Zen Shiatsu
Sumário
INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 1 1. A MASSAGEM - PASSADO E PRESENTE......................... ............ ......................... .......................... ........................... .................. ..... 2 2. DEFINIÇÃO DE MASSAGEM .......................... ............. .......................... .......................... .......................... .......................... ......................... ............ 3 3. ENERGIA – ENERGIA – CORPO CORPO FÍSICO – FÍSICO – NOVO PARADIGMA ......................... ............ .......................... .......................... ................ ... 4 4. MEDICINA TRADICIONAL CHINESA ............................................................................. 5 5. KI ..................................................................................................................................... 6 6. CINCO ELEMENTOS ...................................................................................................... 7 Seqüência Geradora ........................................................................................................ 8 Seqüência Controladora.......................... ............. .......................... ........................... .......................... ......................... ........................... ..................... ....... 9 Quadro dos 5 elementos ................................................................................................ 10 Diagrama dos Ciclos de Geração e Dominação dos 5 Elementos e a Distribuição de Fenômenos da Natureza e do Corpo Humano pelas 5 Fases ..... .......................... ............. ..................... ........ 11 7 YIN E YANG ................................................................................................................... 12 8. Meridianos: Os canais de energia e seus pontos ........................... .............. ......................... .......................... ................... ..... 15 Canal dos Pulmões ........................................................................................................ 17 Caminho ............................................................................................................................ 17 Funções e Sintomas Associados ......................... ............ .......................... .......................... .......................... .......................... ....................... .......... 17 O Canal do Intestino Grosso .......................................................................................... 18 Caminho ............................................................................................................................ 18 Canal do Estômago ........................................................................................................ 19 Caminho ..................................................................................................................... 19 Canal do Baço ................................................................................................................ 20 Canal do Coração .......................................................................................................... 21 Canal do Intestino Delgado ............................................................................................ 22 Canal da Bexiga ............................................................................................................. 23 Canal dos Rins ............................................................................................................... 24 Canal do Pericárdio ........................................................................................................ 25 Caminho ..................................................................................................................... 25 Canal do Triplo Aquecedor ........................... .............. .......................... .......................... .......................... .......................... .......................... ............... 26 Caminho ..................................................................................................................... 26 Funções e Sintomas Associados ......................... ............ .......................... .......................... .......................... .......................... ....................... .......... 27 Canal da Vesícula .......................................................................................................... 27 Caminho ............................................................................................................................ 27 Funções e Sintomas Associados ......................... ............ .......................... .......................... .......................... .......................... ....................... .......... 28 Canal do Fígado ............................................................................................................. 28 9 CONCEITO E ORIGEM DO SHIATSU ........................................................................... 31 9.1 Conceito e origem do Zen Shiatsu ........................................................................... Shiatsu ........................................................................... 31 9.2 Zen Shiatsu Hoje ...................................................................................................... 31 9.3 Princípios do Zen Zen Shiatsu ........................................................................................ Shiatsu ........................................................................................ 33 O Meridiano como um todo ........................................................................................ 33 Alongamento e Pressão Pressão Simultâneos .......................... ............. .......................... .......................... .......................... ..................... ........ 33 A mão “mãe”, ou o Shiatsu com Shiatsu com as duas mãos ........................... .............. ......................... .......................... ................... ..... 33 9.4 Fundamentos para a Prática do Zen Shiatsu .......................... ............ .......................... ......................... ..................... ........ 34 Postura do Praticante ................................................................................................. 34 Como aplicar as pressões .......................................................................................... 34 9.5 A Pressão no Zen Shiatsu ........................................................................................ Shiatsu ........................................................................................ 36 Pressão Perpendicular (e vertical) ......................... ............ .......................... .......................... .......................... .......................... ............... 36 Pressão Estacionária (tempo) .................................................................................... 36 Pressão Apoiada ........................................................................................................ 36 i
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Profundidade das Pressões.......................... ............. .......................... .......................... .......................... .......................... ....................... .......... 37 10 RELAÇÃO PRATICANTE – PRATICANTE – PACIENTE PACIENTE ....................................................................... 38 10.1 Ambiente de Trabalho ............................................................................................ 38 11 SEQÜÊNCIA DE ZEN SHIATSU .................................................................................. 39 11.1 Posterior (Decúbito Ventral) ................................................................................... 39 1º Posição Inicial Centramento .......................... ............ ........................... .......................... ......................... .......................... ................... ..... 39 Sequencia das Costas ................................................................................................ 40 Sequencia dos Braços ................................................................................................ 43 Seqüência das Nádegas........................... .............. .......................... .......................... .......................... .......................... .......................... ............... 44 Sequencia das Pernas......................... ............ .......................... ........................... .......................... ......................... ........................... ................... ..... 45 Sequencia Lateral da Perna ....................................................................................... 47 Seqüência dos Pés ..................................................................................................... 48 11.2 Anterior (Decúbito Dorsal) .......................... ............. .......................... ........................... .......................... ......................... ..................... ........ 49 Barriga ........................................................................................................................ 49 32º Sequencia de zen shiatsu no hara ....................................................................... 51 Braço Anterior ............................................................................................................. 53 Pernas Anterior......................... ............ .......................... ........................... .......................... ......................... ........................... .......................... ................ .... 55 Cabeça, Pescoço e Face.......................... ............. .......................... .......................... .......................... .......................... .......................... ............... 57 Face ............................................................................................................................ 58 11.3 Lateral .................................................................................................................... 59 12 DIAGNÓSTICO E FUNÇÕES DOS MERIDIANOS PRINCIPAIS ......................... ............ ..................... ........ 63 12.1 Diagnostico dos meridianos meridianos através da palpação palpação ........................... ............. .......................... ...................... .......... 63 Ilustração de Kyo e Jitsu nos Canais ............................................................................. 63 12.2 Diagnóstico no Zen Shiatsu ................................................................................... 64 12.3 Tonificação e Sedação ........................................................................................... 64 13 Funções dos Meridianos ........................... ............. ........................... .......................... ......................... .......................... ........................... ................ ... 67 Meridiano do Pulmão ..................................................................................................... 67 Meridiano do Intestino Grosso ....................................................................................... 67 Meridiano do Estômago ................................................................................................. 68 Meridiano do Baço ......................................................................................................... 69 Meridiano do Coração .................................................................................................... 69 Meridiano do Intestino Delgado .......................... ............. .......................... ........................... .......................... ......................... ..................... ........ 70 Meridiano da Bexiga....................................................................................................... 71 Meridiano do Rim ........................................................................................................... 72 Meridiano da Sístole Cardíaca ou Pericárdio (PC) ou Circulação-sexo (CS) ................. ............ ..... 72 Meridiano Triplo Aquecedor ........................................................................................... 73 Meridiano da Vesícula Biliar ........................................................................................... 74 Meridiano do Fígado ...................................................................................................... 75 14 INDICAÇÕES E PRECAUÇÕES .................................................................................. 76 14.1 Indicações .............................................................................................................. 76 14.2 Precauções ............................................................................................................ 77 15 RELAÇÃO DOS PRINCIPAIS PONTOS E SUAS APLICAÇÕES ......................... ............ ..................... ........ 78 Meridiano do Pulmão ..................................................................................................... 78 Meridiano do Intestino Grosso ....................................................................................... 80 Meridiano do Estômago ................................................................................................. 82 Meridiano do Baço ......................................................................................................... 84 Meridiano do Coração .................................................................................................... 85 Meridiano do Intestino Delgado .......................... ............. .......................... ........................... .......................... ......................... ..................... ........ 86 Meridiano da Bexiga....................................................................................................... 88 Meridiano do Rim ........................................................................................................... 91 Meridiano do Pericárdio ou Circulação-Sexo ......................... ............ .......................... .......................... .......................... ............... 92 Meridiano Triplo Aquecedor (Sanjiao) ......................... ............ .......................... .......................... .......................... ......................... ............ 94 ii
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Meridiano da Vesícula Biliar ........................................................................................... 95 Meridiano do Fígado ...................................................................................................... 97 Meridiano Vaso Concepção (REN) ................................................................................ 98 Meridiano Vaso Governador (DU) ........................... .............. .......................... .......................... .......................... .......................... ................ ... 99 Pontos mais eficientes para tratamento em geral .......................... ............. .......................... .......................... ............... 100 Quadro Resumo dos Pontos dos Meridianos ....................... .......................... ............. ....................... .......... 101 16 OS ALONGAMENTOS DOS MERIDIANOS ......................... ............ .......................... .......................... ......................... ............ 102 Meridianos: Pulmão e Intestino Grosso......................... ............ .......................... .......................... .......................... ..................... ........ 102 Meridianos: Estômago e Baço-Pâncreas ........................... ............. .......................... ......................... .......................... ................. .... 103 Meridiano: Coração e Intestino Delgado ...................................................................... 103 Meridianos: Rim e Bexiga ............................................................................................ 104 Meridianos: Circulação-Sexo e Triplo Aquecedor ......................... ......................... ............ ................... ...... 104 Meridianos: Fígado e Vesícula Biliar ......................... ............ .......................... .......................... .......................... ......................... ............ 105 Seqüência de Automassagem ..................................................................................... 107
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INTRODUÇÃO
O CORPO Muitos de nós passamos pela vida sem nunca termos nos perguntado “quem somos, de onde viemos, para onde iremos ...”. Estes questionamentos filosóficos também se aplicam ao nosso corpo físico. Da mesma maneira que não possuímos a consciência do existir, nós não conhecemos nosso corpo, não sabemos nem ao mesmo senti-lo, respeitá-lo, não temos um percepção consciente de tudo que envolve nosso corpo, sem entender que além de ser a “máquina”, o “veículo” que n os conduz em tudo na vida, ele é o santuário da nossa alma, o guardião do espírito, sem ele o futuro não existiria, nem mesmo aqui estaríamos.
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1. A MASSAGEM - PASSADO E PRESENTE A massagem é mencionada como uma forma de tratamento nos primeiros registros médicos, e continua a ser descrita através da história. Publicações de médicos, filósofos, poetas e historiadores mostram que alguma forma de fricção era usada entre os selvagens e nações civilizadas desde os primórdios da nossa era. (Wood e Becker). Em muitas publicações médicas, massagem e exercício são referidos simultaneamente, e numa literatura bem anterior há pequena distinção entre eles. Revisando as primeiras literaturas sobre massagem, verifica-se a falta de descrição detalhada, o estudo a cerca do assunto tem sido compreensível, mas um completo relato da literatura não foi tentado. Durante milhares de anos, alguma forma de massagem, ou de superposição das mãos, tem sido utilizada com o objetivo de curar e aliviar os enfermos. Para os antigos médicos gregos e romanos, a massagem era um dos principais meios de curar e aliviar a dor. No início do século V A.C., Hipócrates – o “pai da medicina”- escreveu: “O médico deve ter experiência em muitas coisas, mas certamente deve ter habilidade na fricção ... Porque a fricção pode unir uma junta que está com demasiada folga e afrouxar uma junta que está demasiadamente rígida”. Plínio, o famoso naturalista romano, era regularmente submetido a fricções para aliviar sua asma; e Júlio Cesar, que sofria de epilepsia, tinha diariamente seu corpo submetido a beliscões para aliviar sua neuralgia e suas dores de cabeça. Depois da queda de Roma no século V. D.C., houve pouco progresso no âmbito da medicina, na Europa de então. Assim, coube aos árabes o estudo e o desenvolvimento dos ensinamentos do mundo clássico. Avicena, o filósofo e médico árabe que viveu no século XI, observou, em sua obra Cânone, que o objetivo da massagem era “a dispersão das matérias estéreis ou esgotadas que se encontram nos músculos, e não são expelidas pelo exercício”. Durante a Idade Média, na Europa pouco se falou da massagem. Mas essa arte foi revivida no século XVI, principalmente em decorrência da obra de Ambroise Paré. Depois no início do século XIX, um sueco, de nome Per Henrik Ling , desenvolveu o que atualmente é conhecido como massagem sueca, sintetizando seu sistema com base em seu conhecimento da ginástica e da fisiologia, e também nos conhecimentos da medicina chinesa, egípcia, grega e romana. Em 1813 foi fundada em Estocolmo a primeira escola que oferecia massagem como parte do currículo, e desde então alastraram-se por todo o continente europeu os institutos e as estações de banho que incluíam a massagem em seus programas. Hoje, o valor terapêutico da massagem foi novamente reconhecido, e essa arte continua a florescer em todo o mundo ocidental, tanto entre praticantes leigos como entre profissionais. No Oriente, as técnicas de massagem sempre foram mais valorizadas por suas aplicações curativas do que no Ocidente, e seu uso tem tido uma continuidade ininterrupta desde as eras mais remotas. Talvez a diferença que até muito recentemente existia entre as atitudes oriental e 2
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ocidental com relação à massagem, tenha origem na revolução científica ocorrida no mundo ocidental há cerca de 250 anos. Em decorrência dessa nova ciência, conceitos mais antigos, que ligavam o corpo à mente e ao espírito, foram descartados como não científicos e, com o passar do tempo, o corpo passou a ser considerado um tipo de máquina sofisticada, que podia ser consertada e mantida apenas por pessoas altamente treinadas e especializadas. Mas no Oriente essa atitude “científica” não se arraigou senão em tempo s muito recentes, e as pessoas que moravam fora dos grandes centros continuaram a combinar o desejo instintivo de “esfregar para melhorar” com as habilidades refinadas e elaboradas pela longa tradição transmitida pelos “médicos descalços”, detentores do conhecimento da teoria da medicina oriental e das técnicas de manipulação ou de conserto de ossos.
2. DEFINIÇÃO DE MASSAGEM A literatura médica primordial é isenta de qualquer definição compreensível de massagem. Em um dicionário médico de 1886 refere-se o seguinte: massagem originária de grego, quer dizer amassar. Significando o ato de “ shampocing ” (shampoo é do hindu, significando pressionar). William Murrell (1853 – 1912) de Edinbug em Londres, escrevendo sobre massagem na mesma época, foi mais específico, definindo massagem como “o modo científico de tratar certas formas de doença por manipulação sistêmica”. Fragmentos históricos milenares afirmam que a massagem é tão antiga quanto à história da própria humanidade, fazendo parte da história da medicina, sendo que as raízes de ambas, encontradas há milênios, se confundem. O documento mais antigo a falar sobre massagem é o livro de folhas soltas do imperador “amarelo” HUANG T I, o HUANG TI NEI CHING SU WEN , de aproximadamente cinco ou seis mil anos atrás. Antes do terceiro milênio A.C., a medicina utilizava métodos terapêuticos espirituais que eram praticados nos templos de mistérios da antigüidade. Os médicos eram sacerdotes, e praticavam os “sonos templários” em que a massagem se fazia presente. A alma, na época, tinha um poder maior sobre o corpo do que atualmente, o que tornava possível o sucesso desta técnica. Atualmente com a dicotomia entre mente e corpo, a somatização dos problemas de saúde que agravam-se com o modo de vida que levamos. Sentir o corpo tornou- se um “luxo” algo quase que inviável. A somatização, certamente, não ocorreu de um modo brusco e sim através de um longo processo, até que entre o terceiro e segundo milênios A.C. “a humanidade representativa da cultura da época, lentamente deixou de sentir o corpo humano como sendo um invólucro e começou a se identificar com ele”. 3
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Na Grécia antiga se procurava estabelecer uma espécie de equilíbrio entre alma e corpo criando uma espécie de harmonia entre ambos, por intermédio de massagem. Concluiu-se que a massagem teve sua história em todos os cantos do mundo, enquanto que no oriente ela desenvolvia-se a partir dos canais de circulação do ki, no ocidente foi desenvolvendo-se a partir dos benefícios que agia nos tendões, músculos e nervos e circulação.
3. ENERGIA – CORPO FÍSICO – NOVO PARADIGMA A palavra “ENERGIA” implica, por definição, em atividade. Energia é parte de todos os elementos que compõe nossa existência, animadas ou inanimadas. A matéria é energia – a Ciência chegou a essa conclusão quando conseguiu dividir o átomo em partículas. Nos seres humanos a energia que circula, que dá vida a matéria é chamado “ENERGIA VITAL” e já é comprovada cientificamente. Os cientistas russos Semyon e Valentina Kirlian, já em 1940 realizavam um trabalho pioneiro. Desenvolveram uma técnica de fotografar a energia, que aparecia como uma aura, que define-se como campo energético que envolve o corpo humano. Essa técnica é conhecida por efeito KIRLIAN. O conceito de energia vem se modificando e evoluindo desde o nascimento da ciência moderna, o qual foi acompanhado por um desenvolvimento do pensamento filosófico que deu origem a uma formulação extrema do dualismo espírito / matéria. Esta formulação veio à tona no século XVII através da filosofia de René Descartes. A divisão cartesiana permitiu aos cientistas tratar a matéria como algo morto e separado de si mesmo, sendo o mundo material como uma vasta quantidade de objetos reunidos numa máquina de grandes proporções. Essa visão mecanicista do mundo foi sustentada por Isaac Newton, que elaborou sua mecânica a partir de dois fundamentos, tornando-a o alicerce da física clássica, que baseia-se no conceito de um mundo tridimensional e possuindo um tempo linear absoluto. As leis newtonianas sustentavam firmemente as idéias, do tempo e do espaço absolutos e dos fenômenos físicos rigorosamente causais da natureza. Tudo podia ser d escrito objetivamente. Todas as reações físicas tinham uma causa física, como bolas que se chocam numa mesa de bilhar. Ainda não se conheciam as interações da energia e da matéria, como o rádio que toca música em respostas a ondas invisíveis. Essa maneira de ver as coisas era muito confortadora e ainda o é para aqueles dentre nós que preferem ver o mundo sólido e em grande parte imutável, com conjunto de idéias muito claras e definidas governando o seu funcionamento. Grande parte de nossas vidas de todos os dias ainda flui de acordo com a mecânica newtoniana, experimentamos até nossos corpos de maneira mecânica. 4
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A filosofia de Descartes não se mostrou impaciente apenas em termos do desenvolvimento da física clássica, ela exerce, até hoje, influência sobre o modo de pensar ocidental. A famosa frase cartesiana “Cogito ergo sum” – Penso logo existo, tem levado o homem ocidental a igualar sua identidade apenas à sua mente, em vez de igualá-la a todo o seu organismo. Em conseqüência da divisão cartesiana, temos consciência de nós mesmos como egos isolados existindo dentro de nossos corpos. A mente foi separada do corpo, recebendo a inútil tarefa de confrontá-lo, causando assim um confeito aparente entre a vontade consciente e os instintos voluntários. É fascinante observar a forma pelo qual a ciência do século XX, que se originou da divisão cartesiana e mecanicista do mundo, agora supera essa fragmentação através da mudança desse tratamento com o advento da física quântica nos levando de volta à idéia da unidade expressa na Grécia antiga e nas filosofias orientais. O conceito de física quântica segundo Fritjof Capra é compreender o sistema como totalidades integradas que não podem ser reduzidas a propriedades de partículas materiais. Sendo este conceito a base de abertura para uma compreensão nova da realidade, que é chamada de “visão holística”, no qual o todo e as partes são vistos de uma forma integrada, ficando implícita a mudança de paradigma, que é um conjunto de regras elaboradas pela comunidade científica, construindo um modelo e ditando maneiras de ação em várias áreas do comportamento humano.
4. MEDICINA TRADICIONAL CHINESA A origem da medicina chinesa é a filosofia taoista, que nasceu na China, milênio atrás e é uma das fontes da sabedoria, do conhecimento e da consciência dos seres humanos. A filosofia é capaz de influenciar todas as manifestações da humanidade. Aplicado á medicina, o taoísmo deu origem ao que, hoje, é conhecido mundialmente como a Medicina tradicional Chinesa ou Medicina taoista. Sua principal característica é admitir a existência simultânea de dois mundos, um absoluto e outro relativo. O mundo absoluto é representado pela união de todas as coisas existentes no universo, como uma grande integração entre todos os fenômenos da natureza, na qual estamos inseridos de forma inseparável. O mundo relativo é criado pela divisão desse todo absoluto em duas partes, originalmente denominadas yin e yang. TAO significa o caminho ou o poder. Nos antigos escritos chineses o TAO significava uma compreensão da vida que enfatizava a harmonia individual com as forças da natureza.
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Os filósofos chineses viam a realidade, cuja essência primária chamava TAO, como um processo de contínuo fluxo e mudança. Na concepção deles, todos os fenômenos que observamos participam deste processo cósmico e são, pois, intrinsecamente dinâmicos. A principal característica do TAO é a natureza cíclica de seu movimento incessante, a natureza em todos os seus aspectos, tanto do mundo físico, quanto os dos domínios psicológico e social exibe padrões clínicos. Segundo Lao Tzu, tudo no universo surgiu da “grande fonte última”, ou Tai chi , representada pelo famoso símbolo . Para, além disso, só havia o vazio, Wu chi , representado por um círculo vazio. Os seguimentos claro e escuro indicam a dualidade inata em todas as coisas, bem como a interação de Yin e Yang – a dinâmica da qual a vida e todos os fenômenos surgem e continuam em mutação. A lei governando todas as transformações era chamada de “ TAO”; ou seja, “Caminho da Natureza”. A medicina tradicional chinesa concebe várias teorias que orientam o raciocínio clínico na abordagem da saúde. Estas teorias são a das Substâncias ou Propriedades Físicas (ki, sangue, fluidos, essências e espírito), a dos Cinco Elementos (madeira, fogo, terra, metal e água), a dos meridianos e canais, a dos Oito Princípios (calor/frio, excesso/deficiência, externo/interno, Yin/Yang), entre outros. A combinação dessas teorias resulta em um sistema lógico que explica o funcionamento orgânico e suas alterações, orienta o raciocínio clínico e indica princípios de tratamento e medidas terapêuticas próprias da medicina chinesa.
5. KI A visão oriental da vida, da natureza e do corpo baseia-se firmemente no conceito do “Ki” que é uma força vital, ou energia, que se compara ao conceito de prana na filosofia ioga indiana. Sua importância é tão grande no pensamento oriental, seu significado tão amplo e sutil, que será melhor usarmos a palavra não traduzida “ Ki ”, da mesma forma que nos acostumam às palavras chinesas Yin e Yang . O corpo depende do Ki , do sangue e de outras substâncias essenciais, que se transformam, fluem e circulam, sendo, portanto, estas substâncias mais Yang do que os elementos estruturais do corpo. Ele é o poder de transformação dos órgãos internos e está associado à atividade, proteção e calor. Tradicionalmente, o Ki se subdivide em vários tipos, conforme sua função no corpo. O sangue é um líquido ou uma forma materializada do Ki. Suas qualidades são relativamente Yin. O sangue nutre e sustenta o crescimento físico e a renovação dos tecidos e dos órgãos. Ele circula pelas veias e possui propriedades refrescantes e tranqüilizadoras.
