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Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado ao Instituto Humanitatis como requisito para obtenção de certificado em Psicologia Transpessoal. Grupo Amaranthus - Phoenix Vinhedo/SP – 2012
INSTITUTO HUMANITATIS PSICOLOGIA TRANSPESSOAL
Elzimar Scalise Elisete Bissiato Marta Santiciolli Juliana Gameleira Curi Adilson Yamashita Lopes Joanete Mariano Rosa
MANDALA – USO TERAPÊUTICO
Vinhedo / SP
2012
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AGRADECIMENTOS
Agradecemos a Deus pelo chamado e acolhimento ao curso de Psicologia Transpessoal e a oportunidade de nos encontrarmos encontrarmos neste planeta Terra, para mais uma vez termos a certeza de que “Nenhum de nós é tão bom quanto todos nós juntos”.
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ÍNDICE Introdução
4
O Uso de Mandalas na Psicologia Analítica
6
Arteterapia
9
Função do Terapeuta
10
A Psicologia Transpessoal e as Mandalas
11
O que são Mandalas?
12
Tipos de Mandalas
13
Como Usar as Mandalas
14
Para que servem as Mandalas
15
Elementos da Mandala
16
Mandalas – Uso Terapêutico
18
Mandala – Caminho para a Cura _______________________________ _______________________________ 19 Bases Terapêuticas
20
Função Terapêutica das Mandalas
23
Técnicas Terapêuticas das Mandalas
24
Atividade Proposta – Vivência com Mandalas _____________________ 26 Anexos: Anexo I – Mandala Pessoal
28
Anexo II – Mandalas e os Chakras
29
Anexo III – O Uso de Mandalas no Budismo Tibetano _______________ 31 Anexo IV – Autoras: Nise da Silveira
34
Celina Fioravanti
36
Considerações Finais
37
Referências Bibliográficas
39
Fontes da Internet
40
Capa – Mandala Talismânica Nome Amaranthus
41
Contra capa – Foto do Grupo Amaranthus
43
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MANDALA – USO TERAPÊUTICO INTRODUÇÃO
“A expansão da consciência é a realização mais importante para toda a humanidade, neste momento de nossa evolução. Se tomamos uma atitude expansiva é porque queremos expandir a nossa consciência para percebermos a totalidade das questões e dos assuntos que nos dizem respeito e nos afetam... A atitude expansiva nos faz progredir e abraçar com desenvoltura todas as possibilidades ao nosso alcance... Faça coisas que podem te dar desenvoltura: dance, pinte, cante, escreva, faça o que expande seu contato com a Alma”. (Sônia Café - O Livro das Atitudes II – pág.63) E na busca do autoconhecimento, da expansão da consciência, fomos buscar na pintura de Mandalas o contato com nossa Alma. Com nossa Essência Divina.
A palavra MANDALA vem do sânscrito de origem hindu, e quer dizer "círculo mágico”, um círculo de energia. Ela é constituída por desenhos geométricos basicamente círculos, quadrados e triângulos - que se entrelaçando uns aos outros e/ou a imagens simbólicas formam um grande círculo contendo várias imagens significativas. A Mandala é a expressão visual do retorno à Unidade pela delimitação de um espaço - o espaço dentro do círculo - símbolo do "espaço sagrado". Este espaço então é preenchido com várias imagens representativas das mais variadas ligações simbólicas, resultando numa representação gráfica da relação dinâmica entre o Homem e o Cosmo. Desde os tempos mais remotos até os dias de hoje as Mandalas são usadas como focos de meditação, para atrair abundância material e sorte nos negócios, para amenizar as dificuldades, para captar energia, harmonizar o ambiente e transformar vibrações negativas em positivas. � ������� � ��� ����������� ���������� ������������ � ��� ����
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Este trabalho tem por objetivo o conhecimento da utilização da mandala como uso terapêutico e, consequentemente, como instrumento de cura. Enfoca a confecção e pinturas de mandalas como um recurso arteterapêutico que auxilia o homem no processo de autoconhecimento, equilibrando as emoções, proporcionando efeitos curativos no nível físico, mental e espiritual. Jung descobriu o poder curativo dos símbolos e das imagens arquetípicas em sua própria experiência e em sua clínica, ao atender seus clientes. De acordo com Raíssa Cavalcanti, ele entendeu “... que o ego tem... necessidades muito fortes de segurança, de estabilidade, de autoafirmação, etc... provenientes dos sentimentos de fragilidade e de inferioridade...” e, que, “... o ego cria o seu próprio mundo, mas é um mundo ameaçador, inseguro e imperfeito, do qual precisa defender-se constantemente...” “As imagens sagradas presentes nas mais diversas mitologias, constituem o patrimônio da humanidade e estão armazenadas no inconsciente coletivo. Jung acreditava que essas imagens fazem parte da alma do homem e possuem um grande poder transformador e renovador...” (O Retorno do Sagrado – pág. 151). “As Mandalas são desenhos mágicos, que exploram não somente a criatividade como também auxiliam a organizar o interior de quem faz, com dedicação e perseverança...”, ou seja, desenhar ou somente pintar uma mandala, desenvolve nossa concentração além de prevenir o estresse, permitindo assim uma maior organização da vida psíquica, trazendo consequentemente maior harmonia, calma e equilíbrio para nossas atividades diárias.
O trabalho com as mandalas, além de possibilitar o autoconhecimento e a conquista da unidade interior e exterior, também nos ajuda a aumentar a percepção e a intuição e nos traz a certeza de que “mexe” com nossas emoções e com nosso inconsciente, fazendo com que sejamos mais criativos e individualmente mais livres, uma vez que nos ajuda a entrar em sintonia com nosso potencial interior aceitando e enriquecendo nosso imaginário. Portanto, “... toda busca para compreender o caminho da espiritualidade, para transcender o raciocínio lógico e deixar desabrochar o conhecimento intuitivo, seja através da simbologia, da arte ou da religião, é uma tentativa de buscar a cura e a perfeição. Dessa forma, a confecção de mandalas como um recurso favorável na mudança da energia da psique e no equilíbrio das emoções... pode levar ao encontro com os mistérios da alma e à busca do autoconhecimento...” (Rosângela Pellosi de Freitas – Faculdade FIZO, SP – 2007).
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O USO DE MANDALAS NA PSICOLOGIA ANALÍTICA DE JUNG
Carl Gustav Jung (1875-1961) psiquiatra suíço, e fundador da Psicologia Analítica , também conhecida como Psicologia Junguiana ou Psicologia Complexa , quando conheceu a obra de Freud, identificou-se com grande parte de suas idéias. Ao se conhecerem, a admiração foi mútua, pois Freud rapidamente recebeu o jovem como seu colaborador e um dos defensores de suas idéias. Corresponderam-se durante alguns anos, mas a parceria durou pouco, pois Jung mostrava-se insatisfeito com algumas das posições de Freud, especialmente a teoria da libido e sua relação com os traumas. Dessa forma, a Psicologia Analítica foi desenvolvida com base na experiência psiquiátrica de Jung, nos estudo de Freud e nas suas correspondências, no amplo conhecimento que Jung tinha das tradições da alquimia, da mitologia e do estudo comparado da história das religiões, e as quais ele veio a compreender como autorepresentações de processos psíquicos inconscientes. Mas ao contrário de Freud, Jung via o inconsciente não apenas como um repositório das memórias e das pulsões reprimidas, mas também como um sistema, vivo em constante atividade, passado de geração em geração, contendo todo o esquecido e também neoformações criativas organizadas segundo funções coletivas e herdadas. O inconsciente coletivo que propõe não é composto por memórias herdadas, mas sim por pré-disposições funcionais de organização do psiquismo. Jung criou além de inconsciente coletivo, outros conceitos, como Anima, Animus, Persona, Sombra, Self (ou Si-Mesmo), Sincronicidade, e Individuação. Foi na Individuação que ele obteve ajuda criando mandalas. manda = essência + la = conteúdo, ou seja, “o que contém a essência” o “o círculo da essência”. Para Jung “A palavra sânscrita mandala significa “círculo” no sentido habitual da palavra”. No âmbito dos costumes religiosos e da Psicologia, designa � ������� � ��� ����������� ���������� ������������ � ��� ����
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imagens circulares que são desenhadas, pintadas, configuradas plasticamente, ou dançadas. A mandala, uma tradição oriental, foi introduzida na psicologia por C. G. Jung através de suas pesquisas sobre seu simbolismo, o que também contribuiu para torná-las acessíveis ao público em geral. Foi quando se identificou uma relação entre o material espontâneo dos sonhos dos indivíduos que atravessavam crises interiores e os estranhos símbolos encontrados nos desenhos mandálicos. O tema mandala é observado nas obras básicas e complementares de Jung. Nesse sentido, ele recorreu à imagem da mandala para designar uma representação simbólica da psique, cuja essência nos é desconhecida. Jung e seus discípulos verificaram que as imagens são utilizadas para consolidar o ser interior ou para favorecer a meditação em profundidade. Explicam que a contemplação de uma mandala pode inspirar a serenidade e ajudar a reencontrar um sentido e ordem na vida. Verificaram que a mandala produz o mesmo efeito quando aparece espontaneamente nos sonhos do homem contemporâneo que ignora essas tradições religiosas orientais. Jung verifica então, que a mandala possui dupla eficácia: conservar a ordem psíquica, se ela já existe; ou restabelecê-la, se ela desapareceu. Neste último caso, exerce uma função estimulante e criadora. Vários autores, entre eles Jung, Chevalier e Gheerbrant, Samuels, Shorter e Plaut, oferecem-nos auxílio para a compreensão da conceituação da mandala, que pode ser compreendida como círculo mágico, símbolo do centro, da meta e do si-mesmo, enquanto totalidade psíquica, de centralização da personalidade e produção de um centro novo nela. Diz Jung: "... as mandalas não provêm dos sonhos, mas da imaginação ativa... As melhores e mais significativas são encontradas no âmbito do budismo tibetano... Uma mandala deste tipo é assim chamada ´yantra´, de uso ritual, instrumento de contemplação. Ela ajuda a concentração, diminuindo o campo psíquico circular da visão, restringindo-o até o centro." (Jung, C. G., 2002, p. 352). E prossegue dizendo: "Este centro não pensando como sendo o `eu´, mas se assim se pode dizer, como o ´si mesmo´. Embora o centro represente, por um lado, um ponto mais interior, a ele pertence também, por outro lado, uma periferia ou área circundante, que contém tudo quanto pertence a si mesmo, isto é, os pares de opostos, que constituem o todo da personalidade.”.
