Manual Básico sobre Sistemas Agroflorestais SAF's
VerdeMinas 2010
FICHA TÉCNICA Autores: � Engº Agr. Agr. Esp. – Marco Aurélio Borba Moreira Coordenador Técnico Estadual de Meio Ambiente Ambiente – DETEC da Emater – MG; � Engº Agr. Agr. Esp.- Fernando Cassimiro Tinoco França Coordenador Técnico Estadual de Agroecologia – DETEC da Emater – MG; � Engº Agr. Agr. MS – Maurício Roberto Fernandes Coordenador Técnico Estadual de Bácias Hidrográficas – DETEC da Emater – MG; � Engº Agr. Agr. MS – Márcio Stoduto de Mello Coordenador Técnico Estadual de Solos – DETEC da Emater – MG; � Engª Agr. Agr. MS Guilhermina Mª S. Borba Moreira Coordenadora Técnica Regional de Horticultura – UREGI Belo Horizonte da Emater – MG; � Engº Florestal Esp.– Antônio Henrique Pereira – Coordenador Técnico Regional de Meio Ambiente Ambiente – UREGI Alfenas – Emater - MG
Colaboradores: � Estagiária - Luisa Gouvea Pimenta; � Estagiária – Gabriela Galvão Borges Machado; � Estagiário – Adriano Figueiredo de Oliveira � Estagiária – Laís Dias Vieira
Sumário Apresentação.................... Apresentação................................. ......................... ...................... ....................... ......................... ....................... ................. ......
01
Função Social da Propriedade................... Propriedade................................ ......................... ........................ ....................... ............... ....
01
Ecossistemas Naturais.................... Naturais............................... ..................... ........................ ......................... ........................ ................. ....
01
Sistema Agroflorestais................ Agroflorestais............................ ....................... ........................ ........................ ........................ .................... .......
06
Implantação de Agroflorestas.................. Agroflorestas.............................. ...................... ....................... ......................... .................... ........ 07 Compostagem.................. Compostagem.............................. ........................ ......................... ......................... ...................... ....................... ................... ...... 08 1. Pioneiras – Espécies de ciclo curto .................................... ...................................................... ........................... ......... 14 2. Secundárias iniciais e tardias – Espécies de ciclo médio ........................................ 14 3. Primárias – Espécies de ciclo longo ................................. ..................................................... .............................. .......... 15
Plantio.................... Plantio................................. ....................... ...................... ......................... ......................... ........................ ....................... ................ .....
20
Plantas Companheiras, Complementares e suas funções nos SAF's........... 22 Manejo de Agroflorestas................. Agroflorestas............................. ......................... ......................... ...................... ....................... ................ ...
24
Podas...................... Podas................................. ......................... ......................... ........................ ........................ ...................... ........................ ................ ...
1. Podas de Formação ................................. ................................................... ................................... ............................ ........... 2. Podas de Limpeza ou de Rejuvenescimento ..................................... ..................................................... ................ 3. Podas de Produção ................................. ..................................................... ........................................ ........................... .......
25 25 25 25
................................................... ........................... .......... Combate às pragas e doenças..................................
29
.................................................... .................................. ...................... ..... 29 Reformas do Sistema................................... Calagem …..................... …................................. ........................ ........................ ........................ ....................... ........................ .................... .......
30
.................................................. ................ Notas e Informações Complementares..................................
31
.................................................... ................................... .................................. ...................... ..... Glossário..................................
34
..................................................... ................................ ............... Referências Bibliográficas....................................
37
Apresentação: A elaboração desse manual de Sistemas Agroflorestais visa trazer um novo enfoque e uma alternativa de produção sustentável de alimentos aliado a adequação ambiental das propriedades rurais, cumprindo a função social da propriedade. Por meio da adoção das práticas agroflorestais, consegue-se regenerar (reconstituir) Áreas de Preservação Permanente e as Reservas Legais, auferindo lucros e renda com os subprodutos nelas produzidos, com melhoria da qualidade ambiental e de vida.
Função Social da Propriedade: Conforme citado na Constituição Federal de 1988, em seu capítulo relativo a Política Agrícola e Fundiária e da Reforma Agrária, tem-se a questão da função social destacada: Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos: I. - Aproveitamento racional e adequado; II. - Utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente; III. - Observância das disposições que regulam as relações de trabalho; IV. - Exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores. Se o proprietário deixar de cumprir apenas um deles, a propriedade não estará atendendo à sua Função Social, inclusive estando sujeita à desapropriação por interesse social, para fins de reforma agrária.
Ecossistemas Naturais: Os ecossistemas naturais são locais onde co-habitam espécies vivas. Os biomas Amazônia, Caatinga, Cerrado e a Mata Atlântica podem ser considerados exemplos, que a natureza nos oferece. Quando observamos uma formação florestal natural, percebemos a grande biodiversidade que nela existe. As variadas espécies de árvores ocupam espaços e alturas diferentes, vivendo em constante interação nas diversas dinâmicas de populações: protocooperação, mutualismo, simbiose, parasitismo, comensalismo e competição. Por sua vez, cada ser vivo tem a sua vida útil, o seu tempo de vida e a função, no ciclo da vida evolutiva. Nasce, cresce, reproduz e morre, mantendo a chamada sucessão natural.
Foto 01: Bioma Mata Atlântica – Floresta Estacional Semi-Decidual - Reserva do Reassentamento da Fazenda Fartura, Projeto Irapé - Capelinha / Aricanduva – MG, maio de 2006.
Foto 02: Bioma Mata Atlântica – Floresta Estacional Decidual – Mata Seca – Projeto Jaíba 2003;
Sistemas Agroflorestais: Os Sistemas Agroflorestais – SAF's – ou Agroflorestas são plantios biodiversificados e agroecológicos, cujas características se assemelham ecologicamente a sucessão natural dos ecossistemas, devido a grande diversidade de espécies agrícolas e florestais, que o homem planta, seguindo os ensinamentos da natureza. Com essa prática, busca-se integrar a agricultura, a floresta, os animais e os seres humanos. As plantas agrícolas, domesticadas, podem conviver com as espécies florestais, tanto exóticas quanto nativas, em uma relação de equilíbrio e harmonia, em ambientes mais complexos, onde a quantidade e a qualidade de espécies e subprodutos ofertados permanecerá por períodos mais longos.
A rica biodiversidade na agrofloresta cumpre as mesmas funções das espécies de uma mata nativa. Além de alimentos, as espécies fazem uma melhor utilização da luz solar, produzem matéria orgânica e nutrientes, protegem os solos da erosão e da insolação direta. Ao trabalhar com rica biodiversidade podemos produzir mais por unidade de área cultivada. Os custos com insumos externos se reduzem, como também a dependência do agricultor. Com isso, uma produção mais diversificada, de melhor qualidade, poderá garantir melhor comercialização auferindo incremento à renda familiar.
