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 03
DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA
∇•D=
1 ∂ 20 φ ⋅ ⋅ sen2 θ sen r senθ ∂θ r 4
∇•D=
1 20 φ ⋅ ⋅ sen ⋅ (2 senθ cos θ ) r senθ r 4
40 φ ∇•D= ⋅ cos θ ⋅ sen 4 r2
Cálculo de Q interna : π
4
Q interna =
4 2π
40 φ ⋅ cos θ ⋅ sen r 2 sen θ drdθ dφ 2 4 r = 3 θ = 0 φ =1 r
∫ ∫ ∫
π
4
Q interna = 40
2π
4
∫ dr ⋅ ∫
r =3
sen θ cos θ dθ ⋅
θ =0 π 4 r =3
Q interna = 20 ⋅ [r ] π
∫
2π
2 sen θ cos θ dθ ⋅
θ =0 4
∫
Q interna = 20 ⋅
⋅
4
φ sen dφ 4 φ =0
∫
φ sen dφ 4 φ =0
∫
2π
sen 2θ dθ ⋅
θ =0
φ sen dφ 4 φ =0
∫
π 1 Q interna = 20 ⋅ − ⋅ [cos 2θ ]θ =4 0 2
2π
φ ⋅ − 4 cos 4 φ = 0
π π Q interna = −10 ⋅ cos − cos 0° ⋅ (− 4 )cos − cos 0° 2 2 Q interna = 40
[C]
2o modo: Q interna = ∫ D • dS S
Q interna = ∫ D • dS = S
Para a Lateral
D ∫ • dS + Lateral
D ∫ • dS + Topo
D ∫ • dS Base
dS = r sen θ drdφ a θ (θ = π 4 ) φ 2 ∴ D • dS = 20 sen θ ⋅ sen 4 drdφ
– Página 3.4 –
(01)
(02)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 03
DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA
dS = r 2 sen θ dθ dφ D • dS = 0 dS = r 2 sen θ dθ dφ D • dS = 0
Para o Topo
Para a Base
ar
ar
(r = 4)
(03)
( r = 3)
(04)
Substituindo (02), (03) e (04) em (01), temos: 2π
Q interna =
4
φ 20 sen 2 θ ⋅ sen drdφ 4 φ =0 r =3
∫ ∫
(θ =π 4)
4
Q interna = 10
φ sen dφ 4 φ =1
∫ dr ⋅ ∫ r =3
Q interna
2π
φ = 10 ⋅ [r ]4r = 3 ⋅ − 4 cos
2π
4 φ = 0
π Q interna = 10 ⋅ − 4 cos + 4 cos 0° ⇒ Q interna = 40 [C] 2 3.4) Uma casca esférica não condutora, de raio interno a e raio externo b, uniformemente carregada com uma densidade volumétrica ρ v . Determine o campo elétrico em função do raio r.
Resolução: Pela Lei de Gauss:
D ∫ • dS = Q interna = S
∫ ρ v dv vol
Seja a superfície Gaussiana esférica de raio r < a: D1 = 0, pois Q interna = 0 ⇒ E1 = 0 – Página 3.5 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 03
DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA
Seja a superfície Gaussiana esférica de raio a < r < b:
D ∫ • dS = Q interna = S
Área da esfera 2π
∫
∴
D = D a r r ∫ ρ v dv , onde dS = dS a r = r 2 sen θ dθ dφ a r vol
Volume da casca esférica
2π
2 ∫ D r ⋅ r sen θ dθ dφ =
φ =0 θ =0
2π
2π
r
∫ ∫ ∫ ρvr
2
sen θ dr dθ dφ
φ =0 θ =0 r =a
ρ (r 3 − a 3 ) ρ (r 3 − a 3 ) 4π D r ⋅ 4π r 2 = ρ v ⋅ ⋅ (r 3 − a 3 ) ⇒ D r = v ⋅ ⇒ D2 = v ⋅ ar 3 3 3 r2 r2 Mas D = ε E e ε = ε o .
ρ v (r 3 − a 3 ) ⋅ ar 2 3ε o r
Portanto: E 2 =
Seja a superfície Gaussiana esférica de raio r ≥ b:
∫ D • dS = Q interna = S
Área da esfera 2π
∴
2π
∫ ∫ Dr ⋅ r
2
D = D a r r ∫ ρ v dv , onde dS = dS a r = r 2 sen θ dθ dφ a r vol
Volume da casca esférica 2π
sen θ dθ dφ =
φ =0 θ =0
2π
b
∫ ∫ ∫ ρvr
2
sen θ dr dθ dφ
φ =0 θ =0 r =a
ρ (b 3 − a 3 ) ρ (b 3 − a 3 ) 4π D r ⋅ 4π r 2 = ρ v ⋅ ⋅ (b 3 − a 3 ) ⇒ D r = v ⋅ ⇒ D3 = v ⋅ ar 3 3 3 r2 r2 Mas D = ε E e ε = ε o .
Portanto: E 3 =
ρ v (b 3 − a 3 ) ⋅ ar 3ε o r2
– Página 3.6 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 03
DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA
[ ]
3.5) Ao longo do eixo z existe uma distribuição linear uniforme de carga com ρ L = 4π C m , e no plano z = 1 m existe uma distribuição superficial uniforme de carga com ρ S = 20 C 2 . Determinar o fluxo total saindo da superfície esférica de raio 2 m, m centrada na origem
2
-2 Resolução: Lei de Gauss: Ψ = Q interna , onde Q interna = Q Linha + Q Plano
(01)
Cálculo de Q Linha : 2
Q Linha =
∫ ρ L dL ⇒ Q Linha
∫ 4π dz
=
L
z = −2
Q Linha = 4π ⋅ [z ]z2 = −2 ⇒ Q Linha = 16π
(02)
[C]
Cálculo de Q Plano :
Q Plano =
∫ ρ SdS ⇒ Q Plano S
2π
3
∫ ∫ 20ρ dρ dφ
=
φ =0 ρ =0 3
2π φ =0
Q Plano = 20 ⋅ [φ ]
ρ2 ⋅ ⇒ Q Plano = 60π 2 ρ = 0
Substituindo (02) e (03) em (01), temos: Ψ = Q interna = 16π + 60π ⇒ Ψ = 76π
[C]
– Página 3.7 –
[C]
(03)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 03
DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA
3.6) Se uma carga Q está na origem de um sistema de coordenadas esféricas, calcule o fluxo elétrico ψ que cruza parte de uma superfície esférica, centrada na origem e descrita por α <φ < β .
Resolução:
1o modo: Lei de Gauss: Ψ = ∫ D • ⋅dS = Q interna = S
∫ ρ v dv vol
Q a D = 2 r π 4 r Ψ = ∫ D • dS, onde dS = r 2 sen θ dθ dφ a r S β
Ψ =
π
Q 2 φ =α θ = 0 4πr
∫ ∫
Q Ψ = ⋅ 4π
β
2 ⋅ r sen θ dθ dφ
(
)
π
∫
∫ sen θ dθ
dφ
φ =α
θ =0
Ψ =
Q ⋅ [φ ]φβ =α ⋅ [− cos θ ]θπ = 0 4π
Ψ =
Q Q ⋅ [β − α ] ⋅ [− cos π + cos 0°] ⇒ Ψ = ⋅ (β − α ) [C] 4π 2π
2o modo: Ψ esf = Q Considerando a esfera de raio r na sua totalidade: Área da esfera = S esf = 4πr 2
(01)
Considerando somente a casca esférica α < φ < β : ⇒ Ψcasca = ? β
Área da casca = S casca =
∫ dS casca = Scasca
β
S casca =
∫ φ =α
π
dφ ⋅
∫r
2
π
∫ ∫r
2
sen θ dθ dφ
φ =α θ = 0
sen θ dθ ⇒ S casca = [φ ]φ = α ⋅ r 2 [− cos θ ]θπ = 0 β
θ =0
∴ S casca = 2r 2 (β − α )
(02) – Página 3.8 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 03
DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA
Através de uma regra de três, encontramos:
S Ψcasca = Ψesf ⋅ casca . S esf
Substituindo (02) e (03) em (01),temos: Ψcasca = Q ⋅
2r 2 (β − α ) 4πr
2
⇒ Ψcasca =
Q ⋅ (β − α ) 2π
φ 3.7) Dado o campo D = 20 cos ρ a φ C 2 , na região, 1 < ρ < 2 , 0 < φ < π / 2 , m 2 0 < z < 3 , determinar a carga total contida no interior da região.
Resolução: φ 20 cos φ 2 D = 20 cos ρ a φ = Dφ a φ ⇒ Dφ = ρ Dados: 2 dv = ρdρdφdz De acordo com a Lei de Gauss e com o Teorema da Divergência: Q interna = ∫ D • dS = ∫ ∇ • Ddv S
1o modo: Q interna =
vol
∫ ∇ • Ddv
vol
Cálculo de ∇ • D : 1 ∂ ( ρ Dρ ) 1 ∂ Dφ ∂ Dz ∇•D = ⋅ + ⋅ + ρ ∂ρ ρ ∂φ ∂z φ 20 cos 1 ∂ 2 ∇•D = ⋅ ⋅ ρ ∂φ ρ
1 20 φ 1 ∇ • D = − ⋅ − sen ⋅ ⇒ ∇ • D = − ρ ρ 2 2 – Página 3.9 –
φ 10 sen 2
ρ2
(03)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 03
DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA
Cálculo de Q interna : 3
Q interna =
π
2
2
10 φ − ⋅ sen ρ dρ dφ dz ∫ ∫ ∫ ρ2 2 z = 0 φ = 0 ρ =1 2
π
dρ
3
2
φ Q interna = −10 ∫ ⋅ ∫ sen ⋅ ∫ dz ρ 2 z=0 ρ =1 φ =0 π
φ 2 Q interna = −10.[ln ρ ]ρ =1.− 2 cos .[z]3z = 0 2 φ = 0 2
π Q interna = −10(ln 2 − ln 1) ⋅ − 2 cos + 2 cos(0°) ⋅ 3 ⇒ Q interna = −12,183 4
[C]
2o modo: Q interna = ∫ D • dS S
Q interna = ∫ D • dS = S
∫ D • dS +
Lat.Esquerda
∫ D • dS + ∫ D • dS + ∫ D • dS + ∫ D • dS + ∫ D • dS
Lat. Direita
Frente
Fundo
Topo
Base
(01) dS = −dρ dza φ Para a Lateral Esquerda 20 φ D • dS = − ρ ⋅ cos 2 dρdz dS = dρ dza φ Para a Lateral Direita 20 φ D • dS = ρ ⋅ cos 2 dρdz dS = ρdφdz a ρ Para a Frente D • dS = 0
Para o Fundo
Para o Topo
Para a Base
dS = − ρdφdz a ρ D • dS = 0 dS = ρdρdφ a z D • dS = 0 dS = − ρdρdφ a z D • dS = 0 – Página 3.10 –
(02)
(03)
(04)
(05)
(06)
(07)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03
–
DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA
Substituindo (02), (03), (04), (05), (06) e (07) em (01), temos: 3
3
()
2
()
2
1 1 φ φ Q interna = − 20 ∫ ∫ ⋅ cos dρdz + 20 ∫ ∫ ⋅ cos dρdz ρ ρ 2 2 z = 0 ρ =1 z = 0 ρ =1
(φ =π 2 )
(φ = 0 )
2
Q interna = −20
∫
ρ =1
dρ
ρ
3
⋅
∫ dz + 20.
z=0
2 ⋅ 2
2
∫
ρ =1
dρ
ρ
3
⋅
∫ dz z=0
Q interna = −20[ln ρ ]2ρ =1.[z]3z = 0 + 10 2 [ln ρ ]2ρ =1.[z ]3z = 0 Q interna = −60[ln 2 − ln 1] + 30 2 [ln 2 − ln 1] ⇒ Q interna = −12,181 [C] 3.8) Uma carga pontual de 6µ [C] está localizada na origem do sistema de coordenadas, uma densidade linear uniforme de carga de 180η C m está distribuída ao longo do eixo x, e
[ ]
[
]
uma densidade superficial uniforme de carga de 25η C m 2 está distribuída sobre o plano z = 0. a) Determinar D em A (0,0,4); b) Determinar D em B (1,2,4); c) Determinar o fluxo elétrico total deixando a superfície da esfera de 4 m de raio, centralizada na origem.
Resolução: a)
Q = 6 µ [C] ρ L = 180η C m Dados: C ρ S = 25η m 2 A = (0,0,4 )
[ ]
A densidade de fluxo total D produzida no ponto A será a soma das densidades de fluxo produzidas pela carga Q, pela distribuição linear ρL e pela distribuição superficial ρS. ∴ D = D Carga + D Linha + D Plano ⇒ D = D Q + D L + D P (01)
Cálculo de D Q : R é o vetor dirigido da carga Q para o ponto A Q DQ = a R , onde R = R 4πR 2 a é um unitário de R R – Página 3.11 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03
R = 4a z ∴ a R = a z
–
;
DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA
R=4
6 × 10 −6 3 µC ∴ DQ = a z ⇒ DQ = az 2 2 m π 32 4π ⋅ 4
Cálculo de D L : ρ é o vetor dirigido da linha de cargas para o ponto A ρL DL = a ρ , onde ρ = ρ 2πρ a ρ é um unitário de ρ ρ = 4a z ; ρ = 4 ∴ a ρ = a z 180 × 10 − 9 45 ηC ∴ DL = az ⇒ DL = az 2 2π ⋅ 4 2π m
(02)
(03)
Cálculo de D P :
ρ D P = S a N , onde a N é o vetor normal ao plano na direcão do ponto A ⇒ a N = a z 2 25 × 10 − 9 25 ηC az ⇒ DP = az ∴ DP = 2 2 2 m
(04)
Substituindo (02), (03) e (04) em (01), temos: 3µ 45η 25η D = DQ + D L + D P ⇒ D = az + az + a z ⇒ D = 0,0495 µC 2 m 32π 2π 2 b) Q = 6 µ [C] ρ L = 180η C m Dados: C ρ S = 25η m 2 B = (1,2,4 ) A densidade de fluxo total D produzida no ponto B será a soma das densidades de fluxo produzidas pela carga Q, carga Q, pela distribuição linear ρL e pela distribuição superficial ρS. ∴ D = D Carga + D Linha + D Plano ⇒ D = D Q + D L + D P (01)
[ ]
– Página 3.12 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03
–
DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA
Cálculo de D Q : R é o vetor dirigido da carga Q para o ponto B Q DQ = a R , onde R = R 4πR 2 a é um unitário de R R R = a + 2a + 4a ; R = 21 x y z ∴ a x + 2a y + 4a z a R = 21 6 × 10 − 6 a x + 2a y + 4a z DQ = 4π ⋅ 21 21
∴ D Q = 4,96a x + 9,92a y + 19,84a z ηC 2 m Cálculo de D L : ρ é o vetor dirigido da linha de cargas, ponto (1,0,0) para o ponto B ρ D L = L a ρ , onde ρ = ρ 2πρ a é um unitário de ρ ρ
ρ = 2a + 4a ; y z ∴ 2a y + 4a z a ρ = 20 180 ⋅ 10 − 9 ∴ DL = 2π ⋅ 20
ρ =
(02)
20
2a y + 4a z ⋅ 20
⇒ D L = 2,86a y + 5,73a z ηC m 2
(03)
Cálculo de D P : ρ DP = S a N , onde a N é o vetor normal ao plano na direcão do ponto B ⇒ a N = a z 2 25 ⋅ 10− 9 25 ηC ∴ DP = a z ⇒ DP = az 2 2 m 2
(04)
Substituindo (02), (03) e (04) em (01), temos: 25 D = D Q + D L + D P ⇒ D = 4,96a x + 9,92a y + 19,84a z + 2,86a y + 5,73a z + az 2 ∴ D = 4,96a x + 12,78a y + 38,07a z ηC 2 m
(
) (
– Página 3.13 –
)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 03
DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA
c) O fluxo total que deixa a esfera será a soma dos fluxos produzidos pela carga Q, pela distribuição linear ρL e pela distribuição superficial ρS. De acordo com a Lei de Gauss: Ψ = Q interna .
∴ Ψ = ΨCarga + ΨLinha + ΨPlano ⇒ Ψ = Q + Q L + Q P ⇒ Ψ = 6µ + Q L + Q P
(01)
Cálculo de Q L :
QL =
∫ ρ L dL, onde dL = dx L 4
∴ QL =
∫ ρ L dx ⇒ Q L = ρ L ⋅ [x ]4x = −4 ⇒ Q L = 8 ρ L ⇒ Q L = 1440 [ηC]
(02)
x = −4
Cálculo de Q P : QP =
∫ ρ S dS, onde dS = ρ dρ dφ S 2π
4
4
ρ2 ∴ Q S = ∫ ∫ ρ S ⋅ ρ dρ dφ ⇒ Q S = ρ S ⋅ ⋅ [φ ]φ2π= 0 2 ρ = 0 φ =0 ρ =0 Q S = 2πρ S ⇒ Q S = 400π [ηC] Substituindo (02) e (03) em (01), temos:
Ψ = 6µ + Q L + Q P ⇒ Ψ = 6µ + 1440 η + 400π η ⇒ Ψ = 8,7 [µC]
– Página 3.14 –
(03)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 04
ENERGIA E POTENCIAL CAPÍTULO 04 ENERGIA E POTENCIAL
[
]
4.1) A densidade de fluxo elétrico é dada por: D = 10a ρ + 3ρ a φ − 2zρ a z C m 2 . Encontre o fluxo elétrico total efluente do volume cilíndrico limitado por um cilindro de 2 m de raio e 4 m de altura, cujo eixo é o eixo z e cuja base se encontra no plano z = 1 m.
Resolução: D = 10a ρ + 3 ρ a φ − 2zρ a z Dados: dv = ρ dρ dφ dz
(01)
De acordo com o Teorema da Divergência e com a Lei de Gauss:
Ψ = ∫ D • dS = ∫ ∇ • Ddv S
(02)
vol
Cálculo de ∇ • D : 1 ∂ ( ρ Dρ ) 1 ∂ Dφ ∂ Dz ∇•D = ⋅ + ⋅ + ρ ∂ρ ρ ∂φ ∂z 10 1 ∂ 1 ∂ ∂ ∇•D = ⋅ (10 ρ ) + ⋅ (3ρ ) + ⋅ (− 2zρ ) ⇒ ∇ • D = − 2 ρ ∂z ρ ρ ∂ρ ρ ∂φ
(03)
Substituindo (01) e (03) em (02): 5
2π
2
2
2π
5
10 Ψ = ∫ ∫ ∫ − 2 ρ ρ dρ dφ dz ⇒ Ψ = ∫ 10 − 2 ρ 2 dρ ⋅ ∫ dφ ⋅ ∫ dz ρ z =1 φ = 0 ρ = 0 z =1 ρ =0 φ =0
(
)
2
2ρ 3 16 352π Ψ = 10 ρ − .[φ ]φ2π= 0 .[z ]5z =1 ⇒ Ψ = 10 − ⋅ 8π ⇒ Ψ = 3 3 3 ρ =0 – Página 4.1 –
[C]
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 04
ENERGIA E POTENCIAL
4.2) Dentro da esfera de raio r = 1 m, o potencial é dado por: V = 100 + 50r + 150r sen θ sen φ [V ] a) Encontre E em P (r =1; θ = π 2 ;φ = 0 ). b) Quanto de carga existe dentro da esfera de raio r = 1 m? Resolução:
a)
Dados: V = 100 + 50r + 150r sen θ sen φ [V ] ∂V 1 ∂V 1 ∂V Sabe-se que E = −∇V = − ar + aθ + aφ r ∂θ r sen θ ∂φ ∂r
(01)
Cálculo de
∂V ∂V ∂ ∂V : = (100 + 50r + 150r sen θ sen φ) ⇒ = 50 + 150 sen θ sen φ ∂r ∂r ∂r ∂r
(02)
Cálculo de
∂V ∂V ∂ : = (100 + 50r + 150r sen θ sen φ) ⇒ ∂V = 150r cos θ sen φ ∂θ ∂θ ∂θ ∂θ
(03)
Cálculo de
∂V ∂V ∂ : = (100 + 50r + 150r sen θ sen φ) ⇒ ∂V = 150r sen θ cos φ ∂φ ∂φ ∂φ ∂φ
(04)
Substituindo (02), (03) e (04) em (01):
[
E = − (50 + 150 sen θ sen φ )a r + (150r cos θ sen φ )a θ + (150r sen θ cos φ )a φ
]
(05)
Substituindo as coordenadas de P em (05) , temos: π π π E = − 50 + 150 sen sen 0° a r + 150 ⋅1 cos sen 0° a θ + 150 ⋅1 sen cos 0° a φ 2 2 2
[
]
E = − (50 + 0 )a r + (150 ⋅ 0)a θ + (150 ⋅1)a φ ⇒ E = −50a r − 150a φ
b)
De acordo com a Lei de Gauss: Q interna
[V m]
D = ε o E = −(50ε o + 150ε o sen θ sen φ )a r = ∫ D • dS, onde dS = r 2 sen θ dθ dφ a r Sesf
(01)
Cálculo de D • dS :
(
D • dS = (− 50ε o − 150ε o sen θ sen φ a r ) • r 2 sen θ dθ dφ a r D • dS = −ε o (50 + 150 sen θ sen φ)r 2 sen θdθ dφ
)
Substituindo (02) em (01):
Q interna
2π π 2π π = − 5ε o r . ∫ ∫ sen θ dθ dφ + 3 ⋅ ∫ ∫ sen 2 θ sen φ dθ dφ φ=0 θ=0 φ=0 θ=0 r =1 2
– Página 4.2 –
(02)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04
–
ENERGIA E POTENCIAL π
Q interna = −50ε o ⋅ [− cos θ]θπ=0 ⋅ [φ]φ2=π0 + 3 ⋅ [− cos φ]φ2=π0 ⋅ ∫ sen 2 θ dθ θ= 0
π
Q interna = −50ε o ⋅ [(− cos π ) + cos 0°] ⋅ 2π + 3 ⋅ [(− cos 2π) + cos 0°] ⋅ ∫ sen 2 θ dθ θ=0
π
Q interna = −100πε o ⋅ [1 + 1] + 3 ⋅ [0 + 0] ⋅ ∫ sen 2 θ dθ θ=0
∴ Q interna = −200πε o [C] ou Q interna = −5,56 [η C]
4.3) Uma carga pontual de 16 ηC está localizada em Q (2, 3, 5) no espaço livre, e uma linha de cargas uniforme de 5 η C/m está localizada na interseção dos planos x = 2 e y = 4. Se o potencial na origem é 100 V, encontrar V em P (4,1,3).
