Ve r ô n i c a N i c o l e t t i
TURISMO Guia para Profissionais Pr ofissionais e Via jantes
Turismo – Guia para Profissionais e Viajantes
Copyright © 2011 Editora Rubio Ltda. ISBN 978-85-7771-030-0 Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução desta obra, no todo ou em partes, sem a autorização por escrito da Editora. Produção e Capa
Equipe Rubio Editoração Eletrônica
Ô de Casa
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Nicoletti, Verônica Silveira Turismo: guia para profissionais e viajantes / Verônica Silveira Nicoletti. -- Rio de Janeiro: Editora Rubio, 2011. Bibliografia. ISBN 978-85-7771-030-0 1. Turismo – Estudo e ensino 2. Viagens I. Título 10-09716
CDD-338.479107 Índices para catálogo sistemático: 1. Turismo: Estudo e ensino 338.479107
Editora Rubio Ltda.
Av. Franklin Roosevelt, 194 s/l 204 – Castelo 20021-120 – Rio de Janeiro – RJ Telefax: 55 (21) 2262-3779 • 2262-1783 E-mail:
[email protected] www.rubio.com.br Impresso no Brasil Printed in Brazil
Dedico não só este livro, mas toda a minha vida a meus filhos: Guilherme e Gustavo.
SOBRE A AUTORA
VERÔNICA NICOLETTI Com atuação em todos os setores do mercado de turismo, desde montagem de roteiros e gerenciamento de Feiras e Congressos a atuações nos setores de vendas e de promoção, Verônica Nicoletti traz em sua bagagem mais de 20 anos de trabalho nessa área, entre experiências com agências atuantes nos mercados nacional e internacional e com operadoras reconhecidas, como a CVC Viagens e a Urbi et Orbi. O livro Turismo – Guia para Profissionais e Viajantes surge, portanto, como uma forma de transmitir aos novos profissionais todo o conhecimento adquirido neste tempo, sendo o “filho impresso” de duas iniciativas da autora: o Curso de Formação para Novos Agentes Tudodeturismo RJ e o sit e www.tudodeturismo.com.br.
AGRADECIMENTOS
Passei toda minha vida sonhando e acreditando que essa profissão me levaria a algum lugar, quem sabe ao sucesso e à estabilidade. Queria muito que meus filhos tivessem orgulho de mim. Contudo, em muitos momentos difíceis – de decepção, cansaço e dificuldades –, estive muito próxima de desistir e mudar de profissão. Nestes raros momentos de desânimo, tive a felicidade de ter um companheiro incansável e dedicado, meu esposo Miguel, que segurou e segura todas as minhas pontas, é o lastro e a força da nossa família. Obrigada. Quero agradecer, também, à minha mãe, lutadora e impiedosa na hora de preparar os filhos para as dificuldades e verdades da vida, e ao meu pai, grande responsável pelo meu lado empreendedor, sonhador e criativo. Ele passou toda sua vida criando coisas e alimentando sonhos; herdei isso dele e sigo com a certeza de que tudo vai dar certo e de que, quando realmente queremos e acreditamos fazemos acontecer.
INTRODUÇÃO
Turismo – Guia para Profissionais e Viajantes tem como principal objetivo for-
necer aos leitores informações úteis, práticas e, principalmente, de apoio ao bom profissional do turismo, suprindo uma lacuna imensa na execução das funções desse setor. Deixamos de lado as projeções e os gráficos e partimos para a execução e profissionalização do indivíduo referentes à prática dessa profissão. O Turismo, de forma geral, exige dos profissionais que nele atuam extrema dedicação e aperfeiçõamento, por tratar-se de um setor em contínua evolução, requerendo portanto atualização constante nas áreas técnica, diplomática e de cultura e costumes de cada local de destino. Em determinado momento da minha vida, em que fui convidada a exercer a função de instrutora em um curso técnico para agentes de viagem iniciantes, observei a carência de material didático específico. Daí nasceu este Guia, no qual coloquei tudo o que aprendi em todos esses anos de profissão, inclusive algumas dicas e dificuldades do setor, que, por sua vez, tem assimilado grandes mudanças e influências nos últimos anos. Se você deseja seguir essa profissão, deve estar ciente de que, atualmente, ela significa algo bem diferente do que representava no passado, pois, com a facilidade da Internet, o agente de viagem, o guia de turismo ou mesmo o turismólogo passam a ser tratados como consultores. Isso significa que você tem de saber exatamente qual é o seu produto e, também, todos os detalhes e dicas de cada destino em que se especializar, pois quem procura um agente de viagem quer respostas, segurança e a tranquilidade de uma viagem planejada.
Você deve estudar gradualmente cada destino e passar a atendê-lo quando estiver apto a isso. Por exemplo: comece estudando as capitais do Nordeste (clima, gastronomia, extensão, população, hotelaria, pontos turísticos e dicas de passeios); em seguida, estude cidades capitais, cidades históricas e os destinos de águas termais. São estes os destinos mais solicitados para viagens. Isso vai torná-lo mais apto em menos tempo. Depois, dedique especial atenção à cidade de São Paulo, sobretudo ao setor de feiras profissionais, aos principais centros de eventos, aos teatros e ao polo de compras, pois este é um destino que propicia um lucro regular e contínuo a todas as agências de viagens. Este Guia é o pontapé inicial para a sua carreira. Leia-o com atenção. Nele, você encontrará desde nomenclaturas e abreviaturas importantes a dicas dos principais destinos do Brasil. É um trabalho de pesquisa de anos, somado a muitas experiências boas e ruins, material que fez muita falta no início da minha carreira.