Implantação de Agroflorestas: Ao se iniciar a construção dos sistemas agroflorestais, deve se partir dos seguintes princípios: I. Em qual Bioma vamos implantar nossa agrofloresta? II. Quais os objetivos que queremos atingir? É importante a resposta a essas perguntas, porque os resultados vêm a médio e longo prazos, e nada pior do que esperar 4 – 5 anos para ver que plantou a espécie errada. As espécies e os consórcios que deveremos utilizar devem ser próprios do Bioma onde estivermos implantando o sistema e/ou adaptadas ao mesmo. Devemos observar os princípios da sucessão natural de forma que possamos obter uma produção abundante, sem a necessidade de inclusão energética (fertilizantes químicos, defensivos, etc). Identificando o Bioma e as espécies nativas ou adaptadas, temos que priorizar os nossos objetivos: produção de alimentos, preservação da biodiversidade, bens de interesse humano/mercado - medicinais, resinas, látex, óleos, entre outros. Selecionados os objetivos, temos que analisar os fatores que regulam os consórcios: arquitetura das plantas, tolerância à sombra, exigências nutricionais e de solo, umidade, afinidade no tempo da sucessão (se são plantas companheiras) e efeitos alelopáticos. I. Onde implantar as agroflorestas? II. Quais as condições de solo que iremos plantar? Conhecendo o Bioma das espécies possíveis e desejáveis, devemos decidir em qual área da propriedade os nossos objetivos serão mais facilmente alcançados e com sucesso. Devemos ter a intensa participação do agricultor nessa fase, pois, sua realidade, sua cultura, seus cultivos, hábitos e costumes influenciarão muito na formação da agrofloresta. As espécies existentes e já trabalhadas pelo agricultor permitem antecipar e visualizar o comportamento na interação entre as plantas dos consórcios. O tipo e as condições de solo podem tornar-se fator limitante, caso seja necessária a adição de muitos insumos. Assim deveremos primeiro usar condicionadores de solo, de forma que se consiga uma condição favorável à implantação do Sistema Agroflorestal. �
Como proceder se a fertilidade do solo é fator limitante?
O ideal é que utilizemos de um conjunto de espécies condicionadoras de solo, tais como: as leguminosas fixadoras de nitrogênio (mucuna, feijão de porco, gergelim, crotalária, guandu), além de margaridão, mamona, embaúba. Todas estas espécies deverão ser plantadas juntas, exceto a embaúba, que deverá ser plantada em separado e no ato de roçada deverá permanecer no sistema. A biomassa produzida pelas plantas condicionadoras de solos deverá ser roçada e permanecer sobre o solo, nunca devendo ser queimada, nem retirada, pois é a matéria orgânica que irá melhorar as condições do solo e facilitará a implantação da agrofloresta.
Compostagem
Foto 3: Esloc de Sete Lagoas
A produção de composto orgânico de qualidade possibilita a reciclagem de materiais encontrados na propriedade (esterco, folhas, palhas, restos culturais, etc.) e o enriquecimento principalmente de fontes de cálcio, fósforo e potássio. MATERIAL A SER UTILIZADO: 30 a 40% de esterco bovino; 54% a 64% de resíduos vegetais. 3% de fosfato natural 3% cinza de madeira ou pó fino de carvão Água MODO DE PREPARAR: Escolha do local adequado:terreno com boa drenagem, pequena inclinação e preferencialmente protegido de sol e chuva. Misturar palha, capim, restos culturais, sobras de silagem, esterco, etc, antes do empilhamento e, a seguir, fazer o umedecimento dessa massa (Teste da mão - espremer o material e verificar o escorrimento entre os dedos. O ideal é que não haja excesso de
umidade, ou seja, o líquido não deve escorrer entre os dedos). Após o umedecimento, deve-se espalhar a mistura sobre o solo (20 cm de altura e 2,0 de largura). O comprimento poderá variar de acordo com a quantidade de material a ser compostado. Formar uma pilha com a mistura umedecida até 1,20 m a 1,60m de altura. Finalmente, cobrir com palha seca para manter a umidade e a temperatura. OBS: O período de compostagem depende das temperaturas e do tamanho das partículas dos materiais e da aeração, como por exemplo: Partes pequenas, tipo capim picado, com temperaturas em torno de 60ºC = 55 a 60 dias. Partes médias, com 15 a 20 cm, com temperaturas em torno de 60ºC = 60 a 80 dias. Partes inteiras, com temperaturas até 60ºC = em torno de 90 dias. Somente esterco bovino, com temperaturas de 60 a 70ºC = 30 a 35 dias. O acréscimo de microrganismos promove a aceleração da decomposição. A massa não necessita ser revirada
BOKASHI AERÓBIO
Foto 4: Fernando Tinoco
INDICAÇÕES DE USO: Adubo orgânico utilizado na adubação de plantio das espécies mais exigentes, tais como o tomate, couve flor, brócolis, milho, frutíferas, espécies nativas, etc. MATERIAIS A SEREM UTILIZADOS: - 250 Kg de terra virgem de barranco, isento de sementes; - 100 Kg de esterco de galinha (ou farelo de soja); - 100 Kg de farelo de arroz; - 75 Kg de farinha de osso; - 1 litro de microrganimos (EM-4) diluídos em 20 a 30 litros de água;
MODO DE PREPARAR: Misturar os materiais e deixá-los fermentar durante 7 a 10 dias. Nos 3 ou 4 primeiros dias, a massa deverá ser revirada diariamente (3 vezes/dia). DOSAGENS E MODO DE USAR: - 300 g/cova(tomate, etc.); - 200 a 300 g/m² no preparo de canteiros de hortaliças; - 150 a 200 g/m em sulcos; - 500 g/cova em fruteiras e de espécies nativas de árvores. �
Formação dos consórcios e sucessão vegetal
A composição dos sistemas agroflorestais é muito diversificada, composto por várias espécies de diferentes ciclos de vida e que ocupam estratos diferentes. Entre as espécies a serem escolhidas, considerar as espécies comerciais em função das demandas existentes no mercado local, presente e futuro, que trarão segurança alimentar e geração de renda à família rural.
Desenho 1: Estágio inicial de regeneração – predominância de pioneiras – crescem rapidamente, dispersam muitas sementes, plantas com espinhos, cipós, altura em torno de 3 a 5 metros (embaúba, tiririca, jurubeba,
malva, capim);
Desenho 2: Estágio médio de regeneração – algumas arvores mais grossas, início de formação de estratos de diferentes alturas, mais matéria orgânica na superfície do solo (andiroba, fava-branca, louro, açaí, tamboriu, ingá);
Desenho 3: Estágio avançado de regeneração – espécies climáticas no topo do estrato – árvores de vários tamanhos, ocupando todos os estratos no sistema, exploração de várias profundidades pelas raízes, com muita ciclagem de nutrientes, espessa camada de matéria orgânica cobrindo o solo, muito transito da fauna se alimentando (angelim, maçaranduba, sucupira, aroeira, palmeiras em geral).
A formação dos múltiplos consórcios caracterizam, basicamente, quatro fases de uma agrofloresta.