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E é nesse contexto que Jung, na obra citada, verifica que o centro, primeiramente, pertence à consciência, depois, ao assim chamado inconsciente pessoal e, finalmente, a um segmento de tamanho indefinido chamado inconsciente coletivo, cujos arquétipos são comuns a toda humanidade. Jung utilizou as mandalas como instrumento conceitual para analisar e assentar as bases sobre as estruturas arquetípicas da psique humana. Ele considerava que o comportamento humano se molda de acordo com duas estruturas básicas da consciência: a individual e a coletiva. A primeira se aprenderia durante a vida em particular; a segunda se herdaria de geração em geração. De outro lado, como fenômeno psicológico, aparece de maneira espontânea em sonhos e em certos estados conflitivos e até psicóticos. A ocorrência espontânea em indivíduos permite à investigação psicológica um estudo mais aprofundado de seu sentido funcional. Jung ainda sinaliza que a mandala pode aparecer em estados de dissociação psíquica ou de desorientação. E que, quando existe um estado psíquico de desorientação, devido à irrupção de conteúdos incompreensíveis do inconsciente, observa-se tal imagem circular, a qual compensa a desordem e a perturbação do estado psíquico: “Trata-se evidentemente, de uma ‘tentativa de auto cura da natureza’” (Jung, 2002, p. 385). Jung aplicou este método em sua própria vida e silenciou sobre o resultado de suas pesquisas consigo mesmo e com seus pacientes durante treze anos e pode constatar que é possível pintar quadros extremamente complexos, cujo verdadeiro conteúdo nos é totalmente desconhecido. Afirma que enquanto se pinta o quadro se desenvolve por ele mesmo, às vezes até contrariando a � ������� � ��� ����������� ���������� ������������ � ��� ����
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intenção consciente. Começou a utilizar o método da imaginação ativa, a partir de 1916, mas só em 1928, em As relações entre o eu e o inconsciente, foi que o delineou. Para provar que as mandalas surgem espontaneamente e não por sua sugestão de sua própria fantasia, somente em 1929, pela primeira vez, mencionou as mandalas em um comentário que chamou de O Segredo da Flor de Ouro. Por isto, a psicóloga Radmila Moacanin (1999, p. 30) explicita que: “Jung observou que as mandalas surgem espontaneamente quando a psique está em processo de reintegração, em seguida a momentos de desorientação psíquica, como fator compensador da desordem. Portanto, Jung entende a mandala como uma tentativa de auto cura, inconsciente, a partir de um impulso instintivo, no qual o “molde rigoroso” imposto pela imagem circular com um ponto central compensa a desordem do estado psíquico”. Conclui a autora que: “... a mandala é um arquétipo da ordem, da integração e da plenitude psíquica, surgindo como esforço natural de auto cura”. Dentre os arquétipos, o mais importante é justamente aquele que Jung chamou de Self ou Si Mesmo. O Self expressa à totalidade do homem e aparece sob diferentes aspectos, um dos quais é a mandala. A propósito, recordemos, que Jung adotou a expressão mandala para descrever desenhos circulares que fazia com seus pacientes, associando a mandala com o Self, o centro da personalidade como um todo. Neste contexto, a Arteterapeuta Suzanne F. Fincher (1998, p. 26) afirma que Jung, em suas pesquisas, mostrava o impulso natural para vivenciar o potencial humano e realizar o padrão da personalidade genuína. Por essa razão, Jung chamava esse impulso natural de “Individuação”.
ARTETERAPIA .Arteterapia é o uso da arte como terapia, e consiste em um elemento terapêutico que facilita o acesso a todos os sentidos do ser humano dentro de diferentes níveis de consciência. Estimula a expressividade, espontaneidade, comunicação e principalmente o trabalho com potencial humano de criatividade. A Arteterapia propicia um canal de comunicação, claro e seguro que possibilita identificar os sentimentos, os bloqueios, melhorar a autoestima, resgatar confiança e ajudar nos processos de transformação das pessoas. Tem finalidade curativa, ou seja, a energia psíquica transforma-se numa imagem, que através de símbolos vai configurando-se e surgindo conteúdos internos profundos. O principal objetivo da Arte Terapia é a criatividade e o autoconhecimento e não o aprendizado técnico e a produção de obras de arte. Através da compreensão profunda de si somada a uma abordagem criativa da vida e por meio da combinação de várias atividades, a arte promoverá mudanças internas e a superação de problemas, podendo levar ainda a um � ������� � ��� ����������� ���������� ������������ � ��� ����
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estado de equilíbrio natural, onde você olha para si e para o mundo, construindo símbolos que libertam emoções e idéias. Margaret Naumburg e sua irmã Florence Cane são consideradas as precursoras da Arteterapia e da arte da educação como método de psicoterapias e pedagogia. No Brasil, Nise da Silveira se embasou teoricamente em Jung e trabalhou com oficinas expressivas, onde eram tratados pacientes esquizofrênicos, proporcionando oportunidades de expressarem seus desejos e emoções. E, segundo Rosângela Pellosi de Freitas (Faculdade FIZO – SP, 2007), a Arteterapia trabalha primordialmente com o fazer artístico – como desenhar, pintar espontaneamente sem julgamentos – em toda sua abrangência, e cuja expressão se dá através de imagens e símbolos. “(...) A pintura, o desenho e toda expressão gráfica ou plástica, bem como a música, a dança, a expressão corporal e dramática forma um instrumental valioso para o indivíduo reorganizar sua ordem interna e, ao mesmo tempo reconstruir a realidade... (...) Em escolas, a Arteterapia é empregada através do processo criativo, cujo desenvolvimento trabalha o medo da expressão, do julgamento, ansiedade, autoestima, segurança em grupo”. Na Arteterapia não existe barreira quanto à faixa de idade ou sexo, podendo atender crianças, adolescentes, adultos, terceira idade, portadores de deficiência e especiais em geral – individuais ou em grupo. Este trabalho quando realizado, permite confirmar através de observação, estudo e pesquisa, a eficácia do trabalho arteterapêutico, tendo como caminho de cura, a mandala, que representa a unidade e totalidade a psique. Confirma-se o poder da mandala, como símbolo e um recurso arteterapêutico eficaz na busca do autoconhecimento e com a poderosa força de ser um instrumento curativo.
FUNÇÃO DO TERAPEUTA O Arteterapeuta é um cuidador do outro que, com um olhar atento e observador estabelece uma relação amorosa com o grupo ou o individuo, como também é o facilitador que auxilia na escolha do material, acolhe e escuta as queixas da pessoa, sem julgá-la. A ele cabe o papel de escutar, procurando não interpretar e, interferir o menos possível; porém, sempre estimulando o paciente a entrar em contato com a sua obra artística, pois ela é a representação de seus conteúdos internos. O terapeuta deverá junto a seu cliente, contextualizar o significado do símbolo, considerando os aspectos dinâmicos pertinentes à singularidade de cada ser. Em um ambiente seguro e acolhedor o Arteterapeuta convida o individuo a entrar em contato com seus sentimentos, usando como ferramenta a arte e suas diversas formas de expressão. �� ������� � ��� ����������� ���������� ������������ � ��� ����
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De acordo com Marcia Tabone, “... é vital que o terapeuta esteja consciente de seu próprio estágio de autotranscedência e tenha conhecimento experiencial de todo o espectro da consciência para atuar e acompanhar como um guia o processo psicoterapêutico que se desenrola. O que realmente define o contexto transpessoal é a capacidade do terapeuta em comunicar, através de suas atitudes, a confiança necessária para ajudar o cliente a explorar os domínios transpessoais”. O Arteterapeuta coloca à disposição o material e escolhe a técnica de acordo com a necessidade de seu cliente, despertando as potencialidades que cada um traz. “O trabalho desenvolvido pelo Arteterapeuta é o de estimular o cliente a fazer, observando durante a execução do trabalho, a linguagem verbal e corporal, sem o compromisso com a estética. O fazer artístico abre um canal mais intuitivo e perceptivo, amplia a consciência, transforma, pois no momento da criação, permitindo que elementos assustadores da personalidade – medos e angústias – sejam expressos no desenho, na pintura, na argila, na poesia, na dança, na colagem, sendo essas, ações de libertação”. (Rosângela Pellosi de Freitas – Faculdade FIZO, SP 2007).
A PSICOLOGIA TRANSPESSOAL E AS MANDALAS Mandalas são circunferências, algumas simples outras elaboradas, em cujo interior existe um centro de onde tudo parte ou para onde tudo converge, que expressa à totalidade do Universo e da alma humana. Na Psicologia, ela representa a unidade e a totalidade da psique, abrangendo o consciente e o inconsciente. O estudo e interpretação de Mandala pedem um conhecimento aprofundado de seu simbolismo “... cujas raízes perdem-se na trama secreta das primordiais experiências filosófico-religiosas da gnose indo-tibetana, budista e hindu...”. Todavia, vamos nos deter apenas em algumas premissas introdutórias essenciais, para demonstrar como a finalidade terapêutica destes símbolos representam, para a psicologia transpessoal, uma das vias mais eficazes de desenvolvimento da consciência. Mandala é simultaneamente uma forma eficaz de “interiorização gradual” e de “harmonização” das estruturas conscientes e inconscientes, favorecendo – através da visualização espontânea e em forma de desenho e cores – o aflorar de vivências profundas, cuja elaboração pode permitir uma mais ampla sabedoria da própria vivência individual. Como já observava Jung , a iniciação ao Mandala representa uma experiência psicológica fundamental, difundida não somente no oriente, mas também no ocidente. �� ������� � ��� ����������� ���������� ������������ � ��� ����
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Jung publicou numerosos desenhos realizados por seus pacientes, cuja estrutura geométrica é simétrica evocam também a linguagem harmoniosa da cor, usada na técnica dos Mandalas orientais. O estudo a alquimia ocidental e oriental, conjuntamente à sua amizade pessoal com o grande sinólogo Richard Wilhelm, entre abriram-lhe os horizontes infinitos do I Ching, o livro das Mutações, o antiquíssimo oráculo do saber, baseado na lei da harmonia dos contrários. Estas pesquisas permitiram-lhe afirmar: “A união dos opostos, em um nível mais alto da consciência... não é um fenômeno racional e muito menos um ato de vontade, mas é um processo de desenvolvimento psíquico que se exprime em símbolos”. Desenhar ou colorir mandalas é uma maneira de trabalhar nosso universo interior de forma criativa. É uma atividade que ajuda a reunir energias dispersas e melhora a concentração, fazendo com que o individuo enxergue com mais clareza seus processos interiores e desperte sua criatividade. Entre alguns dos recursos técnicos que podem ser utilizados na Psicoterapia Transpessoal, podemos citar os símbolos. Embora eles “... fazem parte do instrumental das psicoterapias convencionais – como as abordagens psicanalítica, analítica, gestáltica, existencial ou psicodramática – se compreendidos... sob a perspectiva do que pode ser chamado de “potencial ampliado”, seu uso pode facilitar as metas transpessoais...” (A Psicologia Transpessoal – pag. 111 – cap.4 – Márcia Tabone).
