O O b r e i r o A p r o v a d o M a r c o s d e S o u z a B o r g e s (C ot y) "Procura apresentar-te forte a Deus, aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que m a n ej e j a b e m a P a l av a v r a d a v e r d ad ad e . " ( I I T m 2 : 1 5 )
APRESENTAÇÃO Pr. Marcos de Souza Borges, o Coty e sua esposa Pra . Raquel têm um casal de filhos, Gabriel e Bárbara. Eles são membros do Ministério Ágape e trabalham atualmente como diretores de uma base missionária de JOVENS COM UMA MISSÃO em Almirante Tamandaré na grande Curitiba. E s tã t ã o n o c a m po p o m is i s si s i o n ár á r i o d es es de d e j an a n e i ro r o d e 1 9 86 86 , q ua u a nd n d o f un u n da d a r am a m o M in i n is i s té t é ri r i o Á ga g a p e e m C ur u r it i t ib i b a, a , e v êm êm atuando nacionalmente e internacionalmente com intercessão, t re r e in i n am a m en e n to t o , a co co ns n s el el ha h a m en e n to t o , m ob o b il i l iz i z aç a ç ão ão m is i s si s i on o n ár á r ia ia , impactos de evangelismo e conquista de cidades, edificação e impl im plan anta taçã çãoo de igre ig reja jass e tamb ta mbém ém de muit mu itas as ou outr tras as form fo rmas as cont co ntin inua uam m serv se rvin indo do inte in terd rden enom omin inac acio iona nalm lmen ente te o co corp rpoo de Cristo. Eles também t êm desempenhado um ex pressivo minist ério n a área de cura e li bert ação, invest indo na restauração de famílias e igrejas bem como na formação de conselheiros conselhei ros e l ibertadores. ibertad ores. Pr. Marcos é também tamb ém autor dos livros: "A Face Fac e oculta do Amor", "O Avivamento do Odre Novo" e "A Oração do Justo".
SUMÁRIO APRESENTAÇÃO APRESENTA ÇÃO .............................. .............................................. ........................ ........ 2 SUMÁRIO ............................... ............................................... ................................ .................. .. 2 PREFÁCIO.................... PREFÁCIO.... ................................ ................................ ............................. ............. 3 Introdução..................... Introdução..................................... ................................ ............................. ............. 6 "Procura apresentar-te apres entar-te a Deus"... e não aos homens...... 19
APRESENTAÇÃO Pr. Marcos de Souza Borges, o Coty e sua esposa Pra . Raquel têm um casal de filhos, Gabriel e Bárbara. Eles são membros do Ministério Ágape e trabalham atualmente como diretores de uma base missionária de JOVENS COM UMA MISSÃO em Almirante Tamandaré na grande Curitiba. E s tã t ã o n o c a m po p o m is i s si s i o n ár á r i o d es es de d e j an a n e i ro r o d e 1 9 86 86 , q ua u a nd n d o f un u n da d a r am a m o M in i n is i s té t é ri r i o Á ga g a p e e m C ur u r it i t ib i b a, a , e v êm êm atuando nacionalmente e internacionalmente com intercessão, t re r e in i n am a m en e n to t o , a co co ns n s el el ha h a m en e n to t o , m ob o b il i l iz i z aç a ç ão ão m is i s si s i on o n ár á r ia ia , impactos de evangelismo e conquista de cidades, edificação e impl im plan anta taçã çãoo de igre ig reja jass e tamb ta mbém ém de muit mu itas as ou outr tras as form fo rmas as cont co ntin inua uam m serv se rvin indo do inte in terd rden enom omin inac acio iona nalm lmen ente te o co corp rpoo de Cristo. Eles também t êm desempenhado um ex pressivo minist ério n a área de cura e li bert ação, invest indo na restauração de famílias e igrejas bem como na formação de conselheiros conselhei ros e l ibertadores. ibertad ores. Pr. Marcos é também tamb ém autor dos livros: "A Face Fac e oculta do Amor", "O Avivamento do Odre Novo" e "A Oração do Justo".
SUMÁRIO APRESENTAÇÃO APRESENTA ÇÃO .............................. .............................................. ........................ ........ 2 SUMÁRIO ............................... ............................................... ................................ .................. .. 2 PREFÁCIO.................... PREFÁCIO.... ................................ ................................ ............................. ............. 3 Introdução..................... Introdução..................................... ................................ ............................. ............. 6 "Procura apresentar-te apres entar-te a Deus"... e não aos homens...... 19
"Procura apresentar-te ... aprovado, como obreiro ... ....30 Entendendo Entende ndo a provação ....................................... ....................... .......................50 .......50 Diagnosticando Diagnostic ando o estado de reprovação reprovaçã o ...................... .......................67 .67 Respondendo Responde ndo as provas de Deus .............................. ..................................82 ....82
PREFÁCIO Existem três tipos de pessoas que a Bíblia afirma q ue Deus está constantemente à procura. Deus está procurando por intercessores: " E b u sq s q u ei e i d e nt n t r e e l es e s u m h o me m e m q u e l ev e v an a n t as as s e o muro, e se pusesse na brecha perante mim por esta terra, para que eu não a destruísse; porém a ninguém achei. " (Ez 22:30)
Ele também procura adoradores: adoradores: "Mas a hora vem, e agora é , em qu e os ve rdad ei ros adoradores ad or arão o Pai e m e s pí p í ri r i to t o e e m v er e r d ad a d e; e ; p or o r q ue u e o P a i p ro r o cu c u ra ra a t a i s q u e a s s i m o a d o re re m . " ( J o 4 : 2 3 )
A escassez de intercessores destrói a terra, enquanto a escassez de adoradores adoradore s entristece os céus. E por fim, o próprio Jesus afirma a necessidade necessidad e de obreiros:
" Então d is se a s eu s d is cíp ul os : N a ve rd ad e, a seara é grand e, mas os obr ei ros s ão pouc os. Rog ai, pois , ao Senho r da sea ra q ue mand e t r a ba l h ad o r e s p a r a a s u a s e a r a . " ( M t 9 : 3 8 , 3 9 )
A escassez de obreiros determina o fracasso da igreja em relação à grande colheita. Quando a igreja deixa de colher, Satanás o faz, alargando as portas do inferno e assolando a sociedade. Es te tex to ap res ent a o cl amo r qu e s obr eca rrega va o coração de Jesus. Mediante um mundo de necessidades, ele se depara com a demanda de obreiros, pessoas que estão não apenas dispostas, mas legitimamente afinadas com a vontade de Deus para desempenharem o mais nobre serviço a que um ser humano pode se envolver. Pessoas que vão transformar o destino eterno de tantas outras. Uma importante questão é que a mobilização deste tipo de contingente é precedida por um processo de qualificação q ue p ou co s co rr es po nd em o u s e pr op õe a s ub met er . J es us desfecha esta conclusão dizendo: "Muitos são os cha mados, escolhidos. " (Mt 22:14)
mas
poucos
os
Há uma longa distância entre ser chamado e ser escolhido. A abordagem deste material se resume em percorrer este estreito caminho, onde tantos tem fracassado. Es ta afi rm ati va d e J esus r ev el a um ef eit o funi l. D e muitos sobram poucos. Isto mostra como o mundo espiritual impõe um processo de seleção. Ou seja, muitos são chamados, todos são provados, porém, poucos são os aprovados.
Não é de qualquer jeito, ou do nosso jeito que vamos caminhar no chamado de Deus. É importante entender, que apesar de nós sermos os chamados, o chamado é de Deus e não nosso. Ap es ar d e t udo que envolve o trat ament o de Deus, pessoas chamadas estão diante da maneira mais sublime e significativa de viverem as suas vidas. Aceitar o chamado de Deus significa concordar com a grande realidade que não sabemos a melhor forma de vivermos nossas próprias vidas, mas o Senhor sabe. A procura de Deus deve se encontrar com a nossa procura, e a nossa procura deve se encontrar com a procura de Deus. Desta intercessão emerge um genuíno ministério que pode, até mesmo, afetar toda uma geração. Este foi o grande apelo do mais incansável obreiro do reino de Deus: " P ro c ur a a p re s en t a r- t e a D e us , a p ro v ad o, c o mo obreiro que não tem de que se envergonhar que m a n ej a b e m a P a l av r a d a v e r d a d e . " ( I I T m 2 : 1 5 )
E st e l iv ro, al ém d e p os su ir um ca rát er ci rú rgi co , i rá prover uma radiografia da personalidade sob um ângulo muito pouco observado, que revelará suas deficiências básicas e motivacionais, apontando para uma erradicação de tudo aquilo que sustenta os mais graves quadros de reprovação. Nos bastidores da sua alma, uma grande revolução espiritual está prestes a romper. Uma mudança profunda que certamente será percebida por quem mais interessa: O Deus a que m am amo s. E nt re ne st a leit ur a co m os ol hos ab ert os , ouvidos atentos e acima de tudo um coração responsivo! Pr. Marcos de Souza Borges
Introdução Antes de ser obreiro ... " P ro c ur a a p re s en t a r- t e a D e us , a p ro v ad o, c o mo obreiro que não tem de que se envergonhar que m a n ej a b e m a P a l av r a d a v e r d a d e . " ( I I T m 2 : 1 5 )
Antes de Paulo mencionar sobre a postura de obreiros, ele aborda duas situações fundamentais que não podem ser, em hipótese alguma, negligenciadas. Ele fala sobre "procurar" atender estas condições: "Procura apresentar-te a Deus ( 1 ), aprovado ( 2 )... ". Isto é o que vamos tratar, respectivamente, nos dois primeiros capítulos. O objetivo primário de alguém que "procura" é simplesmente encontrar. A questão é que algumas coisas estão mais escondidas do que imaginamos. Também, pode-se levar um tempo maior que o esperado para serem obtidas. C omo veremos, só depois de vinte anos no deserto em Padã Arã é que Jacó atingiu estas condições, restaurando seus relacionamentos e redimindo sua identidade. Na verdade, indispensavelmente, antes de fazer qualquer cois a p ara Deus precis am os de um encon tro com est as realidades. Este processo vai até os porões da alma el im ina ndo a ve rgo nha e tod as as d em ais i mp ur ez as qu e bloqueiam o fluir do Espírito Santo. Surge, então, uma capacidade divina de manejar bem a palavra da verdade que se expressa através de um estilo de vida que prevaleceu sobre cada estado crônico de reprovação. Sob esta perspectiva, a Palavra de Deus não é a "espada d o p re ga do r", p or ém , co mo P aul o af ir ma, ao m en ci on ar a armadura de Deus, é a "espada do Espírito Santo", que apenas
corta através de nós na mesma profundidade que cortou a nós mesmos: "Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divi são de al ma e esp íri to, e de junt as e medul as, e é apta para d isc ernir os pensamentos e intenções do coração." (Hb 4:12)
ENTENDENDO O JUÍZO DE DEUS " V e d e e n t r e a s n a ç õ es , e o l h ai , e m a ra v i l ha i - vo s , e a d mi r ai - vo s : p o rq u e r e al i zo e m v o ss o s d i as u m a o b r a, q u e v ó s n ã o c r e r e i s , q u a n do v o s f o r c o n ta d a . " ( H c 1 : 5 )
Quantos podem dizer um grande aleluia para esta tremenda mensagem profética? Quantos acreditam nesta obra inacreditável que Deus, de repente, está por realizar na sua própria vida? Algo de maravilhar, de admirar e espantar a todos. Uma obra, também, de proporções tão grandes que seria percebida entre as nações. O qu e Deu s r eal iz ari a q ue qu and o al guém fo ss e nos contar seríamos incapazes de acreditar que tal coisa pudesse es tar aco nt ec en do? A q ue ti po d e mi la gr e, pr ome ss a ou intervenção divina o profeta s e refere? À primeira vista, tudo isto parece algo muito desejável. As expectativas incitadas aqui tornam este versículo uma realidade ainda mais assustadora. Esta é a grande surpresa de Deus para pessoas, ministérios, cidades e nações.
Na verdade, poucos discernem este texto. Ou seja, a maiori a até crê neste v ersículo, porém de uma manei ra t otal me nte eq ui voca da e d es ali nhada em r el açã o a o s eu contexto original. Na verdade, esta é uma das profecias mais di st or cid as d a Bí bli a p el os cr en tes . Seri a, po rt ant o, de extrema relevância, se compreendêssemos melhor os bastidores desta promessa em palco. Depois de um tempo de muita excelência e prosperidade que culminou no reinado de Davi e Salomão, a nação, aos poucos, no decorrer das gerações, vai entrando em expressiva decadência e começa a ser advertida de muitas formas e por muitos profetas. Vêm, então, uma terrível fase, onde parece que a idolatria e a impiedade definitivamente triunfariam. Esta foi, então, a resposta que Deus deu à oração desesperada do profeta Habacuque, quando este clamava e reclamava do silêncio divino e da sua aparente insensibilidade mediante tanto pecado e injustiça praticados impunemente pela "nação santa" (Hb 1:1-4). Só as pessoas que vêem o pecado com os olhos de Deus podem entender de fato este texto. Na verdade, o que está em pauta, é uma forte intervenção divina através de um grande juízo que surpreenderia a todos, o que se cumpriu quando J er us al ém f oi a rr as ad a e o p ov o l ev ad o em c at iv ei ro p ar a Babilônia. Normalmente, o pecado, não apenas trás uma dinâmica de escravidão, como também um terrível processo de i nse ns ib ili dad e mo ral , du reza d e c or aç ão, s egui do p el a cauterização da consciência. Isto torna ainda mais difícil, radical e desafiante o ofício profético.
Dois desafios proféticos
1. Levar o povo a crer na obra do juízo de Deus, destruindo as falsas convicções Invariavelmente, as pessoas religiosas estão à cata de profecias abençoadas. Elas não estão interessadas em ouvir e entender o coração de Deus e por isso não toleram a palavra profética quando são advertidas. Seus ouvidos estão programados para não ouvir aquilo que contraria seus interesses e desejos. Qu anto mai s ins is timos nest a posi ção, tanto m ais aceleramos e intensificamos o juízo de Deus, e o pior, menos cremos neste juízo vindouro e maiormente seremos surpreendidos por ele. Qual seria, de fato, esta obra tão admirável, referida por Habacuque, que ninguém creria? A resposta não é outra senão um ter rível t empo de ju lgamento di vino. A n ação s eria destruída e exilada! Um duro processo para tratar com as mais profundas raízes da apostasia e idolatria. Este princípio também ensina e adverte que temos uma forte tendência para a incredulidade quando a questão é o juízo de Deus! Milagres não transformam nosso caráter, o juízo de Deus sim. O juízo sempre começa pela casa de Deus. Este é um princípio de ação do reino moral. No primeiro capítulo de Habacuque Israel é julgado, no segundo, Babilônia é julgada e n o t er cei ro a s n açõ es s ão j ul gad as . C om eço u p or Is ra el e atingiu todo o mundo. Antes dos avivamentos de ordem mundial causados pelos testemunhos de Mesaque, Sadraque e Abdenego na fornalha, e t am bém d e D an iel r ev el an do o s onh o d e N ab uco do no so r, decifrando a mensagem para Beltessasar e depois na cova dos leões, Israel experimentou o maior julgamento da sua história, até então. Foi num contexto de juízo e purificação que o Deus
de Israel foi glorificado e conhecido, por várias v ezes, em todas as nações do mundo! C he ga u ma h or a e m q ue D eu s t rat a s ev er am en te co m nosso orgulho, nossa obstinação, nossas tradições, nossos pecados costumeiros, por mais que aparentemente estamos "bem" espiritualmente. Todo tipo de segurança que descarta o quebrantamento e a humildade é uma armadilha que construímos para nós mesmos. Deus estava chamando o povo a uma purificação, porém foi ignorado. Vez após vez os profetas tentaram avi sar um povo ensurdecido e obstinado. A classe religiosa estava tão segura em si mesma que qualquer profecia neste sentido era totalmente absurda. Desprezaram os verdadeiros profetas. Estavam tão acomodados com seu estilo de vida pecaminoso e religioso que seriam inevitavelmente pegos de surpresa! Isto sempre acontece quando se pratica uma "espiritualidade" que tolera a imoralidade e a corrupção. O juízo tarda, mas não falha, como Deus disse a Habacuque: " P o is a v i s ã o é a i n d a p a r a o t e m p o d e t e r mi n a d o, e se ap re ssa rá at é o fim. Ainda que s e demore, espera-o; porque certamente virá, não tardará." (Hc 2:3)
Pens ando bem, a obra maravilhos a de Deu s f oi, na ve rd ad e, mar avil ho sam ent e ho rr ív el . Um j ul gam ento d e espantar a todos. O povo foi saqueado, o templo que era tido como um amuleto que garantia a proteção divina foi ar ru in ad o, o s f il ho s f or am l ev ad os c at iv os , o s m ur os e as portas da cidade queimados e destruídos. Ninguém acreditava que tamanha destruição e escravidão poderiam sobrevir. Todo povo exilado numa terra estranha, com uma língua estranha e com deuses ainda mais estranhos.
Ap en as des ta fo rm a é qu e Is rael apr end eu a abo mi nar a idolatria que praticaram por tanto tempo. O primeiro tipo de incredulidade que Deus quer quebrar nas nossas vidas é em relação ao seu juízo. Aquela visão otimista e romântica da nossa religiosidade que nos torna insensíveis ao nosso pecado precisa c air por terra. Nosso conceito de prosperidade normalmente é falido. São atalhos que muitas vezes nos levam a perder a direção de Deus. Gostamos das soluções rápidas, milagreiras, no estilo microondas. Mas, isto contraria nossa própria natureza, que exige um processo para se desenvolver. Quanto mais as pessoas se concentram nestas soluçõe s momentâneas para resolver os problemas agudos e aliviar a dor, mais esta atitude contribui para piorar o caráter crônico da situação. Quanto mais pensamos que tudo tem que dar do nosso jeito, mais surpreendidos seremos pelo tratamento de Deus. Não é fácil quebrar aquela falsa convicção de que Deus está conosco quando na verdade estamos é obstinados. Ninguém acreditava que Jerusalém fosse entregue aos inimigos e levados para a "terra da confusão": Babilônia. Ninguém suportava a idéia que o templo pudesse ser profanado e destruído, e os seus vasos roubados. A cidade santa humilhada, ferida e cativa. Quando Jeremias profetizava contra Jerusalém, isto era i nt er pr et ad o p el os l íd er es d a n aç ão c om o s ac ri lé gi o, u m terrível absurdo. Mas simplesmente, para surpresa de todos, foi o qu e aconteceu! Poucos homens, como Jeremias, Habacuque, Ezequiel, ac red it ar am n es ta ob ra a dm ir áv el . O p ov o i nt ei ro es ta va en ganado! Os líderes da nação est avam dist raídos! Os sacerdotes estavam errados! É terrível pensar que Deus está
conosco de uma forma, quando ele está de outra totalmente oposta! Este é o maior trauma que alguém pode sofrer. Ir pa ra uma terra estranha. Permanecer num lugar que não é o lugar onde as promessas vão se cumprir. Aprender a ser um peixe fora d'água não é fácil. O p ro ces so d e D eu s m ud ar d et er mi na das c on vi cçõ es erradas que temos é extremamente doloroso, mas necessário. Envolve muit as desilusões . O p roblema é qu e al gumas d es il us ões m at am n ão ap en as a s f al sa s co nv icç õe s, c om o também as verdadeiras. Mesmo após o tempo prescrito para o cativeiro terminar, os exilados ainda permaneciam na inércia gerada por tanta decepção e sofrimento. Aqui entra o segundo desafio profético.
2. Levar o povo a acreditar na restauração Agora os profetas de Deus tinham um novo desafio: fazer o povo acreditar na restauração de Deus. Esta foi uma tarefa tão difícil quanto a de fazer o povo acreditar no juízo. Basta ler Neemias, Ageu, Zacarias, para entendermos o esforço que é necessário ser empreendido para restaurar a fé de pessoas abatidas e desiludidas pelo j ulgamento divino. Toda pessoa e ministério tem seu momento de perturbação, desilusão e incredulidade. Este tempo muitas vezes é longo. Um bom exemplo desta realidade acont eceu com João Batista, o apóstolo do avivamento. Ele estava tão deprimido e perturbado dentro daquela prisão que to das as suas convicções v acilaram. Mesmo depois de ter visto o Espírito Santo em forma co rpó rea de p omb a des cer s obr e J es us , co nfi rm an do s ua identidade messiânica, e de haver declarado abertamente a
todos que estavam diante do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, vendo cumprido o que Deus lhe falara (Jo 1:33), ainda assim, ele havia perdido a fé na sua missão maior que era ser o precursor do Messias. Sua vida parecia vazia e sem sentido naquela prisão. É como você, talvez, es teja se sentindo agora! A v er da de é q ue t od os n ós p as sam os p or s it ua çõ es e provas como estas. Porém, aqui estão as maiores oportunidades de saltarmos na fé, correndo nas pegadas das gaz elas, con quist ando lugares ai nda mais elev ados . O problema é poucos conseguem perceber estas oportunidades que tem o poder de nos lançar para o topo da dependência de Deus.
