CURSO DE FORMAÇÃO DE CABOS
ARMAMENTO E MUNIÇÃO MUNIÇÃO
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SUMÁRIO MANUSEIO SEGURO COM ARMAS DE FOGO .................................... .......................................................... ...................... 5 CONCEITO ............................................. .................................................................................. ........................................................... ...................... 5 REGRAS DE SEGURANÇA...................................... ........................................................................... .............................................. ......... 5 CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DAS ARMAS DE FOGO .................................... ............................................. ......... 6 CONCEITO DE ARMA DE FOGO .................................... ......................................................................... ........................................ ... 6 CLASSIFICAÇÃO DAS ARMAS DE FOGO .................................... ................................................................ ............................ 6 NOMENCLATURA DAS ARMAS DE FOGO ............................................................... ............................................................... 8 LASSIFICAÇÃO GERAL DO ARMAMENTO LEVE ....................................................... ....................................................... 9 ARMAMENTO DE DOTAÇÃO DA PMMS ................................................................. ................................................................. 10 ARMAS DE PORTE................................... ........................................................................ .......................................................... ..................... 10 REVÓLVER ...................................................................... ....................................................................................................... .................................10 Apresentação .................................. ........................................................................ ................................................................. ...........................10 Características ...................................................................... ................................................................................................. ........................... 11 Nomenclatura das principais partes do revólver ...................................... .................................................... .............. 12 Funcionamento ...................................... ........................................................................... .......................................................... ..................... 12 Mecanismos de segurança: ......................................... .............................................................................. ....................................... .. 12 Manejo..................................... ........................................................................... ....................................................................... .................................13 13 PISTOLAS....................................................................... ........................................................................................................ .................................18 Nomenclatura das principais partes da pistola ...................................................... ...................................................... 18 Manejo da PT 100 Taurus ........................................... ................................................................................ ....................................... .. 19 PISTOLAS DA IMBEL – MD5, MD6 e MD7 .................................. ............................................................. ........................... 25 Nomenclaturas das principais partes da pistola ...................................... .................................................... .............. 25 CACTERÍSTICAS DAS PISTOLAS MD5 E MD7 ................................... ........................................................ ..................... 26 Desmontagem e montagem das pistolas MD5 e MD7 ............................................ 26 Montagem ...................................................................... ....................................................................................................... .................................30 Desmontagem e montagem da pistola MD6 .......................................... ......................................................... ............... 30 Montagem ...................................................................... ....................................................................................................... .................................33 Pistola .40 24/7 da Taurus – Montagem e desmontagem ..................................... ....................................... .. 34 Montagem ...................................................................... ....................................................................................................... .................................37 CARACTERÍSTICA DA PISTOLA PT 100 e 24/7 TAURUS ......................................... 38 INCIDENTES DE TIRO MAIS COMUNS ...................................... ................................................................. ........................... 40 ARMAS PORTÁTEIS ......................................................... ........................................................................................... ..................................42 CARACTERÍSTICAS ...................................................................... ........................................................................................... .....................42 SUBMETRALHADORA TAURUS CAL .40 ................................................................ ................................................................ 43 CARACTERÍSTICAS ...................................................................... ........................................................................................... .....................43 2
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CARABINA CAL.40 ............................................................................................ ............................................................................................ 44 CARACTERÍSTICAS ...................................................................... ........................................................................................... .....................44 CARABINA 5,56 MD 97 LM .................................... ......................................................................... ............................................. ........ 45 CARACTERÍSTICAS ...................................................................... ........................................................................................... .....................45 FUZIL AUTOMÁTICO LEVE (FAL 7,62 mm) ........................................................... ........................................................... 46 CARACTERÍSTICAS ...................................................................... ........................................................................................... .....................46 NOMENCLATURA .................................... ......................................................................... .......................................................... ..................... 46 ESPINGARDA DE COMBATE CBC MODELO 586 P ..................................... ................................................... .............. 47 CARACTERÍSTICAS ...................................................................... ........................................................................................... .....................47 PRINCIPAIS COMPONENTES DA CBC 586P ........................................................... ........................................................... 48 MECANISMOS DE SEGURANÇA .................................... ......................................................................... ....................................... .. 49 OPERAÇÕES DE MANEJO ........................................................................... ................................................................................... ........ 49 MANUTENÇÃO ....................................................................... .................................................................................................. ...........................50 SEQUÊNCIA DE DESMONTAGEM .................................. ....................................................................... ....................................... .. 51 SEQUÊNCIA DE MONTAGEM.................................. ....................................................................... ............................................. ........ 51 INCIDENTES DE TIRO MAIS COMUNS ...................................... ................................................................. ........................... 52 BALÍSTICA............................................................... BALÍSTICA......................... ............................................................................ ........................................ .. 53 Introdução ..................................... ........................................................................... ................................................................. ........................... 53 Balística ................................... ......................................................................... ....................................................................... ................................. 53 Ramos da Balística ...................................................................... ........................................................................................... ..................... 53 Balística Interior (Ou Interna) ..................................... .......................................................................... ....................................... .. 54 Mecânica do Disparo ....................................................... ......................................................................................... ..................................54 Armas de Cano de Alma Lisa...................................................................... .............................................................................. ........ 56 Pressão de Trabalho para Armas e Munições ................................... ........................................................ ..................... 56 Balística Exterior (ou Externa)..................................... Externa).......................................................................... ....................................... .. 56 Estudo da trajetória do projétil .................................... ......................................................................... ....................................... .. 56 Desvios do Projétil .................................. ....................................................................... .......................................................... ..................... 57 Velocidade dos Projéteis ....................................... ............................................................................ ............................................. ........ 57 Alcance da Munição .......................................................................................... .......................................................................................... 57 Tipos de alcance de munições ..................................... .......................................................................... ....................................... .. 58 Alcance máximo ...................................................................................... ............................................................................................... ......... 58 Alcance útil ........................................................ ............................................................................................. .............................................. ......... 58 Alcance de utilização ..................................... .......................................................................... .................................................... ............... 59 Balística Terminal ou de Efeitos ................................... ........................................................................ ....................................... .. 59 Munições .................................. ........................................................................ ....................................................................... .................................59 Cartucho .................................. ........................................................................ ....................................................................... ................................. 59 Componentes dos cartuchos: .............................................................. ............................................................................. ............... 60 Quanto ao Tipo de Iniciação .................................. ....................................................................... ............................................. ........ 60 Espoleta ................................... ......................................................................... ....................................................................... .................................60 Tipos de Espoleta .......................................................................................... ............................................................................................. ... 60 3
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Propelente .......................................................................................................61 Tipos de Pólvoras .............................................................................................61 Projéteis..........................................................................................................61 Tipos de Projéteis ............................................................................................. 62 Tipos de Pontas ................................................................................................ 63 CALIBRE.......................................................................................................... 63 Introdução ...................................................................................................... 63 Calibre .22 ...................................................................................................... 64 Calibre 6,35 MM Browning - (.25 ACP) ................................................................ 65 Calibre .32 ...................................................................................................... 66 Calibre 7, 65 MM Browning - (.32 ACP) ............................................................... 66 Calibre .380 ACP (Automatic Colt Pistol) .............................................................. 66 Calibre .38 SPL (Special) ................................................................................... 67 Calibre .38 SPL +P (Plus Power, mais Potência).................................................... 67 Calibre .38 SPL +P+ ......................................................................................... 68 Calibre .357 Magnum ........................................................................................ 68 Calibre 9mm Parabellum (9x19mm ou 9mm Luger) .............................................. 68 Calibre 10 mm Auto .......................................................................................... 69 Calibre .40 Smith & Wesson (.40 S&W) ............................................................... 69 Calibre .44 ...................................................................................................... 70 Calibre .45 ACP ................................................................................................ 70 EFEITOS DOS PROJÉTEIS NO CORPO HUMANO .................................................... 71 Generalidades ..................................................................................................71 Cavidades Temporária e Permanente .................................................................. 72 Cavidade temporária......................................................................................... 72 Cavidade permanente .......................................................................................72 "Stopping Power " ou Poder de Parada ................................................................. 72
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MANUSEIO SEGURO COM ARMAS DE FOGO CONCEITO O homem deve conhecer as regras indispensáveis à segurança com armas de fogo. As normas seguintes devem ser incutidas pela repetição constante na instrução, até que sua observância se torne um ato reflexo no manuseio com armas de fogo. REGRAS DE SEGURANÇA 1. Escolher local seguro para o manuseio de uma arma de fogo; 2. A arma de fogo, carregada ou não JAMAIS deverá ser apontada para alguém; 3. A arma NUNCA deverá ser apontada em direção que não ofereça segurança; 4. Trate a arma de fogo como se ela SEMPRE estivesse carregada; 5. Antes de utilizar uma arma, obtenha informações sobre como manuseá-la; 6. Guarde a arma sempre em local seguro; 7. Ao manusear uma arma, faça-o SEMPRE com o dedo estendido ao longo da arma; 8. SEMPRE se certifique de que a arma esteja descarregada antes de qualquer manuseio; 9. NUNCA deixe uma arma de forma descuidada; 10. Guarde armas e munições separadamente e em locais fora do alcance de curiosos; 11. NUNCA teste as travas de segurança da arma, acionando a tecla do gatilho; 12. As travas de segurança da arma são apenas dispositivos mecânicos e não substitutos do bom senso; 13. NUNCA atire em superfícies planas e duras ou em água, porque os projéteis podem ricochetear; 14. NUNCA pegue ou receba uma arma, com o cano apontado em sua direção; 15. Ao mostrar uma arma para alguém, faça-o com o FERROLHO ABERTO, a arma SEM o carregador e com a câmara VAZIA. 5
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CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DAS ARMAS DE FOGO CONCEITO DE ARMA DE FOGO Arma que arremessa projéteis empregando a força expansiva dos gases gerados pela combustão de um propelente confinado em uma câmara que, normalmente, está solidária a um cano que tem a função de propiciar continuidade à combustão do propelente, além de direção e estabilidade ao projétil. (Decreto nº 3.665, de 20 de dezembro de 2000.) CLASSIFICAÇÃO DAS ARMAS DE FOGO a) Quanto ao tipo: a.1 - De Porte: pelo pouco peso e dimensões reduzidas pode ser conduzido no coldre (Ex: Revólveres e Pistolas); a.2 - Portátil: quando, apesar do peso relativamente grande, pode ser conduzido por um só homem, sendo dotado de uma bandoleira, para facilidade e comodidade de transporte. (Ex: Sub Mtr, Carabinas, Fuzis, etc.); a.3 - Não portátil: quando, devido ao volume e peso, pode ser conduzido somente por uma viatura ou dividido em fardos, por vários homens. (Ex: Metralhadoras, Morteiros, Canhões, etc.). b) Quanto ao emprego: b.1 - Individual: quando destinado à proteção daquele que a conduz; b.2 - Coletivo: quando se destina ao emprego em benefício de um grupo de homens ou fração de tropa; c) Quanto ao funcionamento: c.1 - Singular ou de tiro unitário: quando o atirador executa as operações da arma manualmente, principalmente o carregamento; c.2 - De repetição: arma em que o atirador, após a realização de cada disparo, decorrente da sua ação sobre o gatilho, necessita empregar sua força física sobre um componente do mecanismo desta para concretizar as operações prévias e necessárias ao disparo seguinte, tornando-a pronta para realizá-lo; 6
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c.3 - Semiautomático: é aquele que realiza automaticamente todas as fases do funcionamento, com exceção do disparo; c.4 - Automático: é aquele que realiza automaticamente todas as fases do funcionamento, incluindo o disparo. d) Quanto ao princípio de Funcionamento: d.1 - Força muscular do atirador: 1) Ação sobre o gatilho. (Ex: Revólver); 2) Sistema de alavanca - Lever Action. (Ex: Carabina Puma); 3) Sistema de Bomba - Pump Action. (Ex: Espingarda Cal12); 4) Sistema de Ferrolho. (Ex: Mosquefal); d.2 - Ação dos gases: (Ex: Fuzil de Assalto). e) Quanto à ação: e.1 - Ação simples: a ação do atirador sobre o gatilho só realiza o desengatilhamento. (Ex. Pistola MD5 IMBEL, etc.); e.2 - Ação dupla: a ação do atirador sobre o gatilho provoca o acontecimento de várias ações, culminando com o desengatilhamento (Ex. Revólver, Pistola PT 100, etc). f) Quanto à alma do cano: f.1 - Alma Lisa: quando a superfície interna do cano é completamente lisa. (Ex: Espingarda Cal 12). f.2 - Alma Raiada: quando a superfície interna do cano apresenta sulcos helicoidais paralelos, raias, que têm por objetivo imprimir ao projétil um movimento de rotação por forçamento, dando estabilidade ao projétil. (Ex: Revolver). g. Quanto ao sistema de carregamento: g.1 - Municiar: consiste em colocar a munição no carregador da arma; g.2 - Alimentar: consiste em colocar a munição na arma através de seu carregador; g.3 - Carregar: consiste em colocar a carga ou o cartucho na câmara de combustão em condições de disparo. h. Quanto à alimentação: h.1 - Manual: quando os cartuchos são introduzidos manualmente na arma. (Ex: Espingarda Cal 12);
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h.2 - Com carregador: quando a arma dispõe de um carregador para alimentála, podendo ser de pano (tipo fita), tipo lâmina, cofre, tubular, fita de elos ou especial, etc. i. Quanto ao sentido de alimentação: i.1 - Da direita para a esquerda: (Ex: metralhadora Maxim); i.2 - Da esquerda para a direita: (Ex: submetralhadora Sterling L2A3); i.3 - De cima para baixo: (Ex: FMZB); i.4 - De baixo para cima: (Ex: MT .40); i.5 - De trás para frente: (Ex: garruchas e revólveres de retro carga). NOMENCLATURA DAS ARMAS DE FOGO •
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RIFLE: conceito não definido. No Brasil é Fuzil. Nos EUA é um Fuzil para uso civil e em Portugal é Carabina. CARABINA: arma de fogo portátil semelhante a um fuzil, de dimensões reduzidas, de cano longo - embora relativamente menor que o do fuzil - com alma raiada. FUZIL: é uma arma de fogo portátil, de cano longo, com alma raiada. Pode ser de repetição, semi-automático ou automático. ESPINGARDA: é uma arma longa de alma lisa. METRALHADORA: é arma de funcionamento automático, simples o suficiente para ser operada por uma única pessoa, sem a necessidade de equipamentos de apoio. SUBMETRALHADORA: é uma arma automática ou semi-automática de tamanho reduzido. REVÓLVER: arma de fogo de porte, de repetição, dotada de um cilindro giratório posicionado atrás do cano, que serve de carregador, o qual contém perfurações paralelas e eqüidistantes do seu eixo e que recebem a munição, servindo de câmara. PISTOLA: é uma arma de fogo de porte, geralmente semi-automática, cuja única câmara faz parte do corpo do cano e cujo carregador, quando em posição fixa, mantém os cartuchos em fila e os apresenta seqüencialmente para o carregamento inicial e após cada disparo.