Como a Psicologia Transpessoal visa buscar técnicas que ajudem o indivíduo a “... transcender o ego e viver a plenitude do ser...” as mandalas, através de várias técnicas, também auxiliam nesta busca, fazendo com que o indivíduo obtenha o autoconhecimento e a cura de suas emoções. De acordo com Rosângela Pellosi de Freitas, “durante a confecção de uma mandala, o homem experimenta a sensação de beleza, harmonia, equilíbrio e prazer... e como técnica arteterapêutica, a mandala harmoniza o interior do indivíduo e ajuda na busca de paz interior. A mandala... tem a poderosa força de ser um instrumento curativo nos níveis material e espiritual do homem”.
O QUE SÃO MANDALAS? De acordo com Celina Fioravanti, “... uma mandala representa o universo. No seu interior se abrigam as forças da natureza, representadas num simbolismo perfeito. Cada mandala cria um campo de poder, um espaço sagrado, onde essas energias se instalam”. O ponto principal da mandala é o seu centro, ao redor do qual o desenho se desenvolve. Também chamado de campo de desenvolvimento do desenho da mandala, é fechado por uma linha contínua e circular, dividindo o espaço em parte interior e parte exterior. �� ������� � ��� ����������� ���������� ������������ � ��� ����
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O espaço interior, onde as formas se desenvolvem é chamado de sagrado; aquilo que está fora desse espaço é chamado de profano. A linha circular que fecha este espaço é, portanto, o limite entre o divino e o mundano, entre a consciência (fora) e a inconsciência (dentro), entre e espírito e a matéria; ou seja. A linha circular é uma fronteira. O ponto central representa a essência da mandala, representa uma existência superior. A fonte de toda criação, Deus. O círculo expressa a totalidade do universo e da alma. TIPOS DE MANDALAS Podemos classificá-las em: espontâneas, racionais, origem, finalidade e formação da mandala. Espontâneas: são mandalas que nascem do inconsciente, sem uma elaboração mental. Por exemplo, desenhar um simples ponto no papel e ao redor dele criar formas livres. Existe um movimento crescente que estimula a formação deste tipo de mandala, porque elas afloram do inconsciente “mostrando”, para um terapeuta, o que acontece com o indivíduo que a faz. Racionais: são mandalas criadas a partir de uma simbologia com finalidade determinada. Como as mandalas pessoais, por exemplo, que através do nome e data de nascimento são direcionadas para o autoconhecimento e desenvolvimento pessoal do indivíduo. São elaboradas pela razão. Na maior parte das vezes são montadas sem muita inspiração consciente. Origem: dentro desta categoria elas costumam ser classificadas em orientais e ocidentais. No Oriente, a criação das mandalas quase sempre tem motivações religiosas e fazem parte de um ritual, com a finalidade de movimentar as energias das divindades. São as chamadas de “Yantras” e muitas vezes são traçadas no chão com pós coloridos e outros elementos, como flores e incensos. No Ocidente são criadas para uso arquitetônico e decorativo, servem mais para enfeitar, e poucos têm noção de sua importância vibracional. Finalidade: as mandalas são usadas de maneira sagrada e profana. Seu uso sagrado é na construção de templos, como as rosáceas cristãs, que enfeitam catedrais. Já o uso profano são as mandalas desenhadas em roupas, jóias, logotipos, janelas e desenho dos pisos das casas. Formação: nesta categoria, as mandalas são classificadas em: base numérica, formas geométricas e cores. Sobre esses elementos falaremos posteriormente explicando cada um deles. �� ������� � ��� ����������� ���������� ������������ � ��� ����
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COMO USAR AS MANDALAS Existem muitas maneiras de aproveitar a energia emanada pelas mandalas. Entre elas podemos citar: 1)olhar as mandalas: uma mandala pede, em primeiro lugar, um contato visual. Olhar para ela é a primeira maneira de receber suas emanações positivas. É nesse momento que sua estrutura começa a agir em nosso interior e gera as modificações energéticas para as quais ela está programada. 2)colorir mandalas: para colorir uma mandala com objetivo de receber determinada vibração, é interessante conhecer um pouco sobre a influência das cores. Mas, também é possível colorir de modo espontâneo, deixando que as cores usadas sejam resultados de inspiração momentânea. A prática de colorir mandalas é terapêutica e pode transformar estados emocionais ou físicos negativos. A influência curativa da mandala atua sem que se perceba; ela é resultado do campo de força criado pela mandala. 3)mandalas dinâmicas: são as chamadas mandalas em movimento, encontradas muito na internet e em cd’s. É um sistema muito utilizado na meditação com mandalas. Elas têm uma energia tão ativa quanto às outras, mas têm também uma dinâmica de atuação mais acentuada. Segundo Celina Fioravanti, “... suas vibrações agem mais prontamente e o trabalho interior é acelerado...”. 4)mandalas em três dimensões: outra maneira de receber a energia das mandalas é criar mandalas que saem do limite do papel. Para quem tem habilidade manual e sabe trabalhar com madeira ou argila, por exemplo, essa é uma boa opção para criar. 5)mandalas em rituais: essas mandalas fazem parte da tradição oriental, que até hoje se utilizam das mesmas para fazer rituais. São desenhadas em um espaço sagrado e fazem parte de um ritual para as divindades às quais estão relacionadas. Como exemplo, podemos citar os círculos de pedra Stonehenge construído na planície de Salisbury, sul da Inglaterra - que, segundo historiadores, acredita-se que era utilizado para estudos astronômicos, mágicos ou religiosos. NOTA: “Stone=pedra henge=eixo. Stonehenge: é um alinhamento megalítico da Idade do Bronze, localizado na planície de Salisbury, próximo a Amesbury, no condado de Wiltshire, no sul da Inglaterra. É um círculo de pedras britânico, e até hoje é incerta a origem da sua construção, bem como sua função, mas acredita-se que era usado para estudos astronômicos, mágicos ou religiosos” (www.wikpédia). �� ������� � ��� ����������� ���������� ������������ � ��� ����
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PARA QUE SERVEM AS MANDALAS A finalidade primeira de uma mandala é trazer “ordem ao caos interior” de uma pessoa, uma vez que ela é utilizada como instrumento para o desenvolvimento pessoal e espiritual com a finalidade de restabelecer a saúde interior e exterior. Pode ser utilizada para cura emocional, que refletirá positivamente no estado físico, trazendo mais saúde e vigor. É proporcionar o autoconhecimento e equilibrar a saúde psíquica, ampliando a consciência, fazendo com que o indivíduo encontre sua essência divina, seu Eu Superior. Desde os tempos mais remotos até os dias atuais, as mandalas são usadas como: focos de meditação, para atrair abundância material, para amenizar as dificuldades, captar energia, harmonizar o ambiente e transformar vibrações negativas em positivas. Mas, ela também é utilizada na decoração de ambientes e na arquitetura. Muitas vezes o Feng Shui indica a necessidade de uma mandala para determinado fim de energização, uma vez que ela poder curar ambientes – como o familiar e o de trabalho. Também pode ser utilizada para preparar um espaço especial para meditar ou fazer sessões de cura, como massagem ou reiki. A catedral de Brasília, por exemplo, assim como outras catedrais, usa a mandala para criar um ambiente sagrado e especial. Muitos templos usam a geometria sagrada e a forma circular para fazerem suas construções e, assim, formarem uma aura protetora e especial no lugar. A mandala também trabalha os aspectos pessoais: físico, emocional e energético. No aspecto físico, promove o bem estar, o relaxamento e previne o estresse. No aspecto emocional, pode trabalhar conteúdos oriundos de emoções antigas, atuais ou futuras, porque ela sinaliza as emoções que irão surgir. No aspecto energético ela ativa, energiza e irradia, podendo harmonizar ambientes físico ou pessoal carregados negativamente. Na área da saúde, podem ser utilizadas para:-Psicologia: relaxamento, tranquilidade, centramento, concentração, harmonia, criatividade, imaginação, lembrança e interpretação dos sonhos. -Terapia Ocupacional e Fisioterapia: motricidade, coordenação motora, relaxamento, concentração, criatividade e imaginação. -Medicina: melhoramento de doenças causadas por tensão (enxaqueca, stress, do coração, pressão alta, alcoolismo, asma, bronquite, etc.) ou por motricidade (reumatismo, artrite). -Esoterismo: meditação, contemplação, lembrança e interpretação dos sonhos e vidas passadas, harmonia. �� ������� � ��� ����������� ���������� ������������ � ��� ����
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Para qualquer finalidade que se queira alcançar trabalhando com mandalas tem que se desenvolver a perseverança, disciplina, persistência e a força de vontade. Trabalhar com elas é uma forma carinhosa de abrir o coração para a criatividade, a intuição e o amor.
