PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR
Português p/ Polícia Federal (teoria e questões comentadas) Aula 1 (Relações de coordenação e subordinação entre termos da oração e entre orações. Emprego dos sinais de pontuação. Domínio da estrutura morfossintática do período.) Olá! Seja bem-vindo (a) ao nosso curso de Português para a Polícia Federal. Nossa intenção neste curso é transmitir a você o conteúdo exigido na prova praticando com questões anteriores da banca CESPE, para que não haja nenhuma surpresa na hora da prova. Com isso, é natural o número de páginas ser grande, e isso favorece você; pois necessitamos aprofundar em alguns tópicos e praticar nas questões, a fim de estarmos prontos para atingirmos o nível que o concurso exige. Uma coisa importante é o local em que estudamos: se for escolhido um lugar que propicie interpelação de outras pessoas, tirando a sua atenção, mesmo que de vez em quando, isso não traz benefícios ao seu estudo. Local de estudo deve ser claro e SILENCIOSO. Ah! Cuidado com a postura ao sentar-se, pois isso pode derrubar seu entusiasmo. Ninguém consegue estudar se passar a ter uma dor na coluna, correto?!!!!!! Siga uma rotina, escolha dias certos para estudar nossa matéria, horários fixos ajudam a nossa disciplina intelectual. E concurseiro que não tem disciplina, organização e persistência não passa. Antes de entrarmos no tema desta aula, você verá em muitas questões expressões como “valor “valor semântico”, semântico”, “morfologia”, morfologia”, “erro sintático”, sintático”, “erro gramatical ” etc. Mas o que significam essas expressões? Para responder a isso, vamos trabalhar os princípios gramaticais. gramaticais. A gramática normativa divide-se em três estruturas básicas: a semântica, a morfologia e a sintaxe. sintaxe. O valor semântico é semântico é o sentido que o vocábulo terá no contexto da frase. A base de seu estudo são os sentidos das conjunções coordenativas, subordinativas adverbiais, preposições, além dos substantivos, adjetivos e advérbios. A morfologia é morfologia é tudo que norteia o vocábulo em si: a fonologia (som da palavra), a estrutura da palavra, a ortografia, a acentuação gráfica e as classes de palavras. Estas classes são os nomes dos vocábulos dentro de uma frase. Esses vocábulos podem ser: a) substantivo (dá nome aos seres); b) artigo (determina o substantivo); c) adjetivo (caracteriza o substantivo); d) advérbio (modifica o verbo, adjetivo ou outro advérbio); e) pronome (substitui ou acompanha um termo substantivo); f) verbo (transmite processos, como ação, atividade intelectual, desejo, etc); g) conjunção (liga orações ou palavras); h) preposição (liga orações, palavras ou inicia complementos); i) numeral (quantifica, ordena, multiplica ou divide os seres); j) interjeição (marca exclamações). Prof. Décio Terror
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Essas classes de palavras normalmente ocupam uma função sintática, sintática, que é o seu desempenho dentro de uma oração. Uma classe gramatical pode desempenhar várias funções sintáticas, dependendo do contexto em que é inserida. Um substantivo, por exemplo, pode desempenhar as funções de sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicativo, vocativo, aposto, agente da passiva. Já um adjetivo pode, além das funções de predicativo e aposto, desempenhar a de adjunto adnominal. O advérbio ocupa unicamente a função de adjunto adverbial. Das classes gramaticais, as que não possuem funções sintáticas são o verbo, a conjunção, a preposição e a interjeição. Veja a seguir um quadro que estrutura melhor essa explicação: Classe de palavras
Substantivo
(valor substantivo)
Adjetivo
(valor adjetivo)
Artigo
(valor adjetivo)
Pronome
(valor substantivo)
(valor adjetivo)
(valor substantivo) Numeral
(valor adjetivo) Advérbio Verbo Preposição Conjunção Interjeição Prof. Décio Terror
Função sintática Núcleo do sujeito Núcleo do objeto direto Núcleo do objeto indireto Núcleo do complemento nominal Núcleo do aposto Núcleo do predicativo Núcleo do agente da passiva Vocativo Aposto Adjunto adnominal Predicativo Adjunto adnominal Núcleo do sujeito Núcleo do objeto direto Núcleo do objeto indireto Núcleo do complemento nominal Núcleo do aposto Núcleo do predicativo Núcleo do agente da passiva Vocativo Aposto Adjunto adnominal Predicativo Núcleo do sujeito Núcleo do objeto direto Núcleo do objeto indireto Núcleo do complemento nominal Núcleo do aposto Núcleo do predicativo Núcleo do agente da passiva Vocativo Aposto Adjunto adnominal Predicativo Adjunto adverbial
(sem função sintática)
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Essas classes de palavras normalmente ocupam uma função sintática, sintática, que é o seu desempenho dentro de uma oração. Uma classe gramatical pode desempenhar várias funções sintáticas, dependendo do contexto em que é inserida. Um substantivo, por exemplo, pode desempenhar as funções de sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicativo, vocativo, aposto, agente da passiva. Já um adjetivo pode, além das funções de predicativo e aposto, desempenhar a de adjunto adnominal. O advérbio ocupa unicamente a função de adjunto adverbial. Das classes gramaticais, as que não possuem funções sintáticas são o verbo, a conjunção, a preposição e a interjeição. Veja a seguir um quadro que estrutura melhor essa explicação: Classe de palavras
Substantivo
(valor substantivo)
Adjetivo
(valor adjetivo)
Artigo
(valor adjetivo)
Pronome
(valor substantivo)
(valor adjetivo)
(valor substantivo) Numeral
(valor adjetivo) Advérbio Verbo Preposição Conjunção Interjeição Prof. Décio Terror
Função sintática Núcleo do sujeito Núcleo do objeto direto Núcleo do objeto indireto Núcleo do complemento nominal Núcleo do aposto Núcleo do predicativo Núcleo do agente da passiva Vocativo Aposto Adjunto adnominal Predicativo Adjunto adnominal Núcleo do sujeito Núcleo do objeto direto Núcleo do objeto indireto Núcleo do complemento nominal Núcleo do aposto Núcleo do predicativo Núcleo do agente da passiva Vocativo Aposto Adjunto adnominal Predicativo Núcleo do sujeito Núcleo do objeto direto Núcleo do objeto indireto Núcleo do complemento nominal Núcleo do aposto Núcleo do predicativo Núcleo do agente da passiva Vocativo Aposto Adjunto adnominal Predicativo Adjunto adverbial
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Naturalmente, você não tem que decorar esse quadro, ele é apenas um elemento de consulta, para que você compreenda melhor a diferença entre morfologia, semântica e sintaxe. Agora, vamos ao tema desta aula. O edital prevê a coordenação e subordinação entre termos e orações. Vimos na aula demonstrativa a coordenação entre orações. Agora, você reconhecerá a função sintática dos termos para entender a subordinação entre os termos das orações, a coordenação entre eles e a subordinação entre orações. Tudo isso será trabalhado com vistas ao valor semântico (sentido das palavras) e à pontuação. O que é sintaxe? A sintaxe trabalha a relação das palavras dentro de uma oração. Basicamente uma oração deve ter um verbo e este verbo normalmente se flexiona de acordo com o sujeito (de quem se fala) e relaciona-se com o predicado (o que se fala), de acordo com a transitividade. Veja as frases a seguir para que fique tudo bem claro. Pautemo-nos na estrutura SVO (sujeito verbo complemento). 1. O candidato realizou a prova. 2. duvidou do gabarito. 3. enviou recursos à banca examinadora. 4. tem certeza de sua aprovação. 5. viajou. 6. estava tranquilo. →
→
predicado sujeito Toda vez que fazemos uma análise sintática, devemos nos basear no verbo. A partir dele, reconhecemos os outros termos da oração. Não se quer aqui que você decore todos os termos da oração, basta entendê-los, pois a banca CESPE tem uma forma bem própria de cobrar isso em prova. Veja os verbos elencados nos exemplos. Todos eles estão no singular. Isso ocorreu porque eles dizem respeito a um termo, que é o sujeito “O “O candidato”. candidato”. Se ele está no singular, é natural que o verbo também esteja. Já que o verbo se flexiona de acordo com o sujeito, a gramática dá o nome a isso de “concordância verbal”. Há um capítulo que trata só deste assunto em qualquer gramática por aí. Mas há tanta regra de concordância, será que temos que decorar tudo? Definitivamente não! Você deve entender quem é o sujeito, qual é o tipo, para saber flexionar o verbo. Então nada daquela decoreba da concordância verbal, para esta banca. Concordância verbal 1. O candidato 2. 3. 4. 5. 6. sujeito Prof. Décio Terror
realizou duvidou enviou tem viajou. estava
a prova. do gabarito. recursos à banca examinadora. certeza de sua aprovação. tranquilo. predicado
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Vimos, simplificadamente, a relação do sujeito com o verbo, chamada de concordância verbal. Na aula 2, aprofundaremos nisso. Agora, vamos trabalhar a relação do verbo dentro do predicado. Nas frases de 1 a 4, os verbos “realizou “ realizou”, ”, “duvidou”, duvidou”, “enviou” enviou” e “tem” tem” necessitam dos vocábulos posteriores para terem sentido na oração, por exemplo: realizou o quê?, duvidou de quê?, enviou o quê? a quem?, tem o quê? Assim, você vai notar que eles dependem dos termos subsequentes para terem sentido. Isso ocorre porque o sentido deve transitar do verbo para o complemento. Por isso falamos que o verbo é transitivo. Sozinho, não consegue transmitir todo o sentido, necessitando de um complemento. Dessa forma, os termos “a “a prova”, prova”, “do gabarito”, gabarito”, “recursos”, recursos”, “à banca examinadora” examinadora” e “certeza “certeza”” completam o sentido destes verbos. Para facilitar o entendimento, podemos dizer que a preposição seria um obstáculo. Havendo uma preposição, o trânsito é indireto. Retirando-se a preposição, o trânsito é livre, direto. Então observe o verbo “realizou “realizou”. ”. Ele não exige preposição. Assim, o termo que vem em seguida é seu complemento verbal direto. Já o complemento do verbo “duvidou “duvidou”” é indireto, pois o trânsito está dificultado (indireto) tendo em vista a preposição “de “ de”. ”. Já que, na frase 1, há complemento verbal direto, o verbo “realizou “ realizou”” é chamado de transitivo direto (VTD). Na frase 2, como há preposição exigida pelo verbo “duvidou “duvidou”, ”, diz-se que este verbo é transitivo indireto (VTI) e seu complemento é indireto. Na frase 3, há dois complementos exigidos pelo verbo: um(direto) e outro(indireto). A gramática dá o nome a todo complemento verbal de objeto, por isso o complemento verbal direto é o objeto direto (OD) e o complemento verbal indireto é o objeto indireto(OI). Já que entendemos que a transitividade é uma exigência do verbo, pois necessita de um complemento verbal, a gramática dá o nome a este processo de “Regência”, pois ele exige, rege o complemento. Se é um verbo que exige, é natural que a regência seja verbal. Há H á um capítulo na gramática que trabalha só isso: Regência Verbal (reconhecimento da transitividade do verbo), a qual veremos na aula 3. Este tema não está especificado no edital da Polícia Federal 2012, mas vai ser cobrado em outros temas, como a subordinação entre os termos e entre as orações. Mas agora cabe apenas entender a estrutura abaixo. Veja: Regência Verbal 1. O candidato 2. 3. sujeito
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realizou a prova. VTD + OD duvidou do gabarito. VTI + OI enviou recursos à banca examinadora. VTDI + OD + OI predicado
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Mas não é só o verbo que pode ser transitivo. Nome também pode ter transitividade. Nomes como “certeza”, obediência, dúvida, longe, perto, fiel , etc são chamados de transitivos porque necessitam de um complemento para terem sentido. Alguém tem certeza de algo, dúvida de algo, obediência a alguém ou a algo. Alguém mora perto de outra pessoa ou longe dela. Alguém é fiel a algo ou a alguém. Estes nomes exigem transitividade, com isso há um complemento, o qual é chamado de complemento nominal (CN). Note que os complementos são elementos exigidos por verbo ou nome. Assim, são termos subordinados. Logicamente, há contextos em que o complemento não estará explícito na frase; por exemplo, se queremos dizer que alguém reside muito distante, podemos dizer que ele mora longe. Neste caso o nome “longe” deixou de ser transitivo, não exigiu o complemento nominal, pois este ficou implícito. Por isso não devemos decorar, mas entender o contexto, a funcionalidade. Se o complemento não está explícito, não temos de identificá-lo. Falamos que o nome exige complemento, mas tudo depende do contexto. Vimos que a regência verbal trata basicamente do complemento do verbo. Se há um nome que exige complemento, então temos a Regência Nominal. Regência Nominal
Veja a frase 4: 4. O candidato sujeito
tem VTD
certeza + OD +
de sua aprovação. CN
predicado
Note que o verbo “tem” é transitivo direto e “certeza” é o objeto direto. A expressão “de sua aprovação” não complementa o verbo, ela complementa o nome “certeza”: certeza de sua aprovação. O estudo da Regência Nominal, na realidade, é realizado para descobrirmos quais preposições iniciam o complemento nominal. Então atente quanto à diferença da oração 3 (VTDI + OD + OI) para a 4 (VTD + OD + CN). Agora, vamos à oração 5. Note que o verbo “viajou” não exige nenhum complemento verbal. Então não há transitividade. Se quisermos uma estrutura posterior, naturalmente inseriremos uma ou mais circunstâncias. A essas circunstâncias damos o nome de adjunto adverbial. Poderíamos dizer que o candidato viajou a algum lugar, em determinado momento, o modo como viajou, a causa da viagem. Tudo isso são circunstâncias, as quais possuem o valor de lugar, tempo, modo e causa. Essas são as circunstâncias básicas, mas há mais e veremos adiante. Então veja como ficaria: Prof. Décio Terror
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O candidato viajou para São Paulo ontem confortavelmente a trabalho. sujeito
VI
Adj Adv lugar
Adj Adv tempo
Adj Adv modo
Adj Adv causa
O adjunto adverbial não ocorre só com verbo intransitivo, ele pode aparecer junto a qualquer verbo. Por exemplo, nas frases 1 a 3, poderíamos inserir o adjunto adverbial de tempo “ontem”. Na frase 4, poderíamos inserir o adjunto adverbial de causa: “devido a seu estudo”. Essas 5 frases possuem verbos com transitividade (VTD, VTI, VTDI) e sem transitividade (VI). Toda vez que, na oração, ocorrem esses tipos verbais, dizemos que eles são os núcleos (palavra mais importante) do predicado, assim teremos os Predicados Verbais, com a seguinte estrutura: Predicado verbal =
VTD + OD VTI + OI VTDI + OD + OI VI
Esse é o esquema básico, e nada impede de haver adjunto adverbial e complemento nominal em todos eles. Falta apenas um tipo de verbo: o de ligação. Veja a frase 6: O candidato estava tranquilo. O termo “tranquilo” caracteriza o sujeito “O candidato”, por isso se flexiona de acordo com ele. O verbo “estava” serve para ligar esta característica ao sujeito, por isso é chamado de verbo de ligação, e o termo que caracteriza o sujeito é chamado de predicativo. O predicativo serve normalmente para caracterizar o sujeito e por isso se flexiona de acordo com ele. Se o sujeito fosse “candidata”, naturalmente o predicativo seria “tranquila". A essa flexão de um predicativo em relação ao sujeito damos o nome de Concordância Nominal. Na gramática, há um capítulo só para a concordância nominal, e a flexão do predicativo em relação ao sujeito é um dos pontos principais, mas isso veremos em outra aula. O predicativo sempre será núcleo do predicado, por causa disso seu predicado é chamado de Predicado Nominal, com a seguinte estrutura: Predicado Nominal = VL + predicativo O predicativo não ocorre somente no predicado nominal, ele também pode fazer parte do predicado verbo-nominal; mas isso é assunto para ser visto adiante. Por enquanto, é importante entender a seguinte estrutura:
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PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Concordância verbal
1. O candidato
Regência verbal
realizou a prova. VTD + OD duvidou do gabarito. VTI + OI enviou recursos à banca examinadora. VTDI + OD + OI
2. 3.
Predicado Verbal
Regência nominal
4.
tem certeza VTD + OD viajou. VI estava tranquilo. VL + predicativo
5. 6.
de sua aprovação. + CN Predicado Nominal
Concordância nominal
sujeito predicado Pronto, reconhecemos os tipos de verbos, agora falaremos um pouco sobre o sujeito. Ele é um termo da oração do qual se declara alguma coisa. Possui um núcleo (palavra de valor substantivo) e geralmente algumas palavras de valor adjetivo que servem para caracterizá-lo. Veja a oração abaixo. As primeiras viagens de Joaquim foram excelentes. sujeito
Predicado nominal
O verbo de ligação “foram” e o predicativo “excelentes” flexionaram-se no plural porque o substantivo “viagens” está no plural. Esse substantivo, por ser a palavra principal dentro do sujeito e não ser antecedido de preposição, possui a função sintática de núcleo do sujeito. Ele leva o verbo “foram” a concordar com ele (concordância verbal) e o predicativo “excelentes” também (concordância nominal). Além disso, dentro do sujeito, há palavras que servem para caracterizá-lo: “ As”, “ primeiras” e “de Joaquim”. Essas palavras têm a função sintática de adjunto adnominal, cujo papel é caracterizar o núcleo e se flexionar de acordo com ele (concordância nominal). Note que, dentro do sujeito, apenas a expressão “de Joaquim” não sofreu flexão, isso porque é uma locução; assim a preposição (de) e o sentido impedem essa flexão. Veja as funções sintáticas: Concordância nominal Concordância nominal
As Adj Adn
primeiras Adj Adn
viagens de Joaquim núcleo
Adj Adn
sujeito
foram excelentes. verbo de ligação
predicativo
Predicado nominal Concordância verbal
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Com base no que vimos até agora, percebemos a estrutura básica dos predicados verbal (VTD + OD; VTI + OI; VTDI + OD + OI; VI) e nominal (VL + predicativo). Portanto, podemos observar que não pode haver vírgula entre sujeito, verbo e complementos. Observe as orações anteriores. Elas não possuem vírgula, justamente porque são constituídas de termos básicos da oração. Atente ao fato de que os objetos direto e indireto servem para completar o sentido do verbo e o complemento nominal serve para completar o sentido do nome. Lembre-se também de que o predicativo existe para caracterizar o sujeito. Diferença entre subordinação e coordenação dos termos: O termo subordinado é aquele que depende de outro para ter sentido. Assim, complemento verbal ou nominal são termos subordinados. sujeito + VTD +
objeto direto +
complemento nominal
A indústria t e m necessidade de profissionais qualificados. subordinação
subordinação
Cada termo tem seu núcleo (palavra mais importante). Havendo mais de um núcleo, passamos a ter uma relação de coordenação: subordinação
A indústria e o comércio a b s o r v e m muitos profissionais de nível superior e técnico. coordenação
coordenação
O termo “ A indústria e o comércio” é o sujeito composto (os núcleos “indústria” e “comércio” estão coordenados), o verbo “absorvem” é transitivo direto e o termo “muitos profissionais de nível superior e técnico” é o objeto direto (termo subordinado), cujo núcleo é “ profissionais”, e os termos “muitos”, “de nível superior e técnico” são os adjuntos adnominais. Dentro deste adjunto adnominal, há termos enumerados, coordenados: “superior ” e “técnico”. Agora, vamos trabalhar cada função sintática e suas peculiaridades: Adjunto adnominal: Cada termo sintático da oração necessita de um núcleo, constituído de um substantivo ou palavra de valor substantivo. Esse núcleo pode ser caracterizado, determinado, modificado, especificado por um termo, chamado de adjunto adnominal. Esse termo pode ser representado por: O carro parou. 1) um artigo: 2) um pronome adjetivo: Encontrei m e u relógio. 3) um numeral adjetivo: Recebi a s e g u n d a parcela. 4) um adjetivo: Tive ali g r a n d e s amigos. 5) uma locução adjetiva: Tenho uma mesa d e p e d r a . As nossas primeiras experiências científicas fracassaram. artigo
pronome numeral adjuntos adnominais sujeito
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substantivo
núcleo
adjetivo adj adnominal
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verbo intransitivo predicado verbal
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Vamos aprofundar um pouquinho mais nos complementos verbais (OD e OI), mais precisamente, em algumas formas como aparecem na oração. Objeto direto 1) Objeto direto pleonástico: Normalmente, por uma questão de ênfase, antecipamos o objeto, colocando-o no início da frase, e depois o repetimos através de um pronome oblíquo átono. A esse objeto repetido damos o nome de objeto pleonástico ou enfático. É muito comum essa construção no diálogo, como um meio de o interlocutor retomar a fala do outro, emendando a sua postura diante do fato: - O que você acha desta roupa? - Es s a r o u p a , ninguém a quer. Es s e s “ r a b i s c o s ” , foi um genial artista que o s pintou e vale muito. Note a vírgula separando esses objetos diretos. 2) Objeto direto preposicionado: Aquele cuja preposição não é exigência do verbo, que é transitivo direto, mas ocorre por ênfase, por necessidade do próprio complemento e para se evitar ambiguidade. Amo a Deus. (ênfase) Cumpri com a minha palavra. (ênfase) Ele puxou da espada. (ênfase) Aos mais desfavorecidos atingem essas medidas. (para evitar ambiguidade) Ninguém entende a mim. (é o pronome “mim” que exige a preposição “a”) Perceba que os verbos a m a r , c a ça r , p u x a r e e n t e n d e r não exigem preposição: são transitivos diretos. Perceba, também, que, se a expressão “ Aos mais desfavorecidos” não tivesse a preposição, não haveria erro gramatical, mas ficaríamos na dúvida sobre quem seria o sujeito, pois as expressões estão no plural e o verbo também. Assim, o leitor ficaria na dúvida: foram as medidas que atingiram os desfavorecidos ou foram os desfavorecidos que atingiram as medidas? O objeto direto preposicionado retira esta dúvida. 3) Os pronomes oblíquos átonos que funcionam como objeto direto são “me, te, se, o, a, nos, vos, os, as” : Quando encontrar seu material, traga- o até mim. Respeite-m e , garoto. Levar-t e -ei a São Paulo amanhã. Questão 1: TRE PA - 2007 - nível superior Fragmento do texto: A justiça eleitoral mineira mantém o projeto J u s t i ça El e i t o r a l n a Es c o l a , voltado para crianças e adolescentes... O trecho “o projeto J u s t i ça E l e i t o r a l n a E s c o l a ” completa o sentido do verbo mantém. Comentário: Esta questão aborda o conhecimento de subordinação e o princípio do objeto direto (completar o sentido do verbo). Note que o verbo “mantém” possui sujeito (“ A justiça eleitoral mineira“). Esse verbo é transitivo direto (alguém mantém algo), então o termo “o projeto J u s t i ça E l e i t o r a l n a E s c o l a ” é o objeto direto. Como sabemos que o objeto direto serve para completar o sentido do verbo (VTD), a afirmativa está correta. Prof. Décio Terror
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Gabarito: C Questão 2: Médico Perito INSS - 2009 - nível superior Fragmento do texto: O episódio transformou, no período de 10 a 16 de novembro de 1904, a recém-reconstruída cidade do Rio de Janeiro em uma praça de guerra, onde foram erguidas barricadas e ocorreram confrontos generalizados. A expressão “confrontos generalizados” desempenha a função sintática de complemento de “ocorreram”. Comentário: A expressão “confrontos generalizados” não completa o sentido do verbo “ocorreram”, porque ela não é um complemento verbal. Na realidade, essa expressão é o sujeito deste verbo. Note que o verbo “ocorreram” está se flexionando no plural, justamente por concordar com o seu sujeito “confrontos generalizados”. Nesta questão, na realidade, a banca quis induzir o candidato a pensar que “confrontos generalizados” fosse o objeto direto (quando afirmou que este termo completa o sentido do verbo). Assim, não temos que decorar os termos da oração, mas entender o seu emprego. Um sujeito não completa o sentido do verbo. Esse papel é dos complementos verbais. Eles, sim, são usados na linguagem justamente para isso. Gabarito: E Objeto indireto: Pode também ser pleonástico: repetição, por meio de um pronome oblíquo, do objeto indireto. A o a m i g o , não l h e peça tal coisa. Os pronomes oblíquos átonos que funcionam como objeto indireto são “me, te, lhe, nos, vos, lhes” : Eu obedeci ao meu pai. Eu lhe obedeci. Questão 3: ABIN - 2010 - nível médio Fragmento do texto: Tais dilemas decorrem, por exemplo, da tensão entre a necessidade de segredo governamental e o princípio do acesso público à informação ou, ainda, do fato de não se poder reduzir a segurança estatal à segurança individual, e vice-versa. A retirada da preposição de em “do fato” (linha 3) — que passaria a o fato — implicaria prejuízo à estrutura sintática do texto. Comentário: Aproveitarei esta questão para enfatizar a diferença entre subordinação e coordenação de termos. A seta ( ) mostra uma relação de dependência (subordinação), do termo posterior com o anterior. Já a organização por linhas diferentes marca a enumeração, coordenação. Tais dilemas decorrem
d a tensão e n t r e
a necessidade de segredo governamental
e
o princípio do acesso público à informação ou d o fato de não se poder reduzir a segurança estatal à segurança individual, e vice-versa.
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O verbo “decorrem” é transitivo indireto e a expressão “d a t e n são entre a necessidade de segredo governamental e o princípio do acesso público à informação o u , ainda, d o f a t o de não se poder reduzir a segurança estatal à segurança individual ” completa o sentido deste verbo (relação de subordinação). Veja que a expressão “do fato” está coordenada à expressão “da tensão”, pois as duas são exigidas pelo verbo “decorrem”. Essas duas expressões são ligadas pela conjunção alternativa “ou” e formam o objeto indireto composto. Com a retirada da preposição “de”, o substantivo “fato” deixaria de ser o segundo núcleo desse objeto indireto e passaria a se ligar à preposição “entre”, o que tornaria a estrutura truncada. A conjunção “ e” liga apenas os dois substantivos “necessidade” e “ princípio”. Por tudo isso, a exclusão da preposição realmente implicaria prejuízo à sintaxe e, assim, a questão está correta Gabarito: C Questão 4: ABIN - 2008 - nível superior Fragmento do texto: Em uma visão fenomenológica, os chamados estados da mente perante a verdade podem ser descritos como o tipo de experiência vivida pelo analista de inteligência no contato com o fenômeno acompanhado. Assim sendo, os fatos analisados não podem ser dissociados daquele que produz o conhecimento. Quando a mente se posiciona perante a verdade, o que de fato ocorre é um processo ativo de auto-regulação entre uma pessoa, seus conhecimentos preexistentes (a priori) e um novo fato que se apresenta. Subentende-se, pelas relações de sentido que se estabelecem no texto, que “daquele” (linha 4) retoma, por coesão, “fenômeno” (linha 3), precedido pela preposição de, exigida por “dissociados” (linha 4). Comentário: A preposição “de” realmente é exigida pelo particípio “dissociados”. Porém, o pronome demonstrativo “daquele” retoma, por recurso anafórico, “fatos”. Naturalmente haveria dúvida, pois “daquele” encontra-se no singular e “fatos”, no plural. Porém a preposição “de” marca a parte de algo, assim se entende que os fatos analisados não podem ser dissociados daquele (específico, restrito) que produz o conhecimento. Por isso, pode-se flexionar no singular. Gabarito: E Predicativo: Esse termo se liga ao sujeito ou ao objeto, atribuindo-lhes uma qualidade ou estado. É representado por diferentes classes gramaticais, como adjetivo, substantivo, numeral e pronome. A caracterização do predicativo em relação ao objeto será vista na próxima aula. A seguir, perceba os pares com predicação nominal e predicação verbal, respectivamente. Nestes exemplos, note que o grupo à esquerda é constituído de verbos de ligação mais os predicativos. É fácil perceber o predicativo, pois basta o sujeito flexionar-se no plural, que o predicativo também se flexionará, pois este caracteriza aquele. Já no grupo da direita, há predicação verbal. Os vocábulos que vêm após os verbos não se flexionam por causa do sujeito, pois são complementos verbais ou adjuntos adverbiais: Prof. Décio Terror
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O candidato está tranquilo. Os candidatos estão tranquilos. Bom filho torna-se bom pai. Bons filhos tornam-se bons pais. A aula permanece difícil. As aulas permanecem difíceis. Ela ficou triste. Elas ficaram tristes. O paciente acha-se acamado. Os pacientes acham-se acamados. Predicados nominais
O candidato está na sala. Os candidatos estão na sala. Bom filho torna a casa. Bons filhos tornam a casa. A aula permanecerá no feriado. As aulas permanecerão no feriado. Ela ficou na praia. Elas ficaram na praia. O estudante achou o local de prova.