Algumas lições acerca do juízo divino - Deus sempre tem um plano de resgate que é elaborado antes de sermos entregues ao cativeiro. Antes da destruição do templo de Salomão, no capítulo quarenta do livro do profeta Ezequiel, Deus já havia dado a planta do novo templo a ser restaurado. Aqui entendemos o princípio onde o Cordeiro de Deus foi imolado antes da fundação do mundo. Deus nunca age irresponsavelmente. Ele está pronto para lidar com os desvios da raça humana. O objetivo final do juízo não é destruir, mas reconstruir de acordo com o propósito original. - Tod o juí zo qu e ex pe rim ent amo s é um at es tado d o i nv es ti ment o de Deus . D ep ois qu e De us j ul ga al gu ém, o próximo passo é que ele vai usar este alguém. A identidade, a consciência e o propósito ganham clareza e profundidade e podemos edificar sobre o alicerce adequado. Entendemos melhor quem somos em Deus e onde devemos chegar.
Compreendemos que as tribulações são importantes no desempenho da nossa missão. Aquele otimismo e romantismo egoísticos são substituídos por uma motivação inegociável de tão somente glorificarmos a Deus, não importa se é pela vida ou pela morte, pela abundância ou pela escassez, pelo sucesso ou pelo "fracasso". A cruz tem os seus paradoxos. - Reconstruir é mais difícil que construir, porém existe u m o ut ro p ri ncí pi o aq ui . O q ue v oc ê r ec on st ró i é s em pr e melhor que o que você construiu. A experiência é a mestra da sabedoria. A glória da segunda casa é sempre maior que a da primeira. tudo que você aprendeu com a destruição será usado na reconstrução. - "O ju sto vi ver á pela fé" (Hc 2: 4). Est a é t alv ez a principal lição que aprendemos quando somos trilhados pelo tratamento divino. Aprendemos a temer e tremer dian te da palavra que procede da boca de Deus. Aprendemos que única fonte de direção e segurança é a palavra de Deus. Ela está acima de todas as circunstâncias, pressões, opressões e situações. "Mil cairão ao teu lado e dez mil à tua direita, m a s t u n ã o s e r á s a t i n gi d o . " ( S l 9 1 : 7)
Quantos podem confiar nesta verdade apesar de vivermos num t empo onde t ant os est ão abalados e atingidos pel a incredulidade e desistência? Existe um lugar de proteção. Alguns tem achado este lugar. São os que se submetem ao tratamento de Deus com fidelidade. Homen s como Daniel, Neemi as, Ez equi el, Sadraque, Mesaque, Abdinego e tantos outros, que mesmo no
cativeiro mantiveram a sua fidelidade e experimentaram o poder manifesto de Deus. Eles prevaleceram mediante as condições mais desfavoráveis. Entenderam a justiça divina, confessaram as culpas da nação e as iniqüidades dos pais. Se compadeceram daquela geração e intercederam pela restauração do povo que se encontrava em total assolação. Fizeram toda a diferença!
O CONHECIMENTO DINÂMICO DE DEUS Este texto expressa uma visão aprimorada, nua e cru a, sem ilusões, de como Deus age conosco, para que possamos, realmente, conhecê-lo: " Vi nd e, e to rn emo s para o S en ho r p orqu e el e despedaçou e nos sarará; fez a ferida, e a ligará. Depois de dois dias nos dará a vida: ao terceiro d ia nos r es sus ci ta rá, e viv ere mo s d ian te d ele . Conh eç amos, e p ros siga mos em conhec er ao S en ho r; a s ua s aí da , c om o a a lv a, é c er ta ; e e le a nós virá como a chuva, como a chuva serôdia que rega a terra. " (Os 6:1-3)
O Deus que fere e que cura O grande drama da cura de Deus é que ela, na maiori a das vezes, é precedida por uma ferida, também de Deus. Antes de um cirurgião remover um tumor, ele precisa usar o bisturi para cortar. Não se pode curar sem operar e não se pode operar s em ferir. Est a é uma lei ób via para quem trat a responsavelmente das raízes dos problemas das pessoas. P re ci sam os co nh ec er a D eu s n es te s en ti do . É co mu m pularmos os dois primeiros versículos do texto mencionado, fugindo do seu contexto e teorizar ou racionalizar o
conhecimento divino. Porém, conhecer a Deus na essência, é experimentar o que Oséias experimentou. O conhecimento de Deus começa com as feridas que ele mesmo abre em nossas vidas: " .. . el e d es peda ço u, e n os sa ra rá, f ez a fe rida , e a ligará."
Toda pessoa e ministério poderosamente usados por Deus precisa poder dizer o que Paulo disse: "Trago no meu corpo as m ar ca s d e C ri st o" . Da mesma forma, Is aías des creve o Messias como "ferido de Deus". Jacó, também, foi atingido pela espada do anjo do Senhor. De us s ab e como n os feri r no p ont o ce rto. E le t em a perícia de um exímio cirurgião. Existe, porém, uma diferença entre a ferida e a cicatriz. A cicatriz nada mais é que a ferida curada. A marca e a lembrança existem, porém, a dor, a vergonha, a vulnerabilidade foram totalmente superados. É importante mencionar, não apenas as "feridas de Deus", mas as "cicatrizes de Deus". Acima de tudo Deus é um Deus de cicatrizes. A essência da unção messiânica é restaurar a cana quebrada e reacender o pavio que fumega. Cada cicatriz de D eus r ep res ent a um a t reme nd a ga ma de ex per iênci as profundas que redunda num conhecimento divino legítimo e palpável. Isto pode ser perfeitamente traduzido pelas palavras de Jó após todo o seu sofrimento: "Eu te conhecia só de ouvir mas agora os meus olhos te vê em. Por is to me abomi no, e me a r r e pe n d o n o p ó e n a c i n z a" . ( J ó 4 2 : 5 , 6 )
C on hec er a D eu s n ão é m er am en te s er u m ex per t em Bíb li a e t eol ogi a. Na v er dad e, na m esm a pr opo rção qu e alguém torna-se um exímio defensor de suas doutrinas, pode
também assimilar uma tendência de tornar-se não ensinável, independente, fechado para a diversidade e anti-sinérgico. Es te ti po d e bl oq uei o en ges sa o cr es cim ento e p eca contra a progressividade da revelação divina. Este é o doentio processo de tradicionalização da mente. É cru ci alm ent e necess ário mant er u ma post ura de flexibilidade capaz de não desprezar o "velho" como também, não nos fechar para o "novo" de Deus: " E d is se -l he s: P or i ss o, t od o e sc ri ba q ue s e f ez d is cí pu lo do r ei no dos céu s é s emel hant e a u m h ome m, p rop ri etá rio, q ue ti ra d o s eu t es ou ro coisas novas e velhas". (Mt 13:52)
Segundo Oséias, conhecer progressivamente a Deus é o processo onde Deus fere, trata da ferida, cicatriza, vivifica e ressuscita. Em cada processo cirúrgico, Deus vai removendo tudo aquilo que impede nossa fé em relação ao seu caráter. Quanto mais esta fé cresce, tanto menos valorizamos as crises ci rc un st an ci ai s. A ad or aç ão e u ma p er sp ec ti va s ól id a d a grandeza de Deus brotam poderosamente em nossas vidas.
O cântico de Habacuque: o espírito do verdadeiro adorador " Ai nd a q ue a f igu ei ra n ão f lo re sç a, n em h aja f ruto n as vi des; ai nd a q ue f al he o p rodu to da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que o rebanho seja exterminado da malhada e nos cu r rais nã o haja gado. Todavia eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação. O Senhor Deus é a minha força, ele fará
os meus pés como os da corça, e me fará andar sobre os meus lugares altos." (Hc 3:17-19)
Este é o espírito do cântico de Habacuque! Ainda que não estamos vendo as possibilidades de crescimento e frutificação, ainda que não sentimos a unção, ainda que estamos s endo confrontados com a escassez de recursos e resultados, ainda que muitos estejam nos abandonando, todavia, Deus permanece fiel e digno da nossa fidelidade! Isto, realmente, é adoração! Este é o processo pelo qual vamos conhecer a Deus e colocar em Deus e em mais nada ou ninguém a nossa confiança e satisfação. Então o Senhor será nossa força, nos fa rá s al ta r e ca min ha r p or l uga res alt os , a cim a d os m ais elevados obstáculos. O livro de Habacuque começa com uma interrogação e termina com uma exclamação. Deus deseja transformar todas as nossas perguntas em respostas surpreendentes de fé ! Fidelidade deve existir, não apenas quando tudo vai bem, mas quando tudo vai mal. Tem um ditado que diz: "quando o navio afunda os ratos caem fora". É assim que Deus prova e conhece quem é quem. Quem é você? Só nos momentos de prova é que você saberá! Adoração é o saldo positivo de fé deixado pelas provas de Deus. Aqui nasce não apenas uma nova canção, mas é onde o espírito de um verdadeiro adorador é forjado. Est a foi a postura profética de Habacuque. Só pessoas que compreendem o poder do tratamento de Deus al can çam es te ní vel d e f é e a dor aç ão . S ão p es so as curadas, que tem cicatrizes de Deus em suas vidas, pessoas sadias que adquiriram a integridade necessária para servir a Deus e suportar as pressões de um verdadeiro reavivamento!
"Eu ouvi, S enhor a tu a f ama, e temi; a viva, ó Senhor a tua obra no meio dos anos; faze que ela s e j a c o n h e ci d a n o m e i o d o s a n o s ; n a i r a l e m b r a - t e da misericórdia. " (Hc 3:2)
No círculo evangélico, avivamento é uma das palavras que estão na moda, em alta. Porém, percebemos que a maioria das pessoas não entendem bem as implicações pessoais de um avivamento. Se você realmente deseja e aspira o avivamento, se você quer a vinda de Deus para sua vida, igreja e s oci ed ad e, v oc ê pr ec is a r es po nd er a e st a p er gu nt a q ue o profeta Malaquias faz: "Mas quem suportará o dia da sua vinda? E quem s ub si st ir á, q ua nd o e le ap ar ec er ? P oi s e le s er á co mo o fogo do ouriv es e como o sabão de lavandeiros. " (Ml 3:2)
Vo cê v ai s upo rt ar a pu ri fic aç ão d e D eus ? Você v ai subsistir diante da sua correção? Vai agüentar o fogo purificador e a limpeza que ele quer fazer? Quando ele começar a lavar toda a roupa suja, desencardindo nossa alma, será que vamos suportar? Você ainda quer um avivamento? Um que comece por você??? Capítulo 1
"Procura apresentar-te a Deus"... e não aos homens Esta primeira situação fundamenta-se principalmente no as pe ct o moti vaci on al d o s ervi ço . A aç ão i nt en ci on al d o
co ra ção é t ão i mp or ta nt e q uan to o d es em pen ho e a t ar ef a ministerial exercida. O "para quem" estamos fazendo é tão relevante como "o que " es tamos f az en do. A q ue st ão n ão é s ó f az er . É vi tal f oc al iz ar e d is ci pl in ar a m ot iv aç ão d o n os so d es em pe nh o ministerial em agradar a Deus antes mesmo que servi r aos homens. Esta é uma questão de alicerce. O crescimento aparente s e fun dame nta num a b as e q ue ni ngu ém pod e v er po rq ue encontra-se enterrada. Esta é uma importante lei da edificação. Quando pensamos em alicerces, entendemos que também é necessário crescer para baixo. Isto aponta para o trabalho de Deus nas nossas motivações. Sem este fundamento aquilo que estamos construindo fica comprometido. De us é cap az d e aval iar a i nt en çã o d e cad a es fo rço praticado. Deus vê além daquela impressão externa que ca us amos nas p es soas . Ob vi am ent e, el e c onh ece nos sa s intenções mais íntimas. "Deus não vê como o homem vê, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha p a r a o c o r a ç ã o. " ( I S m 1 6 : 7 )
Esta foi uma advertência feita a um profeta que tin ha profunda sensibilidade à voz de Deus e uma depurada capacidade de discernimento. Até Samuel estava deixando-se enganar pelas aparências. Este, porém, é um erro que Deus jamais comete. Na verdade, é tão fácil enganar as pessoas, qua nto im pos sí vel en gan ar a D eus . E le s ond a e dis cer ne nossas intenções mais profundas. É desta forma que atestamos para Deus nosso fracasso moral e o adoecimento emocional. Uma motivação corrompida já condena uma obra antes mesmo de ser começada. É uma
casa sem alicerces ou com alicerces subdimensionados. Por um lado as coisas acontecem, mas por outro vão tornando-se cada vez mais instáveis e vulneráveis. Chegará o momento em que a frágil resistência do alicerce exibirá sua insuficiência sendo esmagada pelo peso próprio da obra. Esta é uma questão "matemática". De fato, apesar das coisas no mundo espiritual não funcionarem de forma imediata, elas funcionam com extrema precisão. Sempre que uma construção desaba muita gente morre e machuca. Da mesma forma, todo investimento ministerial at ra vés d e mot iv ações do en ti as e obs cu ra s n ão ap en as é suicídio, como pode destruir a muitos. Nossa motivação é crucial no que tange a sermos q ua li fi cad os co mo o br ei ro s. O q ue i ns pi ra n os sas aç ões e motiva nosso serviço é tão relevante quanto a própria ação e o serviço em si. Na verdade, todo esforço íntimo no sentido de impressionar homens nos desqualifica perante Deus. Qu an do v al or iz am os m ai s a o pi ni ão hu man a d o q ue a aprovação divina, exibimos uma motivação espiritualmente corrompida que compromete nosso serviço.
A LEI DOS DOIS ALTARES Em várias ocasiões na Bíblia, percebemos a necessidade de se levantar dois tipos de altares: um escondido ou íntimo e o outro público ou testemunhal; um para Deus e outro para as pessoas. O primeiro altar fala do testemunho que Deus dá acerca de nós e o segundo altar fala do testemunho que damos acerca de Deus. Existe, porém, uma importante seqüência a ser obedecida. O altar íntimo sempre precede o altar do
testemunho. Esta é a lei dos dois altares. Ou seja, antes de sermos apresentados aos homens, precisamos nos apresentar diante de Deus. A afirmação dos homens não vale muita coisa quando não temos a aprovação divina. A vida íntima com Deus se mpre precede a vida pública com os homens. Sempre que invertemos esta seqüência transgredimos esta lei. Aqui, entendemos porque tantas pessoas, da mesma forma que se levantam com uma aparência que impressiona, subitamente "desaparecem". Sem uma vida íntima com Deus, agregamos uma inconsistência que mais cedo ou mais tarde nos fará vítimas da vida pública e da imagem que tentamos sustentar perante as pessoas, Esta foi a terrível transgressão de Saul que o desqualificou como rei. Mesmo depois de desobedecer a Deus, el e aind a con tinu ava m ais pr eocup ad o com s ua i ma gem pública, do que com a sua situação diante de Deus: " Ao q ue d is se S au l: P eq ue i; h on ra -m e, p or ém , a g o ra d i a n t e d o s a n c iã o s d o m e u p o v o , e d i a n te d e Israel , e vol ta comigo , para que e u adore ao S e n ho r t e u D e u s . " ( I S m 1 5 : 3 0 )
A Bíblia nos adverte que não podemos basear nossa vida numa aparência sem consistência. Impressões superficiais que convencem a opinião pública duram muito pouco. Portanto, não se pode evitar a destruição daquilo que é aparente. É como a erva e a sua flor sob o impacto causticante do "Sol da Justiça":
"Pois o sol se levanta em seu ardor e faz secar a er va; a sua flor cai e a bel ez a do seu aspe cto p e r e c e. . . " ( T g 1 : 1 1 )
Aparente ou permanente? Este é o grande dilema mot iv aci on al. A r ecei ta d a con sis tên cia es pi rit ual é um compromisso pessoal, íntimo e constante com a vontade revelada de Deus: "... aquele que faz a vontade de Deus, permanece p a r a s e m p r e. " ( I J o 2 : 1 7)
Motivações e princípios S acri fi ca ndo n o al tar í nti mo n ós r evel amo s nos sas m ot iv aç õe s e s acr if ic and o n o al ta r p úb li co e xp re ss am os nossos valores e princípios. Motivações por natureza tem um caráter oculto, enquanto que nossos valores e princípios tem um caráter evidente, comportamental. Da mesm a forma que é fácil p erceber os valores e princípios de uma ação, pode ser extremamente difícil descobrir a motivação. Do ajustamento sinérgico entre as motivações santificadas do coração e os princípios divinos praticados d ep en de a c on si st ên ci a d a p er so nal id ad e e a i nt eg ri dad e espiritual. Por mais que noss as motivações s ej am cert as , s e o princípio é errado, o resultado será morte. Igualmente, por mais que agimos com o princípio correto, porém se a motivação é errada e corrompida, o resultado também será morte.
Davi teve uma motivação correta ao trazer de volta a arca para Jerusalém, porém agiu com o princípio errado colocandoa nos lombos de bois e não nos ombros dos sacerdotes. O princípio ensina que o sacerdote carrega o peso da responsabilidade de conduzir a presença de Deus. Este princípio foi quebrado. No primeiro tropeço dos bois, Uzá colocou sua mão na arca para que esta não caísse. Estava tentando ajudar. Novamente vemos alguém muito bem intencionado, porém, quebrando um princípio. Ele não estava autorizado a tocar na arca. Por mais bem intencionado que Davi e Uzá estivessem, Uzá morreu fulminado. De outra sorte, ou azar, Ananias e Safira ofereceram aos apóstolos uma grande oferta de uma propriedade que venderam. Estavam praticando o princípio de dar. O princípio estava totalmente correto. Porém, eles não estavam dando livremente. Eles queriam em troca reconhecimento público. Queriam tanto impressionar a todos que não tiveram a sinceridade de coração de dizer que precisavam de parte daquele dinheiro. Então eles falaram que estavam dando tudo, quando na verdade retiveram parte do preço da propriedade. Mentiram não só aos homens, mas ao Espírito Santo. Ambos morreram. Fico imaginando quantos An ani as e S afi ra j á es tão m ort os ou morr en do d ent ro de nossas igrejas.
O ALTAR ESCONDIDO E O ALTAR PÚBLICO O altar secreto do quarto e a recompensa pública que vem de Deus " Mas tu , q ua nd o o ra re s, e nt ra n o t eu q ua rt o e , fechand o a porta , ora a teu Pai q ue es tá e m
secr eto ; e teu Pai, que vê e m s ecre to, recompensará publicamente, " (Mt 6:16)
te
O quarto pode ser definido como qualquer lugar onde rotineiramente desfrutamos de uma privacidade com Deus. Dent ro do qu art o, s omos nós mes mos , ex er cit am os t ot al transparência e p odemos derram ar noss o coração com sinceridade. Al tar é o l uga r on de n os sa v ont ad e é que br an tada e simplesmente damos a Deus tudo que ele está pedindo. É um lugar de sacrifícios, onde oferecemos a Deus algo q ue nos custa e que lhe é agradável e verdadeiro. A palavra "sacrifício" em latim significa "tornar santo", Todo altar é um local onde somos poderosamente tocados e trans form ados pela voz de Deus, Este é o mais elevado princípio de santificação pessoal, No "altar do quarto" oferecemos uma parte do nosso di a, do nosso t empo, e, portanto, da nossa vida, buscando a face de Deus e examinando as Escrituras. Este altar secreto não se constrói na igreja, ou através da comunhão com os irmãos, mas no quarto, a sós com De us, Jesus está explicando o poder de uma vida devociona l e do relacionamento pessoal com o Pai. É no quarto q ue vamos t er as mai s fort es e íntimas revelações e experiências. No quarto aprendemos a apoiar a nossa fé numa dependência total de Deus e não de pessoas. A consciência pessoal que Deus é a nossa fonte inesgotável determina a linha da maturidade. Muitas vezes alimentamos uma expectativa nas pessoas que deveria ser canalizada apenas para Deus. Isto é aceitável durante um espaço de tempo como recémconvertidos, porém se perdura, podemos nos condenar a uma vida espiritual imatura e que oscila de acordo com as
circunstancias, Sempre que dependemos mais de pessoas do que de Deus nos expomos a muitas decepções que tend em a nos fragilizar ainda mais. Uma vida ministerial "pública" bem sucedida nada mais é que o efeito espiritual do relacionamento pessoal e da vida secreta com Deus,
O campo das ovelhas e o campo de batalha " Di ss e mai s D avi : O S en ho r q ue me li vr ou d as garras do leão, e das garras do urso, me livrará da mão deste filisteu. Então disse Saul a Davi: V a i , e o S e n h o r s e j a c o n ti g o , " ( l S m 1 7 : 3 7 )
Aqui t emo s o altar solitário do cam po das ovel has precedendo o testemunho no campo de batalha, quando o herói de guerra dos filisteus, que afrontava o exército de Israel, foi publicamente derrubado. Antes de vencer Golias, Davi, no anonimato, venceu as garras de um leão e de um urso. Antes de se impressionar com a presença intimidadora do gigante, Davi havia se impressionado com a grandeza de Deus. Na verdade, quem venceu Golias não foi Davi, mas o relacionamento que ele tinha com Deus. Davi sabia como fazer da solidão do campo uma oportunidade constante de desfrutar da presença divina. Isto fez dele um verdadeiro adorador. Não havia ninguém mais ao redor para querer impressionar ou que pudesse corromper sua motivação. Sua vida de adoração era pura e legítima. Antes de tomar a espada de Golias, Davi recebeu uma harpa de Deus. A harpa de Deus recebemos no altar oculto e a espada do gigante recebemos no altar do testemunho, quando Deus nos recompensa p ublicamente.
