RESENHA SPOSITO, Eliseu Savério. Geografia e filosofia: contribuição para o ensino do pensamento geográfico. São Paulo: Editora UNESP, 2004. Como toda ciência, a Geografia teve seus retr…Descrição completa
Livro sobre Geografia e Filosofia
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Tradução ao português da primeira parte do livro de Horácio Capel "Filosofia e Ciência na Geografia Contemporânea".
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Resenha do Artigo Cópia e Pastiche de Debora Diniz e Ana Terra Mejia Munhoz
Universidade Federal do Maranhão Graduandos em Geografia Fabricio Fernando Caldas Cavalcante Larissa Thais dos Santos de Macedo Luisa Carolina Martins Ramalho Matheus Prudêncio ricera Tarcio Monteiro Tra!ano
RESENHA SPOSITO" liseu Sav#rio$ Ge Geog ogra rafia fia e filos filosof ofia ia:: con contrib tribui% ui%ão ão &ara &ara o ensino ensino do &ensamento geogr'fico$ geogr'fico$ São Paulo( Paulo( ditora U)SP" U)SP" *++,$ *++,$
Como toda ciência" a Geografia teve seus retrocessos e avan%os no decorrer dos s#culos" a &artir do s#culo -.- e -- construiu novas bases &ela e/istência de diversos m#todos 0ue aceleraram seu desenvolvimento$ liseu S&osito" em seu ensaio Filosofia e Geografia" a&resenta a &riori a rela%ão e ao mesmo tem&o o distanciamento entre a Geografia e a Filosofia e as contribui%1es &ara o ensino do &ensamento geogr'fico$ ssa dist2ncia se d' &elo fato da Geografia ter sido disci&lina escolar antes mesmo de se constituir em cam&o de investiga%ão cient3fico$ 4 ide'rio mar/ista trou/e consigo a dial#tica 0ue a &artir do di'logo a&ro/imou a Filosofia da Geografia e a &rodu%ão do conhecimento conhecimento tra5endo tra5endo novas conce&%1es conce&%1es &ara &ara o s#culo --.$ 4 ensaio a&resenta cinco ca&3tulos nos 0uais as refle/1es versam sobre a 0uestão do m#todo e a cr3tica do conhecimento" a teoria do conhecimento e a realidade ob!etiva" os conceitos" temas e &or as teorias$ 4 livro mostra como se deu as bases do conhecimento e da refle/ão a &artir da Filosofia$ 4 m#todo tra5 consigo um &ercurso &elas diferentes correntes correntes da Filosofia$ Filosofia$ 6 invasão &ela teoria teoria do conhecimento conhecimento abre lugar a necess'ria com&reensão do ato de &rodu5ir conhecimento e de suas rela%1es com o mundo da ciência" &artindo das &erguntas( Por 0uê7 Como7 e Para 0uê7 4s conceitos mais &olêmicos 0ue a Geografia &rodu5iu estão marcados como es&a%o" região e territ8rio" somados mais tarde a &aisagem e lugar formam o con!unto de ob!etos de investiga%ão cient3fica da Geografia em todo o mundo$ 4s temas atuais atuais abrem abrem es&a% es&a%oo &ara &ara a moder moderni5 ni5a% a%ão" ão" global globali5a i5a%ã %ãoo e mundia mundiali5 li5a% a%ão ão 0ue se somariam a crise &aradigm'tica vivida &ela Geografia$ 6 6ssocia%ão dos Ge8grafos 9rasileiros :6G9; tem dado contribui%1es significativas &ara essa a&ro/ima%ão entre a
Geografia e a Filosofia a &artir de congressos envolvendo discuss1es entre essas duas ciências$ 6s teorias fa5em alusão < teoria do ciclo de erosão"
CAPÍTULO 1 - A QUESTÃO DO !TODO E A CRÍTICA DO CONHECIENTO 4 m#todo não deve ser confundido com as disci&linas 0ue foram resultando da fragmenta%ão da ciência" desde o renascimento o conhecimento cient3fico vem contribuindo com im&ortantes avan%os &ara a com&reensão e e/&lica%ão do mundo$ 6 im&ort2ncia do m#todo e de sua discussão em Geografia # ineg'vel$ Para Sant Santos os :=>> :=>>?" ?" &$ ?*@A ?*@A;" ;" a 0ues 0uestã tãoo do m#to m#todo do # fund fundam amen enta tall &or0 &or0ue ue se trat trataa da constr con stru%ã u%ãoo de um sistem sistemaa intele intelectu ctual al 0ue &ermi &ermita" ta" anali analitic ticame amente nte"" abo aborda rdarr uma realidade" a &artir de um &onto de vista" não sendo isso um dado a &riori" mas Buma constru%ão" no sentido de 0ue Ba realidade social # intelectualmente constru3da$ constru3da$ 6 leitura deste escrito tem como inten%ão contribuir &ara o ensino do &ensamento geogr'fico" demonstrando &ara o estudante de Geografia 0ue h' v'rias maneiras de se iniciar o estudo de 0uest1es relativas ao a/ioma geogr'fico$ 6ssim" # &reciso consultar diversas fontes" como um ou mais dicion'rios ou obras de referência 0ue bus0uem confrontar as diferentes defini%1es de m#todo$ 6l#m dos m#todos citados anteriormente h' tamb#m o m#todo a/iom'tico" o indutivo" de an'lise@s3ntese e hermenêutico$ Definir m#todo # algo muito com&le/o dentro das ciências e da &r8&ria Filosofia$ Segundo S&osito" m#todo # o con!unto de &rocedimentos l8gico e de t#cnicas o&eracionais 0ue &ermitem ao cientista descobrir as rela%1es causais constantes 0ue e/istem entre os fenEmenos$ 4 em&i em&iri rism smoo ingl inglês ês"" o idea ideali lism smoo alem alemão ão"" a dial dial#t #tic icaa hege hegeli lian ana" a" o &ositivismo comtiano e o materialismo hist8rico mar/ista serviram de bases te8ricas e
