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Vamos fazer o panorama do que aprendemos até aqui? Aprendemos no Módulo 1 no E-book Introdutório sobre a história, importância importância e aplicabilidade, e, continuamos o aprendizado com a correção e análise Quantitativa do teste com Produtividade, Nível de Oscilação Rítmica e Gráfico de Rendimento. No Módulo 2 aprendemos sobre Distância Distância entre o Palos e Inclinação dos Palos. Já no Módulo 3 aprendemos sobre Tamanhos dos Palos e Direção das Linhas. E, Distância entre as Linhas e Margens Esquerda, Direita e Superior aprendemos no Módulo 4. No Módulo 5 aprendemos aprendemos sobre sobre Pressão e Qualidade do traçado, e, iniciamos Irregularidades no Traço. Agora, no Módulo 6 vamos dar continuidade e aprender sobre Outras Irregularidades no Traçado, Nível de Organização, Casos Especiais e Laudo Psicológico. Isto porque, não basta basta aprender sobre sobre a ferramenta ferramenta que é o teste teste Palográfico, mas também como transmitir as informações, interpretações interpretações e análises de forma profissional, por isso, apesar de não ser relacionado diretamente ao teste Palográfico proponho o aprendizado do Laudo. Como podem perceber, perceber, o Módulo 6 é totalmente Qualitativo. Sem matemática (para alegria de muitos) e correções, mas, muita análise visual. Enquanto nos módulos anteriores nós analisamos características específicas, ou seja, bem focadas na qualidade do palo, neste momento iremos afastar nosso olhar para o todo. E, em conjunto fazer análises relativas ao Palográfico completo. Para começar este módulo e dando continuidade ao Módulo 5 iremos aprender Outras Irregularidad Irregularidades. es. Por mais que alguns sejam muito raros de aparecer, é bom conhecermos e estamos preparados para diferentes situações. Afinal, o ser humano é uma
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surpresa constante, e seu comportamento também. Então vamos começar! Outras Irregularidades
Como vimos no Módulo 5, o palo pode trazer várias características em sua forma física, e, cada característica há uma interpretação e análise pertinente. Afinal, a construção dos palos é realizada através de impulsos psíquicos que não incontroláveis pelos examinandos, e este impulso diz da personalidade deste. Por isso, analisamos todas as Irregularidades na forma como o traçado se apresenta, e, identificamos quais destas Irregularidades se aplicam ao teste do qual nós estamos corrigindo. O que isso quer dizer?
Quer dizer que o Palográfico que você está fazendo correção e análise pode se identificar com várias Irregularidades. Ele não necessariamente precisa se identificar com uma Irregularidade ou, como nas outras características, ter uma Irregularidade predominante ou outra levemente apresentada. Mas, o examinando pode ter quantas Irregularidades for possível. Então a dica aqui é você prestar bastante atenção em cada Irregularidade e, uma a uma analisar visualmente se há presença ou não no Palográfico que está corrigindo. Explicado o modo de correção, vamos ver Outras Irregularidades. Torções
Quando o palo é torcido o mesmo apresenta-se em diferentes formas de torção. Torções é diferente do que aprendemos no Módulo 5 com a característica Tremor. No Tremor os palos apresentam oscilações o que causa ondulações acentuadas. Já em Torção ele apresenta como se o palo fosse realmente torcido ou visualmente “quebrado”. Pessoas que apresentam qualquer tipo de Torção têm indícios de possuir uma libido débil, bloqueada ou em regressão. Pode também estar associada a um caráter tortuoso e cauteloso. Neste momento temos duas possibilidades de Torções: Torções com Palos Quebrados e Torções com Palos em Laços. Para tal análise é necessário que a maioria dos palos tenha esta característica, e não somente situações esporádicas (como até três palos no Palográfico todo).
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Torção com Palos Quebrados
Quando os palos são altos e quebrados no meio, se parecem com um raio ou forma de “Z”. Esta característica pode ser sinal de problemas neurológicos, tais como lesões focais e disritmia. Lembre-se, em situações em que aparecer este tipo de palo certifique-se que a presença desta característica não está relacionada a nenhuma interferência externa, e, após certificado encaminhe o examinando a um médico para que possa fazer os exames relativos ao mesmo.
Torção dom Palos em Laços
Quando os palos são transformados em linhas semelhantes a laços, como na imagem. Esta característica pode significar contenção de energia, esta energia fica retira e não é canalizada de forma adequada para o ambiente.
Linhas espelhadas
Quando as diversas linhas são cópias da primeira linha, imitando rigorosamente a posição dos palos das linhas anteriores. Neste caso, o examinando faz a primeira linha de forma fluida e depois faz as outras linhas de forma a repetir exatamente à primeira. Com palos iguais em tamanho, direção e principalmente localização na folha de aplicação. Por isso, todos os palos ficam iguais, um abaixo do outro. Visualmente dá se a impressão que a pessoa realizou o teste de forma vertical, e não horizontal. Esta característica é sinal de rigidez mental, dificuldade em inovar, capacidade intelectual limitada a tarefas simples e repetitivas.