TABELA I - CARACTERÍSTICAS DE ESPÉCIES ARBÓREAS NATIVAS DO BRASIL, QUE COMPÕEM OS DIFERENTES GRUPOS ECOLÓGICOS GRUPO ECOLÓGICO Secundárias Secundárias Características Pioneiras Climáxicas Iniciais Tardias Crescimento
muito rápido
rápido
médio
lento ou muito lento
Madeira
muito leve
leve
mediamente dura
dura e pesada
Tolerância à muito sombra intolerante Altura das árvores 4 a 10 (m)
tolerante no estágio Tolerante intolerante juvenil 20 a 30 30 a 45 20 (alguns até 50) (alguns até 60)
Regeneração
banco de sementes
Dispersão de sementes
restrita (gravidade); ampla ampla (zoocoria: alta (zoocoria: diversidade de poucas principalmente pelo animais); espécies de vento pelo vento, a animais); grande distância pelo vento, a grande distância
Tamanhos de frutos e sementes pequeno Dormência das sementes
banco de plântulas
médio
induzida (foto ou sem termorregulada)
de banco de plântulas banco plântulas
ampla (zoocoria: grandes animais); restrita (gravidade)
pequeno a médio mas sempre leve
grande e pesado
sem
inata (imaturidade do embrião)
Idade da 1.° prematura reprodução (anos) (1 a 5)
prematura (5 a 10)
relativamente tardia Tardia (10 a 20) (mais de 20)
Tempo de vida (anos)
curto (10 a 25)
longo (25 a 100)
muito curto (menos de 10)
Muito longo (mais de 20)
Ocorrência
florestas florestas secundárias capoeiras, secundárias, e primárias, bordas de bordas de bordas de clareiras matas, e clareiras clareiras médias clareiras, clareiras pequenas, e grandes pequenas dossel floresta e sub-bosque
florestas secundárias em estágio avançado de sucessão, florestas primárias, dossel e sub bosque
1. Pioneiras – Espécies de ciclo curto Espécie Arroz Feijão Milho
Nome Científico Oriza sativa Phaseolus vulgaris Zea mays
Abóbora Gergelim
Curcubita sp
Tomate Crotalária Feijão de porco Hortaliças
Licopersicum sculenta
Sesamum indicum
Crotalaria sp Canavalia ensiformis
diversas
Espaçamento 15 sem/m X 0,50 m 10 sem/m 2m entre linha X 0,5m entre plantas c/ 4 sem / cova 4 sem/cova 20 sem/m X 3 a 5 linhas de bordadura 12 sem/cova 20 sem/m 5 sem/m Nas covas das bananeiras
2. Secundárias iniciais e tardias – Espécies de ciclo médio Espécie Mandioca Bananeira Gengibre Mamão Abacaxi Pupunha Gliricídia Araruta Guapuruvu
Nome Científico Manihot esculenta Musa ssp Zingiber officinale Carica papaya Ananas comosus Bactris gasipaes Gliricidia sepium Maranta arundinacea Schizolobium parayba
Espaçamento 0,30 X 2,0 m 3X6m 0,60 X 0,60 m 2 X 2 X 10 m 0,30 x 0,40 x 1,20 m 1X6m 3X6m 0,60 x 0,60 m 15 X 15 m
3. Climáxicas– Espécies de ciclo longo Espécie Nome Científico Espaçamento Coffea arabica Café 2 X 2 X 10 m Copaifera langsdorffii Copaíba 6X6m Citrus spp Cítricos 4X6m Euterpe edulis Palmito Juçara 6X6m Euterpe oleraceae Açaí 6X6m Caryocar brasiliense Pequizeiro (*) 10 X 10 m Plathymenia reticulata Vinhático, Amarelinho 20 X 20 m Cordia trichotoma Louro 10 X 10 m Carapa guianensis Andiroba 3X6m (*) Usar o Pequizeiro apenas no Bioma Cerrado “stricto sensu” em sistemas mais abertos, menos densos, pois não suporta sombreamento. Na tabela II são apresentadas as espécies nativas indicadas para a recuperação de matas ciliares, Áreas de Preservação Permanente, com os respectivos nomes vulgares, o grupo ecológico a que pertencem e a tolerância a umidade do solo. Foram incluídas na lista aquelas espécies que aparecem em destaque na maioria dos estudos fitossociológicos em matas ciliares, e as que a experimentação científica tem comprovado sua capacidade para recuperar estas áreas. Espécies arbustivos-arbóreas, recomendadas para recuperação de matas ciliares G.E= grupo ecológico; P = pioneira; NP = Climáxica ou não pioneira; Si = secundária inicial. Quanto a indicação: A = áreas encharcadas permanentemente; B = áreas com inundação temporária; C = áreas bem drenadas, não alagáveis. TABELA II - ESPÉCIES INDICADAS Nome Científico Acacia polyphylla DC. Acrocomia aculeata Lodd. ex Mart Aegiplila sellowiana Cham. Albizzia hassleri (Chod.) Burkart Albizzia glandulosa Poepp & Endl. Alchornea triplinervia (Spr.) Muell. Arg. Allophylus edulis (A. ST. HIL.) Juss Amaioua guianensis Aublet Anadenanthera macrocarpa (Benth.) Brenan Aniba fimula Mez Annona cacans Warm. Apulea leiocarpa Macbr. Aspidosperma cylindrocarpum Müell Arg.
Nome Vulgar angico-branco macaúba, macaúva tamanqueira, papagaio farinha seca tapiá tapiá mirim lixeira café do mato, marmelada
G.E. Indicação P B, C P B, C P C P (Si) C P B, C P A, B P C NP C
angico vermelho
P (Si)
C
NP NP NP NP
A B, C C B, C
canelinha araticum, araticum cagão garapa peroba poca
Aspidosperma polyneuron Müell. Arg. Astronium graveolens Jacq. Balfourodendron riedelianum Engl. Bauhinia forficata Link. Blepharocalyx salicifolius (Kunth) Berg. Brossimum gaudichaudii Trécul. Cabrelea canjerana (Veloso) Martins Calophyllum brasiliensis Camb. Campomanesia xanthocarpa Berg. Cariniana estrellensis (Raddi) O. Kuntze. Cariniana legalis (Mart.) Kuntze.
