AS RELAÇÕES ENTRE A INTELIGÊNCIA E A VONTA VONTADE DE (I) Sidney Silveira
De acordo com Santo Tomás, os atos ror!amente "#manos, o# se$a, a%#e&es %#e nos d!st!n'#em de todos os dema!s entes dotados de a&ma (an!ma r!nc!o !ntrnseco de mo*!mento do coro) ro*+m das d#as ot+nc!as s#er!ores !nscr!tas em nossa orma- a !nte&!'+nc!a e a *ontade. Em s#ma, entender e %#erer s/o at#a&!0a12es de oss!3!&!dades ror!amente ror!amente "#manas "#manas 4 na med!da em em %#e dos o#tros o#tros an!ma!s s5 odemos odemos d!0er %#e entendem e %#erem or ana&o'!a de atr!3#!1/o. A menos menos %#e conced+ssemos %#e #ma anta #desse %#erer $o'ar #ma art!da de 6adre0 contra Garr7 8asaro*, o# %#e #m asno rec!tasse o Ven!, Creator S!r!t#s dese$ando contem&ar a ace de De#s, or entender ser E&e o S#mo 9em. Como ta& o!n!/o : de #ma asn!ce sem taman"o, o!s nos &e*ar!a a aor!as !nsaná*e!s, de!6emo;&a. Ao !nd!car a 3!3&!o'ra!a ara a r!me!ra a#&a do se# C#rso de de. Corne&!o Corne&!o =a3ro at!nente at!nente ?s re&a12es entre entre a !nte&!'+nc!a e a *ontade. No#tra No#tra oort#n!dade, aremos #m comentár!o ao &!*ro do ensador !ta&!ano !nt!t#&ado R!&ess!on! s#&&a &!3ert?, onde se encontra a tese reer!da e&o me# %#er!do am!'o. >or "ora, de!6emos cons!'nadas %#a!s s/o as re&a12es entre a *ontade e a !nte&!'+nc!a, na do#tr!na do A%#!nate. Em s#ma, aremos #m es3o1o de de!n!1/o acerca de se "á o# n/o r!ma0!a de #ma #ma ot+nc!a so3re a o#tra 4 e em %#e ocas!2es !sto ode ode ocorrer. ocorrer. Comecemos e&a cons!dera1/o cons!dera1/o de %#e o o3$eto do entend!mento (o *er#m) : s#er!or ao da *ontade (o 3on#m are"ens#m), are"ens#m), na med!da em %#e ara n5s o 3em s5 ode d!0er;se @3om en%#anto *erdade!ro. Neste sent!do, a ra0/o de 3em (rat!o 3on!) rad!ca na ra0/o de *erdade (rat!o *er!), or%#e a *ontade 4 %#e : o aet!te !nte&ect!*o do 3em 4 s5 dese$a dese$a a&'o na Bn!ca Bn!ca e e6ata med!da med!da em %#e esse a&'o se aresenta aresenta a e&a na orma orma de #m 3em. Em sntese, dada a s#a const!t#!1/o onto&5'!ca, a *ontade n/o ode %#erer o ma& em s! (s!m&!c!ter), mas aenas ac!denta&mente (er acc!dens), como or e6em&o ocorre a #m s#!c!da %#e, ao matar;se, rea&!0a esse ato or%#e morrer, na%#e&e !nstante dramát!co, se &"e a!'#ro# como a&'o me&"or do %#e *!*er sorendo, or esta o# or a%#e&a ra0/o. O# se$a- a *ontade %#!s o %#e, no ato, &"e arece# #m 3em. Em sntese, o *erdade!ro está ara o 3om na mesma med!da em %#e o ato está ara a ot+nc!a, o!s o ser dos entes : aresentado ? *ontade somente a5s ser con"ec!do. >or !sso Santo Tomás s#stenta s#stenta %#e n/o : oss*e& %#erer o %#e n/o se con"ece, o!s a&'o s5 ode ser aetec!do na med!da em %#e o se# modo de ser (mod#s essend!) se$a descort!nado, em a&'#m 'ra#, e&a !nte&!'+nc!a. >or conse'#!nte, o entend!mento dá ? *ontade o se# o3$eto, conorme se &+ n#m est#endo art!'o da S#ma Teo&5'!ca Teo&5'!ca (I, %. , a., ad.). Como d!0 com 'rande acerto G. F. Fanser, O.>., no se# "o$e es'otado A Ess+nc!a do Tom!smo, a r!ma0!a do *erdade!ro e da !nte&!'+nc!a so3re o 3em e a *ontade a&!co#;a Santo Tomás Tomás a De#s, ao #n!*erso e ao "omem com #ma e6traord!nár!a ere!1/o. Em res#mo, o !m s#remo do #n!*erso : a *erdade (cme. S#ma Contra os Gent!os, I), catá*e& aenas e&o !nte&ecto, ra0/o e&a %#a& o entend!mento mo*e a *ontade "#mana at: o se# o3$eto e e6erce #ma rad!ca& r!ma0!a so3re e&a. A *ontade s5 %#er e aetece o !m en%#anto con"ec!do con"ec!do e&a !nte&!'+nc!a e aresentado or esta como aetec*e&. O entend!mento :, o!s, a r!me!ra ca#sa de toda aetec!3!&!dade da *ontade, e de&e deendem, em caráter a3soto, todas as *o&!12es. >or o#tro &ado, em certo asecto (sec#nd#m %#!d) ode;se d!0er %#e "á #ma r!ma0!a esec!ca da *ontade so3re o entend!mento. E&a ocorre %#ando a at!