Esta é a unção de Davi; a harpa de Deus numa mão e a es pa da d o g ig an te n a o ut ra. De st a f or ma el e r ep re en de u e venceu o principado demoníaco que vinha perturbando o rei e o governo da n ação por tanto tempo: " E q ua nd o o e sp ír ito ma li gn o d a p ar te d e D eu s v i n ha s o b r e S a u l , D a v i t o m a va a h a r p a, e a t o c a v a co m a sua mão; então S aul s en tia alívio, e se a ch av a m el ho r e o e sp ír it o ma li gn o s e r et ir av a d e l e . " ( l S m 1 6 : 2 3)
Depois de Davi ter vencido a Golias, expondo sua cabeça à multidão, o rei impressionado com o feito tentou se informar sobre quem era aquele rapazinho que surpreendera a todos. O mais interessante é que ninguém sabia ou podia dizer quem era Davi: "Quando Saul viu Davi sair e encontrar-se com o filisteu, perguntou a Abner, o chefe do exército: D e q ue m é f il ho e ss e j ov em , A bn er ? R es po nd eu Abner: Vive a tua alma, ó rei, que não sei. Disse e n tã o o r e i: P er gu n ta , p o i s , d e q u em e l e é f i lh o, " ( I S m 1 7 : 5 5, 5 6 )
Davi era um desconhecido, um "Zé Ninguém" para os homens. Porém, apesar de não ser conhecido pelos homens era muito bem conhecido de Deus! Quando Golias desafiou todo o exército pedindo: " . . . d a i me um homem, para que nós dois pelejemos " ( I Sm 17:10) , Deus ouviu a oração de Golias e deu-lhe Davi. Apesar de também ter sido desprezado pelo gigante, era a arma secreta de Deus.
Esta é a bênção do Vale do Carvalho, o altar do testemunho, onde Deus recompensa nosso relacionamento com ele, e nos entrega publicamente os nossos inimigos. Este vale é muito estratégico por que a partir dele é que muitas oportunidades surgem. O testemunho ungido que vem de uma vida secreta com Deus tem o poder de ampliar as nossas fronteiras. Após vencer o herói dos filisteus, a vida de Davi tomou outro rumo que o conduziu ao governo da nação.
O altar escondido dentro do Jordão e o memorial fora do Jordão O Jordão é o limite da mudança. É quando você sai d o deserto e passa a conquistar e desfrutar de um território onde as promessas de Deus vão se cumprir. Do deserto, ou você sai aprovado, ou você não sai, morre! O Jordão é para aqueles que não só saíram do Egito, mas que também abandonaram a mentalidade de escravos. O Jordão também comunica o sentido real do arrependimento. Arrependimento não é apenas você reconhecer que errou, não é apenas você admitir e confessar os fracassos morais, não é apenas você dizer: realmente eu fiz estas coisas que não deveria ter feito e sinto muito. Na verdade, nenhuma destas situações definem o arrependimento. Confundir confissão com arrependimento é um grave erro. Como você já deve saber, arrependimento é traduzido o ri gi nal men te d a p al av ra g re ga "m et anó ia " q ue s ig ni fi ca mud ança d e ment e e propós ito. É quando você res olve mentalmente e com absoluta determinação: este erro que eu f az ia, n ão v ou f az ê- lo m ai s! A s t en ta çõ es à q ue e u c ed ia
minha vontade, não vou ceder mais! Nem que tenha que suar s an gu e! M ud ei mi nha mo ti vaç ão, di sposi ção, di re ção e mentalidade! Esta é a genuína dimensão do arrependimento. Esta decisão interna de mudança estabelece uma nova direção que nos reconcilia com a verdade e o propós ito de Deus. A inconstância é substituída pela firmeza e determinação. Um novo posicionamento que concorda com a vontade divina é firmemente estabelecido. Somos conduzidos a vitórias inesperadas e surpreendentes ! É aqui que o pecado e a corrupção se ajoelham diante do poder do Espírito Santo. A partir de um arrependimento genuíno, "não é você que vai deixar o pecado", "é o pecado que vai te d eixar". O altar do Jordão é um dos principais marcos de Deus na vida de uma pessoa. Este batismo de arrependimento também f oi c el eb ra do p or d oi s al ta re s: u m es co nd id o n o l ei to d o Jordão e o outro fora do Jordão com pedras tiradas do leito do rio. O altar escondido fala da experiência íntima, da mudança de coração e mentalidade, a que o próprio Deus testemunhou que aconteceu conosco: " A m on t o o u J o s u é t a m b é m d o z e p e d r a s n o m e i o d o Jord ão, n o lugar e m qu e pa rara m os pé s dos s ac erd ote s q ue l ev ava m a a rca d o p ac to ; e a li e s t ão a t é o d i a d e h o j e . " ( I s 4 : 9 )
Este altar é só para aqueles que pisaram o leito seco do Jordão. Depois que as águas voltaram a percorrer o leito do rio, ninguém mais podia v er aquele altar, senão Deus. O altar público, por sua vez, é o testemunho que damos do que Deus fez, de como ele realizou o milagre da mudança em nossas vidas. É simplesmente o fruto de uma experiência pessoal e íntima com Deus:
"Tirai daqui, do meio do Jordão, do lugar em que e st iv er am p ar ad os o s p és d os s ac er do te s, d oz e p e d r as , l e v a i - a s c o n v o s co p a r a a o u t r a b a n d a . . . " (Js 9:3)
Tod a t rav es si a na vid a, tod a m ud an ça e spi ri tu al d e endereço e mentalidade é marcada por estes dois altares. Tudo começa com o testemunho que Deus dá acerca de nós e se completa com o testemunho que damos acerca dele. Esta é, portanto, a primeira parcial do princípio de nos apresentar diante de Deus.
Capítulo 2
"Procura apresentar-te ... aprovado, como obreiro ... Ant es d e s er um o br ei ro, é t amb ém n ec es sári o es tar ap rov ad o. C om o o bs erv amo s no t ít ul o acim a, a p al av ra " ap ro va do " pr eced e a pal av ra "ob rei ro ". O bedec er e st a seqüência é essencial. Uma pessoa que não está aprovada pode comprometer não apenas sua vida, como também a obra que realiza. Es ta s egund a s it ua ção ab or da a ne ce ss id ad e de um a qualificação. Obviamente que a primeira situação, tratada no capítulo anterior, é um pré-requisito para esta. O ponto de partida da obra de Deus são as nossas m ot iv aç õe s. E m p ri mei ro l ug ar p reci sam os a li nh ar n os so perfil motivacional com o temor de Deus, em segundo lugar
estarmos aprovados e, só então, desempenhar nosso serviço ao Senhor. A rigor, antes de mais nada, é importante entender que nós somos a obra de Deus. Estamos em construção. Somos o templo que o Espírito Santo está edificando. O lugar que Jesus está preparando na eternidade para nós (Jo 14:2 ) está dentro de nós mesmos : é o nosso homem interior que se exteriorizará em glória num corpo celestial ( I Co 15:40-54). Aq uel a "m an são " q ue vo cê e spe ra m or ar n o c éu es tá s en do i nvi siv el ment e con str uíd a d ent ro d e v ocê m es mo , através da visível obra e transformação que o Espírito Santo está fazendo em sua vida, em virtude da sua maleabilidade, quebrantamento e submissão à vontade divina. Em se tratando de servir a Deus, o mais importante não é fazer, mas deixar Deus fazer em nós. Quando Ele faz em nós, certamente também fará o mesmo através de nós. De f ato, existe uma enorme diferença entre você fazer a obra de Deus e Deus fazer a obra dele através de você. Por isto é tão importante o princípio da cooperação. " Po rq ue n ós s om os c oo pe ra do re s d e D eu s; v ós sois lavoura de Deus e edifício de Deus. " (I Co 3:9)
A questão básica da aprovação Gostaria de propor uma pergunta: Qual é a primeira coisa que temos que fazer para sermos aprovados diante de Deus? Dê uma paradinha na leitura e tente responder... Invariavelmente, quando pergunto às pessoas o que temos que f az er par a s er mos ap rov ad os dia nte de Deu s, q uas e sempre, ouço muitas respostas redundantes.
Alguém logo responde: obediência! Outros asseguram: temos que temer ao Senhor! Ainda outro s afi rmam com certeza: para .sermos aprovados temos que andar em santidade ! Viver por fé! ...e assim vamos ouvindo respostas cada vez mais "espi ritu ai s", mas q ue f ogem da sim pli cidade da pergunta. Al gu ns s e a pr ox im am m ai s d iz en do q ue é n ec es sá ri o passar na prova. Porém, antes de passar na prova precisamos fazer a prova. Então, a primeira coisa a fazer para sermos aprovados é simplesmente : a p rov a ! Ninguém pode ser aprovado numa prova que não fez! Só existe um caminho para a "aprovação": a provação, testes, t entações, etc. ! "Bem-aven tu rado o homem qu e su porta a p r o va ç ã o ; p o r q u e, d e p oi s d e a p r o va d o , r e c e b e r á a coroa da vida, que o Senhor prometeu aos que o amam. " (Tg 1:12)
Quantas vezes fazemos promessas e votos para Deus que não cumprimos? Falamos: Deus, eu vou crer em ti! ... Eu vou obedecer meu chamado ministerial! .... Eu vou ser fiel a ti com minhas finanças! ... Vou ganhar muitas almas para o teu reino! ... Porém, quando a primeira necessidade surge, entramos em colapso. A primeira dificuldade no chamado vem, e já pensamos em desistir: "talvez não seja bem isto o que Deus tenha para mim". Quando as pessoas que nos ajudam financeiramente se esquecem de nós, ou o salário en colhe, esmorecemos e ficamos feridos e desanimados. Aos poucos, nos acomodamos ao ritual da igreja, aos cultos, aos seminários e congressos e nos esquecemos dos que se perdem. Cada vez que somos provados em relação aos propósitos que estabelecemos, simplesmente fracassamos.
A verd ad e é q ue muit as pr ov as v ão aco nt ecen do d e maneira natural e sutil no decorrer da nossa vida. Porém, cada resposta insuficiente ou inadequada que damos a estas provas impõe amarras espirituais que, paulatinamente, nos distanciam da possibilidade de conquistar o sonho de Deus e cumprir o seu propósito. Se, de fato, almejamos ser um obreiro no Reino de Deus, precisamos nos matricular na escola do Espírito Santo, tendo a disposição de sermos tratados e edificados pela Pal avra de Deus. Esta escola dura a vida inteira e o Espírito Santo têm um currículo especial, dinâmico e apropriado para cada um de nós. Nossas motivações mais íntimas, nossa fé e perseverança, nossas convicções e sentimentos, nosso conhecimento, nosso chamado e ministério serão provados mediante toda sorte ci rc un st ân ci as es pe ci fi cam en te co nt rár ias . D eu s n un ca é superficial banalizando nossas falhas de caráter e as distorções que ainda temos na nossa personalidade. Acima de tudo, a fé é uma musculatura que não pode deixar de ser exercitada. "E sabe mos qu e todas as cois as contribue m junt ament e pa ra o bem daqu ele s que ama m a D e u s , d a q u e le s q u e s ã o c h a ma d o s p o r s e u d e c r e t o . " (Rm 8:28)
Es te t ex to apont a para a n eces sid ad e de qu eb rar um sofi sma que muit os tentam sustentar. Ou s ej a, quando atendemos ao chamado de Deus, mesmo andando em obediência, não q uer dizer que só acontecerão coisas positivas e animadoras. O centro da vontade de Deus não nos isenta das provas, das dificuldades e das resistências oferecidas pelo mundo espiritual.
Quando Paulo fala: "... mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou " (Rm 8:37), o que ele quis dizer realmente com isto? Ele estava se referindo a vencer o que? O que seriam "todas estas coisas"? Significa a resistência que está por vir, aquilo que vai nos testar consistentemente. Gostamos da idéia de que somos vencedores sem ter que lutar, ou de sermos aprovados sem ao menos fazer a prova. Porém isto não é correto e não funciona desta forma. Paulo, então, explica: "... qu em n os s ep arará do amor d e Cri st o? a tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?" (Rm 8:35)
Se você está passando por alguma destas situações, então você está diante da tremenda oportunidade de não duvidar do amor de Deus e tornar-se um vencedor. A atitude certa de concordar com o caráter de Deus em cada prova funciona como uma senha que destranca portas e r om pe as n os sas f ro nt ei ras . A v it ór ia d e J es us p re ci sa s er endossada em cada luta que passamos através de uma identificação com o seu caráter. Bas icame nt e, é ne ce ss ári o um d es pr end ime nto p ara enfrentar qualquer situação. Encarar tudo como um acréscimo, ou s ej a, saber abs orver a parte boa de toda e qualquer adv ersidade. Sem est e ent endiment o abort amo s a real possibilidade de sermos "aprovados".
A desintegração do caráter - A síndrome da debilidade moral crônica Vivemos num mundo debilitado e degenerado moralmente. A decadência está em alta. O moral relativou-se a ponto de tolerar e ser confundido com o imoral. Faceamos uma aguda inversão de valores que, absurdamente, é tida como avanço cultural e modernidade. O pior é que isto está entrando para a igreja e co nt am in and o- a. P es so as q ue ac ei tam a d eb il id ad e m or al crônica se amoldam às circunstâncias imorais que rotineiramente as afrontam. Acabam se conformando com os valores iníquos do presente século. Em muitas igrejas o crescimento tem sido acompanhado pela mundanização. A ética da personalidade em detrimento da ética do caráter, onde os princípios básicos que regem o mundo espiritual são ignorados e violados, deixando tantos crentes à mercê das ataduras satânicas. O problema é que a ignorância não nos isenta das conseqüências e puniç ões da quebra da lei. Um estilo de vida embalado pela ignorância moral dá lugar ao caos soci al. É quando s om os indu lgent es com pecados chamando-os de "fraquezas". Começa pela tolerância ao pecado, segue a conivência, vem a insensibilidade e por fim uma consciência danificada, que compromete o alicerce da vi da. O p eca do t orn a-s e, co nf ort av el ment e, u rn a r oti na natural. Nesta geração onde as verdadeiras leis e valores estão sendo relativados, a conivência com a fraqueza moral tem sido um cheque-mate na mensagem e na integridade da igreja. A av al anche de mal es emoci onais q ue est á debi lit ando a sociedade atual, nada mais é que um efeito colateral sintomático da desintegração moral e de uma "prosperidade" permissiva.
Alguns pensam que certas debilidades fazem parte da sua personalidade. Muitas pessoas, dentre elas, obreiros, líderes e pastores, têm abraçado sua fraqueza moral como um vício evangélico, e estão tentando convencer a Deus que já nasceram moralmente débeis, que eles são assim mesmo e não tem jeito. Porém, na verdade, esta debilidade de espírito produz impiedade e maldade, Esta falta de força moral dá l ugar ao diabo, profanando a obra de Deus e trazendo escânda los e destruição.
Definindo a derrota O que é derrota? Sob a perspectiva da aprovação, podemos abreviadamente definir derrota como sendo: "uma v i d a c í c l i c a d e r e p r o v a ç õ e s " (Fig, 01). Ciclo é algo viciante onde nos vemos obrigados a voltar sempre no mesmo ponto.
Quando alguém enfrenta um ponto de pro va e sucumbe, obrigatoriamente terá que retornar a esta mesm questão. Cada vez que fazemos uma prova e não som s ap ro vad os , precisamos fazê-la de novo. Esta situação obrigatória de voltar ao po to do fracasso define a lei da prova, da qual ninguém escapa. Do confronto com esta lei emerge u m caráter de obediência ou uma alternativa de falência moral . Portanto, a desgastante dinâmica de passar rotineiramente por uma mesma situação, que ve após vez, nos subjuga, constrói um quadro de derrota. Ou e j a ; é q u a n d o fazemos a prova e tomamos bomba! Então fa emos a prova novamente e tomamos mais uma bomba! Repet mos a prova e d e r ep en te u ma n ov a r ep ro va çã o! C ad a v ez , vamos sendo ven ci dos m ais faci lment e p or aq uel e pont de prova e
co nv en ci do s p or u m s en ti me nt o d e f ra cas so . C om o J es us replicou: "E m ve rdad e, em verdad e vos digo que todo aquele que comete pecado é escravo do pecado. " (Jo 8:34)
Sentimo-nos vencidos e s em esperança. Isto tem sido uma dízima periódica na vida de muitos, levando-os à desintegração espiritual, apatia e apostasia. Desta forma estes pontos específicos de prova tornam-se gigantes internos que nos subjugam, construindo fortalezas que acreditamos s erem intransponíveis. Precisamos aprender com Davi a saltar estas muralhas e vencer estes inimigos. A Bíblia nos conta como Golias, o mais famoso herói dos filisteus, desafiou a qualquer homem do exército de Israel a en fr en tá -l o n um co mb at e p es so al . C ad a d ia el e v in ha n o mesmo horário e fixava sua afronta humilhando e esmagando psicologicamente a todos: "Chegava-s e, poi s, o filisteu pela manhã e à tarde; e apresentou-se por quarenta dias. " ( l Sm 17:16)
Esta é um estratégia fria e calculista, onde o inim igo implanta uma mentalidade de derrota. Cada guerreiro de Israel tinha que "engolir" duas reprovações por dia. Eram derrotados pela manhã e pela tarde a cada dia! Golias impôs um processo cíclico de reprovação pessoal e coletiva simultaneamente.
Mediante as terríveis afrontas do gigante, dia após dia, cada guerreiro, tinha que aceitar o fracasso, se acovardando. A qui lo t or no u- se u ma r ot in a d e h um il ha ção , d es tr ui nd o a auto-estima de cada um dos homens do exército de Saul. Isto representou mais que uma derrota; foi um massacre! "E tod os os homens d e Is rael, ve ndo aqu ele homem, fugiam, de diante dele, tomados de pavor " ( l Sm 17:24)
Cada afronta pública de Golias impunha um profundo sent imento de im potênci a q ue imobi lizav a a todos. J á estavam, não apenas, conformados com a situação de derrota, mas totalmente intimidados, desesperados e apavorados. Isto perdurou quarenta dias ininterruptos, até que Davi foi enviado por Deus. Temos aqui um verdadeiro quadro de derrota espiritual. Este episódio revela a situação de muitos, que quan do estão na igreja, junto com todos, mostram-se dispostos a tudo. O ram , l ou vam , p re gam e t es tem un ha m co m ar do r. P or ém , pessoalmente, sozinhos diante dos gigantes internos da ira, da impaciência com o cônjuge, da pornografia, das dívidas, ... não pod em s e co ntro lar, en co ntr am -s e d es acr edi tados e vencidos.
Definido o trauma Na dinâmica desta vida cíclica de reprovações reside o verdadeiro ponto onde se concentram as nossas enfermidades. É impossível falar de derrota sem falar em trauma. Áreas de derrota são áreas traumatizadas.
Cada reprovação significa uma machucadura. Sob esta perspectiva, podemos definir o trauma como sendo: "o resultado de feridas e reprovações concentradas no mesmo ponto". Quando era criança, uma das minhas diversões prediletas era andar de carrinho de rolimãs. Havia uma grande ladeira onde des cí amos apost and o corri da. Os aci dent es eram inevitáveis. De repente joelhos e cotovelos estavam em carne vi va. Er a r es pi rar f undo , s egur ar a do r e de sc er de n ovo acreditando no sucesso. P or ém , u m t om bo , m ai s c ed o o u m ai s t ar de, a cab av a acontecendo novamente. O mesmo cotovelo ralado, estava agora, sem a casca e dolorosamente ferido. Uma ferida em cima de outra ferida ... A dor e o medo, imediatamente, superava o prazer pela diversão! Esta é uma forma bem prática de definir um trauma: é quando você machuca em cima de um machucado que já havia sido machucado! Só de pensar, em alguém encostar neste local sobre-atingido, já dói! Um terrível medo de ser nov amente ferido se instala, como um mecanismo automático de defesa. Psicologicamente, este ponto vai sofrendo uma fragilização constante, tornando-se cada vez mais susceptível a colapsos onde a própria estrutura pode se romper, como um osso que se quebra, produzindo danos permanentes, ou de recuperação mais demorada. Temos visto pessoas que depois de fazer cinco vestibulares mal sucedidos, desistem de vez dos seus sonhos profissionais. O mesmo acontece em muitas outras situações onde nossas habilidades são testadas. T ud o i st o t am bé m d es cr ev e c om o s e en co nt ra a v id a moral e emocional da maioria das pessoas. Na verdade, o que podemos constatar, é que todos já lutaram ou estão lutando com áreas de trauma e derrota.