peroba rosa guaritá, quebra-machado pau marfim unha-de-vaca guruçuca mamica-de-cadela canjerana guanandi, landi gabiroba jequitibá branco jequitibá rosa pitumba, guaçatonga, Casearia decandra Jacq. espeto Casearia sylvestris Sw. guaçatonga, erva-de-lagarto Cassia ferruginea Schard. ex DC. canafístula Cecropia glaziovi Sneth. embaúba vermelha Cecropia hololeuca Miq. embaúba branca Cecropia pachystachya Trécul. embaúba Cedrela fissilis Vell. cedro Cedrela odorata Ruiz & Pav. cedro do brejo Centrolobium tomentosum Guill. ex Benth araribá Cestrum laevigatum Schlecht Chorisia speciosa St. Hil. paineira Chrysophyllum gonocarpum (Mart. & Eichl.) guatambú de leite Engl. Citronella gongonha (Mart.) Howard congonha Clethra scabra Pers vassourão, canjuja Columbrina glandulosa Perkins saquaragi vermelho, sobrasil Copaifera lansdorffii Desf. óleo copaíba, copaíba Cordia ecalyculata Vell. café-de-bugre Cordia superba Cham. barbosa, grão-de-galo Cordia trichotoma Vell. ex Steud. louro-pardo, canela-batata Croton florinbundus Spreng. capixingui Croton priscus Müel. Arg. pau-sangue Croton urucurana Baill. sangra d'água, aldrago Cupania vernalis Camb. camboatã Cytharexyllum myrianthum Cham. pau-viola Dendropanas cuneatum Decne. & Planch. maria-mole, mandioca Duguetia lanceolata St. HIl. pindaíba, biribá Endlicheria paniculata (Spreng.) J. F. Macb. canela do brejo Enterolobium contortisiliquum (Vell.) tamboril, orelha-de-negro Morang Erythrina crista-gali L. suinã
NP P (Si) P (Si) P (Si) NP NP NP NP NP NP NP
C C B, C B, C B, C B B, C A, B B, C C C
NP
B, C
P P (Si) P P P P (Si) NP P P P (Si)
C B, C B, C B, C A, B C A, B A, B A, B B, C
P (Si)
B, C
NP P (Si) P (Si) NP P (Si) P P (Si) P P P P (Si) P P (Si) NP NP
A, B A, B C B, C B, C C C C C A, B C A, B A, B C A, B
P (Si)
B, C
P
A, B
Erythrina falcata Benth. Erythrina speciosa Andrews Esenbeckia leiocarpa Engl. Eugenia florida DC. Eugenia uniflora L. Euterpe edulis Mart. Ficus citrifolia Willd. Ficus guaranitica Schodat Ficus insipida Willd. Gallesia intergrifolia (Spreng.) Harms Genipa americana L. Geonoma brevispatha Barb. Rodr. Gomidesia affinis (Camb.) D. Legr. Guapira opposita (Vell.) Reitz. Guarea guidonea (L.) Sjeum. Guarea kunthiana A. Juss Guatteria nigrescens Mart. Guazuma ulmifolia Lam. Heliocarpus americanus L. Hyeronima alchorneoides Fr. All. Hymenaea coubaril L. Ilex brasiliensis Loes Ilex paraguariensis St. Hil. Inga affinis DC Inga fagifolia Willd. Inga luschnatiana Benth. Inga marginata Willd. Inga uruguensis Hook. et Arn. Inga vera Willd. Jacaranda macrantha Cham. Jacaratia spinosa (Aubl.) A.DC. Lafoensia pacari St. Hil. Lithraea molleoides Engl. Lonchocarpus muehlbergianus Hass. Luehea divaricata Mart. Luhea grandiflora Mart. & Zucc. Machaerium aculeatum Raddi Machaerium nictitans (Vel.) Benth. Machaerium stipitatum Vog. Maclura tinctoria (L.) Don ex Steud.
sainã candelabro, faquinha guarantã guamirim pitanga palmiteiro, jussara figueira figueira, figueira branca figueira branca pau d'alho genipapo guamirim maria-mole marinheiro, cura-madre marinheiro pindaíba-preta, araticumseco mutambo jangada urucurana, licurana jatobá cana da praia erva-mate ingá, ingá-doce ingá, ingá-feijão ingá ingá ingá ingá caroba-do-mato jaracatiá dedaleiro aroeira brava embira de sapo açoita-cavalo açoita-cavalo bico-de-pato, jacarandá-deespinho bico-de-pato, jacarandáferro sapuvinha amoreira
P P NP NP NP NP P (Si) P (Si) P (Si) P (Si) NP NP NP P (Si) NP NP
B A, B C A, B C B B B A, B B, C A, B A, B C B, C A, B A, B
NP
C
P C P (Si) C P (Si) A, B NP B, C NP A, B NP A, B P (Si) A, B P (Si) A, B P (Si) A, B, C P (Si) A, B P (Si) A, B P (Si) A, B P (Si) A, B P C P (Si) B, C P (Si) B P (Si) B, C P (Si) B, C P (Si) C P (Si)
B, C
P (Si)
B, C
P (Si) P (Si)
B, C B, C
Matayba elaeagnoides Radlk. Mauritia flexuosa L. Metrodorea stipularis Mart. Myrcia rostrata DC. Myrciaria trunciflora Berg. Nectandra lanceolata Ness Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez
miguel pintado, pau-crioulo buriti carrapateira lanceira, guamirim-miúdo jabuticabeira canela-do-brejo canelinha, canela-preta canela-amarela, canelaNectandra rigida (H. B. K.) Ness ferrugem Ocotea beaulahie Baitello canela Ocotea odorifera (Vell.) J.G. Rohwer canela sassafrás Peltophorum dubium (Spreng) Taub. angico-cangalha, canafístula pau-de-sapateiro, cacho-dePera obovata Baill. arroz Persea pyrifolia Ness. & Mart. ex Ness. maçaranduba Piptadenia gonoacantha (Mart.) Macbr. pau-jacaré pau-de-fumo, vassouraPiptocarpha macropoda Baker preta Platyciamus regnelli Benth. pau-pereira, cataguá Podocarpus sellowii Klotz. ex Endl. pinheiro-bravo Protium almecega March. almacegueira amescla, almíscega, breuProtium heptaphyllum (Aubl.) March vermelho Prunus myrtifolia (L.) Urb. pessegueiro-bravo Pseudobombax grandiflorum (Cav.) A. Rob. embiruçu Psidium guajava L. goiabeira Psychotria sessilis (Vell.) Müell. Arg. cafezinho-do-mato azeitona-do-mato, Rapanea ferruginea (Ruiz & Pav.) Mez capororoca Rapaenea guianensis Aubl. capororoca Rapanea umbellata (Mart. ex DC.) Mez capororoca-branca Rheedia gardneriana Planch. & Triana bacupari Rollinia sylvatica (A. St. Hil.) araticum-do-mato, cortiça Rudgea jasminioides (Cham.) Müell. café-do-mato Sapium glandulatum Pax leiteiro Savia dyctiocarpa Kuhlm. guaraiúva Schefflera morototonii (Aubl.) B. Manguire mandioqueiro, mandiocão aroeirinha, aroeiraSchinus terebinthifolius Raddi pimenteira Schyzolobium parahyba (Vell.) Blake ficheira, guapuruvu Sebastiana brasiliensis Spreng branquilho Sebastiana klotzschiana Müell. Arg. branquilho, capixava Sebastiana serrata (Baill) Müell. Arg. branquilho
P (Si) P NP P NP NP NP
B, C A, B C B, C C A, B C
NP
B, C
NP NP P (Si)
B, C C C
NP
A, B
NP P (Si)
C C
P
C
NP NP P (Si)
C B, C A, B
P (Si) NP P P NP
A, B B, C B, C C
P (Si)
C
P A, B P (Si) A, B, C NP B, C P (Si) B, C NP C P (Si) B, C NP B, C P C P
A, B
P NP NP NP
B, C A, B A, B A, B
Seguieria floribunda Benth. Sesbania virgata (Cav.) Pers. Sorocea bonplandii Burger Styrax pohlii A. D. C. Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glass. Tabebuia cassinoides (Lam.) DC. Tabebuia chysotricha (Mart. ex DC.) Stanley Tabebuia impetiginosa (Mart.) Standley Tabebuia umbelata (Sound.) Sand. Talauma ovata St. Hil. Tapirira guianensis Aubl. Terminalia triflora Griseb Trema micrantha Blume Trichilia catingua A. Juss. Trichilia clausseni C. DC. Trichilia elegans A. Juss. Trichilia pallida Sw. Triplaris brasiliana Cham. Veronia difusa Less. Virola oleifera (Schott) A.C. Smith Vitex montevidensis Cham. Xylopia aromatica Baill. Xylopia brasiliensis (L.) Spreng. Xylopia emarginata Mart. Zanthoxylum rhoifolium Lam. Zeyheria tuberculosa (Vell.) Burn.