ELEMENTOS DA MANDALA Vamos falar agora, sobre cada um dos elementos que compõem uma mandala, para saber qual é a sua influência no desenho e quais vibrações que cada um emana. Os números na mandala Para um estudioso das mandalas, o conhecimento dos números é essencial. Toda mandala é estruturada na divisão do espaço circular em setores. A divisão do espaço interior da mandala determina os números atuantes do desenho. São eles que formam a base numérica de uma mandala. Quem desenha uma mandala pode ou não ter consciência da divisão que usa, mas depois de feita, ela passa a vibrar de acordo com sua base numérica, tenha ela sido desenhada intencionalmente ou não. Quando se usa uma mandala com fins terapêuticos, a base numérica dela define o tipo de energia que ela distribui. Assim uma mandala com três divisões, por exemplo, contém vibrações muito diferentes daquela com cinco divisões. O três é um número de comunicação que não fica limitado ao que já existe, ele é criativo e gera crescimento. É um símbolo da busca espiritual e seu verbo é criar. Já o cinco está relacionado à leveza, fluidez, alegria. As mandalas com esta base são possuidoras de uma vibração que acentua a necessidade de ser livre. Formas geométricas São as formas geométricas da mandala que, na maior parte das vezes, criam as vibrações numéricas das mesmas. Então, uma mandala de vibração três terá, muito provavelmente, um triângulo, e uma mandala com base quatro, um quadrado. Mas isso não é regra. Outras formas não geométricas podem definir a base numérica da mesma. Como formas geométricas podemos citar: círculo, triângulo, quadrado, pentágono, pentagrama, hexágono, estrela de seis pontas e os polígonos estrelados. Cores nas mandalas As cores dentro da mandala têm uma função altamente estimulante e terapêutica. São elas que modificam a alteração da mandala no plano físico e também no plano mais sutil. O simbolismo das cores e seu poder vibratório cria �� ������� � ��� ����������� ���������� ������������ � ��� ����
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uma força que define grande parte da atuação vibracional da mandala. Chega a ser quase a metade de sua influência. A cromoterapia através das mandalas tem excelente indicação. Ela permite realizar a recomposição dos corpos mais sutis, o que é essencial numa terapia. Todas as perdas de fluídos podem ser compensadas através do tratamento com cores. As cores são raios enviados de um plano superior, sua origem é divina. É essencial conhecer as energias emanadas pelas cores para saber como elas irão atuar numa mandala. Cor vermelha: é estimulante e ativa. Afasta a depressão, tira o desânimo e traz poder no plano material. É a cor das paixões, da sensualidade e da sexualidade. Entretanto, em uma mandala ela precisa ser bem usada porque em certos ambientes, pode trazer irritação ou impulsividade. O vermelho providencia o acréscimo do elemento fogo no organismo. Cor amarela: representa o Sol, a luz, a alegria. É uma cor ativadora e dinâmica que age, acentuadamente, sobre os processos mentais, gerando aceleração e mudanças nos pensamentos. O amarelo traz muitas idéias, afasta as idéias fixas e aumenta a capacidade de raciocínio. É a cor da inteligência, do estudo e da criatividade. Quando aparece em uma mandala, deve ser bem observada sua colocação, porque pode gerar instabilidade ou excessiva produção mental. O amarelo providencia acréscimo de elemento ar no organismo. Cor azul: sua influência é calmante e traz equilíbrio. Também traz paz, harmonia e serenidade. Quando esta cor aparece em uma mandala, precisa estar em harmonia com o conceito numérico para não ter sua atuação enfraquecida por formas com as quais ela não combina. O azul providencia acréscimo do elemento água no organismo. Cor laranja: sua influência é restauradora e regeneradora. Traz recuperação depois de um processo destrutivo e uma capacidade de refazer o que não está certo. É a cor da reconstrução, da correção e da melhora. Quando o laranja aparece em uma mandala, sua energia deve ser usada para mudar situações, pensamentos e ações desgastadas. Cor verde: a influência do verde é calmante, corretiva e curadora. Melhora qualquer estado físico negativo e cura o corpo. Da mesma maneira cura a alma quanto está abatida. Quando uma mandala tem a cor verde, suas vibrações são sempre curativas e, seja em que nível for, é benéfica para todos. O verde providencia o acréscimo de elemento terra no organismo. Índigo: a vibração do índigo é das mais poderosas; ela beneficia as pessoas mais no campo das energias sutis do que na área da materialidade. Sua �� ������� � ��� ����������� ���������� ������������ � ��� ����
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atuação é superior ao violeta. Ela estimula a intuição e a capacidade de perdoar. Não se usa o índigo quando há alguma limpeza orgânica, porque ela pode ativar o processo, gerando uma crise intensa na eliminação. O terapeuta usa o índigo para pacientes em crise espiritual ou emocional. Atua bem em terapias para pessoas com desespero, obsessão, obstáculos, vivência de perda afetiva, perseguição. Lilás: sua influência é profundamente espiritual, mística e religiosa, atuando sobre quem está espiritualmente desequilibrado, descrente e sem conexão com as forças divinas. É uma cor capaz de desinfetar e esterilizar no plano material e no plano mais sutil, evitando que energias indesejadas se instalem. Quando uma mandala tem a cor lilás, ela limpa e isola os ambientes em que está. A partir do que foi estudado quanto aos elementos de uma mandala, podemos concluir que: mandala é, na verdade, um campo de força no qual as emanações da base numérica, das formas geométricas e das cores são poderes vibracionais atuantes. MANDALAS – USO TERAPÊUTICO
“O trabalho com mandalas auxilia o ser humano na sua busca interior. Este trabalho explora a intuição e a criatividade, contribuindo para realizações assertivas do que se almeja. Traz à tona a individualidade humana com total consciência de si e do mundo. Olhar para a vida dentro da mandala possibilita organizar, prospectar, transcender e renovar pequenos atos que constroem a maior obra de arte: a sua vida”. (Renascimento – Núcleo de Desenvolvimento Humano e Espiritual). Através de uma mandala é possível despertar a intuição e direcionar a energia mental para determinado objetivo harmonizando: intuição, vontade e razão, estabelecendo assim, um caminho que alcance um maior nível de consciência. �� ������� � ��� ����������� ���������� ������������ � ��� ����
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A contemplação de determinada mandala auxilia a desbloquear emoções e sentimentos a fim de elevar nosso estado interior ou mesmo ativar e canalizar determinados tipos de energias. O uso terapêutico das mandalas está quase sempre relacionado ao desbloqueio e/ou ao despertar de sentimentos e sensações que temos dificuldades para lidar ou manifestar exteriormente. “O trabalho com mandalas reúne técnicas de psicologia analítica e Arteterapia, com o objetivo de levar o indivíduo a detectar pontos em desequilíbrio em sua organização psicofísica, alcançando uma maior integração da sua personalidade... A contemplação de uma mandala pode inspirar a serenidade e ajudar a reencontrar um sentido e ordem de vida, sendo capaz de conservar a ordem psíquica, se ela já existe; ou restabelecê-la, se ela desapareceu, exercendo uma função estimulante e criadora”. (www.belieyourself.worpress.com/mandalas) “A expressão artística em forma de mandala ajuda o indivíduo na organização e no fortalecimento da psique, além de facilitar o contato com a essência divina e auxiliar na canalização de energias curativas. Traçar a maneira de ser com lápis ou pincel, com as cores e formas, sobretudo mandalas, organiza internamente o ser, levando-o a entrar em contato profundo com seus sentimentos e a ter uma maior consciência de si e do mundo que o “cerca””. (www.foxitsoftware.com)
“Joan Kellog, psicóloga e terapeuta artística americana, trabalhou em Maryland (Maryland Psychiatric Research Center), nos USA, nos anos setenta, fazendo terapia artística com pacientes terminais que seriam submetidos à terapia psicodélica de pico. Ela começou a descobrir que estes pacientes produziam mandalas espontaneamente. Começou a estudar as mandalas (cores, formas, símbolos) e a comparar as várias mandalas com baterias de testes psicológicos a que estes pacientes tinham se submetido. Desta forma, Joan Kellog depois de alguns anos de muita pesquisa desenvolveu o teste da mandala... deu continuidade aos estudos de mandalas de Jung e percebeu que a mandala nos ajuda a recorrer a reservatórios inconscientes de forças que possibilitam uma reorientação para o mundo exterior. Desenhar um círculo talvez seja algo como desenhar uma linha protetora ao redor do espaço físico e psicológico que identificamos como nós mesmos. O círculo que desenhamos contém – e até atrai – partes conflitantes de nossa natureza. Mas, mesmo quando faz um conflito vir à tona, o ato de criar uma mandala produz uma inegável descarga de tensão”. (www.foxitsoftware.com) MANDALA – CAMINHO PARA A CURA “O homem ao buscar uma relação harmônica com a natureza, deixa fluir sentimentos como o perdão, desapego, liberação e amor nas suas relações, e �� ������� � ��� ����������� ���������� ������������ � ��� ����
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abre as portas para o Sagrado, para a cura e, por conseguinte, fecha-se para o desequilíbrio, a dor e o medo. Mesmo no enfrentamento de um mundo agitado e apressado, como é o mundo dos homens desta época atual é possível encontrar o Caminho da Cura... O poder da cura está dentro de nós. Se buscarmos o silêncio, o estado de meditação, se procurarmos nos ouvir e conseguirmos escutar nossa alma saberemos o que é preciso fazer para deflagrar o processo de cura”. (Rosângela Pellosi de Freitas –FIZO, SP– 2007). Diante disto, à confecção de mandalas torna-se um meio eficaz para se conectar com o coração e assim, estabelecer um ponto de equilíbrio e um vínculo com o Universo. Jung declara que: “... A contemplação de uma mandala inspira a serenidade, o sentimento de que a vida reencontrou seu sentido e sua ordem...”. Ele afirmava também, que “... ao fazer uma mandala, o indivíduo trabalha a própria alma, podendo vir a resolver os seus conflitos e ansiedades ao expressar, na forma simbólica, suas questões internas...”, e Joan Kellog afirma que “... ao criar uma mandala, gera-se um símbolo revelador acerca de quem o indivíduo é...”. Na década de 40 Nise da Silveira, inconformada com as práticas psiquiátricas utilizadas na época, criou uma seção de terapia ocupacional no Centro Psiquiátrico Pedro II, no Rio de Janeiro e, através da Arteterapia os resultados positivos não demoraram a aparecer. Ela resolveu então, escrever para Jung, enviando várias imagens produzidas por seus pacientes – “... imagens inusitadas... símbolos que a intrigam... imagens... circulares ou próximas do círculo... semelhantes... a representação de divindade em religiões orientais (mandalas)...” – e obteve a resposta de que eram mesmo mandalas e “... correspondiam ao potencial auto curativo da psique em oposição... ao estado de confusão psíquica do ser, uma manifestação do inconsciente, para compensar a situação caótica vivida por esses indivíduos”. (Rosângela Pellosi de Freitas –FIZO, SP – 2007).