O processo do aprofundamento da fe ida Reiterando, cada ciclo de reprovação i põe um novo golp e s obr e a f eri da. O ní vel d a do r vai in tensificando e ap ro fu nda nd o c ad a v ez q ue o m es mo p er fi l de pr ov a nos subjuga. Vai-se ferindo o que já estava ferido. Este quadro de derr ot a fu nci on a a través d e um ti po de "ef eito parafuso" aprofundando a dor e as raízes do estado de re provação (Fig. 02). Moralmente falando, podemos definir a p ofundidade do trauma conto sendo a "vergonha". A inte nsidade desta vergonha e constrangimento espiritual pode s r determinada pela distância entre a primeira e a última rep rovação, como demonstra o diagrama. [Milindrosidade - Retraimento - Vulnerabil idade]
Existe um tipo de vergonha que é saudável e promove a decência, porém existe esta outra vergonha que é um es cr av izant e s enti ment o que v em co mo re sul tad o des te processo crônico de debilitação moral, abusos sofridos, perdas t at uad as p or u m s en ti men to d e i nj us ti ça, i nf er io ri da de e amargura. Por mais que tentamos fugir, aquela mesma coisa sempre nos persegue e repete. In va ri av elm ent e, on de ex ist e es te ti po d e v er go nh a espiritual também existe muito medo, culpa e dor. A vergonha moral que atormenta nossa memória estabelece a profundidade que este ciclo de reprovações crônicas tem cavado na nossa alma. Paulo insiste que é necessário estarmos diante de Deus não apenas como obreiro, mas "como obreiro que não tem de que s e env er go nh ar . " É fu nd am ent al l ida rm os com es ta vergonha da alma. Precisamos apresentar esta mesma posição e d is po si ção d e co ns ci ên ci a co m a q ua l J es us en car av a e confrontava toda habilidade acusadora de Satanás: "... aí vem o príncipe deste mundo, e ele nada tem e m m i m . " ( J o 1 4 : 3 0)
Dimensionando a profundidade do trauma O trauma, invariavelmente, fragiliza a personalidade, comprometendo também a formação do caráter. Podemos es pecifi car isto dizendo que q uanto mai s profundo o trauma, tanto maior é a milindrosidade, o retraimento e a vulnerabilidade. Esta seqüência estabelece uma estratégia de ataque onde emocionalmente somos lançados num abismo.
Essa aspiral da reprovação nos suga com a força de um tornado.
1. Milindrosidade
Quando estamos com uma região do corpo traumatizada qualquer esbarrãozinho por menor que seja é extremamente doloroso. Depois de sofrer vários impactos na mesma região ou várias rejeições numa mesma área, a milindrosidade se instala e começa a "fazer parte" da personalidade. A pessoa torna-se proprietária de uma área hipersensível, o que afeta seus relacionamentos, tornando-os instáveis. Estas ár eas hi per sens ív eis t amb ém des equi li br am o hum or e o t em pe ra me nt o d a p es so a, f az en do d el a al gu ém d e d if íci l convivência. Algumas pessoas são tão melindrosas que é necessário u ma gi ná st ica t rem en da p ar a c on se gui r u ma ap ro xi ma ção maior e tocar no seu problema. Uma correção bem i nte nci on ad a pod e se r d ras tic am en te i nt erp ret ad a co mo rejeição e agressão. Desta forma, a milindros idade pod e compr omet er espiritualmente a p essoa ainda mais, conduzindo-a a um maior nível de retraimento, o que só piora e torna a situação ainda mais perigosa.
2. Retraimento
O retraimento engessa a pessoa num comportamento onde a ferida passa a ser o eixo da vida. Você sabe como isto funciona: quando alguém ameaça encostar no "machucado em cima do machucado que já tinha sido machucado", a tendência
é se af ast ar ab ru ptam ent e d a pos si bi lidade d o t oqu e. A tendência natural é retrair, fugir, afastar, inibir... Minha esposa conta um episódio da sua infância quando ao ser levada no dentista, na primeira distração de sua mãe, el a fu gi a e v olt av a soz inh a p ar a ca sa . A do r a pavo ra as pessoas, levando-as a fugir. Certa vez, meu amigo Salomão Cutrim, me falou algo que jamais poderia imaginar: Coty, você só pode ser considerado um missionário aprovado na Rússia depois de ir ao dentista! P orq uê? Lo go per gunt ei . C om um s or ri so s em gr aça el e relatou suas dolorosas experiências de ter que tratar de algum dente por dentistas, um tanto quanto indelicados, e sem tomar nenhum tipo de anestesia! Não é fácil se expor a algo assim, mas algumas vezes, simplesmente, não há outra opção. Alguém já disse que Deus opera "sem anestesia". permita-me contar uma piadinha de crente: Um homem passou em frente uma igreja pentecostal e começou a ouvir os gritos das pessoas lá dentro. Era uma reunião a portas fechadas e sua curiosidade aumentou ainda mais. Ele ficou parado por uns instantes ouvindo os berros, o choro e o clamor do povo, até que tomou coragem e se aproximou do diácono à porta: M oç o! O q ue es tá ac on te ce nd o a í d en tr o? O d iá co no prontamente respondeu: Deus está operando! Ele, curiosamente questionou: Mas, Ele não dá anestesia ??? Pode parecer que não, mas a dor emocional é ainda mais contundente que a dor física. A pessoa começa a se isolar. Os relacionamentos obrigatoriamente tornam-se superficiais . A motivação preponderante é não deixar ninguém se aproximar. Alguns juram dentro de si mesmos : ninguém vai se aproximar suficientemente para poder ferir-me novamente! O medo de ser ferido, o pavor de uma nova rejeição, a vergonha do trauma e da culpa, acaba levando a pessoa para
uma jurisdição de trevas, ocultamento de pecados e solidão espiritual. Tenho atendido muitas pessoas que estão literalmente em prisões espirituais por causa de abuso sexual, prática de aborto, tentativas de suicídio, casos de adultério, prática de homossexualismo, pornografia, homicídios e aí por diante. Situações em que as pessoas recusam-se a expor. Um dos piores tipos de ocultismo é o "ocultismo evangélico", onde acreditamos que devemos encobrir nossos pecados e vergonhas. O problema é que Satanás é quem rege esta jurisdição. Ele é o príncipe das trevas. Todo pecado e trauma quando não são submetidos à luz ficam sob o poder de uma impiedosa exploração demoníaca. Portanto, o retraimento, ao mesmo tempo que trás um ce rt o " co nf or to em oci on al ", t am bém i mp õe u ma t er rí vel vulnerabilidade. Este passa a ser nosso ponto fraco predileto pelo inimigo sempre que ele decide nos atingir.
3. Vulnerabilidade
O trauma, por definição, passa a ser um ponto cada vez mais fraco. É um alvo crescente que o diabo só enco ntrará facilidades em acertá-lo! Em muitos aconselhamentos quando fazemos uma "linha do tempo" em relação à vida da pessoa, percebemos golpes que se repetem obedecendo um mesmo padrão de ataque e objetivo. Podemos perceber que sempre há determinada área que foi duramente perseguida e golpeada repetidamente. Alguns d es de c ed o f or am p er se gui do s co m d is cr im in aç ão r aci al , outros com abuso sexual e imoralidade, outros com abandono
e traição, etc. De tempo em tempo, com pessoas e situações diferentes, a mesma agressão vem para aprofundar a ferida. Sob o aspecto da batalha espiritual, o trauma obedece a um sentido rotineiro de ataque. É como uma luta de box. Depois que um dos lutadores conseguiu abrir o supercílio do seu oponente, ele passa a acertá-lo apenas naquele ponto. Mais dois golpes sobrepostos na mesma região ferida , e o adv ers ári o é ful minantemente nocaut eado. Tornou-s e vulnerável.
O processo de espiritualização da ferida Ainda que a superfície da situação pode ser encoberta, e os outros nem imaginem o que está acontecendo, dent ro da pessoa, a dor se aprofunda cada vez que ela convive com o fracasso diante da prova. A falência da alma impõe também um processo de morte espiritual lenta. Isto explica a apatia e depressão espiritual que assola a vida de muitos. O trauma tem um terrível poder de penetração na alma cada vez que ele se repete. Na mesma proporção que a dor se aprofunda e enraíza, muitas tendências comportamentais nocivas se manifestam. É só uma questão de causa e efeito, raiz e fruto. Disto pode emergir um sutil processo de espiritualização da ferida. Imagine uma pessoa envolvida com alcoolismo, drogas, imoralidade, etc. que acabou de se converter. Junto com a conversão a Jesus, ela acaba também incorporando o rótulo de crente. M ui tas p es so as n a i gr ej a d ef in em s up er fi ci al men te o crente como alguém que não bebe, não fuma, não vai mais aos bailes e boates, não pratica imoralidade, etc. Lógico que estas coisas são inconvenientes, mas a abstinência delas é imposta
para satisfazer o novo padrão religioso adotado, porém, sem considerar as suas raízes causadoras e sustentadoras. Por ex emplo, supo nhamos que esta pes soa recémconvertida tenha sofrido um doloroso processo de traição conjugal, ou foi violentamente abusada sexualmente na sua infância. Esta dor residual alojada na sua memória ferida nutre não s ó as cad ei as pecaminos as , como também as influências demoníacas que afloram no seu comportamento. Enquanto esta vergonha não for removida através de um tratamento adequado e suficientemente profundo, a pessoa continua sujeita a variados tipos de mecanismos de defesa e compensação em busca de alívio para a dor emocional e moral que sente, o que s ó refor ça o problema espiritu al qu e a confronta. Como esta pessoa, agora, tornou-se crente, sentindo-se obri gada a abandonar os comp ortam ent os mundanos , a tendência é mi grar do "v íci o mun dano" para um "vício gospel", evangélico. Algumas se refugiam na música, outras nas atividades da igreja, outras em estudos teológicos, etc. Cometemos um grave erro de discipulado quando tratamos apenas dos pecados e vícios das pessoas se m lidar com a dor emocional e a vergonha moral que esta pessoa carrega. Cortamos a planta e deixamos a raiz. Certamente o problema vai retornar e se manifestar, só que, agora, de forma mais "evangélica", "espiritual", porém a seiva procede de um a raiz contaminada. Desta raiz de vergonha e dor pode emergir um intens o ativismo religioso. Apesar de tornar-se uma pessoa tremendamente prestativa, sua inspiração vem da carência emocional e da tentativa angustiante de compensar ou maquiar a vergonha que sente. Ao mesmo tempo em que a pessoa serve aos propósi tos d e Deus, t ambém enco ntra-s e so b for te perseguição demoníaca.
Na verdade, este ativismo religioso é espiritualmente passivo. É o disfarce da ferida. Por mais que a pessoa impressiona pelo que faz, espiritualmente falando, tudo isto produz um resultado mínimo no mundo espiritual. A motivação doentia destrói a eficiência espiritual da pessoa. Por mais que a pessoa galgue posições devido ao seu ativismo, sua vida está minada e sua obra comprometida. Este quadro de derrota e fragilidade funciona como uma arma dormente que pode ser ativada caso a pessoa comece a reagir e ameaçar o esquema imposto pelo inimigo. Enquanto a pessoa fica quietinha, nas trevas, tudo bem. O inimigo até permite um certo crescimento. Porém, quando esta pessoa r ea ge e c om eç a a f az er a lgo q ue r ep res en ta u ma am ea ça , satanás ativa sua fortaleza atingindo seu ponto vulnerável. Quantos casos como este temos presenciado? Pessoas são l ev an tad as d e f or ma r áp id a e c ar is mát ic a e d e r ep en te u m grande escândalo destrói tudo. Muitos que ignoram este sutil esquema de espiritualização da ferida ficam sem entender: Como pôde aquela pessoa tão espiritual, tão ativa, cair num erro tão grave e absurdo como este?
As fortalezas espirituais da mente Estas áreas de derrota são o alicerce sobre o qual Satanás constrói internamente suas fortificações em nossas vidas. Normalmente estas fortalezas malignas alojam-se nos pensamentos e manifestam-se através de mentalidades. Um a d as de fini çõe s li ter ai s p ar a est as "fo rt al ez as " espirituais da mente pode ser ilustrada da seguinte forma: "uma casa construída por pensamentos, a qual abriga espíritos de natureza correspondente". As fortalezas espirituais são feitas de pensamentos ou m ent al id ad es q ue s e ap ói am n o f ra ca ss o, n a i mp ot ên ci a e
desesperança que sentimos em relação à pecados que praticamos. É quando permitimos argumentos que se baseiam na incapacidade de evitar aquilo que sabemos, claramente, ser contra a vontade de Deus. Cada vez, que a tentação nos encara, abaixamos a guarda, nos despimos de cada peça da armadura, deixando o pecado entrar. Tornamo-nos indefesos, como uma cidade sem muros perante o que parece ser uma sólida e irresistível ação do inimigo infiltrado em nossa mente. Desta form a, al guns estão com a vida s entimental traumatizada, colecionando princípios quebrados e rel acio namentos feridos; outr os co m a vida financeira acumulada de dívidas, fraudes e defraudações; outros, ainda, com a vi da conju gal i mp edi da po r adult éri os oc ult os o u situações sexuais nunca resolvidas; etc. Ou seja, cada vez que aquele tipo de tentação aborda a pessoa, a pessoa cede e aquele apelo vai se tornando cada vez mais forte, construindo um condicionamento espiritual que pode ser traduzido por cadeias pecaminosas e cativeiros espirituais. Reiterando, uma fortaleza espiritual da mente pode ser definida como um estado espiritual profundo de desesperança e incredulidade onde sustentamos argumentos que sabemos serem claramente contrários à vontade e ao conhecimento de Deus. Instala-se uma crise existencial entre o saber e o viver, entre o conhecimento e a prática, ou seja, uma incapacidade de adicionar à verdade, a fé e obediência. Prevalece, apenas, uma profunda sensação de inferioridade espiritual e depressão, que nos conforma com a derrota. Isto precisa ser e pode ser superado!
O ponto da dor - o princípio da cura O ponto da dor é exatamente aquela situação que feriu profundamente nossa memória, a qual nos lembramos com angustiante vergonha, e ao mesmo tempo, com indescritível r ai va o u i nd if er en ça, o nd e n ão q ue re mo s q ue n in gu ém s e aproxime. Este é o ponto mais profundo do ciclo de reprovações crônicas. Tentamos nos proteger de todas as formas e de todas as pessoas, até mesmo de Deus. Mas é exatamente neste ponto onde não querermos que ninguém chegue é que Deus quer chegar. Este é o ponto da cura. No ponto da dor é que reside o princípio e o ponto da cura! Sem expor este ponto é impossível um arrependimento ou uma mudança de pensamentos em relação às fortalezas espirituais da mente que nos aprisionam. O grande golpe redentivo sobre a culpa e a vergonha é simplesmente expô-las em confissão a pessoas que tenham a unção divina para orar por nós. Todo arrependimento, todo desejo genuíno de mudança é acompanhado pela confissão, reconciliação e restituição.
Capítulo 3
Entendendo a provação J á que o c ami nho da a pr ov ação s ão as pro va çõ es , é altamente importante entender o papel das provas divinas em nossas vidas. Em cada prova reside a oportunidade de reverter s itu aç ões d e d er rot a e co ns trui r não s ó h áb itos , m as u m caráter de obediência em pontos onde desenvolveu-se uma rotina de fracassos.
À medida que a desobediência dá lugar à obediência, a fé é edificada e as deficiências espirituais são supridas por um s en so s ob re nat ur al d e s eg ur an ça q ue v em d a d ep en dê nci a divina. Gostaria de mencionar pelo menos três objetivos principais das provas divinas que, obviamente, também trazem benefícios espirituais de caráter pessoal:
1. Nos expor eliminando as impurezas "Tira da prata a escória, e sairá um vaso para o f u n d id o r . " ( P v 2 5 : 4 )
O fogo tem o poder de manifestar as impurezas para que elas possam ser eliminadas. Primariamente, uma prova vem para trazer à luz o que está em trevas, libertando-nos da hipocrisia e orgulho, gerando humildade, transparência e coerência. As máscaras caem e começamos a descobrir o poder e a s atisfação libertadora que existe na transparência. Não temos que carregar o excessivo peso de pecados secretos e fraquezas ocultas que nos apavoram com a possibilidade de rejeições. Quanto mais tentamos proteger nossas feridas e vergonhas, mais nos afastamos da verdade, da liberdade e da felicidade. O medo de ser novamente ferido ac ent ua- se e a al ma t orn a-s e en ca rcer ad a. T om am os u m caminho oposto à vereda do justo que é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito. A real idade é q ue Deus co nh ece muit o b em a gr os sa casca de religiosidade e justiça própria que usamos para nos relacionar com as pessoas, impondo um ambiente de trevas e cegueira espiritual.
Ele também conhece a pessoa débil e ferida que está lá dentro desta casca, e sabe como nos tirar desta prisão e deste c o n di d i c i o n a m en en t o e m o c i on on a l o n d e j á n o s v i c i a m o s n u m relacionamento relacion amento hipócrita, superficial e até mesmo mentiroso. Freqüentemente tenho encontrado pessoas que chegam a acreditar nas próprias mentiras. Aqui entra o eficiente papel das provas que vem para desmoronar a falsa aparência que tão habilidosamente habilidosa mente construímos. Invariavelmente este processo é doloroso e muitas vezes humilhante. Porém, Deus vai tratar com as nossas vergonhas. Isto é algo com o qual Ele não negocia. O objetivo é que venhamos a ser: "...como obreiro que não tem do que se envergonhar.. envergon har.. " Onde há vergonha também existe culpa, medo e dor. Este tipo de vergonha é sintoma de pecados, traumas e maldições não resolvidos. O objetivo é produzir uma ini ci ati va volu vo lunt ntár ária ia de tran tr ansp spar arên ênci ciaa e hu humi mild ldad adee on onde de o esta es tado do de derrota começa a s er subvertido. O nível d e acus ação e con denação demoníaca que s of o f re r e m o s é p r op o p o rc r c io i o n al al à v er e r go g o n ha h a q u e a i n da d a n ut u t ri ri m o s inte in teri rior orme ment nte. e. A B íbli íb liaa ga gara rant ntee qu quee qu quan ando do no noss ex expo pomo mos, s, quando quan do andamos andamos na luz, os relaciona relacionament mentos os são restaurad resta urados os e t or o r n am am -s - s e s i gn g n if i f i ca c a t iv i v o s . O e s ta t a d o c r ôn ô n i co c o d e p ec ec a d o e reprovação reprovaçã o é subjugado pelo poder do sangue de Jesus: "Se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus s e u F i l h o n o s p u r if if i c a d e t o d o p e c a d o . " ( l J o 1 : 7 )
N o s s o s r e l a c i o n a m e n t o s b e m c o m o a p u r i f i c a ç ã o d o s No n o s so s o s p ec ec ad ad os o s e st s t ão ã o c o n d ic i c i on o n ad ad os o s a u m e s t il i l o d e v i da da responsável responsáve l e t ransparente. ransparente .
2. Testar as nossas reações instantâneas "Sabendo que a aprovação do vossa fé produz a perseverança; e a perseverança tenha a sua obra p er e r f ei e i ta t a , p ar a r a q ue u e s e ja j a is i s p er e r f ei e i to t o s e c om o m pl p l et e t os os , n ã o f a l t an a n d o e m c o i s a a l g u ma ma . " ( T g 1 : 3 , 4 )
U m o ut u t ro r o o bj b j et e t iv i v o d as as p ro r o va v a s é g er er ar a r p ro r o at a t iv i v i da dad e e domín do mínio io própri pró prioo naq naquel uelas as área ár eass em que somos som os vu vulne lneráv ráveis eis.. Muitos de nós desenvolvemos uma incapacidade de amortecer choques. Tornamo-nos Tornamo-no s duros de alma e reativos. Q u an a n d o a l gu g u ém ém n o s b at a t e , t am a m b ém é m b at at em e m o s ; q u an an do do alguém nos xinga também xingamos; quando alguém nos trata be b e m , e n t ã o o t r a t a m o s b e m . . . Esta dureza de coração peca contra a maturidade e é o pr p r i n c í p i o d e a ç ã o d o d i v ó r c i o q u e n o s l e v a a c o l e c i o n a r relacionamentos relacion amentos frustrados e destruídos. Desta form a nos amoldamos às tentações , nos conformamos com este século e nos tornamos escravos das circunstâncias.