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O Ki e o sangue se apóiam mutuamente e se complementam. O sangue precisa do Ki para manter-se em movimento. O Ki , por sua vez, precisa do sangue como nutriente para os órgãos que o geram. Parte do Ki , portanto, flui com o sangue nas veias, assim como existe sangue com o Ki , nos Canais. “Ki é o líder do sangue; o sangue é a mãe do Ki ”. The Yellow Emperor’s Classic of internal Medicine (c. 100 a.C.). O corpo vivo possui forma, estrutura e peso. Estas são suas qualidades Yin. Ele é ativo, quente e reage ao ambiente – atributos essencialmente Yang . A cabeça e a parte superior do corpo estão mais próximas do céu. Os pés e as partes inferiores do corpo são mais Yin; estão mais próximos da terra. As costas e as superfícies expostas dos membros são Yang. Ao virarmos as costas para um vento frio, estamos apresentando os aspectos fortes, protetores, ao exterior. Os aspectos protegidos internos e frontais dos membros são Yin. Se nos encolhemos numa posição defensiva como um “tatu”, tentamos proteger as superfícies internas, macias e vulneráveis. A pele, a camada externa do corpo físico e os músculos – tecidos ativos que nos permitem o movimento – são Yang . Os ossos, que são os tecidos estruturais mais duros e estáveis são Yin; assim como os órgãos internos, protegidos pela caixa torácica e pela cavidade pélvica. Esta é a camada mais profunda e mais essencial de nosso ser.
6. CINCO ELEMENTOS De acordo com a filosofia chinesa, Ki manifesta-se no universo por cinco caminhos diferentes, considerados, Cinco Elementos, sendo representados pelo Fogo, Água, Terra Madeira e Metal. Como parte do universo, o corpo e a mente humana estão expostos á energia desses elementos, respondendo física e emocionalmente às influencias e ás forças externas da natureza, influenciando no equilíbrio dos cinco elementos dentro de nós. Cada elemento tem uma representatividade, que esta relacionada com órgãos e vísceras do nosso organismo, dessa forma explicando o porquê das mudanças externas, atuam diretamente sobre o nosso corpo, causando enfermidades. O fogo é o elemento do calor, do verão, do entusiasmo e da cordialidade nas relações humanas, é representado pelo coração, intestino delgado, e pericárdio; a terra é o elemento da época da colheita, da abundância, da nutrição, da fertilidade e da relação mãe-filho e esta representando o estomago e baço; o metal é a força da gravidade, os minerais dentro da terra, a capacidade de condutividade elétrica e o magnetismo, nas emoções humanas, corresponde a tristeza e ao desejo de superá-la, representando pelo pulmão, intestino grosso; a água é a fonte da vida, é a capacidade de fluir, na psicologia humana governa o equilíbrio entre o medo e o 7
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desejo de dominar, representado pelos rins, bexiga; a madeira é o elemento da primavera, a necessidade criativa de realizar que se transforma em raiva quando frustrada, no homem é a capacidade de planejar e tomar decisões, representado pelo fígado, vesícula biliar.
Seqüência Geradora Processo de: Produzir, Crescer, Promover, Relação Mãe-filho.
FOGO
TERRA
MADEIRA
ÁGUA
METAL
A Madeira é combustível para o Fogo; e as cinzas do Fogo enriquecem a Terra; o Metal é encontrado na Terra, e a Água se condensa no Metal; e a Água alimenta a Madeira. Com base nos conhecimentos gerais é fácil entender que a Madeira por sua combustão gera o Fogo, assim como promove sua intensidade. Após a combustão da Madeira, restam as cinzas que são incorporadas à Terra, sob o efeito de grandes pressões, produz os Metais. E dos Metais e Rochas brotam as fontes de Água. Por outro lado a água da vida aos vegetais é, gerando a Madeira, fecha o ciclo da natureza.
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Seqüência Controladora Inibição traz implícita a idéia de combate, restrição, controle.
FOGO
TERRA
MADEIRA
ÁGUA
METAL
A Madeira (matéria da planta) estabiliza a Terra; a Terra contém Água em suas margens; a Água controla o Fogo; o Fogo derrete o Metal, e o Metal (ferramentas) corta da madeira. Na concepção antiga sobre a natureza, o Metal tem a capacidade de cortar e madeira, as rochas e metais no solo impedem o crescimento da raiz das árvores ( Madeira). A Madeira cresce absorvendo os nutrientes da Terra, empobrecendo as raízes das árvores, quando muito longas, perfuram e racham a terra. A Terra impede que a Água se espalhe absorvendo-a. A Água inibe o Fogo, e o Fogo inibe o Metal que é derretido por ele. “ Aquilo Aquilo que molha e desce (ÁGUA) é salgado; o que queima e sobe (FOGO) é amargo; o que verga e se endireita (MADEIRA) é azedo; o que pode ser moldado e endurecido (METAL) é forte; aquilo que permitem aragem e colheita (TERRA) é doce” .
(SHANY SHU, um texto daquele período).
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Quadro dos 5 elementos
Madeira
Fogo
Terra
Metal
Água
Direções
Leste
Sul
Centro
Oeste
Norte
Estações
Primavera
Verão
Transição
Outono
Inverno
Climas
Vento
Calor
Umidade
Seca
Frio
Estágios Cíclicos
Nasciment Crescimento Amadurecime Colheita
Armazena-
o
mento
NATUREZA
nto
Cores
Verde
Vermelho
Amarelo
Branco
Sabores
Azedo
Amargo
Doce
Forte/ picante Salgado
Órgãos Yin – maciços Fígado
Coração
Baço
Pulmões
Preto/Azul
CORPO HUMANO Vesícula
Intestino
Biliar
Delgado
Órgãos dos Sentidos
Olhos
Língua
Boca
Nariz
Ouvidos
Sentidos
Visão
Fala
Paladar
Olfato
Audição
Pele
Ossos
Órgãos Yang - ocos
Tecidos do Corpo
Ligamento e Tendão
Veias
Intestino
Rins
Estômago
Músculos conjuntivo
Grosso
e
Bexiga
Manifestação
Unhas
Rosto
Lábios
Pêlos
Cabelo
Fluidos
Lágrimas
Suor
Saliva
Muco
Urina
Sons
Gritar
Rir
Cantar
Chorar Chorar
Gemer
Emoções
Raiva
Alegria
Preocupação
Dor / reflexão Medo
Em excesso
Cólera
Euforia
Obsessão
Melancolia
Destemor
Em falta
Indolente
Amarga
Dispersa
Extroversão
Timidez
Espiritual
Etéreo
Mente
Intelecto
Corpóreo
Vontade
Aspectos
Alma
Alma
Como entender o quadro acima. Os chineses relacionaram os 5 elementos de uma forma holística, levando em conta nossas emoções, nossos órgãos, nossos tecidos, nossas vísceras, nosso som; e na natureza relacionaram relacionaram com as estações do ano, o clima, a cor, os sabores e a direção.
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Diagrama dos Ciclos de Geração e Dominação dos 5 Elementos e a Distribuição de Fenômenos da Natureza e do Corpo Humano pelas 5 Fases
Sob outro ponto de vista: O Fígado e sua víscera Vesícula Biliar abrem abrem suas saídas nos olhos. O Coração e sua víscera Pericárdio abrem na língua.
O Baço-Pâncreas e sua víscera Estômago abrem na Boca. E assim por diante. Buscando-se uma nova visão dos 5 elementos, a experiência mostrou que a Vesícula
Biliar cuida dos tendões e ligamentos. Já o Coração cuida do sistema vascular. O BaçoPâncreas cuida dos músculos, da carne. O Pulmão da pele e pêlos. E os Rins dos ossos. Ampliando ainda mais nosso conhecimento, conhecimento, observamos, na tabela, que a raiva gera doenças do Fígado, a alegria afeta o Coração, o excesso de pensamentos afeta o Baço, mágoas lesam o Pulmão, e o medo atinge os Rins. 11
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Esta tabela pode parecer simples e sem muita utilidade, a princípio, mas é de extrema valia para todos os nossos diagnósticos e decisões de tratamento.
7 YIN E YANG Yin e Yang são conceitos centrais em filosofia, ciência e cultura no Japão e na China. Estabelecidos a partir da observação da natureza e da sociedade, eles acabaram por construir a base da medicina tradicional chinesa que mais tarde chegou ao Japão. A compreensão da importância do Yin e do Yang é essencial para o aprendizado do shiatsu: ela forma a base do diagnóstico e do tratamento. A teoria Yin-Yang foi elaborada pela primeira vez no antigo e famoso livro chinês de arte arcana. O Livro das Mutações (I Ching ), cujo original data do Segundo Milênio A.C. Na época de Confúcio, esta teoria já era famosa; o filósofo acrescentou seus próprios comentários no século XV A.C. No livro, o conceito de Yang era representado por uma linha contínua ou “firme” _____ que indica direção e movimento; enquanto o Yin era representado por uma linha partida ou “interrompida” ___ ___ sugerindo espaço e quietude. Estas linhas eram agrupadas em oito combinações de três, simbolizando todas as permutações básicas das forças e fenômenos naturais. Entre as combinações, três linhas Yang
princípio ativo e criativo. Três linhas Yin
representavam o céu, o arquétipo Yang do
representavam a “terra”, o princípio passivo ou
receptivo. Yang era considerado masculino e Yin, feminino; e toda a vida era interpretada como sendo dependente de sua interação harmoniosa. A luz, o calor e passagem do tempo se associavam ao sol se movendo pelo firmamento ou céu. A terra oferecia nutrientes naturais, comida dos campos, abrigo e repouso. A mudança de estações e o ciclo de dias e noite eram vistos como uma indicação natural da interação Yin e Yang . Ao contrário da idéia ocidental dos opostos, herdada da antiga filosofia grega, as qualidades contrastantes do
Yin e do Yang são consideradas complementares e
interdependentes. Eles criam e controlam um ao outro. Quando o Yin cai, o Yang se expande e vice-versa, mas não existe o absoluto. Nada pode ser completamente Yin ou completamente Yang . Cada um possui sementes do outro: Yang se transmutará em Yin; Yin, em Yang. Como tudo possuía características dos dois conceitos em graus variados, as coisas só podem ser Yin ou Yang em relação uma a outra. Em relação ao sol, a lua é Yin (fria, densa); mas mesmo o pálido luar é Yang em relação à noite e às cavernas escuras que nunca recebem luz. A saúde, então, é concebida como a harmonia na integração do homem com a natureza, traduzida pelo estabelecimento de um equilíbrio dinâmico entre os fenômenos yin e yang de todas as partes que compõem o universo. 12
Zen Shiatsu
A cultura mundial vem resgatando de forma marcante os conhecimentos de culturas tradicionais. A abordagem holística elaborada pela física quântica reflete-se em todas as áreas do universo científico, e abre para o mundo atual um novo paradigma, que amplia a visão cartesiana tão dominante ate então, que apesar de proporcionar significativos avanços tecnológicos, não atende por completo as aspirações dos indivíduos. Na área da saúde, o resgate dessas tradições se dá não apenas pelas considerações implícitas no novo paradigma científico, mas principalmente pela insatisfação das pessoas que são tratadas em partes, num sistema de especialistas em doenças e tecnologias que, apesar de diagnósticos precisos em casos específicos, sentem falta da abordagem integral na saúde, o que acaba por comprometer o seu próprio desempenho. A abordagem ideal será quando houver a união desses dois conhecimentos atuando no equilíbrio do indivíduo.
Yin Lado esquerdo Doenças crônicas Frente Centro Tronco Interior Profundo Órgãos internos Órgãos maciços Tristeza Medo Passividade Calma Inibição Sono Intuição Emoção Pressão baixa SNA parassimpático Mulher Sentimento Deficiência Curto Vazio Doce Recepção Cooperação Receptividade Feminino Deficiência Sangue Matéria Forma Profundo Yin Anatomia
Yang Lado direito Doenças agudas Costas Periferia Membros Exterior Superficial Sistema locomotor Órgãos ocos Alegria Raiva Atividade Agitação Excitação Vigília Lógica Razão Pressão alta SNA simpático homem sensação Excesso Longo Cheio Salgado Penetração Competição Criatividade Masculino Excesso Qi Energia Função Superficial Yang Fisiologia 13
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Corpo Peito Parte inferior Aspecto ventral Lado interno Descendente Interior Contração Quietude Centrípeto Armazenar Matéria Substancia Espaço Estrutura Denso Pesado Umidade Lento Negativo Água Terra Frio Lua Escuro Sombrio Preto Noite Crepúsculo Velho Outono Inverno Baixo
Espírito Cabeça Parte superior Aspecto dorsal Lado externo Ascendente Exterior Expansão Movimento Centrifugo Transpor Energia Função Tempo Funcionamento Sutil Leve Secura Rápido Positivo Fogo Céu Quente Sol Claro Luminoso Branco Dia Alvorada Novo Primavera Verão Alto
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8. Meridianos: Os canais de energia e seus pontos A energia vital, ou Ki , flui pelo corpo humano de forma regular. Circulando logo abaixo da pele pelos canais, ou caminhos, chamados de meridianos, que são a base da medicina oriental, sendo utilizados pelos terapeutas no trabalho de reequilíbrio energético. Os meridianos são representados por uma grande “linha” de energia, que sobe e desce percorrendo o corpo da cabeça aos pés, formando uma “trilha”, que pode ser aprendida e utilizada de forma sistemática. Os canais principais formam um conjunto de 12 meridianos, relacionados a determinadas funções orgânicas e certas características psicológicas e emocionais. Na sua maioria os meridianos têm o nome do órgão que ocupa lugar de destaque dentro das funções a ele ligadas. ALERTE-SE. O meridiano não é o órgão. Alguma dor ou reação ao longo do meridiano não implica em um problema no órgão que o denomina. Existem dezenas de canais de energia. Mas estudaremos apenas 14 deles, por serem os principais e oferecerem todas as condições de harmonização da saúde humana. Estudos mais profundos desses canais, na França e União Soviética demonstraram suas existências efetivas: há filamentos de células ocas e tubulares ao longo dos mesmos. Os 12 canais principais receberam os seguintes nomes e símbolos:
CANAIS
SÍMBOLOS
Pulmão
P
Intestino Grosso
IG
Estômago
E
Baço-Pâncreas
BP
Coração
C
Intestino Delgado
ID
Bexiga
B
Rins
R
Pericárdio ou Circulação-Sexo
PC / CS
Triplo Aquecedor
TA
Vesícula Biliar
VB
Fígado
F
Os nomes equivalentes aos órgãos deram-se simplesmente porque os canais passam por eles. Poderiam ter sido chamados de A, B, ou C ... É interessante mencionar que a ordem dos canais, há pouco descrita segue uma ordem cronológica de relação “pai e filho”, ou seja, o Pulmão é o pai do Intestino Grosso, que por sua vez
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é o pai do Estômago, e assim por diante. Pai é quem gera. Filho é quem é gerado. Conseqüentemente, temos a seguinte ordem de circulação de energia vital:
IG-E-BP-C-ID-B-R-PC-TA-VB-F-P-IG... Além destes canais temos, ainda, outros dois extras, completando os 14 canais:
CANAIS
SÍMBOLOS
Vaso da Concepção REN / VC Vaso Governador
DU / VG
O primeiro é um mar de energia Yin – Frontal O segundo é um mar de energia Yang - Posterior Os canais principais são bilaterais, ou seja, encontram-se nos dois lados do corpo: esquerdo e direito. Já os extras, são únicos e encontram-se nas linhas meridianas do corpo:
frontal e posterior . Todos os canais estão interligados através de canais denominados colaterais. Assim, um ponto qualquer ao ser estimulado tem reflexos em todos os outros canais, mesmo que este reflexo seja mínimo. Ao longo dos meridianos encontramos os “Pontos”, chamados “TSUBOS”, cuja tradução nos dá abertura ou buraco. São pontos que nos permitem contatar e atuar sobre a energia dos meridianos de uma forma mais intensa. Do ponto de vista científico, os Tsubos são locais que apresentam baixa resistência à eletricidade, ou seja, são bons condutores elétricos, que podem ser medidos com um aparelho eletromagnético que tenha sido desenvolvido para medição da resistência elétrica de um corpo humano. Passemos o localizador de pontos sobre a pele e veremos então que em determinados pontos do corpo o aparelho emite um som mais alto ou apaga um “led” (pequena lâmpada). Isto indica que naquele ponto a resistência elétrica é menor. É uma lei da física. É por ali que passa a Energia Vital. Estes mesmos pontos, embora não saibamos como foram descobertos, seguem alinhamentos formando canais de energia. Talvez eles tenham sido descobertos porque quando estamos em desarmonia os mesmos apresentam hipersensibilidade (dor). Desta forma, naquela época eram usados instintivamente para corrigir disfunções, ou dores humanas, bastando para isto um estímulo (toque). Em recentes pesquisas científicas, já comprovou-se a existência desses pontos. Existem mais de 2000 pontos conhecidos atualmente. Destes, 670 pertencem aos canais principais. Porém, a maioria deles desempenham funções semelhantes. Selecionaremos apenas uma parte deles para nosso atendimento e futura aplicação harmonizadora. Normalmente os principais pontos estão próximos de feixes nervosos ou neurossensores, que levam e trazem informações das mais diversas partes do corpo humano.
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Canal dos Pulmões Caminho O canal dos pulmões começa no fundo da região do plexo solar (o Aquecedor
Meridiano)
e
desce,
encontrando o Intestino Grosso, o Órgão Yang que faz par com os pulmões. Serpenteando após o estômago, divide-se e entra nos pulmões. Então ele se une novamente, passa pelo meio da traqueia, sobe até a garganta e se divide outra vez, chegando à superfície da região oca perto dos ombros (P1). Deste ponto, ele passa pelo ombro e desce pelo aspecto frontal do braço ao longo do bíceps. Ele alcança a parte externa do tendão do bíceps na dobra do cotovelo (P 5), e continua descendo pelo antebraço até o pulso, bem acima da base do polegar (P 9). O Canal atravessa a altura do músculo do polegar, terminando na quina da unha.
Funções e Sintomas Associados Os pulmões governam o Ki . Eles o recebem, transformam e distribuem pelo corpo; até a pele, para defesa, através dos Canais para nutrir e energizar todas as partes, e para baixo, para os outros órgãos, principalmente os rins, onde o Ki pós-natal extra se acumula em nossas reservas. Se os pulmões estão fracos, eles não conseguem suprir Ki suficiente para a pele; as diferenças climáticas podem, assim, invadir o corpo pelos poros. Segundo a medicina oriental, é assim que “pegamos” resfriados, gripes e febres e ficamos com torcicolo por causa das correntes de ar. Fraqueza crônica dos Pulmões geralmente produz cansaço, falta de ar e palidez. Se os pulmões não podem fazer circular o Ki , ele fica acumulado, deixando o peito congestionado, causando tosse e asma. Outros sintomas do pulmão podem necessitar de tratamento em mais de um Canal; por exemplo, tosse seca, garganta irritada e pele seca geralmente exigem trabalho no Canal dos rins, também.
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Sintomas dos Canais Dor e outros sintomas que ocorram no curso superficial de um Canal são chamados de “sintomas de Canal”. Podem se aliviados através d o trabalho no próprio Canal. No Canal dos pulmões, os sintomas incluem dores no peito e nos ombros, dor no braço ou no polegar, e pescoço duro.
O Canal do Intestino Grosso Caminho O Canal do intestino grosso começa pela extremidade da unha do dedo indicador. Ele sobe pelo dedo, passa entre os dois tendões do polegar na junta do pulso (IG 5) e continua pela margem externa do braço (o osso rádio) até o cotovelo. O ponto IG 11 se situa na parte visível da dobra do cotovelo, quando o braço não está esticado. A partir daí, o Canal continua até o ponto IG 15, na parte externa do músculo do ombro. Ele atravessa a clavícula e se encontra com o vaso regulador abaixo da sétima vértebra cervical, no ponto VR 14. Desce internamente para se ligar primeiro ao pulmão e depois ao seu próprio órgão, o intestino grosso. Do ombro, uma ramificação segue para cima, do lado do pescoço (esternocleidomastóideo) até a bochecha, passando pela gengiva inferior e em volta do lábio superior. Termina ao lado da narina oposta, onde se liga ao Canal do estômago.
Funções e Sintomas Associados O intestino grosso recebe o resto dos alimentos e da bebida do Intestino Delgado, absorvem mais fluidos e elimina os resíduos. Ele pode sofrer um desequilíbrio devido a dietas inadequadas, doença aguda, fraqueza ou preocupação, embora o melhor tratamento para isso seja indireto, através de um canal relacionado, ao invés do próprio Canal do intestino grosso. Por exemplo, muitos problemas intestinais respondem melhor ao tratamento dos Canais dos pulmões, dos rins, do baço ou do estômago. Se o problema for gerado por preocupação, ou prisão de ventre gerada por fraqueza ou falta de ar, trate os pulmões. Pessoas fracas geralmente
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são propensas a vários desconfortos abdominais, tais como intestino desarranjado, diarréia, gases e distensões. Nestes casos trate o baço, que controla a transformação de fluidos. Trate o Canal do intestino grosso, se o problema for dor no ombro ou cotovelo, ou bloqueio e dor nos órgãos sensoriais, incluindo congestão nasal, sinusite e dor de dente. Trabalhe, neste Canal do cotovelo até a mão, se houver um caso de prisão de ventre gerada por calor ou febre.
Canal do Estômago Caminho Começando ao lado do nariz, perto de IG 20, o Canal do estômago encontra o Canal da bexiga perto de B 1, na testa. A partir de E 1, bem abaixo dos olhos, ele passa pela gengiva superior e em volta da boca, ligando-se ao Vaso Regulador e ao Diretor. Em seguida, através da gengiva inferior, ele sobe pela frente do ouvido até a testa. Do maxilar, o Canal desce ao longo da garganta até a região da clavícula, onde então se ramifica, descendo para encontrar o estômago e o baço. O caminho pela superfície continua, descendo sobre o abdome e a área púbica, onde uma segunda ramificação interna do estômago se une a ele novamente. O canal desce pela coxa, passando bem ao lado da rótula. Em E 36, abaixo do joelho, ele se divide mais uma vez. A ramificação da superfície desce pela perna até o osso da canela, terminando na parte externa do segundo artelho. A ramificação mais profunda desce até o terceiro artelho. Da parte de cima do pé, uma conexão sobe para o Canal do baço.