*!dade da *ontade s#era a da !nte&!'+nc!a. #ando, or e6em&o, a *ontade aetece 3ens e6ternos %#e t+m #m modo ser ma!s no3re em s! mesmos do %#e em nosso entend!mento 4 De#s, or e6em&o 4, a s#a at!*!dade s#era a da !nte&!'+nc!a. Ass!m, Ass!m, amar a De#s s#era t#do o %#e de&e ossamos con"ecer con"ecer e&a ra0/o nat#ra&. nat#ra&. H, o!s, #m ato da *ontade ma!s ma!s no3re e s#er!or s#er!or a %#a!s%#er atos %#e %#e o "omem ossa ossa rat!car neste m#ndo. Fas "á o#tra r!ma0!a, ? %#a& denom!namos @r!ma0!a de at!*!dade (%#oad e6erc!t#m, nas a&a*ras de Santo Tomás). Tomás). Em sntese, tendo a *ontade como o3$eto o 3em em 'era& (3on#m !n comm#n!), or conse'#!nte e&a %#er o 3em de cada #ma das ot+nc!as ot+nc!as do "omem, "omem, !ncs!*e o da !nte&!'+nc!a. !nte&!'+nc!a. Em a&a*ras a&a*ras c"/s, odemos odemos d!0er %#e, %#anto ?s at!*!dades, a *ontade : a ro#&sora das o#tras ot+nc!as, !ncs!*e da !nte&!'+nc!a. m e6em&oJ A a%#!s!1/o mesma do sa3er, %#e e6!'e tantos sacr!c!os, tantos anos de ded!ca1/o e tantas renBnc!as, %#e s5 mesmo
#ma !rme *ontade ode &e*ar #m "omem ao onto de se transormar n#m 'rande con"ecedor de determ!nada mat:r!a. <á a!nda o#tra r!ma0!a da *ontade 4 tam3:m #ma r!ma0!a de at!*!dade 4 %#e : com re&a1/o ? &!3erdade. Fas como "á tantos erros neste onto, como o do *ontar!smo scot!sta, or e6em&o, con*:m e6&!carK; No $#0o meramente esec#&at!*o, esec#&at!*o, o entend!mento $#&'a se a&'o : em s! *erdade!ro o# a&so. A%#! n/o desemen"a desemen"a a *ontade nen"#m ae&. G#!ada e&as e*!d+nc!as, a !nte&!'+nc!a c"e'a ? concs/o da 3ondade o# ma&dade do ente a %#e se reere (rea& o# de ra0/o) or s! mesma ; No $#0o esec#&at!*o;rát!co, esec#&at!*o;rát!co, o entend!mento $#&'a se a&'o : 3om o# ma# e, or conse'#!nte, erm!t!do o# ro!3!do or s! mesmo, mesmo, em todas as artes e ara todos todos (conorm!tas ad rem). rem). A%#! tam3:m tam3:m a *ontade n/o entra em camo ; >or !m, no $#0o meramente rát!co, o entend!mento entend!mento $#&'a o %#e : rec!so a0er n#m caso concreto, e, nestas c!rc#nstMnc!as, c!rc#nstMnc!as, este $#0o se aresenta ? *ontade. >ortanto, $#&'a o %#e : con*en!ente ara a *ontade "!c et n#nc, e o %#e : ara e&a 3om o# ro*e!toso (conorm!tas ad aet!t#m). Fas como, em cada "omem, nada "á de ma!s *ar!á*e& do %#e as s!t#a12es concretas, : e*!dente %#e este $#0o n/o : ror!amente c!ent!co, c!ent!co, mas rát!co 4 e se reere ? r!ma0!a da &!3erdade &!3erdade da *ontade. *ontade. O# se$a- a *ontade, *ontade, a%#!, : a3sotamente a3sotamente &!*re ara %#erer %#erer o# n/o %#erer. %#erer. Estes tr+s casos oram ret!rados do menc!onado &!*ro de Fanser, e !stram m#!to 3em a teor!a de Santo Tomás. Tomás. Em s#ma, a nossa *ontade : a3sotamente a3sotamente &!*re aenas com re&a1/o a 3ens art!c#&ares aos %#a!s n/o se determ!na necessar!amente, necessar!amente, de sorte %#e ossa o# n/o esco&"+;&os. Fas, a!nda neste caso, e&a está cond!c!onada cond!c!onada e&o entend!mento na med!da em %#e mesmo estes 3ens art!c#&ares, aos %#a!s a *ontade ode ser !nd!erente, s5 s/o aetec!dos na med!da em %#e se$am orma&mente 3ens ara a !nte&!'+nc!a. Em o#tro te6to, a&aremos como, n#ma teor!a como esta, se e6&!ca ter o r!me!ro an$o %#er!do o ma& e cado em t/o monstr#oso ecado de a*ers/o a De#s, se ne&e a areens/o !nte&ect!*a do 3em era t/o ere!ta... E como em Ad/o, em %#em (no estado de $#st!1a or!'!na&) os aet!tes esta*am todos ordenados, de "a*er ecado. >ara os desa*!sados, estes atos oder!am &e*ar;nos ? concs/o de %#e o ma& ode ser %#er!do em s! (s!m&!c!ter). Fas este : #m 'rande erro. Veremos os or%#+s no#tra ocas!/o.