Resolução:
VP0 = VP − V0 ⇒ VP0 = VP - 100 ⇒ VP = VP 0 + 100
(01)
O potencial elétrico do ponto P em relação ao ponto 0 ( VP0 ) é a soma do potencial gerado pela carga em Q ( VP 0 ) com o potencial gerado pela distribuição linear ρL ( VP0 ). carga
Portanto, VP0 = VP 0 + VP 0 carga
Cálculo de VP 0
VP 0
carga
carga
linha
(02)
linha
:
= VPQ − V0Q =
1 1 ⋅ − 4πε o rPQ r0Q Q
r é a distância do ponto P ao ponto Q. onde rPQ é a distancia do ponto 0 ao ponto Q. 0Q
Cálculo de r PQ : r PQ = 2 2 + 2 2 + 2 2 ⇒ rPQ = 12 – Página 4.3 –
,
(03)
(04)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 04
ENERGIA E POTENCIAL
2 2 + 3 2 + 5 2 ⇒ r0Q = 38
Cálculo de r 0Q : r 0Q =
(05)
Substituindo (04) e (05) em (03), temos:
VP 0
carga
VP 0
carga
Cálculo de VP0
=
1 1 ⋅ − 4πε o 12 38
=
16η 16η − ⇒ VP0 = 18,21 [V ] carga 13,85πε o 24,65πε o
linha
Q
(06)
:
E é o campo elétrico gerado pela VP 0 = − ∫ E ⋅ dL, onde distribuicão linear de cargas ρ L . linha dL = dρ a ρ . 0 P
P
P ρL ρL VP 0 dρ = −∫ a ρ ⋅ dρ aρ ⇒ VP0 = −∫ carga linha 2πε o ρ 2πε o ρ 0 0
VP 0
linha
= −
ρL 2πε o
ρ
dρ
, onde ρ 0 é a distância da linha de cargas ao ponto 0. (07) ρ ρ é a distância da linha de cargas ao ponto P.
∫ ρ=ρ
0
Cálculo de ρ 0 : ρ 0 = 2 2 + 4 2 + 0 2 ⇒ ρ 0 = 20
(08)
Cálculo de ρ : ρ = 2 2 + 3 2 + 0 2 ⇒ ρ = 13
(09)
Substituindo (08) e (09) em (07), temos: VP 0
VP 0
VP 0
linha
linha
ρ = − L 2πε o = −
13
dρ
∫
ρ = 20
ρ
ρ
⇒ VP 0 = − L ⋅ [ln ρ ] 13 ρ = 20 linha 2πε o
20 20 ρL 5η ⇒ VP 0 ⋅ ln = − ⋅ ln 13 13 linha 2πε o 2 πε o
20 ⇒ VP0 = 90 ln = 19,39 [V ] 13 linha linha
(10)
Substituindo ( 06 ) e ( 10 ) em ( 02 ), temos:
VP 0 = VP0
carga
+ VP0
linha
⇒ VP 0 = 18,21 + 19,39 ⇒ VP0 = 37,60 [V ]
Substituindo (11) em (01), temos: VP = VP0 + 100 ⇒ VP = 37,60 + 100 ⇒ VP = 137,60 [V ]
– Página 4.4 –
(11)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04
–
ENERGIA E POTENCIAL
4.4) Dado o campo potencial expresso por V = 100 e −50 x sen 50 y [volts], no espaço livre. a) Mostrar que ∇ • D = 0 ; b) Mostrar que y = 0 representa uma superfície equipotencial; c) Mostrar que E é perpendicular à superfície y = 0; d) Encontrar a carga total no plano y = 0, 0 < x < ∞, 0 < z < 1. Assumir que y < 0 é o interior do condutor; e) Encontrar a energia armazenada no cubo 0 < x < 1, 0 < y < 1 e 0 < z < 1. Resolução: Dados: V = 100e −50 x sen 50 y
(01)
D = ε o E a) Sabe-se que: e E = − ∇ V Cálculo do ∇V :
(02)
∂V ∂V ∂V ∇V = ax + ay + az ∂x ∂y ∂z
(
∂ ∇V = 100e − 50 x sen 50 y ∂x ∇V = − 5000e − 50 x sen 50 y
(
)a + ∂∂y (100e )a + (5000e x
− 50 x
− 50 x
x
)
)
(
∂ sen 50 y a y + 100e − 50 x sen 50 y a z ∂z
)
cos 50 y a y
(03)
Substituindo (03) em (02):
(
)
(
)
E = − − 5000e −50 x sen 50 y a x + 5000e −50 x cos 50 y a y
(
)
(
)
∴ E = 5000e − 50 x sen 50 y a x − 5000e − 50 x cos 50 y a y
(04)
Substituindo (04) em (01): D = ε o 5000e − 50 x sen 50 y a x − 5000e − 50 x cos 50 y a y
[(
)
) ]
(
Cálculo do ∇ • D : ∂ Dx ∂ Dy ∂ Dz ∇•D = + + ∂x ∂y ∂z ∂ ∂ ∇•D = ε o ⋅ 5000e − 50 x sen 50 y + ε o ⋅ 5000e − 50 x cos 50 y ∂x ∂y ∇ • D = ε o ⋅ 5000sen 50 y ⋅ − 50e − 50 x − ε o ⋅ 5000e − 50 x ⋅ (− 50 sen 50 y ) ∴∇ • D = 0
(
)
(
(
)
– Página 4.5 –
)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 04
ENERGIA E POTENCIAL
b)
Seja ( x, 0, z ) a representação dos pontos da superfície y = 0. Para estes pontos, temos V = 100 e −50 x sen 50 y . Se V apresentar o mesmo valor para todos estes pontos, então V é uma superfície equipotencial. Assim, substituindo ( x, 0, z ) em V = 100 e −50 x sen 50 y , conclui-se que V = 0 para todos os pontos da superfície y = 0. c)
Da equação (04) do item (a), conclui-se que:
(
)
(
)
E = 5000e −50 x sen 50 y a x − 5000e −50 x cos 50 y a y Para os pontos ( x, 0, z ) da superfície y = 0, E = − 5000e −50 x a y , o que prova que E é
(
)
perpendicular à superfície y = 0. d)
Q = ∫ ρ S dS, onde ρ S = DN ⇒ ρ S = −ε o ⋅ 5000e −50 x S
∴ Q = −5000ε o
∞
1
∞
∫ ∫e
− 50 x
x =0 z=0
e − 50 x dzdx ⇒ Q = − 5000ε o ⋅ [z ]1z = 0 − 50 x = 0
Q = 100ε o ⋅ [0 − 1] ⋅ 1 ⇒ Q = −100ε o e)
W=
1 2
[C] ou
Q = -0,885 [ηC]
2 ∫ ε o E dv, onde E = E
(01)
vol
Cálculo de E:
E=
(5000e − 50x )2 ⋅ (sen 2 50y + cos 2 50y)
E = 5000e − 50 x ⋅ sen 2 50 y + cos 2 50 y ⇒ E = 5000e − 50 x
(02)
Substituindo (02) em (01):
W=
1 2
(
− 50 x ∫ ε o 5000e
)2 dv
vol
W = 12,5 ⋅ 10 6 ε o
1
1
1
∫ ∫ ∫e
−100 x
dxdydz
z=0 y=0 x =0 1 e −100 x W = 12,5 ⋅ 10 ε o ⋅ − ⋅ [y]1y = 0 ⋅ [z ]1z = 0 100 x =0 6
[
]
W = 12,5 ⋅ 10 4 ε o ⋅ − e −100 + 1 ⋅ 1 ⋅ 1 ⇒ W = 125000ε o
– Página 4.6 –
[J]
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 04
ENERGIA E POTENCIAL
4.5) Uma carga pontual Q de 6 ηC está localizada na origem do sistema de coordenadas, no espaço livre. Determinar o potencial VP sendo P (0,2;-0,4;0,4) e: a) V = 0 no infinito b) V = 0 no ponto A (1,0,0) c) V = 20 volts no ponto B (0,5;1,0;-1,0)
Resolução: Por Definição:
VXY = VX − VY ⇒ VXY = a)
r é a distancia da carga Q ao ponto X. , onde X rY é a distancia da carga Q ao ponto Y.
Dados: V = 0 no infinito. VP∞ = VP =
1 1 ⋅ − 4πε o rX rY Q
Q 4πε o rP
, onde rP é a distancia da carga Q ao ponto P
Cálculo de rP: r P = 0,2 2 + 0,4 2 + 0,4 2 ⇒ rP = 0,6
(01)
(02)
Substituindo (02) em (01), temos:
VP =
Q 4πε o 0,6
⇒ VP =
6η ⇒ VP = 90 [V ] 2,4πε o
b) Dados: V = 0 em A (1,0,0).
VPA = VP − VA ⇒ VPA = VP , pois VA = 0
∴ VP =
1 1 ⋅ − 4πε o rP rA Q
r é a distancia da carga Q ao ponto P. , onde P rA é a distancia da carga Q ao ponto A.
Cálculo de rP: r P = 0,2 2 + 0,4 2 + 0,4 2 ⇒ rP = 0,6
– Página 4.7 –
(01)
(02)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04
–
ENERGIA E POTENCIAL
Cálculo de rA: r A = 12 + 0 2 + 0 2 ⇒ rA = 1
(03)
Substituindo (02) e (03) em (01), temos: VP =
6η 6η 1 1 ⋅ − ⇒ VP = − ⇒ VP = 90 − 54 ⇒ VP = 36 [V ] 4πε o 0,6 1 2,4πε o 4πε o Q
c) Dados: V = 20 [V] em B (0,5;1,-1). VPB = VP − VB ⇒ VPB = VP - 20 ⇒ VP = VPB + 20
(01)
Cálculo de VPB:
VPB =
1 1 ⋅ − 4πε o rP rB Q
r é a distancia da carga Q ao ponto P. , onde P rB é a distancia da carga Q ao ponto B.
(02)
Cálculo de rP: r P = 0,2 2 + 0,4 2 + 0,4 2 ⇒ rP = 0,6
(03)
Cálculo de rB: r B = 0,5 2 + 12 + 12 ⇒ rB = 1,5
(04)
Substituindo (03) e (04) em (02), temos: VPB =
6η 6η 1 1 ⋅ − ⇒ VP = − ⇒ VPB = 90 − 36 ⇒ VPB = 54 [V ] 4πε o 0,6 1,5 2,4πε o 6πε o (05) Q
Substituindo (05) em (01), temos:
VP = VPB + 20 ⇒ VP = 54 + 20 ⇒ VP = 74 [V] 4.6) Calcular a energia acumulada em um sistema com três cargas pontuais iguais a Q, todas sobre a mesma reta, separadas entre si por distâncias iguais a d. Resolução: 1o modo: Dados: Q1 = Q2 = Q3 = Q Potencial de uma carga pontual: V=
Q
(01)
4πε o r
Energia acumulada por um sistema de cargas discretas: 1 3 WE = ∑ Q m Vm 2 m =1
(02) – Página 4.8 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 04
ENERGIA E POTENCIAL
De (02), conclui-se que a energia acumulada pelo sistema de três cargas pontuais acima é dado por: 1 WE = [Q1V1 + Q 2 V2 + Q 3 V3 ] (03) 2
Cálculo do potencial da carga Q1: V1 =
4πε o d
Q3
+
4πε o 2d
3 Q ⋅ 2 4πε o d
⇒ V1 =
(04)
Cálculo do potencial da carga Q2: V2 =
Q2
Q1 4πε o d
+
Q2 4πε o d
2Q
⇒ V2 =
(05)
4πε o d
Cálculo do potencial da carga Q3: V3 =
Q1 4πε o 2d
+
Q2 4πε o d
⇒ V3 =
3 Q ⋅ 2 4πε o d
(06)
Substituindo (04), (05) e (06) em (03): WE =
Q 2
3 Q 2Q 3 Q 5Q 2 ⋅ + + ⋅ ⇒ W = E 8πε o d 2 4πε o d 4πε o d 2 4πε o d
[J]
2o modo:
Cálculo do trabalho para mover Q1 do infinito para o ponto 1: (01)
WE 1 = 0
Cálculo do trabalho para mover Q2 do infinito para o ponto 2: WE 2 = Q 2 V2,1 , onde V2,1 é o potencial no ponto 2 devido à carga Q1 . ∴ WE 2 = Q 2 ⋅
Q1 4πε o d
⇒ WE 2 =
Q2 4πε o d
[J ]
(02)
Cálculo do trabalho para mover Q3 do infinito para o ponto 3: V3,1 é o potencial no ponto 3 devido à carga Q1 WE 3 = Q 3 V3,1 + Q 3 V3,2 , onde e V3,2 é o potencial no ponto 3 devido à carga Q 2 ∴ WE 3 = Q 3 ⋅
Q1 4πε o 2d
+ Q3 ⋅
Q2 4πε o d
⇒ WE 3 =
– Página 4.9 –
Q2 8πε o d
+
Q2 4πε o d
[J ]
(03)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 04
ENERGIA E POTENCIAL
Cálculo do trabalho total:
(04)
WE = WE 1 + WE 2 + WE 3 Substituindo (01), (02) e (03) em (04), temos:
WE = 0 +
Q2 4πε o d
+
Q2 8πε o d
+
Q2 4πε o d
⇒ WE =
Q2
1 5Q 2 ⋅ 2 + ⇒ WE = 4πε o d 2 8πε o d
[J ]
4.7) Uma densidade de carga ρ L1 = 10 2 ηC m estende-se ao longo do eixo z para z > 1 m z e uma densidade de carga ρ L 2 = − 10 2 ηC m estende-se ao longo do eixo z para z < z -1 m. Determine V em P ( ρ, 0, 0 ), se V = 0 em ρ = ∞.
Resolução: Para uma distribuição linear de cargas, V =
ρ L dL ∫ 4πε o R . Logo, para o caso acima, teremos:
L
10 ηC ρL1 = 2 m; z dL = dz ; 1 de comprimento dL1 R1 é o vetor dirigidodo elementodi ferencial ao ponto P (ρ; 0; 0). Portanto,R1 = ρ aρ - z az ; ∞ −1 R1 = R1 = ρ 2 + z2 ; ρL1dL1 ρL2dL2 V= ∫ + ∫ , onde: 10 ηC 4πεoR1 4πεoR 2 ρL2 = − ; z =1 z = −∞ z2 m = dz; dL 2 R é o vetor dirigidodo elementodiferencialde comprimento dL2 2 ( ) ao ponto P ; 0; 0 . Portanto, R = a + z a ρ ρ 1 ρ z; R = R = ρ 2 + z2 ; 2 2 ∞
Portanto, V =
∫
10
z2
2 2 z =1 4πε o ρ + z
−1
dz +
∫
− 10 2 z
2 2 z = −∞ 4πε o ρ + z
– Página 4.10 –
dz
(01)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 04
ENERGIA E POTENCIAL
Solução da integral:
∫
dz z
2
2
ρ +z
(02)
2
z = ρ tgθ Substituição de variáveis na integral: dz = ρ sec 2 θ dθ
(03)
Substituindo ( 03) em ( 02 ), temos:
∫ ∫
ρ sec 2 θ dθ ρ 2 tg 2θ
=
ρ 2 + ρ 2 tg 2θ
1
1 cos θ = 2 2 ρ 2 ⋅ sen θ cos θ ρ
ρ sec 2 θ dθ
∫ ρ 2 tg 2θ ⋅ ρ secθ = ∫
sec θ dθ
ρ 2 tg 2θ
cos θ
∫ sen 2 θ dθ
(04)
u = sen θ Substituição de variáveis na integral: du = cos θ dθ
(05)
Substituindo (05) em (04), temos: 1
du
∫ ρ 2 u2
=
1 1 1 − = ρ2 u ρ2
1 − sen θ
(06)
z
De (03), sen θ =
(07)
ρ 2 + z2
Substituindo (07) em (06), temos: 1 − ρ 2
ρ 2 + z 2 z
1
= − 2 ⋅ ρ
ρ 2 + z2
(08)
z
Substituindo (08) em (01), temos: 10 1 V = − ⋅ 4πε o ρ 2
z
∞
10 1 − − ⋅ 4πε o ρ 2 z =1
ρ 2 + z 2
ρ 2 + z 2
∞ −1 ρ 2 + z2 ρ 2 + z 2 V =− + z z 4πρ 2 ε o z =1 z = −∞
10
V =
10 4πρ 2 ε o
[1 − ρ − (ρ + 1)] ⇒
V = 0 [V ]
– Página 4.11 –
z
−1
z = −∞
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 04
ENERGIA E POTENCIAL
4.8) Duas esferas condutoras concêntricas de raios a = 6 cm e b = 16 cm possuem cargas iguais e opostas, sendo 10-8 C na esfera interior e -10-8 C na exterior. Assumindo ε = ε o na região entre as esferas, determinar: a) o máximo valor da intensidade de campo elétrico entre as esferas; b) a diferença de potencial (Vo) entre as esferas; c) a energia total armazenada (WE) na região entre as esferas.
Resolução: a)
Seja a superfície gaussiana esférica de raio a < r < b : Pela Lei de Gauss: ∫ D ⋅ dS = Q interna ; onde dS = r 2 sen θ dθ dφ a r S
D ⋅ 4πr 2 = Q ⇒ D =
D Mas E = ⇒E=
εo
Q 4πr
Q 4πε o r 2
2
⇒D=
Q ar 4πr 2
(01)
ar
De (02), conclui-se que E = E =
(02) Q
(03)
4πε o r 2
De (03), conclui-se que E varia de acordo com 1 2 para a região entre as esferas. Logo, o r maior valor que E atinge nesta região ocorre para o menor valor de r. Assim, para r = 6 cm, temos:
E max = E max =
b)
10 − 8 2
4πε o (0,06 ) Q a ar. E = 4πε o r 2 Vab = Vo = − ∫ E • dL, onde b dL = dr a r a Q ∴ Vo = − ∫ 2 b 4πε o r
[
⇒ E max = 25 KV m
dr ⇒ V = Q 1 − 1 o 4πε o a b
10 − 8 1 1 Vo = − ⇒ Vo = 937,5 4πε o 0,06 0,16
[V]
– Página 4.12 –
]
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 04
c)
ENERGIA E POTENCIAL
Q a D = 2 r π 4 r 1 1 D2 Q WE = ∫ D • E dv ⇒ WE = ∫ dv, onde D = D = ε 2 2 4πr 2 vol vol o dv = r 2 sen θ dr dθ dφ
1 ∴ WE = 2
∫
Q2 2 4
vol 16π r ε o
Q2
WE = − 32π 2 ε o
dv ⇒ WE =
Q2 2
2π
π
b
∫ ∫ ∫
senθ
32π ε o φ = 0 θ = 0 r = a r 2
dr dθ dφ
b
1 [− cos θ ]θπ = 0 [φ ]φ2π= 0 rr=a
WE =
Q2
Q2 1 1 π π − + ⋅ [ − cos + cos 0 ° ] ⋅ 2 ⇒ W = E 8πε o 32π 2 ε o b a
WE =
10 −16 1 1 − ⇒ WE = 4,69 [µ J ] 8πε o 0,06 0,16
– Página 4.13 –
1 1 − b + a
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 05
CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA CAPÍTULO 05
CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA 5.1) Um capacitor de placas paralelas está cheio de ar, possui placas de áreas 4 x 4 cm2, separadas uma da outra por uma distância de 0,3 cm. Como devem ser usadas 2 cm3 de parafina ( ε R = 2,25 ) para obter máxima capacitância? Qual é o valor desta máxima capacitância?
Resolução:
Volume entre as placas = 4 ⋅ 4 ⋅ 0,3 = 4,8 [cm 3 ] Dados: 3 Volume de parafina = 2 [cm ] Para aumentar a capacitância, a melhor combinação consiste em colocar toda a parafina entre as placas, de modo que sua capacitância fique em paralelo com a capacitância do restante do meio entre as placas (ar). (01)
Portanto, C max = C parafina + C ar
Cálculo de x: Volume de parafina = 2 = 4 ⋅ 0,3 ⋅ x ⇒ x = 1,667 [cm]
Cálculo de C parafina :
C parafina =
C parafina =
ε S parafina d
ε = ε o ε R , onde S parafina = 4 ⋅ x = 6,668 cm 2 = 6,668 ⋅ 10 − 4 [m 2 ] d = 0,3 cm = 0,3 ⋅ 10 - 2 [m]
ε o ε R ⋅ 6,668 ⋅ 10 − 4 0,3 ⋅ 10 − 2
⇒ C parafina =
∴ C parafina = 4,428 [pF]
C ar =
d
0,3 × 10 − 2
(02)
Cálculo de C ar :
ε S ar
8,854 ⋅ 10 −12 ⋅ 2,25 ⋅ 6,668 ⋅ 10 − 4
ε = ε o , onde Sar = (4 − x ) ⋅ 4 ⋅ 10- 4 [m 2 ] -2 d = 0,3 cm = 0,3 ⋅ 10 [m] – Página 5.1 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 05
C ar =
CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA
ε o ⋅ (4 - x ) ⋅ 4 ⋅ 10 − 4
=
0,3 ⋅ 10 − 2
8,854 ⋅ 10 −12 ⋅ (4 - 1,667 ) ⋅ 4 ⋅ 10 − 4 0,3 ⋅ 10 − 2
(03)
∴ C ar = 2,754 [pF] Substituindo (02) e (03) em (01), temos: C max = 4,428 + 2,754 ⇒ C max = 7,182 [pF]
5.2) As superfícies esféricas, r = 2 cm e r = 10 cm, são condutoras perfeitas. A corrente total passando radialmente para fora através do meio entre as esferas é de 2,5 A. Determinar: a) a diferença de potencial entre as esferas; b) a resistência entre as esferas; c) o campo elétrico E na região entre as esferas. Assumir que a região está preenchida com um material dielétrico cuja condutividade é σ = 0,02 mho/m (ou σ = 0,02 S/m).