doutrin'rias &ara o desenvolvimento não s8 do conhecimento cient3fico e filos8fico" mas de m#todos diferentes e de &osturas e inter&reta%1es da realidade baseados em fundamentos diferenciados$ 6ssim" os m#todos são utili5ados de&endendo da &r8&ria intencionalidade do investigador$ )a Filosofia do s#culo -.." Chau3 em sua obra Primeira filosofia :=>?; afirma 0ue a &alavra m#todo Btem um sentido vago e um sentido &reciso distin%ão( Sentido vago &or0ue todos os fil8sofos &ossuem um m#todo ou o seu m#todo" havendo tantos m#todos 0uanto fil8sofos$ Sentido &reciso" &or0ue o bom m#todo # a0uele 0ue &ermite conhecer verdadeiramente o maior nHmero de coisas com o menor nHmero de regras$ 4s elementos fundamentais do m#todo são a ordem e a medida$ 6 indu%ão e a dedu%ão são &rocedimentos da ra5ão e não m#todos diferenciados e com identidade &r8&ria$ 4s m#todos hi&ot#tico@dedutivo" dial#tico e fenomenol8gico" &ossuem leis e categorias e estão relacionados historicamente a &rocedimentos es&ec3ficos e teorias disseminadas &ela comunidade cient3fica$ 4 m#todo hi&ot#tico dedutivo # a0uele atrav#s do 0ual se constr8i uma teoria 0ue formula hi&8teses a &artir das 0uais os resultados obtidos &odem ser dedu5idos" e com base nas 0uais se &odem fa5er &revis1es" 0ue &or sua ve5 &odem ser confirmadas ou refutadas S&osito :=>>>; a&ud Ia&iassu J Marcondes :=>>+;$ sse m#todo # baseado no &ensamento cartesiano de Ren# Descartes$ ntretanto( K discut3vel at# 0ue &onto as teorias realmente se constituem e se desenvolvem a &artir do m#todo hi&ot#tico@dedutivo" uma ve5 0ue nem sem&re h' uma corres&ondência
&erfeita
entre
e/&erimentos
e
observa%1es" &or um lado" e dedu%1es" &or outro :&'g$ =,A; )a rela%ão entre su!eito e ob!eto" o ob!eto &revalece sobre o su!eito" influenciando o &es0uisador e os seus conhecimentos" mesmo 0ue a neutralidade cient3fica se!a um &ressu&osto b'sico$ 4 real # descrito &or meio de hi&8teses e dedu%1es$
O "#o$o %e&o'e&ol(gi)o-Her'e&*+#i)o 4 termo hermenêutico designava at# o fim do s#culo -.- todo esfor%o de inter&reta%ão cient3fica de um te/to dif3cil 0ue e/ige uma e/&lica%ão" atualmente a hermenêutica constitui uma refle/ão filos8fica inter&retativa ou com&reensiva sobre os s3mbolos e os mitos em geral$ 6 fenomenologia" segundo )unes :=>> &'g$; # uma cr3tica de toda tradi%ão es&eculativa ou idealista" refuta o em&irismo e o &ositivismo$ 6 fenomenologia # uma filosofia do sub!etivo$ )a rela%ão entre su!eito e ob!eto" # o su!eito 0ue descreve o ob!eto e suas rela%1es a &artir de seu &onto de vista$ 4 m#todo fenomenol8gico@hermenêutico vai al#m do sub!etivismo atrav#s da consciência$
O "#o$o Dial"#i)o K a0uele 0ue &rocede &ela refuta%ão das o&ini1es de senso comum" levando@ as a contradi%ão" &ara chegar então a verdade" fruto da ra5ão" citado :S&osito" =>>>; a&ud Ia&iassu J Marcondes :=>>+" &'g$ =?;$ )a rela%ão entre su!eito e ob!eto" o su!eito se constr8i e transforma vis@a@vis o ob!eto e vice versa$ 6s tendências doutrin'rias constituem a visão de diferentes &essoas no modo de ver e fa5er Geografia$ 6s ideias e o&ini1es devem ser se submeter ao &rinc3&io da falseabilidade &ara se confirmar se são cient3ficas ou não" &ois o conhecimento s8 # com&rovado se estiver su!eito a e/&erimenta%ão$ 6 conte/tuali5a%ão do &ensamento cr3tico e radical a&onta &ara a caracter3stica de totalidade$ 6ssim" a leitura do &ensamento geogr'fico deve ser feita mediante refle/ão Bradical :busca a origem do &roblema;" cr3tica :colocar o ob!eto do conhecimento em um &onto de crise; e total :inserir o ob!eto da nossa refle/ão no conte/to do 0ual # conteHdo; 4liveira :=>>+" &ag$ **; citado &or S&osito :=>>>;$
Cr,#i)a 6 cr3tica est' atrelada a atitude de es&3rito 0ue não admite nenhuma afirma%ão sem reconhecer sua legitimidade racional$ Difere de es&3rito cr3tico" ou se!a" dessa atitude de es&3rito negativa 0ue &rocura denegrir sistematicamente as o&ini1es ou as a%1es das outras &essoas :S&osito" =>>>; a&ud :ibidem;$ Cometer o &ensamento cr3tico # ir al#m das a&arências # ir al#m do senso comum" # com&arar dados" # se 0uestionar sobre ideias a&resentadas diante dos olhos$
CAPÍTULO . TEORIA DO CONHECIENTO E REALIDADE O/0ETIA )esse ca&itulo o autor vem nos mostrar a discussão de alguns as&ectos fundamentais &ara a &rodu%ão do conhecimento cientifico" onde ele abordar' o ato de conhecer e os diferentes n3veis do conhecimento$ le nos a&resenta a0ui" tamb#m alguns as&ectos da linguagem" onde est' tendo e/trema im&ort2ncia &ara o conhecimento cientifico$ liseu enfati5a as &erguntas &or 0uê7 como7 &ara 0uê" ssas &erguntas servem &ara refletirmos sobre o 0ue se elabora cientificamente$ São e/&ostos algumas atividades ou &rocedimentos b'sicos &ara a investiga%ão cientifica" a&ontando tamb#m &ara a mudan%a &aradigm'tica como subse0uente < crise do &ensamento geogr'fico" !' identificada &or alguns autores$ S&osito inicia discutindo sobre a ca&acidade de racioc3nio do ser humano" tomando como base o autor S5am8si" com sua ideia de uma forma de conhecimento interno ao meio ambiente" Bo c#rebro não modela as informa%1es" as caracter3sticas do ambiente e/terno" mas em modelos 0ue são em forma de c8digo abstratos$ 4s seres humanos &ossui sua maneira de gerar esses modelos" &ois são abstratos" &or causa dessa diferen%a" a maneira &articular de &rocessamento de informa%1es 0ue tem cada ser humano$ le trata a 0uestão de como o conhecimento a&arece" buscando fa5er um e/erc3cio intelectual &ara se chegar a uma refle/ão sobre o conhecimento$ 6&resenta a0ui a s3ntese do saber &ara um outro autor" Garcia" onde resume@se em Bdescrever ou mane!ar$ )ota@se 0ue essa descri%ão ou esse mane!o se d' de acordo com a ciência" seguido &elo n3vel cientifico$ 4 ca&itulo continua a&resentando os n3veis do conhecimento$ 4 enfo0ue &rinci&al # dado a&enas &ara os n3veis filos8fico e cientifico$ le fala da abstra%ão" da refle/ão 0ue s8 # &oss3vel &or meio da atividade observacional do n3vel filos8fico e da descri%ão minuciosa do n3vel cientifico$ 6o 0ue se resume <( a ciência não &ode estabelecer verdades absolutas nem se &ortar como definitiva" como !' como foi e/&osta a s3ntese do saber" a ciência se resume em descri%ão ou manuseio$ 4 autor d' ênfase < necessidade de a&ontar caminhos &ara direcionar refle/1es e&istemol8gicas atrav#s da leitura e inter&reta%ão de te/tos e de uma e/igência