Os estudantes acharam o local de prova. Predicados verbais
Questão 5: Médico Perito INSS - 2009 - nível superior Julgue a frase quanto à correção gramatical: O fato de haver vacinação compulsória, foi apenas mais um dos elementos para que a população do Rio, insatisfeita com o “bota-abaixo” e insuflada pela imprensa, se revoltasse. Comentário: Vimos que é importante reconhecer os termos básicos da oração para que se evite a separação deles por vírgula. Justamente isso foi cobrado nesta questão. Perceba que a vírgula antes do verbo “foi ” separou o sujeito do seu predicado. Por isso há erro gramatical. Gabarito: E Questão 6: Assembleia Legislativa ES – 2011 – nível superior Fragmento de texto: 1 Evaristo de Moraes, com a autoridade de quem foi não apenas republicano histórico, mas ativo membro da propaganda republicana, ao relembrar as mais remotas origens do movimento republicano no Brasil — não das ideias republicanas, cujas primeiras manifestações são 5 encontráveis ainda na colônia, mas do movimento republicano organizado —, declarou que foi a frustração que a inopinada troca de gabinetes em 1869, com o completo desrespeito das regras então vigentes, impôs aos membros mais radicais do partido liberal que levou à cisão desse partido, dando origem tanto ao partido liberal radical 10 quanto ao partido republicano. Com relação ao emprego dos sinais de pontuação, seria mantida a correção gramatical do texto se a vírgula logo após o adjetivo “histórico” (linha 2) fosse excluída e se inserisse uma vírgula imediatamente após a forma verbal “foi” (linha 1). Comentário: Esta questão cobra o conhecimento dos termos coordenados, previsto no edital da Polícia Federal 2012. O verbo “foi ” é de ligação, o sujeito é o pronome “quem” e o predicativo composto é o termo “não apenas republicano histórico, mas ativo membro da propaganda republicana”. Note que não pode haver vírgula entre sujeito, Prof. Décio Terror
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verbo de ligação e predicativo. Já a expressão correlativa de adição “não apenas...mas” (que será vista adiante), a qual une os dois elementos internos do predicativo do sujeito, pode ser dividida por vírgula, facultativamente. Assim, pode-se retirar a vírgula após “histórico”; mas não se pode inserir a vírgula após o verbo de ligação “foi”. Gabarito: E Questão 7: Tribunal de Contas TO - 2009 - nível superior No trecho “Meu pai era um homem bonito com muitas namoradas”, o sintagma “um homem bonito com muitas namoradas” complementa o sentido do verbo. Comentário: O sintagma “um homem bonito com muitas namoradas” não complementa o sentido do verbo por não ser complemento verbal (objeto direto ou indireto), na realidade ele caracteriza o sujeito “Meu pai ”, por ser o predicativo do sujeito. Note que o verbo “ser ” (“era”) é tipicamente um verbo de ligação. Gabarito: E Questão 8: ABIN - 2010 - nível médio Fragmento do texto: Os sistemas de inteligência são uma realidade concreta na máquina governamental contemporânea, necessários para a manutenção do poder e da capacidade estatal. Entretanto, representam também uma fonte permanente de risco. Se, por um lado, são úteis para que o Estado compreenda seu ambiente e seja capaz de avaliar atuais ou potenciais adversários, podem, por outro, tornar-se ameaçadores e perigosos para os próprios cidadãos se forem pouco regulados e controlados. Os adjetivos “úteis” (linha 4), “atuais” (linha 5) e “perigosos” (linha 6) caracterizam os “sistemas de inteligência” (linha 1). Comentário: Veja que agora a questão não usa a expressão “completar o sentido”, que cabe aos complementos verbais e nominal. Ela usa a expressão “caracterizam”, função típica do adjunto adnominal e do predicativo. Esta questão cobrou a relação de subordinação e o paralelismo, isto é, a coordenação. Se todos os adjetivos enumerados na questão caracterizassem um só termo, haveria a coordenação; porém, não é isso que ocorre no texto. Os adjetivos “úteis” e “ perigosos” são predicativos do sujeito e se referem a “Os sistemas de inteligência”. Portanto, qualificam esse sujeito. Já o adjetivo “atuais” é adjunto adnominal de “adversários”, qualificando-o. Portanto, a afirmativa da questão está errada, pois o referente não é o mesmo para todos os adjetivos. Gabarito: E Complemento nominal: Como já comentamos, a transitividade não é privilégio dos verbos: há também nomes (substantivos, adjetivos e advérbios) transitivos. Isso significa que determinados substantivos, adjetivos e advérbios se fazem acompanhar de complementos. Esses complementos são chamados complementos nominais e são sempre introduzidos por preposição:
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1) complemento nominal de um substantivo: Você fez uma boa leitura sujeito
VTD
do texto.
objeto direto complemento nominal Predicado verbal
Note que o substantivo “leitura” é o nome da ação de “ler ”. Como é natural o verbo ser transitivo, o substantivo também fica transitivo. Observe: Você leu o texto. sujeito
VTD
objeto direto Predicado verbal
Compare: Júlia aproveitou o momento. (objeto direto) Júlia tirou proveito do momento. (complemento nominal) 2) complemento nominal de um adjetivo: Você precisa ser fiel aos seus ideais. sujeito
locução verbal de ligação
adjetivo na complemento nominal função de predicativo Predicado nominal
Quem é fiel é fiel a alguma coisa. Assim, o adjetivo “fiel ” é transitivo, ou seja, necessita de complemento. 3) Complemento nominal de advérbio: Você mora perto de Maria. sujeito
verbo intransitivo
advérbio na função de adjunto adverbial de lugar
complemento nominal
Predicado verbal
Note que o advérbio “ perto” necessita de um complemento: perto de algo ou de alguém. Podemos dizer que o complemento nominal é mais uma função substantiva da oração: nos casos citados anteriormente, o núcleo dos complementos é um substantivo (texto, ideais, Maria). Pronomes e numerais substantivos, assim como qualquer palavra substantivada, podem desempenhar essa função. Observe o pronome “lhe” atuando como complemento nominal na oração seguinte: Não posso ser-lhe fiel: já empenhei minha palavra com outra pessoa. (fiel a alguém) Observe que o complemento nominal não se relaciona diretamente com o verbo da oração, e sim com um nome que pode desempenhar as mais diversas funções. A realização do projeto é necessária à população carente. Adj. Adn
núcleo do sujeito
complemento nominal
VL
predicativo do sujeito
complemento nominal
A banca CESPE não cobra os nomes dos termos na prova; mas, em seu estudo, você pode ficar na dúvida quanto à diferenciação entre o adjunto adnominal e o complemento nominal. Segue a regra geral.
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Como distinguir o adjunto adnominal do complemento nominal O adjunto adnominal formado por uma locução adjetiva pode ser confundido com o complemento nominal. Normalmente não haverá dúvida, pois, segundo o que foi visto, o adjunto adnominal é constituído de vocábulo que caracteriza o núcleo do termo de que faz parte. Já o complemento nominal é termo que completa o sentido de um nome. Há dúvida quando os dois termos são preposicionados. Por exemplo: A leitura do livro é instigante. A leitura do aluno foi boa. Para percebermos a diferença, é importante passarmos por três critérios: 1º critério:
Adjunto adnominal:
Complemento nominal:
O termo preposicionado caracteriza o substantivo.
O termo preposicionado complementa um substantivo, adjetivo ou advérbio.
Assim, em orações como “Estava cheio de problemas.” , “Moro perto de você.” , logo no primeiro critério já saberíamos que “de problemas” e “de você” são complementos nominais, pois completam o sentido do adjetivo “ cheio” e do advérbio “ perto”, respectivamente. 2º critério: O substantivo caracterizado pode ser concreto ou abstrato.
O substantivo complementado deve ser abstrato.
Sabendo-se que um substantivo abstrato normalmente é o nome de uma ação (corrida, pesca) ou de uma característica (tristeza, igualdade) e que o substantivo concreto é o nome de um ser independente, que conseguimos visualizar, pegar (casa, copo). Nas orações “Trouxe copos de vidro.” e “Vi a casa de pedra.” , os termos “de vidro” e “de pedra” são adjuntos adnominais, pois caracterizam os substantivos concretos “copos” e “casa”, respectivamente. Se o substantivo for abstrato, devemos passar para o próximo critério: 3º critério: O termo preposicionado é agente.
O termo preposicionado é paciente.
Este último normalmente é o cobrado em prova. Se os termos abaixo sublinhados são agentes, automaticamente serão os adjuntos adnominais. Se pacientes, serão complementos nominais. Veja: Adjuntos adnominais: O amor de mãe é especial. (agente: a mãe ama) A invenção do cientista mudou o mundo.(agente: o cientista inventou) A leitura do aluno foi boa. (agente: o aluno leu) Complementos nominais: O amor à mãe também é especial. (paciente: a mãe é amada) A invenção do rádio mudou o mundo. (paciente: o rádio foi inventado) A leitura do livro é instigante. (paciente: o livro é lido) Prof. Décio Terror
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Questão 9: Assembleia Legislativa ES – 2011 – nível médio Fragmento de texto: Além disso, como o processo de amadurecimento do cérebro só se completa duas décadas depois do nascimento, o consumo precoce de álcool pode comprometer seriamente o desenvolvimento desse órgão vital, ao aumentar a probabilidade de aparecimento de problemas cognitivos, como falta de concentração, e de alterações de humor, como depressão e ansiedade. O abuso de bebidas alcoólicas pode, ainda, servir de porta de entrada para outras drogas e comportamentos de risco, como fazer sexo sem proteção No trecho “aparecimento de problemas cognitivos, como falta de concentração, e de alterações de humor” (linha 5), as expressões sublinhadas completam o sentido do termo “falta”. Comentário: Note que somente a expressão “de concentração” se liga ao substantivo “falta”. Já o termo “de alterações de humor ” e também “de problemas cognitivos” se ligam ao substantivo “aparecimento”. Assim, já vemos que a questão está errada. Além disso, nas expressões “falta d e c o n c e n t r a ção ” e “aparecimento d e a l t e r a çõe s d o h u m o r ” , os termos em negrito são adjuntos adnominais, e não complementos nominais, pois são termos agentes. Por isso, eles não completam o sentido do nome, eles o caracterizam. Acompanhe: “faltar c o n c e n t r a ção ” “falta d e c o n c e n t r a ção ” VI +
sujeito agente
“aparecerem a l t e r a çõe s d o h u m o r ” VI
+
sujeito agente
nome + adjunto adnominal (agente)
“aparecimento d e a l t e r a çõe s d o h u m o r ” nome
+ adjunto adnominal (agente)
Gabarito: E Questão 10: INCA - 2010 - nível superior Fragmento do texto: No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) presta atendimento universal e gratuito a 160 milhões de brasileiros que não têm planos de saúde privados. No trecho “a 160 milhões de brasileiros”, a preposição “a” é exigida devido à regência de “atendimento”. Comentário: Perceba que realmente é o substantivo “atendimento” que exige o complemento nominal. Os adjetivos “universal ” e “gratuito” são apenas características deste substantivo e não exigem preposição. Gabarito: C Agente da passiva: Este termo será mais explorado nas próximas aulas, quando falaremos das vozes verbais. Cabe aqui perceber que ele é quem pratica a ação verbal quando o verbo está na voz passiva analítica. É introduzido pelas preposições p o r (e suas contrações) ou, mais raramente, d e : A grama foi aparada p e l o j a r d i n e i r o . (voz passiva) A casa estava cercada d e l a d r õe s . (voz passiva) Aposto: Funciona na oração como uma ampliação, explicação, desenvolvimento ou resumo da ideia do termo anterior: Este país, o Brasil, tem procurado desenvolver políticas econômicas aliando produção e sustentabilidade. Prof. Décio Terror
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Nessa oração, “Este país” é o sujeito, e “o Brasil ” é aposto desse sujeito, pois explica o conteúdo do termo a que se refere. O aposto pode ser classificado em: I – explicativo: muito cobrado nas provas da banca CESPE quanto à pontuação, pois pode ser separado por vírgulas, dois-pontos, travessões e até por parênteses. Ele também pode vir antecipado de palavras denotativas de explicação do tipo: a saber , isto é, quer dizer etc. Raquel, c o n t a d o r a d a e m p r e s a , está viajando. Só queria algo: a p o i o . Um trabalho – t u a m o n o g r a f i a – foi premiado. A ABIN ( A g ên c i a B r a s i l e i r a d e I n t e l i g ên c i a ) foi criada em 1999. II - enumerativo ou distributivo: é uma sequência de elementos, a qual chamamos de enumeração, usada para desenvolver uma ideia anterior. É separado por dois-pontos, e cada um dos elementos enumerados é separado por vírgula. Se houver apenas dois elementos enumerados, eles podem ser separados também pela conjunção “e”. Veja: Ganhei dois presentes: u m t ên i s e u m a c a m i s a . As reivindicações dos funcionários incluíam muitas coisas: m e l h o r s a l ár i o , m e l h o r e s c o n d i çõe s e x t e n s i v a a f a m i l i a r e s .
de
t r ab alh o,
a s s i s t ên c i a
mé d ica
III - resumitivo ou recapitulativo: é usado para condensar a ideia de termos anteriores, geralmente, por meio de um pronome indefinido. “Grana, poder, sucesso, n a d a sobrevive à marcha inexorável do tempo.” O sujeito composto “Grana, poder, sucesso” é resumido pelo pronome indefinido t u d o , por isso o verbo concorda com o aposto e se flexiona no singular. Note que este tipo de aposto é separado por vírgula do termo anterior. IV - especificativo ou apelativo: indica o nome de alguém ou de algo dito anteriormente. Note que não é separado por sinais de pontuação. O compositor Ch i c o B u a r q u e é também um excelente escritor. O estado é cortado pelo rio S ão F r a n c i s c o . Observação: O aposto também pode se referir a uma oração: Esforcei-me bastante, o que causou muita alegria em todos. Palavras como o , c o i s a , f a t o etc. podem referir-se a toda uma oração. Nestes casos, obrigatoriamente haverá separação por vírgula. Questão 11: EBC – 2011 – Nível Médio Fragmento de texto: Para o professor Laurindo Leal Filho, da Universidade de São Paulo, um dos pioneiros na pesquisa sobre mídia pública no Brasil, esse não é um conceito fechado. A expressão “um dos pioneiros na pesquisa sobre mídia pública no Brasil” exerce, na oração, a função sintática de vocativo, pois se refere a uma pessoa citada anteriormente. Prof. Décio Terror
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Comentário: O termo “um dos pioneiros na pesquisa sobre mídia pública no Brasil ” explica quem é o professor Laurindo Leal Filho. Assim, é um aposto explicativo, e não um vocativo. Vocativo é um termo que evoca, chama alguém. Ele será visto adiante. Gabarito: E Questão 12: TCU - 2011 - Auditor Federal de Controle Interno Fragmento de texto: A mais ínfima felicidade, quando está sempre presente e nos torna felizes, é incomparavelmente superior à maior de todas, que só se produz de maneira episódica, como uma espécie de capricho, como uma inspiração insensata, em meio a uma vida que é dor, avidez e privação. Tanto na menor como na maior felicidade, porém, há sempre algo que faz que a felicidade seja uma felicidade: a faculdade de esquecer, ou melhor, em palavras mais eruditas, a faculdade de sentir as coisas, durante todo o tempo que dura a felicidade, fora de qualquer perspectiva histórica. No segundo período do texto, o trecho introduzido pelos dois pontos apresenta uma explicação do que o autor entende por “maior felicidade” (linha 5). Comentário: Primeiramente, note que período é o enunciado de sentido completo com verbo. Assim, o segundo período iniciou-se na linha 4. O trecho após os dois-pontos “a faculdade de esquecer, ou melhor, em palavras mais eruditas, a faculdade de sentir as coisas, durante todo o tempo que dura a felicidade, fora de qualquer perspectiva histórica” é um aposto enumerativo que se encontra intercalado por outros termos. Realmente os dois-pontos sinalizam uma explicação (com enumeração). O erro foi afirmar que haveria explicação da “maior felicidade”. O trecho enumerado explica simplesmente a “felicidade” (linha 6). Gabarito: E Questão 13: ABIN - 2008 - nível superior Fragmento do texto: Não se podendo repetir a relação sujeito-objeto, é forçoso afirmar que seria impossível a reprodução exata de qualquer situação de pesquisa, o que ressalta a importância da descrição do fenômeno e o caráter vivo dos postulados teóricos. Logo após “pesquisa” (linha 3), estaria gramaticalmente correto e coerente com o desenvolvimento das idéias do texto o emprego do travessão simples no lugar da vírgula. Comentário: Note que o pronome demonstrativo “o” é um aposto e retoma a informação dita anteriormente; por esse motivo, pode ser separado também por travessão. Gabarito: C Questão 14: Polícia Federal / 2004 / nível médio Fragmento do texto: O discurso pretende impor essa ideia como caminho único para o desenvolvimento das nações, sejam elas ricas ou pobres. Na prática — hoje mais do que ontem —, o mercado é uma via de mão única: livre para os países ricos e pleno de barreiras e restrições às nações emergentes. O termo que sucede o sinal de dois-pontos tem a função de introduzir uma Prof. Décio Terror
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enumeração de elementos caracterizadores de “mercado”, que justificam porque este é considerado “via de mão única”. Comentário: O aposto enumerativo normalmente é usado para, além de enumerar, explicar termo anterior. O aposto “livre para os países ricos e pleno de barreiras e restrições às nações emergentes” textualmente tem a intenção de retomar “mercado”, enumerando características que justifiquem considerálo “uma via de mão única”. Por isso, a afirmativa está correta. Gabarito: C Questão 15: Tribunal de Contas TO - 2009 - nível superior Fragmento do texto: As ciências humanas e sociais contemporâneas exprimem essas necessidades da sociedade capitalista, ou seja, desse sujeito abstrato, mediante duas visões: a universalidade naturalista, deduzida de disciplinas como a neurociência ou a genética, e a diversidade do culturalismo empírico. No trecho “mediante duas visões: a universalidade naturalista, deduzida de disciplinas como a neurociência ou a genética, e a diversidade do culturalismo empírico”, o emprego dos dois-pontos introduz uma citação. Comentário: Não há uma citação (transcrição da fala de alguém), mas uma enumeração, pois “a universalidade naturalista e a diversidade do culturalismo empírico” é aposto enumerativo, por isso há o uso de dois-pontos. Gabarito: E Questão 16: ABIN - 2008 - nível médio Fragmento do texto: Em 2002, o Congresso Nacional, por meio da Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência, promoveu o seminário “Atividades de Inteligência no Brasil: Contribuições para a Soberania e para a Democracia”, com a participação de autoridades governamentais, parlamentares, acadêmicos, pesquisadores e profissionais da área de inteligência. Se o sinal de dois-pontos (linha 3) fosse substituído por travessão, estaria mantida a correção gramatical do título do seminário (linhas 3 e 4). Comentário: Perceba que, no título do seminário, “Contribuições para a Soberania e para a Democracia” desempenha a função de aposto explicativo. Entende-se, portanto, que as “Atividades de Inteligência no Brasil” são uma forma de contribuir para a soberania e para a democracia. Por esse motivo, podem-se substituir os dois-pontos por travessão mantendo a gramaticalidade. Gabarito: C Questão 17: ANS - 2005 - nível Superior Fragmento do texto: Existe, por certo, um abismo muito largo e profundo entre a cosmovisão dos médicos em geral (fundada em sua leitura dos fenômenos biológicos) e as concepções de vida da vasta maioria da população. Salta à vista, na abordagem do assunto (a ética e a verdade do paciente), que se fica, mais uma vez, diante da pergunta feita por Pôncio Pilatos a Jesus Cristo, encarando, como estava, um homem pleno de sua verdade, “O que é a verdade?” E é evidente que um e outro se cingiam a Prof. Décio Terror
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verdades díspares. Nas linhas 4 e 5, os sinais de parênteses são empregados para intercalar uma explicação do que seria o “assunto”. Comentário: A expressão “a ética e a verdade do paciente” identifica o assunto, explica-o; por isso é um aposto explicativo e está separado por parênteses. Gabarito: C Outro termo importante é o vocativo, pois implica diretamente o uso de vírgula. Vocativo: é o termo sintático que serve para convocar, chamar um interlocutor a quem se dirige a palavra. É um termo independente: não faz parte do sujeito nem do predicado, por isso deve ser separado por vírgula. Veja que ele pode aparecer em posições variadas na frase. Júlia , venha cá. Veja, m e n i n a , aquela nuvem. Estamos aqui, m e u a m i g o . Adjunto adverbial: Vimos que o verbo intransitivo não exige complemento verbal, mas pode necessitar de adjunto adverbial para transmitir uma circunstância. Veja: Adoeci. Fui à praia. verbo intransitivo adjunto adverbial de lugar predicado verbal
Na realidade, há dois tipos de verbos intransitivos. O primeiro diz respeito àquele que não exige nenhum termo que complemente seu sentido, como “ Adoeci .”; “ Juvenal morreu.”; “Um vendaval ocorreu.”. Esses verbos não necessitam de termo que os complete. Esse tipo de intransitividade mostra que o verbo por si só já transmite o sentido necessário; podendo o autor acrescentar termos acessórios para transmitir mais clareza ou ser mais pontual no sentido, por exemplo: “ Adoeci p o r c a u s a d o m a l t e m p o .”; “ Juvenal morreu a n t e o n t e m .” e “Um vendaval ocorreu a q u i . ”. Por outro lado, existe a intransitividade que necessita de um termo que produza sentido. Se alguém diz que v a i , tem que dizer que vai a a lg u m l u g a r . Se alguém diz que v o l t o u , tem que continuar a fala mostrando d e o n d e voltou. Por isso muita gente confunde esse tipo de intransitividade com a transitividade indireta; mas há uma diferença muito grande, pois o termo que completa o sentido deste tipo de intransitividade transmite normalmente circunstâncias de lugar ou modo. Veja: Vou a São Pa u lo . Vim de Manaus. Estou b e m . O objeto indireto apenas completa o sentido do verbo, ele não transmite valores circunstanciais de lugar ou de modo, sentidos que são demonstrados nos vocábulos “a São Paulo”, “de Manaus” e “bem”. Quando se quer saber se há circunstância de lugar ou modo, faz-se a pergunta “ Onde?”, “Como?”, respectivamente. Prof. Décio Terror
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Didaticamente, podemos dividir o adjunto adverbial em dois tipos: Adjunto adverbial solto: O problema ocorreu naquela tarde de sábado. Adjunto adverbial preso: Eu estou bem. Eu estou em São Paulo. Eu vim de São Paulo. Caro aluno, esta divisão dos adjuntos adverbiais é apenas didática, não é cobrada em prova dessa forma, mas entendermos isso é importante para a pontuação. Veja que não é comum vermos vírgula separando adjuntos adverbiais presos, como as três últimas frases. Já com o adjunto adverbial solto, é natural podermos inserir a vírgula. Veja: O problema ocorreu, naquela tarde de sábado. Sintaticamente, o adjunto adverbial é o termo que modifica o verbo, o adjetivo ou o advérbio, atribuindo-lhes uma circunstância qualquer. Os atletas correram muito. (modifica verbo) Seu projeto é muito interessante. (modifica adjetivo) O time jogou muito mal. (modifica advérbio) a) O adjunto adverbial pode ser representado por um advérbio, uma locução adverbial ou um pronome relativo. Deixei o embrulho a q u i . (advérbio) À n o i t e conversaremos. (locução adverbial) A empresa o n d e trabalhei faliu. (pronome relativo) b) Pode ocorrer elipse (omissão) da preposição antes de adjuntos adverbiais de tempo e modo: A q u e l a n o i t e , ela não veio. (Naquela noite) D o m i n g o ela estará aqui . (No domingo) O u v i d o s a t e n t o s , aproximei-me da porta. (De ouvidos atentos) Veja os principais valores semânticos dos adjuntos adverbiais: 1) afirmação: Farei realmente a prova. 2) negação: Não estarei presente. 3) dúvida: Talvez eu lhe peça explicação. 4) tempo: Ontem poucos fizeram comentários. 5) lugar: A caixa ficou atrás do armário. 6) modo: Todos saíram às pressas. 7) intensidade: A criança chorava muito. 8) causa: Tremiam de medo. (O medo causava a tremedeira) 9) condição: Não vivemos sem ar. (O ar é a condição para que vivamos) 10) instrumento: Machucou-se com a lâmina. 11) meio: Viajaram de trem. 12) assunto: Falavam sobre economia. (A economia era o assunto da conversa) 13) concessão: Apesar do frio, tirou a camisa. (ideia de contraste: normalmente não se tira a camisa no frio)
14) conformativa: Agiu conforme a situação. 15) fim ou finalidade: Trabalhava para o bem geral. 16) companhia: Voltei com meu amigo. (junto com ele) 17) preço ou valor: O livro custou cem reais. Prof. Décio Terror
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Agora, veja as principais preposições ou locuções prepositivas, com os devidos valores semânticos, as quais iniciam adjuntos adverbiais: 1. assunto: sobre: conversar s o b r e p o l ít i c a ; falar s o b r e f u t e b o l . quanto a: Não nos expressamos quanto à fatalidade do acidente. 2. causa: a: morrer à f o m e ; acordar a o s g r i t o s d a s c r i a n ça s ; voltar a p e d i d o d o s a m i g o s . ante: A n t e o s p r o t e s t o s , recuou da decisão. (Perceba que não há preposição
“a” após “ante”. Diz-se ante a, ante o, e não *ante à, *ante ao.)