Ao criar, o indivíduo não precisa falar a respeito de sua vivência, traduzir os pensamentos e as emoções em palavras. Ele tem mesmo que viver a experiência e incorporá-la ao seu ser sensível, conhecê-la por dentro. Ao criar, o artista modifica seu estado interno, interagindo com os materiais e vivências. BASES TERAPÊUTICAS Como acontece a cura? “Sob o ponto de vista físico, a cura acontece quando uma função do corpo que estava alterada é estabelecida. No entanto, para o espiritualista, a cura é vista como um processo de reabilitação da energia menos densa do corpo e uma correção na alma. Isto porque para o espiritualista a doença começa na alma, a partir dali ela provoca alterações...” no campo energético, ““... para terminar �� ������� � ��� ����������� ���������� ������������ � ��� ����
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aparecendo como sistemas orgânicos no corpo físico. É por essa razão que quando se trabalha a cura integral, começa-se pelo atendimento da alma, para depois atender à aura e finalmente o físico”. (Celina Fioravanti) Como sabemos, a doença começa na alma. Ali ela atua com maior ou menor intensidade por um bom período. Sabemos também que ninguém adoece imediatamente porque é impaciente, por exemplo. São anos de impaciência e irritação decorrente de uma maneira negativa de sentir as coisas, que acabam por lesar o nosso corpo físico. Sabemos também, que há a cura através de remédios alopáticos. Há a cura através da cirurgia que trata um órgão lesado. Há a cura que é oferecida por alguém que tem um dom nas mãos para afastar a dor e recuperar a energia. Há a cura da alma, que acontece quando se corrige pensamentos, palavras e atos. Enfim, são tantas as formas de cura justamente porque são muitos os males do corpo e da alma. Entre as formas de cura existentes, podemos destacar os fluídos de cura, que possuem características próprias e aplicações específicas. Para cada um dos três corpos – alma, aura e físico – existe um fluído de cura adequado. São eles: Fluídos energéticos: são fluídos que possuem a capacidade de repor com rapidez a energia material do corpo. Eles agem com certa rapidez para dar uma melhoria orgânica, mas não curam efetivamente, porque as causas que estão na alma e na aura não são atendidas por eles. Entre os fluídos energéticos podemos destacar: a luz do Sol, a água do mar, de fontes termais, da chuva e dos rios, o contato com a terra e a argila, os toques físico, os alimentos. Fluídos vibrantes: possuem a capacidade de reordenar o corpo vibracional ou áurico, modificando sua estrutura. “Eles são muito conhecidos atualmente e são cada vez mais usados com bons resultados pelos terapeutas holísticos e tradicionais. Sempre se recomenda o uso de um fluído vibrante associado a um fluído divino para também haver a correção da alma”. Entre os fluídos vibrantes podemos citar: as mandalas, as cores e a cromoterapia, os sons e a musicoterapia, os aromas e a aromaterapia, todo tipo de prana, principalmente o que é absorvido pela respiração. Fluídos divinos: possuem a qualidade mais sutil entre os diversos fluídos curativos. São ativados pela força divina contida dentro de nós e isso é feito pela mente humana que possui amor. São acessados por qualquer um que tenha a intenção correta e estão à disposição de todos. Entre os fluídos divinos citamos a oração, a água energizada ou fluidificada e a imposição das mãos sobre o doente. A instrução espiritual e a modificação interior são muito necessárias para ajudar e facilitar a atuação dos fluídos divinos. �� ������� � ��� ����������� ���������� ������������ � ��� ����
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Antes de estudarmos a aplicação terapêutica das mandalas é necessário entender que espécie de energia elas contêm para a cura. E como vimos, as mandalas estão inseridas nos fluídos vibrantes, com capacidade de agir sobre a aura e o corpo físico, mas que elas precisam da ajuda de um fluído divino para atuar com mais força. Portanto, as mandalas processam a cura física, a cura energética e a cura espiritual. Existem três categorias de fluídos de cura e, portanto, três corpos que necessitam desses fluídos: o corpo físico, o corpo áurico ou vibracional e o corpo espiritual ou alma. Corpo físico: por suas características materiais, este corpo recebe ajuda imediata de um fluído energético. No entanto, para que haja cura permanente, deve-se também atender a aura e o espírito. Corpo áurico: por suas características mais sutis, pode ser muito beneficiado pela aplicação de um fluído vibrante, refletindo uma mudança imediata em suas condições vibracionais. Corpo espiritual: por suas características mais mentais que materiais ou sutis, recebe um fluído divino e a ajuda de que precisa para se recuperar. Ao mudar o corpo espiritual, o corpo físico e áurico melhora também. Nota: a atuação dos fluídos sutis de cura acontecem por meio de trocas; ou seja, a energia de qualidade inferior instalada em um corpo é trocada por energia de qualidade superior. Mas também temos que entender que essa troca só é possível quando há intervenção divina, quando queremos obter a cura, quando acreditamos nela, quando a merecermos e quando respeitamos o livre arbítrio. Não adianta recebermos os fluídos necessários à nossa cura, se não mudarmos nossos pensamentos, sentimentos e nossa maneira de ser. Celina Fioravanti exemplifica: “... uma pessoa está afetada na alma pelos fluídos venenosos da inveja. Ela busca ajuda na cromoterapia e recebe bons fluídos, que aliviam os sintomas físicos presentes, pois retiram a má energia acumulada pelo sentimento negativo da inveja e a trocam pela luz colorida. Mas, se ao sair do tratamento a pessoa já volta a deixar que a inveja seja parte de suas emoções ou pensamentos, muito em breve ela voltará ao estado vibratório anterior e a troca que havia sido feita é anulada”. Concluímos então que para acontecer à cura pelos fluídos é necessário ter: fé, força de vontade, mérito e ajuda espiritual. “É o curador que precisa estar atento a estes fatores para ajudar quem o procura, orientando e apoiando as tentativas que o doente faz de aprimoramento espiritual... À medida que o curador e o doente se aproximam, é necessário mostrar a quem está mal, como à doença acontece e como grande parte da responsabilidade pela cura depende dele. Só o doente pode �� ������� � ��� ����������� ���������� ������������ � ��� ����
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mudar as vibrações da sua alma com rapidez, usando para isso uma alteração em suas atitudes, bem como mantendo uma vigilância constante sobre suas palavras e pensamentos.” (Celina Fioravanti). FUNÇÃO TERAPÊUTICA DAS MANDALAS De acordo com Celina Fioravanti: “Praticamente todas as correntes terapêuticas podem incorporar o trabalho vibracional com mandalas. Desde a medicina mais tradicional até as terapias inovadoras, todas as linhas de cura física e mental recebem das mandalas um acréscimo substancial. Elas têm uma energia positiva com propriedades curativas que surpreende a todos os curadores”. Celina relata que, em um dado momento de sua vida, estava em estado depressivo e que encontrou na “atividade diária” de colorir mandalas um excelente recurso terapêutico: “Aprendi a usar a energia das mandalas num momento de vida muito especial, com que eu sentia que era necessário mudar minhas vibrações... A rotina de colorir mandalas aos poucos me trouxe força para criar novas estruturas dentro da minha vida, que me ajudaram a sair do ponto onde estava. Com a continuidade, ocorreram alterações mais profundas na minha energia e meus caminhos foram se tornando muito definidos. Comecei então, a saber, o que queria fazer com os vários aspectos da minha existência, principalmente com relação à necessidade interna de ser produtiva”. Em seu trabalho, numa casa de apoio espiritual, quando encontrava alguém com as energias desordenadas, Celina dava um desenho de mandala e pedia para a pessoa que fizesse várias cópias e colorisse diariamente, por meia hora. Segundo ela os resultados foram fantásticos. Ela entendeu então, que colorir mandalas era algo que as pessoas faziam com prazer e que mantinham como rotina terapêutica por tempo suficiente para se curarem. Comprovou também que “... as mandalas provaram ser muito eficientes no tratamento de depressão, síndrome do pânico, falta de ligação com Deus, vícios e outras aflições da alma”. Segundo Jung, “... a produção artística, em especial a mandala, se constitui numa forma de estimular a concentração, a imaginação e a criatividade, o que apresenta dupla eficácia: conservar a ordem psíquica ou restabelecê-la. Assim, as imagens das mandalas são utilizadas para consolidar o eu interior e favorecer a meditação em profundidade”.
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TÉCNICAS TERAPÊUTICAS DAS MANDALAS Desenho Na história da humanidade, encontramos o desenho como uma das formas mais observadas pelo homem para registrar suas emoções, sentimentos e ações. Esta preferência é observada antes mesmo do início dos símbolos que antecedem a escrita, indicando assim que a comunicação por meio do desenho é uma forma de linguagem básica e universal. A técnica do desenho da mandala pode ser aplicada a qualquer indivíduo, não há limite de idade ou patologia, desde que haja uma mínima capacidade de elaboração. Pode ser desenvolvida individualmente ou em grupo. Está voltada para o desenvolvimento da criatividade, atuando como um complemento na formação dos indivíduos. O desenho trabalha a coordenação motora, possibilitando uma reestruturação interna, porque trabalha a percepção, o caminhar de um ponto até se transformar em linhas. “Para a Psicologia Analítica, essa forma de linguagem não verbal, pode ser útil principalmente se pensarmos em desenho. Nesta abordagem utiliza-se de vários meios para chegar à resolução do conflito e, o desenho pode dar ao terapeuta uma visão da dinâmica inconsciente do paciente”. (Rosângela Pellosi de Freitas – Faculdade FIZO – Uberlândia, MG – 2007).