limão bravo folha de serra benjoeiro, estoraque jerivá, coquinho babão caixeta
P (Si) P (Si) NP P (Si) P (Si) P (Si)
C A, B C C B, C A, B
ipê-tabaco
P (Si)
C
ipê-roxo ipê-amarelo-do-brejo pinha-do-brejo peito-de-pomba, pau-pombo pau-de-lança, amarelinho crindiúva, trema catiguá catiguá vermelho catiguá miúdo catiguá amarelo, baga-demorcego pau-formiga pau-de-fumo, vassourãopreto bicuíba tarumá primenteira, pindaíba pindaíba, asa-de-barata pindaíba-d'água mamica de porca ipê-felpudo, bolsa-de-pastor
P (Si) P (Si) NP P (Si) NP P NP NP NP
B, C A, B A A, B A, B C C C C
NP
B, C
P (Si)
B, C
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NP NP P (Si) NP P (Si) P (Si) P (Si)
B, C A, B C B, C A, B C C
Plantio: As capinas, no preparo do leito, do solo e no estabelecimento dos SAF's. devem ser feitas em faixas de 1 metro de largura. Deve-se carpir apenas para a retirada das gramíneas, rizomas, estolões, e ervas daninhas. Deve-se ter o cuidado de preservar toda a camada superficial, rica em matéria orgânica. Para o plantio das espécies arbóreas, deve-se fazer uma “farofa de sementes”, juntamente, com o solo retirado do próprio local, onde elas serão plantadas. A farofa deve ser previamente umedecida antes do plantio. O pool de sementes na farofa deve ser composto de, pelo menos, 30 a 35 espécies arbóreas, de todos os extratos, de forma que tenhamos um mínimo de 10 plantas arbóreas / metro quadrado, implantado As espécies cujas sementes apresentam dormência, devem ser tratadas antes de serem adicionadas à farofa. A farofa preparada, deve ser utilizada no mesmo dia, nunca devendo ser guardada, pois, o processo germinativo já se inicia, no momento do preparo. 1. Iniciar com áreas de 20 m X 20 m ou 30 m x 30 m, facilitando a instalação do SAF; 2. Para recuperar a área, degradadas ou em processo degradativo, planejada para iniciar com Sistemas Agroflorestais (SAF's), preparar a terra com leguminosas (mucuna, puerária, feijão de porco); 3. Observar muito bem os canais de comunicação. O que a natureza está mostrando para gente. Por que as formigas atacam uma planta e não a outra do lado? � � �
Abacaxí deve ser espaçado de 30cm X 120cm e as mudas devem ser padronizadas em torno de 30 cm de altura; A 30 cm de espaçamento da linha de abacaxi, planta-se a farofa de sementes arbóreas; Mudas de bananeiras devem ser plantadas a cada 3 ou 4 metros, plantando nanica e prata na mesma cova, com dimensões de 40 X 40 X 40 cm com esterco na cova – a banana nanica só fica no Sistema até o 4º ano, pois ela gosta mais de Sol. Quando aumenta o sombreamento, é a vez da banana prata prevalecer pois seu ciclo é mais longo, seu porte mais alto e tolera mais sombreamento.
Obs.: Na cova da bananeira pode-se plantar rabanete, couve, tomate rasteiro e abobrinha verde. O pseudocaule da bananeira é util para fertirrigação de fruteiras e arbóreas novas (Mo, Zn, K entre outros) além de servir de armadilha contra o moleque da bananeira. No corte deve se deixar uma bacia no pseudocaule, onde o moleque irá se instalar. Depois de uma touceira de bananeira manejada dessa forma, e decomposta, ela dará lugar ao plantio do Cacaueiro e ou do Cupuaçuzeiro. � � � � ➔
10 árvores / m² X % de germinação para se obter as 10 árvores / m² instaladas no sistema. Devem ter árvores/espécies vegetais de todos os extratos (emergente, alto, médio alto, médio, médio baixo, baixo e rasteiro); As espécies agrícolas devem ser plantadas no espaçamento convencional, exceto o milho por ser emergente (milho – 2m X 0,5m); O plantio por sementes evita capinas. Já o plantio por mudas é mais adequado para correção do Sistema Plantas indicadoras: bacabá e guapeva sob Pequizeiro
Obs.: O Jaracatiá pode ser usado no lugar do Guapuruvu, ambas são emergentes no sistema delas. Café, Ipê, Cedro Bananeira e Citrus são companheiras no sistema � Mandiocão – emergente, no pé do margaridão, no lugar do guapuruvu; � Jambo Vermelho – feijão, mandioca, abacaxi, cara – do – ar, rabanete, copaíba; � Feijão de porco com mandioca são companheiras, com o cuidado de plantar o feijão de porco no mínimo 3 – 4 meses após o plantio da mandioca; � Usar em áreas de Cerrado, com árvores velhas, o plantio do cara-do-ar (cara moela), com maracujá, com feijão bravo (acumulando P e N) – Canavália brasiliensis; � Sempre que fizer o manejo através da poda, deve ser mantido o formato natural da árvore, a arquitetura da planta; � Para o plantio de hortaliças, sob outras espécies, usar na cova 250 ml de esterco / composto; Obs. 2: Amaranthu pode ser usado e plantado na safrinha; Obs. 3: Plantar via sementes e não por mudas – as sementes já nascem mais adaptadas ao ambienta onde estão plantadas, enquanto as mudas, normalmente são tratadas super nutridas, quando são transferidas ao local definitivo sentem muito os efeitos adversos e as perdas são muitas; �
Obs. 4: Planta-se as manivas de mandioca inclinadas em 45º e as sementes de árvores do lado oposto onde serão as raízes da mandioca, sob a inclinação;
Plantas Companheiras, Complementares e suas Funções nos SAF's:
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Abacaxi, mandioca, margaridão, feijão, andú, cagaita, angico, soja, bananeira, piteira (capta água das chuvas, M.O e micorrizas), mucuna, paineira, bálsamo, ipê – São plantas companheiras em um sistema; Margaridão deve ficar sempre por baixo da mandioca; Acima da mandioca seria o mamão. Mucuna entra depois do 1º ano, para ela ter onde subir; Mandiocão – emergente, no pé do margaridão, no lugar do guapuruvu; Jambo Vermelho – feijão, mandioca, abacaxi, cara – do – ar, rabanete, copaíba; Jambo Branco pertence ao extrato médio; Cajueiro é emergente do sistema dele. Acerola sob um Cedro; Feijão de porco com mandioca são companheiras, com o cuidado de plantar o feijão de porco no mínimo 3 – 4 meses após o plantio da mandioca; Para o plantio de hortaliças, sob outras espécies, usar na cova 250 ml de esterco / composto; Desmódium e amendoim forrageiro – aceiro vivo contra fogo; Ora – pro – nobis – cerca viva; Usar em áreas de Cerrado, com árvores velhas, o plantio do cara-do-ar (cara moela), com maracujá, com feijão bravo (acumulando P e N) – Canavália brasiliensis; Embaúba – traz mais P para superfície dos solos - “bomba de P”; Mamona – traz mais Ca para superfície; Gliricídia – traz mais N para superfície; Margaridão – traz mais K para superfície; Bananeira – Enriquece com Mo, Zn; Mamão, mandioca, abacaxi – plantas companheiras;