As re&a12es entre a !nte&!'+nc!a e a *ontade (II) Sidney Silveira
A *ontade *ontade : &!*re ara %#erer o# n/o %#erer, e essa &!3erdade : e6erc!da a art!r de #m $#0o rát!co e&o %#a& o "omem se torna caa0 de esco&"er determ!nadas co!sas em detr!mento das o#tras. A e&e!1/o de #m 3em e&a *ontade !m&!ca a !nd!eren1a em re&a1/o a o#tros 3ens %#e a e&a se aresenta*am. Em res#mo, na conce1/o de Santo Tomás Tomás os 3ens art!c#&ares (3ona art!c#&ar!a) n/o determ!nam a *ontade necessar!amente, necessar!amente, e essa rad!ca& !ndeterm!na1/o man!esta a !nd!erent!a o3$ect!*a da *ontade, en%#anto o ato de esco&"a, em s!, man!esta a s#a !nd!erent!a s#3$ect!*a. Fas r!se;se 3em- essa &!3erdade de !nd!eren1a se dá t/o;somente em re&a1/o aos 3ens art!c#&ares, mas n/o n/o em re&a1/o ao ao 3em s#mo, %#e %#e : De#s 4 or or !sso os 3em;a*ent#rados 3em;a*ent#rados no C:# n/o odem n/o n/o %#er+;Lo, n/o odem n/o amá;Lo, o!s aderem a a&'o !rres!st!*e&mente oderoso e aetec*e&. A &!3erdade &!3erdade de e&e!1/o 4 con"ec!da or n5s como &!*re;ar3tr!o 4 : a ac#&dade con$#nta da !nte&!'+nc!a e da *ontade 4 como d!0 o A%#!nate n#ma amosa assa'em (&!3ero ar3!tr!#m d!c!t#r esse ac#&tas *ontat!s et rat!on!s)P. Essa s!m&es rase, a&:m de mostrar o %#/o e%#!d!stante está Santo Tomás Tomás tanto do !nte&ect#a&!smo como do *ontar!smo, re*e&a #ma *erdade #ndamenta& da antroo&o'!a tom!sta, a sa3er- n/o "á nen"#m ato ror!amente "#mano "#mano %#e n/o roceda roceda da !nte&!'+nc!a !nte&!'+nc!a e da *ontade, *ontade, do entend!mento entend!mento e da *o&!1/o. *o&!1/o. Os atos !n*ontár!os, em3ora ossam ser rat!cados or #m "omem, n/o s/o r5r!os do "omem, o!s o#tros an!ma!s tam3:m os rea&!0am. >ortanto, at#a&!0ada or nossas d#as ot+nc!as má6!mas, a &!3erdade : a&'o %#e d!st!n'#e rad!ca&mente o "omem. Somos nat#ra&mente &!*res, e o somos 'ra1as ao !no 3ena0e$o da !nte&!'+nc!a e da *ontade 4 #m !no "armon!oso desses do!s co;r!nc!os s#er!ores, com re*a&+nc!a re*a&+nc!a rad!ca& (s!m&!c!ter) da !nte&!'+nc!a, %#e, como d!ssemos no art!'o anter!or, ornece ? *ontade o se# o3$eto r5r!o.
Fas será essa &!3erdade "#mana a3sotaJ ma s!m&es aro6!ma1/o ao ro3&ema ode cond#0!r;nos a e*!d+nc!as %#e ser/o m#!to Bte!s na erse'#!1/o erse'#!1/o da resosta. r esosta. >ara o *ontar!smo med!e*a&, encarnado com art!c#&ar +nase em D#ns Scot, a *ontade : a#todeterm!nante (a#todeterm!nans) (a#todeterm!nans) e, em s#a nt!ma ess+nc!a, &!*re (otent!a &!3era er essent!am)PP. Ora, como d!0 o $á menc!onado G. Fanser, a %#em se'#!mos de erto nesta s:r!e de te6tos, D#ns Scot atr!3#! essa a#tonom!a a3sota da *ontade n/o aenas a De#s, mas tam3:m ao "omem, e !sto n#m d#&o sent!doa) A *ontade *ontade "#mana : &!*re com re&a1/o a %#a&%#er o3$eto. Nen"#m 3em, nem o 3on#m !n comm#n! a%#! na terra, nem De#s como o3$eto da 3em;a*ent#ran1a eterna, no a&:m, : caa0 de mo*er a *ontade necessar!amente. necessar!amente. Todo Todo ato da *ontade, ass!m na terra como no C:#, : a3sotamente &!*re (*ontas ( *ontas resect# c#!#s&!3et act#s est &!3era et a n#&&o o3$ecto necess!tat#rPPP). m dos 'ra*ss!mos ro3&emas teo&5'!cos e "eres!as a %#e cond#0 essa rem!ssa, se a &e*armos ?s B&t!mas conse%Q+nc!as, : %#e a a&ma de Cr!sto ode ecar, ass!m como a dos 3em;a*ent#radosPPPP. 3em;a*ent#radosPPPP. E&a tam3:m nos &e*a a conc!r %#e o demn!o ser!a &!*re ara %#erer o 3em em com#m e, or conse'#!nte, dese$ar o 3em das a&mas "#manas. A esta %#est/o *o&taremos no#tra oort#n!dade. 3) Com re&a1/o ao ao entend!mento, Scot Scot tam3:m mante*e mante*e o r!nc!a& da rem!ssa rem!ssa *ontar!sta. Em Em s#a o!n!/o, decerto a !nte&!'+nc!a aresenta ? *ontade d!*ersos 3ens, e, neste sent!do estr!to, o rade ranc!scano cons!dera;a #ma cond!t!o da a1/o &!*re 4 em3ora aenas como ca#sa er acc!dens, n/o necessár!a. Em s#ma, como o con"ec!mento aresenta d!*ersos 3ens como !nd!erentes, e&e n/o e6erce nen"#m !no ca#sa& necessár!o so3re a *ontade. Esta B&t!ma ser!a, na *!s/o scot!sta, a Bn!ca ca#sa r56!ma do ato &!*re. A%#!, #m dos ro3&emas da o!n!/o de Scot : cons!derar todos os 3ens como !nd!erentes, !ndeendentemente !ndeendentemente de s#a e6ce&+nc!a onto&5'!ca e, entre as *ár!as conse%Q+nc!as conse%Q+nc!as dessa tese, está a de o m#ndo e todas as co!sas %#e "á ne&e erderem #ndamenta&mente a s#a rat!o, o!s t#do assa a deender !n r!m!s da *ontade. Ass!m, as nossas esco&"as assar/o a ser a res#&tante de #m !m#&so ce'o da *ontade, e, no tocante a De#s, todas as co!sas cr!adas s5 ser/o con"ec!das e&o esr!to d!*!no or%#e deendem deendem da S#a so3erana so3erana *ontade. *ontade. A &e!, neste cenár!o, cenár!o, $ama!s oderá ser a ordena1/o ordena1/o da reta ra0/o ao ao 3em com#m, mas a&'o c#$o #ndamento B&t!mo está na *ontade d!*!na. N/o ?;toa, ara D#ns Scot todos os sete B&t!mos mandamentos do Decá&o'o s/o, em s! mesmos, d!sensá*e!s, o!s s5 s/o 3ons na med!da em %#e De#s, ar3!trar!amente, ass!m o %#!s.