com: assustar-se c o m o t r o v ão ; ficar pobre c o m a i n f l a ção . de: morrer d e f o m e ; tremer d e m e d o ; chorar d e s a u d a d e . devido a: Encontrou seu futuro, d e v i d o a m u i t o e s f o r ço . d i a n t e d e : D i a n t e d e tais ofertas, não pude deixar de comprar. e m c o n s e q u ên c i a d e : Em c o n s e q u ên c i a d e seu estudo eficaz, passou em primeiro lugar. e m v i r t u d e d e : Em v i r t u d e d e muitas vaias, o show foi interrompido. e m f a c e d e : O que o salvou, e m f a c e d o perigo, foi sua habitual calma. (em virtude de)
face a: Face a tantos perigos, resolveu voltar. graças a: Graças ao estudo, passou no concurso. por: encontrar alguém p o r u m a c o i n c i d ên c i a ; foi preso p o r v a d i a g e m Esta preposição também pode ser entendida como em favor de: morrer p e l a p át r ia ; lutar p e l a l i b e r d a d e ; falar p e l o r é u . Assim, não deixa de possuir valor causal. 3. companhia: com: ir ao cinema c o m a l g u ém ; regressar c o m a m i g o s . 4. concessão (contraste, oposição) apesar de: Foi à praia a p e sa r d o t e m p o r a l . Obs.: Ocorre quando há uma oposição em relação ao verbo. Não se vai, normalmente, à praia em dia de temporal. com: Co m m a i s d e 8 0 a n o s , ainda tem planos para o futuro. malgrado: M a l g r a d o a c h u v a , fomos ao passeio. 5. condição: Sem: S e m o e m p r és t i m o , não construiremos a casa. 6. conformidade: a: puxar a o p a i ; escrever a o m o d o c l ás s i c o ; sair à m ãe . c o n f o r m e : Agiu c o n f o r m e a s i t u a ção . p o r : tocar p e l a p a r t i t u r a ; copiar p e l o o r i g i n a l . 7. lugar: a: (destino - em correlação com a preposição de): d e S a n t o s a G u a r u j á; d a q u i a Sa l v a d o r . Obs.: Usa-se indiferentemente à/na página. Ex.: A notícia está à/na página 28 do jornal . Usa-se ainda a páginas, mas não as páginas ou às páginas. Ex.: A notícia está a páginas 28 do jornal . Prof. Décio Terror
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ante: A verdade está a n t e n o s s o s o l h o s ; até: indica o limite, o término de movimento, e, acompanhando substantivo com artigo (definido ou indefinido), pode vir ou não seguida da preposição a: Caminharam até a entrada do estacionamento. ou Caminharam até à entrada do estacionamento. de: (relação de origem): vir d e M a d r i . desde: dormir d e sd e l á a t écá . em: (estático): ficar em casa; o jantar está n a m e sa . Observação: O uso da preposição “em” com verbos ou expressões de movimento caracteriza coloquialidade (o que deve ser evitado na norma culta): chegar e m casa, ir n o supermercado, voltar n a escola, levar as crianças n a praia, dar um pulo n a farmácia, etc. O correto é: chegar a casa; ir a o supermercado; voltar à escola; levar as crianças à praia; ir à farmácia. d e f r o n t e : Ela mora defronte à igreja. e m f r e n t e a : Em frente à escola estava ele. entre: os Pireneus estão e n t r e a F r a n ça e a E sp a n h a ; ficar e n t r e o s a p r o v a d o s . para: ir p a r a M a d r i ; apontar o dedo p a r a o c éu . perante: (posição em frente); p e r a n t e o j u i z , negou o crime. (Não use perante a: perante a Deus, perante ao juiz, etc.) por: ir p o r B a u r u , morar p o r a q u i . sob: (posição inferior): ficar s o b o v i a d u t o . sobre: (posição superior): o avião caiu s o b r e u m a la v o u r a d e a r r o z ; flutuar s o b r e a s o n d a s ; (direção): ir s o b r e o a d v e r s ár i o .
trás: no português atual, a preposição trás não é usada isoladamente; atua, sempre, como parte de outras expressões: nas locuções adverbiais “ para trás” e “ por trás” (ficar para trás, chegar por trás) e na locução prepositiva “ por trás de” (ficar por trás do muro). 8. modo: a: bife à m i l a n e s a ; jogar à T e l ê S a n t a n a . com: andar c o m c u i d a d o ; tratar c o m c a r i n h o . de: olhar alguém d e f r e n t e , ficar d e p é. em: ir e m t u r m a , e m b a n d o , e m p e s so a ; escrever e m f r a n c ês . por: proceder à chamada de alunos p o r o r d e m a l f a b éti c a ; saber p o r a l t o o que aconteceu. sem: indica a relação de ausência ou desacompanhamento: estar s e m d i n h e i r o ; sob: sair s o b p r e t e x t o n ão c o n v i n c e n t e . 9. tempo: com: (simultaneidade): o povo canta, c o m o s s o l d a d o s , o Hino Nacional; c o m o t e m p o os frutos amadurecem. de: dormir d e d i a , estudar d e t a r d e , perambular d e n o i t e ; d e p e q u e n i n o é que se torce o pepino. desde: d e s d e o n t e m estou assim. Prof. Décio Terror
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em: fazer a viagem e m q u a t r o h o r a s ; o fogo destruiu o edifício e m m i n u t o s , n o a n o 2 0 0 0 . entre: ela virá e n t r e d e z e o n z e h o r a s . para: ter água p a r a d o i s d i a s a p e n a s ; p a r a o a n o irei a Salvador; lá p a r a o f i n a l d e d e z e m b r o viajaremos. por: estarei lá p e l o N a t a l ; viver p o r m u i t o s a n o s ; brincar só p e l a m a n h ã. sob: houve muito progresso no Brasil s o b D . P e d r o I I . Muitas vezes, numa locução, a preposição “a” pode ser trocada por outra, sem que isso acarrete prejuízo de construção ou de significado. Eis alguns exemplos: à/com exceção de, a/ em meu ver , a/com muito custo, em frente a/de, rente a/com, à/na falta de, a/em favor de, em torno a/de, junto a/com/de. Questão 18: Polícia Federal - 2004 - Agente Administrativo Fragmento do texto: Por que ilusão de modernidade? (...) porque a modernidade, ao invés de aumentar a riqueza bruta dessas nações, induziu enormes transferências para fora com o movimento de capitais externos que sugavam a renda regional. No período em que ocorre, o conectivo “ao invés de” estabelece relações semânticas de concessão e de restrição, e pode ser substituído por apesar de, sem prejuízo para a coerência e a correção gramatical do texto. Comentário: Note a substituição pedida na questão e compare: 1. ...a modernidade, a o in v és d e aumentar a riqueza bruta dessas nações, induziu enormes transferências para fora com o movimento de capitais externos que sugavam a renda regional. 2. ...a modernidade, a p e s a r d e aumentar a riqueza bruta dessas nações, induziu enormes transferências para fora com o movimento de capitais externos que sugavam a renda regional. No texto original, a locução prepositiva “ao invés de” traduz a ideia de que a modernidade não aumentou a riqueza bruta, apenas induziu a enormes transferências. Já, com a substituição, “apesar de” traduz a ideia de que a modernidade aumentou a riqueza (o que seria um contraste) e também induziu enormes transferências. Assim, haveria mudança de sentido, incoerência e por isso incorreção gramatical. Gabarito: E Questão 19: Polícia Federal - 2004 - Agente Administrativo Fragmento do texto: Primeiro, a modernidade não agregou ao mundo do bem-estar a população pobre; ao contrário, em países que não conheciam graves desigualdades, como a Argentina e o Uruguai, a desigualdade floresceu, aproximando-os de Brasil e Venezuela. A preposição “em” (em países que) é de uso opcional, motivo por que a sua retirada não prejudica a coerência e a correção gramatical do texto. Comentário: A preposição “em” é obrigatória. Veja toda a estrutura: ...em países que não conheciam graves desigualdades, como a Argentina e o Uruguai, a desigualdade floresceu... Prof. Décio Terror
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Os termos intercalados e sublinhados fazem parte de uma oração subordinada adjetiva, a qual será vista adiante. Cabe aqui perceber a estrutura principal: “em países a desigualdade floresceu” , em que “em países” é adjunto adverbial de lugar, e a preposição “em” é obrigatória. Gabarito: E Questão 20: Polícia Civil CE - 2012 - Inspetor Fragmento de texto: Em um momento em que os Estados-nação se dobram diante das forças do mercado, os dirigentes políticos sonham com estabilidade. Na linha 2, pode-se substituir “diante das” por perante as, sem prejuízo para a correção gramatical ou para o sentido original do texto. Comentário: As expressões “diante das” e “ perante as” transmitem o sentido de posicionamento (diante de tal situação, perante tal situação, frente a tal situação). Assim, são sinônimas neste contexto. Gabarito: C Questão 21: Tribunal Regional do Trabalho - RJ / 2008 / nível superior Fragmento do texto: Seja como for, todas as “realidades” e as “fantasias” só podem tomar forma por meio da escrita, na qual exterioridade e interioridade, mundo e ego, experiência e fantasia aparecem compostos pela mesma matéria verbal... Pode-se substituir a expressão sublinhada pela palavra apresentada entre parênteses e isso não provocaria erro gramatical ou alteração no sentido do texto: “todas as ‘realidades’ e as ‘fantasias’ só podem tomar forma por meio da escrita” (perante) Comentário: A locução prepositiva “ por meio da” inicia adjunto adverbial de meio; já perante transmite valor de posicionamento (lugar). Não se pode substituir um pelo outro. Gabarito: E Questão 22: Oficial de Chancelaria - MRE - 2008 - nível superior Julgue a frase a seguir quanto à correção gramatical: “Foi feita, finalmente, uma faxina no escritório a nível de material de consumo.” Comentário: A expressão “a nível de” é viciosa. O substantivo “nível” não possui o valor de “relativo a”, “a respeito de”, como vulgarmente é utilizado (Falei a nível de problema social). Seus valores basicamente são: Elevação relativa de uma linha ou de um plano horizontal: O nível das águas subiu. Padrão, qualidade, gabarito: bairro residencial de alto nível. Altura relativa numa escala de valores: nível econômico; nível de disciplina. No contexto, o ideal é retirar essa expressão viciosa, fazendo os ajustes a depender do sentido: “Foi feita, finalmente, uma faxina no escritório c o m material de consumo.” “Foi feita, finalmente, uma faxina d e material de consumo no escritório.” Gabarito: E •
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Questão 23: INCA - 2010 - nível superior Fragmento do texto: A realidade atual vem exigindo dos pesquisadores envolvidos com a temática da saúde maiores esforços para compreender as mudanças recentes... A organização das ideias no texto mostra que “realidade atual” constitui a circunstância de tempo em que a “temática da saúde” está sendo considerada; por isso, mantêm-se as relações entre os argumentos e a correção gramatical ao se iniciar o texto com Na realidade atual. Comentário: A expressão “ A realidade atual ” é sujeito na oração em que está inserida, por esse motivo não transmite circunstância de tempo (pois isso é papel do adjunto adverbial), nem pode ser antecedida de preposição. Gabarito: E Questão 24: Tribunal de Justiça SE - 2006 - nível superior Fragmento do texto: O Instituto de Registro Imobiliário do Brasil (IRIB), seção de São Paulo, em parceria com o Colégio Notarial do Brasil, também seção de São Paulo, e com o apoio da Corregedoria-Geral da Justiça de São Paulo, congrega esforços para promover e realizar seminários de direito notarial e registral no estado, visando o aperfeiçoamento técnico de notários e registradores e a reciclagem de prepostos e profissionais que atuam na área. As expressões “em parceria” e “com o apoio” exercem a função sintática de adjunto adverbial de companhia e, por isso, podem ser substituídas, sem prejuízo do sentido, por juntamente. Comentário: As expressões “em parceria” e “com o apoio” não exercem sozinhas a função sintática de adjunto adverbial de companhia. As expressões pospostas fazem parte desses termos (em parceria com o Colégio Notarial do Brasil; com o apoio da Corregedoria-Geral da Justiça de São Paulo) . O segundo desses dois termos, apesar de não transmitir o valor de companhia explicitamente, tendo em vista o substantivo “apoio” (circunstância de modo), pode, implicitamente, transmitir esta ideia. Até aqui já vimos que a questão está errada. Ratifica-se o erro, porque o vocábulo “ juntamente” não substitui adequadamente a expressão “com o apoio”, pois necessitaria da mudança da preposição “de” para “com”: juntamente c o m . Gabarito: E Questão 25: Cia de Saneamento Básico ES - 2006 - nível superior Fragmento do texto: Sem o trabalho dos peritos, a investigação policial fica restrita à coleta de depoimentos e ao concurso de informantes, o que limita suas possibilidades e torna perigosamente decisivos os interrogatórios dos suspeitos. No tempo de hackers, de criminosos organizados com armamentos poderosos e equipamentos sofisticados, é indispensável dotar a polícia do apoio científico e técnico mais avançado possível. O princípio estruturante de um departamento de perícia competente é a descentralização com integração sistêmica. Sua construção, por prudência, economia e realismo, deverá obedecer a um plano modular, de modo que novos laboratórios se incorporem, sucessivamente, de acordo com o desenvolvimento do processo de implantação e com os resultados do impacto Prof. Décio Terror
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da demanda sobre os serviços oferecidos pelas universidades conveniadas. O conectivo “de acordo com” introduz argumento que está em conformidade com as ideias expressas no parágrafo anterior. Comentário: Note que a locução prepositiva “de acordo com” inicia adjunto adverbial de conformidade em relação ao verbo de sua oração “...de modo que novos laboratórios s e i n c o r p o r e m sucessivamente...”. Para que pudesse introduzir argumento que está em conformidade com o parágrafo anterior, deveria iniciar o segundo parágrafo da seguinte forma: De acordo com isso, o princípio estruturante... Assim, o pronome demonstrativo “isso” retomaria o parágrafo anterior e o argumento ficaria em conformidade realmente com o parágrafo anterior. Gabarito: E Pontuação com adjunto adverbial “solto” É marcante nos adjuntos adverbiais a sua mobilidade posicional, pois este termo pode movimentar-se para o início, para o meio ou para o fim da oração. Essa mobilidade é percebida nos t e r m o s s o l t o s , os quais não são exigidos pelo verbo, apenas ampliam o contexto com a circunstância. Isso é notado principalmente nos advérbios de lugar, tempo e modo; nos advérbios que modificam toda a oração (e não somente um termo); e nas locuções adverbiais: O custo de vida é bem alto em Brasília. Esta locução adverbial de lugar é exigida pelo verbo, por Em Brasília, o custo de vida é bem alto. não isso se considera um termo O custo de vida, em Brasília, é bem alto. solto, o qual pode receber Compare com a O custo de vida é bem alto, em Brasília. vírgula. seguinte. Prefeitos de várias cidades foram a Brasília. A Brasília prefeitos de várias cidades foram. Prefeitos de várias cidades a Brasília foram. Naturalmente, você já percebeu o problema. Sim, eu sei.
Esta locução adverbial de lugar é exigida pelo verbo, por isso não se considera termo solto, ela pode se mover na oração, mas não recebe vírgula. Os advérbios referem-se a toda a oração.
Quando a locução adverbial solta for de grande extensão e estiver antecipada da oração ou no meio dela, a vírgula será obrigatória. Se estiver no final, a vírgula será facultativa. Antes da última rodada, o time já se dizia campeão. O time, antes da última rodada, já se dizia campeão. O time já se dizia, antes da última rodada, campeão. O time já se dizia campeão, antes da última rodada. O time já se dizia campeão antes da última rodada. Questão 26: Assembleia Legislativa ES – 2011 – Procurador Fragmento de texto: 1 Essa forma de veicular denúncias e indícios reafirma muitos dos mitos acerca do fenômeno da corrupção. Podem-se inventariar alguns: a colonização portuguesa, que seria essencialmente patrimonialista, em contraposição ao “poder local” e ao “espírito de comunidade” da tradição 5 anglo-saxã; a cultura brasileira, com seu universo miscigenado, tão Prof. Décio Terror
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criticado por perspectivas eugenistas do início do século XX, e sua “amoralidade macunaímica”, que não teria, mesmo após a independência e a República, conseguido separar o público do privado; a disjunção entre elites políticas e sociedade, como se as primeiras não 10 fossem reflexo, direto e(ou) indireto, da última; a ausência de uma base educacional formal sólida como explicação para comportamentos não republicanos; por fim, a ausência e(ou) fragilidade de leis e de instituições capazes de fiscalizar, controlar e punir os casos de malversação dos recursos públicos, como se o país fosse “terra de ninguém”. As vírgulas que isolam o trecho “com seu universo miscigenado” (linha 5) poderiam ser substituídas por travessões, sem prejuízo para a correção gramatical do período e para o sentido do texto. Comentário: O termo “com seu universo miscigenado” é um adjunto adverbial. Por estar intercalado, fica separado por dupla vírgula. Já o duplo travessão é empregado para sinalizar um termo explicativo, e não uma estrutura adverbial. Por isso, a afirmativa está errada. Gabarito: E Questão 27: Assembleia Legislativa ES – 2011 – Procurador Fragmento de texto: 1 Todas essas versões tendem a negligenciar o fato de que a corrupção, em graus variados, existe em todos os países e é, de certa forma, também um fenômeno sociológico. Assim, urge analisarmos a corrupção como fenômeno intrinsecamente político, que se refere, 5 portanto, à maneira como o sistema político brasileiro está organizado. Na linha 4, o deslocamento do advérbio “intrinsecamente” para imediatamente após “analisarmos” exigiria que esse advérbio fosse pontuado entre vírgulas, para que se mantivessem o sentido e a correção gramatical do texto. Comentário: O termo “intrinsecamente” é um adjunto adverbial de modo, o qual modifica o adjetivo “ político”. Com o deslocamento desse termo para imediatamente após o verbo “analisarmos”, muda-se o sentido. Agora, é este verbo que é modificado por tal termo adverbial. Compare: Assim, urge analisarmos a corrupção como fenômeno i n t r i n s e c a m e n t e político... Assim, urge analisarmos, i n t r i n s e c a m e n t e , a corrupção como fenômeno político...
Na forma original, o adjunto adverbial está preso ao adjetivo “ político”, por isso não recebe dupla vírgula. Com o deslocamento pedido na questão, esse adjunto adverbial passa a ser solto. Assim, pode ficar separado por dupla vírgula. Como a questão afirmou que esse deslocamento manteria o sentido original e passaria a ter dupla vírgula obrigatoriamente, está errada. Gabarito: E Questão 28: Assembleia Legislativa ES – 2011 – nível médio Fragmento de texto: Além de apresentarem certa precocidade na aquisição do hábito de ingerir álcool, os adolescentes paulistas bebem frequentemente, exageram nas doses e, em muitos casos, agem assim com anuência familiar. A supressão da vírgula empregada após o vocábulo “e” (linha 3) acarretaria, Prof. Décio Terror
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necessariamente, a retirada da vírgula que aparece depois da expressão “em muitos casos” (linha 3). Comentário: A expressão “em muitos casos” é entendida como adjunto adverbial de tempo. Como esta expressão é de pequena extensão, a dupla vírgula é facultativa. Assim, ou se retira a dupla vírgula, ou se insere a dupla vírgula. A retirada da primeira acarreta a retirada da segunda. Gabarito: C Questão 29: Tribunal Regional Eleitoral MA - 2006 - nível superior Julgue a frase seguinte quanto à pontuação: Promotores representantes da Associação do Ministério Público do Estado do Maranhão (AMPEM), vão propor à Controladoria-Geral da União (CGU) a realização de convênio no projeto Contas na Mão. Nascido há cinco anos, o projeto tem como objetivo, formar comitês de cidadania para fiscalizar contas públicas em estados e municípios. Comentário: A vírgula antes de “vão propor ” está errada porque se encontra entre sujeito e predicado. A expressão “como objetivo” ou fica entre vírgulas, ou não poderá haver nenhuma vírgula (por ser adjunto adverbial de pequena extensão). Gabarito: E Questão 30: ABIN - 2008 - nível médio Fragmento do texto: Nesse cenário, os serviços de inteligência assumem papel fundamental, pois o intercâmbio de informações e o trabalho em parceria são requisitos basilares para o enfrentamento assertivo e solidário dessa ameaça, cujas ramificações e desdobramentos atingem direta ou indiretamente todos os países. A vírgula após “Nesse cenário” é empregada para isolar expressão deslocada que qualifica “os serviços de inteligência”. Comentário: A expressão “Nesse cenário” não está sendo empregada para qualificar, porque este é papel do termo adjetivo, como adjunto adnominal e aposto. A expressão “Nesse cenário” é um adjunto adverbial que se encontra antecipado na oração, por isso houve a vírgula. Gabarito: E Questão 31: ABIN - 2010 - nível médio Fragmento do texto: Hoje, escreve Calvino, a velocidade de Mercúrio precisaria ser complementada pela persistência flexível de Vulcano, um “deus que não vagueia no espaço, mas que se entoca no fundo das crateras, fechado em sua forja, onde fabrica interminavelmente objetos de perfeito lavor em todos os detalhes — joias e ornamentos para os deuses e deusas, armas, escudos, redes e armadilhas”. A colocação de vírgula antes e depois do vocábulo “interminavelmente” (linha 4) não prejudicaria a correção gramatical do texto. Comentário: O advérbio “interminavelmente” é entendido como adjunto adverbial de pequena extensão, por isso, independente de sua posição, a(s) vírgula(s) é(são) facultativa(s). Gabarito: C Prof. Décio Terror
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Palavras denotativas: Já falamos nesta aula sobre os adjuntos adverbiais. Agora, cabe inserirmos palavras que se aproximam de valores adverbiais, porém não constituem circunstâncias. São as chamadas palavras denotativas. Elas são importantes para a interpretação de texto, pontuação e reescrita de frases. 1. Designação: eis. Eis o homem! Esta construção admite que o substantivo posterior seja substituído pelo pronome oblíquo átono o , na forma E i - l o ! 2. Exclusão: exceto, senão, salvo, menos, tirante, exclusive, ou melhor etc . Voltaram todos, m e n o s André. Roubaram tudo, s a l v o o telefone. 3. Limitação: só, apenas, somente, unicamente: Só Deus é imortal. A p e n a s um livro foi vendido. A possibilidade de cobrança em prova é na interpretação de texto. Quando se inserem as palavras s ó , s o m e n t e , a p e n a s ; há o recurso textual chamado palavra categórica. Ele transmite uma ideia veemente do autor, que não abre caminhos para outra possibilidade. Isso dirige a interpretação de texto. Veja: Só o rico ganha. O dinheiro chega apenas à classe nobre. Compare com as estruturas sem essas palavras categóricas: O rico ganha. O dinheiro chega à classe nobre. Naturalmente você observou que o sentido mudou consideravelmente. Na prova normalmente o texto sugere algo de maneira geral, com a segunda construção. Já, na interpretação de texto, a banca inclui a palavra categórica para o candidato perceber o erro. 4. Explicação, explanação ou exemplificação: a saber, por exemplo, isto é, como, ou melhor etc . Eram três irmãos, a s a b e r , Pedro, Antônio e Gilberto. Lá, no inverno, usa-se roupa pesada, c o m o sobretudo e poncho. Os elementos do mundo físico são quatro, a s a b e r : terra, fogo, água e ar. Esses valores são normalmente separados por vírgula ou dois-pontos. Pode-se ter em mente que, quando se explica, quer-se ratificar, confirmar argumentos; então isso pode ser cobrado numa interpretação de texto ou no uso da pontuação. 5. Inclusão: mesmo, além disso, ademais, até, também, inclusive, ainda, sobretudo etc . A t é o professor riu-se. Ninguém veio, m e s m o o irmão.