Boa sorte! Verônica Silveira Nicoletti
SUMÁRIO
Capítulo 1 | Conhecimentos Básicos, 1 Capítulo 2 | Nomenclatura do Turismo, 37 Capítulo 3 | Conhecendo o Turismo e seus Produtos, 47 Capítulo 4 | Geografia Básica para Agentes de Viagem, 105 Capítulo 5 | A Arte de Vender Produtos Turísticos, 139 Capítulo 6 | Dicas Importantes para os Passageiros, 151 Capítulo 7 | Ficha Técnica e Legislação das Agência de Viagem, 163 Leituras Sugeridas, 173
CAPÍTULO 1
CONHECIMENTOS BÁSICOS
S O C I S Á B S O T N E M I C E H N O C
O QUE É UM AGENTE DE VIAGEM? Quem tem um bom agente de viagem nunca está sozinho no mundo. O agente de viagem está para o turista assim como o cabeleireiro está para a perua. Ele é o seu secretário, psicólogo, confidente, despachante, advogado, boy , ministro das relações exteriores e a sua babá. Tudo isso pela incrível quantia de R$ ZERO. Sim, agente de viagem é grátis, vem junto que nem açucareiro com café. É oferta da casa para quem viaja. O agente de viagem tem várias atribuições, além de fazer reservas e emitir vouchers . Ele descobre a menor tarifa de qualquer voo; tenta conseguir que a empresa venda a passagem em uma tarifa promocional, mesmo quando o número de assentos destinados a essa tarifa já está esgotado; coloca você nas listas de espera e fica atento aguardando a confirmação, e é quem conhece fulaninho, na companhia aérea X ou Y , que tem acesso aos assentos bloqueados; pesquisa a documentação necessária para isso e aquilo; manda os formulários e os Documentos de Arrecadação de Receitas Federais (DARF) preenchidos; chega até a requisitar as passagens grátis do seu programa de milhagem (mesmo sem ganhar um tostão de comissão por isso). O agente de viagem é, sobretudo, um consultor, é a pessoa que pode e deve dar informações e dicas sobre o destino escolhido, orientar sobre clima, roupas, costumes locais, passeios imperdíveis e médias de custos, planejar rotas mais fáceis e econômicas, informar qual a melhor forma de transporte e, principalmente, planejar viagens seguras e tranquilas para seus passageiros.
MAIS CONFORTO E SEGURANÇA Se você quiser, pode fazer tudo sozinho. Mas vai abrir mão não só de conforto como de segurança. Antes da partida, o agente de viagem pode livrar você de uma série de roubadas – ele teve muito mais chance de aprender com seus próprios erros e com os erros dos outros. E depois que você em-
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barca, o agente de viagem é o bispo a quem você pode reclamar e o anjo do asfalto que vai socorrer você em qualquer emergência. “Mesmo na era da viagem organizável pela Internet, não consigo me imaginar sem um agente de viagem de confiança. E se depois de anos de estrada (ou de espaço aéreo, como queiram) e com o passaporte suficientemente carimbado para escrever um livro ainda preciso de agente de viagem, é porque provavelmente todo mundo precisa.” (Viaje na Viagem – Autoajuda para Turistas , de Ricardo Freire).
VIDA REAL DE UM AGENTE DE VIAGEM Em geral, o mundo do turismo sugere um trabalho agradável, divertido e isento de grandes responsabilidades. Esse é o primeiro engano que um iniciante comete quando sonha em trabalhar em uma agência de viagem, um hotel ou em empresas ligadas ao turismo e entretenimentos voltados para turistas. Um agente de viagem carrega a grande responsabilidade de fazer com que sonhos se tornem realidade, por vezes projetos de anos, economias de uma vida inteira e início de vida a dois – “lua de mel”. Faz com que momentos sagrados para famílias inteiras ou para apenas uma pessoa em busca de companhia e diversão se tornem perfeitos, pois evita e contorna as pequenas falhas, que podem se tornar grandes problemas ao retornar de viagem.
SE TUDO VAI BEM Você é um herói, uma pessoa que jamais será esquecida, pois graças a você os clientes passaram momentos inesquecíveis. Você é muito competente, ganha lembrancinhas: camisetas, chaveiros, adereços para enfeitar a sua mesa; se você for bom, chegará o dia em que não terá onde colocar tanta “tralha”, pois poucos serão os presentes úteis, mas terá a certeza de que é o melhor agente de viagem da cidade e de que nunca será esquecido ou substituído quando chegar o momento da guerra da próxima viagem ! Quando seu cliente volta... apesar dos mais de mil orçamentos de outros agentes, vem com a certeza de que com os serviços que você oferece ele terá a garantia de ficar no “melhor hotel do planeta” pelo preço de hospedagem em uma pousada de viajantes.
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S O C I S Á B S O T N E M I C E H N O C
Caribe, Ilhas Gregas, costa europeia, Patagônia, costa brasileira, rios e fiordes do mundo. No Brasil, a maioria dos navios só opera no verão, de novembro a março, voltando para seus países de origem no restante do ano. As cabines são classificadas por categorias: internas, externas, standard ou luxo, de acordo com a localização e o tamanho.
FORNECEDORES (FIGURA 1.1) Operadoras São empresas que organizam pacotes para vários destinos do Brasil e do mundo, sobretudo para atender às agências de viagens. Elas não atendem o cliente final, embora haja atualmente algumas exceções. Em geral, as operadoras se especializam em um ou em poucos destinos. Algumas oferecem um leque maior de opções, mas sempre se destacam em determinado produto; cada operadora tem um sistema próprio de reserva, e você tem de se adaptar às suas regras. O ponto mais importante para ser um bom agente é saber escolher uma boa operadora, pois é ela que vai executar o serviço e as promessas que você vendeu.
Companhias Aéreas Hoje existem poucas no Brasil, as principais são: TAM, Ocean Air, Webjet e Gol, que com a modernidade de nossos tempos já não emitem mais bilhetes
Figura 1.1 Organograma do setor comercial de turismo
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físicos, só bilhetes eletrônicos . O passageiro embarca com a apresentação da carteira de identidade e um código. São definidas como nacionais ou regionais. As nacionais voam, principalmente, de uma capital a outra; em geral, têm aeronaves maiores e são as mais conhecidas. As regionais voam entre as cidades de interior e também para as capitais. São empresas menores, operam com aviões menores, e são mais conhecidas em suas regiões. Entre elas podemos citar: Pantanal, Nordeste, TABA, Penta de Santarém, Total e Trip – que inclusive voam para Fernando de Noronha.
Empresas de Locação de Carros Estão por toda parte. Em geral, são solicitadas para serem utilizadas nas cidades para as quais seu cliente vai viajar. Recomendamos que procurem as mais tradicionais, pois prestam serviços especiais caso seu cliente venha a ter problemas durante a viagem. Uma agência pequena nem sempre tem a estrutura necessária para dar segurança em caso de uma emergência. Não arrisque, convença seu cliente a pagar um pouco mais pela segurança. As grandes locadoras de carros hoje são: Avis Localiza, Hertz, Álamo. Todas têm números para ligações gratuitas – toll-free –, com atendimento em qualquer parte do mundo.
Rede Hoteleira Sua agência tem de ter cadastro nos principais hotéis por ela utilizados, visto que um hotel não fatura e nem aceita reservas com pagamento posterior, se você não tiver um cadastro previamente aprovado. A segunda opção é fazer com que seu cliente pague a diária no balcão. Nesse caso, sua agência só vai receber a comissão depois da saída do hóspede. Para saber que hotel você deve oferecer e os dados de cada um, sugerimos a consulta ao Guia 4 Rodas (ver Capítulo 2, Nomenclatura do Turismo ).