De acordo com Carl G. Jung: “O desenho é uma busca de cura. Traz à luz todos os elementos dispersos e também tenta ajuntá-los no vaso. A idéia de receptáculo é arquetípica. É encontrada em toda a parte, sendo motivo central de quadros inconscientes. É a idéia do círculo mágico desenhado em volta de alguma coisa que deve ser impedida de fugir ou deve ser protegida”. Pintura “Pintar mandalas é mais do que um exercício estético. A escolha das cores fala de quem pinta”. (www.geocites.ws/espiritualidadesdi/mandalas_a_paz_interior.htm) Uma boa aplicação terapêutica das mandalas é a técnica de colorir mandalas. Esta técnica tem como objetivo de trabalhar o universo interior e desta forma, o paciente tem a oportunidade de transformar as tensões e os medos em um momento tranquilizante, fazendo a mente entrar em um estado de relaxamento. A cor é sensação. Provoca a sensibilidade e a intuição e, traduz a emoção. Ela permite ao indivíduo exercitar novas maneiras de olhar a si mesmo e a tudo que o rodeia. A pintura é uma das técnicas onde as emoções e sentimentos fluem com maior facilidade. Há sempre uma programação das cores que o Arteterapeuta deve fazer previamente, para que a terapia alcance os objetivos e fixe resultados. Assim, quando for tratar do corpo físico, por exemplo, ele deve escolher uma cor de acordo com o problema que vai ser tratado e depois da melhora, deve utilizar, sempre, a cor azul para fixar os resultados obtidos. �� ������� � ��� ����������� ���������� ������������ � ��� ����
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Mosaico É uma técnica simples que exige organização e paciência, permitindo o uso de diversos materiais, como sementes, conchinhas, madeira, emborrachado, botões, azulejos, casca de ovos e outros. O mosaico é uma técnica para o indivíduo colar, organizar e assim, os seus conteúdos internos se reestruturam, por isso é indicado principalmente para quem tem dificuldade de juntar e associar. A Arteterapia entende que trabalhar com pedaços separados, dá oportunidade ao indivíduo de poder juntar e construir um novo momento. A princípio provoca uma desestruturação, portanto deve ter cuidado ao usá-la como técnica. Colagem A técnica de colagem pode ser feita com diversas texturas de papéis, tecidos e outros. Ela permite a integração, a organização e é uma atividade que estrutura. Colar é ligar uma coisa à outra; é estabelecer vínculo. Simbolicamente o ato de recortar ou rasgar papéis e posteriormente reuni-los, colá-los, recompondo-os, correspondem subjetivamente à vivência de cortes, rupturas, reparação, reorganização e estruturação. A colagem favorece a organização de estruturas pela junção e a articulação de formas prontas. Ao separar papéis, gravuras, sementes, contas que estão misturadas dá-se a oportunidade ao indivíduo de escolher, discernir e reconhecer o que é dele e o que é de outro. Meditação Existem muitas técnicas diferentes de meditação e todas elas começam com exercícios para concentrar a atenção em uma imagem mental, eliminado focos de atenção. O estado de tranquilidade mental gerado pela meditação traz muita harmonia e é relaxante, ajudando a reencontrar o verdadeiro equilíbrio físico e emocional. Na Terapia com mandalas, a meditação é uma constante uma vez que os desenhos ajudam a estabilizar a mente e levam naturalmente ao estado de meditação. Usar as mandalas para ensinar a dominar a mente é interessante, porque os benefícios terapêuticos são muitos. Em todos os tipos de meditação uma mandala pode ser usada, nem que seja apenas para ajudar na concentração inicial. Há dois tipos básicos de meditação: a estabilizadora e a analítica. -meditação estabilizadora: o método utilizado para estabilizar a mente é dirigir a atenção para um único ponto concentrando ali a mente, abandonando todos os outros pensamentos através da observação daquilo que é focalizado. Para isso uma mandala funciona perfeitamente, pois ela servirá como um foco visual perfeito. �� ������� � ��� ����������� ���������� ������������ � ��� ����
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-meditação analítica: neste método de meditação a mente se volta para o interior e passa a fazer uma análise de vários conceitos sobre um assunto determinado. É como se a mente estudasse todos os aspectos de uma questão, não pensando em outra coisa. Com uma mandala, a meditação analítica se volta aos símbolos e significados contidos na mandala, bem como ao que ela desperta emocionalmente. Para a prática terapêutica com as mandalas, devemos escolher as mandalas que são mais facilitadoras para o nível de capacidade de domínio da mente.
ATIVIDADE PROPOSTA: VIVÊNCIA COM MANDALAS Como vivência para o grupo optamos pela construção de mandala com o uso de sementes (elemento terra). A técnica de uso de sementes é simples e permite a interação e integração do grupo, exigindo organização e paciência de cada elemento. É uma atividade que estrutura, dando a oportunidade ao indivíduo de escolher, compor, dividir, juntar e construir um novo momento. O fato de colar as sementes na fabricação da mandala permite estruturar. Colar é ligar uma coisa a outra. É estabelecer vínculo. Ao separar as sementes que estão misturadas, dá-se a oportunidade ao indivíduo de escolher, discernir e reconhecer o que é dele e o que é do outro. Material utilizado: -papel A1 -bastidor -lápis de cor -cola -sementes variadas. Atividade: todos sentados no chão, num grande círculo, formando uma mandala humana, com o material à sua frente. Como fazer a mandala: Início: relaxamento com respiração e olhos fechados. Facilitador fala: Vamos agora fechar nossos olhos, e relaxar. Sentir nossa respiração. Sentir o ar entrando pelas nossas narinas e percorrendo todo nosso corpo... e vamos �� ������� � ��� ����������� ���������� ������������ � ��� ����
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pensar qual valor humano nós precisamos praticar mais? O que nos falta? O que estamos mais precisando?
O Sai Baba promove no mundo uma educação de valores humanos baseados na Verdade, Retidão, Paz, Amor e Não violência. Mas nós podemos ir além e subdividir esses valores em outros, como por exemplo: A Verdade, que gera a honestidade e a sinceridade. Nós vamos hoje fazer uma mandala de sementes, cujo elemento é a terra, e ela mexe com nossas sensações. As sementes são as sementes da vida, dos potenciais, das virtudes. E elas vão representar em nós isso tudo, essas qualidades, esses dons, que nós estamos precisando exercitar mais. Agora respire profundamente, e deixe que venha a sua tela mental a imagem de uma mandala de sementes. Qual forma ela tem? Quais cores ela tem? Abra seus olhos e faça sua mandala pessoal. Após a construção da mandala, o facilitador sugere que façam duplas para troca de experiência. Depois sugere que a experiência seja feita de forma geral, ou seja, no grupo como um todo.
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ANEXOS ANEXO I
- MANDALA PESSOAL
A Mandala Pessoal servindo como foco de contemplação ou meditação ajuda a canalizar determinados tipos de energias a fim de equilibrar nosso estado físico, mental, emocional e espiritual já que as figuras e símbolos que entram na sua composição expressam e vibram as energias específicas da pessoa. A Mandala Pessoal é um ”retrato personalizado” extremamente útil como fonte de concentração e inspiração para reequilibrar fluxos internos e externos, para gerar mais harmonia entre o consciente e o inconsciente, levando a pessoa a se sentir mais centrada e com uma maior compreensão sobre si mesma, além de sintonizá-la melhor com as correntes construtivas e evolutivas da vida e do cosmo. A contemplação ou meditação tendo como base a Mandala da Prosperidade, por exemplo, facilita a concentração para focar e fixar a vibração da abundância ajudando a canalizar nossos esforços para realizar nossas metas materiais. Mandalas direcionadas desenvolvidas especialmente para sintonizar determinada frequência como a harmonia familiar, a abundância material, a concentração, a força, a proteção, o poder, etc. podem ser instrumentos úteis para canalização da energia mental harmonizando vontade, intuição e razão, a fim de alcançar determinada meta. A Mandala Pessoal funciona também como um talismã pessoal podendo atuar como defesa e proteção, pois nela está contido toda a simbologia representativa daquele determinado ser humano. É elaborada através do nome e data de nascimento da pessoa, do signo que nos informa a cor do fundo da mandala, dos Chakras e suas cores, do planeta, do elemento, incorporando dessa forma, desenhos e figuras geométricas que dizem respeito à pessoa. Ela pode ser colocada em casa no setor da Espiritualidade indicado pelo Feng Shui e a aplicação do Ba-guá. É importante ressaltar que: “Só a determinação inquebrantável pode conduzir a pessoa à Meta Suprema”. (Tamina Thor)
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ANEXO II
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MANDALAS E OS CHAKRAS
“Na terapia há um tema muito importante que se relaciona com as Mandalas: os chakras. Os dois assuntos estão intimamente ligados pelas formas e pelas cores, pois um chakra é também uma Mandala”. (Celina Fioravanti) Os chakras são centros de energia e é através deles que passam todas as formas de vibração com as quais se tem contato. Há sete principais chakras no corpo e o bem estar físico e espiritual de cada pessoa depende deles, uma vez que são eles que regulam as energias que cada um recebe e emana. Quando há equilíbrio de energia, um chakra gira no sentido horário e de forma contínua. Mas, se há desequilíbrio, ele gira lentamente e às vezes chega a interromper seu movimento. Há ocasiões que o chakra está tão desarmônico que gira no sentido oposto ou se acelera. Segundo Celina Fioravanti em seu curso “Técnicas Terapêuticas com Mandalas – Volume V”, os chakras atuam nos níveis: físico, energético e espiritual. Suas desordens interferem no bem estar orgânico, na energia sutil e na alma. “Os orientais nos trouxeram o maravilhoso conhecimentos dos chakras e eles também nos deram a forma deles como Mandala”, diz ela, então, as mandalas representam o desenho tradicional dos chakras. Em seu livro “Mandalas – Como Usar a Energia dos Desenhos Sagrados”, Celina Fioravanti dedicou um capítulo especialmente às mandalas e seu relacionamento com os chakras. Foram desenhadas sete mandalas e cada uma delas está relacionada com um centro de energia (chakra). “Cada mandala... tem uma programação que a prepara para atuar sobre um dos centros de energia dos nossos corpos físico e sutil. A influência de uma mandala estará, portanto, limitada ao centro de energia que lhe corresponde”. Como ilustração, vamos discorrer sobre o 5º chakra com desenho de Vagner Vargas. 5º CHAKRA – LARÍNGEO OU GARGANTA – VISUDHA Este centro de energia é chamado de chakra da garganta. Sua denominação oriental é Visudha. No corpo humano sua posição é na área da garganta. Está ligado às glândulas tireóide e paratireoide. Dons: entre as funções deste centro de energia, podemos citar tudo o que está ligado à comunicação. A fala, o ouvir, a escrita, a maneira de se fazer entender e de compreender os outros. A criatividade, a assimilação de vibrações protetoras, a responsabilidade consigo e com os outros são também assuntos relacionados com este chakra. Reações Negativas: as desordens deste chakra acontecem quando a pessoa se comunica mal, fala palavras pesadas, deixa de ouvir o que os outros têm para falar, está sempre discutindo, fala demais, faz intrigas e fofocas, não �� ������� � ��� ����������� ���������� ������������ � ��� ����
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guarda segredos. Há outras atitudes que também podem influir negativamente sobre este chakra: assumir muitas responsabilidades, fugir ou adiar quando precisa fazer escolhas, dominar outras pessoas, ceder com facilidade às tentações que a vida oferece. Corpo Físico: reflete as atitudes negativas que ferem o chakra, apresentando alguns males. Os principais pontos atingidos no corpo são a garganta e os ouvidos, resfriados e alergias constantes, doença na língua, na tireóide, nas cordas vocais, na boca em geral. Cromoterapia: para acalmar e ordenar: azul para ativar: amarelo Mantra: HAM
Cor do Chakra: azul
MANDALA DO 5º CHAKRA – CHAKRA DA GARGANTA – VISUDHA. MANDALA ORIENTAL COMPLETA COM O NOME DO CHAKRA NO CENTRO, DESENHADO COM LETRA EM SÂNSCRITO.