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LASSIFICAÇÃO GERAL DO ARMAMENTO LEVE Quanto ao tipo
De porte Portátil Não portátil
Quanto ao Emprego
Individual Coletivo
Quanto à alma do cano
Lisa Raiada
Quanto ao sistema de carregamento
Ante-carga Retro-carga
Quanto ao sistema de inflamação
Por mecha Por atrito Por percussão
AR MA Quanto a refrigeração S
A Ar A Água A Ar e Água
D E
Manual Com Carregador
Quanto a alimentação
F OG O Quanto ao sentido De alimentação
Quanto ao funcionamento
Quanto ao princípio de Funcionamento
Extrínseca Intrínseca
Pino Lateral Central Circular
Direta Indireta
Da direita para esquerda Da esquerda para a direita De cima para baixo De baixo para cima De trás para frente Simples Múltipla
Singular (unitário) De Repetição Semi-automática Automática
Ação Muscular do Atirador Pressão dos gases Ação dos gases sobre o êmbolo Ação dos gases sobre o ferrolho Recuo do cano
Curto recuo Longo recuo Ação muscular do atirador combinada com a ação de uma corrente elétrica
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ARMAMENTO DE DOTAÇÃO DA PMMS ARMAS DE PORTE REVÓLVER A PMMS adota diferentes modelos de revólveres no calibre .38, com capacidade para 6 ou 7 cartuchos, fabricados pela Forjas Taurus S.A. (Porto Alegre-RS). De um modo geral, os revólveres adotados pela PMMS são muito semelhantes em diversos aspectos, diferindo em alguns pontos, tais como: comprimento e espessura do cano, capacidade do tambor, algumas peças do mecanismo interno, mecanismo de segurança, etc. Com o processo de reaparelhamento da PMMS essa arma está sendo substituída pelas pistolas .40 que possuem maior capacidade de tiro e maior poder de parada. Por esse motivo, iremos estudar o revólver genericamente capacitando os policiais a manusearem com segurança e habilidade este tipo de armamento.
Apresentação O termo “revólver" indica "revolução”, ou seja, um movimento de rotação em torno de um eixo. O primeiro revólver, com características dentro da moderna concepção acima, foi construído por Samuel Colt, por volta de 1836. Posteriormente, outros inventores empenharam-se na fabricação de revólveres, destacando-se o inglês Adams, que foi um grande concorrente de Colt. Inicialmente, os revólveres eram de movimento simples, ou seja, funcionavam somente em ação simples ou ação dupla. Posteriormente, os revólveres passaram a ser fabricados de movimento duplo, ou seja, eles funcionavam tanto em ação dupla, quanto em ação simples. Os revólveres modernos são geralmente fabricados em movimento duplo. A evolução do revólver foi marcada também pelo aperfeiçoamento dos sistemas de carregamento e extração. Foram criados diversos sistemas, tais como: sistema de armação rígida, sistema de armação basculante e sistema de tambor reversível. Este último é o sistema mais adotado atualmente. O revólver é uma arma muito bem aceita pelas Forças de Segurança do mundo inteiro, devido à sua variedade de calibres, simplicidade, robustez e fácil manutenção.
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Características Designação Nomenclatura: Revólver (marca) cal .38 (modelo). Indicativo Militar: Rv (marca) .38 (modelo). Classificação Quanto ao tipo: de porte. Quanto ao emprego: individual. Quanto à alma do cano: raiada, variando entre número (5 ou 6) e sentido (à direita ou à esquerda) de acordo com o modelo. Quanto ao sistema de carregamento: retro carga. Quanto ao sistema de inflamação: percussão intrínseca central, podendo ser direta ou indireta, dependendo do modelo. Quanto à refrigeração: a ar. Quanto à alimentação: manual, possuindo capacidade para 6 ou 7 cartuchos (conforme modelo), podendo ainda utilizar-se o "Spead Load" ou “Jet Load” (carregadores que permitem introduzir todos os cartuchos no tambor de uma só vez). Quanto ao sentido de alimentação: de trás para frente. Quanto ao funcionamento: de repetição. Quanto ao princípio de funcionamento: ação muscular do atirador. Aparelho de pontaria Alça de mira: tipo entalhe, podendo ser regulável ou fixa, dependendo do modelo. Massa de mira: Seção retangular, fixa. Dados numéricos Calibre: .38. Peso: em média 800 g, dependendo do modelo da arma. Comprimento do cano: o comprimento padrão é de 101,6 mm (4"), existindo outros modelos variando entre 50,8 mm (2”), 76,2 mm (3”), 127 mm (5”), e 152,4 mm (6”) e 203,2 mm (8”) para tiro ao alvo.
Velocidade teórica de tiro: 20 tiros por minuto. Velocidade prática do tiro: de acordo com a habilidade do atirador. Alcance máximo: 1.400 metros. Alcance útil: 450 metros. Alcance com precisão (de utilização): 75 metros. Alcance prático: 20 metros. Vida da arma: 20.000 tiros. 11
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Nomenclatura das principais partes do revólver
Funcionamento O estudo do funcionamento do revólver resume-se em se estudar os sistemas de engatilhamento da arma: Ação simples: a ação do atirador sobre o gatilho só realiza o desengatilhamento. Ação dupla: a ação do atirador sobre o gatilho provoca o acontecimento de várias ações, culminando com o desengatilhamento.
Mecanismos de segurança: Devido à particularidade do revólver estar sempre em condições de disparo, bastando apenas que a arma esteja carregada e que o atirador acione a tecla do gatilho. Diversos mecanismos de segurança foram inventados pelos fabricantes, para evitar os indesejáveis disparos acidentais. 12
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Alguns fabricantes acrescentaram às armas "travas de segurança manuais ” , as quais tinham a função de bloquear o cão ou prender o tambor. Estas travas tornaramse obsoletas com o desenvolvimento de outros mecanismos de segurança, denominados “calços de segurança”. A diferença entre a trava de segurança e o calço
de segurança consiste basicamente em que o primeiro bloqueia o mecanismo interno da arma no seu todo ou em parte, e o segundo apenas evita o disparo em determinada situação.
Manejo Municiar/Alimentar
1º Passo: empunhando o revólver com a mão direita, levar o dedal serrilhado à frente, usando o polegar da mesma mão; com os dedos anelar e médio da mão esquerda, empurrar o tambor à esquerda, rebatendo-o. Estes dedos deverão segurar o tambor durante a alimentação, e a arma deverá estar apontada para baixo, ou voltada para um caixão de areia. Os dedos mínimo e indicador da mão esquerda deverão segurar a arma próximo ao cão e ao cano respectivamente;
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2º Passo: em seguida, introduzir os cartuchos nas câmaras com a mão direita, girando o tambor com os dedos anelar, médio e polegar da mão esquerda. Observação: o municiamento do revólver se dá como uma exceção à regra, uma vez que o revólver não dispõe de carregador, e sim, de câmaras giratórias (tambor), que servem como tal. Portanto, o municiamento do revólver ocorre enquanto se coloca os cartuchos desejados no tambor e, ao se encerrar tal operação, após a colocação do último cartucho no tambor efetua-se a alimentação.
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Carregamento Terminada a alimentação desloque suavemente o tambor para dentro da armação com a mão esquerda, empunhando o revólver com a mão direita, completando-se o fechamento do tambor na armação.
Engatilhamento Pode ser efetuado por dois processos: Ação dupla: Acionar a tecla do gatilho com o dedo indicador.
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Ação simples: Sem colocar o dedo indicador na tecla do gatilho, leva-se o polegar da outra mão à crista serrilhada do cão trazendo-o à retaguarda até que fique preso pelo entalhe de engatilhamento.