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I - Costumam-se ficar entre vírgulas as estruturas a l ém d is so , tam bé m , i n c l u s i v e , a i n d a . Normalmente a banca insere apenas uma das vírgulas e isso torna o texto errado. Ele disse, inclusive que não viria hoje. (errado) Ele disse, i n c l u s i v e , que não viria hoje. (certo) II – Cumpre lembrar que não se pode confundir o valor de m e s m o (inclusão), m e s m o (pronome demonstrativo de valor adjetivo) e advérbio de afirmação/certeza. O primeiro não se flexiona e pode ser substituído por a t é , i n c l u s i v e : M e s m o ela realizou as atividades. O segundo flexiona-se e diz respeito a um reforço reflexivo, equivalendo a s o z i n h a : Ela m e s m a realizou as atividades. O terceiro não se flexiona e serve para ratificar, confirmar uma ação, equivalendo-se a s i m , c o m c e r t e z a : Ela realizou m e s m o as atividades. 6. Retificação: aliás, ou melhor, isto é, ou antes etc. Comprei cinco, a l i ás , seis livros. Correu, i s t o é , voou até nossa casa. Para a banca é importante notar a ideia de correção ao que foi dito anteriormente e por isso a expressão deve ficar separada por vírgula(s). Note que a expressão “isto é” também foi vista como explicação (ratificação). Por isso, deve-se ter muito cuidado com o contexto. 7. Situação: mas, então, pois, afinal, agora, etc. M a s que felicidade. En t ão duvida que se falasse latim? P o i s não é que ele veio. A f i n a , l quem tem razão? Posso mostrar-lhes o sítio; a g o r a , vender eu não vendo. A banca pergunta se os vocábulos “Mas”, “Então” e “Pois”, nestes casos, possuem valor de oposição, conclusão e explicação, respectivamente. Pode-se notar claramente que não, estes vocábulos apenas motivam o início do discurso, como ocorre com o coloquialismo “Hum...”, “senão vejamos”, etc. 8. Expletivo e realce: é que; lá, cá, só, ora, que, mesmo, embora. Nós éq u e somos brasileiros. Eu sei l á ! Eu c á me arranjo. Vejam s ó que coisa! , decidamos logo o negócio. Oh! Que saudades q u e tenho! O r a É isso m e s m o . Vá e m b o r a ! Normalmente as palavras expletivas ocorrem por motivo de ênfase e estilo; mas o vocábulo “ora” geralmente inicia uma consideração do autor, uma avaliação que pode também ser entendida como conclusão. 9. Afetividade: felizmente, infelizmente, ainda bem: Fe l iz m e n t e não me machuquei. A i n d a b e m que o orador foi breve! Questão 32: Assembleia Legislativa ES – 2011 – nível médio Fragmento de texto: Além de apresentarem certa precocidade na aquisição do hábito de ingerir álcool, os adolescentes paulistas bebem frequentemente, exageram nas doses e, em muitos casos, agem assim com anuência familiar. Prof. Décio Terror
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O sentido e a correção gramatical do texto seriam mantidos caso se Substituísse a expressão “Além de” (linha 1) pela expressão Por causa de. Comentário: Note que a expressão “ Além de” é denotativa de inclusão. O sentido muda se usarmos a locução prepositiva de causa “Por causa de”. Gabarito: E Questão 33: EBC – 2011 – nível superior Fragmento de texto: Muitas outras narrativas, que têm cara de discursos informativos, jornalísticos, também não são jornalismo. Relatos da história da humanidade não são necessariamente jornalísticos. Heródoto, por exemplo, historiador grego, compôs textos repletos de novidades fascinantes, capazes de envolver, de maravilhar o leitor, até hoje. A retirada da vírgula empregada logo após “Heródoto” prejudicaria a correção gramatical do texto. Comentário: A expressão “ por exemplo” é denotativa de exemplificação e deve ficar entre vírgulas, assim como ocorre com as expressões explicativas “ou seja”, “a saber ” etc. Por isso, a retirada desta vírgula realmente prejudicaria a correção gramatical. Gabarito: C Questão 34: Polícia Civil CE - 2012 - Inspetor Fragmento de texto: Em um momento em que os Estados-nação se dobram diante das forças do mercado, os dirigentes políticos sonham com estabilidade. Ora, as formas de governo utilizadas pelos impérios fascinam por sua resistência aos sobressaltos da história, sua plasticidade e sua capacidade de unir populações diferentes. A vírgula após “Ora” (linha 3) pode ser suprimida sem prejuízo para a correção gramatical e para o sentido original do texto. Comentário: O vocábulo “ora” pode ser um advérbio de tempo, em expressões como “Por ora não sairei de casa.”, também pode fazer parte dos conectivos alternativos “ora, ora” (Ora estuda, ora dorme.). Por fim, pode fazer parte das palavras denotativas com uma consideração do autor, do tipo: “Ora, não atrapalhe o estudo!”. Neste contexto, percebemos a palavra “Ora” como denotativa, a qual inicia uma consideração do autor: “Ora, as formas de governo utilizadas pelos impérios fascinam por sua resistência aos sobressaltos da história, sua plasticidade e sua capacidade de unir populações diferentes.” A vírgula, neste caso, é necessária, para evitar ambiguidade, isto é, que o leitor confunda esse com os outros usos deste vocábulo. Por isso, a afirmativa está errada. Gabarito: E Questão 35: ANS - 2005 - Analista Fragmento de texto: Veja O senhor recomenda desconfiar até dos estudos que dizem que a exposição a ondas eletromagnéticas, como as da televisão e do telefone celular, não faz mal? A retirada da preposição “até” preserva a correção gramatical, mas altera as relações de argumentação do texto. ─
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Comentário: A preposição “até” está sendo utilizada com valor de inclusão. Podemos entender que ela transmite a ideia de que os estudos que dizem que a exposição a ondas eletromagnéticas, como as da televisão e do telefone celular, não faz mal são confiáveis, mas, na situação colocada no texto, inclusive desses estudos devemos desconfiar. Com a retirada desta preposição, o sentido anterior foi excluído, ele pode ficar subentendido pelo contexto, pois agora não há mais ênfase a que o estudo seja confiável. Com a retirada, não há incorreção gramatical, apenas são mudadas as relações de argumentação do texto. Gabarito: C Questão 36: MPE PI – 2012 – nível superior Fragmento de texto: Em nossa história evolutiva, caminhamos para melhorar nossas conexões cerebrais, mas há um momento em que o custo para manter o sistema nervoso causaria uma pane nos outros órgãos, ou seja: chegamos a um ponto em que ser ainda mais esperto significa ter um organismo que vai funcionar mal. Preserva-se a correção gramatical do texto ao se substituírem os dois-pontos, após a expressão “ou seja”, por vírgula. Comentário: O normal é a expressão denotativa de explicação “ou seja” ficar separada por dupla vírgula, mas também há ocorrência, como no texto, de uso de dois-pontos. Por isso, a substituição está correta. Gabarito: C Bom, reconhecemos, até agora, os termos da oração. Devemos perceber que sujeito, objeto direto, objeto indireto e complemento nominal são termos eminentemente substantivos. Isso quer dizer que seus núcleos devem ser substantivos ou palavras de valor substantivo. Os termos predicativo e aposto podem ter núcleos substantivos ou adjetivos, mas cabe agora falarmos apenas de seu valor substantivo. Por exemplo, “isso” é um pronome. Por possuir valor substantivo, pode ocupar as funções sintáticas faladas anteriormente. Veja: Isso é lindo. (Isso = sujeito) Vi isso. (isso = OD) Sei disso. (disso = OI) Sou obediente a isso. (a isso = CN) Ela é isso. (isso = predicativo) Só quero uma coisa: isso. (isso = aposto) Um macete para sabermos se a palavra tem valor substantivo é trocá-la pelo pronome demonstrativo substantivo “ISSO”. Não é sempre que dá certo com o aposto, mas ele tem uma estrutura bem característica. E por que isso é importante? Quando os termos sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicativo e aposto (de valor substantivo) recebem um verbo, transformam-se numa oração subordinada substantiva. Prof. Décio Terror
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Período composto por subordinação substantiva Com base nas frases abaixo, observe os termos em negrito e suas funções sintáticas. Quando o termo recebe um verbo, vira uma oração. Veja: 1 2 3
Era indispensável
t e u r e g r e s s o .
VL + predicativo (sujeito simples) período simples (oração absoluta)
Era indispensável q u e t u r e g r e s s a ss e s . VL +
predicativo oração principal
Suj + VI oração subordinada substantiva subjetiva período composto
Era indispensável t u r e g r e s s a r e s . VL + predicativo oração principal
Suj + VI oração subordinada substantiva subjetiva (reduzida de infinitivo) período composto
Na frase 1, temos apenas uma oração (período simples), pois há apenas um verbo: “Era”. Esse verbo é de ligação, seguido do predicativo “indispensável ” e o sujeito “teu regresso”. Na frase 2, o então sujeito “teu regresso” recebeu um verbo e foi modificado para “que tu regressasses”. Assim, há duas orações (período composto). Note que esta oração recentemente formada não produz sentido sozinha; por isso a chamamos de subordinada. Ela é considerada substantiva por ter sido gerada de um termo substantivo. Para se reforçar isso, podemos trocá-la pelo pronome “isso”. Veja: I s s o era indispensável . O pronome “isso” continua na função de sujeito, então a oração sublinhada terá a função de sujeito da oração principal. Note que a oração subordinada substantiva será sempre o termo que falta na oração principal. Confirme isso na frase 2: na oração principal só há verbo de ligação e predicativo, falta o sujeito, que é toda a oração posterior. Esta oração é chamada de desenvolvida, pois possui conjunção (integrante “que”) e o verbo está conjugado em tempo e modo verbal ( regressasses). Na frase 3, a oração sublinhada perdeu a conjunção integrante “ que” e isso fez com que reduzíssemos a quantidade de vocábulos da oração. Assim, o verbo que se encontrava conjugado passou a uma forma infinitiva. Por esse motivo, dizemos que a oração sublinhada na frase é reduzida de infinitivo. Essa denominação completa você não precisa decorar, basta entender o processo, a estrutura. A banca CESPE não pergunta o nome, mas quer saber o emprego disso. Seguem agora outras estruturas em que o termo, ao receber o verbo, passa a ser uma oração subordinada substantiva. Veja: Na ata da reunião constava a p r e s e n ça d e l e s . (Isso constava na ata da reunião) adjunto adverbial de lugar + VI +
sujeito
Na ata da reunião constava q u e e l e s e s t a v a m p r e s e n t e s . (Isso constava...) oração principal
+ oração subordinada substantiva subjetiva
Na ata da reunião constava e l e s e s t a r e m p r e s e n t e s . (Isso constava...)
oração principal + oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo
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Foi anunciado o debate deles. (Isso foi anunciado) locução verbal +
sujeito
Foi anunciado que eles debateriam. (Isso foi anunciado) oração principal + oração subordinada substantiva subjetiva
Foi anunciado eles debaterem. (Isso foi anunciado)
oração principal + oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo
As orações subordinadas substantivas subjetivas são também denominadas de sujeito oracional. Vale lembrar que o verbo da oração principal que tem como sujeito a oração subordinada substantiva subjetiva deve ficar sempre na terceira pessoa do singular. Assim, mesmo que haja vocábulos no plural no sujeito oracional, a oração principal permanecerá com o verbo no singular. Veja que os verbos “constava” e “Foi anunciado” não se flexionaram no plural, mesmo o sujeito oracional possuindo vocábulos no plural. Agora veremos o complemento verbal direto. Perceba a seguir que, nas orações principais, os verbos possuem sujeito, são transitivos diretos e necessitam de um complemento, o qual será toda a oração posterior. Economistas previram um aumento no desemprego. (Economistas previram isso.) sujeito
+
VTD +
objeto direto
Economistas previram que o desemprego aumentaria. (Economistas previram isso.) oração principal + oração subordinada substantiva objetiva direta
Economistas previram aumentar o desemprego. (Economistas previram isso.) oração principal
+
oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo
Mas cabe uma peculiaridade da oração subordinada substantiva objetiva direta. Nas frases interrogativas indiretas, as orações subordinadas substantivas objetivas diretas podem ser introduzidas pela conjunção subordinada integrante “se” e por pronomes ou advérbios interrogativos: Ninguém sabe s e ela aceitará a proposta. Ninguém sabe c o m o ela aceitará a proposta. Ninguém sabe q u a n d o ela aceitará a proposta. Ninguém sabe o n d e ela aceitará a proposta. Ninguém sabe q u a l é a proposta. Ninguém sabe q u a n t o é a proposta. Com os verbos deixar, mandar, fazer (chamados auxiliares causativos) e ver, sentir, ouvir, perceber (chamados auxiliares sensitivos) ocorre uma forma peculiar de oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo: Deixe-me repousar. Mandei-os sair. Ouvi-o gritar. Nesses três últimos casos, as orações destacadas são todas objetivas diretas reduzidas de infinitivo e, o que é mais interessante, os pronomes oblíquos átonos atuam todos como sujeitos dos infinitivos verbais e são conhecidos por sujeito acusativo. Essa é a única situação da língua portuguesa em que um pronome oblíquo pode atuar como sujeito. Para perceber melhor o que ocorre, convém transformar as orações reduzidas em desenvolvidas: Deixe que eu repouse. Prof. Décio Terror
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Mandei que eles saíssem. Ouvi que ele gritava. É bom esclarecer que os verbos causativos e sensitivos não formam locução verbal, porque fazem parte de orações distintas, formando um período composto. Agora, passemos às orações com função de objeto indireto e complemento nominal. Se o objeto indireto e o complemento nominal (os quais são termos iniciados por preposição) recebem o verbo, naturalmente vão continuar com a preposição antecedendo-os. Teus amigos confiam em tua vitória. (Teus amigos confiam nisso.) +
sujeito
VTI +
objeto indireto
Teus amigos confiam em que tu vencerás. (Teus amigos confiam nisso.) oração principal
+
oração subordinada substantiva objetiva indireta
Teus amigos confiam em venceres. (Teus amigos confiam nisso.) oração principal +
oração subordinada substantiva objetiva indireta reduzida de infinitivo
Perceba que, na completiva nominal, não é o verbo que exige o complemento, é o nome. Teus pais estavam certos sujeito +
de tua volta. (Teus pais estavam certos disso.)
VL + predicativo + complemento nominal
Teus pais estavam certos de que tu voltarias. (Teus pais estavam certos disso.) oração principal +
oração subordinada substantiva completiva nominal
Teus pais estavam certos de voltares. (Teus pais estavam certos disso.) oração principal
+ oração subordinada substantiva completiva nominal reduzida de infinitivo
Note que a oração predicativa transmite a característica do sujeito. Nossa maior preocupação era a chuva. (Nossa maior preocupação era isso) sujeito
+
VL + predicativo
Nossa maior preocupação era que chovesse. (Nossa maior preocupação era isso) oração principal +
oração subordinada substantiva predicativa
Nossa maior preocupação era chover. (Nossa maior preocupação era isso) oração principal
+
oração subordinada substantiva predicativa reduzida de infinitivo
Todas as orações até aqui elencadas puderam ser substituídas pela palavra “ISSO”. Apenas a oração apositiva não transmite coerência com essa troca; porém, observe que a banca não cobra o nome, mas pergunta se os dois pontos marcam o início de um aposto ou se marcam o início de um esclarecimento, desenvolvimento de uma palavra anterior. Veja: Todos defendiam esta ideia: a desapropriação do prédio. sujeito + VTD + objeto direto +
aposto
Todos defendiam esta ideia: que o prédio fosse desapropriado. oração principal
+
oração subordinada substantiva apositiva
Todos defendiam esta ideia: o prédio ser desapropriado. oração principal
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+ oração subordinada substantiva apositiva reduzida de infinitivo
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Agora que já vimos todas as orações substantivas, vem a pergunta: Por que temos de identificar esse tipo de oração? Porque... a) excetuando o aposto, vimos que esses termos substantivos não são separados por vírgula, portanto também não podemos separar a oração subordinada substantiva de sua oração principal por vírgula; b) quando esse tipo de oração tiver a função de sujeito, objeto direto e predicativo, não deve haver uso de preposição antecedendo-os; c) a conjunção que as inicia é chamada de integrante (que, se), a qual não possui valor semântico, nem função sintática; d) quando houver oração subordinada substantiva subjetiva (sujeito oracional), o verbo da oração principal sempre ficará na terceira pessoa do singular. Outra coisa importante!!! A conjunção integrante “que” geralmente expressa certeza: Diga q u e começou o trabalho. A conjunção integrante “se” geralmente expressa dúvida: Diga s e começou o trabalho. Questão 37: Tribunal de Contas TO - 2009 - nível superior Fragmento do texto: É fácil, hoje em dia, confundir as limitações crescentes impostas ao Estado-nação com a construção de um espaço de livre circulação dos indivíduos, promovido pelo movimento desembaraçado de mercadorias e capitais. O trecho “confundir as limitações crescentes impostas ao Estado-nação com a construção de um espaço de livre circulação dos indivíduos, promovido pelo movimento desembaraçado de mercadorias e capitais” exerce a função sintática de sujeito. Comentário: A oração principal “É fácil, hoje em dia,” é constituída de verbo de ligação “É” , predicativo “fácil” e adjunto adverbial de tempo “hoje em dia”. Na sequência, ocorreu a oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo. Gabarito: C Questão 38: Tribunal de Justiça BA - 2005 - nível superior Fragmento do texto: Não há dúvida de que, no início do século XXI, os Estados Unidos da América chegaram mais perto do que nunca da possibilidade de constituição de um “império mundial”. O emprego da preposição “de” em “Não há dúvida de que” justifica-se pela regência da forma verbal “há”. Comentário: O verbo “há” é transitivo direto e seu objeto direto é o substantivo “dúvida”. Este substantivo possui transitividade e necessita do complemento nominal “de que, no início do século XXI, os Estados Unidos da América chegaram mais perto do que nunca da possibilidade de constituição de um ‘império mundial’ . Assim, a preposição “de” liga-se ao substantivo “dúvida”, e não ao verbo. Gabarito: E Prof. Décio Terror
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Questão 39: Procurador Federal - AGU / 2002 / nível superior Fragmento do texto: A minha firme convicção é que, se não fizermos todos os dias novos e maiores esforços para tornar o nosso solo perfeitamente livre, se não tivermos sempre presente a ideia de que a escravidão é a causa principal de todos os nossos vícios, defeitos, perigos e fraquezas nacionais, o prazo que ainda tem de duração legal − calculadas todas as influências que lhe estão precipitando o desfecho − será assinalado por sintomas crescentes de dissolução social. A substituição do trecho “ A minha firme convicção é que” por A minha firme convicção é a de que estaria em desacordo com as exigências de formalidade da norma culta escrita. Comentário: A substituição não provoca desacordo com a norma culta, pois haveria apenas a mudança sintática de uma oração predicativa para uma completiva nominal. Ao se inserir o artigo “a” após o verbo de ligação “é”, naturalmente se subentende o substantivo “convicção” no novo termo. O artigo “a” ocupa a função sintática de predicativo, o qual passa a exigir a preposição “de”, justamente por imposição desse substantivo subentendido. Veja a estrutura: A minha firme convicção é que (...) o prazo (...) será assinalado por sintomas crescentes de dissolução social sujeito oração principal
VL CI
sujeito
A minha firme convicção é a de que VL * CI sujeito oração principal
(...) o
locução verbal agente da passiva oração subordinada substantiva predicativa período composto
...
prazo (...) será assinalado por sintomas crescentes de dissolução social sujeito locução verbal agente da passiva oração subordinada substantiva completiva nominal período composto
* predicativo (a = a convicção) Gabarito: E Questão 40: TRE ES - 2011 - nível médio Fragmento de texto: No Brasil, a tradição política no tocante à representação gira em torno de três ideias fundamentais. A primeira é a do mandato livre e independente, isto é, os representantes, ao serem eleitos, não têm nenhuma obrigação, necessariamente, para com as reivindicações e os interesses de seus eleitores. O representante deve exercer seu papel com base no exercício autônomo de sua atividade, na medida em que é ele quem tem a capacidade de discernimento para deliberar sobre os verdadeiros interesses dos seus constituintes. A segunda ideia é a de que os representantes devem exprimir interesses gerais, e não interesses locais ou regionais. Em “A segunda ideia é a de que” (linha 8), o “a” que precede “de que” poderia ser retirado, sem acarretar prejuízo à correção gramatical, ao passo que, em “A primeira é a do” (linha 2), o “a” que precede “do” não poderia ser retirado, visto que substitui a palavra “ideias” (linha 2). Comentário: Nas duas ocorrências, o substantivo “ideia” está subentendido após o artigo “a”. O uso desses artigos é obrigatório para que realmente o substantivo fique subentendido nas duas orações e exija complemento nominal e oração subordinada substantiva completiva nominal, respectivamente. Por isso, a afirmativa está errada. Prof. Décio Terror
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A primeira é
a (ideia)
sujeito + VL + predicativo +
A segunda ideia é a (ideia) sujeito
do mandato livre e independente... complemento nominal
de que os representantes devem exprimir interesses gerais...
+ VL + predicativo
oração principal
oração subordinada substantiva completiva nominal
Gabarito: E Questão 41: Assembleia Legislativa ES – 2011 – nível superior Fragmento de texto: Não interessa que os especialistas se irritem porque Maquiavel não foi maquiavélico; o fato é que ele, como Platão, deixou uma marca no imaginário social. A expressão de realce “é que” (linha 2) poderia ser retirada sem prejuízo para o sentido e a correção gramatical do período em que ela se insere. Comentário: Note que a expressão “é que” não é empregada como realce, ela não pode ser retirada, por ser constituída de verbo de ligação e a conjunção integrante que inicia a oração subordinada substantiva predicativa. Veja: ...o fato é que ele, como Platão, deixou uma marca no imaginário social... sujeito + VL +
oração subordinada substantiva predicativa
Gabarito: E Cabe aqui uma peculiaridade a respeito das orações subordinadas substantivas objetivas indiretas e completivas nominais. As gramáticas admitem a omissão da preposição em alguns casos; seguindo-se a que autores de renome têm utilizado. Assim: Eu duvido que você se comprometa.
(oração subordinada objetiva indireta)
Perceba que a oração continua sendo objetiva indireta; porém houve apenas a omissão da preposição. Isso ocorre por estilo, fuga da artificialidade (julgada por alguns autores), muitas vezes vistas na linguagem hodierna e literária. Portanto, a gramática aceita também como norma culta. Veja o que alguns gramáticos explicam sobre isso: 1) Evanildo Bechara: “Assim, pode-se prescindir da preposição que inicia uma oração objetiva indireta ou completiva nominal, apesar da crítica injusta de alguns gramáticos: ‘Em Coimbra recebeu o infante esta triste nova por uma carta da rainha sua filha, em que o avisava que em conselho se decidira que o fossem cercar ...’ [Alexandre Herculano] Isto é: o avisava d e que.” (...) Pode haver a omissão tanto da preposição quanto do transpositor (conjunção integrante): ‘Quis defendê-la, mas Capitu não me deixou, continuou a chamar-lhe beata e carola, em voz tão alta que tive medo fosse ouvida dos pais’ [Machado de Assis] Isto é: tive medo d e q u e fosse ouvida.’”
Bechara, Evanildo. Gramática Escolar da Língua Portuguesa.1 ed. Lucerna. RJ 2002 (página 355).
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2) Domingos Paschoal Cegalla: “As orações objetivas indiretas são regidas de preposição. É frequente a elipse (omissão) da preposição: ‘Não me lembrei que estava diante de um cavalheiro...’ [Camilo Castelo Branco], isto é: Não me lembrei d e que estava diante de um cavalheiro. ‘Esqueceu-se que tenho cinquenta anos?’ [Camilo Castelo Branco], ou seja: Esqueceu-se d e que tenho cinquenta anos? ” (...) As completivas nominais são regidas de preposição, a qual em certos casos pode ser omitida, como neste exemplo: ‘Zé Grande tinha a impressão que estava voltando a ser criança.’ [Haroldo Bruno].” Cegalla, Domingos Paschoal. Novíssima gramática da Língua Portuguesa.48 ed. CEN. SP 2008 (páginas 385 e 386).
Portanto, vimos o que é a previsão gramatical. Mas devemos entender como a banca CESPE cobra. Veja: Questão 42: Tribunal de Justiça BA - 2005 - nível superior Fragmento do texto: Não há dúvida de que, no início do século XXI, os Estados Unidos da América chegaram mais perto do que nunca da possibilidade de constituição de um “império mundial”. Como na sequência há um complemento oracional, a omissão da preposição “de” em “Não há dúvida de que” também estaria de acordo com as exigências da norma escrita culta. Comentário: Note a ambientação da banca a um assunto peculiar da gramática:“Sabendo-se que há um complemento oracional...”. Ela deixou a brecha para o candidato entender a particularidade, pois não ocorre a omissão dessa preposição se for apenas um termo da oração (objeto indireto ou complemento nominal). Somente com oração substantiva objetiva indireta ou completiva nominal isso é permitido. Gabarito: C
Perceba nesta última questão que a banca ambientou o candidato quanto à possibilidade da omissão da preposição, tendo em vista haver um complemento oracional. Isso é muito importante, pois não se pode dizer que a omissão é facultativa. Ela depende do estilo do autor, de se evitar a repetição da preposição “de” e muito mais. O CESPE naturalmente não vai querer que o candidato se obrigue a saber quando pode ou não omitir a preposição. Esta banca vai induzir a omissão, como ocorreu na questão comentada anteriormente, ou simplesmente vai entendê-la como obrigatória. Questão 43: ANS - 2005 - nível Superior Fragmento do texto: É corrente a afirmação de que muitos pacientes não querem saber a verdade de sua doença, quando grave, ou que procuram de toda maneira se enganar. A retirada da preposição em “a afirmação de que” desrespeita as regras de regência do padrão culto da língua e prejudica a coerência textual. Comentário: A questão mostra-nos que a preposição antes da oração subordinada substantiva completiva nominal pode ser omitida preservando-se Prof. Décio Terror
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a coerência e a gramaticalidade. Isso não ocorre com frequência. Normalmente as gramáticas adotam esse recurso da omissão, tendo em vista evitar a repetição da preposição. Neste fragmento, por exemplo, há três preposições “de”. Isso facilita entendermos a omissão desta preposição. Gabarito: E Agora, veja três questões que não induziram a omissão. Questão 44: Detran ES - 2011 - nível médio Fragmento de texto: A Bik.e vem com tudo para agradar, a começar pelo nome esperto e um diploma automático na dura disciplina de “mobilidade sustentável”. Vem como um aviso concreto de que a era do automóvel está mesmo se despedindo. Em “de que”, o emprego da preposição é obrigatório, visto que introduz o complemento da palavra “aviso”; como ocorre, por exemplo, em aviso de férias. Comentário: A expressão “de que” iniciou uma oração subordinada substantiva completiva nominal, pois completa o sentido do substantivo “aviso”. Note que a banca CESPE foi direta na pergunta. Ela não ambientou o candidato sobre a peculiaridade de ser um complemento oracional, como ocorreu nas questões trabalhadas anteriormente. E mais, a questão fez um paralelo do complemento nominal oracional com o complemento nominal “ de férias”. Isso nos faz desprezar a peculiaridade de ser um complemento oracional e entender simplesmente a necessidade da preposição “de”. Nos dois casos, portanto, o uso da preposição se fez obrigatório. Assim, a banca CESPE não desprezou a norma gramatical sobre a omissão da preposição. Você viu que as gramáticas mostram a possibilidade, mas isso vai depender muito do contexto. E vamos sempre ficar atento na forma como esta banca ambienta a questão. Gabarito: C Questão 45: PC ES - 2011 - nível superior Fragmento de texto: Por essa razão, aqueles que resistem às reivindicações de maior igualdade são levados a considerar que as desigualdades são, em sua maior parte, naturais e, como tais, invencíveis ou mais dificilmente superáveis. Ao contrário, aqueles que lutam por maior igualdade estão convencidos de que as desigualdades são, em sua maior parte, sociais ou históricas. No trecho “estão convencidos de que as desigualdades são, em sua maior parte, sociais ou históricas”, a omissão da preposição “de” prejudicaria a correção gramatical do período. Comentário: Note que a banca CESPE também foi direta nesta pergunta. Ela não ambientou o candidato sobre a peculiaridade de ser um complemento oracional, como ocorreu na primeira questão trabalhada. Isso nos faz novamente desprezar a peculiaridade de ser um complemento oracional e entender simplesmente que a expressão “de que” iniciou uma oração subordinada substantiva completiva nominal, pois completa o sentido do adjetivo “convencidos”. Gabarito: C Prof. Décio Terror
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Questão 46: TRE ES - 2011 - nível médio Fragmento de texto: A terceira ideia refere-se ao princípio de que o sistema democrático representativo deve basear-se no governo da maioria. Com correção gramatical, o trecho “ao princípio de que o sistema democrático representativo” poderia ser reescrito da seguinte forma: ao princípio que o sistema democrático representativo. Comentário: É o substantivo “ princípio” que rege a preposição “de” e toda a oração posterior completa o sentido desse substantivo. Por isso, ele não dispensa o uso da preposição “de”, mesmo sendo uma oração subordinada substantiva completiva nominal. (oração principal)
A terceira ideia refere-se ao princípio de que o sistema democrático representativo deve basear-se... (oração subordinada substantiva completiva nominal)
Gabarito: E Vimos, no início da aula, os termos da oração e as orações subordinadas substantivas, que provêm da maioria destes termos. Agora veremos as orações subordinadas adjetivas. Período composto por subordinação adjetiva As orações subordinadas adjetivas têm esse nome porque equivalem a um adjetivo. Em termos sintáticos, essas orações exercem a função que normalmente cabe a um adjetivo (a de um adjunto adnominal ou aposto explicativo). O adjunto adnominal é termo do qual ainda não falamos, mas nos basta entender o seguinte: todo termo da oração possui no mínimo um vocábulo, o qual chamamos de núcleo. Por vezes, esse núcleo vem antecipado ou seguido de outros vocábulos de valor adjetivo, os quais passam à função de adjunto adnominal. Perceba isso no exemplo abaixo. O objeto direto é o termo “gente mentirosa”. O núcleo é o substantivo “gente” e o adjunto adnominal é “mentirosa”, o qual serve para caracterizar o núcleo. Detesto gente mentirosa. VTD
núcleo do OD
Adj Adn
objeto direto período simples
Detesto
gente
que mente.
oração principal Or Sub Adjetiva período composto
Na primeira construção, o adjetivo “mentirosa” é adjunto adnominal, o qual caracteriza o núcleo do objeto direto “gente”. Ao se inserir um verbo nesta função adjetiva, naturalmente haverá uma oração de mesmo valor. Por isso passa a ser uma oração subordinada adjetiva. A conexão entre a oração subordinada adjetiva e a oração principal é feita pelo pronome relativo que. Esse vocábulo não pode ser confundido com a conjunção integrante “que”, vista anteriormente, a qual inicia uma oração subordinada substantiva. Portanto vamos às formas de se evitar o erro: Prof. Décio Terror
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1. Detesto mentiras.