O Estômago e o Baço na Digestão São ambos responsáveis pela digestão, sendo considerados e tratados em conjunto. O Ki dos alimentos é à base do sangue e do Ki do corpo, por isso é importante fortalecer os dois órgãos em qualquer doença crônica. O estômago sofre mais com a secura e o calor. Ele “gosta de umidade” . Se seus fluidos estiverem deficitários, a digestão será afetada. A boca fica seca e os lábios ressecam. O 19
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estômago direciona o Ki para baixo. Perturbado, o Ki flui para cima e causa náusea, vômitos ou dor de cabeça.
Canal do Baço Caminho Começando na parte interna do dedão, o canal do baço segue o aspecto interno do pé até o arco, virando-se para cima em frente à parte interna do tornozelo, em Ba 6. Sobe pela perna, bem atrás do osso, atravessa o joelho e continua pela coxa, contornando a rótula pelo lado interno. Da virilha, ele entra na parte inferior do abdome, encontra o Vaso Diretor, e retorna à superfície, antes de penetrar no baço e no estômago. O canal principal então sobe pelo diafragma, passa pelo peito e atravessa o Canal dos pulmões em P1. Ele continua subindo, agora pelo esôfago e por baixo da língua. Na região do estômago, uma ramificação do Canal transporta o Ki até o coração.
Funções As funções principais do baço são transformar e transportar. Ele transforma o alimento e transmite o Ki nutriente para os Órgãos, músculos e membros; também para o coração e os pulmões, como base para o Ki e para o sangue. O seu Yang Ki , quente, também transforma os fluidos do corpo. O baço gosta de secura e detesta umidade. Alimentos frios ou bebidas geladas em excesso podem enfraquecê-lo. Os sintomas são falta de apetite e má digestão, cansaço, musculatura fraca, membros pesados, intestino desarranjado ou diarréia e inchaço do abdome.
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O Ki do baço também “estanca o sangue”, impedindo a hemorragia, e “segura” os órgãos. Hematomas, sangramento, hemorroidas, varizes e todas as formas de prolapso são sintomas de fraqueza do baço.
Canal do Coração Caminho Este Canal começa no coração e
emerge,
através
de
vasos
sangüíneos da região, para descer pelo
diafragma
até
o
intestino
delgado, seu órgão correlacionado. Uma ramificação interna do Canal sobe pela garganta até o olho, enquanto outro Canal de conexão chega à língua. Uma terceira ramificação vai primeiro até o pulmão, saindo para a superfície pela axila. Deste ponto, o Canal desce ao longo do aspecto interno do braço, no lado oposto do bíceps para o Canal dos pulmões, passando pela extremidade interna da dobra do cotovelo. Ele continua descendo até a ponta do dedo mínimo pela extremidade interna da unha.
Funções e Sintomas Associados A força de nossa constituição depende do coração e dos rins. Por isso, desordens no coração podem resultar em fraqueza, cansaço ou letargia e, às vezes, tonturas e palpitações. A relação íntima entre o sangue e o Ki significa que os pulmões podem ser afetados também, resultando em falta de ar. O coração pertence ao elemento fogo, impulsiona o sangue e abriga a mente. O Canal abre para a língua e controla o suor. As desarmonias do coração geralmente se caracterizam por desordens da circulação, tais como peito dolorido ou congestionado e sensação de calor ou frio extremos, principalmente nas mãos. Um desequilíbrio neste órgão pode causar distúrbios mentais ou emocionais como inquietação, insônia, sonhos perturbadores, nervosismo, irritabilidade e ansiedade. Um suor 21
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anormal às vezes acompanha estes sintomas. A coloração do r osto reflete o estado da circulação, e, portanto, do coração. Uma compleição pálida, sem vida, indica f raqueza no Ki do coração ou no sangue; já uma compleição vermelha parece indicar que o calor está afetando o coração. As desarmonias do coração se fazem visíveis na língua, produzindo dificuldade na fala, como gagueira. Muitas pessoas efusivas, falantes compulsivas, podem estar manifestando um desequilíbrio no coração.
Canal do Intestino Delgado Caminho Este canal começa na outra extremidade
da
unha
do
dedo
mínimo, a partir do canal do coração, e segue abeirada da mão até o pulso, onde ele se vira ligeiramente, subindo pelo antebraço, perto da extremidade externa da ulna. Passando pelo cotovelo à altura do osso pontudo, o Canal continua subindo pela parte de trás do braço, atrás da junta do ombro. Ele faz uma curva através da omoplata para se ligar ao Vaso Regular no ponto VR 14, como todos os Canais Yang . Continua até o espaço acima da clavícula, onde sua ramificação
interna
penetra
primeiramente o coração, depois, ao longo do esôfago até o estômago, antes de se conectar ao intestino delgado. Da região da clavícula, o caminho pela superfície continua subindo por trás do músculo lateral do pescoço passando pela bochecha e chegando finalmente à orelha. Duas ramificações internas se separam na bochecha. Elas conduzem ao Canal da vesícula biliar, no canto externo do olho; e ao Canal da bexiga no ponto B 1, canto interno.
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Funções e Sintomas Associados O intestino delgado recebe do estômago alimentos e bebidas parcialmente transformados. Ele separa e absorve a parte nutritiva para o baço distribuir. Envia os dejetos sólidos para o intestino grosso, passando os “fluidos impuros” para a bexiga. As funções deste órgão podem ser resumidas em receber, separar, assimilar e transformar. O intestino delgado é ligado ao coração, ajudando-o proporcionar clareza à mente em sua capacidade de discernir e absorver boas idéias. O pensamento desordenado é um sinal de fraqueza no intestino delgado. Ele compartilha com a bexiga a função de separar e transformar os fluidos. Ambos os órgãos estão localizados na região inferior do corpo, controlada pelos rins. Devidos às conexões da bexiga, o trabalho sobre o Canal do intestino delgado ajuda a aliviar dores de cabeça, na coluna e na parte inferior das costas. Urina constante ou sem freqüência, acompanhada de ardor, pode ser tratada trabalhando-se com estes três canais. Os sintomas do canal do intestino delgado são dores e rigidez no pulso, cotovelo, omoplata e pescoço; dor de ouvido, e irritação nos olhos.
Canal da Bexiga Caminho O caminho do canal da bexiga começa no canto interno do olho, subindo pela sobrancelha (B 2), passando pela testa e pela cabeça para se encontrar com o Vaso Regulador no ponto VR 20. Entra no cérebro, emergindo novamente numa ramificação da nuca, que continua pela base do crânio (occipital), onde se divide novamente em dois canais que descem paralelamente à coluna. A ramificação interna se desvia um pouco para encontrar o ponto VR 14, antes de continuar até o osso sacro, descendo em seguida pela parte traseira da coxa até a dobra do joelho. Outra ramificação interna se liga ao rim e, depois, à bexiga, após se separar na região lombar. A ramificação externa passa do osso occipital, desce pelo ombro que segue até as nádegas, continuando o caminho pela coxa 23
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para encontrar a ramificação no joelho. O canal único desce pela região central do músculo da barriga da perna, passando finalmente por trás da parte externa do tornozelo até a extremidade do dedo mínimo.
Funções e Sintomas Associados A bexiga transforma os fluidos em urina, depois eliminada, ajudando os rins a regular a água. Mas o Canal da bexiga tem uma influência maior. Ele é um aspecto do rim Yang , que ajuda na defesa do organismo e apóia os outros órgãos através dos pontos associados. Os rins “nutrem o cérebro e o cordão da espinha dorsal”. O Canal da bexiga se liga com o cérebro e ajuda a integrar a inteligência às funções do sistema nervoso. Desequilíbrio na bexiga pode causar ciúme, desconfiança, obsessões, inquietação e nervos à flor da pele.
Canal dos Rins Caminho Este Canal começa embaixo do artelho mínimo, próximo ao fim do Canal da bexiga, e atravessa o ponto R 1, seguindo até a parte interna do pé. Ele faz uma reviravolta atrás do osso do tornozelo, vai parar no calcanhar, sobe depois pelo aspecto interno da perna, intersecta o Canal do baço em Ba 6, antes de subir pela barriga da perna e pela parte interna da coxa. Aqui o caminho se torna mais profundo, indo até a base da coluna, onde se junta ao Vaso Regulador. Subindo internamente pela região lombar, ele entra no rim, desce até a bexiga e passa para a superfície na área púbica. Em seguida, ele se liga ao Vaso Diretor na parte inferior do abdome e percorre o corpo em direção à clavícula. Uma ramificação interna sai do rim para penetrar o fígado e o pulmão, subindo depois para a garganta e a língua. Do pulmão, outra ramificação flui até o coração e o peito, juntando-se ao canal do pericárdio.
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Funções e Sintomas Associados Os rins são à base de nossa força estrutural, além de controlarem a energia e as substâncias no corpo. O Rim Yin armazena a Essência, a base do crescimento físico, do desenvolvimento e da maturidade. Ele forma o “tutano” para o cérebro e o cordão espinal, além do tutano para os ossos. O Rim Yang é o “poder de transformação” do corpo e apóia as fun ções de todos os outros órgãos. Os sintomas dos rins se caracterizam por fraqueza e depleção; e incluem problemas urinários e sexuais, dores nas costas, perda de audição, zumbido no ouvido e perda de cabelos.
Canal do Pericárdio Caminho Este Canal começa no meio do peito, no pericárdio,
ele
se
ramifica,
descendo
internamente pelo diafragma, chegando aos “aquecedores” alto, médio e baixo. Do ponto de partida, o Canal principal se ramifica, atravessando o peito para emergir bem do lado de fora do umbigo. Em seguida, passa para a superfície, subindo até a frente da axila e descendo pelo braço, através do bíceps. Na dobra do cotovelo, o Canal passa para o lado interno do tendão do bíceps (o Canal dos pulmões se encontra do outro lado), e desce pelo meio da parte frontal do antebraço, entre os Canais do coração e dos pulmões, até o pulso. Ele atravessa o meio da palma no Pc 8, onde se divide. O canal principal continua até a extremidade externa da unha do dedo médio, e uma ramificação contactante segue até o 4º dedo para se juntar ao Canal do Triplo Aquecedor no ponto TA 1.
Funções e Sintomas Associados O pericárdio é descrito como sendo o “embaixador” do coração, proporcionando alegria e felicidade, ajudando-nos a expressar os sentimentos e protegendo o coração da dor emocional, quando um relacionamento se torna estressante. Para conseguir isso, o Canal do pericárdio
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acalma a mente e equilibra as emoções, principalmente quando existem problemas de relacionamento e separações (dor no coração e coração partido). Como o coração pertence ao elemento Fogo, ele é vulnerável ao calor extra. A função do pericárdio como “Protetor do Coração” estende -se à absorção do calor para proteger o órgão de ataques de febre. A maioria dos pontos neste canal reduz os sintomas de calor associado a desordens cardíacas ou sangüíneas, sendo que os últimos três usados especificamente para febre alta, seguida de muita sede, delírio, alucinação e inquietação, ou insolação. O Canal do pericárdio tem grande influência no tórax. Alivia rigidez, peito congestionado, dor causada por estresse emocional, indigestão (azia) ou excesso de fleuma.
Canal do Triplo Aquecedor Caminho Começando no 4º dedo, pelo canto externo da unha, o Canal do Triplo Aquecedor passa entre as juntas do 4º e do 5º dedo, seguindo até o pulso. Do pulso, ele sobe entre os dois ossos do antebraço (rádio e ulna), passa pela ponta do cotovelo e pela parte traseira do braço até o ombro. Para trás do ombro, o Canal se junta aos Canais do intestino delgado e do vaso regulador. Aí, então, ele sobe pelo ombro até a região da clavícula, desce internamente ao pericárdio, no Alto Aquecedor, e ao abdome, na região do alto e do baixo aquecedor. Reemergindo na clavícula, o Canal sobe pelo lado do pescoço e dá a volta pela parte de trás da orelha. Uma ramificação do Canal sobe internamente para encontrar o Canal da vesícula biliar, na testa, descendo em seguida para se juntar ao Canal do intestino delgado no rosto. A ramificação da superfície continua pela parte frontal da orelha a atravessa a extremidade ao canal da vesícula biliar, o próximo no ciclo do fluxo de energia.
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Funções e Sintomas Associados Os sintomas dos Canais Yang geralmente estão relacionados aos caminhos nas superfícies e ligados à função de defesa do organismo contra doença aguda e influências do ambiente. O triplo aquecedor não é exceção. Os sintomas deste canal incluem irritação nos olhos, problemas auditivos sérios ou dor na parte de trás de orelha, garganta dolorida ou inflamada, e dores no braço ou no ombro. Outros sintomas são calafrios e febre, aguda ou crônica, às vezes seguida de suor espontâneo. O Triplo Aquecedor transforma e regula os fluidos do corpo. Além disso, ele dá assistência aos rins; por isso, o tratamento pode impulsionar o Ki no interior do corpo, principalmente na região inferior. Pode ajudar também em casos de inchaço ou desconforto abdominal, às vezes com dificuldade urinária ou prisão de ventre. Este Canal é útil em caso de fraqueza combinada com a incapacidade de estabilizar a temperatura do corpo e suscetibilidade a infecções e febre. Porém, ele geralmente funciona melhor no tratamento de desequilíbrio dos Três Aquecedores, trabalhando os Canais dos órgãos relevantes em cada região.
Canal da Vesícula Caminho Este Canal começa pelo canto externo do olho, faz uma volta e sobe até a testa, descendo em seguida por trás da orelha até o fim do crânio. Ele volta então, à testa, bem acima do centro do olho, faz uma volta e sobe até a testa, descendo em seguida por trás da orelha até o fim do crânio. Ele volta então, à testa, bem acima do centro do olho e contorna a cabeça até a base do crânio, no ponto VB 20. Vai descendo pelo pescoço, atrás do ombro, para juntar-se ao Vaso Governante no ponto DU 14 e, então, cruzar o ombro. O canal desce ao longo da margem da caixa torácica até a cintura e a região pélvica, antes de descer mais fundo para encontrar o Canal da bexiga, no sacro. No ponto VB 30, ele emerge novamente e continua descendo pela parte externa da perna, em frente ao tornozelo, terminando na parte externa do 4º artelho.
Algumas
ramificações
internas
se
conectam com os Canais do estômago (no maxilar)
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e do intestino delgado, e se juntam ao fígado na vesícula biliar.
Funções e Sintomas Associados A vesícula biliar armazena e secreta a bile, que ajuda a digestão, principalmente a digestão de gorduras. As pessoas cuja função da vesícula é fraca têm dificuldade para digerir alimentos gordurosos. Tal fato coincide com a visão médica ocidental. A estagnação do Ki ou de calor na vesícula pode causar dor sob as costelas, náusea e vômitos, gosto amargo na boca e uma coloração amarela nos olhos. A vesícula biliar influencia as laterais do corpo; um bloqueio ou desequilíbrio em seu Canal manifesta-se como dor nas têmporas, dor nos olhos e ouvidos, dor ou inflexibilidade no maxilar, nos ombros, costelas, quadris e juntas dos joelhos e tornozelos.
Canal do Fígado Caminho Começando na extremidade interna da unha do dedão do pé. O Canal do fígado passa em frente à parte interna do tornozelo, subindo pelo aspecto interno da perna através do ponto Ba 6, bem atrás da borda do osso. Ele continua subindo pelo joelho, ao longo da parte interna da coxa, até a virilha e a região pública, onde circula os órgãos genitais externos. O Canal se conecta com o Vaso Diretor na parte inferior do abdome e sobe em volta do estômago para penetrar no fígado e na vesícula. Conectando dois pontos na superfície, ele mergulha na caixa torácica, sobe pela garganta e abre para os olhos, terminando no alto da cabeça, onde se conecta com o vaso regulador. Uma ramificação dele circunda a boca. De dentro do fígado, outra ramificação interna segue para os pulmões, recomeçando o ciclo do Ki .
Funções do Fígado As duas principais funções do fígado são armazenar o sangue e ajudar todas as funções do corpo, espelhando o Ki . O fígado também controla 28
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os tendões e ligamentos, liberando o sangue para a nutrição dos mesmos, para que as juntas e os músculos funcionem bem. Esse sangue irá nutrir os olhos, que é onde o fígado desemboca. Durante o repouso, o sangue retorna ao fígado. Um bloqueio do Ki causa problemas relacionados a este órgão – dores, rigidez e irregularidade – em muitas partes do corpo. A larga influência do Ki do fígado pode ser observada, ao se estudar o curso de seu Canal.
Figuras dos Meridianos para Colorir
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Quadro de resumo dos canais: FRENTE
COSTAS
YIN
YANG
SENTIDO: SUBINDO
SENTIDO: DESCENDO BRAÇOS
Pulmão (P)
Intestino Grosso (IG)
Coração (C)
Intestino Delgado (ID)
Pericárdio (PC) ou Circulação – sexo (CS)
Triplo aquecedor (TA)
PERNAS Baço – pâncreas (BP)
Estômago (E)
Rins (R)
Bexiga (B)
Fígado (F)
Vesícula Biliar (VB)
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9 CONCEITO E ORIGEM DO SHIATSU Shiatsu é uma palavra japonesa. “Shi ” significa dedo e “atsu” pressão – literalmente “Pressão com o dedo”. O ministério Japonês de Saúde nos dá a seguinte definição: “A terapia conhecida por Shiatsu é uma forma de manipulação administrada pelos polegares, dedos e palmas, sem o uso de qualquer instrumento mecânico ou de outro tipo, para aplicar pressão à pele humana, corrigir disfunções internas, promover e manter a saúde, e tratar doenças específicas". É uma terapia de reequilíbrio físico e energético, sendo que seu grande potencial é tornar o paciente consciente do seu próprio corpo. O Shiatsu foi desenvolvido na primeira metade do século XX pelo clínico geral japonês, Tamai Tempaku, que incorporou os então recentes conhecimentos de anatomia e filosofia aos vários métodos de tratamento. Originariamente, ele usou o nome “Shiatsu Ryoho”; ou seja, “forma de cura pela pressão dos dedos”; depois mudou para “ Shiatsu Ho”, “método da pressão dos dedos”. Conhecido atualmente apenas como “ Shiatsu”, o método foi reconhecido oficialmente como terapia pelo Governo Japonês em 1964.
9.1 Conceito e origem do Zen Shiatsu O Zen Shiatsu criado por Shizuto Masunaga teve influência da sua própria experiência em Shiatsu com os estudos que fez da psicologia ocidental e da medicina chinesa. Ele também aperfeiçoou os métodos de diagnóstico. O sistema por ele desenvolvido apresenta exercícios especiais, conhecidos como “Makko Ho”, que estimulam o fluxo do Ki ; ele desenvolveu, ainda, uma série de princípios orientadores que tornam as técnicas mais eficazes. Este sistema Masunaga denominou de “Zen Shiatsu”, emprestando o nome da abordagem direta à espiritualidade dos monges Zen budistas do Japão. “No Zen é importante que você tenha um bom mestre de quem aprender; no shiatsu seu paciente é seu mestre”. Shisuto Masunaga
9.2 Zen Shiatsu Hoje Existem várias maneiras, vários métodos de se fazer shiatsu. O zen shiatsu não é apenas mais um deles. Distingue-se por ter uma base teórica própria, desenvolvida especialmente para a sua prática. É uma técnica contemporânea, baseada numa ciência milenar. Sua “atitude” com relação ao paciente é atual, em linha com as terapias e trabalhos corporais modernos, que respeitam a inteligência de cada corpo e os sinais por ele enviados. O zen shiatsu não é uma técnica ortodoxa. Suas raízes estão no passado, sua cabeça no futuro. Wataru Ohashi declarou que seus conceitos estão cinco anos à frente de nosso tempo. 31
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Ohashi é um dos maiores nomes do shiatsu no mundo ocidental. É o fundador do SECA – “Shiatsu Education Center of America” , estabelecido em Nova York em 1974. Foi Ohashi quem traduziu do japonês para o inglês o livro Zen Shiatsu, de Shizuto Masunaga. Masunaga foi o idealizador do zen shiatsu, considerado a principal autoridade em shiatsu quando vivo genial e inspirador após sua morte. No Brasil, o zen shiatsu é praticamente desconhecido. Mesmo o shiatsu ainda não ocupou seu espaço próprio. O conhecimento da medicina oriental não faz da pessoa um terapeuta de shiatsu. É preciso muita prática, uma vivência específica da técnica, numa constante relação de aprendizado e crescimento. Muitos pontos utilizados no shiatsu são sensíveis ao toque. Nas mãos de certas pessoas, uma aplicação, mais parece uma sessão de tortura. Para o z en shiatsu isso não é só desnecessário – é prejudicial. O zen shiatsu nunca agride o corpo. É um método que trabalha o corpo de forma profunda, porém suave, provando ser a dor completamente dispensável para que a técnica do shiatsu surta efeito máximo. Masunaga nos diz: “Nesse ponto há muitas noções erradas com relação ao shiatsu, que gostaria de esclarecer. Primeiro, não é verdade que o shiatsu para ser eficaz requeira pressões fortes aplicadas com os polegares e dedos. Tampouco é verdade que doenças possam ser curadas pela mera pressão em certos pontos do corpo ... Se você já teve alguma vez uma criança caminhando nas suas costas, saberá o significado de pressão natural. As crianças são inocentes e não exercem uma quantidade de pressão desnecessária. Daí, quando você usar sua palma, cotovelo, ou joelho, esteja certo de utilizar uma quantidade natural de pressão.” O que o sistema de Masunaga tem a ver com o zen? É uma questão de perspectiva. O propósito fundamental do zen-budismo é alcançar o estado de iluminação através do autoconhecimento. O zen usa a meditação, mas não é a meditação. No zen as respostas não podem ser racionalizadas, mas apreendidas através da meditação. Zen significa “abertura da mente para a presença do sinal celeste”, ou “a meditação que leva ao vislumbre”. Da mesma forma, o shiatsu usa a pressão dos dedos, mas seu significado transcende essas pressões. Nas palavras do próprio Masunaga: “Tanto no zen como no shiatsu lidamos com fatores que não podem ser explicados racionalmente, mas que necessitam serem sentidos pelo corpo vivo.” O princípio por ele enfatizado, é que no shiatsu, como no zen, é importante estabelecer um “eco” de vida. Sentir a “resposta” dada pelo corpo do paciente quando pressionamos determinada área ou ponto. “Se você coloca sua mão num ponto ( tsubo) e segue a linha dos meridianos com seus dedos, você poderá sentir o “eco” da vida ... Alguns terapeutas japoneses trabalham sem observar essa importante sensação. Isso reduz o shiatsu a uma técnica mecânica, em vez de ativar a força vital de cura existente em nossos corpos ... No zen é importante que você tenha um bom mestre de quem aprender. No shiatsu, seu paciente é seu mestre.”