Resolução: a)
I I J = ar ⇒ J = ar S 4π r 2
J J =σ E⇒E= ⇒E=
σ
(01)
I 4πσ r
2
ar
(02)
Cálculo de Vab : a Vab = − ∫ E • dL
(03)
b
Substituindo (02) em (03), temos: a
I Vab = − ∫ a r • dr a r 2 b 4πσ r – Página 5.2 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 05
I Vab = − 4πσ
a
∫ r =b
CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA
dr r2
r =2cm
2,5 − 1 4π ⋅ 0,02 r r =10cm
⇒ Vab = −
1 1 Vab = 9,95 ⋅ − ⇒ 0,02 0,10
Vab = 9,95 ⋅ [50 − 10] ⇒ Vab = 398 [V]
Vab 398 ⇒R = ⇒ R = 159,2 [Ω] I 2,5
b)
R =
c)
Da Equação (02) do ítem a, temos: E=
I 4πσ r
2
ar ⇒ E =
2,5
9,94 ar ⇒ E = ar 4π 0,02 r 2 r2
[V m]
5.3) Uma pequena esfera metálica de raio a, no vácuo, dista d (d >> a) de um plano condutor. Calcular o campo elétrico a meia distância entre a esfera e o plano condutor. Resolução:
Método das Imagens:
O Campo Elétrico resultante no ponto P será: E é o campo elétrico gerado no ponto P pela carga 1; E = E1 + E 2 , onde 1 E 2 é o campo elétrico gerado no ponto P pela carga 2.
Cálculo de E :
E=
E=
Q
( 2)
4πε o d
2
ax +
−Q
( 2)
4πε o 3d
(− a x ) ⇒ E =
2
Q
1 10Q ax 1 + a x ⇒ E = 9 πε o d 2 9πε o d 2 – Página 5.3 –
4Q 4πε o d
2
ax +
4Q 4πε o 9d
2
ax
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 05
CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA
5.4) As superfícies esféricas, r = 2 cm e r = 6 cm, são condutoras perfeitas e a região entre elas é preenchida com um material de condutividade σ = 80 mho/m. Se a densidade de 10 a [A/m2] para 2 < r < 6 cm, determinar: corrente é J = 2 r π r a) A corrente I fluindo de uma superfície condutora perfeita para a outra; b) O campo elétrico E na região entre as esferas; c) A diferença de potencial entre as duas superfícies condutoras; d) A potência total dissipada no material condutor.
Resolução: a)
10 J = 2 a r I = ∫ J • dS , onde π r dS = r 2 sen θ dθ dφ a S r π
∴I =
I =
∫
θ =0 π r
10
π
10 2
⋅ r 2 sen θ dθ ⋅
2π
∫ dφ
⇒ I =
φ =0
10
π
[− cos θ ]π0 ⋅ [φ ]02π
⋅ 2 ⋅ 2π ⇒ I = 40 [A]
b)
J 10 1 1 J =σE⇒E= ⇒E= ⋅ ar ⇒ E = ar σ π r 2 80 8π r 2
c)
a Vab = − ∫ E • dL
[V m]
b
a
1 Vab = − ∫ a • dr a r 2 r b 8πr Vab = −
Vab = d)
1 8π
0,02
0,02
dr 1 1 ∫ r 2 ⇒ Vab = − 8π ⋅ − r r = 0,06 r = 0,06
1 1 1 1 ⋅ − ⇒ Vab = ⋅ [50 − 16,67 ] ⇒ Vab = 1,326 [V] 8π 0,02 0,06 8π
P = VI ⇒ P = 1,326 ⋅ 40 ⇒ P = 53,05 [W] – Página 5.4 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05
–
CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA
5..5) A fronteira entre dois dielétricos de permissividade relativas εR1 = 5 e εR2 = 2 é definida pela equação do plano 2x + y = 2 . Se, na região do dielétrico 1, a densidade de fluxo elétrico for dada por D1 = 2a x + 5a y − 3a z , determinar: a) D n 2 ; b) D t 2 ; c) D 2 ; d) P2 ; e) A densidade de energia na região do dielétrico 2.
Resolução:
Cálculo de a n : Seja f = 2x + y − 2 a fronteira entre os dois meios (plano de separação). ∇f 1 ∇f = 2a x + a y . Logo, a n = ⇒ a n = ⋅ 2a x + a y 5 ∇f
(
)
Cálculo dos componentes de D1 : D1 = D n1 + D t1
Cálculo de D n1 : D n1 = D1 • a n a n 2a x + a y D n1 = 2a x + 5a y − 3a z • 5 18a x + 9a y ηC D n1 = 2 5 m
(
)
(
)
2a x + a y ⋅ 5
– Página 5.5 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05
–
CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA
Cálculo de D t1 : D t1 = D1 − D n1 18a x + 9a y D t1 = 2a x + 5a y − 3a z − 5
(
)
D t1 = −1,6a x + 3,2a y − 3a z ηC 2 m 18a x + 9a y ηC D n2 = D n1 ⇒ D n2 = 2 5 m ε D t1 E t2 = E t1 ⇒ D t2 = ε o ε R2 ⋅ ⇒ D t2 = R2 D t1
a)
b)
ε o ε R1
ε R1
2 D t2 = ⋅ − 1,6a x + 3,2a y − 3a z ⇒ D t2 = −0,64a x + 1,28a y − 1,2a z ηC 2 5 m D 2 = D n2 + D t2 18a x + 9a y + - 0,64a x + 1,28a y − 1,2a z D 2 = 5
(
c)
)
(
)
D 2 = 2,96a x + 3,08a y − 1,2a z ηC 2 m D2 1 P2 = D 2 − ε o E 2 ⇒ P2 = D 2 − ε o ⇒ P2 = D 2 1 − ε o ε R2 ε R2 1 P2 = 2,96a x + 3,08a y − 1,2a z ⋅ 1 − 2
d)
(
)
ηC m 2 dWE 1 dWE 1 D2 dWE 1 D 22 = D2 • E2 ⇒ = D2 • ⇒ = • ε o ε R2 d vol 2 d vol 2 d vol 2 ε o ε R2
(
∴ P2 = 1,48a x + 1,54a y − 0,6a z
e)
)
dWE dWE 1 (2,96 2 + 3,08 2 + 1,2 2 ) ⋅ 10 − 8 = ⋅ ⇒ = 0,556 µJ 3 d vol 2 d vol m 2 ⋅ 8,854 ⋅ 10 −12 Nota:
Cálculo de θ 1 e θ 2 : 1,6 2 + 3,2 2 + 32 D t1 ⇒ θ = 49 ,3° θ 1 = arctg ⇒ θ 1 = arctg 1 D 2 2 n1 3,6 + 1,8 – Página 5.6 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 05
CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA
0,64 2 + 1,28 2 + 1,2 2 D t2 θ 2 = arctg ⇒ θ 2 = arctg D 3,6 2 + 1,8 2 n2
⇒ θ = 24,9° 2
5.6) Duas pequenas esferas metálicas iguais de raio a estão bastante afastadas de uma distância d e imersas num meio de condutividade σ. Aplica-se a elas uma tensão V. Calcule a resistência oferecida pelo material entre as duas esferas.
Resolução: Como d >> a, pode-se considerar as duas esferas como duas cargas pontuais. Deste modo, o campo Q elétrico gerado por qualquer uma delas será: E = ar . 4πε o r 2 1o modo:
Cálculo da resistência oferecida pelo material entre as esferas: − ∫ E • dL V R= ⇒R= I ∫ J • dS
(01)
S
Cálculo de V: d
d
2Q dr V = 2⋅ ∫ dr ⇒ V = ⋅ ∫ 2 2 4πε o r = a 4πε o r r=a r V =
Q
(02)
2Q 1 1 Q ⋅ − + ⇒ V = 4πε o d a 2πε o a
Cálculo de I: I = ∫ J • dS ⇒ I = ∫ σ E • dS ⇒ I = S
I=
σQ 4πε o
S 2π
π
σQ
∫ 4πε
S
or
σQ σQ 2 π ⋅ r sen d d ⇒ I = ⋅ 2 ⋅ 2 ⇒ I = θ θ φ 2 4πε o εo φ = 0 θ =0 r
∫ ∫
1
2
– Página 5.7 –
(03)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 05
CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA
Substituindo (02) e (03) em (01), temos:
R =
Q
εo 1 ⇒ R = 2πε o a σ Q 2πσ a ⋅
2o modo:
2 ⋅ ∫ E • dL V R= ⇒R= I I Cálculo de E :
J=
I =σ E Area
I 4π r 2
(01)
I
=σ E⇒E =
4π σ r 2
⇒E=
I 4π σ r 2
ar
(02)
Cálculo de V: d
d
2I dr V = 2⋅ ∫ dr ⇒ V = ⋅ ∫ 2 2 4πσ r = a 4πσ r r=a r V =
I
2I 1 1 I ⋅ − + ⇒ V = 4πσ d a 2πσ a
(03)
Substituindo (03) em (01), temos: R =
I
1 1 ⇒ R = 2πσ a I 2πσ a ⋅
(
5.7) O vetor unitário a N 12 = −2a x + 3a y + 6a z
) 7 , é dirigido da região 1 para a região 2,
sendo normal a fronteira plana entre os dois dielétricos perfeitos com εR1 = 3 e εR2 = 2. Sendo E1 = 100a x + 80a y + 60a z V m , determine E 2 .
[ ]
Resolução:
Cálculo dos componentes de E1 : E1 = E n1 + E t1 Cálculo de E n1 :
(
)
E n1 = E1 • a N12 a N12
− 2a x + 3a y + 6a z − 2a x + 3a y + 6a z ⋅ E n1 = 100a x + 80a y + 60a z • 7 7 E n1 = −16,327a x + 24,49a y + 48,98a z V m
(
)
[ ]
– Página 5.8 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 05
CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA
Cálculo de E t1 : E t1 = E1 − E n1 E t1 = 100a x + 80a y + 60a z − − 16,327a x + 24,49a y + 48,93a z
(
) (
∴ E t1 = 116,327a x + 55,51a y + 11,02a z
)
[V m]
Cálculo dos componentes de E 2 : E 2 = E n2 + E t2 Cálculo de E n2 : ε D n2 D n1 E n2 = = ⇒ E n2 = R1 E n1
ε o ε R2
ε o ε R2
(01)
ε R2
3 E n2 = ⋅ − 16,327a x + 24,49a y + 48,98a z 2 ∴ E n2 = −24,491a x + 36,735a y + 73,47a z V
(
)
[ m]
Cálculo de E t2 : E t 2 = E t1 = 116,327a x + 55,51a y + 11,02a z
[V m]
Substituindo (02) e (03) em (01), temos: E 2 = 116,327a x + 55,51a y + 11,02a z + − 24,491a x + 36,735a y + 73,47a z
(
) (
∴ E 2 = 91,836a x + 92,245a y + 84,449a z
(02)
(03)
)
[V m]
5.8) Dado o campo potencial V = ( 200sen θ cos φ ) / r 2 [V], determinar: a) A equação da superfície condutora na qual V = 100 V; b) O campo elétrico E no ponto P (r, 30o, 30o) sobre a superfície condutora; c) A densidade superficial ρS no ponto P. ASSUMIR: ε = εo na superfície adjacente Resolução: a)
Para determinar a equação da superfície condutora na qual V = 100 V, basta substituir este valor na equação de campo dada. Portanto: V =
(200sen θ cos φ ) r
2
= 100 ⇒ r 2 = 2 sen θ cos φ
– Página 5.9 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05
b)
–
CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA
Dados: P (r,θ = 30o, φ = 30o )
1 ∂V 1 ∂V ∂V E = −∇V = − ar − aθ − aφ ∂r r ∂θ r sen θ ∂φ 400senθ cosφ 1 200cosφ 1 ar − E = − − ⋅ cosθ aθ − r r senθ r3 r2
200senθ ⋅ (− senφ ) aφ r2
400senθ cosφ 200cosθ cosφ 200senφ ar − aθ + aφ E = 3 2 r r r3 200 (2 senθ cosφ ) ar − (cosθ cosφ ) aθ + senφ aφ E= 3 r
[
]
(01)
Substituindo as coordenadas de P em (01), temos:
200 E= ( 2 sen 30° cos 30°)a r − (cos 30° cos 30°)aθ + sen 30° a φ r3 200 E= 0,866 a r − 0,75 aθ + 0,5 a φ r3
[
(
]
)
Mas r 2 = 2 sen θ cos φ (item a).Portanto r 2 = 2 sen 30°cos 30° ⇒ r = 0,9306
(02) (03)
Substituindo (03) em (02), temos: E=
200 0,9306
( 0,866 a r − 0,75 aθ 3
E = 215 a r − 186,1 aθ + 124,1 a φ
c)
ρS = D N
Cálculo de D N :
+ 0,5 a φ
)
[V m]
D = ε o E ⇒ D N = ε o E N ⇒ D N = ε o E ⇒ D N = ε o 215 2 + 186,12 + 124,12 D N = ε o (± 310,256 ) ⇒ D N = ρ S = ±2,75 ηC 2 m
– Página 5.10 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05
–
CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA
5.9) Duas cargas pontuais e simétricas de 100 ηC estão localizadas acima de um plano condutor situado em z = 0, sendo a carga positiva em (ρ ρ = 1 m, φ = π/2, z = 1 m) e a carga negativa em (ρ ρ = 1 m, φ = 3π π/2, z = 1 m). Determinar: a) A densidade superficial de carga na origem; b) A densidade superficial de carga no ponto A(ρ ρ = 1 m, φ = π/2, z = 0); c) A densidade de fluxo elétrico D no ponto B(ρ ρ = 0, φ = 0, z = 1 m).
Resolução: Q1 = Q 4 = Q = 100ηC ; Q 2 = Q 3 = −Q = −100ηC Dados: A = ρ = 1, φ = π 2 , z = 0 ⇒ A = (0,1,0 ) B = ( ρ = 0, φ = 0, z = 1) ⇒ B = (0,0,1) a) Na origem, o vetor densidade de fluxo elétrico ( D 0 ) é nulo, pois os campos criados pelas cargas objeto ( D10 e D 20 ) são anulados pelos campos criados pelas cargas imagem ( D 30 e D 40 ).
(
)
Logo, ρ S = D 0 = 0 b)
ρ S A = D A , onde D A é o vetor densidade de fluxo elétrico resultante no ponto
Cálculo de D A : D A = D1A + D 2A + D 3A + D 4A R = 2 a − a 1 A y z ; R 1A = 5 Q1 D1A = a R , onde 1A 4πR 12A 2a y − a z = a R 5 1A – Página 5.11 –
(01)
(02)
(03)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 05
D 2A =
CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA
R 2 A = −a z ; R 2 A = 1 a R , onde 2A 4πR 22A = −a z a R 2A
Q2
(04)
R = 2 a + a 3 A y z ; R 3A = 5 Q3 D 3A = a R , onde 3A 4πR 32A 2a y + a z = a R 5 3A
(05)
R Q4 4A = a z ; R 4A = 1 a R , onde 4A 4πR 24A = az a R 4A
(06)
D 4A =
Substituindo (03), (04), (05) e (06) em (02), temos:
Q 2a y DA = ⋅ 20π Q 2a y ⋅ DA = 4π 5
− az
−Q − Q 2a y + a z Q + ⋅ az + ⋅ (− a z ) + ⋅ 4π 4π 5 4 5π 5 − az 2a y + a z Q −2 + az − + a z ⇒ D A = ⋅ + 2 a z 4π 5 5 5 5 5
Q −1 Q DA = ⋅ + 1a z ⇒ D A = 2π 5 5 2π
5 5 − 1 100η a z ⇒ D A = ⋅ 2π 5 5
2 ∴ D A = ⋅ 25 − 5 a z ηC 2 ou D A = 14,49 a z ηC 2 m m π
(
)
25 − 5 a z ⋅ 25 (07)
Substituindo (07) em (01), temos:
ρSA = c)
2
⋅ 25 − 5 a z ηC 2 ou π m
(
)
ρ S = 14,49 a z ηC 2 m
Cálculo de D B :
D B = D1B + D 2B + D 3B + D 4B R = a ; R = 1 y 1B Q1 1B a R , onde 4πR 12B 1B = ay a R 1A R = − a 2 B y ; R 2B = 1 Q2 D 2B = a R , onde 2B 4πR 22B = −a y a R 2B
D1B =
– Página 5.12 –
(01)
(02)
(03)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05
–
CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA
R = a + 2 a 3 B y z ; R 3B = 5 Q3 D 3B = a R , onde 3B 4πR 32B a y + 2a z = a R 5 3B
(04)
R = −a y + 2a z ; R 4B = 5 4 B Q4 D 4B = a R , onde 2 4 B 4πR 4B − a y + 2a z = a R 5 4B
(05)
Substituindo (02), (03), (04) e (05) em (01), temos: − a y + 2a z Q −Q − Q a y + 2a z Q DB = ⋅ ay + ⋅ − ay + ⋅ + ⋅ az 4π 4π 4 5π 5 4 5π 5 a y + 2a z − a y + 2a z 2a y Q Q ⇒ DB = DB = ⋅ 2a y − ⋅ a y + a y − + π 4π 4 5 5 5 5 5 5 2a y Q Q 1 Q 5 5 − 1 ⇒ DB = a y DB = ⋅ 2a y − ⋅ 1 − a ⇒ D = ⋅ y B 4π 2π 2π 5 5 5 5 5 5
(
)
100η Q 25 − 5 a y ⇒ D B = DB = ⋅ 2π 25 2π
25 − 5 a y ⋅ 25
2 D B = ⋅ 25 − 5 a y ηC 2 ou D B = 14,49 a y ηC 2 m m π
(
)
5.10) A região entre as placas de metal de um capacitor é preenchida por 4 (quatro) camadas de dielétricos diferentes, com permissividades 2εεo, 3εεo, 4εεo e 5εεo, onde εo é a permissividade elétrica do vácuo. Cada camada tem espessura a e área S. Determinar, para os arranjos de dielétricos em série e em paralelo: a) As magnitudes do campo elétrico (E) e da densidade de fluxo (D) em cada camada; b) A diferença de potencial (Vo) entre as placas; c) A capacitância total (C) resultante; Nota: Usar apenas os parâmetros dados, adotando as cargas das placas iguais ±Q. Obs: Para um arranjo série de dielétricos, deve-se considerar que a área das placas que formam o capacitor é igual a área de cada camada de dielétrico , ou seja, Splaca = Scamada = S; (Arranjo Série) Para um arranjo paralelo de dielétricos, deve-se considerar que a área das placas que formam o capacitor foi dividida em quatro, de modo que Splaca = 4Scamada = 4S; (Arranjo Paralelo)
– Página 5.13 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05
–
CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA
Resolução:
a)
Arranjo Série:
Pelas condições de contorno, D n1 = D n 2 = D . Ψ Q Sabe-se que D = e que Ψ = Q . Portanto, D = D1 = D 2 = D 3 = D 4 = S S
(01) (02)
Mas D = ε E Substituindo (01) em (02), temos:
E1 =
E2 =
E3 =
E4 =
b)
Q
D1
⇒ E1 =
ε1 D2
ε2
2ε o
Q 2Sε o
Q ⇒ E2 =
S ⇒ E = 2
Q 3Sε o
S ⇒ E = 3
Q 4Sε o
3ε o Q
D3
⇒ E3 =
ε3 D4
ε4
S ⇒ E = 1
4ε o Q
⇒ E4 =
S ⇒ E = 4
5ε o
Q 5Sε o
Vo = V1 + V2 + V3 + V4 d1 = d 2 = d 3 = d 4 = a Vo = E1d1 + E 2 d 2 + E 3 d 3 + E 4 d 4 , onde (01) E1, E 2 , E 3 , E 4 foram calculados no item (a) Substituindo os valores de E1, E 2 , E 3 e E 4 em (01), temos:
Vo =
Q ⋅ a 1 1 1 1 ⋅ + + + S ⋅ εo 2 3 4 5
Vo =
Q ⋅ a 30 + 20 + 15 + 12 77 Q ⋅ a ⋅ ⋅ ⇒ Vo = S ⋅ εo 60 60 S ⋅ ε o
– Página 5.14 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 05
CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA
c)
O cálculo da capacitância pode ser feito de duas maneiras. A primeira considera a definição de capacitância para um capacitor de placas paralelas ( C = Q V ). A segunda considera que a o capacitância total (C)do arranjo acima é equivalente à capacitância resultante quando admitimos que os quatro capacitores formados pelas camadas de dielétricos acima estão colocados em série.