2. Detesto gente mentirosa.
1. Detesto que mintam.
2. Detesto gente que mente.
a) O vocábulo “mentiras” é um substantivo. Quando é substituído por verbo, passa a fazer parte de uma oração subordinada substantiva. b) “mentiras” é núcleo do objeto direto do verbo “Detesto”, por isso “que mintam” é oração subordinada substantiva objetiva direta da oração principal “Detesto”. c) O vocábulo “que” é uma conjunção integrante e toda a oração a partir desse vocábulo pode ser substituída pelo vocábulo “isso”, para a confirmação de ser oração substantiva. (Detesto isso.)
a) O vocábulo “mentirosa” é um adjetivo. Quando é substituído por um verbo, passa a fazer parte de uma oração adjetiva. b) “mentirosa” é adjunto adnominal e restringe o núcleo do objeto direto. c) Não há coesão em se substituir a oração “que mente” pelo vocábulo “isso”. Veja: Detesto gente isso. Por isso não é oração substantiva. O segundo passo é substituir o “que” por “o qual” e suas variações, para confirmar se é pronome relativo iniciando oração adjetiva. Veja: Detesto gente a qual mente.
No período “Detesto gente que mente”, desenvolvem-se duas ideias, relacionadas à palavra “gente”: a primeira é a de que eu a detesto e a segunda a de que ela mente. Assim: Detesto gente. Gente mente. VTD +
OD
Suj
+
VI
Entendendo-se que o vocábulo “gente” está se repetindo desnecessariamente, pode-se inserir no lugar desse vocábulo repetido o pronome relativo “que” ou “a qual”. “Gente” está na função de sujeito, então o pronome “que” ou “a qual” também ocupa a função de sujeito. Veja: Detesto gente.Gente mente. Detesto gente que mente. Detesto gente a qual mente. sujeito Visando ao que pode ser exigido pela banca CESPE, muitas vezes se vê questão que pede para substituir um vocábulo por outro, permanecendo o sentido e a gramaticalidade. Neste caso, se a banca pedisse para substituirmos “gente” por “pessoas”, permaneceria a semântica, mesmo um estando no singular e o outro no plural. Mas essa substituição implicaria mudança na concordância do verbo “mente”, que deveria flexionar-se no plural, haja vista que o pronome relativo “que” é sujeito e retomaria “pessoas”. Assim: Detesto pessoas que mentem. VTD + objeto direto oração principal
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Suj + V. intransitivo oração Sub Adjetiva
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Outras vezes a banca CESPE cobra simplesmente a atenção voltada ao contexto para identificar o referente. Por exemplo: 1. Conheci o dono daquela empresa de cosméticos que demitiu duzentos funcionários. 2. Conheci o dono daquela empresa de cosméticos que exportou para a Europa. 3. Conheci o dono daquela empresa de cosméticos que embelezam as mulheres.
Na frase 1, o pronome relativo “que” retomou o substantivo “dono”, pois se entende que quem demite é o “dono”; na frase 2, foi retomado o substantivo “empresa”, pois é mais adequado dizer que a exportação é feita pela “empresa” e não pelo “dono”. Na frase 3, a concordância é feita no plural, porque o pronome relativo retomou “cosméticos”, que também está no plural. Isso é muito cobrado na prova. Muita atenção. Uma forma de isso ficar mais claro é substituir o pronome “que” pelo pronome relativo “o qual” e suas variações, típica questão do CESPE. Assim, na frase 1 seria “o qual”, na 2 “a qual” e na 3 “os quais”. Questão 47: Tribunal Regional Eleitoral RS - 2006 - nível médio Fragmento do texto: O primeiro código eleitoral a viger no Brasil chamavase Ordenações do Reino, as quais foram elaboradas em Portugal no fim da Idade Média e utilizadas até 1828. A substituição da estrutura “as quais foram elaboradas (...) e utilizadas” por o qual foi elaborado (...) e utilizado altera as relações de concordância sem provocar prejuízo para a coerência e a correção gramatical do período. Comentário As expressões “O primeiro código eleitoral a viger no Brasil ” e “Ordenações do Reino” são sinônimas contextuais por causa do vocábulo “chamava-se”, o qual mostra que o nome desse primeiro código é Ordenações do Reino. Logo, “as quais foram elaboradas (...) e utilizadas...” concordam com “Ordenações do Reino”, mas poderiam se flexionar no singular e masculino para concordar com “O primeiro código eleitoral a viger no Brasil ”. Por isso há a possibilidade da substituição: O primeiro código eleitoral a viger no Brasil chamava-se O r d e n a çõe s Portugal no fim da Idade Média e d o R e i n o , a s q u a i s f o r a m e l a b o r a d a s em u t i l i z a d a s até 1828. O p r i m e i r o c ód i g o e l e i t o r a l a v i g e r n o B r a s i l chamava-se Ordenações do Reino, o qual foi elaborado em Portugal no fim da Idade Média e utilizado até 1828. Gabarito: C Não veremos nesta aula quais são os pronomes relativos e suas funções sintáticas. Isso será visto na aula 3, quando aprofundarmos na regência verbal e nominal. Vamos trabalhar agora a pontuação nestas orações. A pontuação e a classificação das orações adjetivas Para entendermos a pontuação referente a termos adjetivos, é necessário sabermos a diferença entre dois tipos de adjetivo. Adjetivo explicativo: é aquele que denota qualidade essencial do ser, característica inerente, ou seja, qualidade que não pode ser retirada do substantivo. Por exemplo, todo homem é mortal , todo fogo é quente, todo Prof. Décio Terror
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leite é branco, então mortal , quente e branco são adjetivos explicativos, em relação a homem, fogo e leite. Adjetivo restritivo: é o adjetivo que denota qualidade adicionada ao ser, ou seja, qualidade que pode ser retirada do substantivo. Por exemplo, nem todo homem é inteligente, nem todo fogo é alto, nem todo leite é enriquecido, então inteligente, alto e enriquecido são adjetivos restritivos, em relação a homem, fogo e leite. mortal quente branco explicativo
homem
inteligente
fogo
alto
leite
enriquecido
restritivo
Quando o adjetivo estiver imediatamente após o substantivo qualificado por ele, teremos o seguinte: se ele for adjetivo explicativo, deverá estar entre vírgulas e funcionará sintaticamente como aposto explicativo; se for adjetivo restritivo, não poderá estar entre vírgulas e funcionará como adjunto adnominal. Por exemplo: “O homem, mortal, age como um ser imortal .” Nessa frase, mortal é adjetivo explicativo, pois indica uma qualidade essencial do substantivo, por isso está entre vírgulas e sua função sintática é a de aposto explicativo. Já na frase “O homem inteligente lê mais.”, inteligente é adjetivo restritivo, pois se entende que nem todo homem lê muito, por isso não está entre vírgulas e sua função sintática é a de adjunto adnominal. Assim, o adjetivo pode ter o valor restritivo (especifica o sentido do termo antecedente, individualizando-o) e explicativo (realça um detalhe ou amplifica características básicas sobre o antecedente, que já se encontra suficientemente definido). Como aprofundamento disso, vejamos o adjetivo “inteligente”. 1. O homem, i n t e l i g e n t e , dobra sua capacidade cognitiva através dos séculos. 2. O homem i n t e l i g e n t e não joga lixo no chão. Na frase 1, esse adjetivo possui valor básico do homem: ser pensante, que raciocina. Essa é a condição básica para que ele possa ter a capacidade cognitiva e então através dos séculos ter a possibilidade de isso ser ampliado. Esse adjetivo está entre vírgulas para marcar o valor explicativo e com isso há a função sintática de aposto explicativo. Na frase 2, esse mesmo adjetivo possui valor semântico diferente, pois se sabe que nem todos os homens deixam de jogar o lixo no chão. Então esse não é um princípio só do poder de raciocínio, mas da virtude, da educação. Assim, i n t e l i g e n t e , neste caso, é o homem educado. Como sabemos que nem todos são educados, há certamente um valor restritivo. Por isso esse vocábulo não está separado por vírgulas e cumpre a função sintática de adjunto adnominal. Portanto, se o aposto explicativo recebe um verbo, tornar-se-á uma oração subordinada adjetiva explicativa. Se o adjunto adnominal recebe um verbo, tornar-se-á oração subordinada adjetiva restritiva. O uso de vírgula continua da mesma forma que nos termos da oração ditos anteriormente. Veja: Prof. Décio Terror
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PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR O homem, inteligente, dobra sua capacidade cognitiva através dos séculos. sujeito
aposto explicativo
VTD
+ objeto direto período simples
+
adjunto adverbial de tempo
O homem, que é inteligente, dobra sua capacidade cognitiva através dos séculos. oração subordinada adjetiva explicativa
oração principal período composto
O homem
inteligente
Adj Adn + núcleo
adjunto adnominal
não joga lixo no chão.
Adj Adv negação
VTD
OD
Adj Adv lugar
sujeito simples período
simples
O homem que é inteligente não joga lixo no chão. oração subordinada adjetiva restritiva oração principal período composto
Portanto, dependendo do uso da vírgula numa oração adjetiva, haverá mudança de sentido. Em determinados momentos, a vírgula poderá ser inserida ou retirada, isso fará com que a oração mude o sentido, mas não quer dizer que haverá incoerência com os argumentos do texto. Exemplo: Angélica, encontrei seu irmão que mora em Paris. Angélica, encontrei seu irmão, que mora em Paris. Uma forma prática de se enxergar melhor a restrição é subentendendo a expressão s o m e n t e a q u e l e q u e . Assim, no primeiro período, observa-se que somente o irmão de Angélica o qual mora em Paris foi encontrado por mim, os outros irmãos dela não foram citados no contexto. Portanto, sem vírgulas, entende-se que ela tem mais de um irmão. Já no segundo período, entende-se que a característica básica de irmão de Angélica é ser morador de Paris, pois ele é o único irmão. Veja outros: O curso possui oitocentos alunos que farão a prova da OAB. O curso possui oitocentos alunos, que farão a prova da OAB. No primeiro período, entende-se que somente oitocentos alunos do curso farão a prova da OAB, os outros não. Então o curso possui mais de oitocentos alunos. No segundo período, percebe-se que todo o efetivo discente do curso fará a prova da OAB. E sua totalidade é de oitocentos alunos. Escolha a joia de que goste. Escolha a joia, de que gosta. No primeiro período, alguém foi convidado a escolher uma joia ainda não apreciada, conhecida pela felizarda. A joia da qual gostar poderá ser escolhida. Ao passo que, no segundo período, a pessoa presenteada já conhecia a joia e já gostava dela, por isso passou a haver a característica explicativa.
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Outro ponto importante. Se o aposto explicativo pode ser separado por vírgulas, travessões e parênteses; o mesmo vai ocorrer com a oração subordinada adjetiva explicativa. Questão 48: EBC 48: EBC – 2011 – Nível Médio Fragmento de texto: texto: Diversos países sustentam hoje robustas corporações de mídia pública que concentram substancial fatia da audiência e são reconhecidas pela qualidade no conteúdo que produzem e transmitem. O segmento “que produzem e transmitem” tem natureza explicativa. Comentário: Comentário: As orações “que “que produzem e transmitem” transmitem” são subordinadas adjetivas restritivas, e não explicativas, pois não são antecipadas de vírgula. Note que elas estão coordenadas entre si. Por isso, há a conjunção “e”. Gabarito: E Questão 49: ABIN 49: ABIN - 2010 - nível Superior Fragmento do texto: texto: No projeto Segurança Pública para o Brasil, da Secretaria Nacional de Segurança Pública, aponta-se como principal causa do aumento da criminalidade o tráfico de drogas e de armas. A supressão das vírgulas que isolam a expressão “da Secretaria Nacional de Segurança Pública” alteraria o sentido do texto, visto que estaria subentendida a existência de, pelo menos, mais um projeto denominado Segurança Pública para o Brasil. Comentário: Comentário: A banca quis que o candidato notasse a diferença entre termo explicativo e restritivo. O primeiro é a característica básica do substantivo, por isso é isolado por vírgula(s). Já o segundo especifica, restringe, afunila o sentido do substantivo, por isso não se pode separar por vírgula. O termo restritivo cumpre a função sintática de adjunto adnominal, por isso não se pode separar por vírgula o adjunto adnominal de seu núcleo. No texto, perceba que o termo “da “da Secretaria Nacional de Segurança Pública” Pública” encontra-se isolado por vírgulas para marcar o sentido explicativo (aposto explicativo). Isso nos dá a noção de que só há um projeto denominado “Segurança Pública para o Brasil”, e este projeto é exclusivo da “da Secretaria Nacional de Segurança Pública”. Pública”. Não há outro. Ao retirarmos as vírgulas, o sentido muda para restrição, isto é, passase a subentender a existência de, pelo menos, mais um projeto denominado Segurança Pública para o Brasil . Assim, a afirmativa da questão está correta. Muda-se o sentido com a supressão das vírgulas. Gabarito: Gabarito: C Questão 50: Polícia Federal – 2004 – Agente Administrativo Fragmento do texto: texto: Do final de setembro aos primeiros dias de outubro, ficou muito claro que estamos assistindo a algo absolutamente novo e fantástico: o surgimento de uma entidade governante anglo-saxã. Preservam-se as relações semânticas do texto e sua correção gramatical ao se substituir o sinal de dois-pontos por vírgula seguida do termo que é. é. Comentário: Comentário: Os dois-pontos iniciam um aposto explicativo, o qual pode ser também iniciado por vírgula. Ao se inserir a expressão “que “ que é”, é”, a banca Prof. Décio Terror
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queria a percepção do candidato quanto à possibilidade de transformação de aposto explicativo em oração subordinada adjetiva explicativa. Por isso a afirmativa está correta. Gabarito: Gabarito: C Questão 51: Tribunal de Justiça BA - 2005 - nível superior Fragmento do texto: texto: Nesse contexto, as previsões, liberais ou marxistas, do fim dos estados ou das economias nacionais, ou mesmo da formação de algum tipo de federação cosmopolita e pacífica, são utopias, com toda a dignidade das utopias que partem de argumentos éticos e expectativas generosas, mas são ideias ou projetos que não têm nenhum apoio objetivo na análise da lógica e da história passada do sistema mundial. A inserção de uma vírgula logo após a expressão “dignidade “ dignidade das utopias” utopias ” mantém as mesmas relações sintáticas e a informação original do período. Comentário: Comentário: Primeiro se deve ter certeza de que há oração adjetiva. Para isso, basta substituir o “que” por “as quais” e se verifica que permanece a coerência. Assim, a inserção ou retirada de vírgula obrigatoriamente muda o sentido da oração subordinada adjetiva, então isso mudaria a informação original do período no texto, além de mudar também a relação sintática, pois, com a vírgula, deixaria de ser oração subordinada adjetiva restritiva para ser oração subordinada adjetiva explicativa. Gabarito: Gabarito: E Questão 52: Cia de Saneamento Básico ES - 2006 - nível superior Fragmento do texto: texto: Considerando as recentes técnicas, os meios e os problemas que envolvem os crimes de informática e a ação de perícia criminal sobre evidências de delitos dessa natureza, vimos sugerir a adoção de protocolos para coleta, manipulação, exame e preparação do laudo pericial, visando à integridade da prova e sua aceitação perante a justiça. A oração “que “que envolvem os crimes de informática (...) natureza” natureza” atribui sentido restritivo aos substantivos “técnicas “ técnicas”, ”, “meios “meios”” e “ problemas”. problemas”. Comentário: Comentário: Esta afirmativa engloba pelo menos dois conhecimentos: que palavra(s) é(são) retomada(s) pelo pronome relativo e como diferenciar restrição de explicação. Primeiro, há de se observar a função sintática do pronome relativo “que “que”. ”. Ele está na função de sujeito e, por retomar nomes no plural, leva o verbo “envolvem “envolvem”” para o plural. Como recurso de coesão, deve-se agora saber se esse vocábulo realmente retoma os substantivos “técnicas “ técnicas”, ”, “meios “ meios”” e “ problemas”, problemas”, os quais estariam implícitos no sujeito “que “que”. ”. Assim, poderíamos entender: “as “as recentes técnicas, os meios e os problemas (...) envolvem os crimes de informática e a ação de perícia criminal sobre evidências de delitos dessa natureza” . Há de se observar, então, que não é apenas o último substantivo que está sendo caracterizado pela oração adjetiva (como muitos candidatos entenderam, à época desta prova, e entraram com recursos, os quais foram indeferidos). Por fim, esta caracterização é restritiva, porque a oração adjetiva não está separada por vírgula. Por tudo isso, a afirmativa está correta. Gabarito: Gabarito: C Prof. Décio Terror
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Questão 53: Tribunal Regional Eleitoral MA - 2006 - nível superior Texto: Texto: Para que a democracia seja efetiva, é necessário que as pessoas se sintam ligadas aos seus concidadãos e que essa ligação se manifeste por meio de um conjunto de organizações e instituições extramercado. Uma cultura política atuante precisa de grupos comunitários, bibliotecas, escolas públicas, associações de moradores, cooperativas, locais para reuniões públicas, associações voluntárias e sindicatos que propiciem formas de comunicação, encontro e interação entre os concidadãos. A democracia neoliberal, com sua ideia de mercado “über alles”, nunca leva em conta essa atuação. Em vez de cidadãos, ela produz consumidores. Em vez de comunidades, produz shopping centers. O que sobra é uma sociedade atomizada, de pessoas sem compromisso, desmoralizadas e socialmente impotentes. Em suma, o neoliberalismo é o inimigo primeiro e imediato da verdadeira democracia participativa, não apenas nos Estados Unidos, mas em todo o planeta, e assim continuará no futuro previsível. A forma verbal subjuntiva “ propiciem” propiciem” poderia ser substituída, sem prejuízo da coerência do texto e da correção gramatical, pela forma indicativa propiciam, propiciam, desde que fosse empregada a vírgula antes do conector “que “ que”. ”. Comentário: Comentário: A oração adjetiva “que “que propiciem formas de comunicação” comunicação ” não vem antecipada de vírgula por ser uma característica restritiva do substantivo “sindicatos “sindicatos”” (somente aqueles sindicatos que propiciem formas de comunicação). Porém, ao lermos o conjunto do texto, percebemos que o autor tem uma visão categórica contra o neoliberalismo; assim não seria de se estranhar que ele considerasse que todas as organizações citadas no texto comunicação”. Portanto, a troca dos tempos verbais p r o p i c i a m “formas de comunicação”. faria permanecer a coerência. Mas isso implicaria erro gramatical, se não houvesse a inserção da vírgula; pois no texto original a oração é adjetiva restritiva (deixa-se subentendido que nem todas as organizações citadas no texto propiciam formas de comunicação). Com a substituição do tempo e modo verbais, a característica de propiciar formas de comunicação passa a ser básica destas organizações, isto é, na visão do autor todas elas transmitem formas de comunicação, encontro e interação entre os concidadãos. Isso exige a inserção da vírgula para tornar essa oração adjetiva explicativa. Perceba que o verbo deixa de transmitir uma hipótese (presente do subjuntivo) para transmitir uma certeza (presente do indicativo). Observe, também, que na questão afirma-se que a troca e a inserção da vírgula preservariam a coerência e a correção gramatical. gramatical. Isso está correto. Ficaria errado se fosse afirmado que preservaria o sentido, sentido, pois a semântica mudou (de valor restritivo para explicativo). Gabarito: Gabarito: C As orações reduzidas e desenvolvidas Quando são introduzidas por um pronome relativo e apresentam verbo conjugado em modo e tempo verbal, as orações subordinadas adjetivas são chamadas de desenvolvidas. Além delas, existem as orações subordinadas Prof. Décio Terror
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adjetivas reduzidas, que não são introduzidas por pronome relativo (podem ser se r introduzidas por preposição) e apresentam o verbo numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio). Ele foi o primeiro aluno que se apresentou. Ele foi o primeiro aluno a se apresentar. No primeiro período, há uma oração subordinada adjetiva desenvolvida, já que é introduzida pelo pronome relativo “que “ que”” e apresenta verbo conjugado no pretérito perfeito do indicativo. No segundo, há uma oração subordinada adjetiva reduzida de infinitivo: não há pronome relativo e seu verbo está no infinitivo. Questão 54: Tribunal Regional Eleitoral RS - 2006 - nível médio Fragmento do texto: texto: O primeiro código eleitoral a viger no Brasil chamavase Ordenações do Reino, as quais foram elaboradas em Portugal no fim da Idade Média e utilizadas até 1828. Para que o período mantenha-se gramaticalmente correto; ao se substituir a forma verbal “viger” por vigorar, vigorar, é necessário substituir também a preposição que a antecede. Comentário: Comentário: A oração “a “a viger no Brasil ” é subordinada adjetiva reduzida de infinitivo e por isso recebe a preposição “a”. Note que se poderia substituir essa oração reduzida pela desenvolvida “que “ que vigeu no Brasil ”, ”, sem alteração semântica. Tanto o verbo “viger “ viger ” quanto vigorar vigorar admitem a preposição “a “ a” para que possa dar origem a essa estrutura reduzida. Por não ser necessária a substituição da preposição, a questão está errada. Gabarito: Gabarito: E Questão 55: Polícia Civil CE - 2012 - Inspetor Fragmento de texto: texto: E considerar outras formas de soberania que respondam melhor a um mundo caracterizado ao mesmo tempo pela desigualdade e pela diversidade. Na linha 2, caso se insira, antes de “caracterizado “ caracterizado”, ”, o segmento que é, é, será necessário, para a manutenção da correção gramatical e do sentido do período, o emprego de vírgula após “mundo”. Comentário: Comentário: A oração “caracterizado “caracterizado ao mesmo tempo pela desigualdade e pela diversidade” diversidade” é subordinada adjetiva restritiva reduzida de particípio. O autor pode optar em desenvolvê-la inserindo o pronome relativo “que “ que”” e o verbo “é “é”: ...um ...um mundo que é caracterizado ao mesmo tempo pela desigualdade e pela diversidade O erro está na exigência do uso da vírgula. Neste caso, a oração passaria a explicativa, perdendo, assim, o sentido original (que era restritivo). Gabarito: E Recapitulando...
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Até agora, vimos os termos básicos da oração e entendemos que não se pode separá-los por vírgula. Vimos também que o sujeito, OD e predicativo não são antecipados por preposição. Além disso, estudamos o vocativo e o aposto tendo em vista a sua pontuação. Em seguida, vimos que o termo adjetivo pode ter dois valores semânticos (restrição e explicação). Quando esses termos recebem verbo, naturalmente viram orações adjetivas. Agora falta falarmos dos termos adverbiais, principalmente no que diz respeito ao sentido e à pontuação. Quando o adjunto adverbial recebe um verbo, transforma-se em oração subordinada adverbial. Período composto por subordinação adverbial vírgula facultativa
O candidato passou no concurso, VTI
objeto indireto
devido ao seu esforço no estudo.
adjunto adverbial de causa predicado verbal período simples
sujeito
vírgula facultativa
O candidato passou no concurso, sujeito
VTI
porque se esforçou no estudo.
objeto indireto VTI + objeto indireto predicado verbal predicado verbal oração principal oração subordinada adverbial causal período composto
Tanto o adjunto adverbial quanto a oração adverbial podem deslocar-se para o início ou para o meio da estrutura principal. E, com isso, a vírgula será empregada conforme foi visto nos adjuntos adverbiais de grande extensão. Assim, via de regra, a oração subordinada adverbial, quando posposta à oração principal, será iniciada por vírgula facultativamente. Mas, se for antecipada ou intercalada, receberá vírgula ou vírgulas obrigatoriamente. Observe: vírgula obrigatória
Devido ao seu esforço no estudo,
o candidato passou
adjunto adverbial de causa
VTI
no concurso objeto indireto
sujeito predicado verbal período simples vírgula obrigatória
Porque se esforçou no estudo, VTI
o candidato passou
+ objeto indireto sujeito predicado verbal oração subordinada adverbial causal período composto
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VTI
no concurso
objeto indireto predicado verbal oração principal
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PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR vírgulas obrigatórias
O candidato, sujeito
devido ao seu esforço no estudo, passou no concurso. adjunto adverbial de causa predicado verbal período simples
VTI
objeto indireto
vírgulas obrigatórias
O candidato, sujeito
porque se esforçou no estudo,
VTI + objeto indireto predicado verbal oração subordinada adverbial causal oração principal período composto
passou VTI
no concurso
objeto indireto predicado verbal
Assim como foi visto nas orações substantivas e adjetivas, as orações podem ser reduzidas. Isso ocorre porque a conjunção é excluída e o verbo deixa de ser conjugado em modo e tempo verbal e passa a uma das formas nominais: infinitivo, gerúndio, particípio. Por se esforçar muito nos estudos, o candidato passou no concurso.