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Se ocorrer apenas no início do teste indica adaptação comprometida em situações novas.
Correções e Retoques
Quando o examinando retoca os palos após a construção destes, ou em situações em que, apesar de estar avançada na atividade, volta na linha para fazer algum palo em um espaço que acredita que foi além da média. Esta característica é sinal de insegurança, insatisfação e, às vezes, agressividade. Como podem perceber, esta é uma característica que raramente é possível analisar após a realização do Palográfico, ou seja, é necessário observar o examinando realizando a atividade para perceber tal comportamento. E, em situações em que outra pessoa aplique e você faça a correção ( o que eu não recomendo justamente por causa de percepções deste tipo de característica), muito cuidado para que tais pontos não passem despercebidos.
Reforço da Linha
Recobrir a linha de um ou vários palos, deixando-os mais grossos. Geralmente a pessoa coloca mais força para reforçar a linha, e pode ser tanto em todos os palos já os fazendo com a característica de passar em cima, ou ainda, ir aos poucos reforçando palos que estão fracos. Novamente, outra característica que demanda uma observação no momento da aplicação do teste. A diferença entre o Reforço da Linha e o Retoque da Linha está na ação do examinando, que no Reforço a Linha é mais enfática em passar com força em
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cima do palo, já no segundo caso a pessoa só passa para ficar mais claro. Esta característica é um indicador de ansiedade. E novamente, é um ponto de atenção para o momento de aplicação.
Traçado Repassado
O traço não é feito com uma única linha, mas com movimentos de vai e volta de um mesmo traço, que por sua vez não passa exatamente por cima e fica aparentemente com dois palos juntos. Se você conhece o teste PMK percebe que esta análise tem uma relação direta com o mesmo, porém aqui é mais brando e com maior facilidade de correção. Esta característica relaciona-se à dificuldade de decisão e rigidez mental. E, também é uma característica para atenção no momento de aplicação.
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Você deve estar se perguntando: Qual a diferença entre Reforço da Linha, Retoque da Linha e Tra ço Repassado?
A diferença está na ação do examinando. No Retoque da Linha o examinando faz o palo avança na atividade e depois faz o retoque, ou seja, há um momento de pausa em que ele geralmente tira o lápis do papel. Ele não faz isto em todos os palos e em todos os momentos, mas somente em alguns para tornar mais organizado e esteticamente mais bonito. Já no Reforço a Linha é mais enfática em passar o lápis com força em cima do palo na construção deste, porém o examinando tira o lápis do papel e faz vários palos por cima do primeiro para ficar mais forte. Está relacionado a tornar o palo mais visível. Já em Traçado Repassado o examinando vai e volta com o lápis em cima do palo feito na construção deste, e neste caso, não tira o lápis do papel. E está relacionado a tornar o palo mais visível e forte.
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Conseguem perceber a diferença de movimento? O primeiro o examinando corrige e retoca os palos esporadicamente, o segundo o examinando reforça o palo de modo a tirar o lápis do papel, e, o terceiro ele reforça repassando por cima do palo já feito sem tirar o lápis do papel.
Chaminés
São espaços vazios que aparecem no sentido vertical da folha. Chama chaminés porque visualmente parece que abriram “caminhos” no meio do teste. Confesso que esta é uma das características mais difíceis de identificar, porque se parece muito com agrupamento de palos se houver muitas chaminés em um único teste. Então a minha dica é, caso necessário, fazer desenhos como na imagem de exemplo pra que não haja dúvidas. As chaminés refletem ansiedade, angústia ou neurose, mas só devem ser considerados se houver outros dados que confirmem essas características. Ou seja, ela sozinha não pode ser considerado como determinando em análise.
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Automatismos
Automatismo é quando o examinando apresenta aspectos mecanizados durante a realização da atividade. Diferente de seriedade, que é quando você percebe que o examinado está atento à atividade e ao que deve ser feito, para fazer da melhor forma possível. Neste caso o examinando tem ações altamente mecanizadas, frias e quase
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robotizadas. Como se tivesse controlando seu comportamento para a realização da atividade. É característico de pessoas com padrões inflexíveis de comportamentos frente a todo tipo de situação que, via de regra, é desempenhada com rigidez e de forma burocratizada. Cuidado para não confundir com pessoas que realmente “treinam” e “decoram” a realização do teste para demandas como tirar carteira de motorista, porte de arma de fogos e outras em que é necessária a aplicação do teste por lei. Infelizmente há vários sites e vídeos na internet que transmitem este tipo de informação, muitas vezes errada, e, que acaba por contribuir para o nervosismo do examinando e possíveis interpretações e comportamentos errados. Em situações em que você perceber que o examinado “decorou” como é a realização do teste, minha orientação é conversar com este sobre os riscos desta ação e caso necessário aplicar um outro teste que satisfaça com os mesmos objetivos. Contra-impulsos
É quando em um mesmo palo tem mais de um final ou começo, ou ainda, comparando a um tronco se parece com um galho saindo do meio. Assim como na imagem. Geralmente são realizados de forma involuntária pelo examinando, que quer fazer como no modelo, mas por algum motivo tem um impulso e faz outra parte de palo. Como podem perceber na imagem de exemplo, é diferente de Traçado Repassado porque não passa em cima de todo o palo, e, não é Gancho porque não há forma de anzol. O aparecimento de contra-impulsos, em número elevado e quando não associado a causas externas que justifiquem o ocorrido, pode ser indicativo de problemas neurológicos. Recomendam-se verificações complementares, e em caso de permanecer esta análise recomenda procurar um médico para que o mesmo possa fazer exames neurológicos.