1o modo: Q Q 60 S ⋅ ε o C= ⇒C= ⇒ C= ⋅ 77 Q ⋅ a Vo 77 a ⋅ 60 S ⋅ ε o 2o modo: C=
C=
1 1 1 1 1 + + + C1 C 2 C 3 C 4
1
⇒C=
a 2ε o S
+
a 3ε o S
+
a 4ε o S
+
a 5ε o S
1 1 60 ε o Sa ⇒C= ⇒ C= ⋅ a 77 77 a a 1 1 1 1 ⋅ ⋅ + + + ε o S 60 εoS 2 3 4 5
Arranjo Paralelo:
Para esta configuração, a solução torna-se mais simples quando iniciada em ordem inversa. c)
(01)
C = C1 + C 2 + C 3 + C 4 C1 C 2 onde C 3 C 4
2ε ⋅ S ε ⋅S = 1 1 ⇒ C1 = o d1 a 3ε o ⋅ S ε 2 ⋅ S2 = ⇒ C2 = d2 a ε 3 ⋅ S3 4ε o ⋅ S v = ⇒ C3 = d3 a ε 4 ⋅ S4 5ε o ⋅ S = ⇒ C4 = d4 a
(02)
Substituindo (02) em (01), temos: C=
b)
C=
2ε o ⋅ S 3ε o ⋅ S 4ε o ⋅ S 5ε o ⋅ S ε S ε S + + + ⇒ C = o ⋅ (2 + 3 + 4 + 5) ⇒ C = 14 ⋅ o a a a a a a
Q Q ⇒ Vo = ⇒ Vo = Vo C
Q 14 ⋅
εoS
⇒ Vo =
a – Página 5.15 –
1 Q⋅a ⋅ 14 ε o S
(03)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05
a)
–
CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA V d
(04)
Vo = V1 = V2 = V3 = V4 Mas a = d1 = d 2 = d 3 = d 4
(05)
Sabe-se que : V = Ed ⇒ E =
Substituindo (05) em (04), tem-se: E = E1 = E 2 = E 3 = E 4 =
Vo 1 Q ⇒ E = ⋅ (06) a 14 ε o S (07)
Sabe-se que : D = ε ⋅ E Substituindo (07) em (06) para cada região, tem-se:
D1 = ε 1 ⋅ E ⇒ D1 = 2ε o ⋅
D 2 = ε 2 ⋅ E ⇒ D 2 = 3ε o ⋅
D 3 = ε 3 ⋅ E ⇒ D 3 = 4ε o ⋅
D 4 = ε 4 ⋅ E ⇒ D 4 = 5ε o ⋅
Q 14ε o S Q
14ε o S Q 14ε o S
Q 14ε o S
⇒ D1 =
⇒ D2 =
⇒ D3 =
⇒ D4 =
2 Q ⋅ 14 S
3 Q ⋅ 14 S 4 Q ⋅ 14 S
5 Q ⋅ 14 S
Nota: Das equações (02) e (03) , pode-se calcular a forma com que a carga total Q foi distribuída entre as camadas de dielétricos. Q1 = C1 Vo ⇒ Q1 =
2ε o ⋅ S 1 Q ⋅ a 2 ⋅ ⋅ ⇒ Q1 = ⋅Q a 14 ε o S 14
Q 2 = C 2 Vo ⇒ Q 2 =
3ε o ⋅ S 1 Q ⋅ a 3 ⋅ ⋅ ⇒ Q2 = ⋅Q a 14 ε o S 14
Q 3 = C 3 Vo ⇒ Q 3 =
4ε o ⋅ S 1 Q ⋅ a 4 ⋅ ⋅ ⇒ Q3 = ⋅Q a 14 ε o S 14
Q 4 = C 4 Vo ⇒ Q 4 =
5ε o ⋅ S 1 Q ⋅ a 5 ⋅ ⋅ ⇒ Q4 = ⋅Q a 14 ε o S 14
Logo, devido às diferentes permissividades, a carga Q não foi igualmente distribuída entre as camadas. Deve-se ressaltar que a relação Q = Q1 + Q 2 + Q 3 + Q 4 continua verdadeira.
– Página 5.16 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05
–
CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA
5.11) Duas esferas condutoras concêntricas de raios r = 3 mm e r = 7 mm são separadas por dois dielétricos diferentes, sendo a fronteira entre os dois dielétricos localizada em r = 5 mm. Se as permissividades relativas são εR1 = 4, para o dielétrico mais interno, e εR2 = 6, para o outro dielétrico, e ρS = 10 ηC/m2 na esfera interna, determinar: a) A expressão que fornece o campo elétrico entre as duas esferas, utilizando a Lei de Gauss; b) A diferença de potencial entre as duas esferas; c) A capacitância (*) do capacitor esférico formado. (*) A fórmula da capacitância do capacitor esférico não poderá ser usada diretamente.
Resolução: a = 3mm ; b = 7 mm Dados: ηC ε R1 = 4 ; ε R 2 = 6 ; ρ S = 10 m 2 a)
Pela Lei de Gauss:
D ∫ • dS = Q interna = S
∫ ρ v dv vol
Seja a superfície Gaussiana esférica de raio r < a:
D1 = 0, pois Q interna = 0 ⇒ E1 = 0
Seja a superfície Gaussiana esférica de raio a < r < b: D = Dr a r ; 2 ∫ D • dS = Q interna , onde: dS = dSr a r = r sen θ dθ dφ a r ; S Q interna = ρ S dS ∫ S
– Página 5.17 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05
–
CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA
2π ∫ D • dS = Q interna ⇒ ∫ S
π
2
∫ D r r sen θ dθ dφ a r =
φ =0 θ =0
Dr =
ρS ⋅ a 2
⇒ Dr =
2π
π
∫ ∫ ρS a
2
sen θ dθ dφ
φ =0 θ =0
10 ⋅ 10 − 9 ⋅ (3 ⋅ 10 − 3 ) 2
90 ⋅ 10 −15 ⇒D= ar r2
r2 r2 Mas D = ε E e portanto, teremos duas expressões para o campo elétrico entre as duas esferas.
Campo elétrico para 3mm < r < 5mm:
90 ⋅ 10−15 E1 =
D
ε1
⇒ E1 =
D
ε o ε R1
⇒ E1 =
2,541 r2 a r ⇒ E1 = ⋅ 10− 3 a r V m 4 ⋅ 8,854 ⋅ 10−12 r2
[ ]
Campo elétrico para 5mm < r < 7mm:
90 ⋅ 10 −15 E2 =
b)
D
ε2
⇒ E2 =
D
ε oε R 2
⇒ E2 =
1,694 r2 ar ⇒ E2 = ⋅ 10 − 3 a r V m 6 ⋅ 8,854 ⋅ 10 −12 r2
[ ]
a a 5mm Vab = − ∫ E • dL ⇒ Vab = − ∫ E 2 • dr + ∫ E1 • dr 5mm b b 3mm 5mm 1,694 2,541 −3 Vab = − ∫ ⋅ 10 dr + ∫ ⋅ 10 − 3 dr 2 2 5mm r 7 mm r
5 ⋅10− 3
3⋅10− 3
1,694 2,541 Vab = ⋅ 10 − 3 + ⋅ 10 − 3 r 7 ⋅10− 3 r 5 ⋅10− 3 Vab = 96,8085 ⋅ 10 − 3 + 338,8 ⋅ 10 − 3 ⇒ Vab = 0,4356 [V ]
∫ ρ S dS
c)
Q Q C= ⇒ C = interna ⇒ C = S Vo Vab Vab
4πa 2 ρ S ⇒C= Vab
4π ⋅ (3 ⋅ 10 − 3 ) 2 ⋅ 10 ⋅ 10 − 9 C= ⇒ C = 2,596 [ηF] 0,4356
– Página 5.18 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 06
EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE CAPÍTULO 06
EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE 6.1) Seja o potencial no espaço livre (vácuo) expresso por V = 8x 2 yz volts. a) Determinar o campo elétrico ( E P ) em P (2, -1, 3); b) Determinar a densidade volumétrica de carga (ρv) em P; c) Determinar a equação da superfície equipotencial que passa por P; d) Verificar se a função V acima satisfaz a Equação de Laplace. Resolução: a)
Sabe -se que E = −∇V
Cálculo do Gradiente (coordenadas cartesianas):
∇V =
(01)
∂V ∂V ∂V ax + ay + a z ⇒ ∇V = 16xyz a x + 8x 2 z a y + 8x 2 y a z ∂x ∂y ∂z
(02)
Substituindo (02) em (01), temos: E = − 16 xyz a x − 8x 2 z a y − 8x 2 y a z
(03)
Substituindo as coordenadas de P em (03), temos o campo elétrico E P :
E P = [− 16 ⋅ 2 ⋅ (−1) ⋅ 3] a x + [−8 ⋅ 2 2 ⋅ 3] a y + [−8 ⋅ 2 2 ⋅ (−1)] a z E P = 96 a x − 96 a y + 32 a z
[V m]
( )
(
)
b)
ρ v = ∇ • D = ∇ • ε o E = ε o ∇ • E = ε o ∇ • − ∇V ⇒ ρ v = −ε o ∇ 2 V
Cálculo do Laplaciano (coordenadas cartesianas): 2
∇ V= 2
∇ V=
∂2 V ∂x 2 ∂ ∂x
+
∂2 V ∂y 2
(16xyz) +
+ ∂
∂y
∂2 V ∂z 2
2
⇒∇ V=
(16xz ) +
∂ ∂z
(01)
∂ ∂V ∂ ∂V ∂ ∂V + + ∂x ∂x ∂y ∂y ∂z ∂z 2
(16xy ) ⇒ ∇ V = 16 yz + 0 + 0
(02)
Substituindo as coordenadas de P em (02), temos: 2
∇ V = 16 ⋅ ( −1) ⋅ 3 ⇒ ∇ 2 V = −48
– Página 6.1 –
(03)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06
–
EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE
Substituindo (03) em (01), temos:
ρ v = −8,854 × 10 −12 ⋅ (−48) ⇒ ρ v = 425 pC 3 m c)
O potencial em P(2;-1;3),é dado por: VP = 8 ⋅ 2 2 ⋅ ( −1) ⋅ 3 ⇒ VP = −96 [V ] Logo, a equação da superfície equipotencial que passa por P é:
VP = V ⇒ −96 = 8x 2 yz ⇒ x 2 yz + 12 = 0 d)
A equação não satisfaz a Equação de Laplace, pois ρ v ≠ 0 (item b), indicando que a região 2
contém cargas livres. Portanto, ∇ V ≠ 0 . 6.2) Planos condutores em φ = 10o e φ = 0o, em coordenadas cilíndricas, possuem tensões de 75 volts e zero, respectivamente. Obtenha D na região entre os planos que contém um material para o qual εR = 1,65. Resolução:
As superfícies equipotenciais para φ constante são planos radiais conforme mostrado na figura anterior. 2 1 ∂ 2V Equação de Laplace: ∇ V = 0 ⇒ ∇ 2 V = = 0 ; ρ ≠ 0 , pois V = f (φ ) .
ρ 2 ∂φ 2
1 ∂ 2V ∂ 2V ∇2V = =0⇒ =0
ρ 2 ∂φ 2
∂φ 2
Integrando pela 1a vez:
∂V =A ∂φ – Página 6.2 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 06
EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE
Integrando pela 2a vez:
(01)
V = Aφ + B
Em φ = 0 ⇒ V = 0 ⇒ B = 0 Condições de Contorno: π 1350 φ Em 10 V 75 A A = ° ⇒ = = ⋅ ⇒ = 18 π
(02) (03)
Substituindo (02) e (03) em (01), temos:
V=
1350
π
φ [V]
Cálculo de E :
E = −∇V ⇒ E = − E=
(04)
− 1350
πρ
aφ
1 ∂V 1 ∂ 1350 φ a φ aφ ⇒ E = − ρ ∂φ ρ ∂φ π
[V m]
Cálculo de D :
1350 a φ D = ε E ⇒ D = ε o ε R E ⇒ D = 8,854 × 10 −12 ⋅ 1,65 ⋅ − πρ
D=
− 6,28 aφ
ρ
ηC m 2
6.3) Sendo o potencial V função somente da coordenada cilíndrica ρ (como num cabo coaxial), determinar: a) a expressão matemática de, sendo V =V0 em ρ = a e V = 0 em ρ = b (b > a); b) a expressão da capacitância C, com as mesmas condições do item (a); c) o valor de VP em P(2,1,3) se V = 50 V em a = 2 m e V = 20 V em b = 3 m. Resolução: a)
2 1 ∂ ρ∂V = 0 , pois V = f ( ρ ) . Segundo a Equação de Laplace: ∇ V = 0 ⇒ ∇ 2 V = ρ ∂ρ ∂ρ ρ∂V ∂ ρ∂V = 0 ⇒ = A ⇒ V = A ln ρ + B (01) ∂ρ ∂ρ ∂ρ Vo A = a ln Vo = A ln a + B b Condições de Contorno: (02) ⇒ − Vo ⋅ ln b 0 = A ln b + B B = a ln b – Página 6.3 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 06
EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE
Substituindo (02) em (01), temos:
b ln ρ V = Vo ⋅ b ln a b)
Q Vo Porém, Q = S ⋅ ρ S , onde ρ S = DN ( ρ = a)
(01)
Sabe-se que C =
(02)
Cálculo de E :
E = −∇V ⇒ E = −
− Vo ∂V aρ ⇒ E = ⋅ ∂ρ b
ln a
−
b
ρ2 b
aρ ⇒ E =
ρ
Vo
ρ
⋅
1 aρ b ln a
Cálculo de DN ( ρ = a) :
D N ( ρ = a) = ε E ( ρ = a) , onde E ( ρ = a) é o módulo de E para ρ = a ∴ ρ S = D N ( ρ = a) =
ε Vo
(03)
b a ln a
Substituindo (03) em (02), temos:
Q=
ε Vo b a ln a
⋅ 2π aL ⇒ Q =
2π ε LVo b ln a
(04)
Substituindo (04) em (01), temos: C=
2π ε L b ln a
c)
b ln ρ V = Vo ⋅ , onde a = 2 m e b = 3 m. b ln a
Cálculo de VO:
Vo = 50 − 20 ⇒ Vo = 30 [V ]
(01)
(02)
Cálculo de ρ:
ρ = x 2 + y 2 ⇒ ρ = 2 2 + 12 ⇒ ρ = 5 – Página 6.4 –
(03)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06
–
EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE
Substituindo (02) e (03) em (01), temos:
3 ln 5 V = 30 ⋅ ⇒ V = 21,74 [V ] 3 ln 2
(Para V = 0 em ρ = a)
VP = 20 + 21,74 ⇒ VP = 41,74 [V] 6.4) Dado o potencial V =
(Para V = 20 V em ρ = a)
50 sen θ
, r≠0 [V], no espaço livre. r2 a) Verifique se V satisfaz a equação de Laplace; b) Encontrar a carga total armazenada dentro da casca esférica (1 < r < 2).
Resolução: a)
Cálculo do Laplaciano (coordenadas esféricas):
∂ 2V 1 ∂ 2 ∂V 1 1 ∂V ∂ ∇ V= r + sen θ + ∂θ r 2 sen 2 θ ∂φ 2 ∂r r 2 sen θ ∂θ r 2 ∂r 2
2
∇ V= 2
1 ∂ 2 50 sen θ 1 50 1 ∂ r ⋅ ( −2) + cos θ + sen θ ⋅0 r3 r2 r 2 ∂r r 2 sen θ ∂θ r 2 sen 2 θ
∇ V=− 2
∇ V= 2
∇ V= 2
∇ V= b)
1 50 − 1 ⋅ cos 2θ ⋅ 100 sen θ ⋅ + 2 2 r r r sen θ r 2 1
2
100 r4
⋅ sen θ +
2 cos 2θ 50 cos 2θ 50 ⋅ ⇒∇ V= ⋅ 2 sen θ + sen θ r 4 sen θ r4
cos 2 θ sen 2 θ 50 ⋅ 2 sen θ + − sen θ sen θ r 4 50 r 4 sen θ
≠0
2 2 ⇒ ∇ V = 50 ⋅ sen θ + cos θ sen θ r 4
⇒ V não satisfaz a Equação de Laplace
1o modo: 2 ρ Equação de Poisson: ∇ V = − v
εo
− 50ε o C 3 (Segundo a Equacão de Poisson) ρ v = 4 r sen θ m Q = ∫ ρ v dv , onde: dv = r 2 sen θ drdθ dφ vol Q=
∫
− 50ε o
4 vol r sen θ
2
2
⋅ r sen θ drdθ dφ ⇒ Q = −50ε o ⋅
– Página 6.5 –
∫
dr
π
2π
⋅ ∫ dθ ⋅ ∫ dφ 2 r θ =0 φ =0 r =1
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 06
EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE
2
− 1 Q = −50ε o ⋅ ⋅ π ⋅ 2π ⇒ Q = 100π 2 ε o r r =1 50 sen θ
2o modo: V =
Cálculo de E :
E=
∂V 1 ∂V 1 ∂V ar − aθ − aφ ∂r r ∂θ r sen θ ∂φ
100 sen θ r
3
50 cos θ r
3
100ε o sen θ r
[V m]
aθ
3
ar −
50ε o cos θ r
3
aθ
C m 2
(02)
Cálculo de ρ v :
ρv = ∇ • D = ρv = ρv = ρv = ρv =
ar −
Cálculo de D :
D = εo E =
[V ]
r2
E = −∇V = −
1 ⋅ − 1 ⇒ Q = −50π 2 ε o [C] 2
1 r
2
1 ∂ 2 1 ∂ 1 ∂ r Dr + ( Dθ sen θ ) + Dφ r sen θ ∂θ r sen θ ∂φ r 2 ∂r
(
)
⋅ (100ε o sen θ )
( )
∂ 2 1 1 r ⋅ + 3 ∂r r r sen θ
− 50ε o ⋅ r3
∂ (cos θ sen θ ) + 0 ∂θ
100ε o sen θ − 1 − 50ε o ⋅ ⋅ ⋅ cos 2 θ − sen 2 θ + 2 2 4 r r r sen θ
(
− 100ε o sen θ r4
−
50ε o r 4 sen θ
)
⋅ (cos 2θ )
− 50ε o cos 2θ ⋅ 2 sen θ + sen θ r4
⇒ ρ = − 50ε o v r 4 sen θ
C m 3
(03)
Cálculo de Q:
− 50ε o ρ = v r 4 sen θ Q = ∫ ρ v dv , onde: dv = r 2 sen θ drdθ dφ vol Q=
∫
− 50ε o
4 vol r sen θ
2
2
⋅ r sen θ drdθ dφ ⇒ Q = −50ε o ⋅ 2
− 1 ⋅ π ⋅ 2π ⇒ Q = 100π 2 ε o Q = −50ε o ⋅ r r =1 ∴ Q = −50π 2 ε o
[C] ou Q = −4,37 [ηC] – Página 6.6 –
∫
dr
π
2π
⋅ ∫ dθ ⋅ ∫ dφ 2 r θ =0 φ =0 r =1
1 ⋅ − 1 2
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 06
EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE
3o modo: dS = r 2 sen θ dθ dφ a r Q = ∫ D • dS , onde: 100ε o sen θ 50ε o cos θ S ar − aθ D = 3 r r3 2π
Q=
π
∫ ∫
100ε o sen θ r
φ = 0θ = 0
100ε o ⋅ 2π ⋅ Q= r Q=
200πε o r
3
π
∫
θ =0
100ε o ⋅ r sen θ dθ dφ ⇒ Q = ⋅ 2π ⋅ r 2
1 − 1 cos 2θ dθ ⇒ Q = 200πε o r 2 2
π
∫ sen
2
θ dθ
θ =0
π θ 1 ⋅ − sen 2θ 2 4 θ = 0
100π 2 ε o π 1 ⋅ − sen 2π − 0 − 0 ⇒ Q = r 2 4
Em r = 1 ⇒ Q = 100π 2 ε o Em r = 2 ⇒ Q = 50π 2 ε o
[C] [C]
Para 1 < r < 2 ⇒ Q = 50π 2 ε o − 100π 2 ε o ⇒ Q = −50π 2 ε o [C] ou Q = -4,37 [ηC]
6.5) Dois cilindros condutores coaxiais de raios a = 2 cm e b = 6 cm apresentam potenciais de 100 V e de 0 V, respectivamente. A região entre os cilindros é preenchida com um dielétrico perfeito, porém, não homogêneo, no qual ε R = 0,3 /( ρ + 0,04) . Determinar para esta região: a) o potencial elétrico V(ρ) ; b) o campo elétrico E( ρ ) ; c) a densidade de fluxo elétrico D( ρ ) ; d) a capacitância C por metro de comprimento. Resolução:
a)
ε R = f ( ρ ) ⇒ As Equações de Laplace e de Poisson não podem ser usadas diretamente; Deve-se calcular uma relação a partir da forma puntual de Lei de Gauss, da definição de D e da relação do Gradiente. Portanto: – Página 6.7 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 06
EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE
∇ • D = ρ v (Forma Puntual da Lei de Gauss); ⇒ ∇ • ε ⋅ ∇V = − ρ v D = ε E (Definicão de D); E = −∇V (Relacão do Gradiente).