Disparo Consiste em acionar a tecla do gatilho para que seja efetuada a percussão da espoleta e consequentemente a carga de projeção do projétil. Extração e ejeção Procede-se inicialmente como se fosse alimentar a arma, tendo rebatido o tambor e segurado a arma da maneira correta, com o polegar esquerdo, pressiona-se a vareta do extrator, colocando-se a mão direita abaixo do tambor para aparar os cartuchos extraídos e ejetados. Procedimento de segurança para desengatilhar manualmente quando em ação simples Uma vez engatilhado, o revólver já se encontra em condições de disparo, porque a câmara que contém o cartucho a ser disparado está rigorosamente alinhada com o cano. Portanto, o desengatilhamento é uma operação delicada, devendo ser cercada das cautelas a seguir: - Apontar a arma para um local seguro; - Com o polegar da mão contrária à que está empunhando a arma, segurar o cão à retaguarda pela sua crista serrilhada; - Com o dedo indicador, acionar a tecla do gatilho apenas o suficiente para liberar o cão; - Retirar o dedo indicador da tecla do gatilho; - Levar o cão suavemente à frente até sua posição de repouso com o polegar. 16
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Inspeção preliminar Ao receber ou passar o revólver para alguém, fazê-lo com a arma aberta verificando se ela está carregada. Em seguida, verifique a arma externamente, observando: - Limpeza das partes externas, bem como presença de resíduos ou objetos que estejam obstruindo o cano e as câmaras; - Inexistência ou mal atarraxamento de parafusos, com atenção especial para o dedal serrilhado, parafuso-retém do suporte do tambor, parafuso do retém do tambor e vareta do extrator; - Engatilhamento na ação simples e na ação dupla; - Retenção do tambor, quando a arma estiver em repouso ou engatilhada. Nestas situações, se o tambor girar livremente, indica que o retém do tambor está com algum defeito; - Estado do percussor, verificando se este não está quebrado ou apresenta rebarbas; - Perfeita fixação das placas da coronha.
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PISTOLAS A pistola é uma arma semiautomática que funciona pela ação dos gases sobre o ferrolho e com um sistema de trancamento mecânico. A percussão é exercida por um sistema tipo “percussor lançado” e depende exclusivamente da vontade do atirador a cada disparo. A pistola é alimentada por carregador metálico, do tipo cofre, com capacidade para cartuchos de acordo com o modelo, além do cartucho que pode ser introduzido diretamente na câmara.
Nomenclatura das principais partes da pistola
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Manejo da PT 100 Taurus Retirada do Carregador
Comprima, com o polegar, o botão do retém do carregador localizado próximo ao guarda mato e retire o carregador. Municiar
Com uma das mãos segure o carregador e com a outra introduza os cartuchos um a um, pressionando-os para baixo e para trás.
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Alimentar
É a colocação do carregador municiado na arma, sem, contudo, carregá-la. Carregar
Segure a pistola com uma das mãos, mantendo o dedo longe do gatilho. Com a outra mão puxe o ferrolho para trás até o batente, soltando-o a seguir. O ferrolho irá então para frente, impulsionado pela mola recuperadora, introduzindo um cartucho na câmara. Observação: as definições acima adotadas estão de acordo com a nomenclatura usada pelo Exército Brasileiro. Para a Polícia Federal o que nomeamos como carregar seria municiar e municiar seria carregar. Desengatilhar
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A pistola está engatilhada e pronta para atirar, através do acionamento do gatilho. Após o tiro, o ferrolho impulsionado pela pressão dos gases retrocederá para ejetar o estojo e carregar novo cartucho. Novamente a pistola estará pronta para atirar. Após a detonação do último cartucho, o ferrolho ficará recuado e imobilizado pela ação do retém do ferrolho sobre o mesmo. Para que volte a sua posição normal, pressione para baixo o retém do ferrolho.
Em caso de interrupção dos tiros antes do último cartucho ser detonado, pressione o desarmador para baixo fazendo com que o cão desengatilhe automaticamente, voltando a sua posição de descanso. Para reiniciar os tiros basta acionar o gatilho, pois a pistola PT 100 é dotada de mecanismo de disparo em ação dupla. Para descarregar a pistola, retire o carregador e puxe o ferrolho até o seu batente para extração do cartucho que se encontra na câmara. Libere então o ferrolho até que volte à sua posição de repouso e em seguida pressione o desarmador do cão para baixo.
O registro de segurança, ao ser acionado para cima, trava o cão. Foi projetado para permitir o uso ambidestro e possibilita uma rápida passagem da posição de segurança para a de disparo.
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Quando um cartucho está alojado na câmara, a extremidade do extrator fica saliente, revelando uma marca vermelha. Assim é possível controlar visualmente ou pelo tato, a existência de cartucho na câmara, sem necessidade de recuar o ferrolho. Desmontagem em primeiro escalão
1º Passo: premer o retém do carregador, localizado próximo ao guarda mato, e retirar o carregador; 2º Passo: executar dois golpes de segurança, assegurando-se que não existe cartucho na câmara;
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3º Passo: com o indicador da mão esquerda, premer o botão do retém da alavanca de desmontagem e ao mesmo tempo, com o dedo polegar, girar a alavanca, no sentido horário.
4º Passo: deslizar o conjunto do ferrolho-cano para frente até liberá-lo da armação.
5º Passo: comprimir levemente a guia da mola recuperadora com sua respectiva mola levantando o conjunto e retirando-o cuidadosamente.
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6º Passo: comprimir o mergulhador do bloco de trancamento (somente nas pistolas – PT 92, PT 99, PT 100, PT 101).
7º Passo: retirar o conjunto cano-bloco de trancamento do ferrolho. Observação: para facilitar o processo de montagem é recomendado que as peças sejam colocadas na sequência da desmontagem ordenadamente. Montagem Consiste no processo inverso ao da desmontagem.
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PISTOLAS DA IMBEL MD5, MD6 e MD7 –
Nomenclaturas das principais partes da pistola
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CACTERÍSTICAS DAS PISTOLAS MD5 E MD7 CARACTERÍSTICAS Nomenclatura: Pistola de grande capacidade MD5 IMBEL; Simbologia: PT .40 GC IMBEL MD5; Classificação Quanto ao tipo: de porte; Quanto ao emprego: individual; Quanto à alma do cano: raiada, 06 raias, à esquerda; Quanto ao sistema de carregamento: retro carga; Quanto ao sistema de inflamação: percussão intrínseca, central e direita (percussor acoplado ao ferrolho); Quanto à alimentação: carregador metálico, tipo cofre, com capacidade para 16 cartuchos; Quanto ao sentido de alimentação: de baixo para cima; Quanto ao funcionamento: semiautomático e ação simples; Quanto ao princípio de funcionamento: ação direta dos gases; Calibre: .40 S&W.
Desmontagem e montagem das pistolas MD5 e MD7 Recomenda-se o uso de óculos de segurança durante as operações de desmontagem e montagem da pistola pois há o perigo potencial de acidentes causados por peças impulsionadas por molas. É sugerido, durante a desmontagem, a colocação das peças uma ao lado da outra, conforme a ordem em que forem retiradas da arma. O trabalho de montagem ficará muito facilitado. Qualquer outra operação de desmontagem e montagem não descrita nesta apostila deve ser realizada por armeiros autorizados. A desobediência a esta regra de segurança ou a execução das operações permitidas, mas fora da ordem ou dos procedimentos previstos, pode acarretar danos à arma e/ou ao usuário.
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Medidas preliminares
1° Passo: Retirar o carregador da arma; armar o cão agindo no sistema ADC; realizar dois golpes de segurança e examinar a câmara. Verificar que esteja vazia, pois a desmontagem só pode prosseguir se não houver cartucho na câmara. O esquecimento desta regra básica de segurança pode causar sérios acidentes pessoais para quem estiver manuseando a pistola e/ou a quem estiver nas proximidades. Uma vez constatada a inexistência de cartucho na câmara, soltar o ferrolho.
2° Passo: Introduzir o clipe L no orifício da haste guia da mola recuperadora; fazendo a empunhadura invertida puxe o ferrolho à retaguarda até expor o orifício de encaixe.
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3° Passo: Recuar o ferrolho até que seu entalhe médio, em forma de meia-lua, venha a coincidir com a saliência existente no dente da chaveta de fixação do cano.
4° Passo: retirar a chaveta de fixação do cano, empurrando a extremidade direita do eixo da chaveta de fixação e retirá-la pelo lado esquerdo da arma.
5° Passo: Separar o ferrolho da armação deslizando este para a frente até que ocorra a separação. 28
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6° Passo: Retirar o conjunto mola recuperada e haste da mola recuperadora. Para isso certifique-se de que o elo de fixação do cano está a retaguarda e puxe o conjunto para cima e para trás até sair completamente do ferrolho.
7° Passo: Retirar o cano empurrando o anel de fixação do cano para frente e posteriormente empurrar o cano pela frente do ferrolho até sua saída completa.
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Sequência das peças após a desmontagem.
Montagem Consiste no processo inverso ao da desmontagem.
Desmontagem e montagem da pistola MD6
1° Passo: Retirar o carregador da arma; armar o cão agindo no sistema ADC; realizar dois golpes de segurança e examinar a câmara. Verificar que esteja vazia, pois a desmontagem só pode prosseguir se não houver cartucho na câmara. O esquecimento desta regra básica de segurança pode causar sérios acidentes pessoais para quem estiver manuseando a pistola e/ou a quem estiver nas proximidades. Uma vez constatada a inexistência de cartucho na câmara, soltar o ferrolho. 30
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2° Passo: Recuar o ferrolho até que seu entalhe médio, em forma de meia-lua, venha a coincidir com a saliência existente no dente da chaveta de fixação do cano. É recomendado fazer a empunhadura invertida para facilitar o alinhamento das partes.
3° Passo: retirar a chaveta de fixação do cano, empurrando a extremidade direita do eixo da chaveta de fixação e retirá-la pelo lado esquerdo da arma.
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4° Passo: Separar o ferrolho da armação deslizando este para a frente até aparecer parcialmente a mola recuperadora. Segurar a mola contra o ferrolho, para evitar o arremesso de peças e completar a separação das peças.
5° Passo: Retirar o conjunto mola recuperada e haste da mola recuperadora. Para isso certifique-se de que o elo de fixação do cano está a retaguarda e puxe o conjunto para cima e para trás até sair completamente do ferrolho. Pode ser feita separação do dedal guia da mola recuperadora e desta com seu tubo guia. Notar que a extremidade mais fechada da mola estava em contato com o tubo-guia.
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6° Passo: Retirar o cano empurrando o anel de fixação do cano para frente e posteriormente empurrar o cano pela frente do ferrolho até sua saída completa.
Sequência das peças após a desmontagem.
Montagem
Consiste no processo inverso ao da desmontagem.
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Pistola .40 24/7 da Taurus Montagem e desmontagem –
1° Passo: Passo: Retirar o carregador da arma; realizar dois golpes de segurança e examinar a câmara. Verificar que esteja vazia, pois a desmontagem só pode prosseguir se não houver cartucho na câmara. O esquecimento desta regra básica de segurança pode causar sérios acidentes pessoais para quem estiver manuseando a pistola e/ou a quem estiver nas proximidades. Uma vez constatada a inexistência de cartucho na câmara, soltar o ferrolho.
2° Passo: Passo: Abrir a arma, agindo no retém do ferrolho, girar a alavanca de desmontagem para baixo.
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3° Passo: Fechar Passo: Fechar a arma, agindo no retém do ferrolho, para liberar a alavanca de desmontagem.
4° Passo: Passo: Abrir novamente a arma, agindo no retém do ferrolho, e retirar a alavanca de desmontagem. Posteriormente feche o ferrolho pressionando seu retém.
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5° Passo: Pressione Passo: Pressione o gatilho para liberar o ferrolho e, ao mesmo tempo em que estiver liberando a pressão, deslize o conjunto ferrolho para a frente.
6° Passo: Retire Passo: Retire a mola recuperadora com a sua haste; pressione para a frente, para cima e retire por trás.
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7° Passo: Separe o cano do ferrolho puxando para cima e para trás.
Sequência das peças após a desmontagem.
Montagem Consiste no processo inverso ao da desmontagem.