P Santo Tomás. S#ma Teo&5'!ca, I, %. , a. ; PP D#ns Scot. O#s O6on., I, d. K, %.. PPP D#ns Scot. O#s O6on., IV, d. U, %.K. PPPP >or ser a 3em;a*ent#ran1a 3em;a*ent#ran1a a osse do 3em ere!to e s#!c!ente, : necessár!o %#e a%#!ete o dese$o do "omem e e6ca todo o ma& (...). A 3em;a*ent#ran1a 3em;a*ent#ran1a ere!ta do "omem cons!ste na *!s/o da ess+nc!a d!*!na. Fas : !moss*e& %#e %#em *+ a ess+nc!a d!*!na %#e!ra n/o *+;&a. >or%#e a&'#:m dese$a r!*ar;se de #m 3em %#e $á tem o# %#ando : !ns#!c!ente, e 3#sca r o#tro ma!s ere!to em se# 'ar, o# %#ando Wesse 3emX está assoc!ado a a&'#m !ncmodo %#e ro*oca ast!o. >o!s 3em- a *!s/o da ess+nc!a d!*!na reenc"e a a&ma de todos os 3ens, o!s a #ne ? onte de toda 3ondade. Santo Tomás. S#ma Teo&5'!ca, IYIIY, %. Z, art. . Res.
As re&a12es entre a !nte&!'+nc!a e a *ontade (III) Sidney Silveira Santo Tomás, o Do#tor An':&!co
A s#er!or!dade necessária d necessária daa !nte&!'+nc!a em re&a1/o ? *ontade : %#anto ao ser a s#er!or!dade acidental (e (e e!s5d!ca) da *ontade em re&a1/o ? !nte&!'+nc!a : %#anto ao oerar. =#ndamenta&mente,ninguém é capaz de querer o que, em absoluto, não entende , o!s no ato de esco&"a está semre !m&!cado a&'#m 'ra# de !nte&ec1/o do 3em %#er!do e&a *ontade. Sendo ass!m, %#anto me&"or ormada se$a #ma !nte&!'+nc!a, ma!s 3em aare&"ada estará a *ontade ara a0er 3oas esco&"as. E %#anto !or ormada se$a #ma !nte&!'+nc!a, ma!s ma& aare&"ada estará a *ontade e, or conse'#!nte, ma!s roensa a esco&"er e a'!r ma&. De o#tra
arte, a5s a *ontade *ontade e6ercer e6ercer o se# ato de esco&"a esco&"a a&!mentada a&!mentada e&a !nte&!'+nc!a, 2e 2e e&a em marc"a marc"a todas as o#tras o#tras ot+nc!as, !ncs!*e !ncs!*e a mesma !nte&!'+nc!a, !nte&!'+nc!a, como *eremos *eremos no#tra oort#n!dade. oort#n!dade.
Em s#ma, assim como há uma precedência do problema metafsico em rela!ão ao gnosiol"gico 4 como ass!na&amos no r!me!ro dos te6tos de #ma s:r!e so3re as !ncon'r#+nc!a !ncon'r#+nc!ass do cr!t!c!smo [ant!ano 4, também há uma precedência do problema gnosiol"gico em rela!ão ao moral . >or !sso e n/o or o#tra co!sa, a !m#ta3!&!dade de #ma ena : ma!or o# menor de acordo com o 'ra# de consc!+nc!a do comet!mento do de&!to. No#tra orm#&a1/o, orm#&a1/o, oderamos d!0er %#e a má;a1/o será será tanto !or %#anto ma!s se$a &e*ada &e*ada a ca3o com ere!ta ere!ta an#+nc!a, o# se$a- : %#ando o de&!n%Qente %#er (e rat!ca) os se#s cr!mes sabendo ere!tamente sabendo ere!tamente o %#e s/o. A interpenetra!ão e causalidade m#tua da inteligência e da vontade no ato li vre vre do homem : do#tr!na da me&"or cea tom!sta. Com e&a o A%#!nate A%#!nate n/o aenas s as co!sas em se#s de*!dos 'ares, corr!'!ndo com rec!s/o e%#*ocos e%#*ocos !&os5!cos anter!ores, anter!ores, mas so3ret#do so3ret#do e*!to# #ma s:r!e s:r!e de erros 'ra*ss!mos 'ra*ss!mos na aná&!se do ato mora& 4 ro*en!entes de ost#ras *ontar!stas e\o# nom!na&!stas. Nesta mat:r!a, art!c#&armente, o e%#!&3r!o a %#e c"e'o# Santo Tomás : Tomás : de #ma 3e&e0a e6traord!nár!a, e o! enorme des'ra1a ara a !&oso!a ter "!stor!camente erd!do este teso#ro. teso#ro. >o!s 3em, d!sse;se ac!ma %#e a reced+nc!a reced+nc!a da !nte&!'+nc!a com re&a1/o ? *ontade : da ordem do ser a da *ontade com re&a1/o ? !nte&!'+nc!a, da ordem do operar . Ve$amos a'ora ma!s de erto a&'#mas conse%Q+nc!as d!sto] $e fato, os atos da vontade (como mo*!mento de #m aet!te a #m !m %#er!do) se estendem a todo o domnio primis, de acordo com a%#!&o da prá%is. Isto %#er d!0er %#e o "omem : caa0 de esco&"er os modos de s#a a1/o, in primis, %#e %#er ] &o entanto, a vontade não irrompe em seu ato pr"prio de escolha sem uma interven!ão da inteligência que lhe dê sentido e orienta!ão' Isto %#er d!0er %#e a rá6!s tem a s#a cona #ndamenta& na !nte&!'+nc!a. Em res#mon/o e6!ste *erdade!ra práxis *erdade!ra práxis sem noésis, noésis, ra0/o e&a %#a& a a1/o do "omem :, essenc!a&mente, essenc!a&mente, esec#&at!