Ag A g i n d o n o e s p í r i t o o p o s t o " E i s q u e v o s e n v io io c o m o o v e l h a s a o m e i o d e l o b o s ; p or o r ta t a n to t o , s ed e d e p ru r u de d e n te t e s c o mo m o a s s er e r p en e n te te s e simples como as pombas. " (Mt 10:16)
Esta declaração de Jesus expressa um dos mais elevados pr p r i n c í p i o s d e b a t a l h a e s p i r i t u a l . E l e e n s i n a o g r a n d e s e g r e d o
d e n ão ão r e a g i r, r , m as as d e a g i r n o e s pí pí r i t o o p o s t o a o a t a q u e oferecido contra nós. S ó v e n c e r e m o s s i t ua ua ç õ e s d e ó d i o e i n i m i z a d e c o m pe p e r d ã o , s i t u a ç õ e s d e a v a r e z a a g i n d o c o m g e n e r o s i d a d e , s i t u a ç õ e s d e i m p u r e z a d e m o n st st r a n d o p u r e z a e r e t i d ã o , situações de maledicência com palavras abençoadoras e assim po p o r d i a n t e . . . D e st s t a f o rm r m a, a , a m o nt n t oa o a m os o s b ra r a s as a s s ob o b r e a c ab ab eç eç a d a pe p e s s o a , d i s c e r n i n d o e d e s a r m a n d o a i n s p i r a ç ã o m a l i g n a q u e a manipula. Caso contrário, tudo que conseguimos é infernizar ainda mais a s ituação. Esta disciplina de alma, que conceituamos de domínio pr p r ó p r i o , é o f r u t o p r o d u z i d o p e l o E s p í r i t o S a n t o e m n o s s a s vidas, medi ant e um estil o de vida marcado pelo quebrantamento quebrantamento e renúncia. Para ser prudente como as serpentes, que é um símbolo do próprio Satanás, é necessário ser uma ovelha, e não um lobo, no meio de lobos. Não podemos pisar no terreno do inimigo aceitando suas provocações e lutando contra carne e sangue. É necessário domínio próprio. Satanás sempre entra pe p e l a b r e c h a d o d e s c o n t r o l e . "Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira; nem deis lugar ao Diabo. " (Ef 4:26,27)
Podemos Podemos irar e não pecar. peca r. A ira não é pecado. A ira é um sentimento que desempenha o importante papel de quebrar a nossa indiferença em relação à injustiça. P or o r ém ém , e s te t e p i co c o e m o c i on o n al a l , c o gi gi ta t a , t am a m b ém ém , c o m a po p o s s i b i l i d a d e d e d e s c o n t r o l e e p e c a d o .
Quando alguém invade nossa privacidade ou pratica uma injustiça e presenciamos isto, automaticamente nos iramos. Porém, isto deve nos conduzir não mais que ao exercício de um zelo equilibrado e justo. A ira, também, deve durar momentaneamente. Ela não deve ser conservada além do limite de tempo suficiente para produzir em nós uma ação justa que aquela situação requer. Ninguém deve dormir irado, senão o ressentimento se instala, produzindo ações injustas. É o que Paulo quer dizer com: "não se ponha o sol sobre a vossa ira ". Cada dia que passa, cada vez que o sol se põe sem vencermos a ira, o coração ressente, o corpo adoece e a alma descontrola, exibindo atitudes implacáveis. A ira, como qualquer outro sentimento ou desejo, precisa estar espiritualmente sob controle. O exercício deste comportamento faz frutificar o domínio próprio. Quando isto não acontece, ou seja, quando ao invés de dominarmos a ira ou qualquer sentimento que seja, somos dominados, então, abrimos a porta do descontrole dando lugar ao pecad o e ao diabo. O domínio próprio precisa ser exercitado mediante uma diversificada gama de provas. Este é o caminho para uma vida livre e uma personalidade estável. A lei do domínio próprio assegura que se não dominamos a nós mesmos também não dominaremos as adversidades, e se não dominamos as adversidades não dominaremos as potestades. Através destas provas onde nossas reações instantâneas são provadas lidamos com as brechas de descontrole construindo uma armadura espiritual que nos torna incólumes nos confrontos e combates, Nossa armadura é tão vulnerável quanto o nosso domínio próprio!
Aqui entra a proatividade, que é a capacidade de construir uma ação de acordo com os valores que acreditamos, i nd ep en den te men te d a p ro vo ca ção r ec eb id a. N a v er dad e, m or al men te f al an do , n in gu ém p od e n os f er ir s em o n os so próprio consentimento!
3. Testar a nossa disposição de obediência a longo prazo "E te lembrarás de todo o caminho pelo qual o Senhor teu Deus tem te conduzido durante estes quarenta anos no deserto, a fim de te humilhar e te provar para saber o que estava no teu coração, se guardarias ou não os seus mandamentos. " (Dt 8:2)
A provação incorpora um outro propósito onde o fator a ser ressaltado é o tempo. Este é um aspecto fundamental para gerar perseverança e caráter. Perseverança produz caráter e caráter produz perseverança. Desta integração emerge a consistência espiritual de uma pessoa. Portanto, em termos de caráter, o tempo desempenha um papel indispensável no processo de aprovação da fé. Perseverança é a matéria-prima do caráter. Aqui entra o conceito de paciência que é a base do caráter e o baluarte da perfeição. A perfeição divina nunca esteve ligada com rigidez, intolerância e perfeccionismo, mas com a paciência e seus derivados. O mais importante de qualquer vitória obtida é a capacidade de mantê-la, ou seja, de passar a viver de acordo com esta nova realidade, mantendo o território conquistado.
LIDANDO COM A PREVENÇÃO Quando falamos de provas, a nossa tendência natural é temer estas circunstâncias que irão lidar com a dor e o trauma d as n os sas d er ro ta s, f az en do s ub ir t od a e sc ór ia d a al ma . Autom ati cam ent e, u ma fo rte " mu ral ha de p rev en ção " s e manifesta quando percebemos a vulnerabilidade das nossas feridas. A tendência é sermos facilmente subjugados ao medo e à fuga embarreirando a alma. A maior causa de reprovação é o próprio medo de sermos provados, bem como a indisponibilidade de lidarmos com áreas íntimas de derrota. Quanto mais nos fechamos, mais somos sufocados por estas barreiras. Quanto mais tememos e evitamos as provas, tanto mais a raiz da derrota se fortalece e aprofunda, aprisionando a alma.
Lidando com o medo das provas Pessoas aprovadas sempre encaram as provações com ab er tu ra, gr at id ão , sab edo ri a e ous adi a. Em cad a pro va podemos exercitar estes elementos mencionados em detrimento do medo. Esta predisposição pode afetar totalmente o ambiente espiritual, onde, ao invés de sermos intimidados, passamos a intimidar. A Bíblia narra quando Paulo estava em Cesaréia e um profeta de Deus chamado Ágabo, faz um ato profético em alus ão ao s eu fu tur o. Não era o tipo de pr of eci a q ue as pessoas gostam de ouvir. Pegando o cinto de Paulo e amarrando suas próprias mãos, ele profetiza:
" .. . I sto d iz o E sp íri to S an to: A ss im os ju deu s ligarão em Jerusalém o homem a quem pertence esta cinta, e o entregarão nas mãos dos gentios." (At 21: 11)
Aqui lo deix ou tod os ap av or ad os , El es com eç ar am a interceder com Paulo para que ele desistisse do seu intento de i r a J er us al ém, P orém , con sci ent e d a pr es en ça d e Deus , sabendo que esta seria a estratégia para testemunhar diante dos governantes, ele responde: "... Que fazei s chorand o e magoando-me o co ra çã o? Po rq ue e u es tou p ron to n ão s ó a s er p re so, ma s ai nd a a mo rr er e m J eru sal ém p elo nome do Senhor Jesus. " (At 21:13 )
Que estupenda maneira de encarar uma provação, Paulo não deixou espaço algum para o medo e intimidação, pelo contrário, ele chega a dar um xeque-mate na morte expondo-se a tudo por causa de J esus. E st e n ív el d e o us adi a d es mo nt a q ual qu er ar gu men to demoníaco, Isto chega a dar terremoto no inferno e ataque do coração em Satanás! Isto deixa o diabo "endemoniado", num estado de choque e perplexidade. Como parar uma pessoa que simplesmente não acredita mais nas intimidações demoníacas e que encontra-se plenamente consciente da sobreexcelente grandeza do poder de Deus sobre sua vida? Desta forma, Paulo demonstra a grande vantagem que podemos ter sobre Satanás, mesmo enfrentando situações onde sua própria vida corria risco.
Faceando terríveis provas e grandes conflitos, mediante todas as possibilidade de fugir de Deus, Davi acabou descobrindo que, na verdade, não eram possibilidades de fuga, mas impossibilidades de fuga. A preocupação central de Davi não era a prova que o confrontava, ou a capacidade do inimigo atingi-lo, mas seu coração diante de Deus. Ele mesmo se exorta a não f ugir e enfrentar a situação: "Para onde me irei do teu Espírito, ou para onde f ugir ei da tu a pr es en ça? S e s ub ir ao céu , tu a í estás; se fizer no Seol a minha cama, eis que tu ali es tás t amb é m. Se tomar as asas d a alva, s e habitar nas extremidades do mar ainda ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá. Se eu disser: Ocultem-me as trevas; torne-se em noite a l uz q ue me ci rcu nd a; ne m ai nd a as tr ev as s ão escuras para ti, mas a noite resplandece como o d i a .. . " ( S l 1 3 9 : 7 - 1 1 )
Da mesma forma, quando Jacó em toda sua "esperteza", enganou o irmão, ludibriou o pai, que era cego e se pôs a fugir. Deus deixou bem claro que ele poderia fugir de todos, porém não dEle: "Eis que estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores, e te farei tornar a esta terra; pois não te deixarei até que haja cumprido aquilo de q u e t e t e n ho f a l a d o . " ( G n 2 8 : 1 5 )
Esta é uma lição que, mais cedo ou mais tarde, todo hom em de De us a pr end e. É i mpr es ci ndív el a d is pos ição natural de enfrentar com uma atitude tranqüila e positiva as
provas. Quando você se apresenta aprovado diante de Deus, Deus apresenta você aprovado diante dos homens. A novidade de vida e a dinâmica de uma vida espiritual abundante partem deste princípio. Porém, o que mais se vê hoje, dentro das igrejas, são pessoas com uma vida espiritual gasta, buscando desculpas para fugir dos desafios de Deus ou desistir. Pessoas passivas, vencidas pelo medo e indispostas a correr riscos pelo reino de Deus. Gente intimidada e derrotada. As sev er a- se q ue n ove nt a p or c en to d as p es so as es tão apenas procurando desculpas, enquanto apenas dez por cento estão determinadas a pagar o preço da responsabilidade e perseverança. Fala-se demais sobre "prosperar" e de menos sobre "perseverar". Não se engane, não existe prosperidade sem aprovação e não existe aprovação sem perseverança! Portanto, uma pessoa continuamente reprovada, certamente vai cair na estagnação, na insensibilidade, no desânimo, no sono espiritual. Assim sendo, constitui-se um "s ui cí di o es pi ri tu al " q ua ndo n ós t en tam os i gno rar c er ta s derrotas e passamos a fugir das provas de Deus.
O medo emocional e a prevenção A Bíblia ensina um princípio que rege uma atitude d e medo emocional e prevenção: " O t e m o r d o í m p i o v i r á s o b r e e l e . " ( P v 1 0 : 2 4)
Podemos definir o medo emocional através de um comportamento exageradamente preventivo. Isto indica que, de alguma forma, convivemos com uma forte dor ou decepção que ainda não conseguimos superar.
O medo emocional gera vulnerabilidade e a vulnerabilidade gera medo, desequilibrando a personalidade. A liberdade é trocada por uma postura defensiva, através da qual construímos muitos bloqueios. A tendência é que estas prevenções passem a reger todo nosso comportamento, mesmo que não admitamos. De repente, n os p eg am os d ei xa nd o d e i r a al gu m l uga r s im pl es men te porque alguém com quem ficamos magoados está ali. Jesus deixa de ser o centro, e esses bloqueios passam a ser o eixo de cada comportamento, manipulando nossas vidas. Muitas vezes teremos que enfrentar e resolver situações do passado que sustentam um saldo espiritual negati vo em determinados relacionamentos. É necessário nos flexibilizar desarmando estes bloqueios através das confissões e restituições que se fazem necessárias. Freqüentemente digo para as pessoas nestes labirintos da vida que é melhor ficar "vermelho" um pouquinho do que "amarelo" a vida inteira. Lem br o-m e de um di ál ogo qu e ti ve com um qu eri do irmão. Sua mãe, a vida inteira o tratou de uma forma horrível, levando-o a desenvolver um grande ódio que além de con tami nar s eu s r ela cion am ent os , o ce go u e m r el aç ão à rebelião e desonra que ele praticava. Quando disse que deveria partir dele uma retratação com a mãe para que aquele bloqueio fosse vencido, ele r elutou irredutivelmente. Aquilo seria demasiadamente vergonhoso e "injusto" para seu orgulho. Então parafraseei: é melhor você ficar "vermelho" um pouquinho do que "amarelo" a vida inteira. Sua resposta imediatamente foi: "mas ... amarelo é uma cor bonita". Gosto de amarelo! É minha cor predileta! Fiquei surpreendido e ao mesmo tempo chocado, i ma gi na nd o c om o al gu ma s b ar rei ra s p od em t or na r- se t ão resistentes e aparentemente impossíveis de serem superadas.
Rindo da sua resposta, argumentativamente inteligente, porém em ocio nal ment e bu rr a, fi nal ment e ar rem at ei : o gr and e problema, é que o inferno está cheio de gente "amarela"! A prevenção é uma forma de idolatrar os ressentimentos, as decepções e as rejeições. É uma declaração emocional que temos fracassado mediante a responsabilidade de perdoar. Isto faz germinar o medo de ser novamente ferido ou reje itado, impondo barreiras e dificuldades que inviabilizam a capacidade de relacionar, engessando o temperamento numa postura espinhosa. O medo emocional abre uma brecha no mundo espiritual para sermos atacados, ou seja, onde temos medo e prevenção, seremos atacados. Jó experimentou esta realidade dizendo: "O que eu mais temia, isto me sobreveio". Estes pontos tornam-se áreas de profunda debilidade espiritual que nos vulnerabilizam. A gi nd o d es ta f or ma , t ud o q ue c on se gu im os , é t or na r ainda mais convidativos os ataques demoníacos. Através das prevenções construímos uma situação sólida de d err ot a, f ort al ecendo as c ad ei as espi ri tuai s qu e n os prendem. Quando o medo recalca a fé é sinal que estamos dando ouvidos às mentiras de Satanás. Cad a p rev en ção q ue es tab el ecem os e m nos sas vi da s t orn a-s e n ão ap en as um al vo, m as o pont o d e pa rti da d o tratamento de Deus. Cada barreira precisa ser derrubada, cada muro destru ído! É exatamente nestes pontos que est ão enraizados o quadro de derrota onde sustentamos a dinâmica de uma vida cíclica de reprovações.
A nossa "Alemanha"
Há muitos anos atrás ouvi uma mensagem sobre perdão ministrada por Loren Cuningham, fundador da Jocum. Ele contou um forte testemunho sobre sua amiga Coren Tem Boom que nunca mais me esqueci. Muitos de nós conhecemos a trágica história da Core n através do seu livro e filme, "O Refúgio Secreto". Ela e sua família foram vítimas dos campos de concentração nazistas durant e a Segund a Guerra porque abrigavam os judeu s perseguidos pelo nazismo salvando suas vidas. S eu p ai e i rm ã m or re ram n o cam po d e c on cen tr aç ão , porém ela foi sobrenaturalmente liberada numa data previamente prometida por Deus. Obviamente que as atrocidades vividas durante anos naquele campo de concentração nunca abandonaram sua memória. Na mensagem, o Pr. Loren conta como Deus, estranhamente, falou para ele comprar uma mala de viagens e levá-la de presente para a Coren. Ele simplesmente obedeceu, e quando visitou sua amiga entregando-lhe o presente ficou surpreso que aquele era exatamente o dia de seu aniversário. O mai s i nt eres sant e er am o s pl ano s q ue Deus vi nh a compartilhando com a Coren: "Minha filha, eu vou te levar por muitas nações do mundo para você contar o seu testemunho e muitos serão salvos e abençoados". Como confirmação, ela recebe de presente uma mala, logo do Loren, um pastor que já esteve, literalmente, em todos os países do mundo. Porém, quando Deus a chamou para esta nova fase de sua vida, ela colocou uma condição diante de Deus: "Senhor, eu irei para qualquer lugar do mundo que o Senhor me enviar, menos para a Alemanha! " Prontament e a voz de Deus vei o for tem ent e ao s eu coração: A Alemanha é o primeiro país para onde eu estou te env ia ndo ! A quil o a dei xou a ngu sti ad a e com m ed o. S ua
prevenção estava sendo diretamente confrontada, e, certamente, precisava ser eliminada. Alguma vez você já travou uma queda de braços com Deus? Advinha quem sempre ganha e quem sempre perde ? Depois de refutar m uito, obviamente, ela acabou cedendo. Feitos os contatos, as portas se abriram facilmente para que ela estivesse na Alemanha. Após a primeira ministração numa grande igreja, ela foi procurada por um senhor já idoso. Aquele homem a abordou e repentinamente ela o reconhece como um dos exatores do campo de concentração. Um clima pesado tomou conta da situação. Ele com os olhos em l ág ri mas , a go ra , co mo u m i rm ão e m C ri st o, co me ça a pedir-lhe perdão por tanto sofrimento causado. A vida dela, volta como num filme, diante de lembranças demasiadamente dolorosas. Raiva, vergonha, medo, tudo se mistura o vem à tona. Enquanto o homem esperava seu perdão com a mão estendida, ela parecia não ter forças para vencer suas emoções traumatizadas. De repente, a voz de Deus retumba no seu espírito: "foi para isto que eu te trouxe aqui! Faça a escolha certa, que eu te aj ud o! " N um a at it ud e d e f é, r en eg an do s eu s t ra um as , el a estendeu a mão para o seu algoz, perdoando-lhe e recebendo-o como irmão! In st an ta ne am en te el a s en ti u c om o q ue u ma d es ca rg a elétrica passando pelo seu corpo e alma arrancando todas as prisões! O campo de concentração que ainda permanecia dentro dela já não existia mais! A voz de Deus veio novamente: "minha filha, agora você está aprovada e pronta para as nações"! Eu não sei qual é a sua "Alemanha", mas, provavelmente, você sabe, e, com certeza, Deus também sabe.
A verdade é que Deus quer destruir nossas prevenções. Esta é uma prioridade inegociável em relação ao seu plano para cada um de nós. Deus quer nos fazer pessoas livres, por mais que isto seja doloroso para nós mesmos. A plena liberdade em Cristo, uma d is po ni bi li dad e i rr es tr it a, u m co raç ão s em b ar rei ra s s ão fundamentais para desfrutarmos da verdadeira autoridade divina, como também vivermos segundo o curso do rio da sua unção.
Manejando bem a palavra da verdade " E m a ra vi l ha va m -s e d a s u a d o ut r in a , p o rq u e o s e ns in av a c om o t en do a ut or id ad e, e n ão c om o o s escribas. " (Mc 1:22)
O que significa manejar bem a palavra da verdade? Seria isto você ter uma língua de prata e uma orató ria requintada? Será que basta apenas uma habilidade de exposição bíblica com muita informação, boa interpretação textual, grandes ilustrações e uma excelente homilética? Obviamente, cada uiva destas coisas têm o seu grau de i mp or tâ nc ia , m as e st ão l on ge de d ef ini r o q ue r eal men te significa manejar bem a palavra da verdade. A quest ão mai or aqui n ão é apen as manej ar bem "a palavra", porém, manejar bem "a palavra da verdade". A di fer en ça ent re est es dois t erm os é equ iv ale nt e à discrepância que existe entre a hipocrisia e a coerência. Mesmo pregando o Evangelho, podemos estar mentindo em relação às nossas próprias vidas. Cada vez que usamos o Evangelho como uma capa de santidade que disfarça n ossa
incoerência e oculta nossos pecados, tentando provar o que não somos, praticamos a mentira, e não a verdade. Quando ministro ou escrevo todas estas coisas para você, po p o r c e r t o , t e n h o s i d o e c o n t i n u o s e n d o p r o f u n d a m e n t e p r o v a d o e examinado por cada palavra e princípio revelado. Isto nos ap roxima não ap enas da v erdade, como também de um relacionamento genuíno com Deus, construindo confiança e confiabilidade. Naa v e r d a d e , s ó m a n e j a r e m o s b e m " a p a l a v r a d a v e r d a d e " , N se esta es ta mesm me smaa pa palav lavra ra tive ti verr trans transfo form rmad adoo as no noss ssas as vida vi das. s. Quando minist ramos uma pal avra que nos provou e transformou, diante da qual fomos aprovados, esta palavra, com certeza, vai t ransformar outros! Esta é a palavra de poder e sabedoria que assume um a c o no n o ta t a ç ão ã o p ro r o fé f é ti t i ca c a , f az a z en e n do d o c om o m q u e a r ev e v el e l aç a ç ão ã o d iv i v in in a pe p e n e t r e c o m o u m a e s p a d a n o c o r a ç ã o d a s p e s s o a s . E s t a pa p a l a v r a é m a i s q u e a m e n s a g e m d e u m p r e g a d o r : é a " e s p a d a do Espírito" que nos transforma e transforma a outr os pela r e n o v a ç ã o d a m e n t e. e. É a v e r d a d e d i t a c o m v er er d a d e q u e desencadeia desenca deia o princípio da unção e da revelação. revelação . Nãã o i m p o r t a q u a n t o s c u r s o s e s e m i n á r i o s v o c ê j á f e z , N quantos títulos você coleciona, qual é o tamanho da sua igreja ..., ... , apena ape nass pessoa pes soass ap apro rova vadas das estão est ão espir es piritu itual alme mente nte aptas apt as a "manejar bem a palavra da verdade". Muitas pessoas têm algum tipo de poder. Poder vem de u m a p os o s i çã ç ã o o u d e u m t ít í t ul u l o , p o ré r é m , a u t or o r i da d a d e v em em d o caráter. caráter. A legítima legí tima autoridade autori dade é conferida conf erida por Deu Deuss a pessoas pess oas aprovadas. Isto muitas vezes vem de um processo lon go e pr p r o f u n d o d e t r a t a m e n t o . P o r i s t o , D e u s p r o v a o q u a n t o f o r necessário necessár io uma pessoa: "... pois tu, ó justo Deus, provas os corações e os r i n s. s. " ( S l 7 : 9 )
Enquanto o coração é a sede das nossas motivações, os rins significam a s ede do nosso discernimento. Enquanto o coração bombeia o sangue, que é a vida, os rins filtram o sangue, garantindo a saúde do corpo. Provar tem uma forte conotação de purificar. É de onde vem a p al av r a cas t i go, qu e a pes ar d e s er um a pal av r a amedrontadora, no latim significa "purificar pelo sofrimento", embutindo um sentido de correção. correçã o. Deus não negocia seu padrão de santidade. O caminho pa p a r a o c o n h e c i m e n t o d e D e u s s e b a s e i a n u m a v i d a s e m ba b a r r e i r a s . N o s s a s m o t i v a ç õ e s e o n o s s o d i s c e r n i m e n t o pr p r e c i s a m s e r c a d a v e z m a i s p r o v a d o s e r e f i n a d o s : "... conhece o Deus de teu pai e serve-o com um coração perfeito e com alma voluntária." ( I Cr 28:9)
Capítulo 4
Diagnosticand Diagnosticando o o estado de reprovação reprov ação Uma pessoa reprovada não é uma pessoa que Deus vai desprezar e jogar fora, mas antes de tudo é uma pessoa que ele quer aprovar. Obviamente, Deus é a pessoa que mais nos ama e ele está disposto a investir de todas as formas necessárias em nossas vidas. A palavra reprovação, por mais dolorosa que seja, também embute a perspectiva de uma nova chance. Porém, o p rimeiro pass o par a sermos aprovados é reconhecer que es tamos ou tem os sido rep ro vados . É indis pens ável serm os sinceros conosco m esmos. S em
humildade e quebrantamento seremos quebrados, o que além de piorar a situação, pode literalmente nos destruir. P au a u lo l o d ei e i xo x o u u m i mp m p or o r ta t a nt n t e c o ns n s el e l ho h o q ue u e s e e n ca c a i xa xa nesta realidade: realidade : "Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na f é ; p rov ai- vos a vós me s mo s . O u não s ab eis quanto a vós mesmos, que Jesus está em vós? Se n ã o é q u e j á e s t a i s r e p r o va v a d o s. s. " ( I I C o 1 3 : 5 )
Ob edecendo est e consel ho vam os t ent ar tr açar a radiogra radi ografia fia espiritual espir itual de uma pessoa pess oa reprova repr ovada, da, evidenc evi denciando iando os sintomas mais comuns que qualificam uma pessoa n esta situação.
