Nas ult ltim ima as déc éca adas é notável um aumento cres esccente na popularidade popula ridade do univers universo o das lutas, seja por meio do aumen aumento to exponencial exponencial de expectadores das lutas de MMA (mixed martial arts) seja pela divulgação de flmes do gênero de artes marciais ue vem crescendo desde a década de !"# $ tam%ém percept&vel o aumento das pu%licaç'es acadêmicas no campo das artes marciais e esportes de com%ate termo campo pode ser inicialmente defnido com um universo relativamente aut*nomo de relaç'es espec&fcas+ -./01 (23435 67,66)# 1xiste uma imensa multiplicidade de campos e mesmo assim, ainda possuem propriedades em comum, podemos di8er ue o campo das artes marciais é 9ormado entre as tradiç'es seculares das artes marciais e suas flosofas ue tenta manter sua :egemonia e legi le giti tima mada dade de co cont ntra ra as lu luta tass es espo port rtiv ivas as co com m su suas as reg egra rass e ev even ento toss espetaculari8ados# $ di9&cil perce%er essa lin:a de disputa entre esses dois pilares, de uma lado temos uma prática corporal em%asada em religio'es e preceitos advindos do outro lado do mundo, do outro temos essas mesmas práticas associ ass ociada adass aos val valore oress oci ociden dentai taiss de nos nossa sa soc socieda iedade# de# ;e por um lado temos um
s tradiç tradiç'es 'es antigas# antiga s# Não é incomu incomum m essas 9acetas de uma mesma prática se mescl mesclar ar a outra, ou dar origem a novas práticas# pr pres esen ente te art artigo igo vis visa a di disc scut utir ir a es espo poti tivi vi8a 8açã ção o de um uma a pr prát ática ica comumente cun:ada como artes marciais além de apontar a distinção das práticas tradicionais dauelas ue se adeuaram aos moldes esportivos# 1sporte ?omecemos ?omece mos pri primeir meirame amente nte apr aprese esenta ntando ndo o ue o pr prese esente nte aut autor or cons co nsid idera era as lu luta tass de desp spor orti tivi8 vi8ad adas as,, vis visto to u ue e ta tais is co conce nceit itos os par parec ecem em ne%ulosos a primeira vista# @rimeiramente se 9a8 necessário entender ue as antigas práticas de luta antigamente, no caso as de origem japonesa, estavam sujeitas a uma lgi l gica ca %é %éli lica ca## Bod odo o e u ual alu uer er ap apri rimo mora rame ment nto o se seja ja na nass té técn cnic icas as de manuseio de armas, com%ate corporal ou ainda manu9atura de produtos era 9eito para a guerra e durante a guerra# No livro a :istria do Capão de Damas:iro D amas:iro (2347) o autor nos tra8 uma clara explicação da situação do Capão até meados do século 27# desenvolvimento do territrio japonês conv co nver ergi giu u pa para ra un unid idad ades es po pol& l&ti tica cass di disp sper ersa sass no 9o 9orrma mato to de 9e 9eud udos os,, govern gov ernado adoss por sen sen:or :ores es 9eud 9eudais ais c:a c:amad mados os de daE daEmios mios,, sen sendo do com comum um disputas de territrios entre tais 9eudos# ?om essas disputas as técnicas ue circundavam a guerra 9oram importadas, desenvolvidas, criadas e recriadas
a ponto de uma casta guerreiro ter destaue especial na :istria do povo japonês5 os samurais# ?om os samurais será o aprimoramento do s&m%olo do povo japonês, a
?orrentes flosfcas 9alar das correntes flosofcas#
?aracteristicas do esportes
conclusao# ;egundo Mona:an (J""!), as artes marciais utili8am dinamicamente vários testes de si mesmo, através de um sistema de acertos e erros, e sempre prop'e ao artista
alcançar o princ&pio de ser o ue é+# -m aluno praticante não deve ser considerado um artista marcial no sentido estrito de possuir um status ou uma graduaçãoK ele o é, apenas uando estuda seus princ&pios 9undamentais e procura sempre se tornar mel:or do ue antes era, tanto em sentido de técnica de luta uanto em crescimento pessoal, a9etivo e social#
Mas o ue consideramos aspectos 9undamentais das artes marciaisL $ ai ue começam as divergências de argumentos, aos ue consideram práticas esportivas como sin*nimos de artes marciais podemos considerar a técnica de com%ate ou a estratégia de vitria como o princ&pio 9undamental
As artes marciais tem sua legitimidade em relação ao passado e suas tradiç'es, sendo ue o campo de discussão sempre se citua entre a oposição da tradição contra o moderno#
Entre outras diferenças das práticas marciais japonesas que vieram para o Brasil e o que aqui foi desenvolvido é o caso da presença de certa religiosidade e espiritualidade no escopo delas lá no Japão. No Brasil, as práticas deslocam-se para um lado mais casual! "talve# menos doutrinário$, como uma forma de la#er, ou ainda, como procedimento o%rigat&rio para o%tenção de sa'de. No Japão, as práticas eram preenc(idas por um conjunto de valores inerentes ) cultura japonesa oficial, que fa#iam refer*ncia ) religiosidade e )s crenças, algo que seria praticamente imposs+vel recriar no Brasil. pensamento Zen permeia muitas práticas dentro da cultura japonesa!, desde o ikkebana
"arranjos florais$, shodô "escrita$ até as técnicas com espada e de com%ate
corporal. Zen é constru+do com %ase em quatro pilares t+picos do desenvolvimento da cultura japonesa! e dificilmente encontrados em outras partes do mundo. primeiro pilar é o Xintoísmo, religião que segundo ugai "///$ é antes de qualquer influ*ncia o componente %ásico! de toda a cultura japonesa. 0odemos di#er que o Xintoísmo e suas
práticas
são
derivados
"e
tam%ém
incorporam$
tradiç1es
pré-(ist&ricas.
2aracteri#ar+amos o Xintoísmo pelo culto ) nature#a, ao polite+smo e ao animismo, ao culto os ancestrais e ) pure#a espiritual. 3inda (á o Budismo, o 2onfucionismo e o 4ao+smo como formadores do pensamento m+stico Zen. 2om a adoção de tais doutrinas a%stratas, as artes marciais passam a ser encaradas não s& como uma forma de com%ate, mas tam%ém uma forma de crescimento espiritual. 4emos que considerar que os conceitos-c(ave do 4ao+smo, do 5intoismo, do Budismo e do 2onfucionismo são conceitos comple6os do ponto de vista ocidental!, mas já estavam presentes na sociedade japonesa desde tempos mais remotos de suas origens.