Você neste momento deve ter percebido que várias Irregularidades são percebidas no momento de aplicação. E você deve estar se perguntando:
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O que fazer quando a aplicação é em grupo?
Bom, em aplicações em grupo é importante você ir caminhando de examinando em examinando percebendo se algum tipo de comportamento que justifique as irregularidades mencionadas acima. Caso forem muitos examinandos, é interessante ter outro profissional da sua confiança auxiliando na aplicação. Mas, claro que um teste realizado em grupo não terá o mesmo grau de qualidade que um teste aplicado individualmente. No teste individual você está com a atenção completamente para o examinando, incluindo a percepção de tais comportamentos. No final, você pode tirar dúvidas com o mesmo de algum dado levantado na aplicação, e tornar mais clara a análise do mesmo. Por isso, eu sugiro que seja aplicado em grupo quando realmente necessário.
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Vamos analisar agora sobre a organização geral do Palográfico, isto é, como este se apresenta visualmente. Neste momento pode chamar de Organização, Ordem ou Distribuição segundo o autor de referência. Mas todos falam de um mesmo aspecto: como o teste visualmente aparenta. Para Vels (1983) Organização é uma forma de pensar e agir de acordo com um planejamento método ou regra no qual se relacione com os fatos e as coisas do meio de uma maneira clara, coerente, precisa e ordenada. Organizar constitui, além de outros critérios, procurar uma harmonia no conjunto e uma disposição adequada para se obter máximo de rendimento, com economia e com um mínimo esforço. A organização é um sinal de inteligência, e, relaciona-se à educação, à cultura e à adaptação.
A harmonia é produto de certa maturidade psicológica. O individuo conhece os limites entre a fantasia e a realidade, entre o possível e o impossível. Esta harmonia revela também certo equilíbrio nas tendências, aspirações e necessidades do individuo (Minicucci, 2002). A ordem é indicativa da capacidade de organização, da capacidade de adaptação às normas e deveres sociais, de classificar as coisas de forma hierárquica de acordo com valores predeterminados (Camargo, 1999). A presença de palos desordenados expressa falta de organização, distribuição inadequada do tempo e da atividade, controle eficiente dos impulsos afetivos e pobre organização intelectual.
Para a seleção profissional a qualidade de organização no Palográfico é muito importante para atividades em que sejam exigidas características como método, ordem, organização, trabalho rítmico, perfeição, conscientização das obrigações, regularidade nas atividades. No Palográfico a Organização pode ser avaliada através da regularidade e simetria entre as características Qualitativas do Palográfico. Afinal, quanto maior a regularidade e a constância dessas características, maior o grau de organização.
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Esta é uma das características que justificam a sugestão de não escrever nada na Folha de Aplicação, pois pode dificultar a identificação e interpretação do nível de Organização. Neste momento, a partir de uma análise visual do Palográfico como um todo e sua simetria, você irá categorizar o nível de Organização deste com: Muito Boa, Boa, Regular, Ruim e Muito Ruim. Esta análise é visual de acordo como o teste apresenta como um todo, mas em cada uma destas categorias tem imagens de exemplos que vão te guiar. Organização Muito Boa
Examinando apresenta excelente qualidade nos trabalhos que realiza, valorizando a ordem, a estética, a meticulosidade e boa apresentação. Tem função discriminativa bem desenvolvida, respeitando os espaços alheios. Eventualmente poderá mostrar-se rígido em alguma atitude e comportamento. Revela capacidade de organizar bem as atividades, equilíbrio moral e social.
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Organização Boa
Examinandos com tal característica apresentam boa qualidade nos trabalhos que realiza, desenvolvendo suas atividades com esmero e cuidado. Com boa capacidade discriminativa, é capaz de realizar um trabalho dotado de ordem e método. São pessoas com ideias claras, capacidade de reflexão e pensamento lógico, que apresentam autocontrole dos sentimentos pelo razão e o estado de ânimo é geralmente estável.
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Organização Regular
Examinandos com este nível de Organização apresentam qualidade regular no desempenho de suas tarefas, não tendo muita preocupação com a ordem e a apresentação do trabalho que faz. Tem dificuldade para delimitar espaços, o que o faz, eventualmente, perder a noção dos limites.
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Organização Ruim
Pessoas pouco preocupadas com a qualidade do trabalho que faz, realizando-o de forma descuidada e sem método apresentam tal característica. Tem capacidade de discriminação defeituosa, o que acarreta certa desordem na execução de suas tarefas. Também mostra falta de objetividade, inconstância e emotividade. Um ponto interessante é que não quer dizer que tem um nível de Organização Ruim que o examinando é ruim. Já presenciei casos em que o examinando apresentou nível de elaboração extremamente alto, e nível de Organização Ruim, isto porque, eram pessoas tão focadas em apresentar quantidade que a qualidade se torna deficiente.