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CARACTERÍSTICA DA PISTOLA PT 100 e 24/7 TAURUS
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INCIDENTES DE TIRO MAIS COMUNS INCIDENTE Falha Alimentação
na
Falha apresentação cartucho
na do
Falha carregamento
no
CAUSAS 1. Carregador sujo. (O carregador não entra totalmente no alojamento). 2. Retém do carregador gasto ou quebrado. (O carregador não fica fixo). 1. Mola do carregador fraca ou defeituosa. O cartucho não fica em condições de ser alcançado pela parte anterior do ferrolho. 2. Transportador defeituoso ou amassado. 1. Rebarba, sujidade ou corpo estranho na câmara.
CORREÇÕES 1. Limpar o carregador e 2. Desmontar o retém do carregador e substituí-lo. 1. Substituir carregador.
a
mola
do
2. Substituir o transportador.
1. Eliminar a rebarba; Limpar e lubrificar a câmara; Remover o corpo estranho. 2. Cartucho amassado ou 2. Substituir a munição. defeituoso. 3. Substituir a mola 3. Mola recuperadora defeituosa. O recuperadora. ferrolho não irá totalmente à frente. 4. Substituir o carregador. 4. Abas do carregador defeituosas. O cartucho não entra na câmara devido a inclinação do projétil. Nega 1. Ponta do percussor gasto ou 1. Substituir o percussor. quebrado, não há marca de percussão na 2. Substituir a munição. espoleta. 2. Munição defeituosa, há marca de percussão na espoleta. Falha no 1. Dente de engatilhamento do cão 1. Substituir o cão. desengatilhamento. c/ desgaste. 2. Mola do cão fraca ou quebrada. 2. Substituir a mola do cão. 3. Mola da armadilha montada 3. Montar corretamente. incorretamente. 4. Mola da armadilha quebrada. 4. Substituir a mola da 5. Apoio para a mola da armadilha armadilha. quebrado. 5. Substituir a armadilha. Falha no 1. Ressalto do tirante do gatilho 1. Substituir o tirante do 40
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INCIDENTE desengatilhamento
Falha na ejeção Falha na extração
CAUSAS gasto ou quebrado. 2. Ressalto do apoio do tirante do gatilho (na armadilha), gasto ou quebrado. 3. Apoio para o ressalto do tirante do gatilho (cão), gasto (na ação dupla). Ejetor gasto ou quebrado. Extrator gasto ou quebrado.
CORREÇÕES gatilho. 2. Substituir a armadilha. 3. Substituir o cão. Substituir o ejetor. Substituir o extrator.
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ARMAS PORTÁTEIS
SUBMETRALHADORA CAL 9 mm MT 12A
CARACTERÍSTICAS Nomenclatura: Submetralhadora Taurus Calibre 9mm Modelo Mt12A; Classificação Quanto ao tipo: portátil; Quanto ao emprego: individual; Quanto à alma do cano: raiada, 06 raias, à direita; Quanto ao sistema de carregamento: retro carga; Quanto ao sistema de inflamação: percussão intrínseca, central e direita (percussor acoplado ao ferrolho); Quanto à alimentação: carregador metálico, tipo cofre, com capacidade para 30 ou 40 cartuchos; Quanto ao sentido de alimentação: de baixo para cima; Quanto ao funcionamento: automático; Quanto ao princípio de funcionamento: ação direta dos gases; Calibre: 9 mm "Parabellum" ou "Luger" (9 mm X 19 mm NATO).
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SUBMETRALHADORA TAURUS CAL .40
CARACTERÍSTICAS Designação Nomenclatura: Submetralhadora Taurus Calibre .40 Modelo Famae MT .40; Classificação Quanto ao tipo: portátil; Quanto ao emprego: individual; Quanto à alma do cano: raiada, 06 raias à direita; Quanto ao sistema de carregamento: retro carga; Quanto à alimentação: carregador metálico, tipo cofre, com capacidade para 30 cartuchos; Quanto ao sentido de alimentação: de baixo para cima; Quanto ao funcionamento: automático e semiautomático; Quanto ao princípio de funcionamento: ação direta dos gases.
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CARABINA CAL.40
CARACTERÍSTICAS Designação Nomenclatura: Carabina Taurus Calibre .40 Modelo Famae CT .40; Classificação Quanto ao tipo: portátil; Quanto ao emprego: individual; Quanto à alma do cano: raiada, 06 raias à direita; Quanto ao sistema de carregamento: retro carga; Quanto à alimentação: carregador metálico, tipo cofre, com capacidade para 30 cartuchos; Quanto ao sentido de alimentação: de baixo para cima; Quanto ao funcionamento: automático e semiautomático; Quanto ao princípio de funcionamento: ação direta dos gases.
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CARABINA 5,56 MD 97 LM
CARACTERÍSTICAS Designação Nomenclatura: Carabina 5,56 MD 97 LM Classificação Quanto ao tipo: portátil; Quanto ao emprego: individual; Quanto à alma do cano: raiada, 06 raias à direita; Quanto ao sistema de carregamento: retro carga; Quanto ao sistema de inflamação: percussão intrínseca, central e direita (percussor acoplado ao ferrolho); Quanto à alimentação: carregador metálico, tipo cofre, com capacidade para 30 cartuchos; Quanto ao sentido de alimentação: de baixo para cima; Quanto ao funcionamento: automático, semiautomático e rajada limitada 03 tiros; Quanto ao princípio de funcionamento: ação direta dos gases.
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FUZIL AUTOMÁTICO LEVE (FAL 7,62 mm)
CARACTERÍSTICAS NOMENCLATURA Fuzil Automático Leve 7,62 mm Modelo 1964 (FAL) CLASIFICAÇÃO Quanto ao Tipo: Portátil; Quanto ao Emprego: Individual; Quanto à alma do cano: raiada, 04 raias à direita; Quanto ao Funcionamento: Automático, Semiautomático e Repetição; Quanto ao Princípio de Funcionamento: Ações dos Gases sobre o Êmbolo; Quanto à Refrigeração: A ar; Quanto à alimentação: carregador metálico, tipo cofre, com capacidade para 20 cartuchos; Quanto ao sentido de alimentação: de baixo para cima; Alça de Mira: Tipo Lâmina com Cursor (graduada de 200 a 600 metros); Massa de Mira: Tipo Ponto, com protetores laterais; DADOS NUMÉRICOS CALIBRE: 7,62X51 mm; COMPRIMENTO: 1,10 m; PESO SEM CARREGADOR: 4,30 Kg; PESO DO CARREGADOR VAZIO: 0,25 Kg; PESO DO CARREGADOR CHEIO: 0,73 Kg; VELOCIDADE INICIAL: 840 m/s; ALCANCE MÁXIMO: 3.800 metros. ALCANCE ÚTIL SEM LUNETA: 600 metros. ALCANCE ÚTIL COM LUNETA: 800 metros. CADÊNCIA DE TIRO: 850 disparos/minuto. VIDA ÚTIL: 16.000 Tiros. 46
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ESPINGARDA DE COMBATE CBC MODELO 586 P
CBC Modelos 586-P (acima) e 586.2 - P/7 PG (abaixo) A espingarda de combate 586 P (e 586.2) funciona no sistema de ação por bomba ou trombone ("pump action"), e é fabricada pela Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC).
CARACTERÍSTICAS Designação Nomenclatura: Espingarda Cal 12 CBC Mod 586 P Classificação Quanto ao tipo: portátil. Quanto ao emprego: coletivo. Quanto ao funcionamento: de repetição, por ação de bomba. Quanto ao princípio de funcionamento: ação muscular do atirador. Quanto ao sistema de refrigeração: a ar. Alimentação Capacidade de tiro: 5 a 8 cartuchos. Carregador: tubular, sob o cano. Raiamento: inexistente. Massa de mira: massa esférica em todas as versões. Alça de mira: com regulagem (586 AP). 47
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Dados numéricos: Calibre: 12 Peso: 2,7 kg Comprimento total: 1,0 m Comprimento do cano: 47 cm
PRINCIPAIS COMPONENTES DA CBC 586P
Os principais comandos estão localizados na face esquerda do receptáculo da arma. Coronha e telha A telha, além de servir de apoio para a mão do policial, é utilizada para a movimentação do mecanismo do ferrolho; para abrir o mecanismo, movimente a telha para trás, e o ferrolho irá recuar (lembrando sempre que, para o primeiro disparo, é necessário o acionamento da trava da corrediça). Estando a telha no ponto máximo de recuo, ao ser acionada novamente para a frente, o primeiro cartucho posicionado para a alimentação no carregador, será levado pelo transportador à câmara, e nela totalmente alojado quando o ferrolho for completamente fechado e trancado ao cano. Cano O cano da 586 P é fabricado em aço cromo molibdênio (SAE 4130), sendo submetido a teste de sobrepressão, conforme atesta a marca "PN" gravada no cano.
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Conjunto do ferrolho A arma só irá disparar se o ferrolho estiver perfeitamente trancado ao cano. O policial deverá atentar para quando não acionar corretamente a telha da arma, ou utilizar munição danificada que impossibilite o correto fechamento da mesma.
Localizador esquerdo longo Esta peça, localizada no lado esquerdo da arma, ao ser acionada, permite o descarregamento dos cartuchos alojados no tubo de depósito (carregador), mediante um único recuo da telha.
MECANISMOS DE SEGURANÇA Trava de segurança No modelo 586, a trava de segurança bloqueia o gatilho e a trava do martelo. Quando acionada, oferece proteção contra disparo acidental ou não intencional. Para travar o gatilho, basta mover o botão da trava da esquerda para a direita, de modo que a indicação em vermelho não fique visível.
OPERAÇÕES DE MANEJO Municiamento do carregador e alimentação da arma: colocar os cartuchos de munição no interior do carregador (depósito), pela janela de alimentação localizada na parte inferior do receptáculo. Carregamento da arma: Acionar a telha para trás, abrindo a arma, e para frente, colhendo um cartucho do depósito e introduzindo-o na câmara da arma. 49
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Descarregar e desmuniciar: Travar a arma. Com a arma virada (face inferior do receptáculo para cima), acionar o botão do liberador do ferrolho, abrindo a arma. O cartucho que estava na câmara é extraído e ejetado. Retirá-lo. Abaixar a mesa transportadora e acionar o localizador esquerdo longo, que irá liberar a munição contida no carregador tubular. Para carregar com um só cartucho de munição - Trave a arma; - Recue a telha até abrir completamente o mecanismo. Caso a arma esteja engatilhada, será necessário - acionar a trava da corrediça; - Coloque um cartucho pela janela de ejeção, não sendo necessário colocá-lo na câmara;
- Empurre a telha para frente para introduzir o cartucho na câmara e feche o mecanismo; Para carregar a câmara e alimentar o depósito (carregador)
Atenção: se o cartucho não for corretamente introduzido, ele poderá deslizar para dentro do mecanismo, por cima do transportador, bloqueando o funcionamento da arma. Se isto ocorrer, o policial deve:
MANUTENÇÃO
A espingarda de combate 586 P vem de fábrica embalada com o conjunto do cano separado do receptáculo:
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SEQUÊNCIA DE DESMONTAGEM 1. Abra a arma, trave-a e certifique-se de que não há cartucho na câmara ou no depósito; 2. Com a arma aberta, desparafuse e remova o bujão do depósito; 3. Retire o cano, puxando-o paralelamente ao tubo do carregador; 4. Vire a arma, colocando a janela de alimentação para cima. Com o dedo indicador, abaixe ligeiramente o transportador e pressione o localizador direito. Desvire a arma, colocando a janela de alimentação para baixo; com a outra mão, afaste a telha do receptáculo, até que o conjunto do ferrolho seja naturalmente extraído das hastes da corrediça. Remova a telha e a corrediça;
SEQUÊNCIA DE MONTAGEM 1. Antes da montagem, deve-se verificar o cano em busca de possíveis obstruções; 2. Desparafusa-se o bujão do depósito, removendo-o; 3. Empurra-se, então, o acionador da trava da corrediça, recuando a telha até a metade de seu curso; 4. Segura-se o cano paralelamente ao carregador; 5. Desliza-se a travessa no carregador, cuidando para que a extremidade traseira do cano seja, ao mesmo tempo, introduzida no receptáculo; 51
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6. Alinha-se o alojamento do ejetor, na traseira do cano, no receptáculo, e empurrase o cano até que este seja totalmente introduzido no receptáculo; 7. Coloca-se o bujão do depósito, apertando-o sem excesso. Observação: Não se deve acionar a corrediça repetidamente enquanto o cano não estiver montado. Da mesma forma, não acionaremos o gatilho repetidamente "em seco", pois estes danificam componentes da arma.