oração subordinada adverbial causal reduzida de infinitivo +
oração principal
Questão 56: INCA - 2010 - nível superior Fragmento do texto: Ao estabelecer a obrigatoriedade na realização dos exames pré-admissional, periódico e demissional do trabalhador, criou recursos médico-periciais voltados à identificação do nexo da causalidade entre os danos sofridos e a ocupação desempenhada. A vírgula logo depois de “trabalhador ” é opcional e sua retirada preservaria a correção gramatical do texto, pois os três termos da enumeração que ela tem função de marcar já estão separados pela conjunção “e”: “exames préadmissional, periódico e demissional do trabalhador ”. Comentário: A vírgula após “trabalhador ” é obrigatória, por haver a antecipação da oração subordinada adverbial causal (ou temporal) reduzida de infinitivo “ Ao estabelecer a obrigatoriedade na realização dos exames préadmissional, periódico e demissional do trabalhador” . Os três termos enumerados não interferem no motivo desta vírgula. Gabarito: E Questão 57: Médico perito INSS - 2009 - nível superior Julgue a frase quanto à correção gramatical: O povo por estar insatisfeito com o “bota-abaixo” e influenciado pela imprensa se revoltou contra a vacina. Comentário: Há orações subordinadas adverbiais causais reduzidas de infinitivo e estão coordenadas entre si com a conjunção “e”. Como essas orações estão intercaladas à oração principal “O povo se revoltou contra a vacina”, deve haver vírgula após o substantivo “ povo” e depois de “imprensa.” Gabarito: E Questão 58: Tribunal Regional Eleitoral MA - 2006 - nível superior Fragmento do texto: Para que a democracia seja efetiva, é necessário que as pessoas se sintam ligadas aos seus concidadãos e que essa ligação se Prof. Décio Terror
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manifeste por meio de um conjunto de organizações e instituições extramercado. Caso a oração adverbial que inicia o texto estivesse imediatamente após a expressão “é necessário”, não haveria necessidade de emprego da vírgula, visto que estaria restabelecida a ordem direta do período. Comentário: Se a oração adverbial final “Para que a democracia seja efetiva” fosse colocada após a oração “é necessário”, precisaria ficar entre vírgulas, pois estaria entre uma oração principal e uma oração subordinada substantiva. Veja: “É necessário, p a r a q u e a d e m o c r a ci a s e j a e f e t i v a , que as pessoas se sintam ligadas aos concidadãos...” Gabarito: E Vários são os valores circunstanciais das orações subordinadas adverbais. Eles basicamente se dividem em 9. Causais: exprimem causa, motivo, razão. Esta oração faz parte da estrutura causa-consequência, em que a origem ocorre temporalmente antes. E a consequência, por ser o resultado, ocorre depois. As principais conjunções causais são: porque, pois, que, como (quando a oração adverbial estiver antecipada) , já que, visto que, desde que, uma vez que, porquanto, na medida em que, que, etc: A mulher gritou p o r q u e t e v e m e d o . Co m o f a z i a f r i o , fechou as janelas. J á q u e m e p e d i r a m , vou continuar. U m a v e z q u e d e s f r u t a d e b o n s p e n s a m e n t o s , realiza boas atitudes. Observações: I - A conjunção s e também pode transmitir valor de causa a orações que funcionam como base ou ponto de partida de um raciocínio, em construções como: Se o e s t u d o é o p r i n c íp i o d o c o n c u r s e i r o , é imprescindível a organização de seu material de estudo. II - Vimos na aula anterior que as conjunções porque, porquanto e pois podem ser coordenativas explicativas. Nesta, percebemos que elas também podem ser causais. A banca CESPE não pergunta qual é a diferença entre elas, apenas pede a troca das conjunções. Questão 59: EBC – 2011 – Nível Médio Fragmento de texto: Por princípio, todo o sistema de comunicação deveria ser público, uma vez que a sua missão é prestar um serviço público. Nesse sentido, poderiam até variar as formas de financiamento, mas o controle deve ser da sociedade. Seria mantida a relação sintático-semântica entre as orações que compõem o terceiro período do texto ao se substituir “uma vez que” (R.9) por qualquer um dos termos a seguir: porque, porquanto, já que, visto que, conquanto. Comentário: A locução conjuntiva “uma vez que” inicia a oração subordinada adverbial causal. Os conectivos “ porque”, “ porquanto”, “ já que” e “visto que” Prof. Décio Terror
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preservam o valor causal; mas a conjunção “conquanto” tem valor adverbial concessivo, o qual será visto adiante. Assim, a afirmativa está errada. Gabarito: E Questão 60: Polícia Civil CE - 2012 - Inspetor Fragmento de texto: O cientista político Phillippe Schmitter argumentou que, embora a situação europeia seja singular, seu progresso para além do Estado nacional tem uma pertinência mais genérica, pois “o contexto contemporâneo favorece sistematicamente a transformação dos Estados em confederatii , condominii ou federatii , numa variedade de contextos”. O conector “pois” (linha 3) introduz ideia de consequência no trecho em que ocorre. Comentário: A conjunção “ pois” tem valor adverbial causal, e não de consequência. Gabarito: E Questão 61: Tribunal Regional Eleitoral RS - 2005 - nível médio Fragmento do texto: As eleições para a assembleia constituinte realizaramse após a Proclamação da Independência e, em 25 de março de 1824, D. Pedro I outorgou ao povo brasileiro sua primeira Constituição política. Após a data “25 de março de 1824” subentende-se uma relação sintática representada pela conjunção porque. Comentário: “ As eleições para a assembleia constituinte realizaram-se após a Proclamação da Independência e , em 25 de março de 1824, D. Pedro I outorgou ao povo brasileiro sua primeira Constituição política.” A relação entre as orações desse período é de coordenação aditiva (observe a conjunção “e” em destaque). Ao se subentender, ou explicitar a conjunção porque após “25 de março de 1824”, já haveria erro pois a vírgula que se encontra após “1824” ficaria após a conjunção porque. Além disso, ela iniciaria, dentro da oração coordenada sindética aditiva, uma relação subordinativa adverbial causal, mas faltaria a oração principal, vício chamado de truncamento sintático. Veja como ficaria: “ As eleições para a assembleia constituinte realizaram-se após a Proclamação da Independência e , em 25 de março de 1824 p o r q u e , D. Pedro I outorgou ao povo brasileiro sua primeira Constituição política...” Não há, portanto, possibilidade de se subentender a conjunção porque após 1824. Gabarito: E Questão 62: ABIN - 2008 - nível superior Fragmento do texto: Uma vez pesquisado, determinado assunto agrega novos elementos ao pensamento de seu observador e, portanto, modifica-o. Mudado seu modo de pensar, o pesquisador já não concebe aquele tema da mesma forma e, assim, já não é capaz de estabelecer uma relação exatamente igual à do experimento original. Não se podendo repetir a relação sujeito-objeto, é forçoso afirmar que seria impossível a reprodução exata de qualquer situação de pesquisa, o que ressalta a importância da descrição do fenômeno e o caráter vivo dos postulados teóricos. Prof. Décio Terror
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No desenvolvimento da argumentação, a oração “Não se podendo repetir a relação sujeito-objeto” (linhas 5 e 6) expressa a causa que desencadeia as idéias do trecho “é forçoso afirmar (...) pesquisa” (linhas 6 e 7). Comentário: A pergunta é textual, mas depende da compreensão do período composto. Na realidade, pergunta-se qual a circunstância expressa na oração reduzida de gerúndio “Não se podendo repetir a relação sujeito-objeto”. Ela é subordinada adverbial causal e sua estrutura principal vem em seguida, composta da oração principal “é forçoso”, oração subordinada substantiva subjetiva “afirmar ”, oração subordinada substantiva objetiva direta “que seria impossível a reprodução exata de qualquer situação de pesquisa”. O contexto permite compreender o desenvolvimento da oração causal da seguinte forma: Já q u e não
se pode repetir a relação sujeito-objeto, é forçoso afirmar que seria impossível a reprodução exata de qualquer situação de pesquisa...
Gabarito: C Consecutivas: Na relação causa-consequência, o processo verbal da consequência ocorre após o da causa, e suas conjunções exprimem um efeito, um resultado e aparecem de duas formas: I - conjunção “que” precedida de “tal” , “tão”, “tanto”, “tamanho” : Fazia tanto frio q u e m e u s d e d o s co n g e l a v a m . Tal foi seu entusiasmo q u e t o d o s o s e g u i r a m . Nesta estrutura, os intensificadores tal , tamanho, tão, tanto podem ficar subentendidos. Bebia q u e c a ía p e l a s r u a s . (bebia tanto...) II – locuções conjuntivas “de maneira que” , “de jeito que” , “de ordem que” , “de sorte que” , “de modo que” , etc: Ontem estive doente, d e s o r t e q u e n ão p u d e i r a o t r a b a l h o . “As notícias de casa eram boas, d e m a n e i r a q u e p u d e p r o l o n g a r m i n h a v i a g e m .” (Domingos Paschoal Cegalla) III – locução conjuntiva “sem que”, e a conjunção “que” , seguida de negação. Lúcia não pode ver uma roupa bonita na vitrine s e m q u e a q u e i r a co m p r a r . Lúcia não pode ver uma roupa bonita na vitrine, q u e n ão a q u e i r a c o m p r a r . Perceba que, na primeira estrutura, a preposição sem tem valor de negação; na segunda, sua ausência é substituída pelo advérbio de negação “não” . Questão 63: Tribunal Regional do Trabalho RJ - 2008 - nível superior Fragmento do texto: O ministro do Trabalho classificou a decisão do COPOM de subir os juros de “precipitada”. “É um erro imaginar que há inflação no Brasil. Julgue a interpretação correta em relação ao valor semântico do vocábulo destacado: “É um erro imaginar q u e há inflação no Brasil ” (consequência) Comentário: A conjunção “que” não possui valor semântico, é apenas relacional, chamada de conjunção integrante, pois inicia oração subordinada Prof. Décio Terror
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substantiva. O que a banca queria era que o candidato confundisse esse “ que” com o da oração subordinada adverbial consecutiva. Para ser consecutiva, deve haver a intensificação na oração principal com os vocábulos “ t ão ”, “tamanho”, “tanto”. Veja os exemplos: É um erro imaginar que há inflação no Brasil. (que = conjunção integrante) oração principal + OSSSRI + oração subordinada substantiva objetiva direta (imaginar isso)
OSSSRI = oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo
A inflação é tão grande que causou revoluções políticas internas. oração principal + oração subordinada adverbial consecutiva (que = conjunção subordinativa adverbial consecutiva)
Gabarito: E Questão 64: Tribunal Regional do Trabalho RJ - 2008 - nível superior Pode-se substituir a palavra sublinhada pela palavra apresentada entre parênteses e isso não provocaria erro gramatical ou alteração no sentido do texto: “Hoje, somos bombardeados por uma quantidade de imagens tal, que não conseguimos mais distinguir a experiência direta daquilo que vimos há poucos segundos na televisão” (porque) Comentário: A conjunção “que” combina com o intensificador “tal ” da oração principal para transmitir valor de consequência (e não de causa). Gabarito: E Condicionais: Nesta relação de condição, hipótese, é muito cobrada a correlação de modo e tempo verbal. Veja: verbo no futuro do subjuntivo
verbo no futuro do presente do indicativo
concurso. Se o candidato e s t u d a r bastante, p a s s a r á no condição no futuro oração subordinada adverbial condicional verbo no pretérito imperfeito do subjuntivo
resultado provável no futuro oração principal verbo no futuro do pretérito do indicativo
Se o candidato e s t u d a s s e bastante, p a s s a r i a no concurso. condição no passado oração subordinada adverbial condicional verbo no presente do subjuntivo
resultado improvável no futuro oração principal verbo no futuro do presente do indicativo
Caso o candidato e s t u d e bastante,
p a s s a r á no concurso.
condição no presente oração subordinada adverbial condicional
resultado provável no futuro oração principal
Se uma condição é expressa no futuro ou presente, há condições de cumpri-la; por isso o resultado expresso na oração principal é provável. Não há certeza de o candidato ser aprovado, mas há grande possibilidade. Já numa condição expressa no passado, não há condições de cumpri-la; por isso o resultado expresso na oração principal é pouco provável, ou mesmo improvável. A banca CESPE normalmente pede para substituir as conjunções Prof. Décio Terror
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ou os verbos. Portanto, deve-se atentar quanto à correlação destes tempos verbais. Algumas vezes, por motivo de ênfase e reforço motivacional, o autor do texto troca o tempo verbal da oração principal de futuro do presente para presente do indicativo e futuro do pretérito para pretérito imperfeito do indicativo. Veja a diferença: Se o candidato estudar, p a s s a no concurso. Se o candidato estudasse, p a s s a v a no concurso. Não há erro nestas substituições, há apenas ênfase. Além das conjunções condicionais se e caso, há também as locuções conjuntivas contanto que, desde que, salvo se, sem que (=se não), a não ser que, a menos que, dado que. Comprarei o carro d e s d e q u e n ão s e j a c a r o . Não sairás daqui, s e m q u e t e r m i n e o e s t u d o . Poderão ganhar o campeonato, s a lv o s e a c o n t e c e r a l g u m i m p r e v i s t o . “A carinha podia ser de chinesa, f o s se m o s o l h o s m a i s e n v i e s a d o s . ” (Raquel de Queirós) Note a última construção. A conjunção condicional fica subentendida, e com isso é imprescindível entender a correlação verbal para que não haja dúvida neste valor semântico. As locuções conjuntivas condicionais desde que, dado que, uma vez que podem ser confundidas com as causais. Para não ficar com dúvida, verifique que os verbos nas orações condicionais ficam no modo subjuntivo, enquanto os das orações causais ficam no modo indicativo. Compare esses exemplos nos respectivos valores adverbiais vistos anteriormente. É encontrada também a forma reduzida: Co n h e c e n d o o s a lu n o s , o professor não os teria punido. (reduzida de gerúndio) Questão 65: Tribunal Regional do Trabalho RJ - 2008 - nível superior Fragmento do texto: Além disso, dada a diversidade de situações regionais, de prosperidade e de pobreza, o simples translado de um trabalhador, que vá de uma região a outra, pode representar ascensão substancial, se ele consegue incorporar-se a um núcleo mais próspero. A conjunção “se” poderia, sem prejuízo para a correção sintática do período, ser substituída por caso. Comentário: A conjunção “se” inicia oração subordinada adverbial condicional. Perceba que a locução verbal “consegue incorporar-se” encontrase no presente do indicativo, por combinar em modo e tempo com a locução verbal da oração principal “ pode representar ” (que também está no presente do indicativo). Porém, se a conjunção “se” for substituída pela conjunção de igual valor caso, a locução verbal deverá ser flexionada no tempo presente do subjuntivo (consiga incorporar-se). Por isso, a afirmativa está errada. Gabarito: E Prof. Décio Terror
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Concessivas: exprimem um fato que se concede, que se admite, em oposição ao da oração principal. As conjunções são: embora, conquanto, que, ainda que, mesmo que, ainda quando, mesmo quando, posto que, por mais que, por muito que, por menos que, se bem que, em que (pese), nem que, dado que, sem que (=embora não). Gostava de Matemática, e m b o r a t i v e s s e d i f i c u l d a d e s c o m c ál c u l o s . Por incrível que pareça, e l e s n ão c o n h e c i a m ‘ p e n - d r i v e ’ . Em q u e p e s e à a u t o r i d a d e d e s t e c i e n t i s t a , não podemos aceitar suas afirmações. (Domingos Paschoal Cegalla) D a d o q u e s o u b e s s e , não dirigia à noite. P o r m a i s q u e g r i t a s s e , não me ouviram. N e m q u e a g e n t e q u i s e s se , conseguiria esquecer. (Otto Lara Resende) Assim como ocorreu nas orações substantivas (vistas nesta aula), as adverbiais também podem ser reduzidas. Por isso deve-se tomar muito cuidado quando a banca pedir a substituição de conjunção ou locução conjuntiva por preposição ou locução prepositiva. Veja: Embora chegasse cedo, não conseguiu lugar para sentar-se. Ao se substituir a conjunção e m b o r a pela preposição m e s m o , o verbo é obrigado a sair da forma conjugada em modo e tempo verbal para a forma nominal gerúndio. Isso fará com que esta oração seja reduzida de gerúndio: M e s m o c h e g a n d o c e d o , não conseguiu lugar para sentar-se. Se fosse substituída pela locução prepositiva “apesar de”, a oração seria reduzida de infinitivo: A p e s a r d e c h e g a r c e d o , não conseguiu lugar para sentar-se. Assim, cuidado com as substituições pedidas na prova. Questão 66: Tribunal de Justiça RJ - 2008 - nível superior Fragmento do texto: Há dessas reminiscências que não descansam antes que a pena ou língua as publique. Um antigo dizia arrenegar de conviva que tem memória. A vida é cheia de tais convivas, e eu sou acaso um deles, conquanto a prova de ter a memória fraca seja exatamente não me acudir agora o nome de tal antigo; mas era um antigo, e basta. No texto, o conector “conquanto” estabelece entre as orações que liga uma relação lógica de oposição. Comentário: A conjunção “conquanto” inicia a oração subordinada adverbial concessiva, por isso transmite contraste, oposição. Assim, a afirmativa está correta. Gabarito: C Questão 67: ANS - 2005 - Analista Fragmento de texto: Ainda que os efeitos do estresse oxidativo ocorram a longo prazo, a oxidação é quase imediata, e assim se poderia avaliar se há risco. Aliás, acho que todos os fatores que potencialmente podem provocar doenças deveriam ser controlados, em nome da precaução, mesmo que o malefício não esteja cientificamente comprovado. O modo verbal empregado em “ocorram” e “esteja” exprime uma hipótese, Prof. Décio Terror
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uma dúvida, uma concessão, reforçada, respectivamente, pelos conectivos “Ainda que” e “mesmo que”. Comentário: Os verbos “ocorram” e “esteja” estão no tempo presente do subjuntivo, o qual exprime dúvida, incerteza. Note que na oração adverbial concessiva, os verbos devem se flexionar no modo subjuntivo. Por isso, a questão afirmou que as locuções conjuntivas de concessão reforçam esse valor semântico. Gabarito: C Questão 68: ABIN - 2008 - nível superior Fragmento do texto: Há histórias, no plural; o mundo tornou-se intensamente complexo e as respostas não são diretas nem estáveis. Mesmo que não possamos olhar de um curso único para a história, os projetos humanos têm um assentamento inicial que já permite abrir o presente para a construção de futuros possíveis. Preservam-se as relações entre os argumentos do texto caso se empregue, em lugar de “que não possamos” (linha 3), uma oração correspondente com o gerúndio: não podendo. Comentário: As orações subordinadas adverbiais concessivas naturalmente podem ser reduzidas de gerúndio ou infinitivo. Mas o candidato deveria ficar atento quanto ao sujeito elíptico desta oração. Quando a oração é reduzida de gerúndio ou particípio, essas formas nominais não se flexionam em pessoa; por isso, dependendo de quem seja o sujeito, poderá haver ambiguidade e prejuízo da coerência no texto. Veja: Mesmo q u e n ão p o s s a m o s olhar de um curso único para a história, os projetos humanos têm um assentamento inicial que já permite abrir o presente para a construção de futuros possíveis.
O sujeito de “ possamos olhar ” é oculto “nós” e o sujeito de “têm” é “os projetos humanos”. Mesmo n ão p o d e n d o olhar de um curso único para a história, os projetos humanos têm um assentamento inicial que já permite abrir o presente para a construção de futuros possíveis.
O sujeito de “ podendo olhar ” é elíptico, isto é, remete-se, no contexto, a “ projetos humanos”, e isso traz prejuízo para o texto. Gabarito: E Comparativas: representam o segundo termo de uma comparação e se expressam de três formas, com as conjunções como, (tal) qual, tal e qual, assim como, (tal) como, (tão ou tanto) como, (mais) que ou do que, (menos) que ou do que, tanto quanto, que nem, feito (=como, do mesmo modo que), o mesmo que (=como): I – com verbo expresso: A preguiça gasta a vida c o m o a f e r r u g e m c o n s o m e o f e r r o . Como a flor se abre ao sol, assim minha alma se abriu à luz daquele olhar. A praia é t a l q u a l v o c ê d e s c r e v e u . (tal como) Prof. Décio Terror
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II – com o predicado ou verbo subentendido: A luz é m a i s v e l o z d o q u e o s o m . (do que o som é) O leopardo é tão ágil q u a n t o a o n ça . (quanto a onça é) Ele corre f e it o u m a g a z e la . Nas estruturas comparativas de superioridade e inferioridade (com verbos expressos ou não), a palavra “ d o ” é opcional. Cantava mais d o q u e t r a b a l h a v a . Com verbo expresso. Cantava mais q u e t r a b a l h a v a . Os mais magros correm mais d o q u e o s m a i s c h e i n h o s . Os mais magros correm mais q u e o s m a i s c h e i n h o s .
Verbo subentendido
III – como comparação hipotética (uso da conjunção se): O homem parou perplexo, c o m o s e e s p e r a s se u m g u i a . Questão 69: Tribunal de Contas TO - 2009 - nível médio Fragmento do texto: Não consigo escrever. Dinheiro e propriedades, que me dão sempre desejos violentos de mortandade e outras destruições, as duas colunas mal impressas, caixilho, Dr. Gouveia, Moisés, homem da luz, negociantes, políticos, diretor e secretário, tudo se move na minha cabeça, como um bando de vermes em cima de uma coisa amarela, gorda e mole que é, reparando-se bem, a cara balofa de Julião Tavares muito aumentada. No trecho “tudo se move na minha cabeça, como um bando de vermes em cima de uma coisa amarela, gorda e mole”, “como” introduz uma comparação. Comentário: Realmente houve a comparação. Perceba que se subentende a estrutura verbal “se movesse”. Gabarito: C Conformativas: exprimem acordo ou conformidade de um fato com outro. Suas conjunções são: como, conforme, segundo, consoante. Geralmente é usado para reforçar argumento. A oração principal é a declaração feita pelo autor e a oração subordinada adverbial conformativa é a base de sustentação do argumento, muito marcado por leis, regulamentos, fala de especialistas, etc. Esse valor adverbial é vastamente explorado como argumento de autoridade: Co m o d i s s e o p r e f e i t o , o IPTU vai subir 5% este ano. “Digo essas coisas por alto, s e g u n d o a s o u v i c o n t a r . ” (Machado de Assis) Co n f o r m e p r e v ê o a r t i g o 3 7 d a CF , o serviço público é impessoal. Co n s o a n t e o p i n a m a l g u n s , a história se repete. Questão 70: Tribunal Regional do Trabalho RJ - 2008 - nível superior Fragmento do texto: “Esse primeiro trimestre, como dizem meus filhos, bombou”, afirmou o ministro do Trabalho a jornalistas. Julgue a interpretação correta em relação ao valor semântico do vocábulo destacado: “c o m o dizem meus filhos” (comparação) Comentário: a conjunção “como” transmite valor de conformidade, podendose trocar por segundo, conforme, consoante; o que não ocorre com a comparação. Gabarito: E Prof. Décio Terror
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Proporcionais: iniciam ideia de proporção, com as locuções conjuntivas à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto mais ... tanto mais, quanto mais ... tanto menos, quanto mais ... tanto menos, quanto menos ... tanto mais, quanto mais ... mais, quanto menos ... menos, tanto ... quanto (como). Os alunos respondiam, àm e d i d a q u e e r a m c h a m a d o s . À p r o p o r ção q u e s u b i a m a m o n t a n h a , o ar ia ficando rarefeito. O valor do salário, a o p a s s o q u e o s p r e ço s s o b e m , vai diminuindo. Tanto gostava de um q u a n t o a b o r r e c i a o o u t r o . Não são corretas as locuções à medida em que, na medida que, a medida que, com valor de proporção, cabendo apenas à m e d i d a q u e . Outro detalhe, não há crase em locuções conjuntivas de outro valor, somente há nas proporcionais: “à medida que” e “à proporção que”. Vimos que a locução conjuntiva “na medida em que” é causal. Ela pode também fazer parte de estrutura oracional adjetiva. Compare todos: “À m e d i d a q u e o s a n o s p a s s a m , as minhas possibilidades diminuem.” oração subordinada adverbial proporcional
+
oração principal
"O Brasil exportou mais n a m e d id a e m q u e a indústria e a pecuária estão fortalecidas." oração principal
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oração subordinada adverbial causal
“A expansão da lavoura algodoeira não pôde produzir-se em São Paulo na mesma medida e m q u e s e p r o d u z i u n o u t r a s t e r r a s.” oração principal
+
oração subordinada adjetiva restritiva
Então, cuidado quando se pedir a substituição das estruturas “à medida que” e “na medida em que”, pois definitivamente elas não têm o mesmo sentido. Observação: A locução conjuntiva a o p a s s o q u e também deve receber especial atenção, pois pode agregar três valores semânticos distintos. Ela possui valor de tempo concomitante e se estende à proporção (que também possui a concomitância temporal) e à oposição (pois também pode agregar, além do valor de tempo concomitante, o de adversidade): Subordinada adverbial proporcional: “Pequenos cogumelos, ao passo que devoram os tecidos dos insetos, semeiam os seus esporos mortais.” (= à proporção que) Subordinada adverbial temporal: Ela dormia, ao passo que o professor dissertava. (= enquanto) Coordenativa adversativa: É feia, ao passo que a irmã é bonita. (= mas) Deve-se entender, antes de tudo, que esta locução conjuntiva transmite tempo concomitante e, dependendo do contexto, transmite os outros dois valores semânticos. Perceba que a proporção se dá com uma ideia de evolução temporal, os processos verbais vão se acumulando, progredindo temporalmente, de forma diferente dos outros valores semânticos.
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Questão 71: Cia de Saneamento Básico ES - 2006 - nível superior Fragmento do texto: Por falta de peritos oficiais, as perícias criminais eram feitas, inicialmente, por pessoas nem sempre habilitadas, nomeadas peritos ad hoc, para cada caso. Mas, à medida que a demanda por essas perícias foi aumentando, houve a necessidade de se criar a carreira dos peritos oficiais. O conector “à medida que” indica que o aumento das perícias de que trata o período anterior constitui a causa para a criação da carreira dos peritos oficiais e, nesse contexto, pode ser substituído por conquanto. Comentário: A locução conjuntiva “à medida que” transmite valor de proporção e a conjunção conquanto transmite valor de concessão (oposição). Só por isso já daria para eliminar a possibilidade de esta questão estar certa, pois não se poderia substituir uma pela outra. Ademais, foi dito na questão que “o aumento das perícias (...) constitui a causa para a criação da carreira dos peritos oficiais... ”. Na realidade, a demanda (a necessidade) por essas perícias foi aumentando, com isso (iniciando um efeito, consequência) houve a necessidade de se criar a carreira dos peritos. Note que o conectivo “à medida que” tem valor proporcional, mas pode-se entender esse enunciado como causa por ocorrer anteriormente, gerando um efeito. Os erros, portanto, estão na mudança dos argumentos, quer dizer, na interpretação e na substituição dos conectivos. Gabarito: E Questão 72: Agente educacional ES - 2010 - nível médio Fragmento do texto: A China foi o caso mais marcante de superação da crise de 2008, porque conseguiu crescer 8,7% no ano passado, enquanto o resto do mundo patinhava. O termo “enquanto” pode, sem prejuízo para a correção gramatical e sem alterar as informações originais do período, ser substituído por ao passo que. Comentário: A conjunção “enquanto” traduz valor de tempo concomitante, da mesma forma que a locução conjuntiva “ao passo que”. Por isso elas podem ser substituídas uma pela outra sem alterar a informação original. Perceba que, para não haver problema de entendimento pelo candidato, a banca evitou afirmar valor semântico original, ela preferiu i n f o r m a çõe s o r i g i n a i s , pois não importa se continua sendo temporal ou se transformaria em proporcional; o que importa é que a ideia de concomitância foi preservada. Gabarito: C Questão 73: Caixa Econômica Federal - 2010 - nível médio Fragmento do texto: “O mercado brasileiro está fervilhando. Enquanto as nossas vendas ficaram estáveis em alguns países, no Brasil elas subiram 30% em 2009”, completa o espanhol. O vocábulo “Enquanto”, por expressar uma ideia de proporcionalidade, poderia ser substituído por À medida que, mantendo-se o sentido original do texto. Comentário: A conjunção “enquanto” não expressa proporção, ela traduz valor de tempo concomitante, o que poderia também ocorrer com as conjunções de proporção. Porém, há de se perceber que a proporção (diferente da temporal) necessita da evolução temporal (cada elemento vai realizando algo a seu tempo e isso se traduz em uma evolução), mas isso não Prof. Décio Terror
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ocorreu neste contexto, pois foi dito que “as nossas vendas ficaram estáveis”. Isso quer dizer que uma não traduziu resultado para a outra. Gabarito: E Finais: indicam finalidade, objetivo, com as locuções conjuntivas: para que, a fim de que, que (= para que), porque (= para que): Afastou-se depressa, p a r a q u e n ão o v ís s e m o s . Viemos aqui a f i m d e q u e r e a l i z ás se m o s u m a c o r d o . “Fiz-lhe sinal q u e s e c a l a ss e . ” (Machado de Assis) “Fez tudo p o r q u e e u n ão o b t i v e s s e b o n s r e s u l t a d o s .” Muito utilizada é a forma reduzida de infinitivo: Suportou todo tipo de humilhação p a r a o b t e r o v i s t o a m e r i c a n o . Questão 74: ABIN - 2008 - nível médio Fragmento do texto: A análise dos assuntos relativos ao Oriente Médio pelos órgãos de inteligência faz parte do esforço em acompanhar o fenômeno do terrorismo internacional, dados os frequentes enfrentamentos entre grupos radicais e a possibilidade de que simpatizantes dessas organizações extremistas possam engajar-se em ações radicais, fora da região, como forma de retaliação, contra alvos de interesse de grupos rivais ao redor do mundo, inclusive, e de forma potencial, em território brasileiro. Se a preposição “em” (linha 2) for substituída pela preposição para, prejudica-se a correção gramatical do período. Comentário: Veja a estrutura abaixo: A análise dos assuntos relativos ao Oriente Médio pelos órgãos de inteligência faz parte do esforço e m acompanhar o fenômeno do terrorismo internacional... A análise dos assuntos relativos ao Oriente Médio pelos órgãos de inteligência faz parte do esforço p a r a acompanhar o fenômeno do terrorismo internacional...