(
)
No dielétrico perfeito, ρv = 0 e ε = εoεR
(01)
(02)
Substituindo (02) em (01), temos:
(
)
(03)
∇ • ε R ⋅ ∇V = 0 Desenvolvendo (03), temos:
∇ • ε R 1 ∂ ρ ∂ρ
0,3 dV dV ⋅ ⋅ aρ = 0 ⇒ ∇ • aρ = 0 ρ ρ ρ d + 0 , 04 d
0,3 ∂V ∂ 0,3 ρ ∂V ρ ⋅ = 0 ⇒ =0 ⋅ ⋅ ρ + 0,04 ∂ρ ∂ρ ρ + 0,04 ∂ρ
Integrando pela 1a vez: 0,3 ρ A( ρ + 0,04 ) ∂V ∂V A( ρ + 0,04 ) ⋅ =A⇒ = ⇒ ∂V = ∂ρ ρ + 0,04 ∂ρ ∂ρ 0,3 ρ 0,3 ρ Integrando pela 2a vez: V=
∫
A( ρ + 0,04 ) A dρ ⇒ V = [ρ + 0,04 ln ρ ] + B 0,3 ρ 0,3
A Em ρ = 2 cm ⇒ V = 100 = 0,3 [0,02 + 0,04 ln 0,02] + B Condições de Contorno: A [0,06 + 0,04 ln 0,06] + B Em ρ = 6 cm ⇒ V = 0 = 0,3
(04) (05) (06)
Fazendo (05) – (06), temos: 100 =
A 0,02 − 0,04 + 0,04 ln ⇒ A = −357,4 0,3 0,06
(07)
Substituindo (07) em (06), temos: B=
− 357,4 [0,06 + 0,04 ln 0,06] ⇒ B = −62,6 0,3
Substituindo (07) e (08) em (04), temos: V=
− 357,4 [ρ + 0,04 ln ρ ] − 62,6 ⇒ V = −1191,34 ρ − 47,65 ln ρ − 62,6 [V] 0,3
– Página 6.8 –
(08)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06
b)
–
EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE
Cálculo do Campo Elétrico E( ρ ) :
E = −∇V ⇒ E = −
47,6 ∂V a ρ a ρ ⇒ E = 1191,34 + ρ ∂ρ
0,04 a ρ E = 1191,34 1 + ρ c)
[V m]
Cálculo da Densidade de Fluxo Elétrico D( ρ ) : (Lei de Gauss para uma Superfície Gaussiana Cilíndrica de raio 2<ρ<6 cm)
∫ D • dS = Q int = ∫ ρ S dS S
S
D⋅ 2π ρ ⋅ L = ρ S ⋅ 2π a ⋅ L ⇒ D =
ρS ⋅ a aρ ρ
(01)
Mas ρ S = DN ( ρ = 0,02 ) = ε E ( ρ = 0,02 ) , onde E ( ρ = 0,02 ) é o módulo de E para ρ = 0,02m
ρS = ε oε R
0,3 0,04 E ( ρ = 0,02 ) ⇒ ρ S = ε o ⋅ ⋅ 1191,34 1 + ( ρ =0,02) 0,02 + 0,04 0,02
∴ ρ S = 158,22 ηC 2 m
(02)
Substituindo (02) em (01), temos:
D= d)
158,22 ⋅ 0,02
ρ
aρ ⇒
D=
3,16
ρ
a ρ ηC 2 m
Cálculo da capacitância C por metro de comprimento: C=
S ⋅ ρS Q 158,22 ⋅ 2π ⋅ 0,02 ⋅ L C ⇒ C= ⇒ C= ⇒ = 198,8 V0 V0 100 L
pF m
6.6) Uma região entre dois cilindros condutores concêntricos com raios a = 2 cm e b = 5 cm contém uma densidade volumétrica de carga uniforme ρ V = −10 −8 C/m3. Se o campo elétrico E e o potencial V são ambos nulos no cilindro interno, determinar: a) A expressão matemática do potencial V na região, partindo da Equação de Poisson; b) A expressão matemática do potencial V na região, partindo da Lei de Gauss; c) O valor do potencial V no cilindro externo. Assumir a permissividade do meio como sendo a do vácuo. Resolução: a)
2
Equação de Poisson: ∇ V = Integrando pela 1a vez:
ρ
ρ ∂ ∂V ρ = − v ρ ∂ρ ∂ρ εo 1
ρ ρ2 ∂V =− v ⋅ +A⇒ ∂ρ εo 2
– Página 6.9 –
⋅
ρ ∂V A = − v ⋅ρ + ∂ρ 2ε o ρ
(01)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06
–
EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE
Porém, sabe-se que: E = −∇V ⇒ E = −
∂V ∂V ∂V aρ ⇒ E = E = − ⇒ = −E ∂ρ ∂ρ ∂ρ
(02)
Substituindo (02) em (01), temos:
ρ ∂V A = −E = − v ⋅ ρ + ∂ρ 2ε o ρ 1a Condição de Contorno:
(03) (04)
E = 0 para ρ = a.
Substituindo (04) em (03), temos: 0=−
ρv ρ A ⋅ a + ⇒ A = v ⋅ a2 2ε o a 2ε o
(05)
Substituindo (05) em (01), temos:
ρ ρ ∂V a2 =− v ⋅ρ+ v ⋅ ∂ρ 2ε o 2ε o ρ
(06)
Integrando pela 2a vez:
V=−
ρv ρ 2 ρv ⋅ + ⋅ a 2 ln ρ + B 2ε o 2 2ε o
2a Condição de Contorno:
(07) (08)
V = 0 para ρ = a.
Substituindo (08) em (07), temos:
0=−
ρv a2 ρv ρ ρ ⋅ + ⋅ a 2 ln a + B ⇒ B = v ⋅ a 2 − v ⋅ a 2 ln a 2ε o 2 2ε o 4ε o 2ε o
Substituindo (09) em (07), temos:
V =− V =
ρv ρ ρ ρ ⋅ ρ 2 + v ⋅ a 2 ln ρ + v ⋅ a 2 − v ⋅ a 2 ln a 4ε o 2ε o 4ε o 2ε o
ρv ρ ρ ⋅ (a 2 − ρ 2 ) + v ⋅ a 2 ln 4ε o 2ε o a
[V]
– Página 6.10 –
(09)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06
–
EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE
b)
Lei de Gauss:
∫ D • dS = Q int = ∫ ρ S dS S
S
ρ a 2 D⋅ 2π ρ ⋅ L = ρ v ⋅ (πρ 2 − π a 2 ) ⋅ L ⇒ D = v ⋅ ρ − ρ 2 ∴D =
a 2 ⋅ ρ − aρ ρ 2
C m 2
Cálculo do Campo Elétrico E : E=
ρ v
D
εo
⇒E=
ρv 2ε o
a 2 ⋅ρ − aρ ρ
Cálculo de V: A
ρ
VAB = − ∫ E • dL ⇒ V = − B
ρ V=− v 2ε o
∫ ρ =a
ρv 2ε o
a 2 ⋅ ρ − a • dρ a ρ ρ ρ
ρ
ρ2 ρ ⋅ − a 2 ln ρ ⇒V=− v 2ε o 2 ρ = a
ρv ρva2 ρ 2 2 V= ⋅ (a − ρ ) + ⋅ ln 4ε o 2ε o a c)
[V m]
ρ 2 a2 ⋅ − a 2 ln ρ − − a 2 ln a 2 2
[V]
No cilindro externo, ρ = b = 0,05 m .
∴V =
− 10 − 8 4 ⋅ 8,854 ⋅ 10 −12
⋅ (0,02 2 − 0,05 2 ) +
V = 0,593 − 0,207 ⇒ V = 0,386
[V]
– Página 6.11 –
(−10 − 8 ) ⋅ 0,02 2 2 ⋅ 8,854 ⋅ 10 −12
⋅ ln
0,05 0,02
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 06
EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE
6.7) Dois cilindros condutores, circulares retos, coaxiais, acham-se em ρ = a = 10 mm e ρ = b = 30 mm, com tensões de 10 volts no cilindro interno e Vo no cilindro externo. Se E = −10 a ρ KV m em ρ = 20 mm, determinar:
[
]
a) A expressão do potencial V em função de ρ por Laplace; b) O valor de Vo; c)A densidade de cargas do condutor externo. Resolução:
a)
2 1 ∂ ρ∂V = 0 , pois V = f ( ρ ) . Equação de Laplace: ∇ V = 0 ⇒ ∇ 2 V = ρ ∂ρ ∂ρ ρ∂V ∂ ρ∂V = 0 ⇒ = A ⇒ V = A ln ρ + B ∂ρ ∂ρ ∂ρ 1a Condição de Contorno: V = 10 V em ρ = 10 mm .
(01) (02)
Substituindo (02) em (01), temos: (03)
10 = A ln (0,01) + B Porém, sabe-se que E = −10 a ρ E = −∇V ⇒ E = − ∴E = −
200
ρ
A
ρ
[KV m] ρ = 20 mm, oque indica que:
aρ ⇒ E = −
A
ρ
⇒ −10000 = −
A ⇒ A = 200 0,02 (02)
aρ
Substituindo (04) em (03), temos:
10 = 200 ln (0,01) + B ⇒ B = 931
(05)
Substituindo (04) e (05) em (01), temos:
V = A ln ρ + B ⇒ V = 200 ln ρ + 931
[V ]
– Página 6.12 –
(06)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06
b)
–
EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE
2a Condição de Contorno: V = Vo em ρ = 30 mm .
(01)
Substituindo a equação (01) do item (b) na equação (06) do item (a), temos: V = 200 ln ρ + 931 ⇒ Vo = 200 ln(0,03) + 931 ⇒ c)
Vo = 229,7 [V]
ρ S = DN ( ρ = 0,03 ) = ε E( ρ = 0,03 ) , onde E( ρ = 0,03 ) é o módulo de E (da Equação (04) do item (a)) para ρ = 0,03 m .
− 200 − 200 ⇒ ρ S = 8,854 ⋅ 10 −12 ⋅ 0,03 ρ
ρ S = ε o E( ρ = 0,03 ) ⇒ ρ S = ε o ⋅ ∴ ρ S = −59,027 ηC 2 m
6.8) Um cabo coaxial possui seu condutor interno com cargas uniformemente distribuída de 1ηC/m. Os raios dos condutores interno e externo são a = 1 cm e b = 4 cm, respectivamente. Entre o condutor interno e o externo são colocadas duas camadas de material dielétrico possuindo, respectivamente, permissividades relativas εR1 = 2 e εR2, e espessuras w1 e w2. Determinar εR2, w1 e w2, de modo que a diferença de potencial de cada camada seja a mesma e a capacitância total do cabo seja de 75 pF/m. Resolução:
Cálculo da Capacitância:
2 1 ∂ ρ∂V = 0 , pois V = f ( ρ ) . Equação de Laplace: ∇ V = 0 ⇒ ∇ 2 V = ρ ∂ρ ∂ρ ρ∂V ∂ ρ∂V = 0 ⇒ = A ⇒ V = A ln ρ + B ∂ρ ∂ρ ∂ρ
(01)
Condições de Contorno:
V = 0 em ρ = b ⇒ 0 = A ln b + B Seja V = Vo em ρ = a ⇒ Vo = A ln a + B
(02) (03)
Fazendo (03) – (02),temos: Vo = A(ln a − ln b ) ⇒ A =
Vo
a ln b – Página 6.13 –
(04)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 06
EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE
Substituindo (04) em (02), temos: 0=
Vo
⋅ ln b + B ⇒ B =
a ln b
− Vo ⋅ ln b
(05)
a ln b
Substituindo (04) e (05) em (01), temos:
V = A ln ρ + B ⇒ V =
V=
Vo a ln b
Vo V ⋅ ln b ⋅ ln ρ − o a a ln ln b b
⋅ (ln ρ − ln b ) ⇒ V =
Vo
ρ ⋅ ln a b ln b
[V]
1 ∂V − Vo − Vo b E = −∇V ⇒ E = − aρ ⇒ E = aρ ⇒ E = aρ ⋅ ∂ρ a a ρ ρ ⋅ ln ln b b b
[V m]
− ε Vo D = εE ⇒ D = aρ C 2 a m ρ ⋅ ln b
ρ S = DN
∴ ρS =
Q=
ρ =a
= D ρ = a ⇒ ρ S =
ε Vo b a ⋅ ln a
∫ ρ S dS ⇒ Q = S
Q=
C=
2πε Vo L b ln a
− ε Vo
a > 0, pois a < b ⇒ ln < 0 a b a ⋅ ln b
C m 2
ε Vo
∫
b S a ⋅ ln Cil. Interno a
dS ⇒ Q =
ε Vo b a ⋅ ln a
[C]
Q 2πε L ⇒C= Vo b ln a
[F]
ou
C 2πε = L b ln a
– Página 6.14 –
[F m]
⋅ 2πaL (06)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06
–
EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE
a = 1cm, b = 4cm; w1 + w2 = b − a = 3cm εR1 = 2; Vo = = V V 1 2 Dados: 2 Q = Q = Q 2 1 C T = 75 pF m L
(07)
De (06), temos: 2πε o ε R1 C1 Q = = 1 L a + w1 V1 ln a
(08)
e 2πε o ε R 2 C2 Q = = 2 L b V2 ln a + w 1
(09)
De (07), temos: Vo V1 = V2 = 2 ⇒ C1 = C 2 = C Q = Q = Q 1 2 De acordo com a figura, CT é a capacitância equivalente do arranjo série de C1 e C2. Portanto, podemos escrever:
C1 ⋅ C 2 C2 C CT = ⇒ CT = ⇒ C T = ⇒ C = 2C T C1 + C 2 2C 2
(10)
Substituindo (10) em (08), temos:
C1 C = = L L
2πε o ε R1 a + w1 ln a
=
2C T 2π ⋅ 8,854 ⋅ 10 −12 ⋅ 2 ⇒ = 2 ⋅ 75 ⋅ 10 −12 L 0 , 01 + w 1 ln 0,01
0,01 + w1 0,01 + w1 2π ⋅ 8,854 0,01 + w1 = = 0,7407 ⇒ ln ⇒ ln = e 0,7407 75 0,01 0,01 0,01 ∴ w1 = 0,01097 m ⇒ w1 ≅ 1,1cm – Página 6.15 –
(11)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06
–
EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE
De (07), sabemos que w1 + w2 = 3cm. Portanto, w2 = 1,9 cm Substituindo (11) em (09), temos: 2πε o ε R 2 C2 2C T 2π ⋅ 8,854 ⋅ 10 −12 ⋅ ε R 2 C = = = ⇒ = 2 ⋅ 75 ⋅ 10 −12 L L L 0,04 b ln ln 0,01 + 0,011 a + w1
ε R2 =
75 ⋅ ln (1,904) ⇒ ε R 2 = 1,736 π ⋅ 8,854
– Página 6.16 –
(12)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07
–
CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO CAPÍTULO 07
CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO 7.1) Calcular B no centro de uma espira quadrada de lado a percorrida por uma corrente I. Resolução:
Os lados AB, BC, CD e DA da espira produzem campos magnéticos no mesmo sentido no ponto O (centro da espira). Portanto, o campo magnético total no ponto O ( H T ) será quatro vezes maior que aquele produzido por qualquer um dos lados da espira. H T = 4H AB = 4H BC = 4H CD = 4H DA
(01)
Cálculo de H AB (campo magnético produzido no ponto O pelo lado AB da espira): Lei de Biot-Savart:
R é o vetor dirigido do elemento diferencial de corrente dx ao centro da espira; R I dL × a R = R; H=∫ , onde: 4π R 2 a R é um versor de R; dL é o elemento diferencial de comprimento que indica a direcão de I.
(02)
a a2 R = −x a x + a y ; R = x 2 + ; 2 4 a − x ax + ay R 2 = ; aR = 2 R a x2 + 4 dL = dx a x .
(03)
– Página 7.1 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 07
CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO
Substituindo (03) em (02), temos:
H AB = I ∫
a dx a x × − x a x + a y 2
⇒ H AB =
2
a 4π x 2 + 4 2
3
I 4π
a 2
∫
−a x= 2
a dx a z 2
3
(04)
2
2 a x + 4 2
a a x = − 2 ⇒ θ = −45° x = 2 tgθ ⇒ a x = ⇒ θ = 45° 2 a 2 Substituição de variáveis na integral: dx = sec θ dθ 2 2 2 x 2 + a = a sec 2 θ 4 4
(05)
Substituindo (05) em (04), temos: Ia H AB = 8π
H AB =
H AB = H AB =
a sec 2θ dθ 45° I dθ 2 a z ⇒ H AB = az ∫ a 3 ∫ π θ 2 a sec θ = −45° sec 3θ θ = −45° 2
I 2π a I 2π a
45°
45°
∫ cos θ dθ a z
⇒ H AB =
θ = −45°
I 2π a
[sen θ ]θ45=°−45° a z
[sen 45° − sen(− 45°)] a z ⇒ H AB =
2 2 + az 2π a 2 2 I
2I az 2π a
(06)
Substituindo (06) em (01), temos: H T = 4H AB ⇒ H T =
4 2I 2 2I az ⇒ HT = az 2π a πa
Cálculo de B T :
BT = µo HT ⇒ BT =
2 2 µo I az πa
– Página 7.2 –
(07)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07
–
CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO
7.2) Duas espiras circulares de corrente, idênticas, de raios a e corrente I situam-se em planos horizontais paralelos separados no seu eixo comum por uma distância 2h. Encontre H no ponto médio entre as duas espiras. z Resolução: Espira 02 a I H 1z
2h
H1
P
H 1ρ Espira 01
h
R y a I
dL
x A Espira 01 gera o campo magnético H1 no ponto P (ponto médio), enquanto a Espira 02 gera o campo magnético H 2 , de mesma magnitude e na mesma direção de H 1 . Portanto, o campo magnético total gerado em P será: H P = H1 + H 2 = 2H1
(01)
Cálculo de H 1 : Lei de Biot-Savart:
R é o vetor dirigido de dL ao ponto médio (P); R = R ; I dL × a R H=∫ , onde: a R é um versor de R; 4π R 2 dL é o elemento diferencial de comprimento que indica a direcão de I.
(02)
R = −a a ρ + h a z ; R = a 2 + h 2 ; − a a ρ + h az R = ; aR = 2 2 R a +h dL = adφ aφ .
(03)
Substituindo (03) em (02), temos: H1 = I ∫
(a dφ a φ ) × (− a a ρ + h a z ) 4π (a
2
3
+h ) 2 2
Ia ⇒ H1 = 4π
– Página 7.3 –
∫
a az + h a ρ (a
2
3
+h ) 2 2
dφ
(04)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07
–
CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO
A inspeção da figura anterior nos mostra que elementos de corrente diametralmente opostos produzem componentes radiais de campos que se cancelam. Portanto, H 1 possui somente componente na direção de a z , reduzindo a equação (04) a:
H1 =
I a2 4π
2π
∫
dφ
a z ⇒ H1 = 3
φ = 0 (a 2 + h 2 ) 2
I a2
az
3
(05)
2 (a 2 + h 2 ) 2
Substituindo (05) em (01), temos:
H P = H 1 + H 2 = 2H1 ⇒ H P =
I a2 3
az
(a 2 + h 2 ) 2 7.3) Uma espira quadrada de lado 2a, centrada na origem, situada no plano z = 0 e lados paralelos aos eixos x e y, conduz uma corrente I no sentido anti-horário vista do sentido positivo do eixo z. Determinar o campo magnético H no ponto P(0; 0; a). Resolução:
Os lados AB e CD da espira geram campos magnéticos componentes no ponto P nas direções de a x e a z . Portanto, os campos magnéticos totais gerados no ponto P pelos lados AB e CD da espira terão a seguinte forma: H AB
P
= H AB a x + H AB a z e H CD
P
= HCD (−a x ) + HCD a z .
Nota-se, então, que as componentes H AB a x e H CD (−a x ) se anulam. Seguindo o mesmo raciocínio, os campos magnéticos totais gerados no ponto P pelos lados BC e DA da espira terão a seguinte forma: H BC
P
= H BC a y + H BC a z e H DA = H DA (−a y ) + H DA a z . Nota-se, então, P
que as componentes H BC a y e H DA (−a y ) se anulam. Logo, o campo gerado em P pelos lados AB, BC, CD e DA será quatro vezes maior que aquela componente no sentido de a z produzida por qualquer um dos lados da espira. H P = 4H AB z = 4H BC z = 4H CD z = 4H DA z – Página 7.4 –
(01)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 07
CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO
Cálculo de H AB :
Lei de Biot-Savart:
R é o vetor dirigido do elemento diferencial de corrente dL ao ponto P; I dL × a R R = R; H=∫ , onde: 2 4π R a R é um versor de R; dL é o elemento diferencial de comprimento que indica a direcão de I. R 2 2 = −a a x − y a y + a a z ; R = y + 2a ; − a ax − y ay + a az aR = R = ; R 2 2 y + 2a dL = dy a y .
(02)
(03)
Substituindo (03) em (02), temos:
H AB = I ∫
Ia H AB = 4π
dy a y × (− a a x − y a y + a a z ) 3
4π ( y 2 + 2a 2 ) 2 a
a
(a x + a z )
dy Ia dy ⇒ H AB z = az ∫ ∫ 3 3 4 π 2 2 2 2 y = − a ( y + 2a ) 2 y = − a ( y + 2a ) 2
y = −a ⇒ θ = θ 1 y = a 2 tgθ ⇒ y = a ⇒ θ = θ 2 Substituição de variáveis na integral: dy = a 2 sec 2 θ dθ y sen θ = y 2 + 2a 2 Substituindo (05) em (04), temos: Ia H AB z = 8π
θ =θ
∫
2
a 2 sec 2θ dθ a 3 2 sec 3θ
θ =θ
1
H AB z =
a z ⇒ H AB z =
θ =θ
I 8π a
θ =θ
∫
2
θ =θ
dθ az secθ
1
θ =θ
2 2 I cos θ dθ a z ⇒ H AB z = sen θ az ∫ 8π a 8π a θ =θ θ =θ
I
1
1
– Página 7.5 –
(04)
(05)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 07
a
I H AB z = ⋅ 8π a H AB z =
I
⋅
CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO
y I a z ⇒ H AB z = 8π a y 2 + 2a 2 y = -a 2a
8π a a 3
a z ⇒ H AB z =
I 4π 3 a
a −a ⋅ − az a 3 a 3 (06)
az
Substituindo (06) em (01), temos:
H P = 4H AB z ⇒ H P =
I
π 3a
az
7.4) Seja H = − y (x 2 + y 2 ) a x + x (x 2 + y 2 ) a y
[A m] no plano z = 0.
a) Determinar a corrente total passando através do plano z = 0, na direção a z , no interior do retângulo − 1 < x < 1 e − 2 < y < 2 . b) Se o potencial magnético Vm é nulo no vértice P(-1; -2; 0) do retângulo RSPQ, determinar Vm no vértice R(1; 2; 0), utilizando um percurso que passa pelo vértice Q(1; -2; 0). Resolução:
a)
De acordo com a Lei Circuital de Ampère e com o Teorema de Stokes, temos:
∫ H • dL = I enl = ∫ (∇ × H ) • dS ⇒ ∫ H • dL = ∫ (∇ × H ) • dS = I S
RSPQ
(01)
S Ret.