atrav#s de uma atitude filos8fica diante do 0ue est' escrito$ sta &ostura" segundo ele" tem 0ue ser radical" cr3tica e totali5ante$ 6 &rimeira se refere < rai5 do conhecimento e do entendimento a cr3tica di5 res&eito em refletir al#m do senso comum" tomar uma &ostura anal3tica" buscando crit#rios de informa%1es" com&arando dados e confrontando ideias$ le vem considerar alguns as&ectos da linguagem" onde a linguagem # im&ortante &ara a elabora%ão de res&ostas refle/as da informa%ão &ercebida" a linguagem vai transmitir o 0ue se # observado" ela vai relatar informa%1es de ob!etos de manuseio$ 6 linguagem oferece novos &adr1es &ara a comunica%ão" &adr1es de significados$ liseu S'verio fala tamb#m do &a&el im&ortante 0ue a linguagem tem na constitui%ão do conhecimento" e da diferen%a do ser humano &ara os outros seres" e essa diferen%a vem ser a linguagem" &ois ela # simb8lica" &or0ue re&resenta os significados das coisas" 0uando falamos" 0uando atribu3mos signos a determinados ob!etos$ la # com&le/a &or0ue &ode demonstrar caracter3sticas minuciosas$ la tamb#m # com&8sita" &ois se edifica sobre um con!unto de unidades mais sim&les" onde se tem o melhor entendimento e maneira de re&resentar a si &r8&ria$ 6 &alavra # outro elemento confrontado em rela%ão a linguagem" &ois a teoria do conhecimento tem a &alavra como um elemento 0ue não e/iste so5inho$ la tanto identifica as coisas como tamb#m est' nessas coisas$ la # tida como significante" &or0ue cont#m significados" e # decodificada &or todos segundo sua &r8&ria condi%ão e situa%ão$ 4 autor inverte nosso racioc3nio &ara lembrar algumas considera%1es sobre os &roblemas do conhecimento" a &artir da leitura de Morin" 0ue cita os riscos do erro e da ilusão" onde o conhecimento &ode" as ve5es" ser ilus8rio e errEneo" e # nesse momento 0ue a educa%ão deve mostrar 0ue o conhecimento não est' totalmente livre de erros e ilus1es$ S&8sito nos a&resenta os &oss3veis três ti&os de erros 0ue Morin divide$ Come%ando &elos erros mentais" 0ue se dão &or meio do &otencial de mentira 0ue cada mente tem$ rros intelectuais" 0ue # a resistência 0ue se tem < informa%1es 0ue não lhe conv#m ou 0ue não se &ode assimilar$ &or Hltimo temos os erros da ra5ão" onde a situa%ão de a racionalidade ser corretiva$ le aborda a 0uestão dos &aradigmas" como Morin mesmo intitula Bcegueiras &aradigm'ticas$ 4s &aradigmas 0ue são condicionantes e entraves na
liberdade de &ensamento" isso !ustamente nos im&ossibilita de criar ideias 0ue combatam &roblemas a res&eito do &r8&rio conhecimento" e somente ideias são ca&a5es de combater ideias$ Por fim" a totali5ante consiste na conte/tuali5a%ão e inser%ão do ob!eto 0ue se est' analisando em seu conteHdo e totalidade$ Desta forma" esses direcionamentos são im&ortantes &ara 0ue se tenha como &onto de &artida os &assos da investiga%ão" utili5ando@se tamb#m como # colocado na obra de &erguntas b'sicas da refle/ão cient3fica( Por 0ueN0uandoNonde$ 6 &artir disto" &rosseguimos &ara os &rocedimentos da investiga%ão cient3fica 0ue &artem da atividade com&ilat8ria de coleta e &roblema a ser res&ondido" sele%ão de fontes e t#cnicas$ 6 segunda atividade @ correlat8ria 0ue busca estabelecer &ar2metros e homogenei5ar n3veis com&ar'veis entre si e de outras nature5as$ 6 &r8/ima atividade" denominada sem2ntica" corres&onde ao trabalho de sistemati5ar as vari'veis utili5adas e com&arar com o m#todo utili5ado$ BK nesse n3vel de investiga%ão 0ue a informa%ão geogr'fica com&arece como um elemento modificado e abstrato como elemento b'sico &ara a &rodu%ão do conhecimento" como abordagem racional do &roblema abordado :&$ ,;$ Por fim" resta a atividade normativa" res&ons'vel &elo refinamento" encaminhamento metodol8gico e &ela elabora%ão final do conhecimento geogr'fico &ro&osto e 0ue &ara tal" bus0ue contribuir &ara a mudan%a de &aradigmas$ O' ainda a necessidade de se ter cautela 0uando" em an'lises ou estudos" &ara 0ue se insira o tema central em seu conte/to" bem como a utili5a%ão de referenciais te8ricos" # im&rescind3vel o entendimento dos temas centrais do &ensamento geogr'fico$ I' fechando o ca&itulo liseu Saverio S&8sito volta a discutir a 0uestão dos &aradigmas 0ue im&edem a liberdade de &ensamento" # &reciso mudar e acabar com esses &aradigmas estabelecidos como Hnicos modelos" e s8 &or meio dessa liberdade de &ensamento e da incerte5a filos8fica # 0ue iremos su&erar esses desafios" resolveremos &roblem'ticas$ 6 su&era%ão dos &aradigmas nos fa5 &ensar al#m das &ossibilidades tecnol8gicas" a ciência tamb#m tem esse &a&el de su&era%ão" se su&erando no sentido de 0ue a mat#ria est' em movimento$
CAPITULO 2 - CONCEITOS
6&8s a verifica%ão das rela%1es diretas entre geografia e filosofia" &artimos agora &ara o estudo de três temas fundamentais &ara o ensino e o a&rendi5ado da geografia$ s&a%o :tem&o;" Região e Territ8rio são a0ui abordados &ela 8tica de v'rios &ensadores ge8grafos e outros cientistas" com ideias diferentes e em tem&os diferentes$