*o;rát!ca, e n/o meramente rát!ca. Ne'ar esta rea&!dade rea&!dade : conce3er conce3er o "omem como como #m ser es%#!0or+n!co es%#!0or+n!co %#e dese$a o %#e n/o entende. entende. E n/o entende entende $#stamente or%#e, or%#e, neste caso, "a*er!a #ma inadequa!ão fundamental entre a inteligência e a coisa (como no caso d#m ac!ente de S!m/o 9acamarte, em amosa no*e&a de Fac"ado de Ass!s Ass!s c!tada neste trec"o de a#&a). a#&a ). O# ent/o conce3+;&o como #m mero e!6e de !nst!ntos ce'os %#e se at#a&!0am or #&s2es nasc!das de #ma !nstMnc!a !nconsc!ente, !nconsc!ente, conorme %#er a s!caná&!se. Fas tanto n#m como no#tro caso "á #m red#c!on!smo !nace!tá*e&, o!s a e6er!+nc!a mostra com a3#ndMnc!a de dados %#e estas rea&!dades !nd!cam ato&o'!as d!st!ntas 4 e n/o se ode tomar a ess+nc!a de a&'o $#stamente or s#as de!c!+nc!as ac!denta!s. As !&oso!as moderna e contemorMnea 4 %#e or n/o terem 3ase metas!ca "á s:c#&os or3!tam no "or!0onte do imanentismo gnosiol"gico , em s#as d!erentes *ar!á*e!s 4 !ne&!0mente erderam estas d!st!n12es. E&as conse'#!ram eretrar teor!as es%#!05!des e so&!s!stas %#e nem mesmo os ma!ores de*ane!os da esco&ást!ca tard!a e do renasc!mento, a&!mentados e&os ma&ec!os de Scot Scot e e Oc["am, conse'#!r!am !ma'!nar. Se, ara a contemorane!dade, contemorane!dade, ser, con"ecer e %#erer se tornaram rea&!dades !ncom#n!cá*e!s, !sto se de*e ao ato de ter e&a *o&tado ?s costas ? metafsica dos graus intensivos de participa!ão no Ser, de Santo omás de *quino . Tr!ste "!st5r!a de #ma %#eda. Se em Tomás de A%#!no "á #ma ere!ta "armon!a entre ser, entender e %#erer, : or%#e a s#a !&oso!a n/o ec"o# as ortas ? transcend+nc!a. E n/o ec"o# or%#e a s#a metas!ca, ao contrár!o do %#e res#m!# r5r!o Ser S#3s!stente S#3s!stente %#e, na *erdade, transcende aos transcende aos entes. Neste conte6to, *a&e r!sar r !sar o se'#!nte- : aenas !nser!da no Ser %#e a !nte&!'+nc!a mostra toda a s#a "e'emon!a so3re a *ontade or o#tro &ado, deso$ada do Ser o#
a&"e!a a e&e, a !nte&!'+nc!a desart!c#&a;se e dá esa1o ara %#e a *ontade &a3ore a3s#rdamente a3s#rdamente n#ma es:c!e de 3#raco ne'ro. O resgate da metafsica do Ser de Santo omás é, portanto, um imperativo para os incrveis tempos atuais em que a civiliza!ão simplesmente se esboroa . Temos em %#e os ma!ores a3s#rdos s/o rat!cados e&os !nd!*d#os e e&os Estados tendo como 3ase 3ase as teses ma!s ma!s a3str#sas. Ora, 3em ma!s do %#e #m 3ede !mme, o "omem : #m an!ma& rac!ona& 4 na med!da em %#e, ne&e, at: mesmo a *ontade : aet!te intelectivo do intelectivo do 3em. Rest!t#amos, o!s, a !nte&!'+nc!a a se# de*!do 'ar no comosto "#mano, "#mano, e restaremos #m 'rande 'rande ser*!1o ao ao m#ndo. Inte&!'+nc!a Inte&!'+nc!a %#e, como destaca*a destaca*a #m amoso amoso tt#&o de Farce& Farce& de Corte $á na d:cada de ^, está em er!'o de morte . Lem3remos %#e, se'#ndo Santo Tomás, a *erdade : a ade%#a1/o entre a !nte&!'+nc!a e a co!sa . Da rea&!dade
contrár!a, a inadequatio, inadequatio, a&aremos am!Bde no#tro te6to. : o &!*ro do !&5soo 3e&'a a %#e ad!mos. La intelligence em Péril de mort :
As re&a12es entre a !nte&!'+nc!a e a *ontade (IV)
Sidney Silveira
H *erdade este&ar da antroo&o'!a !&os5!ca de Santo Tomás Tomás %#e as d#as ot+nc!as s#er!ores da a&ma (a !nte&!'+nc!a e a *ontade) !ntera'em cont!n#amente nesta re&a1/o do "omem com as co!sas %#e o c!rc#ndam. A !nte&!'+nc!a 4 %#e :, rad!ca&mente, ot+nc!a rad!ca&mente, ot+nc!a ara todos todos os !nte&!'*e!s 4 s#3m!n!stra ? *ontade *ontade a ratio boni, boni, o# se$a, a @ra0/o de 3emP %#e será o !ns#mo ara a *ontade &a3orar. &a3orar. L!tera&mente a&ando, quer+se algo porque é !m dese$ado, bom, o#, no#tras a&a*ras- está !m&!cado em todo %#erer, em toda e %#a&%#er 3#sca !ntenc!ona& do !m #m $#0o da ra0/o rát!ca. >or !sso, ode;se a!rmar %#e a *ontade : mo*!da e&a orma !nte&ect!*a de #m 3em. Fas o %#e :, ror!amente, a *ontadeJ #e e&a ara o A%#!nate se$a o apetite intelectivo do bem, bem, $á sa3emos. Fas o %#e %#ererá d!0er o 'rande Do#tor da I're$a com !stoJ >o!s 3em, por apetite entenda+se a inclina!ão natural Tomás !dent!!ca tr+s t!os de aet!teda potência ao ato 4 o# a #m con$#nto de atos. E Santo Tomás natural , %#e : a tend+nc!a rad!cada na orma do ente ara at#a&!0ar certas ot+nc!as (or e6., : nat#ra& o aet!te