INCIDENTES DE TIRO MAIS COMUNS INCIDENTES Mecanismo de repetição não funciona Disparos Acidentais durante o manejo da bomba
CAUSAS CORREÇÃO Mola do retém da bomba Trocar a mola quebrada Trava do cão defeituosa
Mola ou dente do cão quebrados Extrator desajustado. Não extrai ou não ejeta Falta de pressão na mola do extrator Cartucho com culote de plástico Apresentação de 02 Sujeira no mecanismo Abas do retém dos cartuchos simultaneamente cartuchos defeituosos Sujeira no mecanismo Não percute Percursor quebrado Cão não engatilha
Substituir a peça Trocar a mola e o seu guia Ajustar o extrator Substituir a mola Usar munição adequada Limpeza das peças Substituição da haste retém dos cartuchos Limpeza das peças Substituição do percursor.
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BALÍSTICA
Introdução Discorreremos, agora, sobre alguns dos conceitos básicos que envolvem o tiro com armas de fogo, relacionados à balística. Iremos estudar a mecânica do disparo, os fenômenos que ocorrem desde que o projétil deixa a arma e os efeitos que o mesmo poderá causar, principalmente no alvo humano. Entre o deflagrar da carga de projeção e o impacto do projétil no alvo, todos os princípios da mecânica clássica se fizeram presentes, precedidos por princípios da termoquímica e da termodinâmica. Através do estudo da balística, iremos compreender estes fenômenos, aplicando-os no correto uso do armamento. A Mecânica é a parte da física que estuda o movimento, assim como suas causas e efeitos. O estudo das leis gerais da Mecânica constitui a chamada Mecânica Racional. A Mecânica Aplicada se subdivide em três partes, a Cinemática, a Estática e a Dinâmica. A Cinemática estuda os movimentos, independente das causas que os produzem. A Estática estuda as forças e os equilíbrios produzidos por elas. A Dinâmica, a seu turno, estuda as relações entre a força e os movimentos que as produzem. Estudando os movimentos e suas causas, é que se conseguiu a construção de máquinas e mecanismos, como, por exemplo, as armas de fogo.
Balística A Balística é uma parte da física, compreendida dentro da Cinemática e da Dinâmica, que estuda o movimento dos corpos e projéteis no espaço. Por projétil entende-se todo o corpo que se desloca livre no espaço, em virtude de um impulso recebido.
Ramos da Balística Dentro do estudo da balística, existem ramos específicos, dos quais se valem os homens para cálculos militares, astronômicos e, até mesmo, esportivos; abordaremos a balística militar e alguns preceitos da balística forense. A primeira estuda as armas e munições com objetivo de aprimorar seus efeitos, enquanto a segunda, visa esclarecer provas e fatos do interesse da justiça. Estes dois ramos possuem o mesmo objeto, porém o estudam com fins diversos. Pretendemos apenas abordar aqueles assuntos mais importantes, necessários a compor o acervo de conhecimentos técnico-profissionais que todo profissional de Segurança Pública deve possuir, para poder extrair o máximo de sua arma em caso de emprego real da mesma. A balística militar, ou especial, cujo conhecimento nos afeta diretamente, pode ser dividida em balística interior (ou interna), balística exterior, e balística de efeitos (ou terminal), como veremos a seguir.
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Balística Interior (Ou Interna) A balística interior estuda a estrutura, mecanismo, funcionamento e técnica de disparo da arma, assim como a mecânica do disparo e os efeitos da munição dentro das mesmas, até que o projétil a abandone.
Mecânica do Disparo Já foi visto que as armas utilizam a pressão dos gases resultantes da queima da pólvora para projetar um corpo no espaço. A mecânica do disparo pode ser assim dividida: Percussão - uma vez que o cartucho de munição esteja alojado na câmara da arma, a percussão ocorre com o ato de pressionar-se o gatilho, liberando o percussor, que se projeta em direção à espoleta do cartucho, atingindo-a; Iniciação da Espoleta - A espoleta, ao ser atingida, detona a carga de explosivo contida em seu interior, produzindo uma fagulha que se comunica com a carga de projeção através do evento existente no alojamento da espoleta; Queima da Carga de Projeção - A carga de projeção, em contato com esta fagulha, se aquece, numa reação química exotérmica, entrando em ignição, queimando e gerando, nesta reação, uma grande quantidade de gases, cujo volume ocupa maior espaço no estojo, acarretando um aumento controlado, mas muito rápido, da pressão interna do cartucho. Essa pressão poderia explodir a câmara da arma, caso nenhum componente se deslocasse. Como a pressão é progressiva e gradual, o projétil, ponto mais fraco no sistema, cede e desloca-se, pois é a única saída para a pressão gerada; Voo Livre e Tomada do Raiamento pelo Projétil - Na maioria das armas, a primeira parte do cano (continuação da câmara) é desprovida de raiamento, sendo que o projétil é forçado, logo após a um curto deslocamento livre, de encontro às raias. O projétil ganha velocidade e movimento de acordo com o sentido e o passo do raiamento. A pressão dos gases atinge seu pico a poucos centímetros da câmara, no interior do cano, e o projétil continua seu deslocamento;
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CENTRO DE ENSINO E FORMAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR DO MATO GROSSO DO SUL Aceleração do Projétil no Interior do Cano - Vencida a inércia e a resistência do atrito com o cano, o projétil é impulsionado no interior deste, ganhando velocidade;
Saída do Projétil - Neste momento, o projétil alcança a boca do cano; com a saída do projétil, a pressão cai bruscamente, havendo escapamento dos gases. O estojo vazio, que dilatou no momento do disparo, selando a câmara, retorna parcialmente a seu diâmetro original, permitindo sua extração.
Os princípios fundamentais da mecânica se fizeram presentes desde o momento do disparo, e o princípio da ação e reação pôde ser sentido no recuo da arma. Recuo da Arma Isaac Newton, em 1686, já pronunciava nas leis da dinâmica, que, a cada ação corresponde uma reação de igual intensidade, porém de sentido contrário. Imediatamente após a saída do projétil do cano, uma força contrária, da mesma intensidade da que moveu o projétil, atua sobre a estrutura da arma. Esta força provoca e é conhecida como o RECUO DA ARMA, e atua no sentido do eixo do cano. Como há diferença entre o cano e o ponto médio da empunhadura, haverá uma alavanca na arma, com o movimento do cano para cima. Quanto maior o calibre da arma e a potência da munição, maior será o recuo da mesma. Este, porém, é facilmente administrável pelo atirador, através da correta empunhadura da arma. Por sua vez, o ruído do disparo é provocado, principalmente, pela queima da pólvora. O recuo da arma pode apresentar determinados problemas, principalmente se o atirador for novo e inexperiente, pois ele tenderá a ter receio do "coice" da arma, em especial nas armas de grande calibre, como os fuzis. Este fenômeno é algo com o que o atirador tem de aprender a conviver. Para controlar os problemas referentes ao recuo das armas de fogo, algumas medidas podem ser adotadas, como a adequação da coronha da arma, o uso de algum sistema de amortecimento do recuo (especialmente em armas longas), como os compensadores (ou "freios de boca") ou mesmo o constante treinamento, que auxilia a evitar os efeitos psicológicos negativos do recuo no atirador, como antecipação do disparo, por exemplo. 55
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Armas de Cano de Alma Lisa Algumas regras estabelecidas para armas de alma raiada não são válidas para as armas desprovidas de raiamento. Nestas, as variáveis diferem, na dinâmica dos movimentos dos projéteis, pois os cartuchos são estruturalmente diferentes. A inexistência de raiamento faz com que a resistência ao deslocamento do projétil (ou projéteis) seja quase nula. Há, também, o estrangulamento da boca do cano (o choque), cuja função é a de diminuir a dispersão dos balins e aumentar o alcance útil das espingardas de combate. Entretanto, o fenômeno do recuo é comum a ambas as armas.
Pressão de Trabalho para Armas e Munições Aspectos a considerar: Pressão gerada no interior das armas O aço das armas de fogo recebe um tratamento específico para suportar determinado pico de pressão. A elevação indiscriminada deste índice pode gerar a ruptura do aço, expandindo a pressão para todas as direções, inclusive a do atirador; –
Condições do projétil em razão da alta pressão Os projéteis não encamisados, principalmente os de chumbo, tendem a deixar resíduos dentro do cano das armas, em caso de pressão e/ou calor e velocidade excessiva, provocando o fen ômeno de “chumbamento” do cano, comprometendo assim a precisão. –
Balística Exterior (ou Externa) A balística externa, ou exterior, preocupa-se com o estudo da trajetória do projétil, desde o momento em que este abandona o cano da arma, até o momento em que se detém no alvo. Os princípios da mecânica se aplicam, por excelência, a partir do momento em que o projétil inicia seu deslocamento livre na atmosfera. É o que estudaremos neste ponto do trabalho: a trajetória do projétil.
Estudo da trajetória do projétil A trajetória do projétil na atmosfera está sujeita à influência de vários fatores, que irão determinar a precisão da arma, por atuarem diretamente sobre ele. Devido à grande velocidade da maioria dos projéteis de armas de fogo, a resistência do ar detém essencial importância, uma vez que atua como elemento frenador do projétil. Se a trajetória fosse dividida em vários segmentos, e fosse aferida a cada um deles a energia cinética (força viva), obteríamos diferentes valores de velocidade com relação à resistência do ar. 56
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Desvios do Projétil A trajetória do projétil deve ser considerada sob um aspecto tridimensional, uma vez que os elementos que acabamos de ver não se encontram apenas em um só plano. O projétil é passível de deslocamentos transversais à linha de visada, devendo sua trajetória ser referida às três dimensões do espaço. Estes deslocamentos transversais, para um ou outro lado, em relação ao objetivo visado, são devidos a fatores intrínsecos e extrínsecos, e aos movimentos do próprio projétil, e são conhecidos pelo nome de deriva. Dentre os fatores extrínsecos, temos como mais significativo a influência do ar atmosférico. Este é um elemento, na verdade, fluido, que está em constante movimento, devido ao deslocamento de massas de ar frias e aquecidas, respectivamente, mais e menos densas, o que determina uma série de influências sobre o projétil. A mais simples brisa lateral, dependendo da velocidade e da distância do tiro, poderá causar grave desvio na trajetória do projétil, fazendo o atirador errar o alvo visado.
Velocidade dos Projéteis A velocidade máxima do projétil é obtida um pouco além da boca do cano da arma, em virtude de, ainda, a pressão dos gases estar atuando sobre o mesmo. A partir daí, ele passa a perder velocidade, por inúmeros fatores, alguns já estudados, como a resistência do ar. Existem munições supersônicas e subsônicas; as primeiras possuem velocidade maior que a do som (340 m/s), as segundas, menor. A utilização de um ou outro tipo de munição vai depender das necessidades do atirador e da capacidade da arma.