Es3a4o 5Te'3o6 4 s&a%o dentro da geografia foi reconhecido como tema im&ortante &ara o &ensamento geogr'fico 0uando a geografia tradicional estava entrando em bai/a$ Para Oartshorne" um dos &rimeiros a trabalhar o es&a%o como um dos temas centrais da geografia o es&a%o tem e/istência em si" sendo Hnico e tamb#m o cam&o onde se ocorre os fenEmenos geogr'ficos$ Segundo Corrêa" o a&arecimento desse conceito dentro da disci&lina de geografia # abordado &rimordialmente &or Ullmam :=>,;" Schaefer :=>A;" e Qatson :=>;" surgindo a &artir dai duas conota%1es( a de Plan3cie .sotr8&ica" na 0ual a vari'vel mais im&ortante # a distancia" e a de Re&resenta%ão Matricial" no 0ual os temas mais recorrentes são movimentos" redes" n8s" hierar0uias e su&erf3cies$ Com o surgimento da geografia critica ou radical" de base mar/ista" 0ue tem nomes como Milton Santos" Oenri Lef#bvre" Oor'cio Ca&el" entre outros o conceito de s&a%o sofre interferências mais radicais$ Com esse novo modo de ver o s&a%o" ele dei/a de ser observado a&enas &elo seu lado f3sico" sendo abordada agora a rela%ão socioes&acial &ara se definir s&a%o$ Para analisar a rela%ão s&a%o@Tem&o Saverio recorre a Piette" &ara 0ual o Binicio do s#culo -- assistiu a uma unifica%ão do s&a%o com o tem&o na Teoria da Relatividade de instein" na tentativa de cria%ão de uma nova BGeometria do s&a%o$ 4 tem&o não &ode ser com&reendido sem sua rela%ão com o s&a%o e vice@versa$ oltando um &ouco &ara discutir essa afirma%ão" &ara 6rist8teles seria o mesmo &ara todas as &essoas" inde&endentemente do lugar onde elas estivessem" &or0ue ele sendo Bmedida de movimento astronEmico seria obviamente a Bmedida do movimento" medida uniforme de movimentos multiformes( da grande5a vari'vel 0uanto ao aumento" altera%1es" deslocamentos$$$$
Por fim" na 0uestão sobre o s&a%o" aborda@se a Geografia Ouman3stica ou Cultural$ 4s integrantes desta linha de &ensamento se baseiam na Bsub!etividade" na intui%ão" nos sentimentos" na e/&eriência" no simbolismo e na contingência" &rivilegiando o singular e não o &articular ou o universal" e ao inv#s da e/&lica%ão tem na com&reensão a base da inteligibilidade do mundo real$ Revalori5a@se a &aisagem como conceito$ Um nome 0ue se destaca na gênese dessa corrente i Fu Tuan" &ara 0uem Bos sentimentos es&aciais e as ideias de um gru&o ou &ovos sobre o s&a%o a &artir da e/&eriência são im&ortantes$ Para ele h' v'rios ti&os de s&a%os( um es&a%o &essoal" outro gru&al" onde # vivida a e/&eriência do outro e o es&a%o m3tico@conceitual" 0ue ainda ligado < e/&eriência" e/tra&ola &ara al#m da evidencia sensorial e das necessidades imediatas e em dire%ão a estruturas mais abstratas$
Regi7o Dentro da geografia" Região # um dos temas mais controversos e discutidos$ Devido a grande 0uantidade de ge8grafos 0ue tem uma visão diferente do 0ue # Região" &odemos" &artindo dele :conceito de Região; analisar autores" obras e ideias diferentes$ Para Gomes :=>>" &$,>; Breconhecer a e/istência do termo região # mais do 0ue sim&lesmente assinalar e/istência" significa aceitar seu uso$$$ e conceber nesta multi&licidade a ri0ue5a e o ob!eto &ro&riamente de uma investiga%ão cientifica$ Gomes ainda analisa as conse0uências dessa conce&%ão" colocando em che0ue o car'ter da ciência de Hnica re&resenta%ão verdadeira da realidade$ 6valia tamb#m as mHlti&las &ossibilidades 0ue a geografia tem &ara se tornar não somente mas um a dar um conceito &ara Região" mas a se desenvolver ainda mais$ 6nalisando Região &elo lado da Geografia Oumanista" temos Região como uma &arte da &essoa" onde a &essoa se sente inserida" onde esta centrada suas a%1es di'rias$ I' &ara a Geografia Critica o conceito de Região est' vinculada a divisão territorial do trabalho e ao &rocesso de acumula%ão ca&italista" 0ue &rodu5 e distingue es&acialmente &ossuidores e des&ossuidores$ Como ultima contribui%ão acerca do conceito de Região" o autor se baseia em Thrift :=>>?; 0ue enfoca a Geografia Regional$ Thrift analisa três autores im&ortantes" mas 0ue viveram em #&ocas diferentes$ idal de La 9lache" arl Mar/ e
Fredic Iameson são analisados de acordo com o conte/to de 0uando e onde desenvolveram suas ideias$ La 9lache" influenciado &ela crescente industriali5a%ão francesa B&reocu&a@ se com a necessidade de dedicar@se não a&enas a singularidade da Região" mas a sua crescente inde&endência$ Se baseando em Mar/" ainda sobre a an'lise de Thrift" Bo ca&ital era essencialmente uma influência homogenei5ante e centrali5ante e Ba reestrutura%ão industrial leva a reestrutura%ão regional$ Pode@se observar 0ue Mar/ estava voltado &ara as mudan%as 0ue a Região sofria com ganho ou &erda de ca&ital$ Para Iameson"Ba Região esta se fragmentando" tornando@se não tão desorgani5ada$$$ 0uanto deslocada nos termos em 0ue costumamos considerar Região como 'reas continuas e demarcadas$ Tudo isso se dar devido a novas rela%1es econEmicas 0ue somente dão lucros a &oucos e 0ue sacrifica a maioria de uma &o&ula%ão" 0ue # iludida &or novas ideias 0ue não tem um fundo de cultura$
Terri#(rio 4 conceito de Territ8rio # constantemente confundido com o de s&a%o" mas ao se a&rofundar em leituras mais &rofundas sobre esses temas" &ercebe@se 0ue isso ocorre &or limites muito tênues$ 4utra caracter3stica desse conceito # 0ue não se deve &ensar em Territ8rio sem o associar a categoria Tem&o$ Territ8rio est' vinculado essencialmente
moderna" en0uanto a sua aventura se confunde largamente com a0uela do &oder$ :.biden" &$=A;$ Para encerrar a abordagem sobre o conceito de Territ8rio" usa@se o conceito de descontinuidade$ Se baseando nas ideias de GaW" descontinuidade est' fundamentada na rela%ão direta 0ue a nature5a im&1e na organi5a%ão do ser humano em determinada 'rea$