Empresas de Receptivo Temos muito pouco contato com essas empresas, apesar de usarmos bastante os seus serviços. Em geral, são contratadas por meio de uma operadora. 14
CAPÍTULO 2
NOMENCLATURA DO TURISMO
Invoice : termo usado na agência que significa que um bilhete vai ser
O M S I R U T O D A R U T A L C N E M O N
emitido faturado para a agência. Loc: o mesmo que localizador. Localizador: conjunto de letras e números que formam um código usado pelas companhias aéreas para localizar ou identificar cada reserva. Opcionais: passeios não incluídos no pacote que o cliente comprou, mas que podem ser oferecidos pelo guia e comprados por seu intermédio. Pacote: a soma de serviços como passagem, hospedagem e passeios, que em geral ficam bem mais em conta que comprados individualmente. Passaporte: uma espécie de carteira de identidade internacional. Só é possível a saída do Brasil com a apresentação do passaporte, e dependendo do país de destino é nele que deve constar o visto com a autorização de entrada naquela pátria. Pax : termo usado para se referir a passageiro . Printer : impressão feita pelo computador na qual constam os dados e o localizador de uma reserva. Tabelas: distribuídas regularmente pelas operadoras, nelas constam detalhes sobre preços, permanência, classificação, localização dos hotéis, regras de financiamento, entre outros. Sem elas é impossível fechar uma venda de forma segura. Tarifa: termo usado para se referir ao preço de uma passagem aérea, indiferente a trecho, sem taxa de embarque, ou a preço de hotéis e serviços. Taxa de Embarque: tarifa cobrada em todos os bilhetes acrescentada ao preço da passagem. Esse valor não é considerado uma venda, pois é repassado integralmente para os aeroportos. TKT: o mesmo que passagem aérea ou bilhete. Traslado In : o mesmo que traslado de chegada. Do aeroporto para o hotel ou para um destino qualquer solicitado pelo passageiro. Traslado Out : transporte do hotel ou de um destino qualquer para o aeroporto. Traslados: é o serviço prestado para levar, trazer ou transportar um passageiro durante uma viagem.
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Upgrade :
quando seu cliente recebe da companhia aérea ou de um hotel um produto melhor do que comprou (p. ex., comprar na classe econômica e viajar na executiva). Normalmente essa vantagem é oferecida quando se trata de cliente VIP ou quando a companhia está com voo estourado e não tem outra opção. Visto: autorização emitida pelo Consulado autorizando uma pessoa de outra nacionalidade a entrar no país. Pode ter várias validades: de turismo, estudo, negócios ou permanente.
CÓDIGOS IMPORTANTES No turismo, em reservas e confirmações são usados códigos formados por letras, muito comumente expressos pelo sistema de alfabeto fonético (Tabela 2.1), para identificar cidades e aeroportos (Tabelas 2.2 e 2.3). Sem eles você não consegue entender nada. É imprescindível saber as cidades mais importantes. Tabela 2.1 Alfabeto fonético A
Alfa
J
Juliete
S
Sierra
B
Bravo
K
Kilo
T
Tango
C
Charlie
L
Lima
U
União/Uniforme
D
Delta
M
Mike
V
Vitor
E
Eco
N
Nair
W
Whisky
F
Fox
O
Oscar
X
Xadrez
G
Golfo
P
Papa
Y
York/Yankee
H
Hotel
Q
Quebec
Z
Zulu
I
Índia
R
Romeu
Tabela 2.2 Códigos de cidades e aeroportos Sigla
42
Cidade
País
Sigla
Cidade
País
AGT
Ciudad del Este
Paraguai
FRA
Frankfurt
Alemanha
AJU
Aracaju
Brasil
GIG
Rio de Janeiro
Brasil
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CÓDIGO DAS COMPANHIAS AÉREAS No Brasil operam diversas companhias aéreas. Em sua grande maioria, são empresas regionais, havendo poucas nacionais. Na Tabela 2.3, listamos algumas das principais companhias aéreas do Brasil e do mundo. Tabela 2.3 Códigos das companhias aéreas e e seus países de origem Sigla
44
Companhia Aérea
País de Origem
8R
Trip
Brasil
AF
Air France
França
AM
Aeroméxico
México
AR
Aerolineas Argentinas
Argentina
AS
Alaska Airlines
EUA
AT
Aero Star
Brasil
BA
British Airways
Inglaterra
BR
BRA
Brasil
CA
Air China
China
CO
Continental
EUA
DL
Delta
EUA
G3
Gol
Brasil
IB
Ibéria
Espanha
JH
Nordeste
Brasil
JJ
TAM
Brasil
KL
KLM
Holanda
LH
Lufthansa
Alemanha
MX
Mexicana
México
NH
ANA
Japão
NT
NHT
Brasil
O6
OceanAir
Brasil
P8
Pantanal
Brasil
QF
Qantas
Austrália
RG
Varig
Brasil
SA
South African
África do Sul
Tabela 2.3 Códigos das companhias aéreas e seus países de origem (continuação ) Sigla
Companhia Aérea
O M S I R U T O D A R U T A L C N E M O N
País de Origem
SL
Rio Sul
Brasil
SW
Air Namibia
Namíbia
TA
Taca
Peru
TO
Total
Brasil
TP
Tap
Portugal
UA
United
EUA
UX
Air Europa
Suíça
WJ
Webjet
Brasil
ZK
Air New Zeland
Austrália
Obs.: É muito simples escolher a companhia aérea mais conveniente para o
seu cliente em voos internacionais . Toda companhia aérea só pode fazer voo de seu país para outro e vice-versa, nunca voar de um país para outro sem passar em seu país de origem. Quando você for verificar as opções lembre-se: a companhia aérea tem de ser brasileira, voar direto para o destino, ser estrangeira do país de destino ou de um país vizinho próximo. Nessa ordem. Assim, evitará voos longos e cansativos para o seu cliente.
GUIAS IMPORTANTES COMO USAR O GUIA QUATRO RODAS ? O Guia Quatro Rodas consiste em um roteiro de hotéis, restaurantes e pontos de informações, como: distâncias, localizações de hotéis e pontos turísticos das principais cidades do Brasil. É atualizado anualmente e serve como referência de qualidade. Ele classifica os hotéis em vários aspectos: conforto, estilo, localização, entre outros. Descreve os serviços disponíveis, endereço, números de quartos, formas de pagamento e por meio de mapas mostra a localização dos hotéis das maiores cidades. Está organizado em ordem alfabética, por cidade, independente da região. 45
CAPÍTULO 3
CONHECENDO O TURISMO E SEUS PRODUTOS
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e prometem um crescimento de médio e longo prazos. Esses ingredientes podem ser classificados em quatro áreas, descritas a seguir.