“Todas as mandalas podem ajudar a tratar os chakras, não apenas as Mandalas Orientais que os representam. Qualquer Mandala, ao ser colorida com a cor certa, produz efeitos sobre o chakra que está desordenado. Um efeito adicional pode ser obtido em a Mandala colocada sobre o chakra, depois de pronta.” (Celina Fioravanti). “O uso do mantra acontece quando se faz a meditação com a Mandala oriental do chakra e deve ser bem explicado, para que a emissão do som seja correta e seja feita como parte da técnica de respiração, no momento da expiração”. (Celina Fioravanti)
Resumindo as técnicas 1.Colorir qualquer Mandala com a cor indicada para harmonizar o chakra. 2.Colorir a Mandala Oriental relacionada com o chakra e sua cor correspondente. 3.Meditar com a Mandala Oriental correspondente ao chakra. �� ������� � ��� ����������� ���������� ������������ � ��� ����
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4.Colocar a Mandala Oriental do chakra, colorida, sobre o ponto físico correspondente. 5.Emissão de mantra, como parte da respiração, durante a meditação com a Mandala Oriental do chakra correspondente. Só com a vibração sonora o poder energético da Mandala se torna ativa em toda sua potencialidade.
ANEXO III
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O USO DE MANDALA NO BUDISMO TIBETANO
A palavra tibetana para “mandala”, dkyil-‘khor , significa literalmente “aquilo que circunda um centro.” Um “centro” é, aqui, um significado e “aquilo que o circunda” - mandala - é um símbolo redondo que representa o significado. No entanto, nem todas as mandalas são redondas. Há muitos tipos de mandalas, usadas para várias finalidades nas práticas budistas do sutra e do tantra. Vamos agora examinar alguns deles. Uma mandala externa (phyi’i dkyil-‘khor ) é uma representação de um sistema de mundo. É usada como uma oferta feita a um professor espiritual quando se pede para dar um ensinamento, para conferir um conjunto de votos ou para conferir um empoderamento tântrico (iniciação tântrica). A mandala oferecida pode consistir de uma tigela de fundo achatado segurada com o lado de baixo em cima, com três montes de grãos crus ou jóias, colocadas umas sobre as outras sobre a sua superfície e contida dentro de anéis concêntricos progressivamente menores. É coroada com um diadema ornamental.
Jogo de mandalas tradicionais tibetanas
Alternativamente, a oferta da mandala pode ser feita com as mãos em mudra, com os dedos entrelaçados numa determinada forma.
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Oferta de mandala feita com as mãos em mudra
Sua Santidade o XIV Dalai Lama disse frequentemente que também podemos imaginar a mandala externa representando o planeta terra, o sistema solar, a galáxia ou o universo, como a ciência moderna hoje os concebe. Não faz diferença. O importante é que a oferta da mandala representa a voluntariedade de dar tudo no universo para receber ensinamentos, votos ou empoderamentos. A oferta repetida de uma mandala externa constrói também a força positiva requerida para irmos além do nosso nível de compreensão atual e progredirmos para um nível mais profundo. A base para rotular ou imputar (gdags-gzhi ) o mundo simbólico da mandala durante o ritual do empoderamento pode ser: 1)Uma mandala de tecido (ras-bris-kyi dkyil-‘khor ), que é uma representação bidimensional do palácio e do ambiente, um tanto como um plano arquitetural, pintada numa peça de tecido ou de papel e colocada geralmente dentro de uma moldura de madeira quadrada pintada e decorada, com lados abertos e um telhado.
Mandala de Kalachakra pintada em tecido
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2)A mandala de areia pulverizada (rdul-phran-gyi dkyil-‘khor ), que é uma representação do palácio e do ambiente feita com areia colorida pulverizada e colocada geralmente no mesmo tipo de moldura de madeira em que a mandala de tecido é colocada.
Fazendo uma mandala de areia de Guhyasamaja
3)Uma mandala de estabilidade mental (bsam-gtan-gyi dkyil-‘khor ), que é manifesta a partir da concentração absorta (Ting-nge-‘dzin , sânsc. samadhi ) do mestre tântrico. 4)mandala tridimensional (blos-blangs ), feita geralmente de madeira ou de metal, que pode ser usada alternativamente.
Mandala 3D tradicional Kalachakra no Palácio de Potala Palace, Lhasa, Tibete.
Os cinco elementos externos e corpóreos – terra, água, fogo, vento e espaço – são representados frequentemente pelos discos-mandala simbólicos com as formas e as cores determinadas pela convenção budista. Por exemplo, um disco-mandala amarelo e quadrado representa o elemento terra. No sistema Kalachakra, discos-mandala redondos simbólicos de quatro corpos celestiais envolvidos em eclipses – a lua, o sol, Rahu e Kalagni (os nós, do �� ������� � ��� ����������� ���������� ������������ � ��� ����
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norte e do sul, da lua) – representam quatro gotas de energia sutil dentro do corpo sutil. Estas são as gotas-energia do estado acordado, do estado de sonho, do estado de sono profundo e do quarto estado ou estado supremo.
ANEXO IV -
AUTORAS
NISE DA SILVEIRA
Foi uma renomada médica psiquiatra brasileira e aluna de Carl Jung, que dedicou sua vida à psiquiatria e manifestou-se radicalmente contrária às formas agressivas de tratamento de sua época, tais como o confinamento em hospitais psiquiátricos, eletrochoque, insulinoterapia e lobotomia. Em seu trabalho no "Centro Psiquiátrico Nacional Pedro II", no Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro, a Dra. Nise luta contra as técnicas psiquiatricas que considera agressivas aos pacientes. Por sua discordância com os métodos adotados nas enfermarias, recusando-se a aplicar eletrochoques em pacientes, Nise da Silveira é transferida para o trabalho com terapia ocupacional, atividade então menosprezada pelos médicos. Assim em 1946 funda nesta instituição a "Seção de Terapêutica Ocupacional". No lugar das tradicionais tarefas de limpeza e manutenção que os pacientes exerciam sob o título de terapia ocupacional, ela cria ateliês de pintura e modelagem com a intenção de possibilitar aos doentes reatar seus vínculos com a realidade através da expressão simbólica e da criatividade, revolucionando a Psiquiatria então praticada no país. Em 1952, ela funda o Museu de Imagens do Inconsciente, no Rio de Janeiro, um centro de estudo e pesquisa destinado à preservação dos trabalhos produzidos nos estúdios de modelagem e pintura que criou na instituição, valorizando-os como documentos que abrem novas possibilidades para uma compreensão mais profunda do universo interior do esquizofrênico.
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Pioneira da psicologia junguiana no Brasil
Os estudos de Jung sobre mandalas atraíram a atenção de Nise da Silveira para suas teorias sobre o inconsciente. Através do conjunto de seu trabalho, introduziu e divulgou no Brasil a psicologia junguiana. Interessada em seu estudo sobre os mandalas, tema recorrente nas pinturas de seus pacientes, ela escreveu em 1954 a Carl Gustav Jung, iniciando uma proveitosa troca de correspondência. Jung a estimulou a apresentar uma mostra das obras de seus pacientes que recebeu o nome "A Arte e a Esquizofrenia", ocupando cinco salas no "II Congresso Internacional de Psiquiatria", realizado em 1957, em Zurique. Ao visitar com ela a exposição, a orientou a estudar mitologia como uma chave para a compreensão dos trabalhos criados pelos internos. Para Nise, a terapia ocupacional era uma psicoterapia não verbal, única e apropriada à reabilitação de psicóticos. Ela ressaltava o alcance desta terapia para além das formas convencionais de psicoterapia (verbais), ao constatar que a comunicação com os esquizofrênicos graves só poderia ser feita inicialmente em nível não verbal. A terapia ocupacional permitia a eles, segundo suas próprias palavras, "a expressão de vivências não verbalizáveis que no psicótico estão fora do alcance das elaborações da razão e da palavra". Nise não aceitava que os esquizofrênicos tivessem embotamento afetivo, pois, acreditava que a Terapia Ocupacional negava eloquentemente esta afirmação, pois, toda aquela produção artística seria uma demonstração cabal da preservação da afetividade nestes doentes, embora guardadas em seu íntimo, como que protegida. Dentro desta perspectiva, o psicótico não era apenas uma relação de sintomas positivos e negativos, era preciso proporcionar ao paciente um ambiente onde ele pudesse encontrar o suporte afetivo que o ajudasse a retornar ao mundo externo. Temos aí o fundamento da psiquiatria de Nise e percebe-se claramente seu pioneirismo no movimento da psiquiatria antiasilar.