Manejo de Agroflorestas: A colheita em si, já é uma das formas de manejo da área, além do que, deve sempre aproveitar as colheitas para se fazer o manejo – podas, plantios, enriquecimento do sistema com mais espécies, raleio, entre outras práticas. Muitas vezes, o insucesso de um sistema agroflorestal está, diretamente, ligado ao manejo, ou a falta dele. Um cafezal, um bananal, abandonado no meio à uma capoeira, não é um sistema agroflorestal. Manejo significa remover as plantas doentes, assim como as indesejáveis, como as gramíneas (capins e gramas) e ervas em floração, sem revolvimento do solo, deixando a matéria sobre o solo para mineralização. Também deve ser feito o enriquecimento, aí sim, através de mudas para correção do sistema, com espécies que irão trazer benefícios, para a sucessão natural, da agrofloresta e rendimentos econômicos. Podar as árvores e espécies que estejam provocando o sombreamento excessivo, deve-se observar o chamado “fechamento de teto”, quando as copas das árvores se fecham, de forma a não permitir a penetração da radiação solar suficiente e necessária a todos os estratos do sistema. Isto significa que está na hora de ser feita uma poda de abertura de luminosidade. Cada espécie tem suas características, e devemos conhecê-las, de maneira a fazer a prática certa no tempo certo. É fato, que a maior parte das espécies reage melhor às podas feitas no inverno, época que geralmente as espécies arbóreas estão em repouso vegetativo, porém, aconselha-se a não fazer podas superiores a 70 %, uma vez que, muitas espécies não as suportariam. De forma geral, para não errarmos deve se ter uma regra básica de podar em torno de 30% da copa, evitando assim, o risco de morte da planta. Existem espécies de grande valor madeireiro, que não devem ter seu ápice cortado, porém, os galhos podados para formação do fuste , devem ser cortados rentes ao tronco, para facilitar a cicatrização, evitar a entrada de doenças, a desvalorização e a possivel morte da planta.
Podas Essas operações dependem de diversos fatores e existem vários tipos de podas que diferem entre si quanto a: � Tipo de crescimento da planta; � Arquitetura do fuste; � Colheita dos frutos; � Rendimento econômico. Subdividem-se basicamente em: 1. Poda de Formação – Feita com a planta ainda jovem no intuito de conduzi-la na melhor conformação do caule possível, visando a formação do fuste de boa qualidade; 2. Poda de Limpeza ou de Rejuvenescimento – Feita com objetivo de eliminação de brotos e galhos ladrões, laterais e indesejáveis, galhos secos, velhos e mal formados; 3. Poda de Produção – Feita periodicamente em espécies perenes, com objetivo da aumentar a produtividade da planta e melhorando a qualidade dos frutos. Eliminando brotos ladrões e galhos improdutivos e que desviariam a energia da planta. �
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Importante: No manejo do SAF, todo material lenhoso oriundo das podas deve ficar em contato com o solo. Deve-se misturar materiais com tempo de decomposição diferente, nunca devendo abafar-se o colo da planta, deixar, pelo menos, uma distância de 5 a 6 cm do caule. Sempre que fizer o manejo através da poda, deve ser mantido o formato natural da árvore, a arquitetura da planta;
Desenho 4: Quando as copas se tocam e a incidência luminosa se reduz é o momento de ser realizada a poda de limpeza e rejuvenescimento, que favorecerá o crescimento de outras espécies nos estratos mais baixos;
Desenho 5: As podas devem ser realizadas de forma a ser respeitada a arquitetura da planta e nunca ultrapassar os 70% da copa das árvores;
Desenho 6: O aumento da incidência de radiação solar estimula o crescimento das espécies dos estratos inferiores.
Combate às pragas e doenças: Nos SAF's, o que chamamos de pragas, muitas das vezes nos ajudam a visualizar e a corrigir os problemas existentes no sistema. As pragas nos mostram e atacam uma planta que está em local inadequado, ou que já cumpriu sua função. Quanto às doenças, podem indicar a expressão de um sistema com quantidade insuficiente de espécies ou indicar que o sistema está desequilibrado, com sucessão mal sincronizada. Ocorrendo isto o sistema (SAF's) está nos indicando que necessita de reformas. ➔ ➔
Ao redor de um cupinzeiro deve ser plantado leucena, guandú, maracujazeiro, guapuruvu, copaíba – formando uma ilha, abafando e erradicando o cupinzeiro; Deve ser ocupada a área que era para a praga com margaridão (forrageira, melhora e condiciona o solo e abriga os inimigos naturais);
Reformas do Sistema: Quando o sistema começa a apresentar excesso de pragas e doenças, significa desequilíbrio ou erro sucessional. As reformas usuais são as podas seguidas de plantios de mudas e semeadura de espécies que exigem mais luz e nutrientes, como milho, abóbora e frutíferas. É o momento indicado para inclusão de novas espécies e ampliação da área do SAF. USO DE CALCÁRIO EM SAF Os calcários agrícolas, provenientes da rocha moída, são pouco dispendiosos, de manuseio relativamente simples e não deixam no solo resíduos que provocam impacto negativo. A eficácia do calcário moído no aumento do crescimento das plantas é incontestável, principalmente em solos ácidos, degradados e com excesso de alumínio. A reação do calcário no solo é lenta e permite um equilíbrio a longo prazo, ou seja, caso não ocorram perdas de cálcio e magnésio por erosão, por remoção pelas plantas e por lixiviação. Quando o SAF é bem conduzido, certamente, não haverá necessidade de outra operação de calagem. Os efeitos mais conhecidos da calagem são: Efeitos Químicos. O aumento de pH, com a redução dos íons hidrogênio e alumínio, levará a um aumento da assimilabilidade dos fosfatos e molibdatos, e a adição de cálcio e de magnésio aumentará a saturação de base. A calagem dos solos ácidos aumenta a absorção pelas plantas de molibdênio, fósforo, cálcio e magnésio, assim como reduz drasticamente as concentrações de ferro, de alumínio e de manganês que, sob condições de elevada acidez, poderiam atingir quantidades tóxicas. Efeitos Biológicos. A calagem estimula os organismos heterotróficos. O estímulo favorece não só a formação do humo mas também a eliminação de certos produtos orgânicos intermediários tóxicos às plantas. As bactérias que fixam o nitrogênio do ar,
quer as não simbióticas, quer as dos nódulos das leguminosas, são muito estimuladas pelas práticas de calagem. A proliferação, com sucesso, da maioria dos organismos do solo depende tão decididamente do calcário, que não será possível atividade biológica satisfatória quando os montantes de cálcio e de magnésio estiverem reduzidos. Efeitos Físicos. A gênese do humo, assim como sua persistência incrementam sobremodo a granulação. Sob este aspecto, deve ser lembrada a ação estimulante da calagem em plantas com raizame profundo, especialmente as leguminosas. Para os solos eutróficos, ricos em matéria orgânica e baixa saturação por alumínio, a calagem pode ser dispensada. Todavia, a maioria das áreas onde será realizado o SAF encontra-se degradada e deve receber a calagem. É importante observar se as características químicas do solo são adequadas para a implantação do SAF, principalmente em relação a acidez, teores de alumínio trocável e disponibilidade de cálcio e de magnésio, por meio da análise de solo. Quanto a acidez, o pH em água considerado agronomicamente bom para a maioria das plantas situa-se entre 5,5 e 6,0. Para os teores de alumínio trocável, considera-se nível baixo (adequado) aqueles até 0,5 mg/dm3. A tolerância das plantas varia em relação a saturação por alumínio (m), assim como a necessidade de cálcio e magnésio (Tabela X). A correção química do solo, com o uso adequado de calcário, estimula a atividade microbiana, melhora a fixação simbiótica de nitrogênio pelas leguminosas e promove o aumento da disponibilidade de nutrientes para as plantas, além de favorecer a elevação do teor de matéria orgânica do solo. A calagem é, então, prática fundamental para a melhoria do ambiente radicular das plantas e condição primária para o sucesso do SAF. É sempre bom lembrar que devido ao efeito residual do calcário no solo, o retorno do investimento com calagem é acumulativo. Tabela X – Valores máximos de saturação por alumínio tolerados por algumas plantas (mt) e valores de X para o método do Al e do Ca + Mg trocáveis adequados para estas plantas Plantas Adubos verdes Café Cana-de-açúcar Mandioca Seringueira Abacaxizeiro Bananeiras Abacateiro e Mangueira Gramíneas aromáticas Vetiver