A RIQUEZA E A CULTURA DO BRASIL A beleza natural do Brasil, com seu litoral de mais de 7.000 quilômetros com praias lindas, fauna e flora fantásticas em áreas como a Amazônia, exercem grande fascinação para os turistas estrangeiros. Nosso País possui uma grande riqueza cultural, histórica e arquitetônica, muito atrativa aos estrangeiros (Tabela 3.1). Além disso, o povo brasileiro é muito aberto e gentil. Por isso, os turistas voltam com uma imagem positiva do nosso país. Eles são os melhores embaixadores do Brasil. Assim, um efeito expansivo do mercado turístico brasileiro será quase garantido. Tabela 3.1 Principais Emissores de Turistas para o Brasil – 2005/2006 Principais países de destino
2005 Número de
%
2006 Ranking
turistas
%
Ranking
turistas
Argentina
992.299
21,92
1o
921.061
21,94
1o
EUA
793.559
17,53
2o
721.633
17,19
2o
Portugal
357.640
7,90
3o
312.521
7,44
3o
Itália
303.878
6,71
6o
291.898
6,95
4o
Uruguai
341.647
7,55
4o
290.240
6,91
5o
Alemanha
308.598
6,82
5o
277.182
6,60
6o
França
252.099
5,57
7o
275.913
6,57
7o
Espanha
172.979
3,82
9o
211.741
5,04
8o
Paraguai
249.030
5,50
8o
198.958
4,74
9o
Inglaterra
169.514
3,74
11o
169.627
4,04
10 o
Chile
169.953
3,75
10o
148.327
3,53
11 o
Holanda
109.708
2,42
12o
86.122
2,05
12 o
Suíça
89.789
1,98
13o
84.816
2,02
13 o
Japão
68.066
1,50
16o
74.638
1,78
14 o
México
73.118
1,62
15 o
70.862
1,69
15 o
Canadá
75.100
1,66
14o
62.603
1,49
16 o
Total
4.526.977 turistas
Fonte : DFP e Embratur.
50
Número de
4.198.142 turistas
S O T U D O R P S U E S E O M S I R U T O O D N E C E H N O C
Além do mais, o Brasil é um novo protagonista no turismo mundial. Suas atratividades oferecem um diferencial na concorrência do turismo internacional.
O ENTENDIMENTO DA IMPORTÂNCIA DO SETOR DO TURISMO As organizações brasileiras de turismo entenderam bem a importância do turismo e os sinais de outros países. Por exemplo, o México e a Espanha têm características similares às do Brasil e mostraram grande potencial de turismo durante os últimos 25 anos. Daí conclui-se que os investimentos da Embratur e de outras organizações para a melhoria da infraestrutura do turismo no Brasil logo devem ter retorno. Além disso, os resultados auspiciosos dos grandes novos resorts na Costa do Sauípe e em outros lugares do Brasil comprovam o sucesso dos investimentos e sem dúvida vão atrair novos investidores.
FATORES ECONÔMICOS DO BRASIL A indústria do turismo no Brasil tem baixa participação no PIB, em comparação com as de outros países e portanto os investimentos na área de turismo que foram iniciados pelas organizações responsáveis pelo turismo no Brasil estimulam um crescimento do setor mais fácil e com maiores probabilidades. O Brasil, como economia líder na América do Sul, atrai muitos turistas de negócios. Com o desenvolvimento do País, esse fluxo de turistas tende a aumentar. Além disso, o turista de negócios, em média, gasta diariamente mais do que o turista comum.
OUTROS FATORES FAVORÁVEIS (TEMPORAIS) O Brasil vem se destacando no mundo e as atrações do país, como descritas antes, podem ser promovidas com mais facilidade. Devemos também considerar que o turismo internacional sempre é beneficiado pelo câmbio favorável entre o dólar e o real, e que momentos como estes devem servir para expansão de campanhas neste setor. Hoje, os grandes responsáveis pelas operações do turismo no Brasil são os macro-operadores, que dominam esse mercado oferecendo tarifas redu51
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Você sempre vai achar mapas do navio muito parecidos com o mapa a seguir, no qual pode observar a distribuição, o deck e o tamanho das cabines (Figura 3.1).
Figura 3.1 Exemplo de mapa do navio
60
S O T U D O R P S U E S E O M S I R U T O O D N E C E H N O C
Após a escolha da data, rota e cabine é só consultar a Tabela 3.3 e você encontrará o preço. Tabela 3.3 Exemplo de tabela de preços Cat.
Deck
Cabine
Valores
1
Veneza/Pisa/Amalfi/Gênova
Internas
US$709.00
2
Veneza
Internas
US$769.00
3
Pisa
Internas
US$829.00
4
Amalfi
Internas
US$889.00
5
Gênova
Internas
US$939.00
6
Veneza/Pisa/Amalfi
Externas
US$999.00
7
Pisa
Externas
US$1.059.00
8
Amalfi
Externas
US$1.119.00
9
Gênova
Externas
US$1.179.00
10
Gênova
Individuais internas
US$1.129.00
S
Portofino
Suítes com varanda
US$1.709.00
3º leitos altos
4º leitos altos
Taxas de serviço
Taxas portuárias
Adultos
US$449.00
Consulte
Menores de 14 anos
US$449.00
Consulte
Adultos
US$449.00
Consulte
Menores de 14 anos
US$449.00
Consulte
Adultos
US$30.00
Menores de 14 anos
US$15.00
–
US$110.00
PERGUNTAS FREQUENTES Como Posso Reservar meu Cruzeiro? As companhias marítimas oferecem pacotes de férias que podem ser adquiridos por meio de agentes de viagens, permanecendo como responsabilidade dos passageiros honrar os custos da passagem.
Se Tiver de Cancelar o Cruzeiro, tenho Direito a Reembolso? Você recebe reembolso do total já pago caso notifique o cancelamento, por escrito, antes da data em que se iniciam as taxas de cancelamento. Con61
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Figura 3.2 (A a C) Bilhete aéreo
1. Sobrenome/Nome do passageiro 2. From – De/Origem
15. Forma de pagamento – Invoice/cash ou cartão de crédito
3. To – Para/Destino
16. Companhia aérea
4. Código da companhia aérea
17. Agência ou órgão emissor da
5. Número do voo
passagem
6. Data do voo
18. Origem/Destino
7. Hora do voo
19. Código localizador
8. Status /Ok ou Rk
20. Data da emissão da passagem
9. Base tarifária
21. Costela do bilhete – estrutura e
10. Validade 11. Final da validade 12. Peso permitido naquela tarifa 13. Número de volumes permitidos 14. Tour code – código da viagem ou excursão
cálculo da tarifa 22. Valor total da tarifa/Se for internacional, virá em dólares americanos 23. Valor da tarifa já convertida em reais 24. Taxas portuárias/Embarque 25. Restrições sobre o endosso
90
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O bilhete é composto por folhas de papel carbonadas, chamadas cupons de voo, quando emitidas nos bilhetes BSP-IATA, ou cupons de papel-cartão, quando emitidas diretamente nas companhias aéreas. Cada cupom corresponde a um segmento de viagem, que será destacado pelo atendente da companhia aérea no ato do check-in e trocado pelo cartão de embarque. O bilhete da passagem formaliza o compromisso entre o passageiro e a companhia aérea. Nele, encontram-se todos os dados contratados da viagem, como número de voo, empresa aérea, classe de viagem, nome correto do passageiro (idêntico ao mencionado no passaporte), pontos de partida e destino, status da reserva, tarifa e o código localizador da reserva. Hoje, várias empresas já utilizam o bilhete eletrônico, que pode ser impresso pelo próprio passageiro.