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Organização Muito Ruim
Examinando que apresentam tal característica tendem a não se preocupar em absoluto com a qualidade do trabalho que realiza. Não tem ordem nem método no trabalho que desenvolve e quando em atividades muito minuciosas, necessita de uma supervisão constante.
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Apresenta também falta de reflexão e confusão de ideias. São pessoas que usam mais intuição para captar o ambiente e em sua personalidade predominam os componentes sentimentais.
Cuidado com rotulações a respeito do nível de Organização do examinando. É sempre importante levar em consideração escolaridade, se há perda ou não de movimentos finos (pessoas que tem trabalhos braçais como pedreiro, capineiro ou soldador com o tempo perdem as habilidades de movimento fino) e o que levou o individuo a apresentar tal nível. Agora, vamos aprender mais sobre dois aspectos que pode se apresentar como Casos Especiais do examinando.
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Como você já percebeu no Curso Palográfico Descomplicado, o teste Palográfico junto com a sua correção e análise apresentam diversas características do examinando. Mas, tem três casos especiais que vamos tratar agora, que é de Emotividade, Depressão e Impulsividade. Quando o Palográfico foi construído e testado, percebeu-se que pessoas excessivamente emotivas, com uma tendência a depressão ou impulsivas apresentavam algumas características específicas e comuns para cada uma. Ou seja, pessoas, por exemplo, com tendência da depressão apresentavam sempre as mesmas características. Enquanto pessoas com tendência impulsiva apresentavam outras características, mas comuns neste caso. Por isso, estes casos são tratados separadamente.
Em alguns momentos de análise estas situações podem ter sido mencionados, como por exemplo, em Inclinação das Linhas em que examinandos com característica Descendente pode ter tendência a Depressão. Mas aqui trazemos com uma ênfase maior estas três situações devido à importância da mesma. Então iremos ver um pouco de cada uma dessas situações. Abaixo teremos a explicação de cada uma destas situações de modo relacionado ao Palográfico, e quais características estão relacionadas a cada caso para que você identifique quais destas o teste do qual você está corrigindo possui. Quanto mais características possuir, maior a chance do examinando se enquadrar na situação correspondente. Atenção!
Não é nosso objetivo rotular ninguém, por isso colocamos a palavra “tendência”. Como já disse (várias vezes, aliás) o ser humano é surpreendente, então não é porque o examinando, por exemplo, tem todas as características correspondentes a Depressão, que ele automaticamente será depressivo. Não! Ele terá uma tendência a Depressão. Dentro das características que estão relacionadas à Depressão, quanto mais o examinando apresentar no Palográfico maior a tendência. Mas mesmo que este apresenta todas não poderemos dizer com certeza se realmente desenvolverá Depressão ou não em sua vida.
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A identificação com estes Casos Especiais é importante para colher informações junto com outras ferramentas e servir de análise para um melhor trabalho junto ao examinando. Não para rotular. Esclarecimentos realizados, vamos ver cada Caso Especial, seu significado junto ao Palográfico e quais características estão ligadas a esta.
Emotividade
De acordo com Vels (1983) a emotividade é caracterizada por sobressaltos, vibrações, choques ou comoções interiores das funções tanto psicológicas quanto fisiológicas. Esta tem origem nas sensações ou sentimentos do presente, que são associadas a outras sensações e sentimentos já experimentadas, seja no mundo real ou no apenas na imaginação. O primeiro momento da emoção aparece como uma perturbação interior, ou seja, que retira o individuo do seu estado natural e o posiciona de modo diferente. Este pode ter um efeito deprimente ou excitante determinado um estado de ânimo mais ou menos duradouro. O nível de emoção depende das condições do sistema nervoso. Ela é considerada normal quando os acontecimentos não são exagerados, isto é, não provoca alterações fisiológicas e tampouco emocionais. Neste caso não há mudanças bruscas. Quando o nível de emotividade é alto, estes sobressaltos e mudanças de ânimo são bruscos e as emoções podem atuar sobre o organismo de diferentes formas. Tanto internas como externas. Promovendo excitação ou até deprimindo a atividade do examinando.
Um nível de emotividade considerado fora do padrão normal é quando os acontecimentos geram alterações físicas, como um infarto ou desmaio; e/ou emocional, como ansiedade e tristeza profunda. Se o nível de emotividade é muito inferior tem como consequência um lento sobressalto, grave e retardado. Este gera apatia, indiferença como um todo. Já uma pessoa com alto nível de emotividade, apresenta desproporção entre a causa e o efeito de determinada emoção. Mas como saber se o indivíduo tem um nível considerado normal ou não de emotividade?