da edra ara a !n:rc!a, o# se$a, n/o estando e&a s#3met!da a or1as e65'enas, !car arada) e irascível . Em a&a*ras s!m&es, o concupiscvel é o sensitivo, %#e, no "omem, : d!*!d!do em concupiscível e deleite ou o desconforto decorrentes da capta!ão, pela sensibilidade ( sensualitas), de um dado sensvel . Ass!m, #m c"e!ro a'radá*e& acarreta certo ra0er !med!ato, e o ma# c"e!ro, a*ers/o. - apetite irascvel, por sua vez, é a busca de um bem árduo que se dese.a, ou a fuga de um mal árduo que se queira evitar . Ass!m, a eseran1a : #m mo*!mento do aet!te !rasc*e&, or%#e oss#!, entre o#tras, as se'#!ntes caracterst!cas- /+ tem;se eseran1a semre de a&'o d!c!&, e n/o do %#e está ? m/o e ode ser rea&!0ado de !med!ato, : c&aro. Ass!m, e# n/o esero cam!n"ar, 3oce$ar, 3oce$ar, etc., mas s!m&esmente cam!n"o e 3oce$o 0+esse a&'o árd#o %#e se esera : #m 3em, o!s n!n'#:m esera esera o ma& 1+ e : #t#ro, o!s o resente n/o se esera etc. r es#mo- a inteligência e intelectivo, %#e : o mo*!mento da *ontade na d!re1/o da orma de #m 3em. Em res#mofornece 2 vontade a ratio boni universal universal. Sem esse con"ec!mento r!me*o, n/o se ode %#erer nada, or%#e- /+ s5 se dese$a o %#e se con"ece de a&'#ma orma, orma, o!s o a3sotamente descon"ec!do ser!a, or conse'#!nte, conse'#!nte, !moss*e& de ser aetec!do 0+ esse a&'o %#e se con"ece : dese$ado $#stamente or cons!derar;se (acertada o# erroneamente) #m 3em. Vo&taremos a !sto deo!s. De acordo com o A%#!nate, "á do!s atos r5r!os na *ontade-
elicitus (e6trado de s#a ot+nc!a), %#e : o %#erer a) o elicitus (e6trado b) e o imperatus (a imperatus (a mo1/o de o#tras ot+nc!as da a&ma ara e6ec#tar o %#e a *ontade %#er. Ass!m, Ass!m, se %#ero a0er esortes a'ora, as ot+nc!as motr!0es do me# coro s/o c"amadas a at#a&!0ar os se#s atos r5r!os, ara c#mr!r o !m:r!o da *ontade). Va&e d!0er %#e o próprio o próprio (#m (#m dos c!nco red!cá*e!s, &em3remos) ma!s r56!mo da ess+nc!a da *ontade : o %#erer. O# se$a- a *ontade oera, r!mord!a&mente, e&o %#erer 4 %#e se mater!a&!0a na esco&"a deste o# da%#e&e 3em. Trata;se da inst3ncia ine%pugnável da liberdade humana , %#e n/o ode ser coa'!da nem mesmo or De#s, or%#e De#s ode mo*er necessar!amente a *ontade "#mana a %#erer o %#e E&e %#er %#e e&a %#e!ra , aresentando; aresentando; &"e #m 3em de ta& ordem %#e : !moss*e& n/o dese$á;&o com todas as or1as da a&ma, mas n/o ode coa'!;&a a %#erer o %#e n/o %#er. Essa remo1/o d!*!na da *ontade "#mana !m&!ca necessidade, necessidade, s!m, mas n/o coação. coação. Isto or%#e o *ontár!o *ontár!o :, or de!n!1/o, de!n!1/o, o n/o coa'!do. coa'!do. Desses do!s atos 4 o elicitus e elicitus e o imperatus 4 imperatus 4 s5 o se'#ndo ode ser coa'!do. >or e6em&o- osso ser !med!do !s!camente de rat!car o me# esorte red!&eto, mas n/o osso ser coa'!do a n/o %#erer rat!cá;&o. >ortanto, o ato primeiro da vontade, o elicitus, .amais pode ser coagido, pois o querer é imaterial e, portanto, não pode ser obrigado por nenhuma for!a fsica ou espiritual .
A *ontade ode ser, com certe0a, !nd#0!da ao erro, sed#0!da e&o demn!o, etc., mas $ama!s coa'!da. >.S. Veremos em o#tro te6to de %#e orma a *ontade mo*e todas as o#tras ot+nc!as da a&ma (!ncs!*e a !nte&!'+nc!a), e como e&a : de*edora desta ara a e6ec#1/o dos se#s atos. P Va&e remeter;nos ao 3em como #m dos transcenden transcendenta!s ta!s do ser .