Cálculo do Rotacional:
∂ Hy ∂ Hx ∇×H = − ∂x ∂y
az
[
]
∇ × H = 3x 2 + y 2 − (− x 2 − 3y 2 ) a z ⇒ ∇ × H = (4 x 2 + 4 y 2 ) a z Substituindo (02) em (01), temos: 2
I=
∫
1
∫ (4x
2
+ 4 y 2 ) a z • dS, onde dS = dxdy a z
y = −2 x = −1 – Página 7.6 –
(02)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 07
2
∫
I=
1
∫ (4 x
2
CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO 2
2
+ 4 y ) a z • dxdy a z ⇒ I =
y = −2 x = −1
∫
1
∫ (4x
2
+ 4 y 2 ) dxdy
y = −2 x = −1 1
2
2 4x 3 4 4 2 I= ∫ dy ⇒ I = ∫ + 4 y 2 + + 4 y 2 dy + 4y x 3 3 3 x = −1 y = −2 y = −2 2
I=
2
8 3 8 8 16 64 16 64 2 ⇒I= + + + ∫ 3 + 8y dy ⇒ I = 3 y + 3 y 3 3 3 3 y = −2 y = −2
∴I =
160 = 53,34 3
[A] a
b)
VmRP = VmRQ + VmQP, onde Vm
ab
= − ∫ H • dL
(01)
b
Trecho P→Q: Q
[
]
VmQP = − ∫ − y (x 2 + y 2 ) a x + x (x 2 + y 2 ) a y • dx a x P Q
1
2x 3 VmQP = − ∫ − y (x + y ) dx ⇒ VmQP = − 8x 3 x = −1 y = −2 P VmQP = −
[
2
2
]
2 2 52 − 8 − − 8 ⇒ VmQP = − 3 3 3
[A]
(02)
Trecho Q→R: R
[
]
VmRQ = − ∫ − y (x 2 + y 2 ) a x + x (x 2 + y 2 ) a y • dy a y Q R
2
y3 VmRQ = − ∫ x (x 2 + y 2 ) dy ⇒ VmRQ = − y − 3 y = −2 x = 1 Q
[
VmRQ = −2 −
]
8 8 28 [A] − 2 − ⇒ VmRQ = − 3 3 3
Substituindo (02) e (03) em (01), temos:
VmRP = −
52 28 80 − ⇒ VmRP = − = 26,67 [A] 3 3 3 – Página 7.7 –
(03)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 07
CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO
[A m], enquanto que a superfície ρ = b = 40 mm possui a corrente solenoidal K sol = 80 a φ [A ]. Calcule m
7.5) A superfície cilíndrica ρ = a = 20 mm conduz a corrente K cil = 100 a z
a intensidade do campo magnético H em: a) ρ = 10 mm; b) ρ = 30 mm; c) ρ = 50 mm. Resolução:
Cálculo de H para a superfície cilíndrica ( H cil ) ⇒ Lei Circuital de Ampère: Para ρ < 20 mm ⇒ H cil = 0
(01)
Para ρ > 20 mm ⇒ ∫ H cil • dL = I enl = K cil ⋅ 2π ⋅ 20 H cil ⋅ 2π ⋅ ρ = K cil ⋅ 2π ⋅ 20 ⇒ H cil =
∴ H cil =
20
ρ
K cil a φ
20
ρ
K cil
[A m]
(02)
Cálculo de H para o solenóide ( H sol ) ⇒ Lei Circuital de Ampère: Para ρ < 40 mm ⇒ ∫ H sol • dL = I enl = K sol ⋅ L Hsol ⋅ L = K sol ⋅ L ⇒ Hsol = K sol
∴ H sol = K sol a z
[A m]
(03)
Para ρ > 40 mm ⇒ H sol = 0
(04)
a) O campo magnético gerado em ρ = 10 mm ( H a ) será proveniente somente do solenóide. Portanto, a equação (03) é suficiente para defini-lo.
H a = H sol = K sol a z ⇒ H a = 80 a z
[A m]
[ ]
H a = Ha = 80 A m
– Página 7.8 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 07
b)
CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO
O campo magnético gerado em ρ = 30 mm ( H b ) será proveniente tanto da superfície
cilíndrica quanto do solenóide. Portanto, H b será a soma das equações (02) e (03).
H b = H cil + H sol ⇒ H b =
20
ρ
K cil a φ + K sol a z
20 Hb = ⋅ 100 a φ + 80 a z ⇒ H b = 66,67 a φ + 80 a z 30 H b = Hb =
[A m]
[ ]
66,67 2 + 80 2 ⇒ H b = 104,14 A m
c) O campo magnético gerado em ρ = 50 mm ( H c ) será proveniente somente da superfície cilíndrica. Portanto, a equação (02) é suficiente para defini-lo. H c = H cil =
20
ρ
K cil a φ
20 Hc = ⋅ 100 a φ ⇒ H c = 40 a φ 50
[A m]
[ ]
H c = H c = 40 A m
7.6) Um fio de raio igual a 2a [m] estende-se ao longo do eixo z e é constituído de dois materiais condutores, sendo: Condutor 01: condutividade = σ para 0 < ρ
R1 =
1 ⇒ R1 = σ 1S1 σ π a2
R2 =
2 ⇒ R2 = ⇒ R2 = σ 2S 2 4σ π (4a 2 − a 2 ) 12σ π a 2 – Página 7.9 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 07
∴
CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO
R1 = 12 ⇒ R 1 = 12R 2 ⇒ I 2 = 12I1 R2
I I1 = 13 [A ] Logo, I = I1 + 12I1 ⇒ I = 13I1 ⇒ 12 I = I [A ] 2 13 b)
Lei Circuital de Ampère: ∫ H • dL = Ienl Cálculo de H para ρ < a:
∫ H • dL = I enl ⇒ H⋅ 2π ρ = I1 ⋅
π ρ2 πa
2
⇒H=
I1 ρ 2π a
2
⇒ H=
Iρ 26π a
2
[A m]
Cálculo de H para a < ρ < 2a:
∫ H • dL = I enl
⇒ H⋅ 2π ρ = I1 + I 2 ⋅
π (ρ 2 − a 2 ) π ( 4a 2 − a 2 )
(ρ 2 − a 2 ) I a 2 + 4 I ρ 2 − 4a 2 I 12 H⋅ 2π ρ = + I⋅ ⇒H= 13 13 3a 2 26π ρ a 2 ∴H =
I 26π ρ a 2
[ m]
(4 ρ 2 − 3a 2 ) A
Cálculo de H para 2a <ρ < 3a:
∫ H • dL = I enl
⇒ H⋅ 2π ρ = I1 + I 2 ⇒ H =
I 2π ρ
[A m]
7.7) Um cabo coaxial consiste de um fio central fino conduzindo uma corrente I envolvido por um condutor externo de espessura despresível a uma distância a conduzindo uma corrente na direção oposta. Metade do espaço entre os condutores é preenchido por um material magnético de permeabilidade µ e a outra metade com ar. Determinar B , H e M em todos os pontos do condutor. Resolução:
Cálculo de B :
Lei Circuital de Ampère para ρ < a:
∫ H • dL = I enl
⇒
∫ (H ar
)
+ H mat • dL = I enl
– Página 7.10 –
(01)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 07
CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO
H ≠ H N ⇒ H ar ≠ H mat N1 2 Mas B N = B N ⇒ B ar = B mat = B a φ 2 1
(02)
B ar = µ H ar o B = µH ⇒ B mat = µ H mat
(03)
Substituindo (02) e (03) em (01), temos: I enl =
I=
I=
B B + ∫ µ o µ • dL , onde dL = ρ dφ aφ
2π π B B B B + • a ⇒ = + d I d ρ φ ρ φ φ ∫ µo µ ∫ µo ∫ µ ρ dφ φ =0 φ =π
B ρ
⋅π +
µo
Bρ
µ
⋅ π ⇒ B = B ar = B mat =
µo µ I aφ πρ (µ o + µ )
Cálculo de H :
No ar:
H ar =
B
µo
⇒ H ar =
µI aφ πρ (µ o + µ )
No material magnético:
B
H mat =
µ
⇒ H mat =
µo I aφ πρ (µ o + µ )
Cálculo de M :
No ar:
M ar =
B
µo
− H ar ⇒ M ar = 0
No material magnético: M mat = M mat =
B
µ
− H mat ⇒ M mat =
µo I µI aφ − aφ µ o πρ + µπρ µ oπρ + µπρ
I (µ − µ o ) aφ πρ (µ o + µ ) – Página 7.11 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07
–
CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO
[A m] estende-se no plano z = 0. Duas outras películas de corrente com K 2 = K 3 = −5 a x [A ] são colocadas nos m
7.8) Uma película infinita de corrente com K 1 = 10 a x planos z = h e z = -h.
a) Determinar o campo vetorial H em todo o espaço; b) Determinar o fluxo magnético líquido que cruza o plano y = 0 na direção a y , entre 0 < x < 1 e 0 < z < 2h. Resolução:
a)
1 K × aN. 2 Pela análise da figura acima, nota-se que, em qualquer ponto do espaço, o campo magnético
Campo magnético para um plano infinito: H =
terá a seguinte forma: H = H 1 + H 2 + H 3 , onde H 1 , H 2 e H 3 são os campos gerados pelas películas K 1 , K 2 e K 3 respectivamente. Portanto, H =
(
)
1 10 a x × a z − 5 a x × a z − 5 a x × a z ⇒ H = 0 2
Cálculo de H para 0 < z < h: H=
(01)
Cálculo de H para z > h: H=
1 K 1 × a N + K 2 × a N + K 3 × a N 1 2 3 2
[
]
1 10 a x × a z − 5 a x × (−a z ) − 5 a x × a z ⇒ H = −5 a y 2
[A m]
Cálculo de H para -h < z < 0: H =
[
]
1 10 a x × (−a z ) − 5 a x × (−a z ) − 5 a x × a z ⇒ H = +5 a y 2 – Página 7.12 –
[A m]
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07
–
CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO
Cálculo de H para z < -h: H =
[
]
1 10 a x × (−a z ) − 5 a x × (−a z ) − 5 a x × (−a z ) ⇒ H = 0 2
b)
φ =
∫ B • dS ⇒ φ
= µo
S
S 1 h
φ = µo
∫ H S1 • dS1 + µ o ∫ H S 2 • dS 2 S
2
1
∫ ∫ (−5a y ) • dxdz a y
⇒
φ = −5µ o h
[Wb]
z =0 x =0
7.9) Um fio infinito foi dobrado e colocado segundo a figura abaixo. Empregando a Lei de Biot-Savart, calcular o campo magnético resultante H num ponto genérico P situado sobre o eixo y. Determinar também o valor de H para o valor de y do ponto P igual a: a) Zero; b) d; d c) ; 2 d) 2d.
Resolução: O campo magnético resultante em P apresenta uma parcela que é gerada pelo segmento semi-infinito localizado em y = 0 ( H 1 ), uma parcela que é gerada pelo segmento semi-infinito localizado em y = d ( H 2 ) e uma parcela que é gerada pelo segmento condutor localizado em x = 0 ( H 3 ).
∴ H = H1 + H 2 + H 3
(01) – Página 7.13 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 07
CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO
Cálculo de H 1 :
Lei de Biot-Savart:
R 1 é o vetor dirigido do elemento diferencial de corrente dL ao ponto P; 1 I dL1 × a R 1 R 1 = R 1; , onde: H1 = ∫ 4π R 12 a R 1é um versor de R 1; dL1 é o elemento diferencial de comprimento que indica a direcão de I. R = −x a + y a ; R = x 2 + y 2 ; x y 1 1 x ax + y ay R 1 aR = = ; 1 R1 2 2 x +y dL1 = dx a x .
(02)
(03)
Substituindo (03) em (02), temos: H1 = I ∫
dx a x × (x a x + y a y ) 4π ( x
2
2
3
⇒ H1 =
+y ) 2
I ⋅ 4π
0
ydx
∫
x = −∞ ( x
2
2
3
az
(04)
+y ) 2
x = −∞ ⇒ θ = −90° x = y tgθ ⇒ y = 0 ⇒ θ = 0 Substituição de variáveis na integral: dx = y sec 2 θ dθ
(05)
Substituindo (05) em (04), temos:
I H1 = 4π H1 =
H1 =
0
y 2 sec 2θ dθ
∫
θ = −90°
I 4π y I 4π y
y 3 sec 3θ
a z ⇒ H1 =
0
∫ cosθ dθ a z
⇒ H1 =
θ = −90°
[ 0 - (- 1)] a z
⇒ H1 =
I 4π y I
4π y
0
I 4π y
∫
θ = −90°
dθ az secθ
[ sen θ ]θ0 = −90°
az
para (y ≠ 0)
az
(06)
Cálculo de H 2 :
A parcela H 2 apresente a mesma direção e sentido de H1 , porém varia inversamente com a distância (y – d). – Página 7.14 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 07
Portanto: H 2 =
CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO
I a z . para (y ≠ d) 4π (y - d )
(07)
Cálculo de H 3 : O segmento condutor localizado em x = 0 não pode gerar um campo magnético no ponto P,
pois dL 3 × a R 3 = 0 .Logo, H 3 = 0
(08)
Substituindo (06), (07) e (08) em (01), temos: H =
I 4π y
I I I az + 0 ⇒ H = az + az 4π (y - d ) 4π y 4π (y - d )
az +
y≠0
a)
Neste caso, H1 = 0 e H = H 2 =
b)
Neste caso, H 2 = 0 e H = H1 =
c)
d)
H = H1 + H 2 ⇒ H =
H = H1 + H 2 ⇒ H =
I
(−a z )
4π d I 4π d
y≠d
az
2I 2I az − az ⇒ H = 0 4π d 4π d I
8π d
az +
I 4π d
az ⇒ H =
I
3I 1 az ⋅ + 1 a z ⇒ H = 4π d 2 8π d
7.10) Calcular B no ponto P(0; 0; 2a) gerado por uma espira circular de raio ρ = a, situada no plano xy, percorrida por uma corrente I no sentido horário e por um condutor filamentar passando pelo ponto (2a; 0; 0), conduzindo uma corrente I o sentido + a y . Resolução:
z B P = B esp + B cond
B cond P (0; 0; 2a) B esp a I 2a
x
I – Página 7.15 –
y
(01)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07
–
CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO
Cálculo de B para a espira: z
Lei de Biot-Savart: H =
R y a
dL
I
I dL × a R
(02)
4π R 2
R é o vetor dirigido de dL ao ponto (P); R = R; onde: a R é um versor de R; dL é o elemento diferencial de comprimento que indica a direcão de I. R = −a a ρ + 2a a z ; R = a 5 ; − a ρ + 2 az R = ; (03) aR = R 5 dL = adφ aφ .
H esp
P
∫
x Substituindo (03) em (02), temos: H esp = I ∫
(a dφ a φ ) × (− a ρ + 2 a z ) 20π a 2 5
⇒ H esp =
I 20π a
∫ (−a z 5
+ 2 a ρ ) dφ (04)
A inspeção da figura nos mostra que elementos de corrente diametralmente opostos produzem componentes radiais de campos que se cancelam. Portanto, H esp possui somente componente na direção de a z , reduzindo a equação (04) a: H esp =
−I
2π
∫ dφ
20π a 5 φ = 0
a z ⇒ H esp =
∴ B esp = µ o H esp ⇒ B esp =
−I 10 a 5
az
− Iµ o az 10a 5
(05)
(06)
Cálculo de B para o condutor:
B cond =
µoI a φ , onde a φ ⊥ a ρ 2π ρ
ρ = −2a a + 2a a ; ρ = 2a 2 ; x z a = ρ = − a x + az ; ρ ρ 2 − a x + az aφ = a y × a ρ ⇒ aφ = a y × 2 a + a z ∴ aφ = x 2
– Página 7.16 –
(07)
(08)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07
–
CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO
Substituindo (08) em (07), temos: µo I ax + az B cond = ⋅ 4 2π a 2
µ I ⇒ B cond = o ⋅ (a x + a z ) 8π a
(09)
Substituindo (06) e (09) em (01), temos:
B P = B esp + B cond =
BP =
− µoI µ I a z + o ⋅ (a x + a z ) 8π a 10 5 a
µ o I 10 5 − 8π µ I a z + 1 a x ⇒ B P = o ⋅ (0,0398 a x − 0,0049 a z ) ⋅ a 80 5π 8π a
7.11) a) Demonstrar, utilizando a lei de Biot Savart, que a expressão para o cálculo de um campo magnético H em um ponto P qualquer devido a um elemento de corrente de I (sen α1 + sen α 2 ) aφ , onde ρ é a menor tamanho finito é dada por: H = 4πρ distância do ponto P ao elemento de corrente. b) Encontre a indução magnética B no centro de um hexágono regular de lado a, conduzindo uma corrente I. Resolução: a)
Lei de Biot-Savart: H =
∫
I dL × a R 4π R 2
,
R é o vetor dirigido do elemento diferencial de corrente dz ao ponto P; R = R; onde: (01) a é um versor de R ; R dL é o elemento diferencial de comprimento que indica a direcão de I.
R 2 2 = ρ a ρ − z az ; R = ρ + z ; a ρ − z az ρ R aR = = ; R 2 2 ρ +z dL = dz a z .
(02)
Substituindo (02) em (01), temos:
H = I∫
dz a z × ( ρ a ρ − z a z ) 3
4π ( ρ 2 + z 2 ) 2
⇒H =
Iρ 4π
– Página 7.17 –
∫
dz 3
(ρ 2 + z 2 ) 2
aφ
(03)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 07
CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO
z = ρ tgα Substituição de variáveis na integral: dz = ρ sec 2 α dα
(04)
Substituindo (04) em (03), temos:
Iρ H = 4π
α =α
∫
ρ sec 2α dα
1
α = −α
ρ 3 sec 3α
2
aφ ⇒ H =
I 4π ρ
α =α
α =α
∫
1
α = −α
dα aφ secα
2
α =α
1
1 I H = cos α dα a φ ⇒ H = sen α ∫ 4π ρ 4π ρ α = −α α = −α
I
2
H =
I 4π ρ
aφ 2
[ sen α1 + sen α 2 ] aφ
(05)
b) Os lados AB, BC, CD, DE, EF e FA do hexágono correspondem a elementos de corrente de tamanho finito do item (a). Deste modo, o campo magnético total gerado no centro do hexágono será seis vezes maior que o campo magnético gerado por cada um dos lados individualmente. Logo: H 0 = 6H AB
(01)
Cálculo de H AB :
α1 = α 2 = 30°; [ sen α1 + sen α 2 ] aφ , onde ρ é a menor distância entre o centro (02) H AB = 4π ρ e o lado AB do hexágono. Cálculo de ρ:
I
tg30° =
a a a 3 ⇒ ρ = ⇒ ρ = 2ρ 2 ⋅ tg30° 2
(03)
Substituindo (03) em (02), temos:
H AB =
2I 4π a 3
[ sen 30° + sen 30°] aφ
⇒ H AB =
– Página 7.18 –
I 2π a 3
aφ
(04)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07
–
CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO
Substituindo (04) em (01), temos: H0 =
3I
πa 3
aφ ⇒ H 0 =
3I aφ πa
Cálculo de B 0 :
B0 = µo H0 ⇒ B0 =
µoI 3 aφ πa
– Página 7.19 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 08
–
FORÇAS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS, MATERIAIS E INDUTÂNCIA
CAPÍTUO 08 FORÇAS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS, MATERIAIS E INDUTÂNCIA 8.1) No circuito magnético abaixo, construído com uma liga de ferro-níquel, calcular a fmm para que o fluxo no entreferro g seja de 300 [µWb]. Desprezar o espraiamento de fluxo no entreferro.