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Esta emotividade no teste Palográfico é avaliada por diversas irregularidades no traçado. As características do traçado indicativas de emotividade são apresentadas a seguir. Deve-se verificar a presença de cada uma das oito irregularidades descritas e a intensidade da emotividade será dada pelo número de características identificadas no examinando: 1 Irregularidades da Inclinação 2 Irregularidades na Pressão 3 Irregularidades no Tamanho 4 Irregularidades na Distância entre os Palos 5 Irregularidades Generalidade em todos os traços 6 Irregularidades nas Distâncias entre as Linhas 7 Irregularidades no Alinhamento dos Palos 8 Presença de Ganchos, Brisados ou Tremor
Quantas destas características você identificou no teste que está corrigindo? Anote em seu relatório e utilize como um ponto inicial para o desenvolvimento do examinando, ou até mesmo como início de uma nova entrevista para entender melhor sobre este.
Depressão
Depressão é uma doença que pode ser identificada através do Palográfico em diferentes características. Segundo Streletsky (apud Vels, 1983, p. 299) a depressão é uma “queda mais ou menos brusca da tensão neuromuscular com a redução da atividade física e psíquica”. Ela tem como consequência ansiedade, cansaço, fadiga, desânimo e diminui a confiança do individuo para superar as menores dificuldades. Algumas vezes a depressão vem acompanhada de picos de euforia, principalmente se o individuo está em início de tratamento. O indivíduo deprimido tem a sensação de sentir-se incapaz junto com uma diminuição de sua atenção, memória e associação de ideias.
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Rycroft (1975) considera a depressão como um distúrbio afetivo mais especificamente um distúrbio do humor, sendo o outro a mania. As pessoas que alternam entre depressão e mania apresentam a Psicose maníaco-depressiva. Deve-se verificar a presença de cada uma das características descritas abaixo, e a tendência para a depressão será dada pelo número de características identificadas no examinando: 1 Linhas descendentes no último tempo 2 Traços brandos, frouxos, vacilantes 3 Diminuição de tamanho palos
Quantas destas características foram identificadas no teste que está corrigindo?
Impulsividade
De acordo com Dorin (1978, p.141) a “impulsividade caracteriza a atividade irrefletida ou que não pode ser contida pelo individuo”. Para Streletski (apud Vels, 1983, p.338) a impulsividade é uma “tendência imperiosa, às vezes, irresistível ao ato brusco, explosivo, instintivo, como um reflexo privado de avaliação, de controle e freio inibitório”. A impulsividade é uma reação quase automática, que age sem um controle reflexivo da consciência. No ato impulsivo, há uma grande descarga de tensões afetivas de modo descontrolado e domínio suficiente. Por isso, não é raro encontrar pessoas impulsivas que não sabem o que gerou tal comportamento, e até mesmo se arrependem de suas reações.
Neste caso, para verificar a presença de impulsividade, iremos avaliar o a diferença dos Tamanhos dos Palos. A diferença dos tamanhos se refere aos impulsos e bloqueios que ocasionam rigidez.
Por isso, quando esta diferença esta dentro do quadro de normalidade indica estabilidade emocional, firmeza moderada nas atitudes e ações, flexibilidade em suas atitudes. Quando dizemos “quadro de normalidade” é quando a diferença é quase imperceptível, ou seja, apesar de haver diferença entre os tamanhos dos palos (claro, porque quem está fazendo não é robô) não há discrepância.
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Em casos em que há um nível muito baixo de diferença, que você quase acha que um robô que fez, o indivíduo pode apresentar tendência ao perfeccionismo, alto nível de detalhe e ações sistemáticas de forma ordenada, e até metódica. Estas ações podem inclusive podem se tornar obsessões. Já quando as diferenças aumentam, indica que há condutas instáveis e imprevisíveis. Ou seja, alto nível de impulsividade do qual não há como prever qual será o comportamento do examinando. Então, como é a diferença do tamanho dos palos? 1 Muito aumentada 2 Aumentada 3 Média 4 Diminuída 5 Muito Diminuída
De acordo com sua resposta será um medidor do nível de Impulsividade do examinando. Sendo que, Diferença Muito Aumentada é um nível máximo de palos desiguais, e por consequências de impulsividade. E, Diferença Muito Diminuída será um nível mínimo de palos desiguais, e por consequência de impulsividade. Porém de alta rigidez e perfeccionismo.
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Assim como nos Casos Especiais, a partir do conjunto de certas características que o Palográfico apresentar, o examinando pode categorizar em determinados Biótipos. A proposta aqui é a mesma dos Casos Especiais em que um conjunto de característica pode demonstrar tendência a um determinado caso. Mas, no Biótipo não há uma tendência, mas sim uma categoria geral em que o examinando faz parte se apresentar determinado conjunto de características. E você deve estar se perguntando: Pra que isso?
Os Biótipos são para separar os examinandos em grupos e serem facilmente identificados. E também para complicar! Até porque, um examinando não necessariamente precisa fazer parte de um único Biótipo, mas pode fazer parte de um e levemente de outro. A minha opinião sobre Biótipos é que tentaram separar os examinandos em grupos, mas não conseguiram devido as infinitas possibilidades que o ser humano apresenta. Mas, deixaram os grupos para confundir como um guia para as categorias. Por isso, segue os 4 Biótipos abaixo com o nome original e em parênteses nome popular (depende do autor), sua análise e as características correspondentes.