Validade Um ano da data de emissão (e não da data de viagem) para passagens de tarifa normal. Bilhetes promocionais têm validade referente à tarifa cobrada, bem como às restrições estabelecidas pela empresa emitente.
Remarcação As passagens podem ser remarcadas dentro do seu prazo de validade. Aquelas adquiridas com tarifa promocional sofrerão multa que varia de acordo com as regras de cada empresa aérea. Devemos ficar muito atentos e tomar conhecimento de todas as regras de cada promoção.
Perda de Passagem No caso de perda do bilhete, seu titular deverá dirigir-se à companhia aérea que o emitiu e solicitar segunda via, mediante a assinatura de compromisso de ressarcir a empresa, caso a passagem seja utilizada.
Transferência de Nome Os bilhetes são intransferíveis. Ninguém pode utilizar o bilhete de outra pessoa. Trocar o nome do titular da reserva só é viável quando efetuado pela própria companhia aérea, em casos específicos. 91
CAPÍTULO 4
GEOGRAFIA BÁSICA PARA AGENTES DE VIAGEM
BRASIL
M E G A I V E D S E T N E G A A R A P A C I S Á B A I F A R G O E G
Dados atualizados até 25.05.2009 Nome Oficial: República Federativa do Brasil Descobrimento: 22 de abril de 1500 Independência: 7 de setembro de 1822 Proclamação da República: 15 de novembro de 1889 Governo: República presidencialista Nacionalidade: Brasileira Área: 8.514.205km² Capital: Brasília (2.383.784 habitantes, 2006) PIB: R$3.143 trilhões, 2009 Maiores cidades: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza, Brasília, Curitiba, Recife, Manaus, Porto Alegre, Belém, Goiânia
População atual: 191.480.630 habitantes, 2009 (fonte: IBGE) Localização: Leste da América do Sul Climas: Equatorial, tropical, tropical de altitude, atlântico, subtropical e semiárido Expectativa de vida: 73,1 anos (2009) Área de floresta: 5.511.000km² Desmatamento: 25.544km² ao ano (1995-2000)
Figura 4.1 Regiões do Brasil
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Tabela 4.1 Área e população dos Estados brasileiros Região
Estado
Capital
População (estado)
Área (estado)
Norte
Acre
Rio Branco
691.132
152.522
305.954
Norte
Amapá
Macapá
626.609
142.814,6
366.484
Norte
Amazonas
Manaus
3.393.369
1.570.745
1.738.641
Norte
Pará
Belém
7.431.020
1.247.689,5
1.437.600
Norte
Rondônia
Porto Velho
1.503.928
237.576
382.829
Norte
Roraima
Boa Vista
421.499
224.298
266.901
Norte
Tocantins
Palmas
1.292.051
277.620,9
188.645
Nordeste
Alagoas
Maceió
3.156.108
27.767,7
936.314
Nordeste
Bahia
Salvador
14.637.364
564.692,7
2.998.056
Nordeste
Ceará
Fortaleza
8.547.809
148.825,6
2.505.552
Nordeste
Maranhão
São Luís
6.637.138
331.983,3
997.098
Nordeste
Paraíba
João Pessoa
3.769.977
56.439,8
702.235
Nordeste
Pernambuco
Recife
8.810.256
98.311,6
1.561.659
Nordeste
Piauí
Teresina
3.145.325
251.539,2
802.537
Nordeste
Rio Grande do Norte
Natal
3.137.541
52.796,8
806.203
Nordeste
Sergipe
Aracaju
2.019.679
21.910,3
544.039
Sudeste
Espírito Santo
Vitória
3.487.199
46.077,5
320.156
Sudeste
Minas Gerais
Belo Horizonte
20.033.665
586.528,3
2.452.617
Sudeste
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro
16.010.429
43.696,1
6.186.710
Sudeste
São Paulo
São Paulo
41.384.039
248.209
11.037.593
Sul
Paraná
Curitiba
10.686.247
199.314,9
1.851.215
Sul
Rio Grande do Sul
Porto Alegre
10.914.128
281.748,5
1.436.123
Sul
Santa Catarina
Florianópolis
6.118.743
95.346,2
320.156
Centro-Oeste
Mato Grosso
Cuiabá
3.001.692
903.357,9
550.562
Centro-Oeste
Mato Grosso do Sul
Campo Grande
2.360.498
357.125
755.107
Centro-Oeste
Distrito Federal
Brasília
2.606.885
5.801
2.606.885
Centro-Oeste
Goiás
Goiânia
5.926.300
340.086,7
1.281.975
Fonte :
IBGE, 2009.
Tabela 4.2 Superfície brasileira por região (km2) Região
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População (capital)
Superfície em km2
Norte – N
3.851.560
Nordeste – NE
1.556.002
Sudeste – SE
924.266
Sul – S
575.316
Centro-Oeste – CO
1.604.852
Moderna, a cidade destaca-se entre as capitais da Região Norte pelo tra-
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çado urbano organizado de forma radial, planejado pelo arquiteto Darci Aleixo Deregusson, lembrando um leque, em alusão às ruas de Paris, na França. Estado
Roraima
Mesorregião
Norte de Roraima
Microrregião
Boa Vista
Municípios limítrofes
Amajari, Alto Alegre, Bonfim, Cantá, Mucajaí, Normandia, Pacaraima
Distância até a capital
4.275 quilômetros
Características geográficas Área
5.687km²
População
266.901 hab. est. 2009 (IBGE)
Densidade
43,8 hab./km²
Altitude
85 metros
Clima
Tropical
Fuso horário
UTC-4
Porto Velho Porto Velho é a capital e o maior município, tanto em extensão territorial quanto em população, do Estado de Rondônia. Com uma área de 34.082km², o município é maior que os Estados de Sergipe e de Alagoas. Apesar disso, a sua população é de 380.988 habitantes, sendo assim, a terceira maior capital da Região Norte superada apenas pelas cidades de Manaus e Belém. Localiza-se à margem direita do Rio Madeira (afluente do Rio Amazonas). Estado
Rondônia
Mesorregião
Madeira-Guaporé
Microrregião
Porto Velho
Municípios limítrofes
Lábrea, Canutama, Humaitá (N), Machadinho d’Oeste, Cujubim, Itapuã do Oeste, Candeias do Jamari (L), Acrelândia (O), Alto Paraíso, Buritis, Nova Mamoré, departamento do Pando-Bolívia (S).
