Qualidade na educação infantil Miguel Zabalza
Introdução Ao se pensar em educação infantil, três aspectos devem ser notados para uma discussão mais específica: 11- o atendimento à demanda de 4 a 6 anos, pelo poder público; 2- a razã razão adulto criança na maioria dos estabelecimentos 3 cuidado por parte integrante do trabalho realizado na pré escola.
Qualidade ou qualidades? Esse
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eixo, o da equidade, é o fundamental fundamental para definir metas e critérios de qualidade, dentro dos modelos: Tradicional Científico Excelência Conservista
Qualidade Característica Característica estrutural das ref ormas educacionais atuais é sua justificaçã o pela busca de uma melh or qualidade. Contraditoriamente em temp os de crise de expansão e escassez de recurs os, o apelo à qualidade aparece c omo palavra de ordem de justificaçã o das ref ormas e das políticas educacionais. Falar em qualidade na educaçã o implica necessariamente discutir recurs os para o seu financiament o. O termo qualidade, afirma tratartratar -se -se de um conceito relativo, baseado em valores e crenças. Tal c onceito envolve subjetividades e é p ossível de múltiplas interpretações. Os envolvidos: educadores, família, educand os, devem estar envolvidos no PROCESSO, não é a busca das verdades absolutas, é camp o de opções.
A garantia de direitos como critério
de qualidade Discorrendo sob as novas perspectivas acerca da pedagogia da infância, uma s ociedade em seu tempo se comportará a partir de sua c onstituição sócio econômica e cultural, diferentes infâncias. Ao discutir o conceito de infância alerta para os riscos de se adotar uma perspectiva que se limite às diferentes etárias bi ológicas, em que a criança séria tão somente caracterizada pela ³falta de idade´, de tal m odo que se poderia ter, em tese, uma criança universal, c om características comuns independentes de qualquer outra variável.
Participação no processo produtivo O tempo de escolarização, o processo de socialização no interior da família e da comunidade, as atividades c otidianas (das brincadeiras as tarefas assumidas) se diferenciam segundo a posição da criança e de sua família na estrutura socioeconômica. O conceito moderno de infância envolve um recorte etário definido, integração social adequada ditas pelos campos da sociologia e antropologia e psicologia. Por contextualização a heterogeneidade, na realidade de atividades cotidianas através de brincadeiras e tarefas.
Qualidade em atendimento Para pensar a qualidade n o atendimento da criança relacionana-se -se a idéia de garantia a efetivação dos seus direitos. Quanto a questão educacional, o aspecto mais relevante para a educaçã o infantil é afirmar que o dever do Estado com a educação será efetivado mediante garantia de: atendimento em creche e prépré-esc -escola às crianças de zer o a seis anos de idade, garantia de padrã o de qualidade, como um dos norteadores também para as instituições de educação infantil.
Qualidade Acerca de qualidade na educação infantil destaquemos dois aspectos importantes: nenhuma criança ou adolescente será negligência, objeto de qualquer f orma de negligência, discriminaçã o, exploração, violência, crueldade e opressão, punido da f orma de lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais,... O direito de ser respeitado por seus educadores.
Trabalho de qualidade Respeito à dignidade e a os direitos das crianças, consideradas nas suas diferenças individuais, s ociais, econômicas, culturais, culturais, étnicas e religiosas. Direito da criança brincar, c omo f orma particular de expressão, pensamento, interação e comunicação infantil; Acesso das crianças a os bens sócio culturais, ampliand o o desenvolvimento das capacidades relativas à expressã o, à comunicaçã o, à interaçã o social, ao pensamento, à ética e a estética. A socialização das crianças p or meio de sua participação e inserção dos mais diversificad os práticas s ociais sem discriminaçã o de espécie alguma; Atendiment o aos cuidados essenciais ass ociados à sobrevivência e ao desenvolvimento de sua identidade.
Políticas da Ed. Infantil estimulante, ao Direitos da criança já estimulante, contato com a natureza, à higiene e à saúde, a uma alimentação sadia, a desenvolver criatividade, criatividade, imaginação e capacidade de expressão, ao movimento em espaços amplos, à proteção, ao afeto e à amizade, a expressar seus sentimentos, a uma especial atenção durante o perí odo de adaptação, a desenvolver sua identidade cultural, racial e religiosa.
Aspectos específicos que relacionam às condições mínimas e
objetivas para a garantia do respeito as crianças e o atendimento de qualidade.
ATENDIMENTO
É importante chamar atenção para a relaçã o entre qualidade e quantidade. Assim, é preciso considerar, em princípio a capacidade de atendimento dos sistemas públic os diante da demanda existente, ou seja, a sua dimensão quantitativa. As famílias querem c olocar seus filhos numa instituição de educação infantil, não sendo a matrícula obrigatoriedade, tornarna-se -se muito difícil exigir do Estado o seu referido ³dever´ de oferecimento de vagas a todos que assim quiserem. Como cobrar do Estado que ele atenda uma demanda que não se conhece em termos quantitativos?