Cordoblástico (Bilioso)
Pessoas que pertencem a este grupo não são emotivas, são secundárias nas atividades que se propóe, ativas, persistentes, sendo combativo na luta contra os obstáculos para chegar a um fim. Dispõe de imaginação e juízo equilibrados, é dedutivo e busca ser prático. Não se apega a análise de pormenores superficiais, buscando a essência, a síntese. Atua sem necessidade dos demais. Revela criatividade para coisas uteis de aplicação no dia-a-dia. Apto para cargos de liderança. Importante!
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O manual do Teste Palográfico, consta como característica ser emotivo e primário, no entanto, em apostila elaborada por NAVARRO (1988) faz a ponderação de que na prática e a própria descrição do biótipo condiz mais com uma pessoa reflexiva e ponderada em suas atitudes. Em processos de Seleção Profissional, a pessoa do Biótipo Cordoblástico se adapta melhor à funções em que é presente atividades bem organizadas, intensivas e dirigidas para a ação. Distribui e realiza o seu trabalho com regularidade, executa suas tarefas conforme suas decisões. Dedica-se inteiramente ao trabalho que realiza. Revela mais qualidade do que velocidade. Características do Cordoblástico presente no Palográfico: - Pressão energética e traço firme; - Verticalidade nos traçados; - Terminações em massa; - Linhas horizontais; - Boa disposição das margens; - Distribuição clara, regularidade.
Meroblástico (Sanguíneo)
Pessoas pertencentes a este grupo são emotivas, ativas, primárias, criativas, sensibilidade artística, rapidez e agilidade nas ações e nos movimentos, rapidez de decisão. Tende a inventar, mas não utilizar o que inventa. É pouco observador e necessita de um ambiente harmônico com ele (ambiente, pessoas, causas). É impulsivo em suas ações, ainda que profissionalmente seja prático e inteligente. Em processos de Seleção Profissional, a pessoa do Biótipo Meroblástico se adapta melhor a funções em que é necessário ser rápido, preciso ágil nos movimentos, empreendedor. Ser constante no movimento e na ação, mas pouco constante nos fins. Alegram-se quando estão em movimento. Manifesta mais velocidade de trabalho do que realidade. Características do Meroblástico presente no Palográfico: - Aumento progressivo dos palos e dos espaços gráficos (irradiação);
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- Desordem de dimensão e espaçamento; - Traços inclinados ou curvos à direita; - Pressão energética e pastosa, porém variando de intensidade (pressão inconstante); - Terminações em ponta penetrante; - Irregularidades das margens faltam de ordem.
Ectoblástico (Nervoso)
Pessoas que se enquadram neste grupo possuem intuição aguçada, juízo crítico, boa memória e inteligência verbal. Revela aptidão para tarefas com detalhes minuciosos ou de improvisação rápida, de soluções urgentes. Podem manejar objetos finos e delicados, porem não se adaptam a trabalhos de automatismo motor ou mental. Tem necessidade da presença ou do estímulo dos demais. Reúne diversas aptidões, mas é instável em todas as tarefas que faz. Seu ritmo é inconstante é agitado e impreciso, é afobado. É emotivo e primário. Em processos de Seleção Profissional, a pessoa do Biótipo Ectoblástico se adapta melhor a funções em que é necessário ser rápido para resolver problemas e improvisar soluções, contudo a pessoa tende a ser inconstante e fatigável, além de impreciso nas tarefas que executa especialmente as de longa duração. Ás vezes se perde na agitação e afobação, então é necessário uma atenção especial no planejamento. Manifesta mais velocidade do que qualidade de trabalho, sendo ambas permeadas pela oscilação e instabilidade geral. Características do Ectoblástico presente no Palográfico: - Encurtamento no tamanho dos palos; - Tendência à aproximação dos palos; - Pressão fraca; - Irregularidade geral; - Traços suspensos que não chegam à base da linha; - Ganchos frequentes.
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Entoblástico (Linfático)
Pessoas que pertencem a este grupo não são ativas ou emotivas, são secundárias, tem a presença de faculdade de observador, memória retentiva, metódico. Adapta-se fácil às tarefas, a objetos a serem manejados. Atitude reflexiva no trabalho, bem como automatismo motriz. Qualidades que favorecem trabalhos de cópia, reprodução, comprovação e medidas não sendo criativo. Perfil para área de informática. Em processos de Seleção Profissional, a pessoa do Biótipo Entoblástico tem um perfil de movimento lento e com aparente despreocupação. Mas, seus movimentos são precisos e bem adaptados aos objetos que maneja. Suas atitudes carecem de entusiasmo. Acredita no seu automatismo o que faz com que, às vezes, realize tarefas displicentemente. A qualidade supera a quantidade de trabalho. Características do Entoblástico presente no Palográfico: - Lentidão, uniformidade nos traçados; - Monotonia de espaço e movimentos tende a conservar os espaços gráficos; - Traços frouxos, pouco apoiados, com tendência a curvar-se ou torcer-se; - Linhas ligeiramente descendentes; - Rendimento lento, nunca superior a 500 palos; - Pouca variação no ritmo nos diferentes tempos da prova.