mt (%) 20 25 30 30 25 15 10 10 25 10
X (cmolc/dm3) 2,0 3,5 3,5 1,0 1,0 2,0 3,0 2,5 1,5 2,5
Ornamentais arbóreas Ornamentais arbustivas Ornamentais herbáceas
15 10 10
2,0 2,0 2,5
Fonte: Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais, 5a. Aproximação. CFSEMG, Viçosa, 1999.
O Caso Específico das Espécies Nativas: 1. Nitrogênio: � � �
Nutriente de alta resposta Forma preferencial de absorção Rizóbio x N – mineral 2. Fósforo:
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Elevada resposta: preferencialmente as pioneiras Doses não muito elevadas Fonte fosfatada para espécies clímax (solúvel + liberação lenta) 3. Potássio:
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Pouca resposta Uso de formas não trocáveis 4. Enxofre:
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Algumas espécies: alta resposta (pau ferro, peroba rosa, cedro, pau jacaré, canafístula) Fonte nitrogenada (sulfato de amônio) e fosfatada (super simples) 5. Micronutrientes:
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Poucos estudos Falta de resposta
Recomendações: �
Calagem: solos com Ca < 0,5 cmolc /dm³ e m > 50%: Elevação de V para 50% (área total) + 100g de calcário dolomítico/cova por tonelada de calcário/ha. Ou 200 g calcário dolomítico/cova (correção na cova)
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Nitrogênio: 10 a 40 g de N por cova
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Potássio:
BAIXO 30
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TEOR DE K NO SOLO MÉDIO g K2O/COVA 20
ALTO 10
Fósforo:
Espécies Pioneiras/Secundárias Clímax
TEOR DE P NO SOLO Baixo Médio g P2O5/cova 30 20 40 30
Alto 10 10
Espécies Pioneiras: fonte de P solúvel Espécies Clímax: fonte de P solúvel + fonte de liberação mais lenta Adubação de cobertura: 30 gramas/cova de 20-0-20 parcelados aos 30, 60 e 90 dias após o plantio.
Lembretes, Notas e Informações Importantes:
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Embaúba – traz mais P para superfície dos solos, pela ciclagem de nutrientes – considerada uma “bomba de P”; Mamona – traz mais Ca para superfície; Gliricídia – traz mais N para superfície; Margaridão – traz mais K para superfície; Bananeira – Enriquece com Mo, Zn; Mamão, mandioca, abacaxi – plantas companheiras; Desmódium e amendoim forrageiro – aceiro vivo contra fogo; Ora – pro – nobis – cerca viva; Abacaxi, mandioca, margaridão, feijão, andú, cagaita, angico, soja, bananeira, piteira (capta água das chuvas, M.O e micorrizas),
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mucuna, paineira, bálsamo, ipê (plantas companheiras em um sistema), Margaridão deve ficar sempre por baixo da mandioca;
1- Iniciar com áreas de 20 m X 20 m ou 30 m x 30 m; 2-Para recuperar área degradada ou em processo de degradação através de SAFs, deve-se 1º implantar as leguminosas (mucuna, puerária, feijão de porco); 3-Observar muito bem os canais de comunicação. 4-O que a natureza está mostrando para gente. ➔
Por que as formigas atacam uma planta e não a outra do lado? Praga, o que é? Uma planta que indica, onde foi que eu errei. Se tem praga é porque eu deixei.
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Ocupa-se a área que era para a praga com margaridão (forrageira, melhora e condiciona o solo e abriga os inimigos naturais)
Observação 1-Acima da mandioca seria o mamão. 2-Mucuna entra depois do 1º ano, para ela ter onde subir; 3- Amaranthu pode ser usado e plantado na safrinha; 4- Plantar via sementes e não por mudas, pois, as sementes já nascem mais adaptadas ao ambiente onde foram semeadas, enquanto que as mudas, normalmente, estão super nutridas, quando são transferidas para o local definitivo sentem muito os efeitos adversos e as perdas acontecem.; 5: Planta-se as manivas de mandioca inclinadas em 45º e as sementes de árvores do lado oposto onde serão as raízes da mandioca, sob a inclinação; ➔
Cajueiro é emergente do sistema dele. Acerola sob um Cedro;
A colheita em si já é uma das formas de manejo da área, além de que deve sempre aproveitar as colheitas para se fazer o manejo – podas, plantios, enriquecimento do sistema com mais espécies, raleio entre outras; � Pau – balsa – R$400,00 / m³ – parece com a Teca; � Jambo Branco pertence ao extrato médio; No manejo, todo material lenhoso, oriundo das podas, deve ficar por baixo, em contato com o solo. Deve-se misturar materiais com tempo de decomposição diferente. Nunca
devendo se abafar o pé de nenhuma planta, deixar pelo menos uma distância de 5 a 6 cm de distância do caule. Ao redor de um cupinzeiro planta-se leucena, guandú, maracujazeiro, guapuruvu, copaíba – formando uma ilha e erradicando o cupinzeiro. � Mandiocão – emergente, no pé do margaridão, no lugar do guapuruvu; � Jambo Vermelho – feijão, mandioca, abacaxi, cara – do – ar, rabanete, copaíba; � Feijão de porco com mandioca são companheiras, com o cuidado de plantar o feijão de porco no mínimo 3 – 4 meses após o plantio da mandioca; � Usar em áreas de Cerrado, com árvores velhas, o plantio do cara-do-ar (cara moela), com maracujá, com feijão bravo (acumulando P e N) – Canavália brasiliensis; � Sempre que fizer o manejo através da poda, deve ser mantido o formato natural da árvore, a arquitetura da planta; � Para o plantio de hortaliças, sob outras espécies, usar na cova 250 ml de esterco / composto; As capinas devem ser feitas em faixas de 1 metro de largura, para o estabelecimento e preparo do leito, do solo, para instalação dos SAF's. Para o plantio das espécies arbóreas, deve-se fazer uma farofa de sementes, cujo solo dessa farofa deve ser do próprio local onde serão plantadas e essa farofa deve ser previamente umidecida antes do plantio. Devem ter pelo menos 30 – 35 espécies no pool de sementes arbóreas / farofa, de todos os extratos, de forma que tenhamos um mínimo de 10 arbóreas / metro quadrado constituído. As espécies que as sementes apresentam dormência, devem ser tratadas antes de serem adicionadas à farofa. A farofa, assim que preparada, deve ser utilizada no mesmo dia, nunca devendo ser guardada, pois a processo germinativo já se inicia.