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Com a prática correta do shiatsu intensifica-se o fluir de energia no praticante, no paciente, e entre ambos. Com isso cria-se um nível alterado de consciência. As possibilidades do shiatsu no nível espiritual e emocional são muitas. O z en shiatsu trabalha com essas possibilidades.
9.3 Princípios do Zen Shiatsu O Meridiano como um todo No shiatsu, utilizamos frequentemente os polegares para exercer uma pressão concentrada sobre os pontos ao logo dos meridianos. Já no z en shiatsu, utilizamos muito mais as palmas das mãos do que os polegares. As pressões são largas, abertas, mais suaves e menos dolorosas. Trabalhamos os meridianos como um todo, e não como uma seqüência de pontos a serem pressionados.
Alongamento e Pressão Simultâneos Esse é o princípio que nos permite realizar um trabalho profundo utilizando pouca força. A pressão excessiva só produz mais tensão e rigidez nos músculos contraídos. Alongando-se a musculatura referente à área do meridiano que estamos trabalhando, reduzimos a tensão e a contratilidade muscular. Na posição de máximo alongamento o músculo apresenta a menor capacidade de contrair-se. Oferece pouca resistência à pressão aplicada, que penetra profundamente o organismo do paciente, sem nenhum esforço por parte do praticante.
com A mão “mãe”, ou o Shiatsu
as duas mãos
De acordo com a visão oriental, toda existência é governada por forças opostas – Yin (energia feminina) e Yang (energia masculina). O equilíbrio e saúde do corpo dependem da harmonia entre essas duas forças. No shiatsu, yin e yang são respectivamente kyo (condição de carência de energia) e jitsu (condição de excesso de energia). Kyo é neutralizado pelo que denominamos tonificação, e jitsu pela sedação. No zen shiatsu mantemos dois (ou mais) pontos de contato com o paciente quase que todo o tempo. Um desses pontos de contato serve como base, dando apoio e suporte para a ação executada pela outra mão. Essa mão base é a mão “mãe”. Ela tem função tonificante. Coloca-se de forma estacionária, tocando o corpo suave e profundamente. O suporte dado por ela mantém o corpo do paciente relaxado e receptivo, enquanto a outra mão age sobre meridianos e pontos, dissolvendo bloqueios e nós (estagnações de energia). Essa mão “ativa” ou “livre” tem a função de sedação. Dessa forma, criamos um círculo de energia envolvendo terapeuta e paciente. Além de tonificar e manter o paciente relaxado, a mão “mãe” tem outra função importante. Nela 33
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sentimos com maior clareza qualquer reação do corpo do paciente às pressões executadas pela mão “ativa”.
9.4 Fundamentos para a Prática do Zen Shiatsu Postura do Praticante Como aplicar as pressões O zen shiatsu que segue o princípio taoista do wei-wu-wei , o “fazer -sem-fazer” – fazer sem esforço, suave e naturalmente, sem nenhum envolvimento físico ou psicológico desnecessário (como querer “curar” ou “fazer bem”). O praticante simplesmente faz o que sabe, sem alardes e sem pretensões – os resultados vêm por si mesmos. Dessa forma, não se tensiona nem se cansa, conservando-se alerta, receptivo e sensível à energia do paciente. O praticante mantém seu corpo relaxado, a coluna naturalmente ereta, os movimentos partindo sempre dos quadris. As pressões são feitas utilizando-se o peso do corpo, nunca baseadas na força muscular. O praticante coloca-se de forma a descansar o peso de seu corpo sobre os pontos e áreas tratadas – descansa seu peso em um ponto ... depois no próximo ... e no próximo, numa espécie de relaxado “caminhar”, que continua até a aplicação terminar. Os cotovelos devem ser mantidos retos (mas não “duros”), de maneira que o peso do corpo incida diretamente sobre a área tratada. Seguindo esses princípios, o praticante se preserva fisicamente (e não acaba a aplicação precisando ele de um shiatsu!) e estabelece com o paciente o tipo de contato almejado: firme, relaxado, profundo. Pressões baseadas em tensão muscular (dos dedos, mãos, braços ou costas) transmitem tensão. São incômodas, passando ao paciente a sensação de um toque tenso, “pesado” e superficial – às vezes até mesmo trêmulo. O corpo do praticamente deve mover-se para frente (no momento de exercer a pressão) e para trás (para aliviá-la, ou trocar de ponto). Utiliza assim todo seu corpo, trazendo de seu hara a energia de seu toque. São palavras de Rikyu, o mestre zen fundador da Cerimônia do Chá:
- “Não mexa seu chá com os dedos,
mas com o cotovelo”.
Com isso não quis dizer que seus discípulos deveriam colocar o cotovelo dentro da xícara de chá e assim mexê-lo, mas que o movimento de mexer deveria partir do cotovelo, e não da mão. Da mesma forma, as pressões no shiatsu devem partir não dos dedos e mãos, mas do cotovelo e do hara, num movimento total do corpo.
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Utilizando o peso do corpo para exercer as pressões
Técnica das mãos
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9.5 A Pressão no Zen Shiatsu O shiatsu funciona através de pressões executadas pelo praticante no corpo de paciente. O tipo básico de pressão no zen shiatsu apresenta três características: é perpendicular à área tratada, estacionária, e executada contra uma base que ofereça firma apoio ao corpo do paciente.
Pressão Perpendicular (e vertical) A melhor pressão incide perpendicularmente sobre o ponto ou área tratada, e, se possível, é exercida diretamente de cima para baixo sobre o paciente. É fundamental que o praticante coloque-se em relação a cada área tratada de forma a tirar o máximo de proveito do peso do seu corpo. Por isso a melhor superfície para a aplicação do z en shiatsu é o chão, ou uma mesa bem baixa, de modo que o praticante possa inclinar-se sobre o paciente.
Pressão Estacionária (tempo) A pressão contínua, firme, sem movimento é fundamental no zen shiatsu. É uma pressão calma, cuja intensidade aumenta e diminui de forma gradual. Por não ser súbita e agressiva, mantém o paciente relaxado, exercendo profunda ação sobre seu organismo. Cada pressão é mantida, em média, de 3 a 5 segundos, embora ao tratar áreas sensíveis, nela nos detenhamos por vários segundos a mais.
Pressão Apoiada Toda pressão vinda de uma determinada direção necessita de algum apoio vindo da direção oposta. Dessa forma, o paciente não necessita resistir às pressões, num esforço para não desequilibrar-se. Esse esforço mantém o corpo do paciente tenso – e, portanto, “impenetrável” ao toque do terapeuta. Com o paciente deitado, a superfície sobre a qual ele se encontra fornece esse apoio – ao mesmo tempo em que exerce, de baixo para cima, uma pressão proporcional àquela executada de cima para baixo pelo praticante. Essa superfície deve ser plana e firme – embora acolchoada, para não ser incômoda. Já quando trabalhamos com o paciente sentado, nossa tarefa de torna mais difícil – temos que pressionar e fornecer apoio ao mesmo tempo. O apoio ao paciente não deve ser nunca desprezado, já que é essencial para que ele possa “se entregar”. No zen shiatsu, a mão “mãe” estabiliza o corpo do paciente, fornecendo -lhe apoio extra.
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Profundidade das Pressões No zen shiatsu procuramos tocar profundamente o paciente, e para isso usamos a suavidade – a pressão deve ser firme e profunda, mas ao mesmo tempo gentil. Assim o paciente permanece relaxado e receptivo, permitindo que a energia do toque penetre profundamente seu corpo. Em áreas tensas, doloridas, começamos com uma pressão mais superficial, que aprofundamos à medida que o paciente relaxa e a dor cede – sem forçarmos seus limites de conforto. A pressão muito forte ou violenta faz com que o corpo se contraia se “feche”, criando uma espécie de “escudo protetor”. Quanto mais força usamos, mais o corpo se tenciona. Nenhuma quantidade de pressão “penetra” um corpo tenso. Lembre -se sempre: quanto mais
resistência o paciente oferecer, menor força devemos fazer .
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10 RELAÇÃO PRATICANTE – PACIENTE O zen-shiatsu é uma linguagem, um diálogo entre duas energias vitais. O praticante, naturalmente, é um elemento básico nesse diálogo. Tão importante quanto “o que” ele faz, é “como” ele faz. Sua postura (física e psíquica), sua maneira de tocar, seu sentimento em relação ao paciente influem de forma decisiva na qualidade do trabalho. Em seu livro Do-It-Yourself Shiatsu, Ohashi diz: “O praticante de shiatsu deve a maior parte de sua habilidade à experiência. Também é verdade que o shiatsu não é uma mera técnica de manipulação – a atitude do paciente tem um importante papel na qualidade do tratamento. Se você não tem empatia com seu paciente, seu shiatsu não tem valor ... Daí, prefira trabalhar somente com pessoas de que goste e, julgando pela minha experiência, esses sentimentos positivos produzem o melhor shiatsu”. Essa é uma perspectiva que denota elevada consciência do zen-shiatsu como profissão. Não é uma técnica mecânica – sem um sentimento sincero entre praticante e paciente é impossível estabelecer contato energético profundo. É verdade que, algumas vezes, aprendemos a gostar de uma pessoa ao longo de uma série de aplicações, mas algum potencial deve existir nesse sentido, e o shiatsu-terapeuta necessita utilizar a percepção e intuição na avaliação desse potencial.
10.1 Ambiente de Trabalho Sala arejada sem objetos desnecessários e de preferência sem muitos móveis, ensolarada, com janelas para que possa circular energia renovada. Cores claras e harmoniosas, ambiente limpo, música suave, luz regulável. Lençóis de algodão trocados a cada sessão. Roupas confortáveis para o terapeuta e o paciente. Sempre lavar as mãos após a sessão com sal grosso ou bicarbonato de sódio para limpar o campo energético.
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11 SEQÜÊNCIA DE ZEN SHIATSU 11.1 Posterior (Decúbito Ventral) 1º Posição Inicial Centramento
Foto 1
Antes de iniciar a sessão o terapeuta deve aquietar sua mente, fazendo pelo menos três respirações profundas e ficando um minuto em silêncio. (foto 1) O ideal é aprender a meditar e sentir-se como um canal de energia pelo qual irá circular o ki curativo do universo.
Foto 2
2º “Imput” - Após a sintonia com você mesmo, sintonizar-se com o paciente, posicionamento as duas mãos ativa e passiva sobre as costas do paciente, procurando sentir o seu ritmo respiratório. (foto 2)
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O paciente deve estar posicionado como na foto, e a sua cabeça poderá durante a sessão mudar várias vezes de lado. Sugiro iniciar ficando ao lado direito da paciente, massageando primeiro seu lado esquerdo e depois seu lado direito.
Sequencia das Costas 3º Soltar paravertebrais ao lado da coluna (agarra e sacode) fazendo balanço inicial. 4º Pressão palmar ao longo do Meridiano da Bexiga, iniciando do lado oposto das costas em relação a sua posição (mão passiva parada ombro e mão ativa descendo). Seguindo como mostra as fotos até a altura da cintura. (Fotos 3 a 8)
Iniciando o Lado Esquerdo
Foto 3
Foto 4
Repetir esse movimento pelo menos 3 vezes cada lado.
Foto 5
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Iniciando o lado direito
Foto 6
Foto 7
Foto 8
5º Pressão palmar perpendicular sobre a coluna vertebral, com as mãos sobrepostas até o “meio da coluna torácica" e troca a mão na lombar (mão horizontal embaixo) . Na expiração. (foto 9)
Foto 9
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6º Alongamento da coluna lombar, apoiar uma mão sobre o sacro e a outra torácica alta. (foto 10)
Foto 10
7º Pressão alternada (“movimento de gatinho”) na região lombo-ilíaco, soltando. Auxilia no alívio de dores na parte inferior das costas, cólicas menstruais e problemas relacionados à bexiga e órgãos sexuais. (foto 11)
Foto 11
8º Pressão dos pontos do Meridiano Du Mai subindo (espaços intervertebrais).
9º Pressão com os dois dedos nos pontos do Meridiano da Bexiga simultaneamente, descendo (1° canal Bexiga).
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10º Fazendo movimentos circulares ao redor da escápula e ao longo do meridiano
da
Bexiga
(músculos
paravertebrais). Esse movimento poderá ser com a ponta dos dedos, com a mão fechada apoiando e o polegar fazendo o movimento ou com a palma da mão. Lembrando sempre que o movimento circular deve partir da articulação do ombro, para evitar forçar os dedos. (foto 12) Foto 12
11º Ir para a cabeceira da pessoa (atrás da cabeça). 12º Fazer pressão alternada (“gatinho”) na região dos ombros, alongando os ombros. 13º Fazer movimentos circulares simultâneo com a palma da mão. Sequencia dos Braços 14º Braço estendido na lateral com a palma da mão virado para baixo. Pressão ao longo do braço, meridianos Yang Intestino Grosso (IG), Triplo Aquecedor (TA), Intestino Delgado (ID). O sentido da pressão é subindo do punho em direção à escápula. Fazer 3 vezes o movimento. Lembrando que não se pressiona em cima da articulação do cotovelo, e sim fazemos um movimento de rotação com a mão ativa. (foto 13 a 15)
Foto 13
Foto 14
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Foto 15
Costas 15º Pressão simultânea do Meridiano da Bexiga com os dois carpos (mão). Descendo 3 vezes.
Seqüência das Nádegas 16º Pressionar em três posições: 1º Mais próxima ao sacro (foto 16) 2º Meio da nádega (foto 17) 3º Mais lateral na nádega (foto 18)
Foto 16
Foto 17
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Foto 18
17º Pressão pontos do Meridiano da Bexiga sobre o sacro; Sequencia das Pernas 18º Pressão descendente sobre o Meridiano da Bexiga (meio da coxa). Lembrando
a posição da mão ativa com os dedos para fora, de modo a não constranger o paciente. Seguindo a sequencia das fotos, no sentido do canal fotos 19 a 22. * Não pressionar na região posterior da articulação do joelho. Apenas fazer movimento circular sobre a região.
Foto 19
Foto 20
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Foto 21
Foto 22
19º Pressão ascendente sobre os Meridianos Yin perna (F, Ba, R), pressão oblíqua usando o carpo para pressionar. Perna distal do corpo. Realizar 3 vezes
20º Fazer movimento de rotação da articulação do joelho e articulação do tornozelo, visando o relaxamento de ambas as articulações. Você deverá sentir que o pacient e “solta” a perna em suas mãos. Rotação da articulação do joelho com a mão passiva na coxa. (foto 23) Rotação da articulação do tornozelo (foto 24)
Foto 23
Foto 24
21º Percussão no calcâneo. 22º Alongamento da perna. Mão passiva apoiando a coluna lombar, mão ativa sobre o peito do pé, alongando a perna no limite do paciente. Pessoas alongadas pode levantar um pouco o joelho. (foto 25) Foto 25 46
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23º Apoiando o antebraço sobre a sola do pé e pressionando a região do tendão de Aquiles (B 60 – R3) massageando. Repetir o alongamento 3 vezes. (foto 26)
Foto 26
Sequencia Lateral da Perna 24º Posicionar a perna na lateral (“sapinho”) Pressão ao longo do Meridiano Yang da Vesícula Biliar, no sentido do Canal (descendo), até o tornozelo, sem pressionar o joelho. (foto 27 a 29)
Foto 27
Foto 28
Foto 29
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Seqüência dos Pés 25º Pressão alternada (“gatinho”) sobre a sola dos pés . 26º Pressionar três linhas, uma lateral, outra média e outra mais interna. Sempre lembrando do “balancinho”. (foto 30)
Foto 30
27º Alongar a perna, levando o seu corpo com um movimento para trás, envolvendo o calcanhar e o peito do pé. (foto 31)
Foto 31
28º Posicionando o arco do seu pé sobre o arco do pé do paciente e delicadamente transferindo o peso do seu corpo. (foto 32)
Foto 3
Foto 32
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11.2 Anterior (Decúbito Dorsal) Barriga 29º Posição Inicial, centramento no Hara, mão passiva e mão ativa sobre o abdome do paciente. Respirar com o paciente pelo menos 1 minuto. (foto 33)
Foto 33
30º Leve balanço no abdômen 31º Movimento de ondas leves e profundas O Hara como é chamado no Japão, denomina a área abdominal, é o centro de nossa energia “Ki ”. Nele se encontram os órgãos digestivos. É a raiz do corpo, onde a energia dos alimentos é transformada em energia vital. Reflete o estado geral de saúde do indivíduo, e também desequilíbrios específicos. Se a hara é saudável (macio e flexível, sem áreas doloridas), mesmo que a pessoa esteja doente, seu organismo é forte, e sua recuperação deve ser rápida. Se a hara é fraco (apresenta áreas muitos sensíveis, duras, ou flácidas), mesmo que a pessoa aparentemente esteja bem, não pode ser considerada saudável. O hara reflete o potencial de “saúde”. No zen shiatsu, o hara é a principal área de diagnóstico. Pelo hara podemos verificar as condições de cada um dos meridianos principais e de todas as funções orgânicas do corpo. O diagnóstico do hara representa para o zen shiatsu o que o diagnóstico do pulso representa para a acupuntura. No Japão existem especialistas em aplicar Shiatsu no hara, sendo esta terapia conhecida por “ Ampuku”.
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Quando centramos nossa consciência no hara, nos sentimos equilibrados também psicológica e emocionalmente. O zen-budismo e outras escolas espirituais recomendam que o discípulo mantenha-se atento ao hara para alcançar o estado de “não mente” (mu). As emoções refletem-se imediatamente no hara – observe como a área abdominal fica tensa quando nos sentimos ansiosos, com raiva, ou sob a influência de qualquer outra emoção forte. Se massagearmos o hara e ele relaxa, a emoção se dissipa.
Mapa do Diagnóstico Hara
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32º Sequencia de zen shiatsu no hara Senta paralela a pessoa. Inicie com a mão esquerda (passiva) no baixo ventre, e a mão direita (ativa) com os dedos estendidos, porém, relaxados, aplicando uma pressão perpendicular do peso do seu braço relaxado. Não é necessário maior apoio. Não apoie nem pressione. Encoraje o paciente a relaxar, preste atenção na respiração dele e “ouça com os dedos”. Posição inicial como na foto 34 Mão inclinada a 45°. Fazer esta sequencia bem lenta, pressionando até 5 segundos cada região.
Foto 34
Depois inverte a posição das mãos: mão passiva no alto ventre e mão ativa baixo ventre;
Ponto principal desta região (REN 4) Localização: Na linha média do abdômen, quatro dedos abaixo do umbigo. Ação: Estimula a energia vital. Quando pressionamos este Tsubo chegamos a sentir a energia “crescendo”, um calor que se irradia dentro de nós. Ativa e equilibra a função sexual.
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Braço Anterior 33º Braço estendido na lateral com a palma da mão virado para cima. 34º Movimentos circulares no peitoral. 35º Movimentos circulares no Meridiano Ren Mai com a região tênar maior da mão. 36º Iniciar com a mão passiva na altura do ombro e a mão ativa caminhando sobre o braço nos meridianos: Pericárdio, Coração, Pulmão.
37º Pressão ao longo do braço, no sentido do canal do ombro para o punho, como na sequencia dos fotos, lembrando sempre de girar ao redor do cotovelo. (fotos 35 e 36)
Foto 35
Foto 36
38º Rotação do cotovelo com movimentos leves e lentos para que o paciente relaxe esta articulação. Segurar a mão do paciente e a outra mão perto do cotovelo. (foto 37)
Foto 37
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39º Rotação punho com os movimentos leves e lentos. 40º Movimento de soltar punho frente e trás 3 vezes. Sequencia da mão 41º Abrir a palma da mão e pressionar 3 linhas: mais externa, mais medial, mais interna. Lembrando-se do balancinho com o corpo. Pode também fazer pressão com os dedos na forma de balanço alternado. (fotos 38 e 39)
Foto 38
Foto 39
42º “Desparafusar” os dedos, massageando dedo a dedo nas articulações distal, medial, e proximal. (foto 40)
Foto 40
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Pernas Anterior 43º Pressão descendente no Meridiano do Estômago. Iniciando com mão passiva no hara e mão ativa no meridiano, fazer uma leve rotação interna da coxa. Girando ao redor do joelho e continuando a pressão ao longo da perna até o tornozelo (foto 41 e 42)
Foto 41
Foto 42
Mudando a mão passiva de lugar, podendo colocá-la na coxa, caso seu paciente seja mais alto que você, conforme foto 43.
Foto 43
44º Rotação quadril. Terapeuta apoia a sua mão em cima do joelho do paciente e seu antebraço em cima do joelho, de modo que o joelho do paciente e o seu fiquem lado a lado. A outra mão apoia o calcanhar, irá dessa forma girar no sentido para fora (abrindo) a articulação coxofemoral, até a abertura da coxa no limite do paciente. (foto 44)
Foto 44
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45º Alongar a perna (sentido abdômen, no limite do paciente). 46º Abrir a perna na lateral (poderá usar uma almofada para apoiar a articulação do joelho do paciente).
47º Pressão ascendente sobre os Meridianos Yin da perna (Fígado, Baço e Rim). Pressionando o Meridiano do Baço mais externo e no Meridiano do Fígado mais interno. (fotos 45 a 47)
Foto 45
Foto 46
Foto 47
48º Cruzar a perna ao contrário (em cima da outra perna) fazer um balançinho e alongar o quadril.
49º Perna sobre o ombro, mão segurando o pé e outra em cima do joelho, alongando. 50º Alongar a perna (tração para trás), segurando com uma mão no calcanhar e outra no peito do pé. (foto 48) * Lembrar sempre que a “força” não deve ser feita com o braço e sim com o corpo do terapeuta indo para trás. Foto 48 56
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51º “Desparafusar” os dedos dos pés, massageando dedo a dedo nas articulações distal, medial, e proximal.
Alongamento Braços 52º Alongar os braços (segurando no antebraço
e
o
paciente
segurando
no
antebraço do terapeuta) inclinando seu corpo para trás. Fica de 2 a 3 respirações. (foto 49)
Foto 49
Cabeça, Pescoço e Face 53º Pressão alternada (“gatinho”) levando o ombro par a baixo, fazendo um alongamento. 54º Pressão simultânea com o carpo das mãos na região peitoral. 55º Pressionar a região do trapézio com os polegares e também com movimentos circulares em 3 pontos (próximo pescoço, meio - VB 21, perto ombro). (foto 50)
Foto 50
56º Movimentos de “deslizar” embaixo do pescoço, soltando a musculatura do pescoço. (foto 51)
57º Movimento de “deslizar” com massagem embaixo do pescoço. (foto 51)
Foto 51
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58º Virar a cabeça do paciente para
a
lateral.