As re&a12es entre a !nte&!'+nc!a e a *ontade (V)
Sidney Silveira
>e&o %#e o! d!to at: a%#! nos te6tos desta s:r!e, s:r!e , dereende;se %#e a !nte&!'+nc!a mo*e a *ontade r!mord!a&mente, ornecendo a e&a o se# !ns#mo #ndamenta&, a ratio de ratio de 3em. Em s#ma, o que o querer apetece em cada um dos seus atos é a forma intelectiva de um bem . Adema!s, Adema!s, a s#er!or!dade a3sota da !nte&!'+nc!a ro*:m, entre *ár!os o#tros atores, da reced+nc!a onto&5'!ca do se# o3$eto orma& r5r!o (a ratio entis) entis) em re&a1/o ao da *ontade boni). (a ratio boni). Cam!n"emos com #m e6em&o- est#d!osos reBnem;se toda semana ara arender !&oso!a tom!sta, e, sem dB*!da, cada #ma das essoas do 'r#o *a! ?s a#&as porque quer quer , e, neste caso, o !m:r!o da *ontade e0 *a&er a s#a or1a, mo*endo as o#tras ot+nc!as da a&ma ? consec#1/o consec#1/o do !m (!r eet!*amente ?s a#&as) mas s5 o e0 or%#e a comuni). !nte&!'+nc!a $á "a*!a !normado %#e arender !&oso!a tom!sta : 3om em sent!do 'era& ( in comuni). Ve$amos o %#e d!0 o A%#!nate, em do!s te6tos de #ma mesma %#est/o da Suma Suma-@>ode;se cons!derar a !nte&!'+nc!a so3 do!s asectos- %#ando con"ece o ente e a *erdade #n!*ersa& o# en%#anto ot+nc!a art!c#&ar art!c#&ar a&!cada a determ!nado determ!nado ato. Ora, tam3:m tam3:m a *ontade adm!te adm!te essa d#&a cons!dera1/ocons!dera1/o- em ra0/o da #n!*ersa&!dade do se# o3$eto, or aetecer o 3em em sent!do 'era& ( bono in comuni) comuni ) o# en%#anto ot+nc!a da a&ma com determ!nada at!*!dade. Se, pois, comparamos a inteligência 2 vontade em razão da universalidade de seus respectivos ob.etos, a inteligência é, em sentido absoluto, mais e%celente e nobre que a vontade (intellectus est simpliciter altior et nobilior voluntate). voluntate). Isto or%#e, so3 a ra0/o de ente e de *erdade, o %#e a !nte&!'+nc!a areende
cont:m a r5r!a *ontade, com o se# ato e o se# o3$eto r5r!os. 4or isso a inteligência conhece a vontade, seu (Suma Teológica, Teológica, ato e seu ob.eto da mesma forma como conhece os demais ob.etos inteligveis particulares . (Suma I, %. , a., ad.K.) E or o#tra@<á d#as mane!ras de ca#sar o mo*!mento. ma : ao modo de fim, fim , e ass!m d!0emos %#e o !m mo*e o a'ente. Deste modo o entendimento move a vontade, pois o bem conhecido é o ob.eto desta . E mo*e;a ? mane!ra de !m. O#tro modo : como causa eficiente (...). eficiente (...). Desta mane!ra a *ontade mo*e o entend!mento e todas as dema!s ot+nc!as da a&ma (...). A ra0/o d!sto : or%#e em toda série ordenada de potências ativas , a %#e se d!r!'e ao ma!s #n!*ersa& mo*e as dema!s %#e se reerem a !ns art!c#&ares, o %#e se o3ser*a tanto na ordem nat#ra&, como na ordem o&t!ca . (...) >o!s m#!to m#!to 3em, o o3$eto da *ontade *ontade : o 3em 3em e o !m em sent!do am&o (in ( in comuni), comuni), ao asso %#e cada #ma das ot+nc!as se ordena ao !m art!c#&ar %#e &"e : r5r!o e con*en!ente, como or e6em&o a *!sta Wse ordenaX ? erce1/o das cores We das ormas, etc.X e a !nte&!'+nc!a, ao con"ec!mento da *erdade. >ortanto, a *ontade mo*e, ao modo de ca#sa e!c!ente, todas as ot+nc!as da a&ma a e6ec#tar os se#s resect!*os atos, e6cet#an e6cet#ando;se do;se as ot+nc!as *e'etat!*as, *e'etat!*as, %#e n/o n/o est/o s#3met!das s#3met!das ao nosso ar3tr!o. ( Suma Teológica, Teológica, I, %. , a., res.) Nestas assa'ens assa'ens o3ser*a;se o3ser*a;se o a3soto e%#!&3r!o e%#!&3r!o de Santo Tomá Tomás, s, %#e e*!ta os esco&"os esco&"os do *ontar!smo *ontar!smo 4 %#e redom!nará na !&oso!a !&oso!a oc!denta&, a5s os des*!os de de D#ns Scot 4 Scot 4 e do !nte&ect#a&!smo, de %#e a&'#ns ma#s entendendores entendendores o ac#saram. Em res#mo- a !nte&!'+nc!a : s#er!or ? *ontade em sent!do a3soto ( simpliticer ( simpliticer ), ), en%#anto a *ontade ode s+;&o em sent!do re&at!*o ( secundum quid ) ) mas, mesmo neste B&t!mo caso, a *ontade deende da !nte&!'+nc!a ara %#e o se# ato orma& r5r!o (o %#erer) se rea&!0e, o!s %#a&%#er o3$eto, ara ser aetec!do, rec!sa antes ser con"ec!do. As re&a12es entre a !nte&!'+nc!a e a *ontade (VI)- o ecado (K) Sidney Silveira
O tom!sta R. 9ernard, O.>., O.>., em art!'o !nt!t#&ado Le !nt!t#&ado Le Pecé, Pecé, #3&!cado em KUZK, d!0!a %#e o pecado realiza+se tr ata, no caso, de #ma s!m&es a#s+nc!a numa atmosfera em que o esprito deblatera+se contra si mesmo . N/o se trata, de ensamentos, o# da an'#st!osa coe6!st+nc!a de !d:!as contrad!t5r!as na a&ma, mas da a&ta dos *erdade!ros e so3eranos ensamentos ensamentos %#e norte!am a *!da "#mana e !mr!mem o se# caráter r5r!o. Em sntese, so&!c!tado e&os aet!tes sens*e!s, %#e s/o !nstr#menta!s em re&a1/o ? *ontade, o "omem esco&"e ma&, %#er d!0er- esco&"e contrar!amente ? re'ra da reta ra0/o e ? &e! d!