Abacaxí deve ser espaçado de 30cm X 120cm e as mudas devem ser padronizadas em torno de 30 cm de altura; � A 30 cm de espaçamento da linha de abacaxi, planta-se a farofa de sementes arbóreas; � Mudas de bananeiras devem ser plantadas a cada 4 metros, plantando nanica e prata na mesma cova, com dimensões de 40 X 40 X 40 cm com esterco na cova – a banana nanica só fica no Sistema até o 4º ano, pois ela gosta mais de Sol. Quando aumenta o sombreamento, é a vez da banana prata prevalecer pois seu ciclo é mais longo, seu porte mais alto e tolera mais sombreamento. Obs.: Na cova da bananeira pode-se plantar rabanete, couve, tomate rasteiro e abobrinha verde. �
O pseudocaule da bananeira é util para fertirrigação de fruteiras e arbóreas novas (Mo,
Zn, K entre outros) além de servir de armadilha contra o moleque da bananeira. No corte deve se deixar uma bacia no pseudocaule, onde o moleque irá se instalar. Depois de uma touceira de bananeira manejada dessa forma, e decomposta, ela dará lugar ao plantio do Cacaueiro e ou do Cupuaçuzeiro. �
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10 árvores / m² X % de germinação para se obter as 10 árvores / m² instaladas no sistema. Devem ter árvores/espécies vegetais de todos os extratos (emergente, alto, médio alto, médio, médio baixo, baixo e rasteiro); As espécies agrícolas devem ser plantadas no espaçamento convencional, exceto o milho por ser emergente (milho – 2m X 0,5m); O plantio por sementes evita capinas. Já o plantio por mudas é mais adequado para correção do Sistema Plantas indicadoras: bacabá e guapeva sob Pequizeiro
Obs.: O Jaracatiá pode ser usado no lugar do Guapuruvu, ambas são emergentes no sistema delas. �
Café, Ipê, Cedro Bananeira e Citrus são companheiras no sistema
Glossário: Relações interespecíficas harmônicas Simbiose ou mutualismo A simbiose ou mutualismo é uma relação entre indivíduos de espécies diferentes, onde as duas espécies envolvidas são beneficiadas e a associação é obrigatória para a sobrevivência de ambas. Protocooperação Na protocooperação, embora as duas espécies envolvidas sejam beneficiadas, elas podem viver de modo independente, sem que isso as prejudique. Inquilinismo ou epibiose O inquilinismo é um tipo de associação em que apenas um dos participantes se beneficia, sem, no entanto, causar qualquer prejuízo ao outro. Comensalismo O comensalismo é um tipo de associação entre indivíduos onde um deles se aproveita dos restos alimentares do outro sem prejudicá-lo. O ser vivo que se aproveita dos restos alimentares é denominado comensal , enquanto que o ser vivo que lhe proporciona esse alimento fácil é denominado anfitrião . Relações interespecíficas desarmônicas Amensalismo ou antibiose O amensalismo ou antibiose consiste numa relação desarmônica em que indivíduos de uma população secretam ou expelem substâncias que inibem ou impedem o desenvolvimento de indivíduos de populações de outras espécies. Predatismo Predatismo ou predação é uma relação desarmônica em que um ser vivo, o predador captura e mata um outro ser vivo, a presa, com o fim de se alimentar com a carne dele. Geralmente é uma relação interespecífica ou seja uma relação que ocorre entre espécies diferentes. Mimetismo consiste na presença, por parte de determinados organismos denominados mímicos, de características que os confundem com um outro grupo de organismos, os modelos. Essa semelhança pode se dar principalmente no padrão de coloração, textura, forma do corpo, comportamento e características químicas, e deve conferir ao mímico uma vantagem adaptativa . Mimetismo defensivo - Tem como alvo os predadores do mímico. Quando um organismo (perigoso ou não) mimetiza outro organismo perigoso. Como o mimetismo batesiano, onde uma espécie inofensiva mimetiza uma espécie perigosa. Mimetismo agressivo - Tem como alvo a presa do mímico. Organismos perigosos
que se imitam situações inofensivas, como as aranhas do gênero Myrmarachne, Família Salticidae, que se disfarçam de formigas. Mimetismo reprodutivo - Muito comum em plantas, que mimetizam a fêmea de algumas espécies de inseto e se beneficiam da tentativa de cópula do macho para sua polinização.
A camuflagem é o conjunto de técnicas e métodos que permitem a um dado organismo ou objeto permanecer indistinto do ambiente que o cerca. Têm-se como exemplos desde as cores amadeiradas do bicho-pau até as manchas verdes-marrons nos uniformes dos soldados modernos. Aposematismo Animais não-palatatáveis, tóxicos ou venenosos frequentemente anunciam sua impalatabilidade através de coloração de alerta, conhecida como coloração aposemática.
Canibalismo Canibalismo é uma relação de predatismo intra-específico em que seres de uma mesma espécie comem outros seres da sua própria espécie.
Herbivoria Herbivoria é uma relação desarmônica entre um consumidor primário e um produtor. Ocorre quando esse consumidor primário, herbívoro, alimenta-se do produtor Planta. Pode-se dar como exemplo qualquer consumidor primário que come a planta.
Parasitismo Parasitismo é uma relação desarmônica entre seres de espécies diferentes, em que um deles é o parasita que vive dentro ou sobre o corpo do outro que é designado hospedeiro, do qual retira alimentos.
Sinfilia ou esclavagismo Esclavagismo é um tipo de relação ecológica entre seres vivos onde um ser vivo se aproveita das atividades, do trabalho ou de produtos produzidos por outros seres vivos.
Competição A competição interespecífica é uma relação de competição entre indivíduos de espécies diferentes, que concorrem pelos mesmos fatores do ambiente, fatores existentes em quantidades limitadas. A competição intra-específica é uma relação de competição entre indivíduos da mesma espécie, que concorrem pelos mesmos fatores do ambiente, que existem em quantidade