Faça
movimentos
circulares com pressão com os polegares na região da musculatura do pescoço. (foto 52) * Região sensível devido aos gânglios linfáticos ali presentes, tomar cuidado.
Foto 52
59º Alongamento com a mão cruzada, colocando a mão passiva sob a orelha e a mão ativa pressionando a região do trapézio e esternocleidomastóideo.
60º Movimento do “oito” ( ∞) 61º Alonga o pescoço para cima, põe o queixo na região do peito e circula a cabeça. 62º Movimento circular com todos os dedos na região da cabeça.
Face 62º Deslizamento de todos os dedos sobre a face 63º Deslizamento dos polegares sobre a testa 64º Movimentos circulares com todos os dedos sobre a face 65º Pressões leves nos pontos (DU20, B2, E6, E4, Yintang, Ig20). (foto 53)
66º Massagem na orelha 67º Finalizando a sessão com as duas mãos sobre os olhos e posição de agradecimento.
Foto 53 58
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11.3 Lateral 68º Posicionar o paciente com uma perna estendida e a outra flexionada ± 90º. Colocar uma almofada ou travesseiro embaixo no pescoço de modo que fique numa posição neutra. Ajeitar bem o ombro. O braço que fica livre deve ser apoiado (abraçar o travesseiro). (foto 54)
Foto 54
69º O terapeuta se posiciona de frente para as costas do paciente. Com a mão passiva no ombro (sem fazer pressão nem “agarrar” o ombro) a mão ativa fará pres são ao longo do canal da bexiga (foto 55)
Foto 55
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70º Terapeuta posiciona-se com sua coxa apoiando as costas do paciente como indicado na foto abaixo, entrelaça suas mãos no ombro do paciente fazendo movimentos de rotação externa do ombro visando soltar e relaxar esta articulação.
Foto 56
71º Em seguida alonga a distância entre o ombro e o pescoço, jogando o seu corpo para trás.
Foto 57
72 º Soltando os “nozinhos” ao redor da escápula e ombro, passando pelo trapézio. Além dos movimentos com os dedos, poderá fazer pinçamento também. (foto 58)
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Foto 58
73º Mão passiva apoiando o ombro, mão ativa percorrendo a borda interna da escápula, trazendo a favor dos dedos. Se a escápula permitir, poderá colocar a mão bem dentro da escápula. (foto 59)
Foto 59
74º Terapeuta como indica a posição da foto, alongando o braço e trabalhando os canais yin. (foto 60)
Foto 60
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75º Terapeuta percorre o canal da vesícula biliar. (foto 61)
Foto 61
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12 DIAGNÓSTICO E FUNÇÕES DOS MERIDIANOS PRINCIPAIS 12.1 Diagnostico dos meridianos através da palpação Como já foi explicado anteriormente você fará a palpação durante a sessão, anotando os canais mais doloridos. Provavelmente todos os canais doam um pouco, mas sempre um ou outro doem mais.
Ilustração de Kyo e Jitsu nos Canais Condição Kyo
Condição Normal
Condição Jitsu
Use a pressão da palma
Use pressão do polegar
Use o cotovelo ou o
para atrair o Ki e restaurar
ou dos dedos.
joelho (mas não por
a função normal.
muito tempo).
Ki fraco ou
Ki funcionando
Tensão defensiva – a energia
disperso
normalmente
diminui devido a muito trabalho
* LEMBRANDO:
KYO
VAZIO
JITSU
EXCESSO
63
Zen Shiatsu
12.2 Diagnóstico no Zen Shiatsu A palavra diagnóstico no Zen Shiatsu, não é usada em referência a doenças e sintomas, mas sim à qualidade da energia em cada um dos meridianos. Esta “qualidade” é representada por palavras japonesas chamadas Kyo e Jitsu.
Kyo: condição de energia esgotada (carência). Jitsu: condição de excesso de energia. Quando a pessoa está saudável, a energia flui livremente pelos seus meridianos. Qualquer desequilíbrio, por menor que seja (uma noite mal dormida, comida imprópria, uma discussão) nos afeta em nossa totalidade – corpo, mente, sistema energético. O sistema energético represente a essência de nossa existência. Nele os desequilíbrios se manifestam sob a forma de estagnações de energia nos meridianos. Nessas estagnações, alguns meridianos se encontram “sobrecarregados” (jitsu) e outros “esvaziados”, com pouca energia (kyo). Nosso trabalho consiste em agir sobre os meridianos para normalizar o fluxo energético. Como os meridianos são a expressão energética de nossas funções físicas e psicológicas, equilibrar a energia nos meridianos significa equilibrar o próprio funcionamento orgânico. Jitsu aparece na superfície, às vezes até de forma protuberante, num estado de tensão, rigidez e resistência ao toque. A área kyo se apresenta flácida, fraca, e oferece pouca resistência ao toque inicial – mas se mostra tensa e sensível quando aprofundamos o toque. Tanto áreas kyo quanto jitsu podem apresentar sensibilidade, mas as kyo se caracterizam por causarem dor penetrante quando manipuladas de forma abrupta, fazendo com que todo o corpo se contraia para se proteger da pressão “invasora”. As áreas saudáveis se apresentam macias , porém flexíveis, com boa elasticidade, e não causam desconforto ao serem tocadas. As áreas jitsu, por serem superficiais, são mais fáceis de serem localizadas, mas as kyo são consideradas as origens dos desequilíbrios encontrados – ou seja, embora jitsu seja o sintoma mais aparente, kyo é a “raiz” do problema.
12.3 Tonificação e Sedação Lidamos com jitsu através da sedação. Na sedação, simplesmente estimulamos a área ou meridiano afetado até que a saliência e rigidez se normalizem. Já para fortalecer os “buracos” kyo precisamos sustentar um toque firme e profundo, e pacientemente esperar que se estabeleça um contato com a energia ki do ponto. A essa técnica chamamos de tonificação. A tonificação é mais demorada por que nela o calor e energia de nosso toque precisam penetrar profundamente a área tratada para alcançar a energia do ponto.
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Zen Shiatsu
Mesmo sob um toque suave, muitas vezes o corpo usa de tensão para proteger seus ponto kyo – que são seus “pontos fracos”. Essa tensão superficial faz com que áreas kyo possam parecer jitsu. Por isso o relaxamento do paciente é fundamental para localizarmos e tratarmos as áreas kyo com sucesso. Sob uma pressão firme e suave o paciente relaxa, a tensão superficial se “desarma”, e nossa mão “cai” dentro do “buraco” kyo – só então o ponto começa a ser tonificado. Podemos dizer que a diferença entre a rigidez superficial de natureza jitsu e a tensão que o corpo usa para encobrir seus pontos kyo é que, enquanto a primeira se “dissolve” (se desfaz de forma mais gradual), a outra se “desarma” (de maneira súbita). Quando uma tensão jitsu se “dissolve”, a área em que ela se encontrava se normaliza. Já quando a outra se “desarma”, por baixo dela vamos encontrar uma área kyo. Achar as área kyo e tonificá-las é mais difícil que localizar as duras e proeminentes áreas jitsu e sedá-las. No entanto, como kyo representa a essência de todo desequilíbrio, é através do fortalecimento das áreas kyo que conseguimos sedar de forma consistente as de natureza jitsu. Por isso, no zen shiatsu sedação e tonificação são sempre executadas simultaneamente – enquanto a mão “livre” seda, a mão “mãe” tonifica. A técnica de tonificação-sedação simultânea é particularmente importante quando trabalhamos em pessoas que se encontram numa condição extremamente yin (kyo), com suas forças naturais de recuperação orgânica muito enfraquecida. Se nos concentramos em sedar suas áreas jitsu sem nos preocuparmos com a tonificação que esse tipo de paciente tanto necessita, podemos fazer com que seu organismo consuma suas já escassas reservas de energia – tornando-o, ao final, ainda mais enfraquecido. Como as funções orgânicas se inter-relacionam, condições de desequilíbrio afetam o corpo todo – de forma que todos os meridianos se apresentarão mais ou menos jitsu ou kyo. O melhor a fazer é darmos uma atenção especial ao (s) meridiano (s) mais kyo e ao (s) mais jitsu – nos concentrando na sua tonificação e sedação. Equilibrando os meridianos mais afetados, atuamos também sobre os demais meridianos. Na diagnose oriental, o praticante procura compreender o paciente como um todo, de forma semelhante ao primeiro encontro entre 2 pessoas: elas se observam, trocam cumprimentos, ouvem a voz uma da outra, percebem qualquer tipo de cheiro particular, fazem-se perguntas, ofertam-se as mãos ou se abraçam. Quatro tipos de diagnose são usados para conhecer a condição geral do paciente. 1. Bo-shin – diagnose através da observação geral, pela visão do terapeuta, olha-se formato e traços do rosto, cor da pele, dentes, etc. 2. Bun-shin – diagnose através dos sons, audição, o terapeuta ouve o tipo de voz, altura, timbre, ritmo, etc... 3. Mon-shin – diagnose através do questionamento verbal feito ao paciente. 4. Setsu-shin – diagnose através do tato, pela palpação verifica-se a sensibilidade dos pontos, e a condição dos canais. 65
Zen Shiatsu
Também a tomada de pulso, sentindo a pulsação da artéria radial, percebe-se os estados dos meridianos. Na medicina ocidental, a diagnose é dirigida mais para o que o doente diz que para ele próprio. Como um detetive procurando um criminoso, o médico conduz uma investigação para descobrir a doença que aflige o campo sem se ocupar do próprio paciente. É tratada sua doença e não “Ele”. No Zen shiatsu para iniciantes que não tem ainda um conhecimento profundo das formas de diagnose, a mais indicada é através do alongamento e palpação ao longo dos canais de energia. Nesse diagnóstico alongamos braços e pernas de forma a expor – “trazer a tona” – os meridianos, dessa forma tornando suas condições energéticas mais aparentes. A partir da facilidade – dificuldade com que o alongamento é executado, da observação visual e do toque, podemos concluir se o meridiano se apresenta equilibrado. Se estiver flácido e kyo e se estiver tenso é jitsu (às vezes protuberante como uma corda esticada). O nosso diagnóstico se dá ao observarmos tais condições concluindo que este ou aquele meridiano estão em desequilíbrio, então o conhecimento das características funcionais de cada canal nos possibilita tirar algumas conclusões. Juntando essas conclusões com nossas observações visuais e intuitivas, chegamos a um perfil físico-psicológico do paciente. Ao receber um shiatsu, o paciente se conscientiza dos seus pontos em desequilíbrio; e devemos compartilhar nossas observações com ele, porém tomando o cuidado de não colocá-los como verdades absolutas. De qualquer maneira não se preocupe no início de seu aprendizado com diagnóstico, sedação, tonificação. Tente no início sentir quais os meridianos ou funções estão em desequilíbrio, sem se preocupar se é jitsu ou kyo. Só a experiência e vivência no shiatsu nos dão condições para irmos percebendo o real significado desses conceitos e, gradualmente, começarmos a utilizá-los de maneira significativa em nossa prática.
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Zen Shiatsu
13 Funções dos Meridianos Meridiano do Pulmão Função: Absorve do ar a energia ki, que é fundamental à vida, a ki é usada pelo corpo humano para criar resistência contra as intrusões externas. Eliminação de gases desnecessários por meio do processo de exalação
ASPECTO PSICOLÓGICO
Kyo
Colapso
mental;
fortes;
ASPECTO FÍSICO
palpitações Propensão
à
obesidade
com
dificuldades
de
hipersensibilidade; eliminação. Peso na cabeça devido à estagnação
superansiedade;
dificuldades sangüínea. A parte superior do corpo está propensa à
respiratórias; atitude antissocial; fadiga e à tosse, há dificuldade na respiração e respiração acelerada.
tendência
a
permanecer
deitado;
facilmente
suscetível ao frio à inflação nos órgãos respiratórios. Dor nos ombros com febre leve; tendência a chorar e tossir com facilidade. Falta de energia ki e fadiga por excesso de trabalho, má circulação e cansaço no polegar.
Jitsu Obsessão com ansiedade devido Propensão a congestão nasal, aos resfriados. Dores aos
pequenos
incapacidade
detalhes de
e no tórax causadas pela tosse, constipação, dores nos
relaxar. ombros, bronquite, asma e catarro. Dores súbitas nos
Tendência a suspirar e a sufocar polegares, rigidez nos músculos torácicos enquanto respira
Meridiano do Intestino Grosso Função: Ajuda na função do pulmão. Faz a secreção e a excreção de dentro para fora do corpo. Elimina a estagnação da energia ki.
ASPECTO PSICOLÓGICO
Kyo
Falta
de
ASPECTO FÍSICO
determinação; Vias nasais secas ou congestionadas; brônquios frágeis,
tendência a ficar desapontado; constipação; propensão à diarreia ao digerir comidas superdependência;
ausência pesadas; má circulação na região mais baixa do hara; hara;
de pensamento positivo
tendência a calafrios; mau funcionamento do intestino grosso; falta firmeza no polegar e na parte do corpo abaixo dos quadris; falta de vitalidade na expressão facial; facilmente suscetível à inflamação e ao pus 67
Zen Shiatsu
Jitsu Insatisfação permanente; não Dores de cabeça causando uma tez corada; coriza; há amigos em quem confiar
congestão
nasal;
hemorragia
nasal;
propensão
à
amigdalite; sensação dolorosa nos dentes inferiores; olhos esbranquiçados; dor nos ombros; rigidez no tórax e nos músculos do braço (localizados no lado do polegar); prisão de ventre e diarréia ocasionais. Tendência a comer demais; dores de cabeça; coceira na pele; propensão às inflamações; falta de exercício; tosse; inchaço no hara hara inferior e hemorróidas; epilepsia; tendência a resfriar-se
Meridiano do Estômago Função: Relaciona-se com o funcionamento do estômago, do esôfago, do duodeno, e com o funcionamento funcionamento do aparelho reprodutor, com a lactação, o ovário e o apetite. Também se relaciona com o ciclo menstrual.
ASPECTO PSICOLÓGICO
Kyo
ASPECTO FÍSICO
Tendência a deitar-se e descansar; Estômago
embrulhado;
crônico;
apetite influenciado pelo humor e pela
sensação de frio no estômago e nos intestinos; nos
ombros,
dilatado;
gástrico
vontade de comer comidas frias e leves;
qualidade do alimento; consumo do dor
estômago
problema
devido
inapetência; a
problemas
alimento sem mastigação completa; ovarianos; bocejos; pernas pesadas; cansaço tendência a comer enquanto faz outras fácil; tendência a desenvolver empiemas; atividades;
alimentação
excesso de pensamentos pensamentos
irregular; friagem na parte frontal do corpo; falta de flexibilidade flexibilidade muscular
Jitsu Tendência a pensar e comer demais; Superalimentação; peso no estômago; vômito; nervosismo com detalhes; frustração; hiperacidez carência
afetiva;
gástrica;
úlceras
pépticas;
pressa
constante; inapetência; sede excessiva; rigidez nos
trabalho excessivo; neurose
ombros; dor e rigidez no plexo solar e no coração. Sintomas de resfriado ou gripe, má circulação nas pernas; pele áspera e seca; eructação
e
bocejo;
congestão
nasal;
vermelhidão na ponta do nariz; tendência à anemia; mau funcionamento dos órgãos femininos
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Zen Shiatsu
Meridiano do Baço Função: Digestão e processo de fermentação. Em termos atuais, o baço é considerado como o pâncreas e rege a digestão geral – – incluindo a saliva, os sucos gástricos, as secreções do intestino delgado – e – e os hormônios da reprodução relativos às mamas e aos ovários. O cansaço mental afeta negativamente o baço, e a falta de exercícios causa o mau funcionamento da digestão e das secreções hormonais.
ASPECTO PSICOLÓGICO
Kyo
Grande
interesse
ASPECTO FÍSICO
por
detalhes; Falta de ácido gástrico gerando anemia; falta
impaciência e ansiedade; insatisfação de saliva; gosto viscoso e secura na boca; permanente; tendência a comer em sede excessiva; incapacidade de ingerir excesso
e
depressa
demais;
uso alimentos sem tomar líquidos; incapacidade
excessivo do cérebro; perda de memória; de sonolência
saborear
a
comida;
alimentação
ininterrupta, cor parda na face; má circulação nas pernas e pés, causada pela falta de exercícios;
digestão
deficiente;
profunda
sensação de rigidez no umbigo; tomada freqüente de fôlego; cor pálida nas gengivas; dor na espinha
Jitsu Tendência a não conversar com os outros Sede excessiva; sensação viscosa na boca; e a ficar só; espírito hesitante e tímido,
inapetência,
com propensão a pensar demais. Cautela
saborosos; hiperacidez gástrica; inflamações
a
ansiedade;
tendência
a
mesmo
para
alimentos
comer estomacais nervosas; alimentação excessiva;
rapidamente ou sem vontade a despeito obesidade; peso nas pernas; fraqueza e de não se exercitar; inquietação mental; rigidez nos braços; sensação de tensão a vontade de comer doces
região do umbigo; pele fina; relutância em movimentar-se; ombros rijos; tendência a cambaleios; friagem nas costas e na região do quadril
Meridiano do Coração Função: Representa a compaixão e, por isso, rege as emoções e os ânimos, bem como a circulação sangüínea e o corpo todo através do cérebro e dos cinco sentidos. Também funciona como mecanismo que adapta estímulos externos ao ambiente interno do corpo.
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Zen Shiatsu
ASPECTO PSICOLÓGICO
Kyo
ASPECTO FÍSICO
Fadiga mental; traumatismo; tensão; Falta de força na parte superior do hara; tensão estresse; neurose; super sensibilidade; na região do plexo solar; palpitações fortes; inapetência e impaciência; falta de problemas cardíacos; tensão no hara. Sensação memória; ansiedade; timidez; tendência
súbita de tração na língua; palmas suadas;
ao desapontamento; ausência de força cansaço constante; condição de angina peitoral; de vontade
língua áspera; infarto do miocárdio
Jitsu Tensão crônica e rigidez no tórax; Sensação contenção
da
ansiedade
e
de
tração
na
língua;
pigarro
da constante; protuberância no plexo solar e
impaciência; fadiga contínua, tensão na
tensão na região do coração; tensão corporal;
região do plexo solar; muita sede;
histeria;
palmas
suadas;
sudorese;
pele
obsessão por câncer nas amígdalas; sensível; dor nos ombros; febre estomacal; hilaridade
vontade de tomar bebidas geladas; nervosismo cardíaco e estomacal; palpitação
Meridiano do Intestino Delgado Função: Através do transporte e da digestão de alimentos, o intestino delgado governa todo o corpo. Ansiedade mental, excitação emocional, colapso nervoso e ódio podem afetar a circulação sangüínea, e o intestino delgado causa estagnação do sangue, o que afeta o corpo inteiro.
ASPECTO PSICOLÓGICO
Kyo
ASPECTO FÍSICO
Tendência a pensar demais; emoção Anemia devida à má digestão e nutrição nos controlada pela paciência; concentração quadris em uma só coisa; superansiedade; forte
e
pernas;
sensação
de
desfalecimento; peso nas pernas; mau
determinação; pouca habilidade social funcionamento dos intestinos; cansaço fácil na para
controlar
emocional;
a
profunda
abalo
tristeza região dos quadris; lumbago e ciática devidos
emocional; à curvatura nas vértebras lombares; falta de
supersensibilidade a pequenos detalhes
força no hara; má circulação; estagnação sanguínea; apendicite; prisão de ventre e dor no lado das vértebras cervicais depois de apendicectomia; dificuldade auditiva; olhos cansados; olhos cansados; ciclo menstrual anormal; dor nos ovários; rigidez no interior da perna; dor nos ombros; enxaquecas; dor na parte posterior das orelhas
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Zen Shiatsu
Jitsu Paciência; forte determinação até o fim, Rigidez nas vértebras cervicais, semelhante capacidade de reter tudo dentro de si ao entorpecimento matinal; dificuldade na mesmo; realização do que decide fazer;
rotação do corpo; inchaço nos olhos e
agitação; trabalho excessivo; tendência a ouvidos; sensação de frio e de calor na comer depressa demais; movimentos cabeça; vermelhidão na face; tensão no nível rápidos e impacientes dos olhos; dores de do plexo solar; tensão e esfriamento no hara cabeça
inferior, ida frequentes ao banheiro; má circulação nas extremidades; má digestão; prisão
de
ventre;
mau
funcionamento
ovariano; circulação deficiente nas pernas devido ao mau funcionamento da artéria intestinal próxima do umbigo; dor na parte inferior das costas devido à curvatura na área das vértebras lombares; dor nos ombros; dor nos dentes superiores; falta de salivação
Meridiano da Bexiga Função: Relacionado à parte central do cérebro, que coopera com o sistema hormonal renal e a glândula pituitária. Também se liga ao sistema nervoso autônomo, que se relaciona com os órgãos reprodutores e urinários. Ao mesmo tempo, elimina o produto final da purificação líquida do corpo pela urina.
ASPECTO PSICOLÓGICO
Kyo
ASPECTO FÍSICO
Nervos cansados; rigidez e Congestão nasal; peso e dor nos olhos; enxaqueca na sensibilidade
no
corpo; parte posterior da cabeça; mau funcionamento do
lamentação contínua; medo sistema nervoso autônomo; hipersensibilidade; circulação freqüente; sudorese noturna; deficiente especialmente no hara e nas pernas; diurese ansiedade
frequente; sensação de frio nas costas; tendência ao arqueamento das costas; desvio na área da quinta vértebra lombar; tensão nas pernas; tensão no hara e mau funcionamento do útero; inflamação na bexiga; dor e sensação de que há retenção de urina
Jitsu Preocupação com detalhes Dor e rigidez no pescoço na área cervical inferior e nas triviais; estresse; impaciência; vértebras torácicas. Peso na parte posterior da cabeça hipersensibilidade
em direção aos olhos. Tensão nos músculos dos ombros; rigidez na parte posterior das pernas; congestão nasal; micção freqüente; inflamação ou dor na bexiga ou na área da próstata; tensão no sistema nervoso autônomo 71
Zen Shiatsu
Meridiano do Rim Função: Controla o ânimo e a energia do corpo, e rege a resistência contra o estresse mental mediante o controle das secreções hormonais internas. Desintoxica e purifica o sangue, prevenindo a acidez. O lado direito, entre a segunda e a terceira vértebras lombares, produz a cortisona. O lado esquerdo, entre a segunda e a terceira vértebras lombares, produz a urina pela purificação do sangue.
