Injetor de sinais com o 555 (INS136)
Detalhes Escrito por Newton C Braga Descrevemos a montagem de um injetor de sinais sofis ticado que, diferentemente dos injetores comuns tem controle de freqüência, duas faixas de operação e ainda um controle da intensidade ou nível do sinal de saída. Utilizando como base o conhecido circuito integrado 555 este circuito pode ser considerado como um intermediário entre um injetor de sinais comum e um verdadeiro gerador de áudio ou de sinais. Não existem limites para o que se pode fazer com um circuito integrado 555 e, levando em conta seu baixo custo, a elaboração de projetos simples, porém úteis, pode significar muito para os leitores de todos os tipos, principalmente os que estão em busca de um projeto para a bancada ou um instrumento de trabalho. trabalho. O que descrevemos neste artigo é um instrumento instr umento de prova para a bancada, um injetor de sinais com diversos controles e que pode ser vir para o teste de circuitos circuit os de áudio e de RF de diversos tipos de aparelhos como rádios, amplificadores multimídia, televisores, equipamentos de som, etc. O circuito é alimentado por 4 pilhas comuns e bastante compacto com um baixo consumo de energia. Se o leitor não tem ainda nenhum instrumento de prova na sua bancada além do multímetro, sem dúvida, um próximo passo importante para equipar seu laboratório de eletrônica será a montagem deste injetor.
CARACTERÍSTICAS * Tensão de alimentação: 6 V * Corrente drenada: 10 a 20 mA * Faixa de freqüências fundamentais: 200 a 20 000 Hz * Limite superior das harmônicas utilizáveis: 40 a 50 MHz * Intensidade do sinal de saída: 6 Vpp * Forma de onda do sinal gerado: retangular
COMO FUNCIONA
Mais uma vez aproveitamos num projeto a configuração astável do conhecido circuito integrado 555. Nesta configuração ele funciona como um oscilador cuja freqüência é determinada por P1, R1, R2, C2 e C3. No nosso caso, de modo a aumentar a versatilidade do projeto, além de podermos variar a freqüência numa taxa de aproximadamente 10:1 através do potenciômetro P1, também podemos colocar no circuito duas capacitâncias diferentes. A primeira corresponde a C3 sozinho quando S1 está aberta. Nestas condições o circuito pode gerar sinais de aproximadamente 2 000 Hz a 20 000 Hz. Fechando S1, colocamos C2 no circuito e a nova faixa de operação passa a ser de 200 a 2 000 Hz. O sinal gerado é retirado do pino 3 do circuito integrado e aplic ado ao potenciômetro P2 que funciona como um divisor de tensão. Este sinal é retangular e tem intensidade máxima com amplitude próxima da tensão de alimentação. O resistor R3 limita a corrente de saída caso ocorra um circuito-circuito na saída do sinal. Para aplicar o sinal nos aparelhos analisados usamos uma ponta de prova conectada em S e um fio, com uma garra jacaré conectada no ponto T. A garra ir ao terra do aparelho analisado e tocando com a ponta na entrada de cada etapa do aparelho deve ocorrer a reprodução do tom ajustado em P1 e com nível dado pela posição de R2. Na etapa em que não ocorrer a reprodução estará o defeito que então deve ser procurado com o multímetro, testando-se os principais componentes.
MONTAGEM Na figura 1 temos o diagrama completo do Injetor de Sinais.
Diagrama elétrico do injetor de sinais.
Os principais componentes podem ser montados numa pequena placa de circuito impresso com a disposição mostrada na figura 2.
Montagem do injetor em placa de circuito impresso.
Para o circuito integrado sugerimos a utilização de um soquete DIL de 8 pinos que evitar o excesso de calor no processo de soldagem e ainda facilitar a substituição do componente em caso de necessidade. Os resistores são de 1/4 W ou maiores e os capacitores são todos cerâmicos ou de poliéster exceto C1 que é um eletrolítico de 6 V ou mais. O LED que indica que o aparelho está ligado é opcional e como alimenta ção podem ser utilizadas 4 pilhas pequenas instaladas em suporte apropriado. P1 e P2 são potenciômetros comuns. P2 pode incorporar o interruptor S2 que liga e desliga o aparelho. S1 e um interruptor simples que coloca no circuito o capacit or C2. Na figura 3 temos uma sugestão de caixa, observando-se o cabo de saída com a ponta e a garra jacaré que são conectadas ao jaque P2.
Caixa para o injetor de sinais.
PROVA E USO Para provar o aparelho, basta ligar sua saída na entrada de qualquer amplificador, um transdutor piezoelétrico ou ainda ou transdutor de alta impedância.
Deve ocorrer a reprodução do som com volume e freqüências que podem ser al terados em P1 e P2 e também S1. Comprovado o funcionamento, a utilização depende do aparelho analisado. Por diversas vezes nesta revista demos artigos em que ensinamos como usar o injetor de sinais na reparação de equipamentos comuns.
Semicondutores: CI-1 - 555 - circuito integrado, timer LED1, LED2 - LEDs vermelhos comuns
Resistor: (1/4 W, 5%) R1, R2 - 10 k? - marrom, preto, laranja R3 - 1 k? - marrom, preto, vermelho P1 - 1 M? - potenciômetro P2 - 10 k? - potenciômetro
Capacitores: C1 - 100 µF/6 V - eletrolítico C2 - 220 nF - cerâmico ou poliéster C3 - 47 nF - cerâmico ou poliéster C4 - 10 nF - cerâmico ou poliéster
Diversos: S1 - Interruptor simples S2 - Interruptor simples (incorporado a S1)
B1 - 6 V - 4 pilhas pequenas
Placa de circuito impresso, soquete para o circuito integrado de 8 pinos, suporte de pilhas, caixa para montagem, botões para os potenciômetros, cabo com ponta de prova e garra jacaré, terminais de saída ou jaque, fios, solda, etc.