Alcance da Munição Ao referirmos o alcance de determinado tipo de munição, devemos ter em mente que este nunca será relativo a um elemento isolado do conjunto do tiro, mas sempre a um sistema, que compreende a arma utilizada (seu comprimento de cano, passo de raias, etc.) e a munição empregada (potência, calibre, massa do projétil, etc.), assim como do ângulo de tiro com que a arma será disparada. Projéteis de armas curtas, como o .38 SPL, tem baixo coeficiente balístico, algo em torno de 0,15. Já os projéteis tipos "boat tail" normalmente utilizados em armas longas, tem alto coeficiente balístico, por volta de 0,55, destinando-se para o tiro às distâncias longas. A trajetória do projétil na atmosfera está sujeita, também, à influência de vários fatores, que irão determinar a precisão e o alcance do conjunto arma/munição, por atuarem diretamente sobre ele. No início deste capítulo, nos referimos à influência da resistência do ar na trajetória do projétil. É claro que esta resistência afeta o alcance do projétil, ou seja, se a trajetória fosse dividida em diversos segmentos, e fosse medida a energia do projétil em cada um deles, obteríamos diferentes valores de velocidade com relação à resistência do ar, que teria influência direta sobre o seu alcance. A força exercida pela gravidade, como foi visto, também possui influência direta sobre o projétil. No caso das armas curtas, quase todos os projéteis têm a configuração mais ou menos ogival ou arredondada, e a base plana, atributos estes que fazem com que, em média a cada 100 metros, 57
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CENTRO DE ENSINO E FORMAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR DO MATO GROSSO DO SUL percam de 20 a 25 % de sua velocidade inicial. Um teste realizado pelo Exército dos EUA, quando da escolha de sua arma de coldre regulamentar em calibre 9 mm Parabellum, revelou que uma arma curta militar disparada a 1,5 m do solo, em posição perfeitamente horizontal (0° de inclinação), teve seu projétil deslocando aproximadamente 250 m antes de tocar o solo. Nas armas longas raiadas é possível melhorar sensivelmente o desempenho aerodinâmico dos projéteis, a ponto de, em calibres como o 7 mm ou .30, a perda de velocidade ficar limitada apenas a 6% a cada 100 m de trajetória.
Tipos de alcance de munições
Como visto, o alcance de tiro, nas armas que disparam projéteis singulares ou balins múltiplos, vai depender do ângulo de disparo (ângulo formado entre a linha de tiro e a horizontal), bem como da arma e da munição empregada, tendo em vista a variedade de projéteis e cargas para cartuchos de mesmo calibre. Para estudo do alcance das munições, é necessário estabelecer diferenciação entre os diversos tipos de alcance que serão referidos.
Alcance máximo Também chamado alcance real, é a distância compreendida entre a boca do cano da arma e o ponto de chegada do projétil. É calculado normalmente através de fórmulas balísticas que consideram a velocidade inicial, o ângulo de projeção e o coeficiente de resistência (balístico).
Alcance útil Nas armas de cano desprovido de raiamento (alma lisa), o alcance útil é determinado pela dispersão da arma e pelas possibilidades práticas de sua utilização. Nas espingardas, o diâmetro do círculo de dispersão, ou agrupamento, é controlado pelo choque, que é um estrangulamento na porção final do cano, próximo à boca, que tem por finalidade agrupar os múltiplos balins disparados desde o cartucho. 58
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CENTRO DE ENSINO E FORMAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR DO MATO GROSSO DO SUL Nas armas de cano raiado, o alcance útil é definido como sendo a distância em que o projétil causará ferimentos de certa gravidade em alvo humano.
Alcance de utilização Assim é denominado o alcance em que um atirador experimentado é capaz de atingir, com razoável grau de certeza e precisão, um quadrado de 30 cm de lado, que simula a área onde se localizam os principais órgãos vitais do corpo humano. Além das variáveis já referenciadas, a experiência do atirador irá influenciar neste tipo de alcance.
Balística Terminal ou de Efeitos Denomina-se balística terminal, ou de efeitos, aquela parte da balística que se preocupa com os efeitos do projétil no seu impacto contra o alvo. Diversos são os efeitos dos projéteis em seu ponto de chegada, dependendo de sua trajetória, das influências já comentadas, bem como do tipo de estrutura do alvo (se de madeira, metal, tecido humano, etc.), o que vai determinar seus maiores ou menores efeitos.
Munições São corpos carregados com propelentes ou qualquer outro produto, ou ainda uma combinação de dois ou mais produtos, que podem ser arremessados por uma arma ou qualquer outro meio, destinados a produzirem danos contra pessoal, material ou instalações.
Cartucho Um cartucho completo é composto de:
1 - Projétil 2 – Estojo 3 - Propelente 4 - Espoleta
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Componentes dos cartuchos: Estojo O estojo é o componente de união mecânica do cartucho, e trata-se de um componente indispensável às armas modernas. O estojo possibilita que todos os componentes necessários ao disparo fiquem unidos em uma peça, facilitando o manejo da arma e diminuindo o intervalo em cada disparo. –
Atualmente a maioria dos estojos são construídos em metais não-ferrosos, principalmente o latão (liga de cobre e zinco), mas também são encontrados estojos construídos com diversos tipos de materiais como plásticos (munição de treinamento e de espingardas), papelão (espingardas) dentre outros.
Quanto ao Tipo de Iniciação Fogo Circular: A mistura detonante é colocada no interior do estojo, dentro do aro, e detona quando este é amassado pelo percussor;
estojo.
Fogo Central: A mistura detonante está disposta em uma espoleta, fixada no centro da base do
Espoleta A espoleta é um recipiente que contém a mistura detonante e uma bigorna, utilizado em cartuchos de fogo central.
Tipos de Espoleta Boxer: muito usada atualmente, tem a bigorna presa à espoleta e se utiliza de apenas um evento central, facilitando o desespoletamento do estojo, na recarga;
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CENTRO DE ENSINO E FORMAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR DO MATO GROSSO DO SUL Berdan: utilizada principalmente em armas de uso militar, a bigorna é um pequeno ressalto no centro da base dos eventos;
Bateria: utilizada em cartuchos de caça, tem a bateria incorporada na espoleta de forma a ser impossível cair, facilitando o processo de recarga do estojo.
Propelente Propelente ou carga de projeção é a fonte de energia química utilizada para arremessar o projétil à frente, imprimindo-lhe grande velocidade. A energia é produzida pelos gases resultantes da queima do propelente, que possuem volume muito maior que o sólido original. O rápido aumento de volume de matéria no interior do estojo gera grande pressão para impulsionar o projétil Atualmente, o propelente usado nos cartuchos de armas de defesa é a pólvora química ou pólvora sem fumaça. Desenvolvida no final do século passado, substituiu com grande eficiência a pólvora negra, que hoje é usada apenas em velhas armas de caça e réplicas para tiro esportivo. A pólvora química produz pouca fumaça e muito menos resíduos que a pólvora negra, além de ser capaz de gerar muito mais pressão, com pequenas quantidades.
Tipos de Pólvoras Atualmente, dois tipos de pólvoras, sem fumaça, são utilizadas em armas de defesa: a) Pólvora de base simples: fabricada a base de nitrocelulose, gera menos calor durante a queima, aumentando a durabilidade da arma; b) Pólvora de base dupla: fabricada com nitrocelulose e nitroglicerina, tem maior conteúdo energético, gerando maior pressão e queima mais rápida.
Projéteis Projétil é qualquer sólido que pode ser arremessado ou lançado. No universo das armas de defesa, o projétil é a parte do cartucho que será lançada através do cano, em virtude da queima de uma carga de projeção. 61
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Tipos de Projéteis a) Projéteis de chumbo: Como o nome indica, são projéteis construídos exclusivamente com ligas desse metal. Podem ser encontrados diversos tipos de projéteis, destinados aos mais diversos usos, aos quais podemos classificar de acordo com o tipo de ponta. b) Projéteis Encamisados - São projéteis construídos por um núcleo de chumbo, recoberto por uma capa externa chamada camisa ou jaqueta. A camisa é normalmente fabricada com ligas metálicas como: cobre e níquel; cobre, níquel e zinco; cobre e zinco; cobre, zinco e estanho ou aço
Os projéteis encamisados podem ter sua capa externa aberta na base e fechada na ponta (projéteis sólidos) ou fechada na base e aberta na ponta (projéteis expansivos), sendo que estes últimos destinam-se à defesa pessoal, pois ao atingir um alvo humano são capazes de deformar-se e aumentar seu diâmetro, obtendo maior capacidade lesiva. Exemplos de projéteis expansivos são as munições Hollow Point e Hydra shock. c) Projéteis Semi-encamisados - São aqueles em que a jaqueta de cobre (ou alumínio) não chega a cobrir todo o projétil, deixando sua ponta de chumbo exposta. Podem ser de ponta oca ou de ponta macia, possuindo maior expansão e maior penetração, respectivamente. São munições comumente empregadas em revólveres, em especial os de calibre .357 Magnum, sendo que a de ponta oca é considerada a mais efetiva para o uso desse calibre. d) Projéteis Especiais - São projéteis que, por suas particularidades únicas, são classificadas como especiais. São as munições de fragmentação, as explosivas e as perfurantes. Fragmentáveis: São projéteis expansivos, projetados para que se fragmentem ao entrar em contato com o alvo. Apresentam excelentes índices de poder de parada, transmitindo grande nível de energia ao corpo humano. Exemplos de munições fragmentáveis são as munições Glases e Mag safe. Explosivas: São projéteis que empregam um dispositivo explosivo colocado dentro de sua cavidade, com uma espoleta que detona ao entrar em contato com o alvo. São extremamente perigosas, pois, podem detonar dentro da arma. Exemplo deste tipo de munição é a exploder. Perfurantes: Seus projéteis são fabricados com aço extremamente duro, cobertos com uma fina carapaça de Teflon, reduzindo assim sua fricção no interior do cano durante o disparo. São capazes de atravessar sem qualquer problema obstáculos leves, como latarias de automóveis. São munições 62
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CENTRO DE ENSINO E FORMAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR DO MATO GROSSO DO SUL que devem ser utilizadas com cautela, visto que facilmente transpõem o alvo, podendo atingir o que se encontra atrás.
Tipos de Pontas
Ogival: uso geral, muito comum; Canto-vivo: uso exclusivo para tiro ao alvo; tem carga reduzida e perfura o papel de forma mais nítida; Semi canto-vivo: uso geral; Ogival ponta plana: uso geral; muito usado no tiro prático (IPSC) por provocar menor número de "engasgos" com a pistola; Cone truncado: mesmo uso acima; Semi-ogival: também muito usado em tiro prático.
CALIBRE
Introdução Calibre é o diâmetro entre os fundos do raiamento do cano de uma arma (diâmetro do projétil) ou o diâmetro medido entre cheios, isto é, medido diretamente na boca do cano desconsiderando-se a profundidade do raiamento (calibre real). Estas medidas podem ser expressas em polegadas ou milímetros, sendo que ao se falar em calibre .380, ou 9mm, faz-se referência ao calibre do projétil. Desta forma, o calibre .223" (223 milésimos de polegada ou 0,223 polegada) corresponde ao 5,56 mm. O calibre é o mesmo, apenas expresso em unidades diferentes.