Distância até a capital
2.589 quilômetros
Características geográficas Área
34.082km²
População
382.829 hab. est. 2009 (IBGE)
Densidade
11,23 hab./km²
Altitude
85 metros
Clima
Equatorial
Fuso horário
UTC-4
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Belém Belém, popularmente conhecida como cidade das mangueiras – pela abundância dessa árvore em suas ruas –, é a capital e maior cidade do Estado do Pará, segunda maior cidade da Amazônia brasileira. Historicamente, constituiu-se na principal via de entrada na região devido à sua privilegiada localização geográfica, na foz do rio Amazonas e no extremo Norte da malha rodoviária brasileira. Estado
Pará
Mesorregião
Metropolitana de Belém
Microrregião
Belém
Região metropolitana
Belém
Municípios limítrofes
Ananindeua (Leste)
Distância até a capital
2.140 quilômetros
Características geográficas Área
1.064,91km²
População
1.437.600 hab. est. 2009 (IBGE)
Densidade
1.349.96 hab./km²
Altitude
10 metros
Clima
Equatorial
Fuso horário
UTC-3
Palmas Palmas é um município brasileiro, capital e maior cidade do Estado do Tocantins, na Região Norte do Brasil. Localiza-se a uma latitude 10º12’46” sul e a uma longitude 48º21’37” oeste, estando à margem direita do Rio Tocantins e a uma altitude de 230 metros. Sua população estimada, em julho de 2006, era de 220.889 habitantes. É a mais nova das cidades planejadas no Brasil para serem capitais de estado. Foi fundada em 20 de maio de 1989. Contudo foi apenas no dia 1 o de janeiro de 1990 (pouco mais de um ano após a criação do Tocantins, que ocorreu em 5 de outubro de 1988 com a entrada em vigor da atual Constituição do Brasil), que Palmas se tornou a capital do Tocantins, já que na época de sua fundação não havia instalações para abrigar as repartições do Governo do Tocantins. Demograficamente é a menor capital do Brasil.
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Figura 4.7 Meridiano de Greenwich
Zonas Climáticas As zonas climáticas da Terra (Figura 4.8) são áreas diferenciadas do planeta que, graças ao movimento da Terra, são expostas ao calor do Sol de tal modo que não recebem a mesma proporção de radiação solar. Isso leva à ocorrência de três grandes zonas climáticas no globo terrestre – a zona intertropical ou tropical, as zonas temperadas e as glaciais ou polares. A zona intertropical ou tropical é limitada pelos trópicos de Câncer e de Capricórnio. Abrange as regiões atingidas mais diretamente pelos raios solares durante o ano todo, por isso é a faixa mais quente e iluminada do planeta. As zonas temperadas estão localizadas entre os trópicos e os círculos polares. Como recebem os raios do Sol mais inclinados, são menos aquecidas e iluminadas. Nelas, as quatro estações do ano são facilmente percebidas, pois cada uma tem características que as diferenciam nitidamente umas das outras. As zonas polares ou glaciais estão situadas nos extremos norte e sul da Terra e são limitadas pelos círculos polares ártico e antártico. Essas zonas recebem os raios solares muito inclinados, insuficientes para aquecê-las, e, por isso, são muito frias. Com isso são formadas grandes geleiras.
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Figura 4.8 Zonas climáticas
HORA GMT E FUSOS HORÁRIOS INTRODUÇÃO Se nos guiássemos pela rotação efetiva da Terra, em torno do seu eixo imaginário, haveria muita confusão; em cada lugar do planeta a hora seria diferente. Cada meridiano (ou linha de longitude) e a região que atravessa teria sua própria hora. No final do século XIX (por volta de 1884), foi adotado o sistema do “Fuso Horário”, exposto, pela primeira vez, em 1859, pelo italiano Quirino Filopanti. A hora solar foi abandonada como modo de se aferir o tempo.
COMO FUNCIONA A Terra foi dividida em 24 fusos (ou zonas) limitados por meridianos, correspondentes às 24 horas do dia. Em contrapartida, temos os paralelos, que são distâncias medidas em graus, partindo da linha do equador (0 grau) até 90 graus para o Norte (+) e 90 graus para o Sul (–); os sinais de mais e de menos são convencionais. Na Inglaterra, perto de Londres, na localidade de Greenwich, fica o primeiro Meridiano Internacional, com 0 grau de longitude. O início da conta-
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gem se dá em Greenwich (GMT, abreviação inglesa) e a sua hora é padrão internacional. Em virtude de a Terra levar em torno de 24 horas (23 horas, 56 minutos e 4,09 segundos) para completar um giro de 360 graus; proporcionalmente, uma hora corresponderá a cerca de 15 graus (360 dividido por 24 horas) ou um fuso horário. Em síntese, se o Sol, em seu movimento aparente de Leste para Oeste, em um exato momento (perpendicularmente) iluminar determinado ponto em Greenwich, será meio-dia; 11 horas a 15 graus de longitude Oeste e 13 horas e 15 graus de longitude Leste. Por convenção, todos os lugares demarcados pelo mesmo fuso têm a mesma hora oficial, e bem diferente da hora solar. Por convenção, adota-se que o meio-dia aparente local equivale ao instante em que o Sol estiver no ponto mais alto no céu. Por exemplo, a diferença entre a hora solar do Recife e a de Belém é de quase 1 hora. Todavia, como Recife e Belém estão no mesmo fuso, às duas horas deve ser idêntico; para ilustrar, veja a Figura 4.9.
Figura 4.9 Demonstração estilizada do sistema de fusos horários
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Figura 4.10 Fusos horários do Brasil
Ressalva: a disposição classificatória apresentada não é a oficial; a oficial obedece a distância de Greenwich e posiciona-se como segue: primeiro fuso, 30 graus; segundo fuso, 45 graus; terceiro fuso, 60 graus; e o quarto fuso, 75 graus. Por fim, levando-se em consideração a divisão dos fusos horários, para efeito operacional, os países que têm territórios atravessados por mais de um meridiano (fuso), como no caso o Brasil, adotam horários não convencionais.