Resolução:
Circuito elétrico análogo: 1 3 Dados: S1 S 3 φ 1
= 2 = 16 − 0,05 ⇒ 1 = 2 = 15,95 [cm] = 6 [cm]
[ ] [cm ]
= S 2 = 4 cm 2 =6
2
= 300 [µ Wb ]
Analisando o circuito magnético acima, nota-se a existência de simetria entre seus braços direito e esquerdo. Portanto, ℜ1 = ℜ2 ⇒ φ1 = φ2. Analisando o circuito elétrico análogo, extrai-se o seguinte conjunto de equações: φ 3 = φ1 + φ 2 ⇒ φ 3 = 2φ1 NI − ℜ 3φ 3 = ℜ1φ1 + ℜ g φ1 ≈ NI − H3 3 = H1 1 + H g g
Cálculo de H1 :
φ φ 300 ⋅ 10 − 6 B1 = B g = 1 = 1 ⇒ B1 = B g = ⇒ B1 = B g = 0,75 [T ] S1 Sg 4 ⋅ 10 − 4 – Página 8.1 –
(01)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 08
FORÇAS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS, MATERIAIS E INDUTÂNCIA
Consultando a curva de magnetização do ferro-níquel em anexo, encontra-se:
[ ]
Para B1 = 0,75 [T ] ⇒ H1 = 15 Ae m
Cálculo de H g : Hg =
(02)
Bg
µo
⇒ Hg =
0,75 4π ⋅ 10
⇒ H g = 5,97 ⋅ 10 5
−7
[Ae m]
(03)
Cálculo de H3 : De (01): φ3 = 2φ1 ⇒ φ3 =600 [µ Wb]
B3 =
φ3 S3
⇒ B3 =
600 ⋅ 10 − 6 6 ⋅ 10 − 4
⇒ B 3 = 1,0 [T ]
Consultando a curva de magnetização do ferro-níquel em anexo, encontra-se:
[ ]
Para B 3 = 1,0 [T ] ⇒ H3 = 50 Ae m
(04)
Substituindo (02), (03) e (04) em (01), temos: NI − 50 ⋅ 6 ⋅ 10 − 2 = 15 ⋅ 15,95 ⋅ 10 − 2 + 5,97 ⋅ 10 5 ⋅ 0,05 ⋅ 10 − 2 NI = 3 + 2,39 + 298,5 ⇒ NI = 303,9 [Ae]
8.2) Dois circuitos condutores são constituídos por um fio reto bastante longo e uma espira retangular de dimensões h e d. A espira pertence a um plano que passa pelo fio, sendo os lados de comprimento h paralelos ao fio e distantes de r e r+d deste. Determinar a expressão que fornece a indutância mútua entre os dois circuitos. Resolução:
M 12 =
Cálculo de φ12: Para o fio infinito de corrente, temos:
H 12 =
µ I I1 a φ ⇒ B12 = µ o H 12 ⇒ B12 = o 1 a φ 2πρ 2π ρ – Página 8.2 –
N 2φ12 I1
(01)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 08
φ12 =
FORÇAS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS, MATERIAIS E INDUTÂNCIA
∫ B12 • dS ⇒ φ12 = S
φ12
r +d
µ o I1 a φ ∫ 2π ρ • hdρ aφ ρ =r
(
)
µ I h µ o I1 h r + d dρ = ⋅ ∫ ⇒ φ12 = o 1 ⋅ [ln ρ ]rρ+=dr 2π 2π ρ ρ =r
µ o I1 h r +d ⋅ ln 2π r
φ12 =
(02)
Substituindo (02) em (01), temos: M12 =
N µ I h 1 ⋅ µo h N 2φ12 r + d r + d ⇒ M12 = 2 o 1 ⋅ ln ⋅ ln ⇒ M12 = I1 2π I1 2π r r
M12 =
µo h r + d ⋅ ln 2π r
8.3) Um filamento infinito estende-se sobre o eixo z, no espaço livre, e uma bobina quadrada de N espiras é colocada na plano y = 0 com vértices em (b; 0; 0), (b+a; 0; 0), (b+a; 0; a) e (b; 0; a). Determinar a indutância mútua entre o filamento e a bobina em termos de a, b, N e µo. Resolução:
M 12 =
N 2φ12 I1
(01)
Cálculo de φ12: Para o filamento infinito de corrente, temos:
H =
I 2πρ
φ12 =
aφ ⇒ B = µ o H ⇒ B =
∫ B • dS ⇒ φ12 = S
φ12
µoI b + a = ⋅ ∫ 2π
a
∫
x =b z =0
φ12 =
µoI ay 2π x
b+a a
µoI a y ∫ ∫ 2π x • dxdza y x =b z =0
(
)
µ I dxdz ⇒ φ12 = o ⋅ [ln x ]bx += ab ⋅ [z]za = 0 x 2π
µoI a b +a ⋅ ln 2π b
(02) – Página 8.3 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 08
–
FORÇAS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS, MATERIAIS E INDUTÂNCIA
Substituindo (02) em (01), temos: M 12 =
Nµ o I a Nµ o a N 2φ12 b + a b + a ⋅ ln ⋅ ln ⇒ M 12 = ⇒ M12 = I1 2π I 2π b b
8.4) Dado o circuito magnético da figura abaixo, assumir B = 0,6 [T ] através da seção reta da perna esquerda e determinar: a) A queda de potencial magnético no ar ( Vm ar ); b) A queda de potencial magnético no aço-silício ( Vm aco ); c) A corrente que circula em uma bobina com 1250 espiras enroladas em volta da perna esquerda. Circuito elétrico análogo
Resolução:
B = 0,6 [T ] 1 Dados: 1 = 10 [cm]; 2 = 15 [cm], g = 0,6 [cm] S1 = 6 cm 2 ; S 2 = 4 cm 2
[ ]
[ ]
Analisando o circuito elétrico análogo, extrai-se o seguinte conjunto de equações:
NI = ℜ1φ + 2ℜ 2φ + ℜ g φ ou NI = H1 1 + 2 H 2 2 + H g g Vm aco
a)
(01)
Vm ar
De (01):
Bg φ g g ⇒ Vm ar = Vm ar = H g g ⇒ Vm ar = ⋅ µo Sg µo Vm ar =
B1 S1 g 0,6 ⋅ 6 ⋅ 10 − 4 ⋅ 0,6 ⋅ 10 − 2 ⋅ ⇒ Vm ar = µo Sg 4 ⋅ 10 − 4 ⋅ 4π ⋅ 10 − 7
Vm ar = 4297,18 [Ae]
(02) – Página 8.4 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 08
–
FORÇAS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS, MATERIAIS E INDUTÂNCIA
De (01):
b)
(03)
Vm aco = H1 1 + 2 H 2 2
Cálculo de H1 : Consultando a curva de magnetização do aço-silício em anexo, encontra-se:
[ m]
Para B1 = 0,6 [T ] ⇒ H1 = 100 Ae
(04)
Cálculo de H 2 :
B2 =
φ S2
⇒ B2 =
B1 S1 0,6 ⋅ 6 ⋅ 10 − 4 ⇒ B2 = ⇒ B 2 = 0,9 [T ] S2 4 ⋅ 10 − 4
Consultando a curva de magnetização do aço-silício em anexo, encontra-se:
[ ]
Para B 2 = 0,9 [T ] ⇒ H 2 = 160 Ae m
(05)
Substituindo (04) e (05) em (03), temos: Vm aco = 100 ⋅ 0,1 + 2 ⋅ 160 ⋅ 0,15 ⇒ Vm aco = 58 [Ae] c)
(06)
Substituindo (05) e (06) em (01), temos:
NI = 58 + 4297,18 ⇒ I =
4355,18 ⇒ I = 3,48 [A ] 1250
8.5) Uma espira filamentar quadrada de corrente tem vértices nos pontos (0; 1; 0), (0; 1; 1), (0; 2; 1) e (0; 2; 0). A corrente é de 10 [A] e flui no sentido horário quando a espira é vista do eixo +x. Calcule o torque na espira quando esta é submetida : a) a uma densidade de fluxo magnético B = 5a y ; b) ao campo produzido por uma corrente filamentar de 10 [A] que flui ao longo do eixo z no sentido + a z . Resolução:
a)
( )
dT = I dS × B ⇒ T = I S × B ⇒ T = 10 − a x × 5a y ⇒ T = −50a z – Página 8.5 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 08
b)
FORÇAS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS, MATERIAIS E INDUTÂNCIA
dT = I dS × B; onde dS = −dxdya x
(01)
Cálculo de B :
B=
I
aφ ⇒ B =
I
−I ( − ax ) ⇒ B = ax 2πρ 2πρ
(02)
2πρ Substituindo (02) em (01), temos:
−I dT = I − dxdya x × a x ⇒ dT = 0 ⇒ T = 0 2πρ
(
)
8.6) Suponha que o núcleo do material magnético da figura abaixo possui uma permeabilidade relativa de 5000. O fluxo φ1 do braço esquerdo circula de a para b com um comprimento médio de 1 m. O comprimento médio do braço direito é igual ao do braço esquerdo. O braço central possui um comprimento médio de 0,4 m. Adotar a área da seção reta de cada caminho igual a 0,01 m2 e o fluxo de dispersão desprezível. Calcular a indutância própria da bobina 01 e a indutância mútua entre as bobinas 01 e 02.
Resolução: Analisando o circuito magnético acima, nota-se a existência de simetria entre seus braços direito e esquerdo. Portanto, ℜ1 = ℜ3.
Circuito elétrico análogo:
L1 =
N1φ1 I1
M12 =
N 2φ12 N φ = 2 2 I1 I1
(01)
(02)
Analisando o circuito elétrico análogo, extrai-se o seguinte conjunto de equações:
φ1 = φ 2 + φ 3 NI = ℜ1φ1 + ℜ 2φ 2 = ℜ1φ1 + ℜ 3φ 3 – Página 8.6 –
(03)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 08
FORÇAS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS, MATERIAIS E INDUTÂNCIA
Cálculo de ℜ1e de ℜ3:
ℜ1 = ℜ 3 =
1 1 = 3 ⇒ ℜ1 = ℜ 3 = µ S1 µ S3 5000 ⋅ 4π ⋅ 10 − 7 ⋅ 0,01
[
ℜ1 = ℜ 3 = 15915 Ae Wb
]
(04)
Cálculo de ℜ2: ℜ2 =
2 0,4 ⇒ ℜ2 = ⇒ ℜ 2 = 6366 Ae Wb −7 µ S2 5000 ⋅ 4π ⋅ 10 ⋅ 0,01
[
]
(05)
De (03), conclui-se que: ℜ 2φ 2 = ℜ 3φ 3
(06)
Substituindo (04) e (05) em (06), temos: 6366φ 2 = 15915φ 3 ⇒ φ 2 = 2,5φ 3
(07)
Substituindo (07) em (03), temos:
φ`1 = 2,5φ 3 + φ 3 ⇒ φ1 = 3,5φ 3
(08)
Substituindo (07) e (08) em (03), temos: N1I1 = 15915 ⋅ 3,5φ 3 + 6366 ⋅ 2,5φ 3 ⇒ 200I1 = 755702,5φ 3 + 15915φ 3 200I1 = 71617,5φ 3 ⇒ φ 3 = 2,79 ⋅ 10 − 3 I1
(09)
Substituindo (09) em (07) e em (08), temos:
φ1 = 9,77 ⋅ 10 − 3 I1 φ 2 = 6,98 ⋅ 10
−3
(10)
e (11)
I1
Substituindo (10) em (01), temos: N1 ⋅ 9,77 ⋅ 10 − 3 I1 ⇒ L1 = 200 ⋅ 9,77 ⋅ 10 − 3 ⇒ L1 = 1,95 I1 e Substituindo (11) em (02), temos: L1 =
M12 =
[H]
N 2 ⋅ 6,98 ⋅ 10 − 3 I1 ⇒ M12 = 300 ⋅ 6,98 ⋅ 10 − 3 ⇒ M12 = 2,09 I1
– Página 8.7 –
[H]
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 08
–
FORÇAS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS, MATERIAIS E INDUTÂNCIA
8.7) Determinar a densidade de fluxo magnético ( B ) em cada uma das três pernas do circuito magnético da figura abaixo. Assumir que, dentro do material ferromagnético do núcleo, B é relacionado diretamente com H , através da expressão B = 200 H .
Resolução:
Circuito elétrico análogo:
I1 = I 2 = 70 [mA] N = 500 ; N = 1000 [espiras] 2 1 Dados: S1 = 6 ; S 2 = 8 ; S 3 = 10 cm 2 = 12 ; = 10 ; = 5 [cm] 2 3 1 g = 1 [mm]
[ ]
Se B = µ H e B = 200 H , então, µ = 200. Analisando o circuito elétrico análogo, extrai-se o seguinte conjunto de equações:
φ = 3 N 1 I1 N1I1
(01)
− ℜ1φ1 = N 2 I 2 − ℜ 2φ 2 = ℜ 3φ 3 + ℜ g φ 3 ou − H1 1 = N 2 I 2 − H 2 2 = H3 3 + H g g
Cálculo de ℜ1:
ℜ1 =
φ1 + φ 2
1 12 ⋅ 10 − 2 ⇒ ℜ1 = ⇒ ℜ1 = 1,0 Ae Wb −4 µ S1 200 ⋅ 6 ⋅ 10
[
]
(02)
Cálculo de ℜ2:
ℜ2 =
2 10 ⋅ 10 − 2 ⇒ ℜ2 = ⇒ ℜ 2 = 0,625 Ae Wb µ S2 200 ⋅ 8 ⋅ 10 − 4
[
– Página 8.8 –
]
(03)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 08
FORÇAS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS, MATERIAIS E INDUTÂNCIA
Cálculo de ℜ3:
3 5 ⋅ 10 − 2 ℜ3 = ⇒ ℜ3 = ⇒ ℜ 3 = 0,25 Ae Wb −4 µ S3 200 ⋅ 10 ⋅ 10
[
]
(04)
Cálculo de ℜg: ℜg =
g
µ Sg
⇒ ℜg =
1 ⋅ 10 − 3 4π ⋅ 10
−7
⋅ 10 ⋅ 10
−4
⇒ ℜ g = 7,957 ⋅ 10 5
[Ae Wb]
(05)
Substituindo (02), (03), (04) e (05) em (01), temos:
N1I1 − 1,0φ1 = N 2 I 2 − 0,625φ 2 = 0,25φ 3 + 7,957 ⋅ 10 5 φ 3 φ1 = 0,625φ 2 − 35 (06) 35 − φ1 = 70 − 0,625φ 2 = 7,957 ⋅ 10 φ 3 ⇒ 70 − 0,625φ = 7,957 ⋅ 10 5 (φ + φ ) 2 1 2 (07) Substituindo (07) em (06), temos: 5
70 − 0,625φ 2 = 7,957 ⋅ 10 5 (0,625φ 2 + φ 2 ) 70 − 0,625φ 2 = 12,935 ⋅ 10 6 φ 2 − 27,85 ⋅ 10 7 ⇒ φ 2 = 21,54 [Wb]
(08)
Substituindo (08) em (06), temos:
φ1 = 0,625 ⋅ 21,54 − 35 ⇒ φ1 = −21,54 [Wb]
(09)
Substituindo (08) e (09) em (01), temos:
φ 3 = −21,54 + 21,54 ⇒ φ 3 = 0
Cálculo de B1 :
φ − 21,54 B1 = 1 ⇒ B1 = ⇒ B1 = −3,59 ⋅ 10 4 − 4 S1 6 ⋅ 10
Cálculo de B 2 :
B2 =
[Wb]
φ2 S2
⇒ B2 =
21,54 8 ⋅ 10
−4
⇒ B 2 = 2,69 ⋅ 10 4
Cálculo de B 3 :
B3 =
φ3 S3
⇒ B3 = 0 – Página 8.9 –
[Wb]
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 09
CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL
CAPÍTULO 09 CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL 9.1) A figura abaixo mostra uma barra condutora paralela ao eixo y, que completa uma malha através de contatos deslizantes com os condutores em y = 0 e em y = 0,05 [m]. a) Calcular a tensão induzida quando a barra está parada em x = 0,05 [m] e B = 0,30 sen 104 t [T ] . b) Repita o item acima v = 150 a x m . s
supondo
[ ]
que
a
barra
desloca-se
com
velocidade
Resolução:
fem =
v × B • dL −
∫(
)
∫ S
a)
∂B • dS , onde B = 0,30 sen 10 4 t a z ∂t
(01)
Barra parada ⇒ v = 0 ⇒ ∫ ( v × B ) • dL = 0
∂B ∴ fem = − ∫ • dS , onde dS = dxdy a z ∂t S
0,05 0,05
fem = −
∫ ∫
y =0 x =0 0,05 0,05
fem = −
∫ ∫
∂ (0,30 sen 10 4 t) a z • dxdy a z ∂t (0,30 ⋅ 10 4 ⋅ cos 10 4 t) dxdy
y =0 x =0
fem = −0,30 ⋅ 10 4 ⋅ cos 10 4 t ⋅ (0,05) 2 ⇒ fem = −7,5 ⋅ cos 10 4 t [V ] b)
fem = ∫ (v × B) • dL − 7,5 ⋅ cos 10 4 t , onde dL = dy a y
Cálculo de v × B : v × B = vB sen 90°(−a y ) ⇒ v × B = −45 sen 10 4 t a y – Página 9.1 –
(02)
[T]
(03)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09
–
CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL
Substituindo (03) em (02), temos: 4
fem = −45 sen 10 t ⋅
0,05
− 7,5 ⋅ cos 10 4 t
∫ a y • dy a y
y=0
fem = −45 sen 10 4 t ⋅ (0,05) − 7,5 ⋅ cos 10 4 t fem = −2,25 sen 10 4 t − 7,5 ⋅ cos 10 4 t [V ]
9.2) Para o dispositivo mostrado abaixo, são dados: d = 5
[cm], B = 0,25 a z
[T]
e
v = 20 y a y [m s] . Se y = 4 [cm] em t = 0 [s], determinar as seguintes grandezas no instante t = 0,06 [s]: a) a velocidade v ; b) a posição y da barra; c) a diferença de potencial V12 medida pelo voltímetro; d) A corrente I12 entrando pelo terminal 1 do voltímetro se a resistência deste é igual a 200 [KΩ].
Resolução:
Cálculo de v(t) :
dy dy = v = 20 y ⇒ = 20dt ⇒ dt y
∫
dy y
=
∫ 20dt ⇒ 2
y = 20 t + C
(01)
Substituindo y = 4 [cm] e t = 0 em (01), temos:
2 4 ⋅ 10 − 2 = 20 ⋅ 0 + C ⇒ C = 0,4
(02)
Substituindo (02) em (01), temos: 2 y = 20 t + 0,4 ⇒
y = 10 t + 0,2
∴ v = 20 ⋅ (10 t + 0,2) a y ⇒ v = (200 t + 4) a y [m s] a)
Substituindo t = 0,06 [s] em (04), temos:
v = 200 ⋅ 0,06 + 4 ⇒ v = 16 [m s] – Página 9.2 –
(03) (04)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09
–
CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL
Substituindo t = 0,06 [s] em (03), temos:
b)
y = 10 ⋅ 0.06 + 0,2 ⇒
y = 0,8 ⇒ y = 0,64 [m ] (05)
V12 = fem
c)
Cálculo da fem: d
fem = ∫ (v × B) • dL ⇒ fem =
∫ (20
[
y a y × 0,25 a z ) • − dx a x
]
x =0 d
fem = −5 ⋅
∫
ydx ⇒ fem = −5d y
x =0
∴ fem = −5 ⋅ 0,05 ⋅ 0,64 ⇒ fem = −0,2 [V ]
(06)
Substituindo (06) em (05), temos: V12 = – 0,2 [V] d)
I12 =
V12 − 0,2 ⇒ I12 = ⇒ I12 = −1 [µA ] Rv 200 ⋅ 10 3
9.3) Uma bobina de 50 espiras tem uma área de 20 [cm2] e gira em torno de um eixo situado em um plano perpendicular a um campo magnético uniforme de 40 [mT]. a) Considerando que a bobina gira a uma velocidade de 360 [rpm], calcular o fluxo máximo que atravessa a espira e o valor médio da fem induzida nesta bobina; b) Considerando que a bobina está em repouso e seu plano é perpendicular ao campo, determinar o valor médio da fem induzida na bobina, quando se retira o campo em t = 0,004 [s]; c) Considerando que a bobina não se move e que seu plano forma um ângulo de 60o com a direção do campo de indução, calcular o valor médio da fem induzida na bobina, supondo que o campo de 40 [mT] se anula em t = 0,004 [s]. Resolução: a)
Cálculo de φmax:
φ max = BS ⇒ φ max = 40 ⋅ 10 − 3 ⋅ 20 ⋅ 10 − 4 ⇒ φ max = 80 [µWb] – Página 9.3 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 09
CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL
Cálculo do valor médio da fem: fem med = − N ⋅
∆φ , onde ∆t é o tempo gasto para o fluxo variar de φmax até zero. (01) ∆t
Cálculo de ∆t: 1 360 ⋅ 60 voltas → 1s 1 ⇒ ∆t = [s] 24 1 volta → ∆t 4
(02)
Substituindo (02) em (01), temos:
b)
(0 − 80 ⋅ 10 − 6 ) fem med = −50 ⋅ ⇒ fem med = 96 [mV] 1 24 ∆φ fem med = − N ⋅ ∆t (φ − φ inicial ) fem med = − N ⋅ final ∆t
fem med = − N ⋅
(0 − φ max ) ∆t
fem med = −50 ⋅
(0 − 80 ⋅ 10 − 6 ) 4 ⋅ 10 − 3
fem med = 1 [V ] c)
fem med = − N ⋅
∆φ ∆t
fem med = − N ⋅
(φ final − φ inicial ) ∆t
(01)
Cálculo de φ inicial :
φ inicial =
∫ B • dS ⇒ φ inicial
=
S
∫ B⋅ d S⋅ cos 30° ⇒ φ inicial
= B⋅ S⋅ cos 30°
S
φ inicial = 40 ⋅ 10 − 3 ⋅ 20 ⋅ 10 − 4 ⋅ 0,866 ⇒ φ inicial = 69,282 [µWb] Substituindo (02) em (01), temos: fem med = −50 ⋅
(0 − 69,282 ⋅ 10 − 6 ) 4 ⋅ 10 − 3
⇒ fem med = 0,866 [V ]
– Página 9.4 –
(02)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09
–
CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL
9.4) Determinar o campo elétrico E em função do tempo, se a densidade de fluxo magnético no espaço livre é B = K 1 sen(ω t − K 2 x) a x + K 1 K 2 y sen(ω t − K 2 x) a y onde k 1 , k 2 e ω são constantes.
Resolução:
∂D Equação de Maxwell: ∇ × H = J + b ∂t
(01)
ρ = 0 ⇒ J = 0; Para o vácuo, temos: D = ε o E; B = µ H. o
(02)
Substituindo o conjunto (02) em (01), temos:
1 ∂E ∂E ∂D ∇×H = ⇒ ⋅ ∇ × B = εo ⋅ ⇒ ∇ × B = µ oε o ⋅ ∂t ∂t ∂t µo
(03)
Cálculo de ∇ × B : ∂ Bz ∂ By ∇×B = − ∂y ∂z
∂ Bx ∂ Bz a x + ∂z − ∂x
∂ By ∂ Bx a y + − ∂x ∂y
a z
B x = K 1 sen(ω t − K 2 x) ⇒ B x = f (x); onde: B y = K 1K 2 y cos(ω t − K 2 x) ⇒ B y = f (y); B z = 0.