CAPÍTULO 8 - A CRISE PARADIG9TICA 4 autor afirma no ca&3tulo 0uarto da obra" 0ue atualmente a ciência ocidental vive uma crise &aradigm'tica 0ue levou os cientistas serem mais ob!etivos e a&licados em seus estudos da realidade" como tamb#m o rigor filos8fico e/ercido na ciência e transforma%ão da realidade$ Muitas mudan%as &aradigm'ticas tiveram de ocorrer" &ois uma crise na &rodu%ão do conhecimento fe5 com 0ue novas buscas acontecessem &ara esta nova com&reensão$ Para o conhecimento" a ignor2ncia &assa a se o estado de fuga" de es0uecimento e de mistifica%ão dos fenEmenos mais sim&les do cotidiano" al%ando@os a uma &erce&%ão religiosa$ 4 dom3nio do conhecimento e sua a&ro&ria%ão como forma de lucro$ 6 ciência torna@se indis&ens'vel &ara a humanidade" &ois atrav#s dela se &ode conseguir uma melhor condi%ão de vida &assa a ser um conhecimento elaborado$ Para conhecer melhor essa crise" três temas serão abordados( modernidade, globalização e a história da Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB) e suas realizações$
o$er&i$a$e .niciada a &artir dos anos =>+ a modernidade sendo o momento mais recente da geografia" &assou incor&orar novos temas" a conversa%ão com a filosofia" sociologia e antro&ologia$ Parafraseando Marshall 9erman :=>>+;" ele di5 0ue ser moderno # encontrar@se em um ambiente din2mico e 0ue se transforme" &odendo ser &erdido o conhecimento 0ue temos" sabemos e somos" &ara essa ideologia 0ue nos une" a mudan%a e a contradi%1es conceituais e/istentes$ 6ssociando a modernidade a conceitos" &odemos di5er 0ue # um Bcon!unto de descontinuidades" observando ritmo de mudan%a 0ue ocorre no mundo todo$ Qalter
9en!amin autor não@ge8grafo di5 0ue a modernidade se tornou um mito descontente e 0ue &ara o ca&italismo # como um sono a batalha entre ra5ão e mito uma nova rela%ão com a nature5a e a aceita%ão do destino 0ue na mesma tra5$ Pra FeWerabend" Be/iste um irracionalismo na base do saber 0ue &recisa ser considerado e a dicotomia tradicional" ciênciaNra5ão versus mitoNmagiaNreligião" não &assa de uma ideologia autorit'ria 0ue confere < ciência $$$ a e/clusividade do conhecimento" o mito e a ra5ão devem manter rela%1es rec3&rocas$ Presa@se &or uma universali5a%ão da racionali5a%ão e ao mesmo tem&o &or uma antirracionali5a%ão 0ue &re5a &ela ri0ue5a dos fenEmenos naturais" não necessariamente com alguma ordem l8gica ou regular$ Iean 9audrillard" Gomes :=>>; Ba modernidade não # nem um conceito sociol8gico" nem um conceito &ol3tico" nem &ro&riamente um conceito hist8rico # um modo de civili5a%ão caracter3stico" 0ue se o&1e ao modo da tradi%ão" ou se!a" a todas as outras culturas anteriores ou tradicionais$ OarveW :=>>; di5 0ue a modernidade não &ode res&eitar se0uer o seu &r8&rio &assado" &ara não falar do de 0ual0uer ordem social &r#@moderna$ Percebemos 0ue # claramente um rom&imento com conceitos antigos" não necessariamente um es0uecimento" mas uma retomada do &assado com novas &ers&ectivas" &odendo ser entendida &or uma Bdestrui%ão criativa :Goethe;" termo esse referente a um &ersonagem : Fausto; 0ue constru3a um mundo novo a &artir das cin5as do antigo$ Vuando se fala do s#culo --" o modernismo assume Buma forte tendência &ositivista" isso no &er3odo entre guerras" tra5endo uma grande limita%ão &ara o &ensamento geogr'fico estabelece@se uma cultura t#cnica" a &r8&ria ar0uitetura modernista rege esse &rocesso" influenciando as demais 'reas do saber$ Tamb#m surge o &8s@modernismo 0ue &ossui caracter3sticas antitotali5antes" antigenerali5antes" de abordagem descentrali5adora e at# mesmo ca8tica da sociedade fragmentada$ Percebemos então 0ue modernidade não significa em hi&8tese alguma a Bani0uila%ão do lugar e sim a melhor forma de se &ensar e organi5ar$
Gloali;a47o < '+&$iali;a47o sse novo conceito ou novo &aradigma da geografia 0ue # de grande im&ort2ncia # a globali5a%ão" 0ue em =>>+ ganhou grande desta0ue$ K bom
diferenciarmos o termo mundialização de globali5a%ão" 0ue são as rela%1es ca&italistas 0ue tentam se estabelecer em todos os lugares e a segunda # mais um &ensamento ou uma cultura 0uase 0ue con!unta" diferente de uma &adroni5a%ão$ 6 e/em&lo de mundiali5a%ão temos as diversas bolsas de valores do mundo de globali5a%ão temos a &adroni5a%ão de certos costumes" eventos" transmiss1es via sat#lite" marcas e &rodutos$ Temos 0ue lembrar 0ue as subdivis1es dos &a3ses se d' atrav#s desses dois conceitos" baseados em as&ectos culturais$ Milton Santos : apud =>>?" &$A; afirma 0ue B4 &rocesso de globali5a%ão" em sua fase atual" revela uma vontade de fundar o dom3nio do mundo na associa%ão entre grandes organi5a%1es e uma tecnologia cegamente utili5ada$ Mas a realidade dos territ8rios e as contingências do Bmeio associado asseguram a im&ossibilidade da dese!ada homogenei5a%ão$ 6s met'foras tamb#m sem&re estão &resentes no &ensamento cient3fico segundo 4ctavio .anni" e desvendam tra%os fundamentais da sociedade global a e/em&lo de algumas temos( Aldeia global 0ue # a comunidade mundial Fbrica global # a desterritoriali5a%ão e reterritoriali5a%ão das coisas" gentes e ideias" &romovendo o redimensionamento de es&a%os e tem&os" concentra%ão e centrali5a%ão do ca&ital !a"e espacial #
o fim do individualismo :artesanal;" aliena%ão ao conhecimento &uramente