BRASIL – UM PAÍS CONTINENTAL Em área total, o Brasil classifica-se em quinto lugar, antecedido pela Rússia, pelo Canadá, pela China e pelos EUA. De acordo como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem uma área de 8.511.965 quilômetros quadrados (inclusive as ilhas de Trindade e Martin Vaz); fontes ainda não oficiais, mediante tecnologias avançadas, predizem que a área é maior ainda, atingindo pouco mais de 8.547.000 quilômetros quadrados. Mais de 90% do território brasileiro está localizado no Hemisfério Sul, na chamada Zona Intertropical.
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CAPÍTULO 5
A ARTE DE VENDER PRODUTOS TURÍSTICOS
S E T N A J A I V E S I A N O I S S I F O R P A R A P A I U G – O M S I R U T
— Assim que confirmar posso ligar? — Qual é o seu telefone? — E o seu e-mail ? Caso o cliente não deseje reservar o pacote ainda: — Posso ficar com seu telefone, caso surja alguma promoção? — Posso mandar para você e-mails com nossas promoções? Se você não tem cliente não terá venda, sem venda não terá lucro e não será remunerado. Deixe claro que na sua empresa o cliente realizará os desejos, os sonhos e as necessidades que procura. Nunca tente empurrar uma oferta, ao contrário, indique soluções. Procure descobrir quais são as reais necessidades de seu cliente e use essa informação para que ele veja em você a solução para o seu dia a dia.
PÓS-VENDA Nunca se esqueça de que cliente satisfeito é aquele que sempre voltará a adquirir seu produto. Ele deve ser cuidado e preservado. Para isso, você deve sempre ouvir o que ele tem a dizer. Uma das maneiras de se saber o que ele pensa é por meio de uma pesquisa de satisfação, na qual pode sugerir melhorias, criticar, elogiar e até mesmo pedir inclusão ou exclusão de produtos e serviços.
PREVENÇÃO À FRAUDE A questão da fraude tem chamado cada vez mais atenção quando o assunto é crédito. Porém, há vários mal-entendidos sobre esse assunto que, antes de qualquer coisa, precisam ser claramente definidos para que medidas de prevenção sejam aplicadas com eficiência. A fraude representa uma possibilidade sempre presente nos negócios que envolvem crédito. Entender como esse fenômeno ocorre é o primeiro passo para identificá-lo, preveni-lo e combatê-lo. Mal-entendido número 1 : todas as fraudes são iguais, todas resultam em perdas financeiras. No entanto, é necessário entender que
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S O C I T S Í R U T S O T U D O R P R E D N E V E D E T R A A
há muitos tipos de fraude, que requerem ferramentas, estratégias e dados diferentes para sua identificação e prevenção. Os principais aspectos que diferenciam uma fraude de outra são: quando é cometida, quem a comete, como é aplicada e quem são as vítimas. Alguns tipos mais comuns de fraudes : roubo de identidade (o autor utiliza a identidade de outra pessoa para obter crédito), identidade sintética (cria-se uma identidade com componentes de identidades reais de várias pessoas, que é utilizada para se obter crédito), calote do primeiro pagamento (intencional), fraude de agente (o agente do credor fornece informações incorretas para assegurar a aprovação do crédito, fato comum quando esse agente recebe comissão por venda), fraude transacional (uma pessoa utiliza informações da conta de outra para obter crédito, sem conhecimento de seu titular) e fraude de rede (geralmente praticada por hackers , na Internet e em sistemas de telefonia). Cada uma difere das demais em sua natureza, por isso seria ineficaz desenvolver um único modelo para predizer e prevenir todas. Há várias formas de fraudes e cada uma exige abordagem específica.
CUIDADOS As agências de viagens têm de tomar cuidados especiais na hora da venda: Ao emitir vendas em cartão de crédito devem ter o cuidado de preencher as autorizações de débito de modo correto, pegar assinaturas originais e fazer cópias da identidade e do cartão do cliente. Nos casos de clientes assíduos, as agências costumam usar “assinatura em arquivo”, método em que assumem a responsabilidade pela venda no cartão sem que seu cliente assine a autorização. Para liberar esse tipo de emissão, a agência deve ter uma autorização de débito assinada em branco, junto com a cópia do cartão e a identidade do cartão que sempre é usado. É uma troca de confiança, se seu cliente compra com frequência e não quer ter de ir assinar boletos a cada venda ou quer poder solicitar bilhetes por telefone ou e-mail , e por isso a agência precisa de um documento de garantia. 145
CAPÍTULO 6
DICAS IMPORTANTES PARA OS PASSAGEIROS
S O R I E G A S S A P S O A R A P S E T N A T R O P M I
Lista de países que exigem o Certificado Internacional de Vacinação contra febre amarela Afeganistão
Colômbia
Ilhas Salomão
Nigéria
África do Sul
Congo
Índia
Niue
São Vicente e Granadinas
Albânia
Djibuti
Indonésia
Nova Caledônia
Senegal
Angola
Dominica
Iraque
Omã
Serra Leoa
Antígua e
Egito
Jamaica
Panamá
Seychelles
Barbuda
El Salvador
Jordânia
Papua-Nova
Síria
Antilhas
Equador
Kiribati
Guiné
Somália
Holandesas
Eritréia
Kuait
Paquistão
Sri Lanka
Arábia Saudita
Etiópia
Laos
Paraguai
Suazilândia
Argélia
Fiji
Lesoto
Peru
Sudão
Austrália
Filipinas
Líbano
Polinésia
Suriname
Bahamas
Gabão
Libéria
Francesa
Tailândia
Bangladesh
Gâmbia
Líbia
Palau
Tanzânia
Barbados
Gana
Madagascar
Portugal
Togo
Belize
Granada
Malásia
Quênia
Tonga
Benin
Grécia
Malaui
República
Trinidad e
Bolívia
Guadalupe
Maldivas
Centro-Africana
Tobago
Brasil
Guatemala
Mali
Reunião
Uganda
Brunei
Guiana
Malta
Ruanda
Venezuela
Burkina Fasso
Guiana
Maurício
Samoa
Vietnã
Burundi
Francesa
Mauritânia
Americana
Zaire
Butão
Guiné
México
Samoa
Zimbábue
Cabo Verde
Guiné-Bissau
Moçambique
Ocidental
Camarões
Guiné
Myanma
Santa Helena
Camboja
Equatorial
Namíbia
Santa Lúcia
Cazaquistão
Haiti
Nauru
São Cristóvão e
Chade
Honduras
Nepal
Névis
China
Iêmen
Nicarágua
Cingapura
Ilha de Pitcairn
Níger
São Tomé e Príncipe
S A C I D
Os medicamentos contra diabetes podem necessitar de ajuste em função de alterações de fuso horário. Os viajantes com fatores de risco, como trombose venosa profunda, devem procurar aconselhamento médico e reservar assentos no corredor ou próximo às saídas, para facilitar a realização de exercícios. Pessoas com doenças cardíacas ou pulmonares podem, eventualmente, necessitar de oxigênio suplementar, prescrito pelo médico, durante viagens de avião. 155
S E T N A J A I V E S I A N O I S S I F O R P A R A P A I U G – O M S I R U T
As pessoas com necessidades de dietas especiais e aporte maior de oxigênio, e os deficientes físicos que necessitem de auxílio para locomoção devem contactar a companhia aérea com antecedência. Preencha a última página do passaporte informando quem deve ser avisado em caso de alguma emergência. Tenha à mão os endereços e telefones das representações diplomáticas do Brasil mais próximas do seu destino. Isso pode ser importante, caso venha a ter problemas jurídicos ou de saúde. Também é aconselhável que as pessoas se imunizem contra gripe quando forem viajar durante o inverno, sobretudo para o Hemisfério Norte. A vacina não deve ser tomada por grávidas, crianças com menos de 6 meses, pessoas alérgicas à proteína de ovo e portadores de imunodeficiência, contaminados pelo vírus HIV ou que estejam usando medicamentos quimioterápicos ou à base de corticosteroides. Nesse caso, o viajante deve ter um documento com os motivos médicos para que não seja vacinado.