ASPECTO PSICOLÓGICO
Kyo Ansiedade; pessimismo;
ASPECTO FÍSICO
medo;
agitação; Pele escura, seca, inchada, à qual falta elasticidade;
apatia;
estresse má circulação nos quadris e no hara; idas frequentes
familiar; falta de paciência e de ao banheiro; dor na parte inferior das costas devido ao determinação; relutância em agir; frio ou subluxação na terceira e quarta vértebra fadiga psicossomática
lombares;
mau
hormonais;
mau
funcionamento
das
secreções
funcionamento
das
secreções
hormonais; insônia; vida sexual irregular; problemas nos
órgãos
reprodutores;
unhas
quebradiças;
propensão a fraturas; tendência a tropeços; rigidez no hara
Jitsu Inquietação; apego excessivo ao Pele escura na face; sangue na saliva; propensão a trabalho, sensibilidade nervosa; hemorragia nasal e a desmaios; peso na cabeça; impaciência;
lamentação inflamação na garganta; sede anormal; audição
constante; excessiva atenção a deficiente ao ingerir drogas; zumbido nos ouvidos; detalhes; falta de determinação
rigidez nas costas; tensão nos músculos do tronco; secreção hormonal anormal; urina fortemente colorida; amargor na boca; respiração deficiente; propensão à inflamação; cansaço por excesso de trabalho
Meridiano da Sístole Cardíaca ou Pericárdio (PC) ou Circulação-sexo (CS) Função: Função suplementar do coração relacionada com o sistema circulatório, inclusive com a cavidade e a artéria cardíacas; sistema de veias e artérias. Controla também toda a nutrição, bem como a circulação.
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Zen Shiatsu
ASPECTO PSICOLÓGICO
Kyo
ASPECTO FÍSICO
Inquietação, apesar de imobilidade; Dificuldade em engolir; propensão à amigdalite; distração;
insônia
e
sonhos mau funcionamento do coração; palpitações fortes;
freqüentes; palpitações e respiração
fadiga
freqüente;
pressão
sangüínea
baixa;
curta; sensação de opressão em hidropisia; má circulação sangüínea; dor no volta do tórax
estômago e duodeno; pressão sangüínea anormal; dor no tórax e na caixa torácica
Jitsu Impaciência tanto dormindo como Palpitações fortes; pressão sanguínea alta; tontura; acordado; nervosismo em situações cansaço fácil; má circulação; dor de cabeça; tensão relativas à vida social; concentração no plexo solar; tensão na área do hara; dor no anormal
no
trabalho;
emoções estômago;
anormais; hipersensibilidade
mau
funcionamento
cardíaco;
formigamento nos dedos; palmas das mãos febris; colite devido à diarreia e à prisão de ventre; língua grossa
Meridiano Triplo Aquecedor Função: Função suplementar do intestino delgado. Também controla o ânimo e os órgãos viscerais, circulando energia do corpo todo. Protege a função do sistema linfático. Compreende o aquecedor superior relacionado ao peito, o aquecedor médio no plexo solar, o aquecedor inferior abaixo e acima do umbigo no peritônio, o intestino delgado e a circulação nas extremidades.
ASPECTO PSICOLÓGICO
Kyo
ASPECTO FÍSICO
Obsessões mentais; mimado em criança; Tecidos mucosos e sistema linfático fraco; dores de cabeça; zumbido nos ouvidos; propensão à amigdalite, a problemas nasais; sensação de peso na cabeça e vertigens;
glândulas linfáticas das vértebras cervicais
sensível ao calor, ao frio e à umidade
intumescidas; sensibilidade à umidade e às mudanças de temperatura; propensão a resfriados; olhos cansados; pele sensível; alergia; sensação de tontura; tensão no tórax e no hara; retenção de líquido no hara; pressão sanguínea anormal; dor na parte de trás da cabeça e das têmporas; vértebras cervicais anormais
73
Zen Shiatsu
Jitsu Cautela extrema; hipertensão; tendência a Cautela excessiva; sensibilidade; tensão cerrar as mãos; rigidez nos braços; peso inconsciente nos braços; estagnação no nível na cabeça; reação nervosa a mudanças do cérebro causando uma sensação de peso; externas de calor; frio e umidade; pressão ocular anormal; dores no pescoço; sensação de peso no tórax (aquecedor ombros e braços. Inflamações linfáticas; superior), estômago (aquecedor médio), e
inflamação superficial da mucosa nasal;
hara inferior (aquecedor inferior)
propensão as inflamação; coceira na pele; rigidez no tórax; má circulação nas pernas; dor na caixa torácica; descolamento das gengivas; suscetibilidade à umidade; cócegas; inflamação na boca e no útero; erupção da pele
Meridiano da Vesícula Biliar Função: Distribui os nutrientes e equilibra a energia total através do auxílio de hormônios internos e secreções, como a bílis, a saliva, o ácido gástrico, a insulina e os hormônios intestinais.
ASPECTO PSICOLÓGICO
Kyo
ASPECTO FÍSICO
Excitação emocional que resulta em Olhos cansados, carência de energia devido ao hipersensibilidade.
Cansaço
rápido cansaço causado pela distribuição inadequada
depois de tensão; medo constante; dos nutrientes. Pernas pesadas; olhos sem timidez;
carência;
determinação; brilho; visão fraca; carência de bílis; má digestão
cansaço dos nervos; sono leve; falta de de gorduras; propensão à diarreia e à prisão de energia; fadiga geral e depressão
ventre; nevralgia; tontura; formação de muco nos olhos; compleição pálida e anêmica; obesidade a despeito do fraco apetite; acúmulo de tecidos adiposos sem consumo de alimentos gordurosos; fadigabilidade; hiperacidez gástrica; má distribuição dos alimentos
Jitsu Excesso de responsabilidade; cansaço; Insônia que acarreta fadiga visual; estômago tendência a arrastar-se para o trabalho; atenção
a
pequenos
inchado; perda de apetite; olhos transparentes;
detalhes; amarelão na parte branca dos olhos e na pele;
facilidade de perturbar-se; impaciência; dor, lacrimejamento e pressão alta nos olhos; pressa
gratuita;
olhos
concentração excessiva
cansados; tendência a piscar muitas vezes; rigidez nas extremidades; rigidez muscular; dor na caixa torácica; gosto amargo na boca; sensação de ardência no tórax; pedras e espasmos na 74
Zen Shiatsu
vesícula biliar; enxaqueca; prisão de ventre; estagnação de muco; prurido na região das amígdalas; tosse; ingestão excessiva de doces; consumação insuficiente de alimentos ácidos
Meridiano do Fígado Função: Armazenam nutrientes e energia para a atividade física. Também mantém a resistência contra a doença e abastece, analisa e desintoxica o sangue para manter a energia física.
ASPECTO PSICOLÓGICO
Kyo
ASPECTO FÍSICO
Falta de determinação; irritabilidade; Articulações fracas; cansaço fácil devido à falta perturbabilidade; inconsciência;
emotibilidade; de energia; tontura; tendência a tropeçar; olhos
sensibilidade
nervosa; cansados; o paciente vê tudo amarelo; o
incapacidade para engordar; atenção a sistema físico facilmente se envenena devido problemas triviais
ao fraco mecanismo de desintoxicação; febre; inapetência; músculos rígidos; falta de energia sexual; impotência, problemas da próstata
Jitsu Infatigabilidade
no
trabalho, Fadiga
acumulada
devido
à
atividade
concentração, obstinação; tendência a ininterrupta; excesso de alimentação e bebida; nunca se entregar. Trabalho impaciente tórax e estômago dilatados; dores de cabeça; e impulsivo até a exaustão. Fácil peso na cabeça; má digestão; falta de influenciabilidade
emocional;
gritos exercício; tontura devido à falta de sangue;
ocasionais; manifestação de emoções e febre alta sem causa; calafrios; tosse; mau posterior controle. Glutonia
funcionamento do fígado; evacuação penosa, causando hemorroidas; problemas da próstata; sensibilidade nos testículos; inflamação dos órgãos reprodutores femininos; excesso de açúcar ou álcool no sangue; movimentos violentos; dor no osso sacro e no cóccix; rigidez total; tensão na área do hara, que dá a impressão de ser uma prancha de borracha; flatulência;
putrefação;
propensão
a
inflamações
75
Zen Shiatsu
14 INDICAÇÕES E PRECAUÇÕES 14.1 Indicações Shiatsu é restaurador. A idéia básica é a de restaurar o funcionamento orgânico, e não a de tratar sintomas. No entanto, através do shiatsu equilibra-se o sistema energético do corpo, e cria-se uma sensação de energia e bem-estar, “enfraquecendo” os sintomas presentes. Assim, os sintomas são atingidos indiretamente. A principal indicação do shiatsu talvez seja a diminuição da tensão (física e mental). Tensão é um problema que atinge a todos nós – todo mundo, em algum momento, já se sentiu tenso, todo corpo apresenta regiões de acúmulo de tensão. Existem tensões conscientes e inconscientes, e elas causam diversos problemas físicos. Mesmo as enfermidades que não são diretamente causadas por tensão, são agravadas por ela – e mais, vão provocar novas tensões, criando-se uma espécie de círculo vicioso. Dentro dessa perspectiva, shiatsu é um excelente auxiliar no tratamento de diversos desequilíbrios e enfermidades. Em específico, é uma ótima terapia para dores de cabeça, esgotamento físico e mental, sensação de falta de energia, dores musculares e posturais, problemas digestivos, estados emotivos, insônia, mal-estar físico ou psicológico sem causa definida, e uma série de outros pequenos distúrbios. Todavia, não é necessário que você esteja mal para “curtir” um shiatsu – se por acaso você estiver se sentindo bem, vai terminar a sessão se sentindo melhor ainda! Principalmente, o shiatsu é uma maneira do paciente “se sentir”, de entrar em contato com suas tensões e desequilíbrios – e com a energia e poder natural de cura existente em seu organismo. Desperta, assim, uma consciência nova e mais profunda do corpo. Através dessa consciência, aprendemos a conhecer melhor o corpo. Conhecendo-o, naturalmente passamos a respeitá-lo. Tornamos-nos mais sensíveis às suas necessidades – quando ele pede descanso, ou está doente e requer determinado alimento, a postura que lhe é benéfica, a dieta que mais lhe convém, tipo e quantidade de exercícios que lhe são apropriados, etc. Sem ouvi-lo, não há dieta que seja apropriada, exercícios que nos façam sentir bem, etc. – porque estamos dando ao corpo aquilo que pensamos ser bom para ele, e não o que ele realmente necessita. Temos a oportunidade de nos conscientizar não só de nosso corpo, mas t ambém de nosso estado interior – nossa situação espiritual, psicológica, emocional. Como o desconforto mental e emocional podem ser imediatamente sentidos através do contato cutâneo, ele se torna aparente durante a prática do shiatsu. O shiatsu é, em essência, uma relação (entre quem faz e quem recebe). As relações pessoais são uma espécie de “espelho”, onde o estado interior se reflete – um “pano de fundo”, contra o qual nossos conflitos e problemas internos se revelam. Se uma pessoa se sente completamente confortável ao receber uma aplicação de shiatsu, ela provavelmente tem estabelecido relacionamentos humanos saudáveis em sua vida – revelando 76
Zen Shiatsu
certo equilíbrio interior. Por outro lado, ao sentir qualquer desajuste, o paciente tem a oportunidade de se conscientizar dele, de considerar suas causas e sua influência sobre sua vida.
14.2 Precauções Shiatsu é uma técnica simples e inofensiva, se praticada com um mínimo de bom senso. Quase todas as pessoas podem receber shiatsu. As situações em que não deve ser aplicado são de casos extremos – portanto óbvias. Converse com a pessoa que vai receber o shiatsu antes de aplicá-lo. Informe-se sobre sua saúde – se ela tem algum problema físico ou doença, se está tomando algum medicamento, se sofreu alguma cirurgia recentemente, ou se há qualquer coisa que ela gostaria de lhe comunicar antes de começarem. Deixe a vontade para expressar qualquer desconforto que ela venha a sentir durante a aplicação do shiatsu. Permaneça sempre atento ao que você está fazendo e sensível às reações do paciente. Não trabalhe em pessoas com enfermidades sérias, doenças contagiosas ou infecções graves. Em caso de dúvida, procure orientação. É óbvio que não devemos pressionar sobre cortes, machucados, queimaduras, inchações, manchas roxas provocadas por pancada ou qualquer tipo de escoriação. Não manipule ou pressione diretamente sobre articulações com artrite ou reumatismo. Não pressione sobre varizes, úlceras, ou em qualquer outra situação em que uma pressão externa possa provocar hemorragia interna. Se seu paciente usa lentes de contato, faça com que ele as retire. Não trabalhe em pessoas com o estômago muito cheio, ou com muita fome. Pessoas frágeis devem ser trabalhadas com suavidade. Crianças, idosos e grávidas podem e devem receber shiatsu, mas precisamos ser cuidadosos e suaves. No caso de gravidez adiantada, aplique shiatsu nas costas com a paciente deitada de lado. Evite pressões sobre o feto (mas você pode tocá-lo), e seja delicado com os tsubos. Shiatsu em grávidas é uma das experiências mais bonitas e gratificantes para o shiatsu-terapeuta. Trabalhando regularmente com uma grávida no mínimo você vai se sentir meio “padrinho” do neném quando ele nascer! No início, evite os casos que lhes pareçam complicados – até que você obtenha mais experiência e se sinta mais seguro. Seja sensível e aja com bom senso e inteligência, e seu shiatsu será sempre um presente que trará muitos benefícios e satisfação às pessoas. E a você também.
Lembrando sempre que em casos de cânc er e AIDS você deve conversar com a equipe médica, saber em que estágio está a doença e definir se é ou não indicado o tratamento.
Mulheres g ráv id as não pressionar BP6 (Baço-pâncreas 6). Evitar IG4 (Intestino Grosso 4) e pressão exagerada nos canais Yin (Baço, Rim, Fígado), abaixo dos joelhos. 77
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15 RELAÇÃO DOS PRINCIPAIS PONTOS E SUAS APLICAÇÕES Antes de vermos os pontos precisamos aprender como localizá-los. O sistema de medida chinesa para localizar os pontos é denominado TSUN, que é uma unidade de medida padronizada, utilizada para medir a distância entre os pontos ki e pontos de referência do corpo, como ossos e músculos.
A largura do polegar corresponde a um Tsun, a largura do dedo indicador e médio juntos correspondem a 1,5 tsun, e os 4 dedos juntos correspondem a 3 tsun. O Tsun varia de pessoa para pessoa. Você precisa saber a largura dos dedos do seu paciente para utilizar corretamente o sistema de medida Tsun, podendo assim, localizar precisamente os pontos no corpo dele.
Meridiano do Pulmão O meridiano do Pulmão começa no P 1 , no nível do espaço entre a primeira e a segunda costela, a 6 cm da linha mediana do corpo. Termina em P 11, na parte lateral do dedo polegar.
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P 1 ZHONGFU 2 cm abaixo do P 2, no nível do espaço entre a primeira e a segunda costela. Trata de tosse e resfriado.
P 2 YUNMEN Na depressão abaixo da clavícula, a 6 cm da linha mediana do tórax. Trata de tosse.
P 5 CHIZE Na dobra do cotovelo, na parte externa do tendão do músculo do bíceps. Trata de problemas pulmonares, tosse, dor de garganta, febre e dor no cotovelo.
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P 6 KONGZUI No braço, 5 cm abaixo de P 5, na extremidade interna do rádio. Trata do ataque de asma aguda e tosse.
P 7 LIEQUE 1,5 cm acima do meio da dobra do punho, na pequena depressão logo acima da pequena protuberância óssea (processo estilóide) na lateral do dedo polegar. Trata de febre, tosse, dor de cabeça e também de dor no pescoço (acessada pelo do Meridiano do Intestino Grosso correspondente).
P 9 TAIYUAN Na dobra principal do punho dentro do grande tendão que desce para o dedo polegar. Trata de tosse asmática, dor no punho e insensibilidade, e qualquer inflamação ao longo do Meridiano do Pulmão.
P 10 YUJI Debaixo do ponto médio do primeiro metacarpo (na base do dedo polegar). Trata de ataque de asma, dor de garganta e dor no dedo polegar.
P 11 SHAOSHANG Na margem lateral do dedo polegar atrás da unha. Trata de dor de garganta.
Meridiano do Intestino Grosso Este Meridiano começa em IG 1 , na lateral do dedo médio logo atrás da unha, e corre ao longo do braço até a face, terminando em IG 20, na parte externa da narina.
IG 14 BINAO Na linha do IG 11 até o IG 15, no nível da extremidade inferior do músculo deltóide. Trata de dor na parte superior do braço e rigidez na região deltóide.
IG 11 QUCHI Na extremidade externa da articulação do cotovelo quando o braço está flexionado. Trata de febre associada à gripe e resfriado; doenças de pele, como eczema e urticária (erupções semelhantes); espasmos gástricos, dor abdominal e diarréia; dor no cotovelo resultante de movimento repetitivo e alta pressão sangüínea.
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IG 20 YINGXIANG Na depressão lateral da narina. Tratam de congestão nasal e rinite, sinusite e paralisia facial.
IG 15 JIANYU Na extremidade superior frontal do ombro, na depressão formada quando o braço está dobrado e suspenso horizontalmente. Trata de dor e rigidez na articulação do ombro.
IG 10 SHOUSANLI 2 cm abaixo do IG 11. Trata de dor no cotovelo, resultante de movimento repetitivo, dor no estômago e no intestino, indigestão e diarréia.
IG 4 HEGU Na base do V formado entre os ossos metacarpos do dedo polegar e do dedo indicador. Este ponto é um dos mais eficazes para o bem-estar geral e estimulação do sistema imunológico. Trata da maioria dos problemas da cabeça e da face, especialmente, dor de cabeça, dor de dente, congestão nasal, congestão e pouca audição, dor local no dedo polegar, constipação e insensibilidade na mão. A ten ção : não use este ponto durante a gravidez.
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Meridiano do Estômago O Meridiano do Estômago começa no E 1, logo abaixo da margem inferior da cavidade ocular na direção da pupila, e termina no E 45, na lateral externa do segundo dedo do pé, logo depois da unha.
E 6 JIACHE No início da massa muscular do maxilar, onde o músculo é mais proeminente. Trata de dor de dente na parte inferior do maxilar e paralisia facial.
E 7 XIAGUAN 82
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Diretamente acima do E 6 , no corte entre o osso do maxilar e osso da bochecha; fácil de localizar quando a boca é aberta e fechada. Trata de dificuldade de audição, dor de dente na parte superior do maxilar e paralisia facial. Pressão profunda nesse ponto funciona com analgésico no tratamento dentário.
E 21 LIANGMEN 4 cm acima do umbigo e 2 cm para o lado da linha mediana do corpo. Trata de espasmo no músculo abdominal, abdome inchado e diarréia.
E 25 TIANSHU 2 cm para o lado do centro do umbigo. Trata de dor abdominal, diarréia, constipação, vômito, e menstruação irregular.
E 29 GUILAI 4 cm abaixo do umbigo e 2 cm para o lado da linha mediana do corpo. Trata de hérnia, menstruação irregular, prolapso do útero e impotência masculina.
E 31 BIGUAN Abaixo do osso do quadril, no mesmo nível da margem inferior do osso púbico. Trata de dor na perna, no quadril e no abdome.
E 34 LIANGQIU 2 cm acima das intersecções da linha da extremidade da rótula e a linha ao longo de sua extremidade externa. Trata de dor no joelho e dor de estômago.
E 35 DUBI Na depressão, na face externa do joelho, no nível da extremidade inferior da paleta. Trata de dor e ferimento no joelho.
E 36 ZUSANLI 3 cm abaixo do E 35 e a 1 cm da parte externa da extremidade da tíbia. Trata de dor no estômago, úlcera gástrica e duodenal, retenção de água, todos os tipos de prolapso dos órgãos internos (em conjunto com ID 20), diarréia e constipação, menstruação irregular e dor no joelho. Fortalece o sistema imunológico, tonifica o Rim e regula o Baço e o Estômago, auxiliando na digestão do alimento. E 40 FENGLONG
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2 cm da parte externa da extremidade da tíbia, a 8 cm do maléolo lateral. Trata de catarro, muco, congestão e tosse. E 41 JIEXI No meio da dobra formada pela articulação frontal do tornozelo quando o pé está vindo para cima. Trata de dor na articulação do joelho, tanto a cr ônica quanto a aguda, e de dor na parte frontal da cabeça.
E 44 NEITING Entre o segundo e o terceiro dedo do pé, logo acima da membrana interdigital. Trata das mesmas doenças que E 41, mas com maior eficácia.
Meridiano do Baço O Meridiano do Baço começa em BA 1, na lateral externa do dedão do pé, logo depois da unha, e termina em BA 21, 6 cm abaixo da axila, entre a sexta e a sétima costela.
BA 15 DAHENG No nível do abdome, 4 cm para o lado do umbigo. Melhora o funcionamento do intestino.
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BA 10 XUEHAI 2 cm acima da margem superior da paleta, numa linha vertical no lado interno da rótula e acima do fêmur. Trata de coceiras na pele, eczema, psoríase e urticária (erupções semelhantes), e ciclo menstrual irregular.
BA 9 YINLINGQUAN Na depressão entre a tíbia e músculo da panturrilha, localizado pela fricção do dedo na margem superior e interna da tíbia até onde o ângulo da superfície do osso muda. Trata de dores gástricas, edema e diarréia.
BA 6 SANYINJIAO Na margem interna da tíbia, 3 cm acima da extremidade do maléolo medial. Trata de diarréia e inchaço abdominal, sangramento, hérnia e prolapso, insônia e sono intranqüilo, dificuldade de trabalho, ciclo menstrual irregular, impotência e ejaculação precoce, dificuldade na passagem da urina. A ten ção : não utilizar este ponto durante a gravidez.
BA 4 KUNGSUN No meio da curva do pé, logo abaixo da extremidade superior do primeiro metatarso. Trata de depressão, dor abdominal e insônia. Meridiano do Coração C 1 localiza-se no centro da axila. O Meridiano do Coração termina no C 9, na lateral interna da base da unha do dedo mínimo.
C 3 SHAOHAI Na extremidade interna da articulação do braço quando flexionado. Trata de dor local no cotovelo e músculos atrofiados do braço ao longo do Meridiano do Coração. C 7 SHENMEN No lado inferior do punho, no nível do dedo mínimo. Localiza-se na depressão da articulação principal do punho. Trata de mente cansada, insônia, sono leve, depressão, dor no coração e palpitações, problemas na língua, como ulceração e inflamação.