t#cnico e universali5a%ão da racionalidade instrumental #orre de babel # uma met'fora emergida da ideia de uma Bl3ngua comum onde todos se Bentendem e desentendem" a e/em&lo a l3ngua inglesa$ Mamigonian :apud ibidem" &$=++; di5 0ue a globali5a%ão Bcomo ideologia 0ue se vende e se im&1e aos novos &ovos o&rimidos # basicamente o &ro!eto econEmico@&ol3tico americano de deliberar o ultraim&eralismo futuro$ &odemos concluir 0ue isso não # algo novo" os &a3ses subdesenvolvidos são controlados economicamente e culturalmente &elos &a3ses desenvolvidos desde sua forma%ão$ 6&8s todos estes conceitos de globali5a%ão e mundialização" alguns &rinc3&ios desta Hltima &alavra foram estabelecidos( Financeirização 0ue # o dom3nio da moeda e economia #end$ncia a homogeneização 0ue # a tendência a am&lia%ão territorial dos costumes" etc %eleti"idade # a segrega%ão entre os homens atrav#s de suas es&eciali5a%1es &riação tecnológica são as mat#rias &rimas" &rodutos" servi%os e
ideias entre &essoas e seus stados 'stmulo competiti"idade 0ue # normal entre os stados *erticalização nas realizações de produção +udança do papel social do 'stado são
os v3nculos e intercone/1es 0ue os stados e as sociedades constru3ram ao
longo dos anos$
A Asso)ia47o $os Ge(grafos /rasileiros 5AG/6 Fundada &or Pierre Deffontanes em de setembro de =>A, a 6ssocia%ão dos Ge8grafos 9rasileiros :6G9;" 0ue veio &ara a!udar a organi5ar o curso na Universidade de São Paulo" !unto com mais dois nomes marcados na hist8ria da Geografia brasileira( Pierre Monbeig e Francis Ruellan$ K o 8rgão 0ue reali5a os ncontros )acionais de Ge8grafos" 0ue ocorrem bienalmente" e os Congressos )acionais de Geografia" 0ue ocorrem decenalmente$ Como &a&el do ge8grafo" na atualidade" am&lia@se constantemente" com a &artici&a%ão de &rofissionais em diferentes entidades da sociedade civil" em organi5a%1es não@governamentais e em movimentos sociais" al#m do seu hist8rico &a&el em sala de aula" ministrando os conteHdos de Geografia &ara a forma%ão do cidadão brasileiro" os eventos cient3ficos transformaram@se" ganhando um car'ter de massifica%ão dentro da &r8&ria comunidade :S&osito" *++,;$ 6 6G9 reali5ou no ano de *+++ em Florian8&olis seu -.. ncontro )acional de Ge8grafos" 0ue foi de e/trema im&ort2ncia na sua hist8ria$ Mais &recisamente em Iunho desse ano e com o tema B4s outros ++ na forma%ão do territ8rio brasileiro$ m => B&rodu5iu@se uma falsa dicotomia entre os encontros cient3ficos e &ol3ticos chamava@se um &er3odo de democrati5a%ão" o 0ue futuramente lhe traria &roblemas$ 6tualmente a 6G9 sofre um momento de tensão hist8rica" &ois o discurso &ol3tico &assou a ser hegemEnico em suas diferentes gest1es$ Uma entidade 0ue consegue congregar mais de três mil &artici&antes num evento cient3fico" e &or isso # tão grande" mas 0ue nem &ossui sede &r8&ria$ 6inda em =>" nos eventos 0ue a 6G9 organi5ava" estudantes não &odiam &artici&ar de seus eventos" a&enas &or s8cios titulares e convidados$ )o ... ncontro )acional de Fortale5a :C; houve uma ru&tura &ol3tica" &rovocada &elas interven%1es de 6rmen Mamigonian$ Foram organi5ados ob!etivos :de5; a &artir dessa ru&tura" 0ue &assaram a constar no estatuto da 6G9$
6 situa%ão dos ge8grafos era desorgani5ada a tal &onto" 0ue" a&enas em =>> foi regulari5ada a &rofissão de ge8grafo criada &elo decreto@lei nHmero ?$??,N" con0uista de uma luta da 6G9 desde o in3cio dos anos +" e 0ue ainda não est' totalmente terminada &or causa de em&ecilhos colocados &elo CR6 :Conselho Regional de ngenharia e 6gronomia; em algumas regi1es" 0uanto ao registro de ge8grafos$ Com a crise 0ue estava &assando" foi &reciso uma mudan%a &aradigm'tica no &ensamento geogr'fico" uma Btomada de consciência influenciada &elas ideias de Schaffer e Lacoast" 0ue nos demais encontros &assaram a ser discutidos &ara 0ue a &rodu%ão do conhecimento não voltasse a estagnar@se$ 4 ob!eto da geografia 0ue # o Bes&a%o deveria ser o alvo de todas as discuss1es$
CAPUTULO = - TEORIAS 4 ca&itulo analisa três teorias observando v'rios elementos como" o n3vel tecnol8gico do &er3odo hist8rico" a doutrina 0ue sobre&1e < teoria" as rela%1es filos8ficas do momento" &or e/em&lo$ 6 3ri'eira # o ciclo da erosão" elaborado &or Qilliam M$ Davis :=+@ =>A,;" no final do s#culo -.-" atualmente foi su&erado &ela base te8rica da Geomorfologia" &or#m liseu S$ S&osito considera relevante fa5ermos uma r'&ida abordagem sobre cu!a im&ort2ncia est' na necessidade de conte/tuali5armos duas coisas( a &rimeira refere@se a um momento es&ec3fico da &rodu%ão geogr'fica com suas influencias recebidas de outras 'reas do conhecimento a segunda" ligada a um movimento de su&era%ão das teorias 0ue vão sendo elaboradas" refere@se ao car'ter am&lo e contradit8rio na &rodu%ão do conhecimento" mesmo 0ue os cientistas tenham como base filos8fica as mesmas fundamenta%1es$ Davis" ge8grafo e ge8logo" teve sua #&oca marcada &or v'rios fatos im&ortantes$ 6lgumas inven%1es ocorridas nos stados Unidos e na uro&a mostram a for%a da ciência no desenvolvimento de diversas tecnologias$ 4 autor enfati5a tamb#m o momento filos8fico" 0ue recebe influencia do idealismo" &ositivismo e socialismo$ 4 idealismo alemão :Xantiano ou &8s@Xantiano;