INFORMAÇÕES Leia muito sobre o seu destino. Converse com quem já foi. Navegue pela web em busca de dicas. Tenha guias especializados, conheça o clima, a cultura, os costumes e as atrações e, assim, além de tirar o máximo proveito de sua experiência, você já começa sua viagem muito antes de embarcar.
DINHEIRO É importante que você se planeje com relação às suas despesas no exterior. As formas mais seguras de levar dinheiro em uma viagem internacional são cheques de viagens ( traveller’s checks ) e cartões de crédito e de débito internacional. Mesmo assim, é importante ter dinheiro em mãos, de preferência na moeda do país a ser visitado ou que seja fácil de ser trocada. Ao fazer uma boa combinação entre essas formas de pagamento, e certificar-se de que alguém por aqui ficará responsável pelo pagamento de suas contas de cartão de crédito e pela checagem constante de fundos em sua conta corrente, você viaja mais tranquilo e com a certeza de que terá como se virar em caso de emergência.
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CAPÍTULO 7
FICHA TÉCNICA E LEGISLAÇÃO DAS AGÊNCIAS DE VIAGEM
AGÊNCIA DE VIAGEM
M E G A I V E D S A I C N Ê G A S A D O Ã Ç A L S I G E L E A C I N C É T A H C I F
FICHA TÉCNICA Setor da Economia: Terciário Ramo de Atividade: Prestação de Serviços Tipo de Negócio: Agência de Viagens
APRESENTAÇÃO Agência de viagens é uma empresa que tem como atividade a venda de passagens avulsas para pessoas físicas ou jurídicas e a revenda de pacotes turísticos montados por operadoras de turismo.
MERCADO Essa nova indústria já rende mais do que a farmacêutica e está chegando perto de setores gigantes, como informática e telecomunicações. A Organização Mundial de Turismo (OMT) prevê que, em 2020, o turismo ao redor do mundo será responsável por nada menos que US$2 trilhões de faturamento por ano. Nada mal para um setor que na década de 1950 era incipiente. O crescimento desse mercado é uma excelente notícia não só para quem está ligado diretamente ao negócio, como os hotéis e as empresas de transporte, mas também para outros 50 setores da economia indiretamente envolvidos. Devido a esse impacto, o turismo está sendo considerado o maior empregador mundial da atualidade. De cada nove trabalhadores no mundo, pelo menos um está ligado a esse segmento. A indústria de viagens e turismo é considerada, pelo Governo Federal, uma atividade estratégica para o desenvolvimento socioeconômico do País.
ESTRUTURA A estrutura básica deve contar com um espaço mínimo de 40m², onde ficarão distribuídos os equipamentos.
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S E T N A J A I V E S I A N O I S S I F O R P A R A P A I U G – O M S I R U T
EQUIPAMENTOS
Móveis e materiais de escritório. Telefone, aparelho de fax , computadores, entre outros.
INVESTIMENTO Varia de acordo com a estrutura do empreendimento, podendo girar em torno de R$10.000,00 a R$40.000,00.
PESSOAL Para abrir uma agência de viagens ou uma agência de viagens e turismo não é obrigatório ter curso superior em turismo. Porém, é necessário que ao menos um dos sócios ou diretores responsáveis pela empresa tenha mais de três anos de experiência profissional no exercício de atividades ligadas ao turismo. O quadro funcional de uma agência dependerá da estrutura da agência, e para iniciar o empreendimento pode-se trabalhar com apenas um funcionário nas funções de emissor de passagens e atendente. Nesses casos, o empreendedor deve se dedicar integralmente à empresa. Em empresas maiores, os funcionários podem ser polivalentes, ou seja, podem fazer reservas, emitir passagens, negociar descontos e atender clientes.
CLIENTES O perfil do usuário de uma agência de viagens é bastante complexo, ou seja, pode ser uma pessoa jurídica ou pessoa física, podem ser casais, grupos de amigos, estudantes, idosos, entre outros.
PROCESSO DE TRABALHO A agência de viagens é uma prestadora exclusiva de serviços. Diante desse fato, ela tem de dar retorno a tudo que lhe for solicitado. Buscar informações e repassá-las de modo correto aos clientes é a parte mais importante no processo de trabalho de uma agência, visto que, agradando a clientela, irá não só fortalecer a relação, como também atrair novos clientes.
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LEITURAS SUGERIDAS
LEITURAS SUGERIDAS
S A D I R E G U S S A R U T I E L
LIVROS Boiteux B, Werner M. Introdução ao estudo do turismo. Rio de Janeiro: Campus; 2009. Braga DC. Agência de viagens e turismo: práticas de mercado. Rio de Janeiro: Campus; 2007. Costa FR. Turismo e Patrimônio Cultural. São Paulo: Editora Senac; 2009. Dantas JCS. Qualidade do atendimento nas agências de viagens: uma questão de gestão estratégica. São Paulo: Roca; 2008. Paes MTD, Oliveira MRS. Geografia, Turismo E Patrimônio Cultural. São Paulo: Annablume; 2010. Raposo A. Turismo no Brasil: um guia para o guia. São Paulo: Editora Senac; 2002. Tavares AM. City tour: coleção ABC do turismo. São Paulo: Editora Aleph, 2002.
REVISTAS
Fácil Nordeste National Geografic Brasil Próxima Viagem Revista Roteiro Revista Terra Revista Turismo Viagem & Turismo Viaje Mais
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