*!na 4 da %#a& a &e! nat#ra& : speculum. speculum. H *erdade %#e nem semre a má;esco&"a decorrente de #ma *ontade corrom!da ro*:m dos aet!tes sens*e!s nos ecados ma!s 'ra*es, a *ontade encontra;se em ta& estado de "ed!onde0 %#e esco&"e ma& or s!m&es *c!o es!r!t#a&. A !n*e$a e a so3er3a s/o e6em&os t!cos desses ecados ecados %#e se d/o na arte s#er!or da a&ma e n/o t+m %#ase nen"#m conc#rso com o coro. A ro5s!to, num esprito mais ou menos são, a inve.a .amais poderá ser o impulso primeiro do apetite intelectivo , como %#er;nos a0er crer 3!0arramente Ren: G!rard, com a @teor!a do dese$o m!m:t!co, m!m:t!co , #ma !d:!a dos !nernos. A s!co&o'!a s!co&o'!a do ecado reere;se, o!s, ? d!nMm!ca re&a1/o entre os aet!tes nat#ra!s, sens!t!*os e !nte&ect!*os %#e "á em n5s. n5s. =a1o a de*!da *+n!a ao ato de %#e me re!ro a%#! ao "omem %#e $á tra0 em s! a mác#&a do ecado or!'!na&, o!s em *dão (como *ár!os tom!stas !mortantes semre ens!naram, se'#!ndo o Do#tor Com#m) o pecado aconteceu na esfera do esprito , dado %#e no c"amado estado de inoc!ncia original todos todos os aet!tes sens!t!*os do "omem esta*am ere!tamente s#3ord!nados ?s ot+nc!as s#er!ores s#er!ores da a&ma. Em s#ma, n/o o! a aetec!3!&!dade da ma1/ o %#e sed#0!# Ad/o, mas o %#erer ser como De#s. >ortanto, trato#;se #ndamenta&mente de #m ecado de so3er3a, e n/o de sens#a&!dade. Nascemos, o!s, o!s, em ecado, ecado, com a &!3erdade d!m!n#da e tam3:m tam3:m com 'rande d!!c#&dade d!!c#&dade ara rat!car rat!car o 3em e con"ecer a *erdade. Decerto a *ontade cont!n#a tendendo ao 3em do esr!to, mas os aet!tes sens!t!*os s/o atrados
de orma desordenadaP aos se#s !ns !med!atos. H c&aro %#e esto# dando esta rem!ssa or ress#osta, o!s do contrár!o teramos de m#dar o oco do ass#nto mas, como d!0!a C"esterton com o se# "#mor t!co, a Bn!ca co!sa c!ent!!camente comro*ada comro*ada de orma !ne%#*oca : o ecado or!'!na&, o# se$a, essa tend+nc!a #n!*ersa& dos "omens ?s ma!s !n!ma'!ná*e!s 3ar3ar!dades. >o!s 3em- se o telos da telos da !nte&!'+nc!a : mesmo a *erdade, e o da *ontade : o 3em, o pecado pressup5e uma deficiência nas rela!5es entre a inteligência e vontade . Fas %#e de!c!+nc!a ser!a estaJ Ser!a anter!or ao ato ecam!noso o# o# concom!tante com com e&eJ Ser!a *ontár!a *ontár!a o# !n*ontár!aJ !n*ontár!aJ Ta& Ta& de!c!+nc!a ser!a $á ecadoJ Todas Todas estas estas %#est2es oram a3ordadas or Santo Tomás Tomás em d!erentes o3ras, e e&e aca3o# encontrando #ma de!c!+nc!a anter!or ao ecado at#a& no "omem decado 4 o#, no#tros termos, potencial em em re&a1/o ao ecado, em3ora a!nda n/o se$a, em s!, ecam!nosa. O rac!ocn!o arte da se'#!nte !d:!a- numa série de princpios subordinados entre si, a perfei!ão do princpio inferior depende da perfei!ão do princpio ativo superior (o!s agens enim secundum agit per virtutem primi agentis). agentis). Ora, sendo o a'ente s#er!or ere!to 4 e tome;se or perfeito o perfeito o conce!to de a&'o %#e, ara ser o %#e :, n/o &"e a&ta nada 4, o !ner!or tam3:m o será. Ass!m, se a *ontade a'e so3 a mo1/o da !nte&!'+nc!a %#ando esta &"e ro2e o 3em r5r!o, r5r!o, a a1/o será será reta. Ocorre %#e a !nte&!'+nc!a ode errar na cons!dera1/o cons!dera1/o do 3em areend!do, areend!do, e a !sto os me&"ores te5&o'os tom!stas c"amaram falso c"amaram falso bembem- o s#erest!mar #m 3em em detr!mento de o#tro ma!s e6ce&ente, em dado conte6to. Neste caso, o ecado ad*!r!a or%#e a *ontade se'#!# a ra0/o, como : nat#ra& s#ceder, mas se'#!#;a na%#!&o em %#e e&a s!m&esmente erra*a. A%#! A%#! a desordem do ecado : ex ignorantia, ignorantia, e n/o cum ignorantiaignorantia- a r!me!ra de&as : a !'norMnc!a %#e n/o : ecado, mas !nd#0 a e&e, e a se'#nda : a !'norMnc!a em s! mesmo ecam!nosa, re&at!*a ?s co!sas %#e o "omem ode e de*e sa3er. Como se *+, a deficiência na inteligência (anterior 2 vontade que adere ao mal) é a ignorância involuntária, como nos &e*a a conc!r o A%#!nate A%#!nate em se# "omentário # $tica de $tica de Ar!st5te&es, L!*ro III. A%#!, a !'norMnc!a : ca#sa ac!denta& do ecado. >or e6em&o- o s#$e!to *+ #m &%#!do co&or!do e !ma'!na %#e : #m &!cor, mas se trata de #m *eneno. Toma;o Toma;o !'norando a *erdade, e se dá ma&. E&e 3e3e o &%#!do s!m&esmente or%#e não sabe tratar;se de #m *eneno. Se so#3esse, a 3e&e0a da cor n/o e6c!tar!a o aet!te de 3e3er, como d!0 o dono deste e6em&o (o tom!sta ort#'#+s Ce&est!no Ce&est!no >!res, S._.), no est#endo %ntelig!ncia est#endo %ntelig!ncia e Pecado em S& Tomás Tomás de de 'quino. 'quino. Neste caso, a ca#sa ac!denta& !nd!reta o! a aus!ncia da regra da ra(ão, ra(ão, co!sa %#e a ro5s!to n/o acontec!a com Ad/o, c#$a !nte&!'+nc!a c"e'a*a m#!to ma!s ere!tamente ? osse dos !nte&!'*e!s %#e a nossa a&:m do ma!s, oss#a e&e o dom da ci!ncia infusa com infusa com %#e De#s o c#m#&o#. (continua)
P * ordem é a disposi!ão das coisas aos seus fins pr"prios, e a desordem, obviamente, a perda dessa orienta!ão teleol"gica . No caso do "omem %#e $á nasce com a manc"a do ecado or!'!na&, os aet!tes sens!t!*os n/o ma!s se ordenam ? rea&!0a1/o do optimum do optimum do esr!to- con"ecer a *erdade e %#erer o 3em. Lo'ram, ortanto, os se#s !ns !med!atos sem nen"#ma ordem ao !m ! m B&t!mo. >ara o Scr!3d.