∂ By ∴∇× B = a z ⇒ ∇ × B = K 1K 22 y sen(ω t − K 2 x) a z ∂x Substituindo (04) em (03), temos:
∂E K 1K 22 y sen(ω t − K 2 x) a z = µ o ε o ⋅ ∂t 2 ∂ E K1K 2 y = ⋅ sen(ω t − K 2 x) a z µ oε o ∂t
K1K 22 y t E= ⋅ ∫ [sen(ω t − K 2 x)dt ] a z
µ oε o
E=
− K1K 22 y
µ oε o
0
⋅ cos(ω t − K 2 x) a z
[V m]
– Página 9.5 –
(04)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 09
CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL
9.5) Os trilhos da figura abaixo estão separados por uma distância de 24
[cm] e
B = 0,3 cos(120π t) a z [ Wb m] . Sendo y = 0 em t = 0, encontrar a tensão V12 para t = 2 [ms] , sendo: a) v = 12 a y
[m s] ;
b) v = 12 cos(10πt) a y [m s] . Resolução: (01)
V12 = fem a)
Cálculo de y para t = 2 [ms]: dy v= ⇒ y = dt
2 ⋅10− 3
∫ v dt ⇒ y = ∫ 12dt ⇒ y = 0,024 [m] t =0
Cálculo da fem: fem =
v × B • dL −
∫(
)
∫ S
∂B • dS ∂t
(02)
Cálculo de v × B : v × B = (12a y ) × [0,3 cos(120πt)] a z ⇒ v × B = 3,6 cos(120πt) a x
(03)
∂B Cálculo de : ∂t
∂B ∂ = [0,3 cos (120πt)] a z ⇒ ∂ B = −36π sen(120πt) a z ∂t ∂t ∂t
(04)
Substituindo (03) e (04) em (02), temos: fem =
∫ (3,6 cos(120πt) a x ) • [−dx a x ] − ∫ [−36π sen(120πt) a z ] • [dxdy a z ] S 0,24
fem = −3,6 cos(120πt)
0,24 0,024
∫ dx + 36π sen(120πt)
x =0
∫
∫ dxdy
x =0 y=0
fem = −0,864 cos(120πt) + 0,207π sen(120πt) [V ]
(05)
Substituindo t = 2 [ms] em (05), temos:
fem = −0,864 cos(120π ⋅ 0,002) + 0,207π sen(120π ⋅ 0,002) fem = −0,6299 + 0,4459 ⇒ fem = −0,184 [V ] Substituindo (06) em (01), temos: V12 = – 0,184 [V] – Página 9.6 –
(06)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09
b)
–
CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL
Cálculo de y para t = 2 [ms]: dy v= ⇒ y= dt
2 ⋅10− 3
2 ⋅10− 3
sen(10πt) ∫ v dt ⇒ y = ∫ 12 cos(10πt)dt ⇒ y = 12 ⋅ 10π t =0 t =0
∴ y = 0,024 [m ] Cálculo da fem: fem = ∫ (v × B) • dL −
Cálculo de v × B :
∂B ∫ ∂ t • dS
(02)
S
v × B = [12 cos(10πt) a y ] × [0,3 cos(120πt)] a z v × B = 3,6 cos(10πt) cos(120πt) a x
(03)
∂B Cálculo de : ∂t
∂B ∂B ∂ = [0,3 cos(120πt)] a z ⇒ = −36π sen(120πt) a z ∂t ∂t ∂t
(04)
Substituindo (03) e (04) em (02), temos:
fem = ∫ [3,6 cos(10πt) cos(120πt) a x ] • [−dx a x ] − ∫ [−36π sen(120πt) a z ] • [dxdy a z ] S 0,24
fem = −3,6 cos(10πt) cos(120πt)
0,24 0,024
∫ dx + 36π sen(120πt) ∫
x =0
∫ dxdy
x =0 y=0
fem = −0,864 cos(10πt) cos(120πt) + 0,207π sen(120πt) [V ]
(05)
Substituindo t = 2 [ms] em (05), temos:
fem = −0,864 cos(10π ⋅ 0,002) cos(120π ⋅ 0,002) + 0,207π sen(120π ⋅ 0,002) fem = −0,864 ⋅ 0,998 ⋅ 0,729 + 0,651 ⋅ 0,684 ⇒ fem = −0,628 + 0,446 fem = −0,184 [V ]
(06)
Substituindo (06) em (01), temos: V12 = – 0,184 [V]
– Página 9.7 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
–
CAPÍTULO 09
CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL
9.6) Na figura abaixo, B é constante com o tempo, mas não é uniforme no espaço. Encontrar a leitura V12 do voltímetro no instante t = 0,2 [s] se L = 0,4 [m] e: a) y = 10t [m] e B = y a z [T]; 2 b) y = 50t2 [m] e B = y a z [T]; 2 c) y = 50t2 [m] e B = 1 (x − y ) a z [T]. 2
Resolução: (01)
V12 = fem para t = 0,2 [s] fem =
v × B • dL −
∫(
∴ fem = a)
)
v × B • dL
∫(
∂ B • dS ; B = cte ∫ ∂t
S
)
(02)
Cálculo de v(t ) : dy d v (t ) = a y ⇒ v (t ) = (10t ) a y ⇒ v (t ) = 10a y dt dt
[m s ]
Cálculo de v × B : y v × B = 10a y × a z ⇒ v × B = 5 ya x 2
(03)
Substituindo (03) em (02), temos:
fem =
(
L
)
∫ 5ya x • − dxa x ⇒ fem =
∫ − 5ydx ⇒ fem = −5yL x =0
∴ fem = −50tL [V]
(04)
Substituindo t = 0,2 [s] e L = 0,4 [m] em (04), temos:
fem = −50 ⋅ 0,2 ⋅ 0,4 ⇒ fem = −4,0 [V ]
(05)
Substituindo (05) em (01), temos: V12 = –4,0 [V] b)
Cálculo de v(t ) :
( )
dy d v (t ) = a y ⇒ v (t ) = 50 t 2 a y ⇒ v (t ) = 100 t a y dt dt – Página 9.8 –
[m s ]
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09
–
CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL
Cálculo de v × B : y v × B = 100 t a y × a z ⇒ v × B = 50 ty a x 2
(03)
Substituindo (03) em (02), temos:
fem =
∫ 50tya x
(
L
)
• − dxa x ⇒ fem =
∫ − 50tydx ⇒ fem = −50tyL x =0
∴ fem = −2500 t 3 L [V ]
(04)
Substituindo t = 0,2 [s] e L = 0,4 [m] em (04), temos: fem = −2500 ⋅ (0,2 )3 ⋅ 0,4 ⇒ fem = −8,0 [V ]
(05)
Substituindo (05) em (01), temos: V12 = –8,0 [V] c)
Cálculo de v(t) :
dy d v (t ) = a y ⇒ v (t ) = 50 t 2 a y ⇒ v (t ) = 100 t a y dt dt Cálculo de v × B :
( )
[m s ]
1 v × B = 100 t a y × (x − y ) a z ⇒ v × B = 50 t (x − y ) a x 2
(03)
Substituindo (03) em (02), temos: fem =
(
)
∫ 50t(x − y ) a x • − dxa x ⇒ fem =
L
∫ − 50t(x − y )dx x =0
fem = 50 tyL - 25tL2 ⇒ fem = 2500 t 3 L − 25tL2 [V ]
(04)
Substituindo t = 0,2 [s] e L = 0,4 [m] em (04), temos: fem = 2500 ⋅ (0,2 )3 ⋅ 0,4 − 25 ⋅ 0,2 ⋅ (0,4 )2 ⇒ fem = 8,0 − 0,8 ⇒ fem = 7,2 [V ] (05) Substituindo (05) em (01), temos: V12 = 7,2 [V]
– Página 9.9 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09
–
CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL
9.7) O circuito mostrado na figura abaixo representa uma bobina de N espiras, resistência total R ocupando uma área igual a S submetida a um campo de indução magnética B indicado. Se a magnitude original deste campo (Bo) for reduzida a um quinto num intervalo de tempo ∆t, determinar: a) O valor médio da fem induzida no circuito; b) A direção e sentido da fem induzida (indicar na figura); c) O valor médio da corrente; d) A carga total que flui neste intervalo de tempo; e) A quantidade de energia que foi requerida para mudar a magnitude do campo magnético.
B inicial = B o Dados: Bo B = final 5
Resolução: a)
1o modo:
fem = N ⋅ ∫
∂ B v × B • dL − N ⋅ ∫ • dS; v = 0 ∂t
(
)
S
dB ∂ B ∂B fem = − N ⋅ ∫ • dS ⇒ fem = − N ⋅ ∫ ⋅ d S ⇒ fem = − N S⋅ ∂t ∂t dt S
S
fem média = − N S⋅ fem média = −
NS ∆t
B − B inicial ∆B ⇒ fem média = − N S⋅ final ∆t ∆t 4N B o S B ⋅ o − B o ⇒ fem média = 5∆ t 5
2o modo:
fem med = − N ⋅
∆φ , onde φ = BS ∆t
∴ fem média = − N S⋅ fem média = −
NS ∆t
B − B inicial ∆B ⇒ fem média = − N S⋅ final ∆t ∆t
4N B oS B ⋅ o − B o ⇒ fem média = 5∆ t 5 – Página 9.10 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09
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CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL
b) A fem gerada na bobina deve apresentar uma orientação de modo a reforçar o campo de indução B . Portanto, conclui-se que esta orientação deve seguir o sentido horário, conforme indicado na figura. c)
I =
4N B oS fem ⇒ I = R 5R ∆ t
d) A carga total que flui no intervalo ∆t pode ser representada por QT = ∆Q. 4N B oS ∆Q Do item (c), sabemos que I = e que I = . 5R ∆ t ∆t Portanto: 4N B o S ∆Q 4 N B o S = ⇒ ∆Q = ∆t 5R ∆ t 5R e)
A energia fornecida ao circuito no intervalo ∆t pode ser representada por WT = ∆W. Sabemos que ∆W = P ⋅ ∆t e P = fem ⋅ I , onde P é a potência fornecida ao circuito no intervalo ∆t. Portanto:
4N B o S 4N B o S 15 N 2 B o2 S 2 ∆W = fem ⋅ I ⋅ ∆t ⇒ ∆W = ⋅ ⋅ ∆ t ⇒ ∆W = 5∆ t 5R∆ t 25R∆ t 9.8) Uma bobina retangular de 6×12 [cm2] com N = 100 espiras gira em um campo magnético variável dado por B = 0,6 sen(377 t ) [T ]. A velocidade angular da espira é de ω = 60 [rps]. Pede-se determinar a tensão induzida na bobina. Resolução:
[ s ]:
Cálculo de ω em rad
1 rps → 2π rad s ⇒ ω = 377 rad s 60 rps → ω ∂ B fem = N ⋅ ∫ v × B • dL − N ⋅ ∫ • dS ∂t
[ ]
(
)
S
– Página 9.11 –
(01)
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CAPÍTULO 09
CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL
A inspeção da figura relativa à visão frontal da bobina revela que os ângulos entre B e v e entre B e dS são iguais. Desta maneira, podemos designar este ângulo θ como sendo θ = ωt.
Cálculo de v × B • dL :
(
)
(v × B ) • dL = vB sen θ ⋅ dL cos 0° ⇒ (v × B ) • dL = ω R B dL sen ω t (v × B ) • dL = 0,6ω R sen2 (377t )dL
(02)
∂ B Cálculo de • dS : ∂t
∂ B ∂B ∂ B ∂ • dS = dS cos θ ⇒ • dS = [0,6 sen(377 t )]dS cos(ω t ) ∂t ∂t ∂t ∂t
∂ B ∂ B • dS = 0,6 ⋅ 377 cos 2 (377 t )dS ⇒ • dS = 226,2 cos 2 (377 t )dS ∂t ∂t
(03)
Substituindo (02) e (03) em (01), temos:
fem = 100 ⋅ ∫ 0,6ω R sen 2 (377 t )dL − 100 ⋅ ∫ 226,2 cos 2 (377 t )dS S
fem = 60ω R sen 2 (377 t ) ⋅ ∫ dL − 22620 S cos 2 (377 t ) 2
fem = 60ω R sen (377 t ) ⋅ 2 ⋅
0,12
2 ∫ dL − 22620 S cos (377 t )
0
fem = 60ω R sen 2 (377 t ) ⋅ 0,24 − 22620 S cos 2 (377 t ) fem = 14,4ω R sen 2 (377 t ) − 22620 S cos 2 (377 t ) 1 − cos(2 ⋅ 377 t ) 1 + cos(2 ⋅ 377 t ) fem = 14,4ω R ⋅ − 22620 S⋅ 2 2 1 − cos(754 t ) 1 + cos(2 ⋅ 377 t ) fem = 14,4 ⋅ 377 ⋅ 0,03 ⋅ − 22620 ⋅ 72 ⋅ 10 − 4 ⋅ 2 2 1 − cos(754 t ) 1 + cos(754 t ) fem = 162,864 ⋅ − 162,864 ⋅ 2 2 fem = −162,864 cos(754t ) [V ]
– Página 9.12 –
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CAPÍTULO 09
CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL
9.9) Um campo magnético uniforme B = 100 [mT] estende-se sobre uma área quadrada de 100 [mm] de lado, como mostra a figura abaixo, com campo nulo do lado de fora do quadrado. Uma espira retangular de fio de 40 [mm] por 80 [mm], com velocidade v = 100 mm , é movimentada em direção à área de ação do campo (ver figura). s Determinar a fem induzida na espira, plotando os resultados em um gráfico de fem x distância x, para − 20 [mm] ≤ x ≤ 120 [mm] .
[
]
Resolução: fem =
∫ (v × B ) • dL
(01)
Cálculo de v × B : v × B = vB sen 90° − a y
( )
(02)
Cálculo da fem na região − 20 [mm] ≤ x < 0 : fem = 0, pois nesta região B = 0.
Cálculo da fem na região 0 ≤ x < 80 [mm] :
fem =
∫ (− vB a y ) • dya y
⇒ fem = − vB y
fem = −100 ⋅ 10 − 3 ⋅ 100 ⋅ 10 − 3 ⋅ 40 ⋅ 10 − 3 ⇒ fem = −0,4 [mV]
Cálculo da fem na região 80 [mm] ≤ x < 100 [mm] : fem =
∫ (− vB a y ) • dya y + ∫ (− vB a y ) • (− dya y ) ⇒ fem = − vB y + vB y
fem = −4 ⋅ 10 − 4 + 4 ⋅ 10 − 4 ⇒ fem = −0 – Página 9.13 –
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CAPÍTULO 09
CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL
Cálculo da fem na região 100 [mm] ≤ x < 120 [mm] : fem =
∫ (− vB a y ) • (− dya y ) ⇒ fem = vB y
fem = 100 ⋅ 10 − 3 ⋅ 100 ⋅ 10 − 3 ⋅ 40 ⋅ 10 − 3 ⇒ fem = 0,4 [mV] Gráfico fem x distância x: fem [mV] 0,4 80 –20
20
40
60
100
120
x [mm]
–0,4 9.10) Uma espira retangular, girando na presença de um campo magnético uniforme B , está equipada com um comutador de dois segmentos, como na figura, e, por isso, pode funcionar tanto como um gerador cc como um motor cc. a) Se a espira girar a F [rps], encontre a tensão média cc gerada (gerador); b) Se uma corrente I fluir na espira, encontre o torque médio (motor); c) Se a corrente fluir como indicado na figura, encontrar o sentido de rotação.
Resolução: a)
fem =
∫(
∴ fem =
v × B • dL −
)
v × B • dL
∫(
∂ B • dS ; B = cte ∫ ∂t
S
)
(01)
Cálculo de v × B • dL :
(
)
(v × B ) • dL
= vB sen θ ⋅ dL cos 0 ° ⇒ v × B • dL = ω R B dL sen ω t (02)
(
– Página 9.14 –
)
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CAPÍTULO 09
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CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL
Substituindo (02) em (01), temos:
fem =
∫ ω R B dL sen ω t ⇒ fem = ω R B sen ω t ⋅ ∫ dL
fem = ω R B sen ω t ⋅ 2∫ dL ⇒ fem = 2ω R B sen ω t, onde ω = 2π F; 0
∴ fem(t ) = 4π F R B sen ω t T
2 2 fem média = ⋅ ∫ fem(t )dω t, onde T é o periodo; T 0
∴ fem média =
1
π
⋅
π
π
0
0
∫ 4π F R B sen ω t dω t ⇒ fem média = 4 F R B⋅ ∫ sen ω t dω t
fem média = 8 F R B b)
T =
∫ IdS × B ⇒ T = I ⋅ ∫ B dS sen ω t ⇒ T = I BS sen ω t S
S
T(t ) = 2RI B sen ω t T
2 2 Tmédio = ⋅ ∫ T(t )dω t, onde T é o periodo; T 0
∴ Tmédio = Tmédio =
1
π
π
⋅
∫ 2 RI B sen ω t dω t ⇒ Tmédio =
0
2 RI B
π
π
⋅ ∫ sen ω t dω t 0
4 RI B
π
c)
A Figura1 indica que não existe conjugado quando a espira está na posição vertical. As Figuras2 e 3 indicam que, em qualquer outra posição existe um conjugado resultante que tende a girar a espira no sentido horário. – Página 9.15 –
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CAPÍTULO 09
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CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL
9.11) A figura abaixo mostra a região de atuação dos campos elétrico e magnético dados, respectivamente, por: E = E o a y e B = B o a z , sendo Eo e Bo constantes. Uma pequena carga teste Q com massa m é colocada em repouso na origem no instante t = 0. Determinar: a) A equação da velocidade v (x; y; z ) da carga em um instante t qualquer; b) A equação da posição P(x; y; z ) da carga em um instante t qualquer.
Resolução:
a)
F = QE ; F = Q v × B M E F E + F M = ma , onde: . a = d v ; v = v a x + v a y x y dt
[ (
QE + v × B
) ] = m ddtv ⇒ Q[Eo a y + (v × B o a z ) ] = m dtd (v x a x + v y a y )
[(
)
]
Q Eo a y + Q v x a x + v y a y × B o a z = m Q E o a y − Q v x B o a y + Q v yB o a x = m Q v yB o a x + (Q E o − Q v x B o ) a y = m
(
d vx ax + vy ay dt
d vy d vx ax + m ay dt dt
d vy d vx ax + m ay dt dt
Igualando as componentes correspondentes de (01), temos: Q Bo d vx d vx ⇒ = vy Q v y B o = m dt dt m d vy d vy Q Eo Q B o ⇒ = − vx Q E o − Q v x B o = m dt dt m m – Página 9.16 –
)
(01)
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CAPÍTULO 09
CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL
d v 1 d vx x = α vy ⇒ vy = ⋅ α dt Q Bo dt Seja α = ⇒ m d vy d v y Q Eo E = − α vx ⇒ = α ⋅ o − α vx m dt Bo dt
(02) (03)
Substituindo (02) em (03), temos: d dt
Eo E d2 vx 1 d vx ⋅ = α ⋅ − α vx ⇒ = α 2 ⋅ o − α 2 vx 2 dt Bo Bo α dt
(04)
Resolvendo (04), temos:
v x = A cos α t + B sen α t + C
(05)
d vx = − Aα sen α t + Bα cos α t dt
(06)
d2 vx
(07)
= − Aα 2 cos α t + Bα 2 sen α t
dt 2
Substituindo (05) e (07) em (04), temos: − Aα 2 cos α t + Bα 2 sen α t = α 2 ⋅ ∴C =
Eo − α 2 (A cos α t + B sen α t + C ) Bo
Eo Bo
(08)
Substituindo (08) em (05), temos:
v x = A cos α t + B sen α t +
Eo Bo
(09)
Substituindo (06) em (02), temos: vy =
1
α
⋅ (− A sen α t + B cos α t )
Condições iniciais para a solução de (09) e (10): vx = vy = 0 em t = 0
(10) (11)
Substituindo (11) em (09) e em (10), temos: Eo Eo v x = 0 = A + 0 + B ⇒ A = − B o o v y = 0 = 0 + B ⇒ B = 0 – Página 9.17 –
(12)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09
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CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL
Substituindo (12) em (09) e em (10), temos: Eo Eo Eo v x = − B ⋅ cos α t + B ⇒ v x = B ⋅ (1 − cos α t ) o o o Eo ⋅ sen α t v y = Bo v z = 0
[
]
dx ⇒ x = ∫ v x dt ⇒ x = dt E E ∴ x = o t − o sen α t + D Bo α Bo
Eo ∫ B o ⋅ (1 − cos α t ) dt
Portanto:
b)
Eo ⋅ (1 − cos α t ) a x + sen α t a y Bo
vx =
vy =
v =
dy ⇒ y = dt
(01)
Eo
∫ v y dt ⇒ y = ∫ B o
sen α t dt ⇒ y = −
Condições iniciais para a solução de (01) e (02): x = y = 0 em t = 0
Eo cos α t + E α Bo
(02) (03)
Substituindo (03) em (01) e em (02), temos: x = 0 = 0 − 0 + D ⇒ D = 0 Eo Eo y = 0 = − α B + E ⇒ E = α B o o
(04)
Substituindo (04) em (01) e em (02), temos: Eo 1 ⋅ t − ⋅ sen α t x = α Bo Eo ⋅ (1 − cos α t ) y = α B o z = 0 Portanto:
E Eo 1 P(x; y; z ) = x = o ⋅ t − sen α t ; y = ⋅ (1 − cos α t ); z = 0 α α Bo Bo – Página 9.18 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
Anexo 01 – CURVAS B-H
Curvas B – H para H < 400 A/m (para exercícios do Capítulo 08) (Cada pequena divisão significa 0,02 T para B e 5 A/m para H)
Curvas B – H para H > 400 A/m (para exercícios do Capítulo 08) (Cada pequena divisão significa 0,02 T para B e 50 A/m para H)