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Um lado psicológico é a conclusão final que um psicólogo tem sobre um examinando. Ele é usado todo momento em que a percepção profissional sobre algo é requisitado, ou seja, não só em processos seletivos, mas em todo ambiente no qual o psicólogo atua. A linguagem do laudo deve ser clara de modo a esclarecer maiores questionamentos para o leitor. É interessante que o profissional saiba quem será seu interlocutor, isto para que a linguagem seja o mais acessível possível. Um laudo para um médico, por exemplo, terá que ressaltar os lados fisiológicos, enquanto um laudo para outro psicólogo poderá usar dos termos técnicos da psicologia como um todo. O objetivo do laudo é fazer a comunicação, geralmente interdisciplinar, de algum processo ou pessoa envolvida.
No laudo será apresentado a descrição da situação ou condição psicológica, e, suas determinações históricas, políticas e culturais levantadas no processo de Avaliação Psicológica. Este é o modelo de documento mais amplo e completo dentre todos, com mais informações e por isso atenção é importante para não expor o examinando. Isto porque não é necessário relatar todo o contexto da realização das atividades ou tampouco dar informações além do objetivo do documento. Você como profissional deve informar apenas o que foi solicitado. Se você julgar necessário relatar algo mais, colocar pontos de atenção ou até mesmo solicitar outro documento (como um parecer do médico como retorno, por exemplo) você pode e deve deixar claro no documento. Faz parte da ética do profissional de psicologia não expor seus pacientes/clientes de se resguardar em sigilo. Assim, o laudo deverá trazer somente as informações importantes para o que foi requisitado, reservado os direitos sigilosos ao mesmo. Iremos aprender aqui a fazer um laudo completo. Ou seja, não só para o Palográfico, mas para qualquer Avaliação Psicológica que você faça. É lei que todo psicólogo tenha guardado um laudo para todos seus atendimentos, assim, o documento deve estar completo para validação.
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Estar completo é com toda a correção do Palográfico?
Não. O laudo estar completo é com as informações mínimas necessárias para que este documento tenha validade profissional. Não é necessário corrigir todo o Palográfico em todos os momentos que houver a aplicação desta ferramenta. Nossa proposta com o Curso Palográfico Descomplicado é que vocês aprendam todo o potencial do Palográfico, e utilizem esta ferramenta sempre que julgarem necessário e importante. E você poderá extrair do Palográfico somente a informação que busca. Em situações em que é importante ver a Produtividade do examinando, será esta característica que você vai se concentrar, porém se é Organização você verá esta outra característica. E, a característica que você extrair, de acordo com o objetivo da Avaliação Psicológica, é a que você deverá relatar no laudo psicológico.
Um exemplo prático
Eu trabalho em parceria com uma clínica de segurança e medicina do trabalho realizando Avaliação Psicológica para funcionários de empresas de diversos segmentos. E, a maior demanda que chega até mim são funcionários que vão realizar trabalho em altura. As empresas solicitam o Laudo Psicológico para arquivo da mesma, até porque é necessário por lei que seja realizado avaliação para trabalho em altura. Então o objetivo do laudo é dizer se o funcionário está apto ou não para funções com esta característica. Com esta demanda, eu conclui que precisava avaliar a atenção deste candidato, já que é um trabalho perigoso e que exige atenção, dificuldades neurológicas visto que são pessoas muitas vezes sem acesso a rede pública de saúde, e, ritmo de trabalho. Então, com estas informações em mãos eu escolhi utilizar as seguintes ferramentas: - Entrevista semi estruturada, com foco principalmente no histórico familiar do examinando; - Teste de Atenção Concentrada – AC – para avaliar atenção, e, no início utilizei o D2, mas como são muitos casos de pessoas com baixa escolaridade, decidi padronizar para o AC que atende melhor este público;
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- Observação durante o processo de realização das atividades, principalmente se há algum comportamento discrepante ou inadequado; - Teste Palográfico no qual eu avalio a parte Quantitativa e as características relacionadas a dificuldades neurológicas como Tremor. A partir da captação destas informações, eu realizo o laudo com as informações necessárias do examinando, quais ferramentas foram utilizadas e quais informações eu colhi destas e meu parecer. Já houve casos em que o examinando no final da realização das atividades (acredito que por já ter estabelecido a empatia) relatou e chorou devido problema conjugal, me perguntou sobre algum tipo de deficiência que o filho apresentava e como ele poderia proceder e várias outras situações em que por eu julgar não ser importante para o objetivo da avaliação e do laudo, eu não relatei neste documento. Nenhum destes casos, até mesmo do examinando que chorou, alterava em nada meu parecer sobre o objetivo da avaliação que era dizer se aquela pessoa estava apta ou não a realizar a função destinada. E, também como não eram objetivo da avaliação outras características, eu tampouco fiz a correção inteira do Palográfico, mas somente foquei nas características que me interessavam para aquele momento. Então de forma prática, eu realizado as Avaliações Psicológicas da seguinte maneira: 1) Recebo a demanda ou tenho uma percepção do objetivo da Avaliação Psicológica; 2) Extraio quais são os fatores principais que devem ser avaliados de acordo com o objetivo ou demanda; 3) Escolho as ferramentas que irei utilizar para a avaliação de acordo com as características físicas e emocionais do examinando; 4) Faço a correção e análise; 5) Faço o documento que julgar necessário ou que é solicitado, e, neste exponho minha conclusão a partir das informações levantadas.