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Meridiano do Intestino Delgado Este Meridiano começa no ID 1, na lateral externa do dedo mínimo logo depois da unha, e termina no ID 19, na frente da concha da orelha.
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ID 19 TIANGGONG Na frente da concha da orelha, na depressão sentida quando a boca está aberta. Trata de problemas de ouvido.
ID 15 JIANZHONSHU A 2 cm da linha mediana do corpo, corpo, no nível da margem inferior inferior da sétima vértebra cervical. cervical. Trata de rigidez no pescoço e dores nos ombros e nas costas.
ID 14 JIANWAISHU Fora do ângulo superior interno da omoplata, 3 cm do nível da linha mediana do corpo com a margem inferior do processo espinhoso da primeira vértebra torácica. Trata de dores nos ombros, rigidez no pescoço e dor entre as omoplatas.
ID 12 BINGFENG Verticalmente acima do ID 11, sobre a espinha escapular. Trata de dores nos ombros.
ID 11 TIANZONG Na depressão, aproximadamente, no centro da escápula. Trata dos mesmos problemas que ID 10, e também de dor entre as omoplatas.
ID 10 NAOSHU Verticalmente acima do ID 9, abaixo da extremidade externa do osso do ombro. Trata de dores e ferimentos nos ombros, paralisia no braço, insensibilidade em qualquer parte do Meridiano do Intestino Delgado.
ID 9 JIANZHEN 1 cm acima da extremidade da dobra detrás da axila, quando o braço está próximo ao corpo. Trata da imobilidade do braço e dores nos ombros.
ID 8 XIAOHAI No encaixe abaixo do cotovelo, entre a extremidade inferior do úmero e o alto da ulna. Trata de insensibilidade ou dor no braço.
ID 3 HOUXI Na extremidade externa da articulação principal do punho, quando cerrado. Trata de dores na parte externa da mão e do braço, insensibilidade do dedo mínimo e rigidez no pescoço.
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Meridiano da Bexiga Este é o Meridiano mais longo de todos. Começa no canto interno do olho e termina em
B67, na extremidade lateral do dedo mínimo do pé, logo depois da unha. Os pontos Shu estão neste Meridiano.
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B 2 ZANZHU No canto interno da sobrancelha. Trata de dor nos olhos e na parte frontal da cabeça.
B 10 TIANZHU 1,3 cm para o lado da linha mediana do corpo, logo abaixo da base do crânio. Pressão profunda e sustentada neste ponto, relaxa músculos tensos abaixo da base do crânio, aliviando a dor e a rigidez.
B 11 DASHU Ponto do Osso 1,5 cm da linha mediana do corpo, no nível da extremidade inferior do processo espinhoso da primeira vértebra torácica. Ajuda a eliminar bloqueios de ki nos ossos e nas articulações do pescoço, ombro e costas.
B 13 FEISHU Ponto do Pulmão 1,5 cm da linha mediana do corpo, no nível da extremidade inferior do processo espinhoso da terceira vértebra torácica. Pressão regular e profunda neste ponto desenvolve pulmões sadios. Trata asma e tosse bronquial.
B 15 XINSHU Ponto do Coração 1,5 cm da linha mediana do corpo, no nível da extremidade inferior do processo espinhoso da quinta vértebra torácica. Trata todos os tipos de problemas no coração, anemia, epilepsia, tensão torácica e insônia. Acalma a mente.
B 17 GESHU Ponto do Sangue 1,5 cm da linha mediana do corpo, no nível da extremidade inferior do processo espinhoso da sétima vértebra torácica. Trata todos os tipos de problemas sangüíneos, incluindo deficiências e sangramentos; trata também de urticária (e outras erupções semelhantes).
B 18 GANSHU Ponto do Fígado 1,5 cm da linha mediana do corpo, no nível da extremidade inferior do processo espinhoso da nona vértebra torácica. Trata de problemas no fígado, incluindo icterícia e hepatite. Pressão profunda neste ponto alivia dor abdominal superior, visão embaçada e cegueira noturna. O Ponto da Vesícula Biliar B 19 , na margem inferior da décima vértebra torácica, complementa os efeitos de B 18.
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B 20 PISHU Ponto do Baço 1,5 cm da linha mediana do corpo, no nível da extremidade inferior do processo espinhoso da décima vértebra torácica. Mantém saudável a função do Baço. Pressão regular neste ponto alivia o cansaço, a falta de energia, a indigestão; alivia o vômito, a diarréia, o soluço e a icterícia. O Ponto do Estômago, B 21, localiza-se na extremidade inferior da décima segunda seus efeitos.
B 23 SHENSHU Ponto do Rim 1,5 cm da linha mediana do corpo, no nível da extremidade inferior do processo espinhoso da segunda vértebra lombar. Intensifica a função do Rim. Essencial para o tratamento de dor crônica na parte inferior das costas. Alivia problemas no ouvido, como zumbido e pouca audição.
B 25 DACHANGSHU Ponto do Intestino Grosso 1,5 cm da linha mediana do corpo, no nível da margem inferior da quarta vértebra lombar. Afeta o fluxo de ki nas regiões lombar, do sacro e das nádegas, aliviando a dor, especialmente a ciática. Regula o Intestino Grosso e trata de diarréia e de constipação.
B 32 GILIAO Na segunda das quatro depressões em ambos os lados do sacro. Alivia lumbago; trata da infertilidade feminina, corrimento vaginal intenso e prolapso do útero.
B 36 CHENGFU No meio da prega glútea. Alivia dor ciática e insensibilidade nas pernas.
B 37 YINMEN Na linha mediana da parte detrás da coxa entre B 36 e a dobra do joelho. Trata de dor na parte inferior das costas, ciática e paralisia da parte inferior da perna.
B 40 WEIZHONG No ponto médio da articulação do joelho. Trata de espasmo agudo e dor nos músculos da panturrilha e controla a dor da tensão lombar. B 54 ZHIBIAN 3 cm para o lado da linha mediana, no nível da extremidade inferior do sacro. Essencial para o tratamento de dor na parte inferior das costas, ciática e dor no calcanhar.
B 57 CHENGSHAN 90
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Logo abaixo do ponto onde os dois lados do músculo da panturrilha se encontram. Reforça os efeitos de BE 40 e trata de dor aguda na panturrilha.
B 60 KUNLUN Na depressão entre o maléolo lateral e o tendão de Aquiles. Trata de torção no
tornozelo e problemas no calcanhar; alivia dor de cabeça e na parte inferior das costas e ciática. Meridiano do Rim O Meridiano do Rim começa em R 1 , na sola do pé, e termina em R 27, na depressão da extremidade inferior da clavícula, 2 cm para o lado da linha mediana do corpo.
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R 1 YONGQUAN Na depressão da linha mediana da sola do pé, a dois terços do calcanhar. Trata desmaios (pela recuperação da consciência), choque, mente cansada, epilepsia, convulsão infantil e dores severas, como dor de dente. Ponto de Prevenção para sono e apetite.
R 3 TAIXI Na metade da distância entre a extremidade do maléolo medial e do tendão de Aquiles. Um ponto importante para a deficiência de ki do Rim. Trata de dor na parte inferior das costas, urina solta, zumbido nos ouvidos, pouca visão, insônia e irritabilidade. R 6 ZHAOHAI Na pequena depressão logo abaixo do centro do maléolo medial. Trata dos mesmos problemas que R 3.
R 25 SHENCANG No espaço entre a segunda e a terceira costela, no nível do P 1, a 2 cm da linha mediana do corpo. Trata de tosse, asma, tensão do coração e acalma a mente.
R 16 HUANGSHU 0,5 cm para o lado do umbigo. Trata de dor abdominal e diarréia.
R 10 YINGU Na dobra traseira do joelho, na direção da cavidade da margem interna do joelho. Trata de problemas de ligamento do joelho.
R 7 FULIU 2 cm diretamente acima do R 3. Trata de edema e excesso de transpiração noturna.
Meridiano do Pericárdio ou Circulação-Sexo PC 1 localiza-se no tórax, ao lado do mamilo, no espaço entre a quarta e a quinta costela. Este Meridiano termina no PC 9, na ponta do dedo médio.
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PC 6 NEIGUAN No lado inferior do antebraço, 2 cm da articulação do punho, entre os dois grandes tendões. Trata de náuseas, especialmente durante viagens; dor emocional resultante de assuntos do coração; insônia, pulsação excêntrica, acalma a agitação. Este ponto é tão eficaz quanto F 4 e E 36. A estimulação regular neste ponto, por alguns minutos, ajuda a fortalecer o Coração. A ten ção : não utilizar F 4 durante a gravidez.
PC 7 DALING No ponto médio da articulação, no lado interno do punho. Trata de ansiedade e palpitações, síndrome do túnel do carpo, dor no punho, insensibilidade nos dedos polegar, indicador e médio.
PC 8 LAOGONG
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Onde a unha toca a palma da mão quando o dedo médio é flexionado. Trata de mente cansada e dores cardíacas.
Meridiano Triplo Aquecedor (Sanjiao) O Meridiano Sanjiao começa em TA 1, no dedo anular, logo depois da unha, e termina em
TA 23, na extremidade externa da sobrancelha.
TA 3 ZHONGZHU No alto da depressão entre o quarto e quinto metacarpos, logo acima do nó dos dedos. Trata de problemas de ouvido, pouca audição; enxaqueca, quando a dor é de um lado da cabeça; dor, rigidez ou inchaço nas costas da mão.
TA 5 WAIGUAN No lado oposto do antebraço, na direção do Pc 6, 2 cm acima da articulação principal do punho entre o rádio e a unha. Trata de dores nos ombros, insensibilidade no dedo anular, dor na parte lateral da cabeça, problemas de ouvido, febre causada por resfriado.
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TA 10 TIAJING Na depressão logo abaixo da extremidade externa do acrômio (parte das articulações do ombro). Trata de dor no ombro e imobilidade.
TA 17 YIFENG Atrás da orelha, no centro da depressão logo atrás do lóbulo. Trata de problemas de ouvido, como zumbido e surdez; paralisia facial, dor de dente e nevralgia na parte inferior do maxilar.
TA 23 SIZHUKONG Na pequena depressão na extremidade externa da sobrancelha. Trata de dores de cabeça de um lado só, tontura, paralisia facial, contração do músculo interno ou próximo da pálpebra e conjuntivite.
Meridiano da Vesícula Biliar Este Meridiano começa no VB 1, na pequena depressão logo acima do canto externo do olho, e termina no VB 44, na lateral externa do quarto dedo do pé, logo atrás da unha.
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VB 1 TONGZILIAO Na pequena depressão logo acima do canto externo do olho. Trata de problemas nos olhos e dor no dorso das sobrancelhas.
VB 2 TINGHUI Na depressão sentida quando a boca está aberta, na frente da orelha e no nível da incisura interágica (acima do lóbulo). Trata de problemas de ouvido, como zumbidos ou pouca audição.
VB 8 SHUAIGU 1,5 cm acima do alto da orelha. Trata de enxaqueca.
VB 14 YANGBAI 1 cm acima do ponto médio da sobrancelha. Trata da paralisia facial, dor na parte frontal da cabeça e contração das pálpebras.
VB 20 FENGCHI No alto da nuca, na grande depressão logo abaixo da base do crânio. Trata de todos os tipos de dores de cabeça, até das resultantes de explosão; problemas nos olhos, ouvidos e nariz, tensão dos músculos do pescoço, espondilite cervical, gripe e resfriado comum, mal de Parkinson, epilepsia e paralisia facial.
VB 21 JIANJING No início da linha formada pelo processo espinhoso da sétima vértebra cervical até o canto detrás da articulação do ombro (acrômio). Trata de dor e rigidez no pescoço, dor no ombro.
VB 30 HUANTIAO A um terço da linha da margem externa do ílio até o cóccix. Trata de lumbago, ciática, dor na região do quadril, fraqueza na parte inferior da perna, dor no calcanhar.
VB 31 FENGSHI Onde a ponta do dedo médio toca o lado do fêmur quando em pé e com os braços relaxados lateralmente. Trata da insensibilidade na região da coxa, ciática.
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VB 34 YANGLINGQUAN Na depressão frontal abaixo da extremidade do perônio. Trata de espasmos musculares e cãibras na parte inferior da perna, dor no joelho e no tornozelo, incluindo dores agudas resultantes de entorse; ciática, rigidez no pescoço e dores nos músculos em geral. VB 40 CHIUXU Na margem inferior do maléolo lateral. Trata de dores nos músculos da cavidade torácica, entorse do tornozelo não acompanhado de inchaço. Ajuda a relaxar os músculos de todo o corpo.
Meridiano do Fígado F 1 localiza-se na lateral interna do dedão do pé, atrás das unhas. Este Meridiano termina no F 14, entre a sexta e a sétima costela logo abaixo do mamilo.
F 14 QIMEN 97
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No tórax, logo abaixo do mamilo, no espaço entre a sexta e a sétima costela. Trata de vômitos e dor na parte superior do abdome.
F 8 QUQUAN Logo acima da extremidade interna da articulação do joelho, quando flexionado. Trata de problemas no joelho.
F 5 LIGOU 5 cm acima do maléolo medial, depois da margem da tíbia. Trata de impotência masculina e excesso de libido; também é importante para os genitais externos masculinos e femininos.
F 3 TAICHONG Na depressão, em frente ao ponto onde o primeiro e o segundo metatarso se encontram. Acalma problemas emocionais, especialmente a raiva; tratam dores de cabeça e enxaquecas, problemas de fígado, como esclerose e hepatite; problemas na vesícula biliar e menstruação irregular.
Meridiano Vaso Concepção (REN) O Meridiano começa em REN 1, entre o ânus e os órgãos genitais, e corre para cima do corpo para terminar em REN 24, no ponto médio abaixo do lábio inferior. A ten ção : não utilize REN 3 e REN 4 durante a
gravidez.
REN 17 TANZHONG No nível do esterno, no espaço entre a quarta e a quinta costela. Trata de dor cardíaca, dor no peito, asma e tosse. Tem efeito calmante.
REN 12 ZHONGWAN 4 cm acima do umbigo. Trata de dor gástrica, vômito, náuseas, flatulência e soluço.
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REN 6 QIHAI 1,5 cm abaixo do umbigo. Intensifica a função de ki por todo o corpo. Trata de prolapso dos órgãos internos, fraqueza de Rim e de todas as deficiências de ki.
REN 3 ZHONGJI 1 cm acima do osso púbico. Trata a retenção e incontinência urinária, emissão seminal, menstruação irregular e problemas no sistema reprodutor.
Meridiano Vaso Governador (DU) DU 1 localiza-se entre a ponta do cóccix e o ânus. O Meridiano termina em DU 28, na boca, na junção entre gengiva e o lábio superior.
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DU 26 RENZHONG No sulco, a dois terços de distância entre o nariz e o lábio. Recupera a consciência.
DU 20 BAIHUI No alto da cabeça, entre as orelhas. Trata todos os tipos de dor de cabeça, tontura e prolapso (em conjunto com e 36). DU 14 DAZHUI Na linha mediana entre a sétima vértebra cervical e a primeira vértebra torácica. Seis Meridianos yang encontram-se neste ponto. Trata asma, epilepsia e esquizofrenia.
DU 4 MINGMEN Na linha mediana entre a segunda e a terceira vértebra lombar. Trata de dor na parte inferior das costas e lumbago. Pontos mais eficientes para tratamento em geral
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Quadro Resumo dos Pontos dos Meridianos Ponto de Alarme – verificador do nível de ki no meridiano. Ponto de Tonificação – aumenta o nível do ki no meridiano. Ponto de Sedação – diminui o nível de ki no meridiano. Ponto Fonte – reforça o trabalho do ponto de tonificação ou do ponto de sedação pelo aumento de comunicação entre os meridianos acoplados. MERIDIANO
PONTO DE ALARME
PONTO DE
PONTO DE
PONTO
PONTO DE
PONTO
TONIFICAÇÃO SEDAÇÃO
FONTE
ASSENTAMENTO
GEKI
Pulmões
P1
P9
P5
P9
B 13
P6
Intestino Grosso
E 25
IG 11
IG 2
IG 4
B 25
IG 1
REN 12
E 41
E 45
E 42
B 21
E 34
F 13
BP 2
BP 5
BP 3
B 20
BP 8
REN 14
C9
C7
C7
B 15
C6
REN 4
ID 3
ID 8
ID 4
B 27
ID 6
Bexiga
REN 3
B 67
B 65
B 64
B 28
B 63
Rins
VB 25
R7
R1
R3
B 23
R5
PC 9
PC 7
PC 7
B 14
PC 4
TA 3
TA 10
TA 4
B 22
TA 7
VB 23
VB 43
VB 38
VB 40
B 19
VB 36
F 14
F8
F2
F3
B 18
F6
Estômago Baço-Pâncreas Coração Intestino Delgado
CirculaçãoSexualidade
ou PC 1, R 11
Pericárdio Triplo-Aquecedor REN 5, 17, 12, 7 Vesícula Biliar Fígado
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16 OS ALONGAMENTOS DOS MERIDIANOS Cada alongamento trabalha um par de meridiano acoplado.
Meridianos: Pulmão e Intestino Grosso
Fique de pé, com os pés paralelos e joelhos “soltos” (ligeiramente flexionados). Cruze os polegares atrás do corpo, na altura das nádegas. Incline-se para frente, trazendo as mãos o máximo possível para o alto e para frente. Deixe os ombros “rodarem” para trás. Mantenha a cabeça erguida e evite curvar as costas na região torácica. Após alguns momentos, erga-se lentamente, flexionando os joelhos para não forçar a região lombar.
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Meridianos: Estômago e Baço-Pâncreas
Sente-se no chão. Dobre uma perna, de modo que o pé fique ao lado da nádega do mesmo lado, e apontado diretamente para trás. Mantenha a outra perna esticada na frente do corpo. Deite-se para trás (apoiando-se nos braços) sem retirar o joelho do chão. Não é necessário deitar-se completamente, só o suficiente para realizar o alongamento. Inverta a posição e alongue a outra perna.
Meridiano: Coração e Intestino Delgado
Sente-se e junte as solas dos pés. Traga-os o mais próximo possível do corpo. Segure os pés com as mãos, mantenha os joelhos próximos ao chão e incline-se para f rente, tentando trazer a barriga de encontro aos pés. Para isso lembre-se de usar a força dos braços, e a não musculatura lombar, e de manter as costas eretas.
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Zen Shiatsu
Meridianos: Rim e Bexiga
Sente-se com as pernas esticadas à frente do corpo. Incline-se para frente, a partir dos quadris, e segure os dedos dos pés com as mãos. Traga o tronco para frente, deitando-o sobre as pernas. Se você tiver dificuldade em segurar os dedos dos pés com as mãos mantendo as costas eretas, utilize uma toalha para “laçar” os pés – mas não curve as costas!
Meridianos: Circulação-Sexo e Triplo Aquecedor
Sente-se com as pernas cruzadas. Cruze também os braços estendendo-os por sobre o joelho da perna oposta. Incline-se para frente, deitando o tórax sobre as pernas e afastando as mãos do corpo. Mantenha a atenção nos braços, e relaxe. As palmas das mãos devem permanecer voltadas para baixo.
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Meridianos: Fígado e Vesícula Biliar
Sente-se com as pernas esticadas e tão separadas quanto possível. Vire o corpo na direção de uma das pernas, incline-se para frente e segure o pé com a mão do lado oposto. Relaxe e traga o tórax de encontro à perna. Como sempre, traga o movimento a partir dos quadris, mantendo as costas relaxadamente eretas. A princípio você pode manter uma mão (a do lado sobre o qual você está se inclinando) no chão, para dar mais equilíbrio. Depois, faça o mesmo alongamento tocando o pé com as duas mãos. Observe que você está alongando o meridiano do fígado na perna oposta, e não aquela sobre a qual você está se inclinando.
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17 PRÁTICA DA AUTOMASSAGEM Para uma prática cotidiana da automassagem devemos escolher um lugar bem arejado e um horário regular, de preferência pela manhã, ainda em jejum, se possível, de frente para o sol nascente ou onde se possam ver árvores e o horizonte. Isto favorecerá a nutrição do corpo pela natureza. Dessa maneira, a automassagem se transformará em um ritual no qual o nosso ser tem a oportunidade de reiniciar, a cada dia, o aprimoramento do seu potencial. Antes de começarmos uma prática de automassagem é sempre bom entrarmos em contato com o nosso interior, centrando a mente na sensação do nosso próprio corpo (o sentido da propriocepção), pela observação do tônus muscular, do ritmo respiratório, da batida do coração e de diversos outros ritmos internos. Atenção especial deve ser dada à respiração. Numa respiração completa todas as partes de tronco se mexem. Os movimentos respiratórios, portanto, é em si, uma forma de automassagem, na qual todos os órgãos internos são mobilizados e vitalizados pelos movimentos de expansão e contratação das paredes do tronco e pala movimentação de subida e descida do diagrama (músculo e tendão em forma de cúpula que separa as cavidades do tórax e do abdômen). Na medicina taoista existem várias técnicas respiratórias com finalidade terapêuticas, e algumas delas serão abordadas mais adiante. Devemos considerar também a nossa postura durante a prática da automassagem. Estando em pé ou sentados, devemos acomodar o nosso corpo relaxadamente, com a coluna ereta. Para isso, podemos experimentar alguns movimentos com a coluna vertebral, alongando os seus músculos e tendões, bem como os dos membros superiores e inferiores. Fazemos isso sempre procurando sentir a atuação da força de gravidade sobre o nosso corpo para com ela interagir de maneira equilibrada e sem rigidez, permitindo um melhor fluxo energético e a integração entre as partes do corpo. Além disso, a postura com a coluna ereta molda um espaço no interior do tronco que acomoda melhor os órgãos internos e permite um melhor desempenho das suas funções. O alinhamento do tronco, juntamente com uma boa respiração, facilita também o fluxo do sangue, de linfa, das secreções internas, do bolo alimentar, dos impulsos nervosos, etc., tornando o conjunto orgânico mais harmonioso. A prática da automassagem pode ser feita em diversas seqüências. Neste livro sugiro que o praticamente familiarizar-se com os principais pontos de massagem de cada parte do corpo. É sempre bom lembrar a importância do aquecimento e da energização das mãos, esfregando uma na outra, antes de começar a massagem. É bom lembrar também que, após a realização da massagem em um lado do corpo, é conveniente repetir o mesmo procedimento do lado oposto, para que a energia fique equilibrada.