SINTOMAS SINTOMA S DE UMA PESSOA REPROVADA REPROVA DA 1. Desconfiança crônica e generalizada
Invariavelmente, uma pessoa reprovada deixou-se atingir tanto pelas decepções da vida que não consegue mais confiar nas outras pessoas. Uma desconfiança generalizada passa a reger os relacionamentos. relacionamentos. Aquele velho ditado: "gato escaldado tem medo até de água fria". Todos que representam aquela classe de pessoas com quem el a se decepci onou, pass am a ser discriminadamente uma ameaça. Naa é p o c a d o a p ó s t o l o P a u l o h a v i a m m u i t o s i m p o s t o r e s , N t an an t o n o j ud u d aí aí sm s m o c o m o n o c ri r i s ti t i a ni ni sm s m o q u e a c ab a b a ra ra d e n a s ce c e r . S o b e s t a m e s m a p e r s pe p e c t i va v a é q u e e l e p r e c i s ou ou
co nf ro nt ar e al er tar a i gr ej a e m C or in to em r el aç ão a el e mesmo: "Posto que buscais prova de que em mim Cristo f al a, o q ua l n ão é f ra co p ar a c on vo sc o, a nt es é p o d e ro s o e m v ó s . " ( l I C o 1 3 : 3 )
Ainda que Deus estava usando Paulo com poder, muitas pessoas não conseguiam confiar nele. Simplesmente desconfiavam temerariamente. Foram facilmente envenenados pelos perseguidores de Paulo. Eles, então, queriam mais provas de que Paulo era legitimamente um homem de Deus. Havia tanta desconfiança infundada, que Paulo apresenta este fato, como um sintoma de um possível estado de reprovação daquelas pessoas que o estavam julgando. Qu ando t emos u ma atit ude con tínua de reprovar e desconfiar levianamente das pessoas, isto é um forte indício de q ue o probl ema está em nós . Muitas cois as na noss a personalidade encontram-se distorcidas. A própria infidelidade é a principal raiz da desconfiança! Qu and o n ão som os fi éi s em al gum a coi sa, a t end ên ci a é transferir isto para os outros. Vemos os outros como somos. C ad a v ez q ue j ul ga mo s a lgu ém o u u ma s it ua ção s em conhecimento de causa, o único padrão que na verdade usamos para tal julgamento é o nosso próprio coração. Neste caso, tudo que conseguimos é revelar quem somos. Nosso julgamento frívolo e precipitado apenas provê um retrato do noss o homem interior. Com certeza, existem abus os e injustiças ainda não resolvidos. Naquilo que fomos feridos passamos a ferir e a desconfiar generalizadamente, o que só reforça e revela a situação de reprovação em que nos encontramos.
2. Estagnação e Desânimo
Isto vem como resultado de um stress espiritual. Obviamente uma pessoa reprovada, como já definimos, é alguém que não foi aprovado e por isto vai ser submetida a uma nova prova. De pe nd en do d e co mo n os p os ici on am os , i st o p od e s e repetir tanto que vai provocar em nós um profundo estado de desgaste, que pode ser traduzido nestas palavras: desistência, estagnação e desânimo. Invariavelmente, o processo, de vez após vez, fazer a prova e ser desaprovado, impõe uma situação interna de stress espiritual que adoece a esperança e esmaga a auto-estima. A partir disto, qualquer esforço espiritual é dem as iad am ent e p es ad o, dif íci l, cans ati vo e at é m es mo i nsup ort ável . Um g rã ozi nh o d e a rei a pas sa a p es ar um a tonelada. Não agüentamos mais cinco minutos com a Bíblia aberta ou dois minutos de oração já nos fatiga. Perdemos totalmente o interesse pelos perdidos. Esta esmagante carga de desincentivo espiritual sempre coexiste com situações sérias de reprovação. Devido à falta de maleabilidade, inferioridade e acima de tudo orgulho, nos esquivamos do tratamento de Deus. Isto nos tira do curso da vontade divina e em conseqüência a vida espiritual torna-se um terrível fardo. Nada vai fluir. A unção esgota! Várias situações começam a travar. Podemos at é agü entar isto p or um tempo, por ém a desistência e a apatia acabam se instalando. Todo estado de re pr ov aç ão crô ni ca ado ec e a co ns ci ên cia e a bal a a f é. O resultado final é a estagnação. A apos tasi a mu it as vezes a co nt ec e d e um a m an ei ra passiva e sutil. Apesar de muitos freqüentarem uma igreja, já
desistiram a muito tempo de uma vida comprometida com a vontade e a verdade de Deus. Este mecanismo sutil de apatia e desânimo é também o estágio preliminar das mais terríveis apostasias que pessoas praticam. A palavra profética nos alerta que estes últimos dias seriam marcados principalmente pela apostasia. Não devemos menosprezar esta possibilidade que começa despercebidamente através de um estado de reprovação que vai ganh an do fo rç a at ravés d es te pr oc es so cr es cent e d e estagnação e morte espiritual.
3. Ressentimento e Prevenção
Estas duas coisas normalmente andam juntas e co nt ri bu em d eci si va men te p ar a n os o bs ti nar mo s n a n os sa vontade própria. Todo ressentimento cria barreiras. Estas prevenções e barreiras, por sua vez, acabam construindo sérios conflitos com o discernimento da vontade de Deus. Uma confus ão int ern a e muit as dúvi das existenciai s s e estabelecem. A pessoa não consegue ter uma genuína convicção da vontade e da direção divina. De repente, a pessoa percebe que só sabe o que ela não quer para si, pois está dominada pelo ressentimento e prevenção. Comumente ouvimos uma confissão típica que retrata a prevenção: "Eu não sei bem o que Deus tem para mim, só sei que ir para determinado lugar, ou fazer determinada coisa, ou falar com tal pessoa, jamais!" A pessoa escolhe a vontade de Deus para ela. Ac ab a f aze ndo d a pró pri a vo nt ad e a voz de D eu s. É induzida pelas prevenções que construiu no coração a escolhas erradas na vida que podem acabar custando um preço muito
alto. Na verdade, ela está sendo guiada pelas suas feridas, as quais idolatra e insistentemente defende com unhas e dentes e mil razões! Para cada razão que justifica nossa mágoa, Satanás nos ac res cen ta o ut ras t an tas , e c om i st o m ui to s c on se gu em a façanha de espiritualizar suas feridas e barreiras. De alguma forma, estas p ess oas vêm fal hand o em resol ver muit os conflitos. Na caminhada espiritual acontecem muitos "Guetsêmanis" e "Calvários" onde somos traídos e abandonados, quando precisamos enfrentar muitas decepções. Um peso de angústia e morte começa a nos esmagar. Acont ece ram mui tas cois as qu e n ão es per áv amo s e q ue ninguém gostaria que tivesse acontecido. Mas, simplesmente, não existe como voltar o tempo e precisamos agora tomar uma decisão. É aqui que muitos fazem a pior escolha de não superar os ac id ent es d e p er cu rs o e pr os segui r s em b ar reir as p ara o prêmio da soberana vocação em Cristo. C ad a v ez q ue s on eg am os o p er dã o, q ue f al ham os e m renunciar para Deus o sentimento de injustiça e per da, de alguma forma, nossas vidas tornam-se terrivelmente aprisionadas, o que denuncia um forte estado de reprovação.
4. Atitude de Fuga
Pessoas feridas tendem a fugir. Fugir é uma das mai s fortes tentações para alguém que se encontra num estado de reprovação. Qu alqu er s itu açã o de do r, s eja e la d e cu nho fí si co, emocional ou moral, invariavelmente impõe uma dinâmica de fuga. A tendência é buscar alívio e conforto. Apesar disto ser
um mecanismo natural de defesa, pode se tornar algo perigoso, principalmente, quando evitamos que a ferida seja tratada, passando a viver irresponsavelmente de subterfúgios e paliativos. Por mais que a dor é temporariamente amenizada nestas escapadas, o foco da ferida só piora, apontando apenas para doses cada vez maiores dos narcóticos emocionais. Desta forma muitos se tornam viciados e condicionados à fuga. Aparentemente é muito mais fácil sair pela tangente, evitando qualquer tipo de aproximação que ameace confrontar o trauma. O caminho largo é também o caminho que pode ser eternamente longo e penoso. Vamos evitando o processo de cura e isto só prolonga o estado de enfermidade e exploração demoníaca. Medo e fuga se unem, estabelecendo uma dinâmica que nos enclausura no estado de derrota. A fuga é o lado oposto da solução. É o princípio da antiresolução de conflitos. Quanto m ai s f ugi mo s m ai s n os d is tan ci am os d a s ol uç ão . F ugi r é af as ta r- se da re sol uç ão d a no ss a pr ópri a vi da e s itu ação espiritual. F re qü ent em en te at en de mo s p es so as q ue v êm d e um a peregrinação numa série de igrejas. Cada vez que um problema as aflige, ao invés de agirem com humildade e maturidade, el as fogem deixando um rast ro de feridas , relacionamentos destruídos e portas fechadas. Quando Deus começa a levá-las ao ponto onde elas precisam ser tratadas, a grande tentação é desistir e fugir. Abortam as oportunidades de crescimento. Assim sendo, nunca perseveram em nada e estão sempre evitando os desafios que poderiam tornar a vida vitoriosa e saborosa. Muitas delas mudam o "chamado" de acordo com as suas próprias conveniências, o que não passa de uma forma sutil de espiritualizar o processo d e reprovação e fuga.
Para elas é mais fácil e cômodo mudar de igreja do que encarar e resolver de uma vez por todas o foco daquilo que as aflige. Obviamente que em cada uma destas mudanças, elas carregam consigo uma b agagem espiritual contaminada que é a profecia de novas e maiores dificuldades. É impossível sair mal de um lugar sem entrar mal em outro. O problema não está nos lugares por onde têm passado, mas nelas mesmas. Certamente, mais cedo ou mais tarde, para se realinharem com os benefícios de uma vida livre, estas pessoas precisarão voltar em cada uma destas situações e resolver o que não foi resolvido. Um exemplo clássico de um fugitivo foi Moisés. No seu zelo irracional de proteger seu povo, abriu uma terrível ferida em sua vida ao assassinar um homem egípcio. Esconde u o negócio e começou a andar em trevas. Não durou muito e foi atacado novamente no mesmo ponto, agora por um co mp at ri ot a. Aq ui lo o t rau mat iz ou d e t al f or ma qu e o f ez desistir de tudo, tr ansformando-o num fugitivo. "Mas o qu e faz ia injus tiça ao s eu próxi mo o r e p e ti u , d i z e n d o : Q u e m t e c o n st i t u iu s e n h o r e j u i z sobre nós? Acaso queres tu matar-me como ontem mataste o egípcio? A esta palavra fugiu Moisés, e tornou -s e per egrin o na te rra de Midiã, onde gerou dois filhos. " (At 7:27-29)
Antes de libertar o povo de Israel, Moisés precisava ser livre. Quando Deus, depois de quarenta anos pede qu e ele volte ao Egito, não era apenas por causa de Israel, mas por causa dele mesmo. A v olt a d e M ois és par a li bert ar o po vo d e Is rael d o ca ti vei ro d o E gi to d et er mi no u s ua c ur a. M es mo j á t en do
passado quarenta anos sendo profundamente tratado por Deus no "Seminário do Pastor Jetro", precisou voltar neste ponto e deixar de ser um fugitivo. Outro fugitivo na Bíblia foi Caim. Temos aqui uma triste cena que demonstra a atitude de um fugitivo. São aqueles que não querem de forma alguma negociar a possibilidade de se abrirem, quebrantar, admitir o erro e corrigir o que precisa ser corrigido. "Eis que hoje me lanças da face da terra; também da tua presença ficarei escondido; serei fugitivo e v a ga b u nd o n o t e r r a ; e q u a l qu e r q u e m e e n c o n t r ar matar-me-á. O Senhor porém, lhe disse: Portanto quem matar a Caim, sete vezes sobre ele cairá a vingança. E pôs o Senhor um sinal em Caim, para que não o ferisse quem quer que o encontrasse. " (Gn 4:14,15)
Caim, depois de ter sua oferta rejeitada, sendo reprovado por Deus, incendiou-se de inveja em relação ao irmão que fora aceito. Advertido sobre as motivações sombrias que assolavam seu coração acabou assassinando o próprio irmão por não suportar o seu sucesso. Porém, friamente, negou o feito, amou as trevas. Por mais que Deus tentou trazê-lo para a luz, ele preferiu a vida de mentiras ! O perfil de Caim reflete um alto percentual de pessoas dentro da igreja que vivem no ocultismo, fugindo da verdade. Ao ser provado e reprovado por Deus, Caim tornou-se um fugitivo, se colocando agora como vítima. Ao invés de temer ao Senhor, se acovardou diante das responsabilidades que deveria assumir.
P or d es co nh ec er o co ra ção d e D eu s, a ch and o q ue E le seria muito duro, decidiu fugir. É desta forma que muitos ab and on am o pl an o divi no p ara s uas vid as e com eçam a vagabundear pela terra! A partir disto não conseguem mais perseverar em nada. Caem facilmente na autocondenação: não s e perd oam e pe rd em a cap aci dad e d e co nfi ar n o car át er perdoador de Deus. Tornam-se desnorteados na vida. Da mesma forma, podemos mencionar o profeta Jonas, o h om em q ue f ugi u m ai s r áp id o n a Bí bl ia. N o ca pí tu lo u m, versículos um e dois temos o chamado de Deus para J onas levar uma mens agem ao p ovo de Ní niv e. J á no t erceir o versículo, ele foge: " F u gi u J o n a s d a f a c e d e D e u s . " ( J n 1 : 3 )
"Coincidentemente", uma tempestade açoitou o navio em que fugia. Daquele lugar cômodo onde dormia no porã o do navio, foi lançado ao mar, engolido por um grande p eixe e levado para o coração dos m ares. Só então, ele resolve orar! Se flexibiliza diante da tarefa r ec eb id a e m ud a d e i déi a r et om an do s eu d es ti no o ri gi nal . Depois de três di as, o peixe o v omit a em Nínive, onde, finalmente, ele cumpre sua missão. Im agin e co mo el e ch ego u n a t er ra do s eu ch am ado , vomitado por um peixe, com um cheiro insuportável! Este é o tipo de submarino que ninguém quer viajar! Espero que você não tenha que ir para o seu chamado de "peixe". Fugir de Deus nunca é uma boa idéia. Por mais que nos distanciamos do que nos fere ou envergonha, teremos que
cedo ou tarde, voltar naquele ponto, onde ficamos algemados pela reprovação.
5. Ingratidão e Crítica
A gratidão é o termômetro que mede nossa saúde espiritual. Quando não existe gratidão é porque existem áreas infeccionadas que precisam ser tratadas. A gratidão é a li nha que precis am ente disti ngue a pobreza da miséria. A Bíblia fala que o pobre, Deus o fez, porém, quem faz o miserável é a ingratidão! Neste mesmo sentido é que a miséria do rico pode ser terrivelmente pior que a pobreza do pobre. A gratidão é um dos maiores segredos da prosperidade. Toda pessoa murmuradora e ingrata está no caminho oposto ao caminho da prosperidade. Muitas pessoas são lançadas na miséria e ruína porque pagam o bem com o mal, a bênção com maldição e cospem no prato que comeram. Agem com d es car ad a i ng rat id ão . E st e é u m d os pi or es s in to mas q ue determina um quadro de reprovação. Existem algumas pessoas, que quase sempre, estamos carregando-as nas costas. São fracas e dependentes e usam estas plataformas para manipular. Sempre estão precisando de al gu ma s c oi sa e n os d es do br am os p ar a at en dê- las d e b oa vont ade. P orém, numa úni ca situação, onde nos vemo s impossibilitados de ajudá-las, elas se revelam vomitando a ingratidão : "você nunca me ajuda! Você está falhando comigo !" ... P es so as , at é m es mo , m at er ial men te, s ão l an çad as n a miséria por causa de ingratidão e traição. Lembro-me de um ev an gel is mo n um a p ra ça n o c en tr o d e B el o H or iz on te, n o início da minha vida cristã.
Fizemos uma roda e começamos um tempo de louvor e adoração quando uma mendiga de rua se aproximou pedindo uma ajuda. Tudo que eu tinha era algumas moedas no bolso, que prontamente coloquei em sua mão. Fiquei chocado quando el a ol hou p ar a a s moedas , em s egu id a ol hou par a mi m e vomitou sua insatisfação: só isso ?! Uma indignação me sobreveio, e, num lance de instinto, arranquei o dinheiro da mão dela, dizendo: se isto não serve para você, para mim com certeza servirá! Passei a entender como a ingratidão sustenta o espírito de miséria. Muitas pessoas estão tendo suas vidas destruídas pela ingratidão e depois querem destruir a vida dos outr os pela crítica. Toda pessoa ingrata torna-se crítica e toda pessoa crítica é também ingrata. Na verdade, sempre que uma pessoa não é aprovada numa circunstância, mais cedo ou mais tarde vai extravasar isto através de murmuração e crítica. A crítica irresponsável é o vômito da ingratidão. Uma pessoa ingrata é alguém que está cega para o bem que tem recebido. Não consegue perceber o esforço que outros tem feito para abençoá-la. Na verdade, a ingratidão transforma a pessoa num "saco sem fundo". Nada é suficiente e por isto está sempre insatisfeita. Quando a ênfase à crítica é maior que a ênfase ao incentivo temos o sintoma da ferida e reprovação. A pessoa não enx erga soluções , apenas defeit os. Os olhos estão entravados. Quando uma pessoa começa a ver só problemas e defeitos num lugar ou nas pessoas com quem ela convive, a leitura que se faz e o diagnóstico espiritual a que se chega é que ela mesma é quem está reprovada.