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CELINA FIORAVANTI
Celina Fioravanti em vida foi escritora e taróloga. Estudou na Universidade Federal do Paraná, onde se formou em Belas Artes e fez Licenciatura em Desenho. Desde 1988 passou a dedicar-se exclusivamente ao trabalho espiritualista. Hoje, sua obra literária é vasta, incluindo mais de 30 livros místicos, espíritas e de autoajuda, publicados em três países. Como taróloga, possuiu nível de Grão Mestre, segundo os parâmetros internacionais. Ela acreditava que cada pessoa é capaz de encontrar por si o caminho que a levará a realizar sua evolução espiritual e que pode fazer isso sem seguir qualquer espécie de guru. Sempre mostrou aos seus alunos como pensar livremente, como respeitar as crenças alheias e como crescer na luz. Considerava o Tarô uma ferramenta para ativar a intuição e deixar que o inconsciente possa se expressar. A oração era a sua maior aliada. Usou as Mandalas como terapia. Foi uma peregrina por fé. Buscou aprender na Antiga Tradição Cabalista. Foi uma sacerdotisa lunar, mãe e esposa. Viveu para servir e fez isso com paixão. No dia 02 de abril de 2007, ela deixou este plano para continuar o seu trabalho no mundo espiritual, sempre muito presente na vida de seus entes queridos. Após a sua passagem, seus filhos tiveram a decisão de encerrar as suas atividades de cursos à distância. Porém, foram inúmeros os pedidos para que os trabalhos não cessassem. Assim, em respeito aos seus alunos e a todos que desejam ter contato com os estudos da Celina, seus filhos ainda mantém viva este elo com ela e com o seu conhecimento, acumulado durante mais de 30 anos de estudos místicos e religiosos. Atualmente este site é mantido por seu filho mais novo, Raphael e sua nora, Claudia.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS O uso terapêutico das mandalas está quase sempre relacionado ao desbloqueio ou despertar de sentimentos e sensações que temos dificuldades para lidar ou para manifestar exteriormente. É utilizada também para o autoconhecimento e desenvolvimento pessoal; para promover cura e harmonização de pessoas e ambientes. Servindo como foco de contemplação ou meditação, ajuda a canalizar determinados tipos de energias a fim de equilibrar nosso estado físico, mental, emocional e espiritual, já que as figuras e símbolos que entram na sua composição expressam e vibram as energias específicas da pessoa. Extremamente útil como fonte de concentração e inspiração, reequilibra fluxos internos e externos, para gerar mais harmonia entre o consciente e o inconsciente, levando a pessoa a se sentir mais centrada e com maior compreensão sobre si mesma e a vida. Foi Jung que introduziu o conceito de mandala na psicologia analítica como imagens representantes do Si-mesmo, em outras palavras, reconheceu que esses desenhos eram representações simbólicas da totalidade da psique. Jung interpretou como uma expressão da psique e, em particular do Self. As mandalas podem aparecer em sonhos ou em pinturas durante a análise junguiana, ocorrendo mais provavelmente em estados de dissociação psíquica ou de desorientação. Portanto, as mandalas podem expressar um potencial para a totalidade, como procede nas tradições religiosas hinduísta e budistatibetana, podem ser empregadas como instrumento de concentração e como um meio para unir a consciência individual com o centro da personalidade. Elas também podem funcionar como proteção para indivíduos que estão fragmentados, em que a ordem rigorosa da imagem circular compensa a desordem e a perturbação do estado psíquico. Jung afirmava que podemos lidar com as imagens do inconsciente que vemos através dos sonhos, da meditação sobre elas e da interpretação delas, pois isso nos auxilia a contatar o centro do ser – que ele chama de Self – onde está a fonte da saúde psíquica, que é fundamental ao processo de individualização. Portanto, Jung, estudando as mandalas e sua manifestação no mundo oriental como instrumento de culto e de meditação, passou a desenhá-las. Observando-as no mundo ocidental, descobriu o efeito de auto cura que elas exerciam, inclusive em si mesmo. Em seguida, passou a utilizá-las como método psicoterapêutico. E concluiu que esses círculos mágicos da tradição cultural oriental, hinduísta ou budista, eram representações instintivas de um símbolo universal desenhada desde os primórdios da humanidade. Para Celina Fioravanti o conceito de Mandala é: Numa mandala, o espaço interior, onde as formas se desenvolvem, é sagrado, aquilo que está f ora desse espaço é profano (...) a linha circular é a fronteira... o limite...” entre o sagrado e �� ������� � ��� ����������� ���������� ������������ � ��� ����
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o profano. “ A mandala é um campo de força, no qual as emanações das formas, da estrutura numérica e das cores são poderes vibracionais atuantes. Então, o campo de força de uma mandala modifica a nossa energia em vários níveis. Ele estimula a mente, equilibra as emoções e ativa processos físicos, ajudando a restabelecer sua função. Citaremos como exemplo de mandala A Mandala Pessoal, que é um ”retrato personalizado” extremamente útil como fonte de concentração e inspiração para reequilibrar fluxos internos e externos, para gerar mais harmonia entre o consciente e o inconsciente, levando a pessoa a se sentir mais centrada e com uma maior compreensão sobre si mesma, além de sintonizá-la melhor com as correntes construtivas e evolutivas da vida e do cosmo. Podemos considerar a analise da Mandala Pessoal um espelho do nosso mais profundo ser. Através desta analise descobrimos pontos da nossa personalidade que até o presente momento não nos dávamos conta. Pontos estes hora negativos, hora positivos, que precisam ser trabalhados para alcançar o equilíbrio. A analise da Mandala Pessoal vai nos dar as diretrizes perfeitas de como esses pontos devem ser trabalhados, pois, é o próprio Eu interior quem está se exteriorizando e nos demonstrando o caminho a seguir. É a forma mais segura e funcional de autoconhecimento, pois a mesma é desenvolvida de dentro para fora, por isso não há como cometer enganos ou ilusões uma vez que se trata de símbolos arquetípicos na maioria das vezes desconhecido para quem os desenha. Tendo em mãos a analise da Mandala Pessoal pode-se dar inicio a um trabalho completo visando o equilíbrio e a fluidez das energias em favor da pessoa analisada já que temos conhecimento dos desejos mais profundos e frustrações que incomodam e trazem limitações que acabam por afetar sua vida afetiva, profissional, econômica e até mesmo a sua saúde. As formas de trabalhar estas limitações, frustrações, traumas, etc., são as mais variadas podendo ser desde a utilização de Mandalas criadas para equilibrar as energias em questão como exercícios respiratórios, para equilíbrio dos centros energéticos, conhecidos por Chackras, equilíbrio dos elementos, o uso de cores adequadas, fragrâncias, Musicoterapia e mais uma infinidade de meios que podem ser definidos de acordo com a necessidade de cada um Como dissemos a Terapia com Mandalas é um dos muitos recursos técnicos que a Psicologia Transpessoal pode utilizar para propiciar o autoconhecimento, a cura das emoções e ajudar o paciente a alcançar outros níveis de consciência, facilitando assim as metas transpessoais. “A mandala harmoniza o interior do indivíduo e ajuda na busca de paz interior. A mandala... tem a poderosa força de ser um instrumento curativo nos níveis material e espiritual do homem”. �� ������� � ��� ����������� ���������� ������������ � ��� ����
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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CAPA - MANDALA TALISMÂNICA NOME AMARANTHUS
“Mandalas são desenhos sagrados, são símbolos ancestrais, são um campo energético de muita força, que atuam dentro de nossa estrutura, independente da sintonia que tenhamos com ela.” A força da mandala está em seu ponto central, onde escrevo a primeira letra do nome. Outro elemento importante é a circunferência que delimita a mandala, separando o espaço sagrado do profano. Dentro da circunferência (espaço sagrado) é escrito o nome inteiro do grupo e os desenhos correspondentes ao planeta, signo, elemento, etc... , com o objetivo de criar um campo energético próprio e individual. Está formada então, a Mandala do Nome, com o poder de atrair vibrações compatíveis com as de seus possuidores. A mandala é um campo energético de muita força e nosso nome possui uma sonoridade poderosa; juntos, formam um campo de energia de força acentuada, facilitando os bons encontros da vida e a realização de nossas metas, afastando as armadilhas que nos desviam do caminho. Bom, a letra mais importante neste nome é a inicial, seguida da letra que mais se repete. E a letra “A” indica que o grupo Amaranthus tem coragem, é independente e interessado em pesquisas. Indica que tem muitas idéias e projetos. “A” é uma letra de iniciativa e de autoconfiança. Ela se repete três vezes no nome conferindo dinamismo, energia, intensidade e força de vontade ao grupo. Traz a oportunidade de novos inícios e, indica que é tempo de aprender as lições de autoconfiança e de dobrar a resolução do grupo de seguir adiante através dos próprios esforços. �� ������� � ��� ����������� ���������� ������������ � ��� ����
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O grupo deverá aprender a buscar a harmonia tendo calma, paciência, entendimento, compreensão e acima de tudo, amor. O grupo deverá também, praticar a espiritualidade buscando sempre o autoconhecimento individual; ou seja, de cada componente do grupo, através de cursos, leituras e práticas espirituais.
Quanto à mandala, ela representa: Base quatro - foi definida pela quantidade de vezes que o número um aparece no nome Amarathus (quatro vezes) . Essa base estimula a realização, organização e construção. Traz a capacidade de receber amparo, segurança afetiva e conquistas. Aumenta a energia física e ajuda a buscar segurança e estabilidade na vida através da disciplina, ordem e muito, mas muito trabalho.. Cor branca – centro da mandala. Foi escolhida por representar a proteção. Contribui para a paz e conforto. Alivia a sensação de choque emocional. Ajuda a limpar e aclarar emoções, pensamentos e o espírito. Cor verde – foi escolhida por estimular a segurança, esperança e bons sentimentos. No plano material, favorece a cura. No plano espiritual integra corpo e espírito. No plano emocional traz o amor e a amizade. Também funciona como um isolante, impedindo as perdas energéticas. Cor vermelha – foi definida pela soma total da data de reorganização do grupo quanto ao tema do trabalho (23/09/2012). Essa cor estimula as qualidades de: dinamismo, coragem e liderança. Traz gosto pelo trabalho e disposição para viver. Estimula os ideais e favorece a realização material. Cor azul – foi escolhida por estimular a intuição e capacidade de perdoar. Limpa e energiza o campo energético. Estimula também o falar e o ouvir. Ajuda a desenvolver a paciência, harmonia e equilíbrio. Acalma, limpa e ajusta as energias. Cor laranja – foi escolhida por estimular a alegria e restaurar o corpo. Também traz iluminação e recarrega e estabiliza o campo vibracional. A influência do laranja é restauradora e regeneradora. É a cor da reconstrução, da correção e da melhora. Geralmente, sua energia é usada para mudar pensamentos e ações desgastadas. Cor dourada – foi escolhida por representar o sol, a abundância, o poder. É uma cor excelente para revitalizar e equilibrar a mente. É a cor da luz e da prosperidade. As flores – foram escolhidas por representarem a nossa ligação com Divino através da natureza e, também, porque a Elzi escolheu o nome Primavera (depois ela decidiu por Amaranthus) e primavera é a estação das flores. Esta é a Mandala Talismânica do Nome AMARANTHUS e, para que haja um efeito positivo em nossas vidas, é necessário que saibamos praticar a espiritualidade respeitando o livre arbítrio e, mudarmos nossos pensamentos, sentimentos e atitudes, buscando assim nossa reforma íntima, mudando nosso foco e buscando soluções. Devemos utilizá-la de forma consciente e, é imprescindível entender que “... só a determinação inquebrantável...”, a boa vontade, a persistência, o equilíbrio e a responsabilidade com discernimento é que pode conduzir-nos a nossas metas e podermos assim, atingir nossos objetivos.
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