Confrontando as duas estruturas, observa-se que não há prejuízo para o contexto, portanto não há incorreção gramatical. O que se nota é que a preposição “em”, na primeira estrutura, é uma exigência do substantivo “esforço”, por isso a oração “e m acompanhar o fenômeno do terrorismo internacional” é uma oração subordinada substantiva completiva nominal reduzida de infinitivo. Na substituição pela preposição “ para”, muda-se a sintaxe (e a semântica). A oração “p a r a acompanhar o fenômeno do terrorismo internacional” passa a ser subordinada adverbial de finalidade reduzida de infinitivo. Mudam-se a sintaxe e a semântica; mas não há prejuízo gramatical. Por isso, a questão está errada. Gabarito: E Temporais: indicam o tempo em que se realiza o fato expresso na oração principal, podendo ser um tempo geral, concomitante, antes ou depois de um referente. Suas conjunções: quando, enquanto, logo que, mal (= logo que), sempre que, assim que, desde que, antes que, depois que, até que, agora que, ao mesmo tempo que, toda vez que. Não fale e n q u a n t o c o m e . M a l v o c ê s a i u , ela chegou. Prof. Décio Terror
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Só voltou a jogar q u a n d o s e s e n t i u b e m . A s si m q u e c h e g o u , foi para a cozinha. A forma reduzida também é muito utilizada: T e r m i n a d a a f e s t a , todos foram embora. Questão 75: Tribunal Regional do Trabalho RJ - 2008 - nível superior Fragmento do texto: Quando ao escravo sucede o parceiro, depois, o assalariado agrícola, as relações continuam impregnadas dos mesmos valores, que se exprimem na desumanização do trabalho. A conjunção “Quando” tem valor condicional e, por isso, poderia ser substituída por Se, sem prejuízo para os sentidos do texto. Comentário: A palavra “quando” pode, em determinado contexto, fazer parte de uma condição, sem logicamente perder a ideia de tempo: Só irei embora, quando você for. Mas no contexto em que se encontra, a palavra “Quando” é conjunção temporal e inicia oração subordinada adverbial temporal, não cabendo a substituição por Se. Gabarito: E Questão 76: MPE PI - 2012 - Superior Fragmento do texto: No Brasil, o desafio envolve muitas variáveis, desde o número crescente da frota de veículos e a precariedade dos transportes públicos até o comportamento dos motoristas ao volante. Enquanto os especialistas analisam o assunto na tentativa de apontar soluções para o problema, o Psicólogos do Trânsito, um grupo de jovens paulistanos, decidiu levar bom humor à rua, mostrando que um simples gesto pode melhorar o caos do trânsito. A conjunção “Enquanto” (linha 3) introduz oração de valor consecutivo. Comentário: Vimos as conjunções adverbiais consecutivas. Elas transmitem valor de consequência. Já a conjunção “Enquanto” transmite o valor de tempo. Gabarito: E Terminamos as orações subordinadas, mas, às vezes, encontramos trechos inseridos numa frase, que demonstram claramente a participação direta do autor no texto, com uma apreciação, um comentário a mais a fim de elucidar a compreensão do texto ou nos chamar a atenção. As orações intercaladas (comentário do autor) As orações intercaladas são inserções feitas pelo autor, com desprendimento sintático, por isso podem ser separadas por vírgula, travessão ou parênteses. Essa estrutura é também chamada de expressão parentética (porque pode ficar separada por parênteses) ou comentário do autor e transmite certos valores semânticos, mas os que mais nos interessam são: a) advertência: esclarece um ponto que o falante julga necessário: Em 1945 – i s t o a c o n t e c e u n o d i a d o m e u a n i v e r s ár i o – conheci um dos meus melhores amigos. b) opinião: o falante aproveita a ocasião para opinar: D. Benta ( m a l v a d a q u e e r a ) dizia que a sua doença impedia a brincadeira da garotada. Prof. Décio Terror
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“Comíamos, é v e r d a d e , mas era um comer virgulado de palavrinhas doces.” (Machado de Assis) c) desejo: o falante aproveita a ocasião para exprimir um desejo, bom ou mau: José – D e u s o c o n s e r v e a s si m ! – conquistou o primeiro lugar da classe. “É bem feiozinho, b e n z a - o D e u s , o tal teu amigo!” (Aluísio Azevedo) d) escusa: o falante se desculpa: “Pouco depois retirou-se: eu fui vê-la descer as escadas, e não sei por que fenômenos de ventriloquismo cerebral ( p e r d o e m - m e o s f i l ó s o f o s e s sa f r a s e b ár b a r a ) murmurei comigo...” (Machado de Assis) e) permissão: o falante solicita algo: meu Meu espírito ( p e r m i t a - m e a q u i u m a c o m p a r a ção d e c r i a n ça ), espírito era naquela ocasião uma espécie de peteca.” (Machado de Assis) f) ressalva: o falante faz uma limitação à generalidade de um enunciado: “Daqui a um crime distava apenas um breve espaço e ela transpôs, a o q u e p a r e c e . ” (Alexandre Herculano) Ele, q u e e u s a ib a , nunca veio aqui. “Cobiça de cátedras e borlas que, d i g a - s e d e p a s s a g e m , Jesus Cristo repreendeu severamente aos fariseus.” (Camilo Castelo Branco) Os livros, p o d e - s e b e m d i z e r , são o alimento do espírito. g) esclarecimento, síntese ou conclusão do que foi enunciado: “– A razão é clara: achava a sua conversação menos insossa que a dos outros homens.” (Machado de Assis) “Não era desgosto: era cansaço e vergonha” (Cochat Osório) “Eu em sua igreja não mando: só assisto e apoio” (S. de Mello Breyner Andressen) Por estar em final de período, é antecedida de dois-pontos, mas também pode receber vírgula ou travessão: “Sua metodologia é simples – por meio de conversas frequentes com a família, o voluntário receita cuidados básicos para evitar que a criança morra por falta de conhecimento, como os hábitos de higiene, a administração do soro caseiro e a adoção da farinha de multimistura...” (Jornal do Commercio. In prova CESPE - INCA 2010)
Questão 77: ANATEL - 2009 - nível Superior Fragmento do texto: O real não é constituído por coisas. Nossa experiência direta e imediata da realidade leva-nos a imaginar que o real é feito de coisas (sejam elas naturais ou humanas), isto é, de objetos físicos, psíquicos, culturais oferecidos à nossa percepção e às nossas vivências. Assim, por exemplo, costumamos dizer que uma montanha é real porque é uma coisa. No entanto, o simples fato de que uma coisa possua um nome e de que a Prof. Décio Terror
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chamemos montanha indica que ela é, pelo menos, uma coisa-para-nós, isto é, que possui um sentido em nossa experiência. Como, no primeiro parágrafo, os parênteses demarcam a inserção de uma informação, a sua substituição por duplo travessão preservaria a coerência e a correção do texto. Comentário: Vimos que o comentário do autor pode ser delimitado por parênteses, duplo travessão ou dupla vírgula. Neste contexto, o autor inseriu um comentário caracterizando “coisas”, como sendo naturais ou humanas. Por isso, a substituição por duplo travessão está correta. Gabarito: C Questão 78: INCA - 2010 - nível médio Fragmento do texto: A importância da Pastoral é palpável: a média nacional de mortalidade infantil para crianças de até 1 ano, que é de 22 indivíduos por mil nascidos vivos, cai para 12 mil nos lugares atendidos pela instituição” . O emprego de sinal de dois-pontos em “é palpável:” justifica-se porque o trecho subsequente a esse sinal apresenta argumento comprobatório da afirmativa anterior. Comentário: Foi dado ao leitor um esclarecimento sobre a importância da Pastoral com dados comprobatórios, encaixando-se na letra (g) dos tipos de enunciados independentes, vistos anteriormente. Gabarito: C Questão 79: INCA - 2010 - nível superior Fragmento do texto: Vale a apena rever certas crenças que se têm multiplicado a respeito das chamadas emoções negativas. Diferentemente do que alguns autores propõem, sublimá-las não gera benefícios para a pessoa — essa atitude, aliás, tende mais a trazer-lhe prejuízos à saúde. O travessão empregado logo após “ pessoa”, usado para destacar a informação final do enunciado, pode ser corretamente substituído por ponto e vírgula. Comentário: O travessão inicia um comentário do autor, que serve de esclarecimento e enfatiza o resultado da ação de sublimar alguns autores. Como vimos, esta estrutura pode ser separada por dois-pontos, travessão e vírgula. Por já haver divisões internas, pode-se inserir ponto e vírgula. Vale notar que toda a expressão após o travessão também pode ser separada por parênteses. Gabarito: C Questão 80: Tribunal Regional do Trabalho RJ - 2008 - nível superior Julgue a afirmativa a seguir sobre pontuação: Uma das funções dos parênteses é a de isolar explicações, indicações ou comentários em geral. Comentário: Realmente os parênteses servem para isolar explicações, indicações ou comentários em geral. Isso também pode ser evidenciado por meio dos travessões e vírgulas. Normalmente o CESPE pergunta sobre a substituição dessas pontuações. Você verá isso muitas vezes nas questões. Gabarito: C Prof. Décio Terror
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Questão 81: Caixa Econômica Federal - 2010 - nível médio Fragmento do texto: A aposentadoria — mesmo a minguada quantia mensal paga pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) — é a principal renda fixa do idoso paulistano. O travessão empregado após o vocábulo “aposentadoria” poderia ser substituído por vírgula, o que manteria a correção e o sentido original do texto. Comentário: Note que há duplo travessão. Poder-se-ia substituir esse duplo travessão por dupla vírgula ou parênteses. Mas apenas um deles não pode ser substituído. Gabarito: E Questão 82: Polícia Federal - 2004 – Agente Administrativo Fragmento do texto: O discurso pretende impor essa ideia como caminho único para o desenvolvimento das nações, sejam elas ricas ou pobres. Na prática — hoje mais do que ontem —, o mercado é uma via de mão única: livre para os países ricos e pleno de barreiras e restrições às nações emergentes. A substituição dos travessões que isolam a expressão “hoje mais do que ontem” por parênteses mantém a coerência textual e o respeito às regras de pontuação da norma culta. Comentário: Exatamente, pois a expressão intercalada é um comentário do autor. Cuidado! Observe que não se poderia substituir por dupla vírgula especificamente neste caso, pois já há vírgula após o segundo travessão. Isso aparece em algumas provas como “pegadinhas”. Gabarito: C O que devo tomar nota como mais importante? •
•
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ok!!!
Não se pode separar oração subordinada substantiva da principal por vírgula. O pronome relativo “que” pode ser substituído por “o qual” e suas variações. As vírgulas nos termos adverbiais. As conjunções subordinativas adverbiais. Excedi um pouco o número de páginas desta aula, mas o assunto exigiu,
O tópico “questões cumulativas de revisão” não foi inserido para evitar aumentar ainda mais o tamanho da aula, mas na próxima ele estará presente. Até nosso próximo encontro! Grande abraço. Terror Lista de questões Questão 1: TRE PA - 2007 - nível superior Fragmento do texto: A justiça eleitoral mineira mantém o projeto J u s t i ça El e i t o r a l n a Es c o l a , voltado para crianças e adolescentes... Prof. Décio Terror
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O trecho “o projeto J u s t i ça E l e i t o r a l n a E s c o l a ” completa o sentido do verbo mantém. Questão 2: Médico Perito INSS - 2009 - nível superior Fragmento do texto: O episódio transformou, no período de 10 a 16 de novembro de 1904, a recém-reconstruída cidade do Rio de Janeiro em uma praça de guerra, onde foram erguidas barricadas e ocorreram confrontos generalizados. A expressão “confrontos generalizados” desempenha a função sintática de complemento de “ocorreram”. Questão 3: ABIN - 2010 - nível médio Fragmento do texto: Tais dilemas decorrem, por exemplo, da tensão entre a necessidade de segredo governamental e o princípio do acesso público à informação ou, ainda, do fato de não se poder reduzir a segurança estatal à segurança individual, e vice-versa. A retirada da preposição de em “do fato” (linha 3) — que passaria a o fato — implicaria prejuízo à estrutura sintática do texto. Questão 4: ABIN - 2008 - nível superior Fragmento do texto: Em uma visão fenomenológica, os chamados estados da mente perante a verdade podem ser descritos como o tipo de experiência vivida pelo analista de inteligência no contato com o fenômeno acompanhado. Assim sendo, os fatos analisados não podem ser dissociados daquele que produz o conhecimento. Quando a mente se posiciona perante a verdade, o que de fato ocorre é um processo ativo de auto-regulação entre uma pessoa, seus conhecimentos preexistentes (a priori) e um novo fato que se apresenta. Subentende-se, pelas relações de sentido que se estabelecem no texto, que “daquele” (linha 4) retoma, por coesão, “fenômeno” (linha 3), precedido pela preposição de, exigida por “dissociados” (linha 4). Questão 5: Médico Perito INSS - 2009 - nível superior Julgue a frase quanto à correção gramatical: O fato de haver vacinação compulsória, foi apenas mais um dos elementos para que a população do Rio, insatisfeita com o “bota-abaixo” e insuflada pela imprensa, se revoltasse. Questão 6: Assembleia Legislativa ES – 2011 – nível superior Fragmento de texto: 1 Evaristo de Moraes, com a autoridade de quem foi não apenas republicano histórico, mas ativo membro da propaganda republicana, ao relembrar as mais remotas origens do movimento republicano no Brasil — não das ideias republicanas, cujas primeiras manifestações são 5 encontráveis ainda na colônia, mas do movimento republicano organizado —, declarou que foi a frustração que a inopinada troca de gabinetes em 1869, com o completo desrespeito das regras então vigentes, impôs aos membros mais radicais do partido liberal que levou à cisão desse partido, dando origem tanto ao partido liberal radical Prof. Décio Terror
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10 quanto ao partido republicano. Com relação ao emprego dos sinais de pontuação, seria mantida a correção gramatical do texto se a vírgula logo após o adjetivo “histórico” (linha 2) fosse excluída e se inserisse uma vírgula imediatamente após a forma verbal “foi” (linha 1). Questão 7: Tribunal de Contas TO - 2009 - nível superior No trecho “Meu pai era um homem bonito com muitas namoradas”, o sintagma “um homem bonito com muitas namoradas” complementa o sentido do verbo. Questão 8: ABIN - 2010 - nível médio Fragmento do texto: Os sistemas de inteligência são uma realidade concreta na máquina governamental contemporânea, necessários para a manutenção do poder e da capacidade estatal. Entretanto, representam também uma fonte permanente de risco. Se, por um lado, são úteis para que o Estado compreenda seu ambiente e seja capaz de avaliar atuais ou potenciais adversários, podem, por outro, tornar-se ameaçadores e perigosos para os próprios cidadãos se forem pouco regulados e controlados. Os adjetivos “úteis” (linha 4), “atuais” (linha 5) e “perigosos” (linha 6) caracterizam os “sistemas de inteligência” (linha 1). Questão 9: Assembleia Legislativa ES – 2011 – nível médio Fragmento de texto: Além disso, como o processo de amadurecimento do cérebro só se completa duas décadas depois do nascimento, o consumo precoce de álcool pode comprometer seriamente o desenvolvimento desse órgão vital, ao aumentar a probabilidade de aparecimento de problemas cognitivos, como falta de concentração, e de alterações de humor, como depressão e ansiedade. O abuso de bebidas alcoólicas pode, ainda, servir de porta de entrada para outras drogas e comportamentos de risco, como fazer sexo sem proteção No trecho “aparecimento de problemas cognitivos, como falta de concentração, e de alterações de humor” (linha 5), as expressões sublinhadas completam o sentido do termo “falta”. Questão 10: INCA - 2010 - nível superior Fragmento do texto: No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) presta atendimento universal e gratuito a 160 milhões de brasileiros que não têm planos de saúde privados. No trecho “a 160 milhões de brasileiros”, a preposição “a” é exigida devido à regência de “atendimento”. Questão 11: EBC – 2011 – Nível Médio Fragmento de texto: Para o professor Laurindo Leal Filho, da Universidade de São Paulo, um dos pioneiros na pesquisa sobre mídia pública no Brasil, esse não é um conceito fechado. A expressão “um dos pioneiros na pesquisa sobre mídia pública no Brasil” exerce, na oração, a função sintática de vocativo, pois se refere a uma pessoa Prof. Décio Terror
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citada anteriormente. Questão 12: TCU - 2011 - Auditor Federal de Controle Interno Fragmento de texto: A mais ínfima felicidade, quando está sempre presente e nos torna felizes, é incomparavelmente superior à maior de todas, que só se produz de maneira episódica, como uma espécie de capricho, como uma inspiração insensata, em meio a uma vida que é dor, avidez e privação. Tanto na menor como na maior felicidade, porém, há sempre algo que faz que a felicidade seja uma felicidade: a faculdade de esquecer, ou melhor, em palavras mais eruditas, a faculdade de sentir as coisas, durante todo o tempo que dura a felicidade, fora de qualquer perspectiva histórica. No segundo período do texto, o trecho introduzido pelos dois pontos apresenta uma explicação do que o autor entende por “maior felicidade” (linha 5). Questão 13: ABIN - 2008 - nível superior Fragmento do texto: Não se podendo repetir a relação sujeito-objeto, é forçoso afirmar que seria impossível a reprodução exata de qualquer situação de pesquisa, o que ressalta a importância da descrição do fenômeno e o caráter vivo dos postulados teóricos. Logo após “pesquisa” (linha 3), estaria gramaticalmente correto e coerente com o desenvolvimento das idéias do texto o emprego do travessão simples no lugar da vírgula. Questão 14: Polícia Federal / 2004 / nível médio Fragmento do texto: O discurso pretende impor essa ideia como caminho único para o desenvolvimento das nações, sejam elas ricas ou pobres. Na prática — hoje mais do que ontem —, o mercado é uma via de mão única: livre para os países ricos e pleno de barreiras e restrições às nações emergentes. O termo que sucede o sinal de dois-pontos tem a função de introduzir uma enumeração de elementos caracterizadores de “mercado”, que justificam porque este é considerado “via de mão única”. Questão 15: Tribunal de Contas TO - 2009 - nível superior Fragmento do texto: As ciências humanas e sociais contemporâneas exprimem essas necessidades da sociedade capitalista, ou seja, desse sujeito abstrato, mediante duas visões: a universalidade naturalista, deduzida de disciplinas como a neurociência ou a genética, e a diversidade do culturalismo empírico. No trecho “mediante duas visões: a universalidade naturalista, deduzida de disciplinas como a neurociência ou a genética, e a diversidade do culturalismo empírico”, o emprego dos dois-pontos introduz uma citação. Questão 16: ABIN - 2008 - nível médio Fragmento do texto: Em 2002, o Congresso Nacional, por meio da Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência, promoveu o seminário “Atividades de Inteligência no Brasil: Contribuições para a Soberania e para a Democracia”, com a participação de autoridades governamentais, Prof. Décio Terror
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parlamentares, acadêmicos, pesquisadores e profissionais da área de inteligência. Se o sinal de dois-pontos (linha 3) fosse substituído por travessão, estaria mantida a correção gramatical do título do seminário (linhas 3 e 4). Questão 17: ANS - 2005 - nível Superior Fragmento do texto: Existe, por certo, um abismo muito largo e profundo entre a cosmovisão dos médicos em geral (fundada em sua leitura dos fenômenos biológicos) e as concepções de vida da vasta maioria da população. Salta à vista, na abordagem do assunto (a ética e a verdade do paciente), que se fica, mais uma vez, diante da pergunta feita por Pôncio Pilatos a Jesus Cristo, encarando, como estava, um homem pleno de sua verdade, “O que é a verdade?” E é evidente que um e outro se cingiam a verdades díspares. Nas linhas 4 e 5, os sinais de parênteses são empregados para intercalar uma explicação do que seria o “assunto”. Questão 18: Polícia Federal - 2004 - Agente Administrativo Fragmento do texto: Por que ilusão de modernidade? (...) porque a modernidade, ao invés de aumentar a riqueza bruta dessas nações, induziu enormes transferências para fora com o movimento de capitais externos que sugavam a renda regional. No período em que ocorre, o conectivo “ao invés de” estabelece relações semânticas de concessão e de restrição, e pode ser substituído por apesar de, sem prejuízo para a coerência e a correção gramatical do texto. Questão 19: Polícia Federal - 2004 - Agente Administrativo Fragmento do texto: Primeiro, a modernidade não agregou ao mundo do bem-estar a população pobre; ao contrário, em países que não conheciam graves desigualdades, como a Argentina e o Uruguai, a desigualdade floresceu, aproximando-os de Brasil e Venezuela. A preposição “em” (em países que) é de uso opcional, motivo por que a sua retirada não prejudica a coerência e a correção gramatical do texto. Questão 20: Polícia Civil CE - 2012 - Inspetor Fragmento de texto: Em um momento em que os Estados-nação se dobram diante das forças do mercado, os dirigentes políticos sonham com estabilidade. Na linha 2, pode-se substituir “diante das” por perante as, sem prejuízo para a correção gramatical ou para o sentido original do texto. Questão 21: Tribunal Regional do Trabalho - RJ / 2008 / nível superior Fragmento do texto: Seja como for, todas as “realidades” e as “fantasias” só podem tomar forma por meio da escrita, na qual exterioridade e interioridade, mundo e ego, experiência e fantasia aparecem compostos pela mesma matéria verbal... Pode-se substituir a expressão sublinhada pela palavra apresentada entre parênteses e isso não provocaria erro gramatical ou alteração no sentido do Prof. Décio Terror
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texto: “todas as ‘realidades’ e as ‘fantasias’ só podem tomar forma por meio da escrita” (perante) Questão 22: Oficial de Chancelaria - MRE - 2008 - nível superior Julgue a frase a seguir quanto à correção gramatical: “Foi feita, finalmente, uma faxina no escritório a nível de material de consumo.” Questão 23: INCA - 2010 - nível superior Fragmento do texto: A realidade atual vem exigindo dos pesquisadores envolvidos com a temática da saúde maiores esforços para compreender as mudanças recentes... A organização das ideias no texto mostra que “realidade atual” constitui a circunstância de tempo em que a “temática da saúde” está sendo considerada; por isso, mantêm-se as relações entre os argumentos e a correção gramatical ao se iniciar o texto com Na realidade atual. Questão 24: Tribunal de Justiça SE - 2006 - nível superior Fragmento do texto: O Instituto de Registro Imobiliário do Brasil (IRIB), seção de São Paulo, em parceria com o Colégio Notarial do Brasil, também seção de São Paulo, e com o apoio da Corregedoria-Geral da Justiça de São Paulo, congrega esforços para promover e realizar seminários de direito notarial e registral no estado, visando o aperfeiçoamento técnico de notários e registradores e a reciclagem de prepostos e profissionais que atuam na área. As expressões “em parceria” e “com o apoio” exercem a função sintática de adjunto adverbial de companhia e, por isso, podem ser substituídas, sem prejuízo do sentido, por juntamente. Questão 25: Cia de Saneamento Básico ES - 2006 - nível superior Fragmento do texto: Sem o trabalho dos peritos, a investigação policial fica restrita à coleta de depoimentos e ao concurso de informantes, o que limita suas possibilidades e torna perigosamente decisivos os interrogatórios dos suspeitos. No tempo de hackers, de criminosos organizados com armamentos poderosos e equipamentos sofisticados, é indispensável dotar a polícia do apoio científico e técnico mais avançado possível. O princípio estruturante de um departamento de perícia competente é a descentralização com integração sistêmica. Sua construção, por prudência, economia e realismo, deverá obedecer a um plano modular, de modo que novos laboratórios se incorporem, sucessivamente, de acordo com o desenvolvimento do processo de implantação e com os resultados do impacto da demanda sobre os serviços oferecidos pelas universidades conveniadas. O conectivo “de acordo com” introduz argumento que está em conformidade com as ideias expressas no parágrafo anterior. Questão 26: Assembleia Legislativa ES – 2011 – Procurador Fragmento de texto: 1 Essa forma de veicular denúncias e indícios reafirma muitos dos Prof. Décio Terror
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mitos acerca do fenômeno da corrupção. Podem-se inventariar alguns: a colonização portuguesa, que seria essencialmente patrimonialista, em contraposição ao “poder local” e ao “espírito de comunidade” da tradição 5 anglo-saxã; a cultura brasileira, com seu universo miscigenado, tão criticado por perspectivas eugenistas do início do século XX, e sua “amoralidade macunaímica”, que não teria, mesmo após a independência e a República, conseguido separar o público do privado; a disjunção entre elites políticas e sociedade, como se as primeiras não 10 fossem reflexo, direto e(ou) indireto, da última; a ausência de uma base educacional formal sólida como explicação para comportamentos não republicanos; por fim, a ausência e(ou) fragilidade de leis e de instituições capazes de fiscalizar, controlar e punir os casos de malversação dos recursos públicos, como se o país fosse “terra de ninguém”. As vírgulas que isolam o trecho “com seu universo miscigenado” (linha 5) poderiam ser substituídas por travessões, sem prejuízo para a correção gramatical do período e para o sentido do texto. Questão 27: Assembleia Legislativa ES – 2011 – Procurador Fragmento de texto: 1 Todas essas versões tendem a negligenciar o fato de que a corrupção, em graus variados, existe em todos os países e é, de certa forma, também um fenômeno sociológico. Assim, urge analisarmos a corrupção como fenômeno intrinsecamente político, que se refere, 5 portanto, à maneira como o sistema político brasileiro está organizado. Na linha 4, o deslocamento do advérbio “intrinsecamente” para imediatamente após “analisarmos” exigiria que esse advérbio fosse pontuado entre vírgulas, para que se mantivessem o sentido e a correção gramatical do texto. Questão 28: Assembleia Legislativa ES – 2011 – nível médio Fragmento de texto: Além de apresentarem certa precocidade na aquisição do hábito de ingerir álcool, os adolescentes paulistas bebem frequentemente, exageram nas doses e, em muitos casos, agem assim com anuência familiar. A supressão da vírgula empregada após o vocábulo “e” (linha 3) acarretaria, necessariamente, a retirada da vírgula que aparece depois da expressão “em muitos casos” (linha 3). Questão 29: Tribunal Regional Eleitoral MA - 2006 - nível superior Julgue a frase seguinte quanto à pontuação: Promotores representantes da Associação do Ministério Público do Estado do Maranhão (AMPEM), vão propor à Controladoria-Geral da União (CGU) a realização de convênio no projeto Contas na Mão. Nascido há cinco anos, o projeto tem como objetivo, formar comitês de cidadania para fiscalizar contas públicas em estados e municípios. Questão 30: ABIN - 2008 - nível médio Fragmento do texto: Nesse cenário, os serviços de inteligência assumem papel fundamental, pois o intercâmbio de informações e o trabalho em Prof. Décio Terror