6. Vanglória ou Isolamento
Temos aqui dois pecados sérios que têm um alto potencial para afastar as pessoas e destruir a comunhão. Estas pessoas, literalmente, estão ceando sem discernir o corpo de Cri st o e por is to mui ta s d el as , com o P au lo dis se, vi vem doentes e outras até morrem prematuramente. Vanglória e isolamento são reações em extremos opostos que consolidam o fracasso espiritual. Estas atitudes, invariavelmente, são tentativas estratégicas com intuito de "disfarçar" ou "encobrir" o quadro interno de reprovação. Desta forma, os relacionamentos tornam-se insuportáveis devido à asquerosidade da vanglória, ou serão literalmente decepados pela solidão do isolamento. O principal motivo que sustenta estes comportamentos mentirosos é a vergonha moral e o orgulho. Algumas pessoas escolhem o caminho da obscuridade tornando-se irreconciliáveis. Pior que qualquer pecado, é a situação de ocultá-lo ou disfarçá-lo. Lem br o-m e de um a ex ce le nt e p es soa qu e t rabal ho u conosco. Apesar de todo potencial e carisma, infelizmente, ela havia desenvolvido também uma vida de lesbianismo. Apesar de todas as chances que ela teve para se expor e ser ajudada, el a cont rai u urna capaci dade dem oníaca d e encobrir a situação, conciliando uma dose certa de isolamento e ativismo espiritual. Obviamente, chegou o tempo em que as coisas começaram a vir a luz. Mesmo assim esta pessoa se recusava a admitir os fatos, o que acabava acontecendo apenas depois de unta contundente acareação com testemunhas. O pior da situação, ao meu ver, não era o pecado do homossexualismo, mas a atitude descarada de mentir, o que tornou a situação intratável. Não havia como estabelecer um
r el aci ona me nt o d e co nf ian ça, v is to q ue a v er da de es ta va totalmente ausente. Esta é uma das coisas que tenho aprendido em ac on sel ham en to . N ão m e i mp or to em aj uda r p es so as c om "pecados cabeludos", desde que elas sejam sinceras e não mintam. Quando alguém começa a mentir no aconselhamento, então, prefiro não perder mais o meu tempo com esta pessoa. Algumas pessoas falsas são verdadeiras devoradoras do nosso tempo. Estão sempre ali tentando transferir para nós suas responsabilidades, faltando com a verdade. Desperdiçam o tempo delas e o nosso, trabalhando intensamente no campo da libertação da igreja. Tenho constatado que um dos principais motivos pelo qual muitos crentes não são libertos é por que eles também não são verdadeiros. Sonegam ou mentem acerca de informações que determinariam a eficácia e a profundidade do processo. Assim, muitos deles apesar de passarem por inúmeras libertações, nunca são livres, e nem poderiam ser mesmo. A maneira de disfarçar a reprovação é através da vanglória onde a pessoa passa a se auto-afirmar em busca de reconhecimento. A pessoa se esconde atrás do ativismo, ou de uma posição de liderança ou até mesmo usa sua performance ministerial p ara compensar fracassos morais e emocionais. Alguns se colocam, por exemplo, como profetas. Falam em nome do Senhor, mas no fundo, tudo não passa de uma tentativa perigosa de se auto-firmarem através da espiritualidade. Estão tentando manipular respeito espiritual. O que temos é um show de carnalidade. Querem recompensar o seu estado de reprovação, tentando provar uma condição que não possuem. São pessoas que não suportam a possibilidade da reputação ser arranhada. Paulo rechaça esta atitude:
"Porqu e não é ap rovado quem a si mes mo s e l o uv a, m as s i m a q u el e a q u e m o S e nh o r l o u va . " ( I I C o 1 0 : 1 8)
Disfarçar redunda numa prática aberta da hipocrisia e orgulho, o que cauteriza a consciência. A pessoa aciona para si mesma uma queda repentina de um lugar tanto mais alto quanto ela quis se posicionar pelo orgulho. Escândalos são concebidos por este tipo de comportamento. A maneira de encobrir a reprovação é através do isolamento. Isto pode acontecer de formas bem si nistras. A pessoa simplesmente evita a comunhão para que os outros não tenham conhecimento da situação da qual ela se envergonha e t anto teme que seja d escoberta. Este é um caminho sutil para a apostasia. Toda a pessoa que abandona a comunhão, está evidenciando seu estado de reprovação. De vez em quando encontramos aqueles que espiritualizam sua posição com Deus dizendo: Não sou de igreja nenhuma! Não me submeto a homens, apenas a Deus! Estas pessoas, na verdade, estão profundamente doentes e ca rr eg am u m l eg ad o d e r ep ro vaç ão ! N in gu ém p od e s er d e Jesus e não ser do Corpo de Jesus! Out ros , d e forma ainda mais sini stra se afas tam da comunhão dizendo: Hoje não vou ao culto para ver se o pastor sente a minha falta! Só que, ao invés de sentir a falta, o pastor sente um suave alívio e nem percebe a ausência da pessoa! A cena pode ir se repetindo, e em pouco tempo a pesso a está totalmente isolada, apagada, e finalmente apostatada. "Se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus
seu Filho nos purifica de todo pecado. " ( I Jo 1:7)
Uma comunhão abençoada com as pessoas é conseqüência de an da rm os n a l uz, com s in ceri dad e e t rans par ên ci a, e também este é o requisito básico para que nossos pe cados sejam resolvidos e purificados pelo sangue de Jesus. Vanglória e isolamento sentenciam um estado de reprovação.
Capítulo 5
Respondendo as provas de Deus Para concluir, gostaria de fazer uma síntese em relação a tudo que tratamos até aqui. A maneira como respondemos às provas divinas determina o índice de desenvolvimento da personalidade, como também a índole emocional e o caráter agregado. Mediante as provas, existem basicamente três opções que podemos fazer, ou seja, três princípios que podemos acionar de acordo com as nossas próprias escolhas : O princípio da desaprovação, o princípio da reprovação ou o princí pio da aprovação.
I. A DESAPROVAÇÃO O princípio de colher o que semeia "Não vos enganeis; Deus não se deixa escarnecer; pois tudo o qu e o homem s emear is so ta mb ém
ce if ar á. Po rq ue qu em s eme ia na s ua carn e, da carne ceifará a corrupção; mas quem semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna. " (Gl 6:7, 8)
Este primeiro princípio sintetiza a história da vid a de Jacó: o enganador que foi enganado. Desde o seu nascimento, quando J acó segur ou no calcanhar do s eu irmão, ele j á demonstrava uma índole difícil. Era um competidor. Estava pronto a conseguir o que queria, ser abençoado, sem importar os meios usados para isto. Us av a m ei os t ot al men te ca rn ai s e p ec am in os os p ar a alcançar até mesmo as bênçãos espirituais que almejava. Jacó é aquele tipo de gente "muito esperta", que sempre tem que l ev ar v an ta ge m em t ud o e a lc an çar s eu s o bj et iv os n ão s e importando em pisar nos que estão no seu caminho. É quando colocamos nossos interesses acima do propósito e do processo divino. Primeiramente ele seduziu o irmão, levando-o, verbalmente, a vender sua primogenitura em troca do sustento circunstancial que tanto precisava. Depois o enganou com a ajuda da mãe, roubando a bênção que lhe cabia como filho primogênito. Para isto também enganou o pai, que já estava cego, incorrendo numa séria t ransgressão: "Maldito aqu el e q ue fize r que o ce go er re do caminho. " (Dt 27:18).
Uma jogada após a outra, e, pelo menos, aparentemente, conseguiu concretizar seu objetivo. Conseguindo tudo que queria através de uma conduta desonesta e manipuladora, ele criou sérios problemas.
Jurado de morte pelo irmão ofendido, ele resolveu isto de uma maneira simples: fugindo. No seu caminho de fuga, Deus o avisa: Jacó, você não pode ser abençoado do seu jeito! Você pode fugir de todos, menos de mim: "Eis que estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores, e te farei tornar a esta terra; pois não te deixarei até que haja cumprido aquilo de q u e t e t e n ho f a l a d o . " ( G n 2 8 : 1 5 )
Seu procedimento exibia uma grave distorção de caráter. Deus deixou claro que estaria no seu encalço, e que ele teria que voltar, mais cedo ou mais tarde, para r esolver a situação. Totalmente desaprovado, Deus o envia para a famosa "escola do quebrantamento", nada menos que vinte anos no "S eminário do Pas tor Lab ão". Uma situação durado ura projetada especialmente para aqueles que se acham espertos demais e acima dos princípios que regem o mundo espiritual. A ignorância moral de Jacó exigia um tratamento severo. Este seminário é o tempo e o local onde Deus confronta nosso jeito oportunista, golpista, s agaz e manipulador de ser e agir. Labão é um dos piores modelos de liderança que a Bíblia exibe. Um pai realmente perverso. Praticou a fria crueldade de trair a própria filha na noite de núpcias. Raquel esperou sete anos para poder casar-se com seu amado noivo e na noite de núpcias sua irmã ocupa seu lugar! S em n en hu m es cr úp ul o, La bão e xp lo ro u J ac ó, u sou e ab us ou d e s uas f il has , l an ça nd o- as n a m or tal a ren a d e u m casamento polígamo, sempre em busca de interesses financeiros. Labão incorpora a expressão máxima de alguém que quer conseguir seus objetivos a qualquer preço. Portanto, di ant e d e Lab ão, a ast úci a de J acó n em co nt av a. Se J ac ó julgava-se um grande enganador, Labão era PHD na arte de enganar!
J acó en gan ou o s eu i rm ão e a ch ou q ue s im pl es men te poderia fugir que tudo já estaria resolvido. Deus desaprovou a sua atitude, e por praticamente vinte anos, Jacó co lheu os frutos daquilo que ele havia semeado. Um processo l ento e duradouro de desaprovação. Por todo este tempo ele pôde ver a si mesmo através de Labão, p ara, então, finalmen te, santificar suas motivações e resgatar sua identidade. A grande e fatal verdade é que Deus tem um Labão para cada Jacó! Esta é a lei do espelho, Ele sabe como fazer com que nos enxerguemos. Nosso maior problema não é o Labão que está fora de nós, mas o que está dentro! Tudo que precisamos é de um "espelho"! Deus foi cavando no coração de Jacó até ele entender que precisava voltar ao ponto de partida e resolver o conflito cri ado co m s eu i rmão . Nã o im po rt a qu ant o t emp o t en ha passado, teremos que voltar no ponto onde fomos desaprovados por Deus e refazer a prova. Jacó, depois de enganar seu irmão, deu uma volta de vinte longos anos no deserto de Padã-Arã, e então, precisou ac ei ta r a c or re çã o d iv in a, v ol tar l á t rás , e nc ar ar o i rm ão , humilhar-se diante dele, e pelo menos, da sua parte, restaurar o relacionamento. Só então, Jacó foi aprovado. Sua identidade foi restaurada. Seu nome passou a ser o nome da nação gerada por Deus: Israel, Ele perpetuou a promessa da vinda do Messias, e assim, permitiu que a palavra de Deus se cumprisse em sua vida. Tudo que plantamos vamos colher. Ninguém escapa de colher o que semeia! Se semeamos na carne, vamos ceifar a corrupção como um atestado de desaprovação. Se semeamos no espírito, vamos ceifar vida e paz como um atestado de aprovação. É necessário enfrentar e resolver toda pendência. Não podemos escapar das precisas leis que governam o mundo es pi ri tu al . Nã o i mp or ta q uão b em c on se gu im os d is fa rç ar
nossos erros, ou para quão longe conseguimos fugir, estamos algemados à desaprovação. E a melhor opção é retorn ar no ponto da derrota, onde "perdemos o machado", por mais doloroso que isto seja.
Cavando nos vales
Há muito tempo atrás ouvi o Pr. José Rego do N. Júnior ( Zezi nh o) , q ue co nsi der o es pi rit ual ment e co mo um pai , falando sobre "cavar nos vales". Isto se encaixa muito bem aqui. Deus vai nos levar ao profundo do nosso coração onde está o ponto da cura. Aqui aprendemos que também se cresce para baixo, restaurando e edificando os alicerces. Isto pode parecer um pouco desanimador, porém é extremamente necessário e benéfico. "E a mão do Senhor estava sobre mim ali, e ele me disse: Levanta-te, e sai ao vale, e ali falarei contigo, " (Ez 3:22)
Nos lugares baixos da vida é onde vamos entender a voz de Deus. A voz de Deus confronta a altivez, a passividade, a impureza, a sequidão espiritual, a esterilidade, desnudando tudo que ficou em oculto: "A voz do Senhor quebra os cedros; ... Ele faz o Líbano s altar como u m be ze rro . .. A voz do Senhor lança labaredas de fogo. A voz do Senhor faz tr emer o d es e rto; o Senh or fa z tr emer o deserto de Cades. A voz do Senhor faz as corças dar à luz, e desnuda as florestas .,." (Sl 29:5-9)
O vale é onde nossas trevas começam a se confrontadas. Muitas vezes estamos nos lugares altos da vid , sentindo-nos por cima, mas de repente, Deus nos leva ao val e, Ali seremos tratados e tudo que está em trevas será confro tado. No vale não existem subterfúgios. A única outra opç o panorâmica, além do vale, é olhar para cima (Fig. 03). O vale significa aquelas situações onde a errota tão bem maquiada começa a deprimir a vida. É quando nosso pecado nos acha e todo suces so que conseguim s através da sagacidade começa a despencar sobre a nossa abeça. Pedaço a pedaço começa a cair sobre nós mesmos. Tudo que não estava sobre a rocha da Palavra de Deus começa a desmoronar. As provas de Deus começam a queimar tudo que é palha ! No fundo do vale, começamos a nos enx ergar. Só que, quando pensamos que já acabou, então Deus n s fala: "agora comece a cavar neste vale"... O processo é ais longo que imaginávamos (Fig. 04). R ec lam am os : S en ho r! Aq ui j á es tá m ui t o b aix o, n ão quero descer mais que isto! Então cavamos, e eus começa a most rar o q ue es ta va ent err ad o no no ss o c ração. Fortes
provas e situações contrárias vão desvendando ainda mais as raízes das nossas feridas. A revelação de Deu começa a vir sobre nossas vidas. Obviamente, somos incapaz s de ver o que está enterrado. Porém quanto mais Deus cava e nossas vidas, mais enxergamos! Cavamos mais e chegamos na tampa do b ueiro da nossa alma. Numa figura de linguagem, começam a aparecer toda sorte de coisas repugnantes: "baratas", "lagartixas", "crocodilos", etc. Tudo "evangélico", é claro! Começamos a nos ver com os olhos de Deus. Entendemos a ecessidade de enfrentar estas coisas que estavam a tanto empo em nó s mesmos e para as quais estávamos cegos.
Novamente Deus ordena: Ca ve ainda m ai s! E nt ão tentamos resistir: Senhor! Isto é muita humil hação ! Então cavamos e mais coisas vão surgindo. Provas e ituações ainda mais intensas abalam nossas profundezas.
Deus continua: cave mais! Ainda não foi o suficiente. Quando pensamos que não havia mais jeito das coisas piorarem, então surpreendentemente tudo piora. Parece até coincidência. Lembra-se das perdas de Jó? Nos sentimos indo em direção ao fundo do fundo. Uma forte convicção de pecado nos atinge. Então f in al men te, n os a br im os t ot al men te p ar a a h um il haç ão e consentimos: Senhor, cavarei e descerei o quanto o Senhor quiser! Tudo que ficou mal resolvido e destruído torna-se claramente evidente. Entendemos onde ele está querendo nos levar. Nos dispomos a voltar com o Espírito Santo em cada uma destas situações, enfrentando cada trauma, fazendo as restituições necessárias, revertendo toda condição em que envergonhamos a Deus ou que fomos envergonhados. Neste momento percebemos que lidamos com a raiz da dor, que exposta à luz do Dia se dissipa! Uma sensação sólida de paz e descanso começa inundar a alma. E xp er im en tam os u ma t ran sf or maç ão s ob re nat ur al n o profundo do coração! De repente, contemplando o fundo daquele buraco no vale, percebemos algo se movendo. São as águas de Deus, um poderoso fluir do Espírito Santo que começa a brotar. A intensidade da fonte vai aumentando, e as águas pas sam a encher e preencher o que havia sido cavado, nível a nível vai subindo até que, não só o buraco, mas todo o vale t orna-se num grande manancial. Aquele imenso buraco na alma, finalmente, após atingir o objetivo de expor a mais íntima raiz da ferida, converte-se numa divina fonte de suprimento. Uma infinidade de pessoas passam a se alimentar destas águas que jorram de uma personalidade sarada. O vale é aplainado. As águas de Deus nivelam os caminhos tortuosos da alma. Cumpre-se a palavra profética:
"... V oz do qu e cla ma n o deserto: P e pa rai o c am in ho d o S en ho r; e nd ir ei ta i a s s ua s veredas. Todo vale se encherá, e se abaixará tod monte e out ei ro; o q ue é to rtu os o s e endi rei t rá, e os caminhos escabrosos se aplanarão; e tod a a carne v e r á a s a l v a ç ão d e D e us . " ( L c 3 : 4 - 6 )
"O Senhor te guiará continuamente, e e faltará até em lugares áridos, e fortificará os t us ossos; serás como um jardim r egado, e omo um manancial, cujas águas nunca falham. E o s q u e d e t i p r oc e de r em e d if i ca r ão a s r u ín a s a n ti g a s ; e t u levantarás os fundamentos de muitas ge rações; e serás chamad o reparador da br e cha, e restaurado r de veredas para mor a " (Is 58:11,12)
É qu ando a alma esburacada pela dor da derrot a s e transforma numa fonte divina, um manancial de onde brota o rio de Deus para saciar os sedentos. Um dos grandes segredos acerca das águas do avivamento é que elas vêm de baixo! Este foi o legado de Jacó. Desaprovado por Deus, el e desce ao vale da vida. Sem saber, ao fugir, Jacó desce ao vale. Primeiramente, cavou sete anos trabalhando por Raquel, mas não pode tê-la. Cava mais sete anos pela mulher que ainda amava. Depois de quatorze anos, continua cavando, agora, pelo salário, que por mais de dez vezes foi mudado por Labão. Indo em direção ao fundo, Deus o leva finalmente ao Jaboque. Ali ele está disposto a dar a vida pelo irmão que enganara. Se vulnerabiliza diante de Deus. Estava disposto a r et ra ta r a s it ua ção c om o E sa ú, ai nd a qu e i st o cu st as se a própria vida. Se dispõe a enfrentar o grande trauma da sua vida, onde tudo começara. Após cavar tanto, atinge o ponto da transformação! Na raiz da ferida reside também o ponto da cura absoluta.
II. A REPROVAÇÃO O princípio de andar em círculos
O grande problema de andar em círculos é que apesar de todo esforço empreendido, você não sai do lugar em que se en contr a. Se você est á num des ert o, isto signi fi ca uma situação ainda mais desconfortável. Como vimos no exemplo de Jacó, a desaprovação além de nos levar a colher o que semeamos, ela pode nos conduzir a uma situação ainda pior e mortal: a reprovação crônica!
O caminho do deserto
Um do s pr in ci pai s obj et ivo s do des ert o é qu eb rar o condicionamento imposto por mentalidades de escravidão. O deserto é um caminho espiritual, que invariavelmente, está na rota da terra da promessa. Depois de 430 anos de escravidão no Egito sendo soberbamente tratados por Faraó, Israel torna-se, finalmente, um povo livre. Este tempo de deserto é a tipologia do processo pós-libertação. Muitos ignoram que é depois de uma grande libertação que vem a parte mais difícil. Dep ois do Egito sempre vêm o deserto. Por mais que a pessoa está livre, a personalidade con ti nu a de fo rm ad a. É i ndi spens áv el subm et er -s e a u m processo de educação e reeducação da mente rompendo o condicionamento imposto durante todo o período do cativeiro, mant en do o t er ri tó rio co nqu is tado . É nes te po nto qu e a maioria fracassa! Na verdade, tirar o povo do Egito não foi o mais difícil. O des afi o d e Deus er a co nst rui r no c or ação d e Is rael u m caráter de obediência voluntária a ele. A voluntariedade é a alma da liberdade. O serviço, a renúncia, a submissão quando não estão condicionados a uma recompensa determinam a liberdade do coração. Assim sendo, o deserto é o lugar espiritual de deixarmos Deus mudar noss a ment alidad e, qu ebrar os p aradi gmas impostos por Satanás, pelo pecado, pelas rejeições, pelos espíritos territoriais, etc. Quanto maior o tempo e m que a pessoa ficou condicionada a mentalidades e comportamentos contrários à verdade e à vontade de Deus, mais rigoroso é o definhamento espiritual.
O princípio da fisioterapia: uma simples analogia
Imagine alguém que ficou com sua perna engessada por três meses devido a uma fratura. Naturalmente, cada momento deste tempo de engessamento vai inibindo toda perspectiva de liberdade e mobilização. Vai-se acostumando e tomando a forma da situação até que conformamos totalmente com aquele condicionamento imposto pelo gesso. Quando a pessoa tira o gesso, a sensação é muito a gr ad áv el . Is to r ef let e o p od er d e u ma l ib er ta çã o. P or ém , apesar da perna já estar concertada, a estrutura ós sea está enfraquecida, a musculatura definhada e o poder de movimentação ainda consideravelmente inibido. Será necessário uma fisioterapia, um processo gradativo d e ex erc íc io s p ar a r ecu pe rar o s m ov im en to s e o c on tr ol e motor. Este processo além de ser demorado, exige disciplina. Aqui aprendemos a paciência de ser um paciente. A disciplina é um dos mais importantes princípios da cruz, o qual, infelizmente, a maioria dos crentes recusam. É i nt er es san te, q ue m es mo d ep oi s q ue a r ecu pe raç ão física já aconteceu, alguns ainda continuam mancando. Estão com o gesso na mente ou ainda com a dura lembrança do trauma sofrido na fratura. Este cacoete da alma é sinal de uma severa seqüela que ainda deve ser eliminada. É n eces sá ri o su pe rar a si tu ação es tando nov am ent e disposto a correr riscos e se expor diante dos novos desafios da vida. A tendência de um osso quebrado é se tornar ainda mais forte devido à calcificação.