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Alma raiada: quando o interior do cano tem sulcos helicoidais dispostos no eixo longitudinal, destinados a forçar o projétil a um movimento de rotação. Alma lisa: não possui sulcos, sendo o interior do cano liso. Quando ouvimos falar de uma determinada munição, muitas vezes nos perguntamos: será que esse calibre é bom para a defesa? Quando alguém diz que o calibre .22 é bom para defesa, estará ele sendo coerente? Quando vemos o anúncio de venda de uma pistola no calibre 7,65 mm, devemos usála para nossa defesa e de nossos familiares? Quando no serviço é comentado sobre o calibre .40 S&W, ficamos calados por não saber nada sobre ele? E o .45 ACP? É tão bom assim? Se é tão bom, porque o Exército o trocou pelo 9mm Parabellum? No Brasil, a legislação atual não nos permite alçar grandes voos quanto aos calibres de última geração, nem quanto ao armamento correspondente. Mas isso não impede que no policiamento nos deparemos com uma arma cujo calibre não é permitido a civis, bem como o seu uso seja restrito às Forças Armadas. Vamos citar aqui alguns dos calibres mais importantes no meio civil e militar para armas curtas.
Calibre .22 É considerada a mais antiga munição de cartucho metálico do mundo, com fogo circular (1845). Surgiu de experiências europeias na busca de munições para o tiro-ao-alvo em recintos fechados na primeira metade do século passado. Já o primeiro revólver a calçar o .22 Curto foi um Smith & Wesson Nº1 americano, concebido especialmente para a pioneira munição de estojo metálico. 64
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CENTRO DE ENSINO E FORMAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR DO MATO GROSSO DO SUL O calibre .22 não foi concebido para obter-se resultados balísticos excepcionais, mas sim para uma utilização no tiro informal, ou para a prática de tiro ao alvo em competições não superiores a 50 metros, além de caça de pequenos animais, alcançando um nível de qualidade e precisão ainda não suplantado por nenhum outro calibre (exceto os calibres recarregados profissionalmente). Em termos de defesa, foi aperfeiçoado com o lançamento dos cartuchos de 3ª geração, além do .22 Magnum, que possuem maior possibilidade de gerar grandes traumatismos aos órgãos atingidos, devido à alta velocidade de deslocamento do projétil. Usamos um revólver ou pistola neste calibre para defesa? O cartucho na configuração permitida pela legislação brasileira (.22 LR) não é aconselhável para defesa pessoal, mas se fosse possível a utilização legal do .22 Magnum com projétil de ponta-oca, este seria sim um cartucho razoável para defesa, pois sua balística se aproxima do .38 SPL, devido à alta velocidade do projétil.
Calibre 6,35 MM Browning - (.25 ACP) O calibre 6,35 mm foi criado pelo armamentista Jonh Moses Browning junto à Fabrique Nationale de Armes de Guerre (FN), de Herstal, Bélgica, em 1906, para uso em uma supercompacta pistola de defesa. Nos EUA, o calibre foi introduzido em 1908, utilizando-se a medida de diâmetro de seu projétil em centésimos de polegada, acrescido das letras ACP (Automatic Colt Pistol), tornando-se então conhecido como .25 ACP ou .25 Auto. Na Europa, nas décadas de 20, 30 e 40, era comum cavalheiros e até damas portarem pequenos revólveres ou pistolas nesse calibre em seus bolsos, bolsas e até nos grandes calções de banho dos policiais daquela época, durante seus passeios e atividades. No Brasil, disseminaram-se pequenas armas nesse calibre até a década de 50, de origem alemã e espanhola, sendo que até hoje é fabricado pela CBC esse cartucho. Pelo baixíssimo Stopping Power (poder de parada) gerado pelo calibre, não cabe analisar a viabilidade de se portar uma arma calibre 6,35 mm para defesa, pelo fato de que ele foi concebido para ser utilizado em última instância, ou como 2ª arma. Seu uso é útil de 2 a 5 metros, que podemos chamar de combate a curta distância, quase como um corpo-a-corpo. É o calibre mais fraco em termos de energia, sendo desaconselhável a sua utilização para qualquer fim pelo seu fraco desempenho Tem como vantagem a sua destinação a armas extremamente compactas, facilitando o porte discreto, chegando a serem usadas como a arma reserva da arma reserva. As armas cal. 6,35 mm tem como característica o fácil manuseio e pequeno recuo, indicadas para iniciantes pouco familiarizados com o tiro.
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Calibre .32 Foi criado por volta de 1860 nos EUA, na configuração Rim Fire (fogo circular) ou seja, sem espoleta central no culote do cartucho. Dez anos após a sua criação nos EUA, na Inglaterra era desenvolvido o mesmo calibre, rebatizado de .320, de fogo central, desenvolvido especificamente para revólveres produzidos pelas firmas Webley e Tranter. Com o advento de sua nova configuração (fogo central), o calibre disseminouse pela Europa, passando a ser fabricado em diversos países. Os cartuchos em fogo central, no caso o .32 S&W (curto) e o .32 S&W Long são fabricados até hoje e ainda mantém um bom índice de vendas para utilização em armas compactas. O calibre .32 ao atingir um ponto vital do corpo humano, é tão letal quanto qualquer outro calibre. Ao se tratar de pontos vitais, não existe calibre que mata mais ou calibre que mata menos. Existe sim um índice relativo de incapacitação medido através do stopping power que cada calibre possui ao atingir pontos não vitais do ser humano.
Calibre 7, 65 MM Browning - (.32 ACP) Criado por Jonh M. Browning em 1895, teve sua primeira utilização em uma pistola semiautomática fabricada pela FN (Fabrique Nationale de Armes de Guerre) belga. Como na Europa já a muito tempo existia a limitação por parte de diversos países quanto à utilização de superiores ao .32 (ou 7,65 mm), esse calibre obteve grande aceitação por parte da população, pois calibres maiores eram considerados de uso policial ou militar, ou seja, eram considerados calibres potentes. Em 1903, a Colt lançou nos EUA a primeira pistola no calibre, denominado Colt Pocket Model, alterando o seu nome para .32 ACP (Automatic Colt Pistol). Durante a 1ª Guerra Mundial (e até mesmo na 2ª), o 7,65 mm chegou a ser empregado como munição militar por alguns países e foi largamente utilizado por Oficiais alemães como calibre de suas armas de porte. Foi também muito utilizado em back-up guns (arma reserva) por ser calçada por armas de pequeno porte. Utiliza projéteis com peso de 60 a 80 grains, considerados muito leves para serem utilizados na defesa, tendo em vista a velocidade desenvolvida após a queima total da pólvora. Cartuchos fabricados hoje pela CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos), com projéteis de 71 grains (4,6 g) desenvolvem 905 pés/seg. (276 m/s) atingindo 175 joules de pressão, quando medidos em provetes de 4 polegadas de comprimento de cano. Podem ser utilizados em qualquer arma de boa procedência e em bom estado de conservação.
Calibre .380 ACP (Automatic Colt Pistol) Foi lançado na Europa pela FN (Fabrique Nationale de Armes de Guerre - Herstal, Bélgica) em 1902 e chegou a ser utilizado como munição militar na Alemanha e Itália, nas armas de porte dos Oficiais. Com um stopping power cerca de 20% superior ao calibre .32, ainda é munição padrão de algumas forças policiais na Europa, devido à grande portabilidade das armas que a utilizam. 66
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CENTRO DE ENSINO E FORMAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR DO MATO GROSSO DO SUL Trabalha com pressões semelhantes a do .38 Special, porém devido ao binômio baixo peso do projétil x pequena carga de pólvora, não chega a causar igual impacto no alvo, apesar de desenvolver velocidade superior. Encontra-se no limiar entre os calibres aceitáveis para defesa e os calibres ineficientes. Em 1987, o Ministério do Exército, através da Portaria nº 1237, incluiu o calibre .380 ACP e as armas que o utilizam na classificação de armas de uso permitido, acessíveis ao civil, causando sensação devido à novidade no mercado brasileiro.
Calibre .38 SPL (Special) No decorrer da Guerra Civil Norte Americana, foram desenvolvidos diversos cartuchos de fogo circular para armas de retro carga, chegando até o calibre .58''. Em 1865, com o fim da guerra, buscou-se um calibre que permitisse a sua utilização em armas curtas, chegando-se então ao calibre .38, lubrificado externamente e carregado com pólvora negra. Os primeiros cartuchos da família .38 de fogo central mantinham o diâmetro de .380'', até que em 1875, com o lançamento do .38 Long Colt, o diâmetro foi alterado para .357/.358” (9,04 a 9,09 mm), muito longe de ser um .38'' (9.65 mm), apesar de ser mantida a denominação original de calibre .38. Em 1902, a Smith & Wesson (EUA) lançou no mercado o calibre .38 SPECIAL, que tornou-se um dos calibres mais populares do mundo, projetado para ser utilizado em seu revólver Military & Police. Hoje o calibre .38 é largamente utilizado pelas polícias militares no Brasil. Essa utilização não significa que seja o melhor calibre para defesa. Foi popularizado pelo baixo custo e por ser o maior calibre cuja utilização é autorizada para civis. Apesar das polícias já possuírem armas de calibres mais potentes, perdura ainda uma quase padronização deste diâmetro no uso geral das corporações.
Calibre .38 SPL +P (Plus Power, mais Potência) A munição .38 SPL+ P (plus power, plus pressure, mais força, mais pressão) é um desenvolvimento natural do calibre .38 criado no início do século. A munição +P é aquela que opera com pressões acima do padrão do calibre, mas ainda dentro dos limites das margens de segurança estipulados pelos fabricantes de armas. Em 1974, o Instituto de Fabricantes de Armas e Munições Esportivas (S.A.A.M.I.) dos EUA normatizou a nomenclatura +P de acordo com as características técnicas de cada calibre. O calibre .38 opera a um teto de 18900 c.u.p. (Cooper Units of Pressure) sendo que o teto estabelecido para o .38 SPL + P é de 22400 c.u.p. Armas de boa procedência com manufatura recente e robusta podem utilizar tal munição, porém seu uso constante ou excessivo acarreta um desgaste prematuro da arma. Os revólveres TAURUS calibre .38 fabricados a partir de setembro de 1988, cujo número de série é procedido das letras HI em diante, bem como os revólveres ROSSI fabricados a partir de janeiro de 1979 são dimensionados para atuar com munição .38 SPL + P, devido a alterações efetuadas na dureza dos tambores dessas armas, executadas pelos fabricantes. É importante frisar que o uso contínuo de munição +P pode reduzir a vida útil da arma que a utiliza, em especial as de pequenas dimensões, podendo exigir ajustes periódicos em seu mecanismo. 67
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CENTRO DE ENSINO E FORMAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR DO MATO GROSSO DO SUL Com o maior recuo da arma decorrente de maior potência do cartucho, é aconselhável que o atirador efetue prévio treinamento com tal munição, adequando inclusive o ponto de visada (armas de mira fixa) ou regulando o seu sistema de pontaria (miras reguláveis).
Calibre .38 SPL +P+ O conceito +P foi levado ao extremo quando foi fabricado uma escala limitada para órgãos de segurança norte-americanos de uma munição .38 SPL denominada +P+, que atua na faixa dos 25 000 c.u.p. Essa pressão atua muito próxima do limite suportável por uma arma calibre .38 de médias dimensões. O resultado obtido em ganho de energia e velocidade não compensa se levarmos em conta os riscos decorrentes de sua utilização, a não ser quando empregadas em armas Magnum.