Esta é o passo a passo como eu escolho fazer as Avaliações Psicológicas e um exemplo das ferramentas que utilizo para a demanda de avaliação em conjunto com a medicina do trabalho. Mas, você pode e deve customizar para como se sentir melhor e colocar o seu olhar frente ao processo.
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Mas, independente da demanda e das ferramentas, se você vai fazer um laudo este deve conter algumas informações básicas. Ou seja, todo o laudo deve conter: Identificação - Nome do examinando, CPF e RG deste; - Data de realização do documento; - Nome e sobrenome de quem está solicitando, ou nome da empresa; - Objetivo do processo (é a finalidade do documento); - Motivo, que é o que fez aquela pessoa ser encaminhada para submissão ao processo de Avaliação Psicológica. Atenção! Está etapa pode ser em tópicos mesmo como se fosse um cabeçalho do documento. Descrição da demanda - Deve ser um texto corrido com informações referentes à demanda apresentada no tópico “Motivos”, bem como razões e expectativas que fizeram que este documento fosse solicitado; - Apresentação de uma análise que justifique o procedimento utilizado para tal demanda, o porquê de fazer uma Avaliação Psicológica. Exemplo: “Documento solicitado pela empresa X com o objetivo de avaliar a aptidão do examinando João para a realização da função de Soldador, visto que é necessário por lei a realização da avaliação para funções com esta caractersítica...” Procedimento - Você vai dizer das ferramentas e recursos utilizados, como foram coletadas as informações de acordo com o referencial técnico, e, sugiro que de preferência cite a fonte de suas informações. Neste momento você deve explicar o porquê de cada ferramenta utilizada de acordo com as teorias e abordagem que direcionam o seu trabalho. Exemplo: “Foi escolhido a realização do teste Palográfico por sua capacidade de informar sobre Produtividade...”
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Análise - Apresentar uma descrição, de forma sistemática de tudo que foi realizado e como as informações foram coletadas; Neste momento cuidado para não trazer informações além da objetividade do documento. Como é muito extenso, talvez você se empolgue e descreva a mais, mas esteja atento a relatar somente sobre o que foi solicitado. Exemplo: “No Palográfico o examinando apresentou Produtividade Baixa....” Conclusão - Você vai apresentar os resultados que encontrou com o processo de Avaliação Psicológica, ou outro que tenha utilizado, e, suas considerações a respeito da investigação (se houve alguma dificuldade, por exemplo, que pode deixar dúvidas). Exemplo: “De acordo com as informações coletadas eu concluo que João está apto a exercer a função de Soldador...” E, juntamente a sua conclusão deve conter também: - Local e data de expedição; - Identificação do Psicólogo Responsável com nome e CRP e sua assinatura. Observações relevantes
O laudo psicológico é um documento por isso atenção nas palavras relatadas e, principalmente nas afirmações. A percepção do profissional é naquele momento com o examinando, ou seja para o presente. O mesmo não deve alegar nada para o futuro, afinal, ninguém tem essa capacidade. Então, minha suegestão, é que em todo o documento você deixe claro que são conclusões e percepções realizadas naquele momento (por isso o documento tem data). Então utilize termos como: “no presente momento...”, “na data do dia...” ou mesmo “até o dado momento...”. Da mesma forma, para não rotularmos o examinando sugiro utilizar os seguintes termos “a característica pode simbolizar...”, “o candidato demonstrou possibilidade de comportamento...” ou ainda, “tal resultado pode significar...”.
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Apesar de termos capacidade intelectual e ferramentas que nos auxiliem a analisar e concluir características do examinando, não devemos afirmar categoricamente nada. Afinal, nós sabemos o quanto o ser humano é passível de mudanças.
E assim chegamos ao fim do Curso Palográfico Descomplicado. Espero que este curso tenha feito você ampliar sua perspectiva do Palográfico, te dar confiança para usar esta ferramenta e faça diferencial na sua vida profissional. Eu agradeço imensamente a todos por compartilharem comigo o conhecimento de vocês através das dúvidas e mensagens. Obrigada a todos! E continuo te vendo no nosso grupo e na aula! Abraço
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1 - Alves, I.C.B & Esteves, C. "O Teste Palográfico na Avaliação da Personalidade", 1ª ed., São Paulo. Vetor Editora, 2004 2 - Minicucci, A. "Teste Palográfico. Manual", 3ª ed., São Paulo. Vetor Editora, 2002 3- Machado, Adriane Pichetto; Morona, Valéria Cristina. “Manual de Avaliação Psicológica”, 21ª ed., Curitiba. Unificado, 2007
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