0ue no &rinci&io teve suas bases lan%adas &or ant" &ara 0uem Ynão haver' conhecimento sem a o&era%ão do intelectoY$ Personificado &or Oegel" o idealismo absoluto :&8s@Xantiano; afirma 0ue o real # a ideia$ 4 &ositivismo" 0ue tem como caracter3stica &rinci&al o em&3rico e a 0uantifica%ão" ou se!a" defende a e/&eriência como fonte &rinci&al do conhecimento sendo contrario ao idealismo" considera as ciências em&3rico@formais como modelo &ara as demais ciências$ o socialismo" o 0ual teve como ob!etivo reformar a sociedade desde a economia a &ol3tica utili5ando as ideias de igualdade" e assim estabelecer um estado de bem@estar social$ Dentre a ri0ue5a cientifica e filos8fica da segunda metade do s#culo -.-" Davis escolhe o &ositivismo como base fundamental &ara sua teoria$ 6o analisar alguns autores" S&osito conclui 0ue o evolucionismo serviu de instrumento &or todos a0ueles 0ue &retendiam e/&licar as cone/1es entre fatos e a din2mica das sociedades humanas no es&a%o geogr'fico Mesmo alguns ge8grafos se o&ondo a essa teoria" Davis utili5ou@se dela como &arte essencial &ara o seu trabalho$ Davis afirma 0ue a forma do terreno deve ser estudada do mesmo modo 0ue uma forma org2nica" logo # com&osta de uma s#rie de &rocessos$ 9uscando a elabora%ão de leis" ele &retende universali5ar uma descri%ão &ara 0ue &ossa ser aceita e utili5ada &or todos os ge8grafos bem como fa5em os bi8logos em sua 'rea$ liseu S$ S&osito afirma" 0ue no &er3odo de sua elabora%ão" o ciclo da erosão não recebeu cr3ticas diretas de Qalter PencX$ Posteriormente" as cr3ticas feitas &or cientistas 0ue difundiram as ideias e valori5aram as com&ara%1es entre as teorias geradas nos stados Unidos e na 6lemanha$ 6 soma dos conceitos estadunidenses era contraria a visão 0ue os alemães tinham dos &rocessos geomorfol8gicos" 0ue !' se &reocu&avam desde Oumbold" com o conceito de &aisagem e suas caracter3sticas de totalidade$ 6 teoria do ciclo da erosão foi a &rimeira 0ue definiu a estrutura te8rica &ara a geomorfologia e &assa a guiar o &ensamento e a &es0uisa geomorfol8gica$
Davis afirma 0ue" como os seres vivos tem seu ciclo vital" o relevo tamb#m a&resenta essa caracter3stica$ K constitu3do &or três fases 0ue a &rinc3&io re&resentariam o momento de sua forma%ão ou !uventude$ le tem como caracter3stica o dese0uil3brio entre o canal fluvial e a estrutura &or onde ele corre" ocasionando assim um forte &rocesso de erosão$ Um segundo momento seria definido como a maturidade do relevo" as formas são bem definidas e h' um e0uil3brio entre a erosão e a de&osi%ão de mat#ria$ Rios de &lanalto e/&licam essas marcas$ I' no terceiro momento" o da senilidade" o relevo a&resenta formas com&letamente desgastadas devido ao forte &rocesso erosivo" as atividades erosivas tendem a cessar &ois os rios são de &lan3cie$ Por#m essa teoria a&resenta alguns &roblemas" dentre eles est' < falta de considera%ão dos elementos e/8genos" a0ueles ocorridos &or agentes e/ternos" cu!o clima # o &rinci&al$ Qalter PencX não cometeu essa falha em sua abordagem te8rica" &ois considerou tais as&ectos$ 4 ciclo da erosão" considerado &elo &r8&rio Davis como m#todo &ara estudar o relevo" se caracteri5a &or alguns elementos$ Com suas limita%1es &ara a leitura do relevo" # &reciso relembrar 0ue ela &ro&1e alguns &assos b'sicos$ .nicialmente # &reciso reunir e analisar o material dis&on3vel &or meio de observa%1es$ m seguida" # &reciso estimular as &oss3veis difus1es gerais &ara se elaborar as hi&8teses 0ue indi0uem as e/&lica%1es im&rescind3veis$ 6 &artir da3" &ode@se haver um confronto entre as conse0uências das hi&8teses e os fatos em &auta" assim surgiram A@=>?>; em =>AA" tinha como ob!etivo estudar sobre a hierar0uia urbana e sua influencia em rela%ão
intensifica a utili5a%ão de cita%1es de outros autores &ara e/&lanar as ideias a0ui discorridas$ Pra Christaller o nHmero" tamanho e a distribui%ão dos nHcleos de &ovoamento" são regulados &or alguns fatores$ )ão levando em considera%ão o tamanho da localidade central" mas sim a sua im&ort2ncia &ara a 'rea 0ue de&ende dos servi%os oferecidos &or ela$ Segundo 9errW :=>=" &$; 6s hierar0uias de Christaller são mais Hteis &ara a an'lise dos com#rcios vare!istas e das em&resas de servi%os no setor terci'rio$ 4 fator crucial na orienta%ão da distribui%ão do &ovoamento urbano # a e/igência de 0ue as localidades centrais este!am o mais &r8/imo &oss3vel dos clientes" tal fator foi chamado de &rinci&io de mercado$ 4utros dois conceitos definidos &or Chirstaller são( alcance es&acial m'/imo e alcance es&acial m3nimo" esse a&resenta uma liga%ão entre a 'rea em torno de uma localidade central e o numero m3nimo de consumidores 0ue se!a suficiente &ra 0ue uma determinada atividade comercial &ossa se instalar" !' a0uele" est' ligado a distancia 0ue os consumidores &ercorrem &ara ad0uirir bens e servi%os de uma localidade central$ Dessa maneira" S&osito destaca alguns as&ectos b'sicos da nature5a hier'r0uica urbana" &ra 0ue &ossamos obter um claro entendimento sobre a &ro&osta metodol8gica dessa teoria" dente eles &odemos citar( 0uanto maior o n3vel hier'r0uico de uma localidade urbana" menor o seu nHmero e mais distanciada estar' de outra do mesmo n3vel e 0uanto mais alto o n3vel hier'r0uico" o nHmero de fun%1es centrais # maior do 0ue em um centro de n3vel inferior$ 6 forma%ão das redes leva configura%ão he/agonal no inter@relacionamento entre as cidades" com a &rinci&al delas :o lugar mais central;" ocu&ando o centro do he/'gono" em rela%ão >; afirma 0ue" &ara Christaller" &ode haver arran!os es&aciais segundo seus modos de organi5a%ão da rede( as &ossibilidades baseiam@se nos &rinc3&ios de mercado :Y&ara cada centro de um dado hier'r0uico" três centros de n3vel imediatamente inferiorY; de trans&orte :Ye/iste uma minimi5a%ão do nHmero de vias de circula%ão " &ois Yos &rinci&ais centros alinham@se ao longo de &oucas rotasY; e o de administra%ão :onde não h' Ysu&er&osi%ão de 'reas de influência" como nos dois modelos anterioresY; :ibidem" &$A+@*;