A restauração da alma
Quando pensamos em termos de uma personalidade que ficou engessada em traumas, abusos, injustiças e comportamentos ou mentalidades pecaminosas, o processo pode ser ainda mais estreito de superar. É aqui que muitos que sofreram libertações tremendas na vida começam a fracassar, e fracassar, e fracassar... até perecerem no deserto. Em contrapartida, entender este t empo de deserto com um coração responsívo pode nos levar b revemente à nossa herança em Canaã, onde vamos pisar nossos inimigos e desfrutar do melhor de Deus. Quando entendemos a necessidade desta "fisioterapia na alma", e começam os a exercitar diligentemente noss as escolhas na direção de construir um caráter de obediência em áreas que tivemos um histórico de derrota, revertemos este quadro mais rápida e facilmente que imaginávamos. Ponha-se no lugar de um daqueles israelitas que passou sua vida inteira sendo tratado como escravo. Cada parte da alma estava engessada por todos aspectos impostos pela injusta vida de escravidão. Eram humilhados, sobrecarregados, abusados, forçados, e tudo isto sem nenhum tipo de incentivo ou recompensa. Não faziam mais que a obrigação! O grito de rebelião era sempre sufocado pelo chicote dos exatores e por impiedosas e rígidas punições! Nesta plataforma de rejeição está a raiz da rebelião, que manifesta-se através de uma insatisfação calada e falada. A perspectiva do líder como um exator, que impunha o cumprimento perfeccionista do trabalho na ponta do chicote, deforma o conceito de lei e autoridade. Liderança passa a ser sinônimo de ameaça e injustiça. Este foi o grande drama que Moisés teve que enfrentar ao liderar todo aquele povo. Amargura e murmuração jorram da visão deformada do princípio de autoridade.
É importante mencionar que os mesmos 40 anos que Deus precisou para transformar Moisés no deserto, no "Seminário do Pr. Jetro", ele também demorou para transformar o povo de Israel. A transformação do povo está diretamente vinculada à transformação do líder ! O maior desafio não foi tirar o povo da escravidão do Egito, mas tirar o Egito e a escravidão do povo. Deus precisou de dez milagres para tirar o povo de Israel do Egito e de vinte milagres no deserto, o dobro, para tirar o Egito do povo de Israel. Continuavam servindo a Deus com a mentalidade que serviam a Faraó. A mente havia sido fortemente tatuada com um referencial de liderança escravagista imposto por Faraó. Substituir este conceito de liderança egípcio pelo conceito da paternidade divina custou quarenta anos de deserto. Na verdade, apenas a outra geração começou a assimilar isto.
Andando em círculo no deserto: A mortal reprovação crônica
Quando Deus tirou o povo do cativeiro do Egito e da rotina da escravidão, o caminho a ser tomado foi o deserto. Muitas provas e milagres aconteceram. Ao mesmo tempo em que Deus m ost rav a s ua dis ci pl in a at rav és d e pro vas , el e também revelava sua graça através de milagres jamais vistos. P or ém, a pes ar d e t odo cuid ado d e De us com o po vo, p or diversas vezes eles foram desaprovados e reprovados. Você pode conferir isto estudando o livro de Números. Mesmo assim prosseguiam em direção à terra prometida. Vem, então, um teste final, quando precisaram sondar a t er ra d e C an aã . Fo ram e sc ol hi do s d oz e h om en s, q ue e ra m príncipes e líderes de cada uma das tribos de Israel. Diante
das cidades fortificadas e da belicosidade dos cananeus, dez daqueles espias voltam com o coração totalmente desfalecido e vencido pela incredulidade. Foram conquistados interiormente pelo medo dos moradores da terra a ser conquistada. Ao enfrentar a prova mais importante de suas vidas, eles fracassaram. Contaminaram o povo com a reportagem que deram, derretendo o coração de todos. Imediatamente, a ordem divina foi retornar ao deserto, onde o insucesso espiritual começara. "Quanto a vós, porém, virar-vos, e parti para o d es er to , p el o c am in ho d o M ar V er me lh o. " ( Dt 1:40)
Não tinham ainda aprendido o suficiente. O caráter ainda não estava suficientemente firme para suportar esta nova etapa da vida que envolveria conquistas bem maiores na te rra de Canaã. Se não podiam vencer seus próprios medos e desejos, como iriam derrotar cidades fortificadas e exércitos ferozes? Se ainda estavam lutando com a própria carne, como poderiam derrubar as hostes espirituais da maldade e os poderes deste mundo t enebroso? Precisaram voltar lá atrás, naqueles pontos, onde vinham sendo derrotados, vez após vez. Deus, então, os levou para ond e o pr obl em a c omeço u: o d es erto , que el es ta nto n ão queriam. Toda aquela geração, exceto Josué e Calebe, tiveram um "fim trágico". Eles andaram em círculo, de reprovação em reprovação, até morrerem. Esta é a contundente lei do deserto: Ou você sai aprovado, ou você não sai !
O deserto é o cemitério dos que não entram na terra prometida. Se consultarmos um mapa sobre a jornada do povo de Israel no deserto, veremos que eles fizeram exatamente um círculo que tangenciou o Mar Vermelho e a Terra Prometida. Ficaram no deserto até que toda aquela geração foi destruída! Esta tem sido a rotina na vida de muitos crentes. Ora avistam a terra prometida, e se animam. Ora estão beirando o Egito! Nunca passam nas provas do deserto. Acabam fracassando neste conflito que Paulo assim descreve: "Pois não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse pratico ... Miserável homem que s o u ! Q u e m m e l i v r a rá d o c o r po d e s t a m o r t e ? " (Rm 7:19,24)
Espero que Deus possa contar com você nesta geração e não tenha que esperar a próxima!
III. A APROVAÇÃO O princípio da submissão ao tratamento de Deus
Aprovação é mais que vencer as provações, é vencer as d es ap ro va çõ es e r ep ro va çõ es , o q ue n or mal men te é m ai s difícil. Precisamos terminar bem, cumprir o tempo de Deus, deixando com que a correção divina cumpra em nós todos os seus desígnios. A dinâmica da vontade de Deus requer a motivação certa, o lugar certo, o tempo certo, através dos princípios certos e debaixo da liderança certa. Resumindo, sob muitos detalhes e
circunstâncias, é necessário tomar uma decisão afinada com o coração de Deus.
A aprovação de Jacó: Princípios de tomada de decisão
1. Impelido pela palavra de Deus: Aprovado no seminário de Labão. Quando nos encontramos num tempo e local de tratamento divino, nunca devemos forçar uma saída rápida e f áci l b us ca nd o co m i st o a ten de r a n os sa c om od id ad e. N a verdade, is to s eria uma form a de fuga, que apenas nos enquadra no rol dos reprovados. Diante das provas, o imediatismo é sempre uma forte tentação. Para l idar com sit uações de repro vação t emos q ue aprender a conviver com alguns incômodos temporários. É necessário descartar todo tipo de subterfúgio onde es pi rit ual izam os no ss as bar rei ras , us ando até m es mo, a palavra e o nome de Deus em vão, o que certamente só acarreta piores conseqüências sobre as nossas vidas . É vital que a palavra de Deus venha genuinamente, confirman do e assinalando claramente a mudança a ser feita: "Disse o Senhor então, a Jacó: Volta para a terra d e teu s p ai s e p ar a a tua p ar en te la ; e eu s er ei contigo. " (Gn 31:3)
Jacó saiu de Padã-Arã impelido pela P alavra de Deus.
Ele esperou vinte anos sendo oprimido pelo seu sogro. Apesar dos quatorze anos sem salário e depois, por mais seis anos, sofrer vários golpes que traziam desvantagens financeiras, Jacó tornou-se mais rico que Labão. Estava acima de Labão, acima do dinheiro, acima das rejeições e injustiças! Er a, a gor a, um ho mem l ivr e, qu e ap re nd eu a r esp eit ar e perdoar as pessoas. Um homem amadurecido e aprovado na escola do quebrantamento! Com um coração certo, ten do o selo da gratidão em sua vida, mesmo tendo passado por tudo aquilo, estava pronto a continuar com Labão! Jacó não estava chateado ou ressentido com Labão, muito pelo contrário, na verdade, era Labão e seus filhos que estavam contrariados com J acó: "Jacó, entretanto, ouviu as palavras dos filhos de L ab ão, q ue d iz ia m: Ja có t em l ev ad o t ud o o q ue er a d e n oss o pai , e do qu e era d e noss o pai adquiriu ele todas estas riquezas. " (Gn 31:1)
Quando Labão não te incomoda mais, significa que a hora de Deus para a mudança se aproxima! Esta é a evidência que o Labão que existia dentro de nós foi arrancado e vencemos a etapa do deserto. 2. Autorizado pelas autoridades em questão A bênção de Maanaim: A prova de sujeitar-se à liderança de um líder injusto. Apesar de Deus falar claramente para Jacó r etornar para a terra de seus pais, ele não teve coragem de comunic ar sua partida. Não acreditou que a palavra de Deus seria poderosa para quebrar qualquer relutância da parte de Labão.
Realmente, Labão já se sentia o dono de Jacó. Era u m líder dominador e injusto. Manipulou Jacó todo aquele tempo usando as próprias filhas e depois o fez oferecendo salário, o que não deixou de ser uma forma de comprá-lo. Aparentemente, tudo indicava que Labão iria impedir de alguma forma que Jacó "saísse do seu ministério", onde fazia o trabalho mais pesado. Acredito que todo homem de Deus precisa passar pelo crivo desta prova: a prova de submeter-se à liderança de um líder injusto. Da vi pa sso u pel a mes ma s itu ação, s end o du ram ent e perseguido por Saul, durante aproximadamente doze anos, um rei en ciu ma do qu e t ento u mat á-lo p or vári as v ez es e d e diversas formas. Você já teve um líder assim? Que te persegue, que não gosta quando o seu ministério desponta, que tenta impedir seu cr es ciment o, que abertam ente u sa s ua vida para obt er vantagens pessoais, que quer controlar tudo, que se sente no direito de viver a sua vida e age como se fosse o s eu dono, usando irresponsavelmente de ameaças e até mesmo palavras de maldição, que está obcecado no que você pode contribuir para os seus interesses pessoais e não interessado na vontade de Deus se cumprir na s ua vida? Se você já passou ou está passando por uma situação com o es ta, p ro vav el ment e, est á no cami nho c ert o! Di go provavelmente, porque você está enfrentando uma das provas mais importantes da sua vida. Isto pode fazer a diferença entre você ser um Davi ou um Saul na sua liderança, um Jacó ou um Labão com seus liderados. Jacó acaba fazendo uma decisão incorreta, e apesar de ter a palavra de Deus, mais uma vez, ele foge. Sorrateiramente, el e aj un to u s uas e sp os as , f il ho s, r eb an ho s, b en s e f oi -s e embora sem que ninguém pudesse perceber. Depois de t rês di as, Labão s ente s ua ausência e s e enfurece ao descobrir que Jacó o abandonara. Decidiu, então,
persegui-lo como alguém que vai à cata de algo que lhe pertence. Havia uma terrível decisão no coração de Labão de matar Jacó. Se Jacó não ficasse com ele, também não ficaria com ninguém! Porém, no caminho da sua impiedosa perseguição a Jacó, que vi aj ava l ent amente devido ao gr ande rebanho que conduzia, Deus se manifesta a Labão e o repreende duramente: "... Guarda-te, que não fales a Jacó nem bem nem m a l. " ( G n 3 1 : 29 )
Labão alcança Jacó e depois de resolverem a situação, eles fazem um pacto de sal: " Re sp on de u- lh e L a bã o: E s ta s f il ha s s ão m in ha s filhas, e es te s filhos são meus filh os, e es te r eb a nh o é m eu r e ba n ho , e t u do o q u e v ê s é m eu ; e que farei hoje a estas minhas filhas, ou aos filhos que elas tiveram ? Agora pois vem, e façamos um p ac to, eu e tu ; e s irv a el e d e t es te mun ha e nt re m i m e t i. E n tã o t o m ou J a có u m a p e d ra , e a e r ig iu c o mo c o lu n a . . . D i s se , p o is , L a bã o : E s t e m on t ão é hoje t es temunha entre mi m e ti. Por iss o f oi chamado Galeede. " (Gn 31:43 -45, 48)
Jacó estava aprendendo de uma vez por todas uma coisa fundamental para ser aprovado: "nunca fugir". Na verdade, o próprio Labão reconhecia que o Senhor o abençoara por causa de Jacó:
"... poi s tenho p erc ebido qu e o S enhor a b e n ço o u p o r a m o r d e t i . " ( G n 3 0 : 2 7 )
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Depois disto, legitimamente liberado por Labão, co nt in uan do s ua j or nad a, J acó c he ga n um l ug ar ch am ad o Maanaim, onde tem uma experiência tremenda com Deus. Percebeu que estava amparado pelo acampamento de anjos. Deus es tav a con fi rman do, qu e ago ra, as coi sa s es tav am novamente em segurança: "Jacó també m s eguiu o s eu ca minho; e n c on t r a ra m - no o s a n j o s d e D e u s . " ( G n 3 2 : 1 )
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A Bíblia nos confronta dizendo que devemos submeter e prestar contas não apenas diante dos líderes bons e justos, como também dos maus e injustos. Sempre quando passamos nesta estreita prova, vamos estar amparados sobrenaturalmente pelos anjos d e Deus. Porém, quando precipitamos e agimos sem o temor do Senhor, acabamos perdendo o rumo. Nos sentimos ofendidos e ofendemos. Ao invés de encontrar os anjos de Deus, somos ac hados po r l egi ões de d emôn ios . Des ta fo rma po dem os abortar tudo que Deus já vinha fazendo até aquele ponto. É interessante notar como Deus não permitiu que Jac ó cometesse o mesmo erro que havia cometido com Esaú. Jacó saiu fugido de Labão, mas não conseguiu ir muito longe. Só depois de ter feito um pacto com seu sogro, é que ele realmente estava liberado por Deus. 3. Coragem para obedecer: voltando no ponto do trauma
" D i ss e r a m -l h e o s d i s c íp u l o s: R a b i , a i n d a a g o ra o s judeus p rocu rava m apedr ejar- te, e to rnas para lá ? J e su s r e s p on d eu : N ão h á d o z e h o r a s n o d i a ? S e alguém andar de dia, não tropeça, porque vê a luz deste mundo. " (Jo 11:8-9)
M ui tas v ez es s er á n ec es sá ri o v ol tar e m l ug ar es o nd e al gu ém , l it er al men te, t ent ou n os d es tr ui r. Ló gi co, q ue é necessário fazer isto, sempre, em virtude de um discernimento, que só a palavra revelada de Deus pode nos dar. Jesus nunca fugia de nada. Ele sabia enfrentar todas estas s itu aç ões am eaç ad or as, con front ando toda i nt imi dação demoníaca. Podia discernir quando o mundo espiritual estava aberto ou fechado, movendo-se na vontade do Pai. "Lembra-te, pois, donde caíste, e arrepende-te, e p r at i ca a s p r im e ir a s o br a s ; e s e nã o , b r e ve m en t e virei a ti, e re mover ei d o s eu lu gar o teu c a n d ee i r o , s e n ã o t e a r r e p en d e r es . " ( A p 2 : 5 )
Depois de tanto tempo, Deus estava lembrando Jacó do s eu pr obl em a c om o i rm ão , qu an do h avi a s ido ju rado d e morte. Este terrível impasse, que o levara a abandonar a casa dos pais ainda era um espinho na sua consciência. Precisava voltar naquele ponto. Vint e anos sem fal ar com o i rmão n ão é uma coi sa simples de se resolver. A Bíblia, sabiamente, explica que : " O irmão ofendido é mais difícil de conquistar do que uma cidade fort e. " (P v 18:19)
A inimizade tem sido um dos maiores ataques de Satanás contra a igreja e principalmente contra os pastores. Existe um
alto percentual de pastores que não se falam, mesmo morando na mesma cidade. De vi do a d es av en ça s e d ef rau da çõ es n ão r es ol vi das , líderes passam a sustentar uma inimizade no coração que é encoberta sutilmente, mas por baixo desta casca a ferida está viva. Este tipo de situação muitas vezes perdura por anos e até por gerações, construindo as mais terríveis barreiras denominacionais, sustentando um clima maligno de divisão e críticas que subtrai a autoridade territorial e corporativa da i gr ej a. M ai s c edo ou mai s ta rd e, t er á que acont ec er um a reconcili ação, o u estas pess oas s erão vítim as d a l ei d o deserto.
Aprovado no Vale de Jaboque
Jacó se posicionou diante do terrível medo e constrangimento que barrou seu relacionamento com Esaú. Entendeu que aquela terrível prevenção espiritual era o maior inimigo. Mesmo correndo risco de vida, pois recebeu a not ícia q ue s eu ir mão vin ha con tr a el e ac omp an ha do d e quatrocentos homens, ele decidiu voltar no ponto da derrota! Decidiu que nunca mais seria um fugitivo. Estava pronto a r et rat ar aq uela s itua ção qu e t anto of end era s eu i rm ão . D ep oi s d e en vi ar a lg un s p re sen te s p ar a E saú , at ra vé s d os familiares, que foram na frente, divididos em dois grupos, ele des ceu sozinho ao Val e de J aboque. Est es s ão aqueles m om en to s q ue n ão ad ian ta p ed ir o ra ção p ar a n in gu ém , é apenas você e Deus: "Jacó, po rém, fic ou só; e lutava com el e u m h o m e m a té o r o m p e r d o d i a . " ( G n 3 2 : 2 4 )
Neste vale, depois de tanto cavar, é que ele encontraria o ponto das águas, o fluir transformador de Deus. Não só Jacó seria transformado, mas ali também estava a chave da transformação do coração de Esaú. Jacó começou a lutar com o anjo do Senhor. Mas, na realidade, o inimigo a ser vencido estava dentro dele mesmo. Precisava morrer de uma vez por todas para a sua identidade de enganador. Ali, na verdade, foi o calvário de Jacó, onde foi fat al me nte f eri do n a s ua c arn al id ad e. A es pada d e Deu s aleijou de uma vez por todas suas tendências carnais e as m ot iv aç õe s co rr om pi das . As f er id as d e D eu s s em pr e s ão cirúrgicas. De fato, ali, a alma de Jacó sofreu uma profunda cirurgia, um transplante de identidade. Foi desta forma que ele viu Deus face a face. Você ainda quer um encontro face a face com Deus? Mesmo Jacó estando ferido e sem forças, aquele anjo com que m lut ar a es tr an ham ent e ex pl ica qu e el e lut ou e fo i o vencedor da luta. Mas, como ele poderia ter vencido, se estava visivelmente atingido pela espada do anjo e profundamente ferido pelo bisturi divino? Aqui entendemos que só vencemos quando somos totalmente vencidos pelo Espírito Santo. É neste paradoxo que reside o ponto da transformação! Foi neste instante, que finalmente, ele deixou de s er Jacó, e passou a ser Israel: "Não te chamarás mais Jacó, mas Israel; porque ten s lu tado c om D eus e com os homens e ten s prevalecido. " (Gn 32:28)
S inc er am en te, es per o que v ocê po ss a t ermi nar e st a leitura, totalmente derrotado pela cruz e vencido pelo Espírito S an to . E nq uan to f or mo s "i ni mi go s d a c ru z" n os sa í nd ol e continuará nos privando da nossa genuína identidade em Deus. Não é difícil concluir que a raiz dos problemas que mais atormentaram Jacó não estava em Esaú e muito menos em Labão, porém, nele mesmo. Invariavelmente, enfrentamos muitas resistências que são meramente um efeito colateral de um estado pessoal de reprovação. O problema não são as pessoas ou as circunstâncias que insistem em serem desfavoráveis. Começamos a orar para que estas pessoas possam mudar o seu posicionamento. Oramos por milagres que alterem a ordem natural das circunstâncias que nos afligem. Muitos estão lutando em oração dizendo: Senhor, Não agüento mais o meu marido ..., não suporto mais as cobranças da minha esposa ..., nem a rebelião do meu filho ..., aquele jeito do meu pastor me incomoda ..., não aturo mais a avareza do meu patrão ..., a imaturidade do meu líder de cé lula ... Muda eles Senhor! P or ém , o q ue p ri mei ram en te p re ci sa s er m ud ado , é a nossa oração: "Deus, que eu seja o milagre e não as pessoas! Que eu seja o milagre e não as circunstâncias ! Muda a mim !" De repente, isto começa a surtir um poderoso efeito. Deste q uebrantamento interio r, um f orte mover do Espírito Santo começa a jorrar. Nossa religiosidade é rompida. Um ambiente de paz e revelação nos envolve. Quando a nossa índole é transformada, as pessoas mudam e as circunstâncias se t ransformam ao nosso redor. Deus transformou a Jacó quando ele resolveu não mais fugir de Esaú, nem de Labão, nem da morte. Simplesm ente abraçou a cruz, e, finalmente, foi aprovado por Deu s. Ele alcançou um lugar de paz e vitória em todos os seus