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parceria são requisitos basilares para o enfrentamento assertivo e solidário dessa ameaça, cujas ramificações e desdobramentos atingem direta ou indiretamente todos os países. A vírgula após “Nesse cenário” é empregada para isolar expressão deslocada que qualifica “os serviços de inteligência”. Questão 31: ABIN - 2010 - nível médio Fragmento do texto: Hoje, escreve Calvino, a velocidade de Mercúrio precisaria ser complementada pela persistência flexível de Vulcano, um “deus que não vagueia no espaço, mas que se entoca no fundo das crateras, fechado em sua forja, onde fabrica interminavelmente objetos de perfeito lavor em todos os detalhes — joias e ornamentos para os deuses e deusas, armas, escudos, redes e armadilhas”. A colocação de vírgula antes e depois do vocábulo “interminavelmente” (linha 4) não prejudicaria a correção gramatical do texto. Questão 32: Assembleia Legislativa ES – 2011 – nível médio Fragmento de texto: Além de apresentarem certa precocidade na aquisição do hábito de ingerir álcool, os adolescentes paulistas bebem frequentemente, exageram nas doses e, em muitos casos, agem assim com anuência familiar. O sentido e a correção gramatical do texto seriam mantidos caso se Substituísse a expressão “Além de” (linha 1) pela expressão Por causa de. Questão 33: EBC – 2011 – nível superior Fragmento de texto: Muitas outras narrativas, que têm cara de discursos informativos, jornalísticos, também não são jornalismo. Relatos da história da humanidade não são necessariamente jornalísticos. Heródoto, por exemplo, historiador grego, compôs textos repletos de novidades fascinantes, capazes de envolver, de maravilhar o leitor, até hoje. A retirada da vírgula empregada logo após “Heródoto” prejudicaria a correção gramatical do texto. Questão 34: Polícia Civil CE - 2012 - Inspetor Fragmento de texto: Em um momento em que os Estados-nação se dobram diante das forças do mercado, os dirigentes políticos sonham com estabilidade. Ora, as formas de governo utilizadas pelos impérios fascinam por sua resistência aos sobressaltos da história, sua plasticidade e sua capacidade de unir populações diferentes. A vírgula após “Ora” (linha 3) pode ser suprimida sem prejuízo para a correção gramatical e para o sentido original do texto. Questão 35: ANS - 2005 - Analista Fragmento de texto: Veja O senhor recomenda desconfiar até dos estudos que dizem que a exposição a ondas eletromagnéticas, como as da televisão e do telefone celular, não faz mal? A retirada da preposição “até” preserva a correção gramatical, mas altera as relações de argumentação do texto. ─
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Questão 36: MPE PI – 2012 – nível superior Fragmento de texto: Em nossa história evolutiva, caminhamos para melhorar nossas conexões cerebrais, mas há um momento em que o custo para manter o sistema nervoso causaria uma pane nos outros órgãos, ou seja: chegamos a um ponto em que ser ainda mais esperto significa ter um organismo que vai funcionar mal. Preserva-se a correção gramatical do texto ao se substituírem os dois-pontos, após a expressão “ou seja”, por vírgula. Questão 37: Tribunal de Contas TO - 2009 - nível superior Fragmento do texto: É fácil, hoje em dia, confundir as limitações crescentes impostas ao Estado-nação com a construção de um espaço de livre circulação dos indivíduos, promovido pelo movimento desembaraçado de mercadorias e capitais. O trecho “confundir as limitações crescentes impostas ao Estado-nação com a construção de um espaço de livre circulação dos indivíduos, promovido pelo movimento desembaraçado de mercadorias e capitais” exerce a função sintática de sujeito. Questão 38: Tribunal de Justiça BA - 2005 - nível superior Fragmento do texto: Não há dúvida de que, no início do século XXI, os Estados Unidos da América chegaram mais perto do que nunca da possibilidade de constituição de um “império mundial”. O emprego da preposição “de” em “Não há dúvida de que” justifica-se pela regência da forma verbal “há”. Questão 39: Procurador Federal - AGU / 2002 / nível superior Fragmento do texto: A minha firme convicção é que, se não fizermos todos os dias novos e maiores esforços para tornar o nosso solo perfeitamente livre, se não tivermos sempre presente a ideia de que a escravidão é a causa principal de todos os nossos vícios, defeitos, perigos e fraquezas nacionais, o prazo que ainda tem de duração legal − calculadas todas as influências que lhe estão precipitando o desfecho − será assinalado por sintomas crescentes de dissolução social. A substituição do trecho “ A minha firme convicção é que” por A minha firme convicção é a de que estaria em desacordo com as exigências de formalidade da norma culta escrita. Questão 40: TRE ES - 2011 - nível médio Fragmento de texto: No Brasil, a tradição política no tocante à representação gira em torno de três ideias fundamentais. A primeira é a do mandato livre e independente, isto é, os representantes, ao serem eleitos, não têm nenhuma obrigação, necessariamente, para com as reivindicações e os interesses de seus eleitores. O representante deve exercer seu papel com base no exercício autônomo de sua atividade, na medida em que é ele quem tem a capacidade de discernimento para deliberar sobre os verdadeiros interesses dos seus constituintes. A segunda ideia é a de que os representantes devem exprimir interesses gerais, e não interesses locais ou regionais. Prof. Décio Terror
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Em “A segunda ideia é a de que” (linha 8), o “a” que precede “de que” poderia ser retirado, sem acarretar prejuízo à correção gramatical, ao passo que, em “A primeira é a do” (linha 2), o “a” que precede “do” não poderia ser retirado, visto que substitui a palavra “ideias” (linha 2). Questão 41: Assembleia Legislativa ES – 2011 – nível superior Fragmento de texto: Não interessa que os especialistas se irritem porque Maquiavel não foi maquiavélico; o fato é que ele, como Platão, deixou uma marca no imaginário social. A expressão de realce “é que” (linha 2) poderia ser retirada sem prejuízo para o sentido e a correção gramatical do período em que ela se insere. Questão 42: Tribunal de Justiça BA - 2005 - nível superior Fragmento do texto: Não há dúvida de que, no início do século XXI, os Estados Unidos da América chegaram mais perto do que nunca da possibilidade de constituição de um “império mundial”. Como na sequência há um complemento oracional, a omissão da preposição “de” em “Não há dúvida de que” também estaria de acordo com as exigências da norma escrita culta. Questão 43: ANS - 2005 - nível Superior Fragmento do texto: É corrente a afirmação de que muitos pacientes não querem saber a verdade de sua doença, quando grave, ou que procuram de toda maneira se enganar. A retirada da preposição em “a afirmação de que” desrespeita as regras de regência do padrão culto da língua e prejudica a coerência textual. Questão 44: Detran ES - 2011 - nível médio Fragmento de texto: A Bik.e vem com tudo para agradar, a começar pelo nome esperto e um diploma automático na dura disciplina de “mobilidade sustentável”. Vem como um aviso concreto de que a era do automóvel está mesmo se despedindo. Em “de que”, o emprego da preposição é obrigatório, visto que introduz o complemento da palavra “aviso”; como ocorre, por exemplo, em aviso de férias. Questão 45: PC ES - 2011 - nível superior Fragmento de texto: Por essa razão, aqueles que resistem às reivindicações de maior igualdade são levados a considerar que as desigualdades são, em sua maior parte, naturais e, como tais, invencíveis ou mais dificilmente superáveis. Ao contrário, aqueles que lutam por maior igualdade estão convencidos de que as desigualdades são, em sua maior parte, sociais ou históricas. No trecho “estão convencidos de que as desigualdades são, em sua maior parte, sociais ou históricas”, a omissão da preposição “de” prejudicaria a correção gramatical do período.
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Questão 46: TRE ES - 2011 - nível médio Fragmento de texto: A terceira ideia refere-se ao princípio de que o sistema democrático representativo deve basear-se no governo da maioria. Com correção gramatical, o trecho “ao princípio de que o sistema democrático representativo” poderia ser reescrito da seguinte forma: ao princípio que o sistema democrático representativo. Questão 47: Tribunal Regional Eleitoral RS - 2006 - nível médio Fragmento do texto: O primeiro código eleitoral a viger no Brasil chamavase Ordenações do Reino, as quais foram elaboradas em Portugal no fim da Idade Média e utilizadas até 1828. A substituição da estrutura “as quais foram elaboradas (...) e utilizadas” por o qual foi elaborado (...) e utilizado altera as relações de concordância sem provocar prejuízo para a coerência e a correção gramatical do período. Questão 48: EBC – 2011 – Nível Médio Fragmento de texto: Diversos países sustentam hoje robustas corporações de mídia pública que concentram substancial fatia da audiência e são reconhecidas pela qualidade no conteúdo que produzem e transmitem. O segmento “que produzem e transmitem” tem natureza explicativa. Questão 49: ABIN - 2010 - nível Superior Fragmento do texto: No projeto Segurança Pública para o Brasil, da Secretaria Nacional de Segurança Pública, aponta-se como principal causa do aumento da criminalidade o tráfico de drogas e de armas. A supressão das vírgulas que isolam a expressão “da Secretaria Nacional de Segurança Pública” alteraria o sentido do texto, visto que estaria subentendida a existência de, pelo menos, mais um projeto denominado Segurança Pública para o Brasil. Questão 50: Polícia Federal – 2004 – Agente Administrativo Fragmento do texto: Do final de setembro aos primeiros dias de outubro, ficou muito claro que estamos assistindo a algo absolutamente novo e fantástico: o surgimento de uma entidade governante anglo-saxã. Preservam-se as relações semânticas do texto e sua correção gramatical ao se substituir o sinal de dois-pontos por vírgula seguida do termo que é. Questão 51: Tribunal de Justiça BA - 2005 - nível superior Fragmento do texto: Nesse contexto, as previsões, liberais ou marxistas, do fim dos estados ou das economias nacionais, ou mesmo da formação de algum tipo de federação cosmopolita e pacífica, são utopias, com toda a dignidade das utopias que partem de argumentos éticos e expectativas generosas, mas são ideias ou projetos que não têm nenhum apoio objetivo na análise da lógica e da história passada do sistema mundial. A inserção de uma vírgula logo após a expressão “dignidade das utopias” mantém as mesmas relações sintáticas e a informação original do período.
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Questão 52: Cia de Saneamento Básico ES - 2006 - nível superior Fragmento do texto: Considerando as recentes técnicas, os meios e os problemas que envolvem os crimes de informática e a ação de perícia criminal sobre evidências de delitos dessa natureza, vimos sugerir a adoção de protocolos para coleta, manipulação, exame e preparação do laudo pericial, visando à integridade da prova e sua aceitação perante a justiça. A oração “que envolvem os crimes de informática (...) natureza” atribui sentido restritivo aos substantivos “técnicas”, “meios” e “ problemas”. Questão 53: Tribunal Regional Eleitoral MA - 2006 - nível superior Texto: Para que a democracia seja efetiva, é necessário que as pessoas se sintam ligadas aos seus concidadãos e que essa ligação se manifeste por meio de um conjunto de organizações e instituições extramercado. Uma cultura política atuante precisa de grupos comunitários, bibliotecas, escolas públicas, associações de moradores, cooperativas, locais para reuniões públicas, associações voluntárias e sindicatos que propiciem formas de comunicação, encontro e interação entre os concidadãos. A democracia neoliberal, com sua ideia de mercado “über alles”, nunca leva em conta essa atuação. Em vez de cidadãos, ela produz consumidores. Em vez de comunidades, produz shopping centers. O que sobra é uma sociedade atomizada, de pessoas sem compromisso, desmoralizadas e socialmente impotentes. Em suma, o neoliberalismo é o inimigo primeiro e imediato da verdadeira democracia participativa, não apenas nos Estados Unidos, mas em todo o planeta, e assim continuará no futuro previsível. A forma verbal subjuntiva “ propiciem” poderia ser substituída, sem prejuízo da coerência do texto e da correção gramatical, pela forma indicativa propiciam, desde que fosse empregada a vírgula antes do conector “que”. Questão 54: Tribunal Regional Eleitoral RS - 2006 - nível médio Fragmento do texto: O primeiro código eleitoral a viger no Brasil chamavase Ordenações do Reino, as quais foram elaboradas em Portugal no fim da Idade Média e utilizadas até 1828. Para que o período mantenha-se gramaticalmente correto; ao se substituir a forma verbal “viger” por vigorar, é necessário substituir também a preposição que a antecede. Questão 55: Polícia Civil CE - 2012 - Inspetor Fragmento de texto: E considerar outras formas de soberania que respondam melhor a um mundo caracterizado ao mesmo tempo pela desigualdade e pela diversidade. Na linha 2, caso se insira, antes de “caracterizado”, o segmento que é, será necessário, para a manutenção da correção gramatical e do sentido do período, o emprego de vírgula após “mundo”. Questão 56: INCA - 2010 - nível superior Fragmento do texto: Ao estabelecer a obrigatoriedade na realização dos Prof. Décio Terror
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exames pré-admissional, periódico e demissional do trabalhador, criou recursos médico-periciais voltados à identificação do nexo da causalidade entre os danos sofridos e a ocupação desempenhada. A vírgula logo depois de “trabalhador ” é opcional e sua retirada preservaria a correção gramatical do texto, pois os três termos da enumeração que ela tem função de marcar já estão separados pela conjunção “e”: “exames préadmissional, periódico e demissional do trabalhador ”. Questão 57: Médico perito INSS - 2009 - nível superior Julgue a frase quanto à correção gramatical: O povo por estar insatisfeito com o “bota-abaixo” e influenciado pela imprensa se revoltou contra a vacina. Questão 58: Tribunal Regional Eleitoral MA - 2006 - nível superior Fragmento do texto: Para que a democracia seja efetiva, é necessário que as pessoas se sintam ligadas aos seus concidadãos e que essa ligação se manifeste por meio de um conjunto de organizações e instituições extramercado. Caso a oração adverbial que inicia o texto estivesse imediatamente após a expressão “é necessário”, não haveria necessidade de emprego da vírgula, visto que estaria restabelecida a ordem direta do período. Questão 59: EBC – 2011 – Nível Médio Fragmento de texto: Por princípio, todo o sistema de comunicação deveria ser público, uma vez que a sua missão é prestar um serviço público. Nesse sentido, poderiam até variar as formas de financiamento, mas o controle deve ser da sociedade. Seria mantida a relação sintático-semântica entre as orações que compõem o terceiro período do texto ao se substituir “uma vez que” (R.9) por qualquer um dos termos a seguir: porque, porquanto, já que, visto que, conquanto. Questão 60: Polícia Civil CE - 2012 - Inspetor Fragmento de texto: O cientista político Phillippe Schmitter argumentou que, embora a situação europeia seja singular, seu progresso para além do Estado nacional tem uma pertinência mais genérica, pois “o contexto contemporâneo favorece sistematicamente a transformação dos Estados em confederatii , condominii ou federatii , numa variedade de contextos”. O conector “pois” (linha 3) introduz ideia de consequência no trecho em que ocorre. Questão 61: Tribunal Regional Eleitoral RS - 2005 - nível médio Fragmento do texto: As eleições para a assembleia constituinte realizaramse após a Proclamação da Independência e, em 25 de março de 1824, D. Pedro I outorgou ao povo brasileiro sua primeira Constituição política. Após a data “25 de março de 1824” subentende-se uma relação sintática representada pela conjunção porque.
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Questão 62: ABIN - 2008 - nível superior Fragmento do texto: Uma vez pesquisado, determinado assunto agrega novos elementos ao pensamento de seu observador e, portanto, modifica-o. Mudado seu modo de pensar, o pesquisador já não concebe aquele tema da mesma forma e, assim, já não é capaz de estabelecer uma relação exatamente igual à do experimento original. Não se podendo repetir a relação sujeito-objeto, é forçoso afirmar que seria impossível a reprodução exata de qualquer situação de pesquisa, o que ressalta a importância da descrição do fenômeno e o caráter vivo dos postulados teóricos. No desenvolvimento da argumentação, a oração “Não se podendo repetir a relação sujeito-objeto” (linhas 5 e 6) expressa a causa que desencadeia as idéias do trecho “é forçoso afirmar (...) pesquisa” (linhas 6 e 7). Questão 63: Tribunal Regional do Trabalho RJ - 2008 - nível superior Fragmento do texto: O ministro do Trabalho classificou a decisão do COPOM de subir os juros de “precipitada”. “É um erro imaginar que há inflação no Brasil. Julgue a interpretação correta em relação ao valor semântico do vocábulo destacado: “É um erro imaginar q u e há inflação no Brasil ” (consequência) Questão 64: Tribunal Regional do Trabalho RJ - 2008 - nível superior Pode-se substituir a palavra sublinhada pela palavra apresentada entre parênteses e isso não provocaria erro gramatical ou alteração no sentido do texto: “Hoje, somos bombardeados por uma quantidade de imagens tal, que não conseguimos mais distinguir a experiência direta daquilo que vimos há poucos segundos na televisão” (porque) Questão 65: Tribunal Regional do Trabalho RJ - 2008 - nível superior Fragmento do texto: Além disso, dada a diversidade de situações regionais, de prosperidade e de pobreza, o simples translado de um trabalhador, que vá de uma região a outra, pode representar ascensão substancial, se ele consegue incorporar-se a um núcleo mais próspero. A conjunção “se” poderia, sem prejuízo para a correção sintática do período, ser substituída por caso. Questão 66: Tribunal de Justiça RJ - 2008 - nível superior Fragmento do texto: Há dessas reminiscências que não descansam antes que a pena ou língua as publique. Um antigo dizia arrenegar de conviva que tem memória. A vida é cheia de tais convivas, e eu sou acaso um deles, conquanto a prova de ter a memória fraca seja exatamente não me acudir agora o nome de tal antigo; mas era um antigo, e basta. No texto, o conector “conquanto” estabelece entre as orações que liga uma relação lógica de oposição. Questão 67: ANS - 2005 - Analista Fragmento de texto: Ainda que os efeitos do estresse oxidativo ocorram a Prof. Décio Terror
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longo prazo, a oxidação é quase imediata, e assim se poderia avaliar se há risco. Aliás, acho que todos os fatores que potencialmente podem provocar doenças deveriam ser controlados, em nome da precaução, mesmo que o malefício não esteja cientificamente comprovado. O modo verbal empregado em “ocorram” e “esteja” exprime uma hipótese, uma dúvida, uma concessão, reforçada, respectivamente, pelos conectivos “Ainda que” e “mesmo que”. Questão 68: ABIN - 2008 - nível superior Fragmento do texto: Há histórias, no plural; o mundo tornou-se intensamente complexo e as respostas não são diretas nem estáveis. Mesmo que não possamos olhar de um curso único para a história, os projetos humanos têm um assentamento inicial que já permite abrir o presente para a construção de futuros possíveis. Preservam-se as relações entre os argumentos do texto caso se empregue, em lugar de “que não possamos” (linha 3), uma oração correspondente com o gerúndio: não podendo. Questão 69: Tribunal de Contas TO - 2009 - nível médio Fragmento do texto: Não consigo escrever. Dinheiro e propriedades, que me dão sempre desejos violentos de mortandade e outras destruições, as duas colunas mal impressas, caixilho, Dr. Gouveia, Moisés, homem da luz, negociantes, políticos, diretor e secretário, tudo se move na minha cabeça, como um bando de vermes em cima de uma coisa amarela, gorda e mole que é, reparando-se bem, a cara balofa de Julião Tavares muito aumentada. No trecho “tudo se move na minha cabeça, como um bando de vermes em cima de uma coisa amarela, gorda e mole”, “como” introduz uma comparação. Questão 70: Tribunal Regional do Trabalho RJ - 2008 - nível superior Fragmento do texto: “Esse primeiro trimestre, como dizem meus filhos, bombou”, afirmou o ministro do Trabalho a jornalistas. Julgue a interpretação correta em relação ao valor semântico do vocábulo destacado: “c o m o dizem meus filhos” (comparação) Questão 71: Cia de Saneamento Básico ES - 2006 - nível superior Fragmento do texto: Por falta de peritos oficiais, as perícias criminais eram feitas, inicialmente, por pessoas nem sempre habilitadas, nomeadas peritos ad hoc, para cada caso. Mas, à medida que a demanda por essas perícias foi aumentando, houve a necessidade de se criar a carreira dos peritos oficiais. O conector “à medida que” indica que o aumento das perícias de que trata o período anterior constitui a causa para a criação da carreira dos peritos oficiais e, nesse contexto, pode ser substituído por conquanto. Questão 72: Agente educacional ES - 2010 - nível médio Fragmento do texto: A China foi o caso mais marcante de superação da crise de 2008, porque conseguiu crescer 8,7% no ano passado, enquanto o resto do mundo patinhava. O termo “enquanto” pode, sem prejuízo para a correção gramatical e sem Prof. Décio Terror
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alterar as informações originais do período, ser substituído por ao passo que. Questão 73: Caixa Econômica Federal - 2010 - nível médio Fragmento do texto: “O mercado brasileiro está fervilhando. Enquanto as nossas vendas ficaram estáveis em alguns países, no Brasil elas subiram 30% em 2009”, completa o espanhol. O vocábulo “Enquanto”, por expressar uma ideia de proporcionalidade, poderia ser substituído por À medida que, mantendo-se o sentido original do texto. Questão 74: ABIN - 2008 - nível médio Fragmento do texto: A análise dos assuntos relativos ao Oriente Médio pelos órgãos de inteligência faz parte do esforço em acompanhar o fenômeno do terrorismo internacional, dados os frequentes enfrentamentos entre grupos radicais e a possibilidade de que simpatizantes dessas organizações extremistas possam engajar-se em ações radicais, fora da região, como forma de retaliação, contra alvos de interesse de grupos rivais ao redor do mundo, inclusive, e de forma potencial, em território brasileiro. Se a preposição “em” (linha 2) for substituída pela preposição para, prejudica-se a correção gramatical do período. Questão 75: Tribunal Regional do Trabalho RJ - 2008 - nível superior Fragmento do texto: Quando ao escravo sucede o parceiro, depois, o assalariado agrícola, as relações continuam impregnadas dos mesmos valores, que se exprimem na desumanização do trabalho. A conjunção “Quando” tem valor condicional e, por isso, poderia ser substituída por Se, sem prejuízo para os sentidos do texto. Questão 76: MPE PI - 2012 - Superior Fragmento do texto: No Brasil, o desafio envolve muitas variáveis, desde o número crescente da frota de veículos e a precariedade dos transportes públicos até o comportamento dos motoristas ao volante. Enquanto os especialistas analisam o assunto na tentativa de apontar soluções para o problema, o Psicólogos do Trânsito, um grupo de jovens paulistanos, decidiu levar bom humor à rua, mostrando que um simples gesto pode melhorar o caos do trânsito. A conjunção “Enquanto” (linha 3) introduz oração de valor consecutivo. Questão 77: ANATEL - 2009 - nível Superior Fragmento do texto: O real não é constituído por coisas. Nossa experiência direta e imediata da realidade leva-nos a imaginar que o real é feito de coisas (sejam elas naturais ou humanas), isto é, de objetos físicos, psíquicos, culturais oferecidos à nossa percepção e às nossas vivências. Assim, por exemplo, costumamos dizer que uma montanha é real porque é uma coisa. No entanto, o simples fato de que uma coisa possua um nome e de que a chamemos montanha indica que ela é, pelo menos, uma coisa-para-nós, isto é, que possui um sentido em nossa experiência. Como, no primeiro parágrafo, os parênteses demarcam a inserção de uma informação, a sua substituição por duplo travessão preservaria a coerência e a Prof. Décio Terror
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correção do texto. Questão 78: INCA - 2010 - nível médio Fragmento do texto: A importância da Pastoral é palpável: a média nacional de mortalidade infantil para crianças de até 1 ano, que é de 22 indivíduos por mil nascidos vivos, cai para 12 mil nos lugares atendidos pela instituição” . O emprego de sinal de dois-pontos em “é palpável:” justifica-se porque o trecho subsequente a esse sinal apresenta argumento comprobatório da afirmativa anterior. Questão 79: INCA - 2010 - nível superior Fragmento do texto: Vale a apena rever certas crenças que se têm multiplicado a respeito das chamadas emoções negativas. Diferentemente do que alguns autores propõem, sublimá-las não gera benefícios para a pessoa — essa atitude, aliás, tende mais a trazer-lhe prejuízos à saúde. O travessão empregado logo após “ pessoa”, usado para destacar a informação final do enunciado, pode ser corretamente substituído por ponto e vírgula. Questão 80: Tribunal Regional do Trabalho RJ - 2008 - nível superior Julgue a afirmativa a seguir sobre pontuação: Uma das funções dos parênteses é a de isolar explicações, indicações ou comentários em geral. Questão 81: Caixa Econômica Federal - 2010 - nível médio Fragmento do texto: A aposentadoria — mesmo a minguada quantia mensal paga pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) — é a principal renda fixa do idoso paulistano. O travessão empregado após o vocábulo “aposentadoria” poderia ser substituído por vírgula, o que manteria a correção e o sentido original do texto. Questão 82: Polícia Federal - 2004 – Agente Administrativo Fragmento do texto: O discurso pretende impor essa ideia como caminho único para o desenvolvimento das nações, sejam elas ricas ou pobres. Na prática — hoje mais do que ontem —, o mercado é uma via de mão única: livre para os países ricos e pleno de barreiras e restrições às nações emergentes. A substituição dos travessões que isolam a expressão “hoje mais do que ontem” por parênteses mantém a coerência textual e o respeito às regras de pontuação da norma culta. GABARITO 1. C 11. E 21. E 31. C 41. E
2. E 12. E 22. E 32. E 42. C
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3. C 13. C 23. E 33. C 43. E
4. E 14. C 24. E 34. E 44. C
5. E 15. E 25. E 35. C 45. C
6. E 16. C 26. E 36. C 46. E
7. E 17. C 27. E 37. C 47. C
8. E 18. E 28. C 38. E 48. E
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9. E 19. E 29. E 39. E 49. C
10. C 20. C 30. E 40. E 50. C 83