ATENDIMENTO - fundamento fundamento Pela expansão da oferta de vagas. O princípio de que a educação infantil é direit o de toda a criança,etapa fundamental para o seu pleno desenvolvimento. Dadas as inf ormações sócio econômicas, a escola também é um recurso necessário como mecanismo da liberação da mulher ao mercado de trabalho. Cabe a escola e aos seus profissionais especialmente especialmente as professoras a responsabilidade por um atendimento de qualidade, ign orando tanto a demanda reprimida quant o as condições objetivas de funcionamento dessas escolas.
R AZÃO A AZÃO ADULTO/CRIANÇ A Há de se discutir as f ormas de atendimento, sejam elas existentes ou pretendidas. Em um país com índices altos de pobreza e assustadora precariedade n o atendimento oferecido às poucas crianças que c onseguem btê-l -lo, as condições estruturais estruturais e de pessoal obtêmencionadas, podem parecer suficientes para se garantir um atendimento de qualidade. Todavia, é preciso um olhar mais atento para esse universo; é preciso não se contentar com o mínimo com base em comparações sobre as desigualdades.
relativos à qualidade na Aspectos relativos educação infantil Segundo
Miguel Zabalza, os principais problemas relacionados à qualidade do pro jeto têm relação, pela própria natureza desta dimensão da qualidade, c om as condições de financiamento e dotação destinadas ao desenvolvimento dos programas de Educação Infantil.
Razão
adulto/criança
Mostrastra-se -se importante porque, além de relacionarnar-se -se com as condições necessárias para que todas as crianças sejam ouvidas e respeitadas em todos os seus direitos, relacionanase também com as próprias condições de trabalh o a que são submetidos os profissionais que atuam na área especialmente as professoras.
EDUCAÇ ÃO E CUID ADO É necessário refletir sobre a dinâmica que ocorre na própria unidade educaci onal para se abarcar direitos tais como os de proteção, afeto, amizade, amizade, a expressão dos próprios sentimentos, o desenvolvimento da criatividade e da imaginação por parte da criança. O que significa ³cuidar´ e por que esse aspecto é tão relevante para a discussão sobre a qualidade na educação infantil? Uma proposta de educação assistencial voltada para as crianças p obres e a outra, como uma proposta de educação escolarizante voltada para as crianças monos pobres.
Nesta polaridade entre o educacional e o assistencial, educacional ou pedagógico são vistos como intrinsecamente positivos, p or oposição ao assistencial, negativo e incompatível com os primeiros. Isto acaba por embaralhar a compreensão dos processos educacionais da pedagogia da submissão, que ocorre em instituições que segregam a pobreza. A importância de uma idéia de ³cuidad o´ mais abrangente, que seja incluida n o conceito de ³educar´, ou seja, algo que compreenda ³todas as atividades, ligadas à pr oteção e apoio necessárias ao cotidiano de qualquer criança: alimentar, lavar, tr ocar, curar, proteger, consolar, enfim ³cuidar´, todas fazendo parte integrante do que chamamos de educar.
CUID ADO O cuidado só parece ligítim o, c omo prática escolar, frente a crianças pobres, vindas de famílias que, por pressuposto, não seriam capazes de atendêatendê-las -las por si sós, devido a suas carências materiais, morais e ou culturais. Não se trata de um valor universal dos seres humanos, nem de uma tendência inata ou institutiva das mulheres, nem mesmo de uma expressão de necessidades inerentes às crianças, pois que, se atender as certas necessidades básicas do ser humano durante seus primeiros meses de vida é uma questão de sobrevivência, determinada por características bi ológicas, tudo o mais nessa relação é histórica e culturalmente determinado: o tempo de duração dessa atenção, as pessoas mais indicadas para pr ovêvê-la, -la, o tipo de relação interpessoal que se estabelece entre os envolvidos as f ormas e práticas de atendimento.
Formação
Há pouquissimo investimento na f ormação em serviço e no âmbito da própria unidade esc olar. Como reflexo, em parte, das políticas que ref orçam o individualismo e a idéia de que cada um é isoladamente responsável pela qualidade do seu trabalho, o que parece predominar é uma enorme solidão.
Considerações Finais É preciso insistir que ganh os qualitativos devem ocorrer de maneira organizada e para tant o, as ações ± movimentos reivindicações reivindicações ± devem devem ter ter caráter caráter mais mais c oletivo. Finalmente, Finalmente, vale dizer que o coletivo pode ser entendido como um corpo f ormado também pela s ociedade civil, em especial pelas mães (família) das crianças. Além de brincar, que é imp ortante, também há outras coisas. Por exemplo, o conceito de trabalho também precisa e deve ser desenv olvido na infância. É necessário que os educadores sintam sintam--se -se livres para atender alun os diferentes e realidades diferentes. Tão importante quant o ao contexto referencial, é o papel do professor. O ciclo de aprendizagem começa com o experimentar. No segundo momento a criança inc orpora novos conhecimentos ou destrezas, depois, passa a d ominar a técnica e ou o conhecimento e, por fim desfruta d o resultado. O importante é que a esc ola não pode ficar apenas n o fazer. É preciso também falar e escrever. Acreditacredita-se -se plenamente n o trabalho da educação infantil por pro jetos, pela motivação desafiadora, tarefas, trabalh o em grupo e distribuição de tarefas.