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Será apresentada uma seqüência de automassagem bastante completa e que acompanha o fluxo energético dos meridianos através do corpo com técnicas que vão além da estimulação específica de cada ponto. Sua prática ajudará bastante na compreensão do funcionamento dos canais energéticos do ser humano e da ação terapêutica dos diversos pontos de massagem.
Seqüência de Automassagem Esta seqüência é bastante completa e segue o fluxo energético dos meridianos. Sua prática ajudará bastante na compreensão do funcionamento dos canais energéticos do ser humano e na utilização terapêutica dos pontos de massagem. À semelhança dos canais e meridianos, essa seqüência de automassagem pode ser dividida em quatro etapas: 1. Inicia-se no peito e dirige-se para as mãos, pela face palmar dos braços sobre o trajeto dos meridianos Yin do braço (primeiro grupo). Esta etapa da automassagem influencia principalmente o funcionamento do aquecedor superior (Pulmão e Coração) e também tem alguma influência sobre o aquecedor médio (Estômago). Trata, ainda, dos problemas do lado Yin dos membros superiores. 2. Das mãos segue pelo percurso dos meridianos Yang do braço (segundo grupo), situados sobre a face dorsal dos membros superiores, indo em direção aos ombros, pescoço, nuca e cabeça, onde encontram-se com os meridianos Yang da perna, que descem da cabeça até os pés. Os efeitos desta etapa da automassagem são mais marcantes sobre a região Yang dos membros superiores, os ombros, o pescoço e a cabeça (órgãos dos sentidos) e sobre os processos relacionados com os aspectos Yang do corpo. 3. Da cabeça, a automassagem dirige-se aos pés pelo percurso dos meridianos Yang da perna (terceiro grupo), que desce pelas regiões posterior, lateral e ventral do tronco (os pontos Yin dessa região também são estimulados durante essa fase da automassagem) e pelos lados posterior, lateral e antero lateral dos membros inferiores. Tem efeito sobre todas as partes do corpo pelas quais atravessa, inclusive sobre o funcionamento de todos os órgãos internos (que estão dentro do tronco), bem como sobre os aspectos Yang do corpo humano. 4. Dos pés, dirige-se ao peito pelo curso dos meridianos Yin da perna (quatro grupo), localizado na face interna dos membros inferiores e na região ventral do tronco. Atua de forma eficaz no funcionamento dos três aquecedores, principalmente nos aquecedores inferior e médio, e nos aspectos Yin do corpo humano. Dessa maneira, á automassagem é realizada sobre todas as partes do corpo e o fluxo energético dos meridianos é desbloqueado, favorecendo o equilíbrio do organismo como um todo. 107
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Essas quatro etapas encontram-se subdivididas em diversas técnicas, próprias para cada região do corpo, que podem servir de referência para uma automassagem mais localizada e curta. Comece sempre por energizar as mãos, que, aliadas ao poder de concentração da mente, serão os seus instrumentos de trabalho. Para isso, esfregue-as, procurando sentir o calor gerado pelo atrito. Após algumas fricções, coloque as mãos uma em frente à outra e experimente sentir um campo energético entre elas, que pode ser melhor percebido e explorado se aproximamos e afastamos uma mão da outra. À semelhança dessa energização das mãos, despertaremos todas as regiões do nosso corpo, como se segue:
PARA O LADO YIN DOS MEMBROS SUPERIORES Aí estão situados os três meridianos Yin do braço (Pulmão, Coração e Pericárdio), que tratam dos aquecedores superior e médio e dos problemas nos tecidos dos braços e das mãos (dores, dormências, má circulação, falta de força). 1. Com a mão fechada em punho, bata em toda a extensão do lado Yin (face palmar) do braço oposto, desde o peito até a palma da mão. Realize essa descida várias vezes, pelo centro e pelos lados da face interna do membro superior (sobre os três meridianos Yin do braço). Relaxe o máximo possível o braço que está recebendo a massagem. 2. Massageie com o polegar toda a extensão da face interna do antebraço, descrevendo três linhas paralelas que vão da prega do cotovelo até a prega do pulso, sobre os pontos dos três meridianos Yin do braço.
PARA AS MÃOS As mãos são consideradas dois corações. Elas impulsionam a energia pelos seis meridianos do braço (três Yin e três Yang). Através do centro das mãos – ponto Pc 8 (Laogong – palácio do trabalho) – é possível a captação da energia da natureza e a projeção da energia interior. 3. Gire os punhos, dez vezes num sentido e dez vezes no sentido oposto. 4. Massageie com o polegar a palma da mão oposta, com especial atenção ao ponto PC 8 (Laogong – palácio do trabalho) situado no centro da palma. 5. Apoie o polegar no dorso da mão oposta e com os quatro dedos massageie a eminência tênar (parte musculosa da palma da mão na base do dedo polegar). 108
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6. Faça o mesmo na eminência hipotênar (parte musculosa da palma da mão na base do dedo mínimo). 7. Segure, massageie a torça com os dedos polegar e indicador cada dedo da mão oposta, puxando-os desde a base até a ponta. 8. Com os dedos polegar e indicador belisque a aperte os cantos das unhas e a ponta de cada dedo.
PARA O LADO YANG DOS MEMBROS SUPERIORES Este lado conecta-se com as costas, o pescoço, a cabeça e com os órgãos dos sentidos, dispersa o calor e os sintomas exteriores e trata da saúde dos músculos e tecidos dos ombros, dos braços e das mãos (dores, dormências, má circulação, falta de força, etc.). 9. Com o polegar ou com as pontas dos outros dedos massageie o dorso das mãos, entre os ossos metacarpianos, em direção do punho. 10. Massageie, com o polegar, entre os ossos do dorso do antebraço, do punho até o cotovelo e localize os pontos dos meridianos Yang do braço. 11. Amasse, com a mão e os cinco dedos, toda a face externa do membro superior desde a mão até o ombro.
PARA OS OMBROS Os ombros são os encaixes dos braços no tórax e estão intimamente ligados ao pescoço, à cabeça e também ao peito (encaixe frontal dos braços). A partir da massagem dos ombros podemos cuidar da saúde de todas essas regiões do corpo. 12. Cruze o braço pela frente do pescoço e massageie profusamente todo o ombro do lado oposto, usando a base da palma da mão em oposição aos dedos, amassando toda a musculatura dessa área. Descanse uma mão enquanto a outra trabalha. 13. Com as pontas dos dedos explore as áreas sobre a escápula (acima e abaixo da espinha escapular), entre a escápula e a coluna e sobre as vértebras torácicas. 14. Com a ponta do dedo médio massageie, ou bata com a base da mão fechada em punho, no ponto situado no topo do ombro – ponto VB 21 (Jianjing – poço do ombro). 15. Gire os ombros para trás e para frente. 16. Suspenda os ombros, inspirando o ar pelo nariz, e deixe-os cair com o peso dos braços, soltando o ar pela boca.
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PARA O PESCOÇO E NUCA O pescoço é dotado de ampla e precisa movimentação, que mantém a cabeça em seu lugar. Ele possui vários canais que permitem a integração entre a cabeça e o restante do corpo (os órgãos internos e o sistema locomotor) e faz a ligação entre o coração e a mente, entre a emoção e a razão. A movimentação e o tônus da coluna cervical e da nuca influenciam todos os órgãos da cabeça e do pescoço. 17. Com a mão em concha, massageie toda a extensão do pescoço, dos ombros até a nuca. 18. Com os quatro dedo das mãos apoiado na cabeça massageie e nuca com os polegares, explorando toda a sua extensão desde o osso atrás dos ouvidos (processo mastóideo) e da base do crânio até o centro. 19. Ainda com as mãos na posição anterior, encontre e massageie os pontos mais profundos da nuca, um de cada lado – ponto VB 20 (Fengchi – poço do vento). Aperte-os com firmeza durante alguns segundos e solte-os. Procure notar o efeito que esse ponto tem sobre o rosto e a cabeça em geral. 20. Com a coluna ereta, abaixe a cabeça devagar para frente, aproximando o queixo do peito enquanto alonga a musculatura posterior do pescoço. Depois, realize a movimentação oposta, contraindo vagarosamente a musculatura posterior do pescoço enquanto leva a cabeça para trás. Faça esse exercício cerca de três vezes para frente e para trás. 21. Vire suavemente a cabeça para um lado e depois para o outro (como se fosse olhar para os lados). Proceda dessa maneira cerca de três vezes para cada lado. 22. Faça, agora, o movimento de deitar a cabeça num ombro e depois no outro, alongando gentilmente a musculatura lateral do pescoço. Repita três vezes para cada lado. 23. Com a referência na ponta do nariz, gire a cabeça e descreva, lentamente, o maior círculo que conseguir, três vezes no sentido horário e três vezes no sentido antihorário. 24. Deixe a cabeça pender para frente e, lentamente, gire-a três vezes no sentido horário e três vezes no sentido anti-horário.
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PARA A CABEÇA A cabeça é um dos pólos de troca de energia do corpo com a natureza. Possui várias entradas e saídas, contêm os órgãos dos sentidos, o cérebro, o cerebelo, as glândulas hipófise e pineal e, através do pescoço, está conectada com o tronco e membros. 25. Encontre, no topo da cabeça, e massageie com o dedo médio o ponto DU 20 (Baihui – cem encontros), situado no centro de uma linha imaginária que une dos ápices das orelhas. Opcionalmente, coloque uma palma acima da outra e gire 40 vezes, no sentido horário, sobre esse ponto; ou, ainda, puxe uma mecha de cabelo acima do ponto, ou tente agarrá-lo com os dedos polegar, indicador, médio e anular. Com a ponta do dedo médio, faça algumas percussões sobre esse ponto e atente para o som e a vibração. 26. Bata com as pontas dos dedos relaxados sobre toda a área do couro cabeludo, nuca e testa. 27. Com as duas mãos, alternadamente, segure mechas do cabelo e movimente assim toda a extensão do couro cabeludo.
PARA OS OLHOS Os olhos e o olhar fazem parte de um complexo sistema energético que envolve várias funções do ser humano. Diversos músculos (dos globos oculares, das pálpebras, da testa, das têmporas, da nuca e do pescoço) movimentam o olhar, e o tônus dessa musculatura pode ser regulado pela massagem nessas áreas.
28. Com o polegar e o indicador, belisque e massageie os pontos entre os olhos, na junção do nariz com a testa. 29. Com o dedo médio, faça a percussão do ponto central entre as sobrancelhas – ponto extra (Yintang – terraço do sinal) – e preste atenção ao som. 30. Deslize várias vezes os quatro dedos das mãos sobre a testa, do centro para os lados, como que varrendo as tensões dessa área. 31. Com os polegares ou com os dedos indicadores e médio, massageie o ponto extra (Taiyang – o sol), que fica numa depressão nas têmporas, logo atrás das órbitas dos olhos. 32. Com os dedos polegares, indicadores e médios massageie toda a extensão das sobrancelhas, do centro para a periferia. 111
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33. Com os dedos polegares e indicadores, belisque e puxe levemente as pálpebras superiores fazendo um pequeno barulho. 34. Com os polegares ou com o polegar e o dedo médio, um em cada olho, sobre as pálpebras fechadas, massageie, gentilmente, os globos oculares. 35. Com a coluna ereta e a cabeça parada, dirija vagarosamente o olhar para cima e para baixo e para a esquerda e também no sentido das diagonais. 36. Gire algumas vezes os olhos no sentido horário e anti-horário. 37. Olhe para frente e pisque, repetidamente, os olhos. 38. Aqueça as mãos, friccionando-as e coloque-as em forma de concha em frente aos olhos. Receba neles o calor e a energia das mãos durante alguns segundos. 39. Inspire pelo nariz com os olhos fechados e expire pela boca abrindo os olhos.
PARA O NARIZ As narinas filtram, aquecem e umidificam o ar que entra para os pulmões e o sentido do olfato orienta o organismo em suas funções vitais.
40. Com os dedos indicadores e médios, esfregue o osso e também as cartilagens do nariz e depois rode, com a ajuda dos dedos, a ponta do nariz nas duas direções. 41. Com os dedos médios, massageie o ponto situado numa depressão bem ao lado da asa do nariz – ponto IG 20 (Yingxiang – fragrância bem-vinda).
PARA A BOCA A musculatura da boca, à semelhança da dos olhos, está propensa a contrações musculares crônicas que causam bloqueios e impedem o livre fluxo de energia. A salivação e os dentes têm um importante papel na digestão dos alimentos e na saúde do estômago. 42. Com os quatro dedos juntos sobre as bochechas e os lábios relaxados massageie as gengivas e as raízes dos dentes, em cima e embaixo. Atenção especial deve ser dada à área do músculo masseter, que processa a mastigação. Ele fica em frente ao ouvido o sobre a parte posterior da mandíbula. 43. Penetre as pontas dos polegares sob toda a extensão do seio maxilar (maçã do rosto). 44. Com os dedos polegares, massageie toda a extensão dos tecidos situados entre a mandíbula e o início do pescoço.
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45. Com a ponta da língua, massageie o céu e o assoalho da boca, bem como o espaço entre a gengiva e a bochecha. Junte a saliva gerada pela massagem, engula e acompanhe a sua chegada ao estômago.
PARA OS OUVIDOS O órgão da audição encontra-se intimamente relacionado com o labirinto. Ambos estão situados dentro do osso temporal e fazem parte, juntamente com os olhos e com o cerebelo, do sistema de equilíbrio do corpo. 46. Massageie em torno da raiz das orelhas com os polegares ou com os dedos indicadores, médios e anulares. 47. Com os polegares e os indicadores, puxe as orelhas para baixo, para cima e para trás. 48. Coloque as pontas dos dedos médios, com as palmas voltadas para frente, dentro dos canais auditivos e, gentilmente, balance as mãos. 49. Percorra, com a ponta do dedo indicador, os sulcos das orelhas. Tenha em mente o mapa das áreas reflexas do corpo humano na orelha. 50. Com a ponta da unha do dedo polegar e com a ajuda do dedo indicador, belisque e pressione as áreas reflexas das orelhas.
PARA A REGIÃO ANTERIOR DO PESCOÇO Área bastante delicada, onde se situam vários canais e órgãos, como as glândulas tireóide e paratireóides, a laringe (órgão da fala), a traquéia, a garganta, o estômago, artérias, veias e nervos.
51. Deslize suavemente, cerca de três vezes, o polegar em oposição aos quatro dedos pela parte anterior do pescoço, na direção do queixo para o tórax, pelos lados da traquéia e sobre o músculo esternocleidomastóideo.
PARA O PEITO O peito faz parte da cintura escapular, que amarra os braços no tórax. Existe um canal de energia que se estende do peito até as palmas das mãos. O tórax é considerado pela medicina chinesa um palácio onde mora o monarca (o Coração) e seus ministros (os Pulmões). O peito é um centro energético capaz de influenciar todas as funções do organismo.
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52. Massageie com as pontas dos quatro dedos toda a extensão do osso externo, bem como as cartilagens costais e os espaços intercostais, ao lado do osso. 52. Com as pontas dos dedos indicador, médio e anular, massageie abaixo das clavículas, indo do osso esterno até os ombros. Localize e massageie os pontos P 2 (Yunmem – portão das nuvens) e P 1 (Zhongfu – palácio central) e sinta seus efeitos sobre o tórax e membros superiores. 53. Com as pontas dos quatro dedos, massageie três vezes em torno da base dos seios. 54. Segure firmemente os seios com as mãos e gire-os, aproximando um do outro durante o movimento de subida e separando-os durante o movimento de descida. 55. Com as palmas das mãos, esfregue os lados do tronco, das axilas até o osso ilíaco, na bacia. 56. Com a mão fechada em punho, bata no lado oposto do tronco, das axilas até o osso ilíaco. 57. Solte mais uma vez os ombros.
PARA O ABDÔMEN O abdômen contém numerosos órgãos, digestivos, urinários e endócrinos, que podem ser regulados por meio da massagem e da pulsação da respiração nessa área. Também é a sede de numerosas emoções do ser humano. 58. Com as pontas dos dedos ou com uma sobre a outra, massageie todo o abdômen fazendo um círculo, no sentido horário, em torno do umbigo. 59. Com os quatro dedos massageie as bordas das costelas e, se possível, tente penetrar os dedos atrás do rebordo costal. Evite fazer essa massagem abaixo do osso esterno. 60. Com o polegar ou os dedos indicador, médio e anular, ou ainda com a palma da mão, massageie o ponto médio da distância entre o osso esterno e o umbigo – ponto REN12 (Zhongwan – meio do estômago). 61. Faça o mesmo em dois pontos situados três dedos de cada lado do umbigo – ponto E25 (Tianshu – pólo do céu). 62. Idem para os pontos situados dois e quatro dedos abaixo do umbigo – pontos REN 6 (Qihai – mar de energia) e REN 4 (Guanyuan – armazém de energia), respectivamente. 63. Com os dedos indicadores, médios e anulares, massageie toda a extensão do osso púbico.
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PARA O PERÍNEO A musculatura do períneo compõe o assoalho pélvico e dá sustentação aos órgãos genitais, à bexiga e ao reto. A movimentação do períneo impulsiona a circulação do sangue e da energia dessa região e promove o retorno do sangue para o coração. Os orifícios do períneo e os órgãos da pelve fazem com que essa região seja, assim como a cabeça, um importante pólo para o fluxo energético entre o indivíduo e o mundo. 64. Contraia e relaxe, várias vezes, ritmicamente, a musculatura do períneo. 65. Com os dedos indicador, médio e anular, massageie toda a área do períneo. 66. Com a ponta do dedo médio, massageie o ponto situado entre o ânus e o osso coccíneo – ponto DU1 (Changqiang – força duradoura). 67. Idem para o ponto situado entre o ânus e a genitália externa – ponto REN 1 (Huiyin – encontro Yin).
PARA A REGIÃO LOMBAR A região lombar está relacionada ao Rim. A coluna vertebral dessa área, como no pescoço, é bastante flexível e aí o tronco se curva ao meio onde unem-se as partes inferiores (pélvis) e a emoção (coração) estão em contato através dessa articulação, que situa-se entre os rins e recebe o nome de portão da vida. 68. Com as mãos em punho, bata, confortavelmente, na região lombar, da altura dos rins até o osso sacro. 69. Com as palmas das mãos esfregue a região renal, de cima para baixo. 70. Com as pontas dos polegares ou dos outros dedos, massageie toda a superfície e bordas do osso sacro, bem como a região lombar e as nádegas.
PARA OS MEMBROS INFERIORES Os membros inferiores dão suporte e locomoção para o restante do corpo; são raízes que nos ligam à energia da terra.
71. Com as mãos em punho, bata em toda a região das nádegas. 72. Com as mãos em punho, bata nas coxas, descendo pelas regiões antero lateral, lateral e posterior e subindo pela face interna e antero medial. 115
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73. Com os polegares, massageie toda a região das nádegas. 74. Com as palmas das mãos, segure a musculatura da coxa e gire-a, várias vezes, em torno do osso da coxa (fêmur), deslizando as mãos do quadril até o joelho.
PARA OS JOELHOS Quando estiver em pé, mantenha os joelhos flexionados, de modo a ganhar mais equilíbrio e ter sempre disponível a energia de um impulso que se transmite para cima e apóia o corpo e suas funções. 75. Deslize, com movimentos circulares, as palmas das mãos sobre os joelhos. 76. Envolva a rótula com as pontas dos dedos e pressione ao seu redor. 77. Com o polegar e o dedo indicador, localize e pressione os pontos E 34 (Liangqiu – monte do grão) e BP 10 (Xuehai – mar de sangue), situados três dedos acima da borda superior da rótula. 78. Com o dedo polegar, massageie o centro da prega posterior do joelho – ponto B 40 (Weizhong – centro verdadeiro), enquanto apóia o dedo médio na parte anterior da perna um pouco abaixo do joelho – ponto E 36 (Zusanli – três “léguas” da perna).
PARA A PERNA A movimentação da musculatura da batata da perna promove a circulação sangüínea e bombeia o sangue de volta para o coração. 79. Com o polegar, apoiado pelos outros dedos, massegeie uma linha no meio da batata da perna, descendo do joelho até o tornozelo (meridiano da Bexiga). 80. Com as bases das palmas, aperte simultaneamente cada lado da batata da perna comprimindo-a várias vezes, descendo do joelho até o tornozelo. 81. Deslize o polegar pela parte lateral da perna, descendo, várias vezes, do joelho até o tornozelo (meridiano da Vesícula Biliar). 82. Faça o mesmo movimento de deslizamento com o polegar, desta vez descendo por uma linha situada um dedo ao lado da borda anterior do osso tíbia, do joelho até o tornozelo (meridiano do Estômago). 83. Localize e massageie o ponto E 36 (Zusanli – três “léguas” da perna) situado no início da linha do item anterior.
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PARA OS PÉS Os pés são também considerados dois corações, que impulsionam a energia pelos seis meridianos da perna (três Yin e três Yang). As solas dos pés apresentam o reflexo de todos os órgãos e partes do corpo, que podem ser tratados pela massagem nessa área. Os pés são capazes de absorver a energia da terra através do ponto R 1 (Yongquan – fonte jorrante). 84. Gire cada pé dez vezes no sentido horário e dez vezes no sentido anti-horário. 85. Com os quatro dedos, localize e massageie os pontos em torno do maléolo externo e na região lateral do dorso do pé. 86. Com as mãos, balance os pés deixando-os bem soltos. 87. Dê tapas em toda a extensão da planta do pé. 88. Com o polegar e o indicador, puxe e torça cada dedo do pé, no sentido da base para a ponta. 89. Com os polegares, massageie toda a extensão da planta do pé, delimitando as regiões reflexas dos órgãos. 90. Com o polegar, massageie a face interna do pé, na linha entre a planta e o peito do pé (onde a pele muda de cor), no sentido da ponta para o calcanhar (meridiano do Baço/Pâncreas). 91. Com o polegar, massageie entre o primeiro e o segundo ossos metatarsianos. Localize e massageie o ponto F 3 (Taichong – grande torrencial), situado nessa região. 92. Massageie e localize os pontos em torno do maléolo interno. 93. Com o polegar em oposição aos quatro dedos ou à articulação interfalangiana proximal do dedo indicador, belisque o tendão de Aquiles.
PARA A PERNA (LADO YIN) Nessa região encontram-se os três meridianos Yin da perna, que nutrem de energia da terra os órgãos da pelve e do abdômen.
94. Com o polegar, massageie imediatamente atrás do osso tíbia, na face interna da perna, do tornozelo até abaixo do joelho (meridiano do Baço/Pâncreas). 95. Proceda da mesma maneira cerca de dois dedos atrás do mesmo osso (tíbia), subindo do tornozelo até abaixo do joelho (meridiano do Rim).
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