ntretanto" algumas ob!e%1es te8ricas foram feitas a essa teoria$ 6s hinterl2ndias sola&adas não im&edem 0ue os meios de trans&orte de um &a3s se!am bem desenvolvidos$ 6 &resen%a de um grande nHcleo urbano tende a frear o crescimento das aglomera%1es menores das &ro/imidades$ 4utra critica # 0ue # muito dif3cil imaginar uma rede de cidades 0ue se organi5e e funcione e/atamente na conformidade de he/'gonos su&er&ostos$ Um fator im&ortante &ara a com&reensão da realidade foi negligenciado &ela teoria" referente a historia da forma%ão das cidades e de sua constitui%ão em redes( Ytodas as aglomera%1es urbanas cresceram como resultado de um &rocesso hist8rico" &assando &or uma serie de situa%1es t#cnicas diferentes" mas as cidades fundadas no &assado não desa&arecem" se não 0ue continuam funcionando na &aisagem atualY :ibidem" &$=,?;$ 6&esar de ter se baseado na geografia de uma 'rea real" sua teoria est' interessada basicamente na obten%ão de um modelo te8rico do 0ue deveria ser a realidade$ Foi elaborada a &artir do conte/to da 6lemanha antes da Segunda Guerra Mundial e teve seu te/to tradu5ido &ara o inglês de forma fragmentada$ la foi fundamental &ara a dissemina%ão do neo&ositivismo na Geografia" fundado numa linguagem matem'tica" 0ue deveria ser universal &ara os estudos geogr'ficos$ Oouve uma e/&ansão dessa linguagem" 0ue &ro&unha o caminho mais cientifico &ara a Geografia" como maneira de su&erar o em&irismo adotado nos estudos anteriores$ 4 neo&ositivismo # semelhante ao &ositivismo comteano$ K resultado de um gru&o de estudos 0ue se reunia sistematicamente" debatendo o conhecimento cientifico e &rinci&almente o m#todo$ 6 linguagem e/&ressa &or essa corrente # a matem'tica 0ue tinha como ob!etivo de demonstrar o conhecimento cientifico e unificar todas as ciências$ 4 autor considera 0ue a teoria das localidades centrais foi im&ortante &ara a forma%ão de um discurso 0ue baseou grande &arte da &rodu%ão geogr'fica :conhecida como geografia neo&ositivista ou 0uantitativa; nos stados Unidos" .nglaterra e no 9rasil" e 0ue teve" al#m de outros !' citados" o m#rito de ser &ivE de uma rela%ão fundamental &ara o &ensamento geogr'fico" 0ue &ode ser identificada como a0uilo 0ue &assou a se chamar de geografia critica ou radical ou mar/ista" em suas mais diferentes facetas$
6 #er)eira e Hltima teoria # a dos dois circuitos da economia urbana 0ue se tornou im&ortante &ara os estudos Geografia Urbana$ laborada &or Milton Santos" tema central do livro 4 es&a%o dividido" &ublicado no 9rasil em =>>" a &artir de seus estudo e e/&eriências &rofissionais em v'rios &a3ses" como Tan52nia" stados Unidos" ene5uela e Fran%a" onde trabalhou em im&ortantes universidades$ le afirma a e/istência de dois sistemas de flu/o econEmico nas cidades de &a3ses subdesenvolvidos" cada um sendo um subsistema global 0ue a cidade em si re&resenta" refutando assim a &ossibilidade de uma inter&reta%ão dualista da economia nas cidades subdesenvolvidos" indica 0ue esses dois subsistemas são &rodutos de uma mesma causa" &ois # o resultado de dois gru&os de fatores 0ue # a moderni5a%ão tecnol8gica$ Para S&osito" Santos considera" o inicio desses dois flu/os" ligado nas tendências de moderni5a%ão contem&or2nea$ Critica a corrente das &lanifica%1es e seus atrasos te8ricos" inserindo na an'lise do urbano a dimensão hist8rica e a es&ecificidade do es&a%o do Terceiro Mundo" &1e uma nova forma de abordagem ao sugerir a e/istência do circuito inferior na economia" 0ue seria constitu3do &elas atividades de fabrica%ão tradicionais" como o artesanato" assim como os trans&ortes tradicionais e a &resta%ão de servi%os$ 4utra caracter3stica de sua obra( a &rocura &ela teori5a%ão somente a &artir de &a3ses subdesenvolvidos e &ara eles$ Uma das referencias utili5adas" # a moderni5a%ão tecnol8gica 0ue cria um numero limitado de em®os$ 4s circuitos seriam" assim definidos &or( Y=; o con!unto das atividades reali5adas em certo conte/to *; o setor da &o&ula%ão 0ue se liga a ele essencialmente &ela atividade e &elo consumoY e" ainda( seriam identificados &elas diferen%as de tecnologia e de organi5a%ãoY :ibidem" &$AA;" criando uma bi&olari5a%ão e não um dualismo" &or0ue não haveria nem circuito intermedi'rio nem continuo$ 4 autor caracteri5a de maneira individual os dois circuitos$ 4 circuito su&erior seria definido &or( ca&ital abundante tecnologia mais avan%ada na &rodu%ão e/&orta%ão dos &rodutos finali5ados organi5a%ão bem burocrati5ada assalariamento de toda a forma de trabalho e grande estocagem de &rodutos$ I' o circuito inferior a&resenta( controle dos custos e dos lucros # raro contabilidade &raticamente ausente
sistema de neg8cios fre0uentemente arcaicos e0ui&amento de m' 0ualidade" &or falta de dinheiro venda direta e setor de servi%os$ 6l#m do avan%o da &ro&osta te8rica dos dois circuitos" Milton Santos contribui de forma metodologia" &ois" # observado uma e/&lica%ão a &artir da investiga%ão dial#tica" sem eliminar os elementos estruturais de seu &ensamento$ Por tanto carrega o m#rito de esbo%ar uma teoria e/ercitando o m#todo" a &artir do racioc3nio$ Por fim" # &oss3vel notar 0ue essa teoria a&resenta um &onto de vista a &artir da dualidade" constru3da historicamente 0ue se fa5 &resente na economia urbana dos &a3ses &obres$