Calibre .357 Magnum Lançado juntamente com um revólver de armação pesada fabricado pela Smith & Wesson, o calibre .357 Magnum surgiu no mercado americano em 1935, desenvolvido pela Winchester CO em parceria com a Smith & Wesson, buscando alcançar um desempenho elevado em termos de balística, trabalhando na faixa de 48.500 c.u.p. Possui um cartucho alongado em 14'' (3,56 mm) em relação ao estojo do .38 SPL, visando impedir a sua introdução em tambores de revolveres .38. Normalmente carregado com pólvora de base dupla, utiliza espoletas de maior poder iniciador, do tipo Small Pistol Magnum. Tal calibre é utilizado por Oficiais da PM e por pequenos grupos especializados das polícias civis e militares, mas seu uso requer critério e bom senso. Sendo uma munição de alta potência, tem grandes chances de atingir outro alvo, além do desejado. Sua energia pode acarretar consequências indesejadas quando utilizado em locais com público ou contra obstáculos de baixa resistência, como paredes de madeira, etc. A menos que se utilize um projetil altamente expansivo e deformável, este transporá o alvo, atingindo outros mais adiante.
Calibre 9mm Parabellum (9x19mm ou 9mm Luger) Este cartucho, criado pela DWM da Alemanha em 1902 para utilização na pistola militar Luger, passou a ser utilizado posteriormente por toda a Marinha e Exército alemães. Pelas suas características, é o cartucho para armas automáticas e semiautomáticas que obteve a maior aceitação pelas forças militares e policiais do mundo. Destaca-se a alta velocidade de seu projétil aliado ao pequeno tamanho do cartucho, que possibilita a utilização de carregadores de grande capacidade em armas compactas. Essa particularidade fez nascer nos EUA o conceito wondernine, que nada mais era do que a exaltação das pequenas pistolas nesse calibre, com carregadores de alta capacidade, classificadas então, como armas de grande poder de fogo. O cartucho 9 mm Luger , quando utilizado com projétil ogival, totalmente encamisado, possui bom poder de penetração, porém com pequena deformação, reduzindo o seu poder de parada. Já com projéteis modernos, do tipo ponta-oca (EXPO, Hidra-Shock, Silver Tip, Black Talon, entre outras designações comerciais), ou especiais (Glaser - projétil norte-americano), o seu poder de parada 68
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CENTRO DE ENSINO E FORMAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR DO MATO GROSSO DO SUL aumenta consideravelmente, pelo aproveitamento da grande velocidade do projétil, que ao chocar-se com o alvo deforma-se mais facilmente. Tais características levaram o calibre 9 mm Luger a ser adotado por diversas forças armadas em substituição ao calibre .45, a exemplo do Brasil, e até mesmo nos EUA, que utilizavam o .45 pelas suas características peculiares e inclusive pela tradição, mas que ocupava muito espaço nos carregadores das armas. O 9 mm só deve ser considerado um bom calibre para defesa quando utilizado com projéteis deformáveis, caso contrário ele transforma-se em um bom perfurante, muitas vezes transmitindo o resto de sua energia inicial contra uma parede, um carro ou uma vítima inocente, após atravessar o 1º alvo.
Calibre 10 mm Auto É um calibre que surgiu no final da década de 70 na busca de algo que se colocasse entre a alta velocidade com trajetória tensa do 9 mm Luger, e a baixa velocidade com maior peso e diâmetro do .45 ACP. Juntamente com o calibre, foi criada uma pistola para calçá-lo, de nome BREN TEN, fabricado pela empresa Dixon & Dornaus, a qual, devido ao fracasso da arma, faliu dois anos após o lançamento da mesma. O calibre ressurgiu graças à fábrica COLT, que lançou a pistola DELTA ELITE, fabricada até hoje, onde o calibre ganhou força comercial, gerando então lançamentos de outros fabricantes, como a GLOCK, SMITH & WESSON, SPRINGFIELD ARMORY, etc. Apesar de ser um calibre sem repercussão nos meios militares e policiais, o FBI (EUA) fez estudos e ensaios com a finalidade de adotar o 10 mm como padrão para o serviço, mas tal cartucho demonstrou ser demasiadamente potente, gerando forte recuo e estampido. Trazendo dificuldade inclusive na recuperação da visada no tiro, o calibre 10 mm foi abrandado utilizando projéteis mais leves, disparados a velocidades mais baixas, chegando a uma balística semelhante à do calibre .45, adequado à função policial.
Calibre .40 Smith & Wesson (.40 S&W) A ideia da Smith & Wesson, materializada pela empresa americana Winchester, ganhou vida na forma de um 10 mm mais curto, com menor carga propelente, pois os diâmetros dos projéteis utilizados por aquele cartucho e o .40 S&W são idênticos (.400''/.401''). É um cartucho que reúne diversas vantagens, como por exemplo, não ser excessivamente largo como o .45, possuindo excelentes índices balísticos, comprovados em países de 1º mundo, boa performance no uso militar e policial, além de ser considerado atualmente como ideal no uso esportivo. Estatísticas publicadas nos EUA garantem que o seu Stopping Power chega a 96% de eficiência (projétil de ponta-oca), superando o calibre .45, historicamente conhecido como mais eficaz. Além disso, o calibre .40 S&W assemelha-se ao .45 quanto à sua operação na arma, sem falhas significativas, ao contrário do 9 mm Luger, que é naturalmente mais seletivo quanto à configuração dos itens utilizados na sua carga ou recarga. Cabe citar aqui que uma comparação entre os calibres 9 mm, .40 S&W e .45 ACP é natural, pois a competição entre o 9 mm e o .45 já é histórica, quanto à eficiência 69
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CENTRO DE ENSINO E FORMAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR DO MATO GROSSO DO SUL no uso militar, policial e para a defesa do civil. O calibre .40 S&W veio somar-se à dupla, apesar de ser considerado como uma munição que ainda encontra-se na sua infância em termos de mercado, pois foi lançado em 1990. A indústria de material bélico se esmera no aprimoramento de produtos para utilização deste calibre, com o cuidado de projetar armas mais robustas, com detalhes reforçados, tendo em vista que o calibre .40 S&W realiza uma enérgica operação de ferrolho (recuo do ferrolho, posterior ao disparo), gerando stress à estrutura da arma.
Calibre .44 Apesar de já ser utilizado em diversas armas curtas nos anos de 1864/65, como em pistolas de tiro único, sendo produzidas na época com cartuchos de fogo circular, o calibre .44 evoluiu ao longo dos anos na forma de mais de 25 tipos de cartuchos diferentes. Hoje é comercializado em três configurações diferentes, conhecidos com os nomes de .44 Special, .44-40 WCF (Winchester Center Fire), e .44 Remington Magnum. O .44 Special é uma evolução de um cartucho elaborado para utilização militar na Rússia. Com o advento da pólvora sem fumaça, tal cartucho cresceu comercialmente e hoje é utilizado em várias armas no mercado americano e europeu. Taurus e Rossi fabricam para exportação excelentes armas nesse calibre. O .44-40 WCF, sendo um calibre originalmente lançado para ser utilizado em uma carabina (Winchester Modelo 1873), tornou-se popular inclusive no Brasil, onde o Ministério do Exército autoriza a utilização desse calibre para armas longas. A Amadeo Rossi fabrica a carabina Puma e a CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos) com cartucho nesse calibre. O .44 Remington Magnum é considerado calibre proibido no Brasil, e não é aconselhável a sua utilização por principiantes. Com o precedente aberto pelo calibre .357 Magnum em relação ao .38 Special, Elmer Keith - atirador conhecido nos EUA - desenvolveu o .44 Magnum aumentando a cápsula do .44 Special em 1/8 de polegada, para impedir a utilização em armas que não fossem projetadas para o novo calibre, que trabalhava com altas pressões (43.200 c.u.p.). É hoje conhecido como The Big .44 (O Grande .44), alcançando o status de ser a mais poderosa munição para caça e defesa para armas curtas no mundo. Apesar disso, não tem grande aceitação no uso policial devido ao fato que os revólveres que a calçam são extremamente grandes, além do grande recuo do calibre, que torna praticamente impossível efetuar disparos rápidos e seguidos com aproveitamento. Esportivamente, é utilizado em revólveres e pistolas de tiro único para a modalidade de silhuetas metálicas.
Calibre .45 ACP Apesar de ser um cartucho com projétil e estojo muito largos, dificultando a utilização em armas compactas, é credenciado como uma das melhores munições para defesa. Combina um projétil largo e pesado disparado a baixa velocidade, com um grande S topping Power . 70
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CENTRO DE ENSINO E FORMAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR DO MATO GROSSO DO SUL Além de ser desenvolvido na forma de aproximadamente 40 cartuchos diferentes, em 1911 , juntamente com a conhecida pistola Colt modelo 1911, foi criado por Jonh M. Browning o calibre .45 ACP (Automatic Colt Pistol), que hoje é considerado pelos atiradores como o bê-á-bá para quem está iniciando na recarga de cartuchos para armas semiautomáticas, tal a facilidade de combinação de insumos (pólvora, projétil, etc.) e a incrível tolerância por parte dos mecanismos das pistolas na utilização dessas recargas. O Brasil utilizou o calibre .45 ACP até 1972/73 em suas Forças Armadas, substituindo-o pelo calibre 9 mm Luger. Encontramos aficionados nos meios civis e militares pelo .45 e pelas armas que o utilizam (as bocudas, assim carinhosamente chamadas em referência ao largo calibre), que não abrem mão deste diâmetro, mesmo com o lançamento de calibres mais modernos. É um calibre autorizado aos civis somente para competições de tiro prático (IPSC). Agora, quando falamos em defesa, temos que ter em mente que não podemos escolher uma arma de pequeno calibre em função do baixo custo de sua munição. Um stopping power maior é mais importante neste caso. Como são fabricados pequenos revólveres no calibre .38 SPL, não se justifica o porte de uma pistola no calibre 6,35mm, apenas por que esta pode ser fácil de carregar. O ideal seria a utilização de pistolas semiautomáticas nos calibres 9mm Parabellum, .40 S&W ou .45 ACP, com bons projéteis deformantes.
EFEITOS DOS PROJÉTEIS NO CORPO HUMANO
Generalidades O efeito hidrostático produzido pelo impacto de um projétil num meio parcial ou totalmente líquido é um dos principais assuntos estudados por esta parte da balística. Outro assunto importantíssimo diz respeito à penetração de um projétil e a manutenção de sua trajetória no interior do corpo que atinge, tendo estes assuntos grande importância nos âmbitos Policial e Militar como, por exemplo, na determinação de projéteis que consigam perfurar pontos importantes do motor de um veículo, ou projéteis que não proporcionem grande índice de perfuração, com o objetivo da não transfixação de um corpo. A seleção destes projéteis, de acordo com a sua finalidade, conta decisivamente com os estudos acerca do perfil (formato/peso) do projétil, a velocidade do impacto, a qualidade dos materiais utilizados na fabricação, e seu processo de fabricação, tudo isto sendo, também, objeto de estudo da balística terminal. A balística dos efeitos tem especial importância para a utilização das armas curtas de defesa, com as quais se pretende não só impactar o agressor, mas também anular sua capacidade ofensiva. Uma característica marcante deste tipo de estudo foi a criação e incorporação dos projéteis expansivos às munições de arma curta.
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Cavidades Temporária e Permanente Cavidade temporária Cavidade provocada pela entrada do projétil em um corpo. Depende, principalmente da existência de mais ou menos líquido no corpo que atinge, sendo este fator determinante na geração da onda hidrostática, que influenciará diretamente a quantidade de energia transmitida ao corpo. É verificada no momento da entrada do projétil no corpo e, apesar de temporária, é a cavidade que vai determinar os órgãos que serão atingidos e o poder de incapacitação da munição pois, ao ser gerada, atinge todos os órgãos contíguos à mesma, comprometendo-os em razão da energia transmitida. Outro fator importante é que as munições que possuem capacidade de gerar grandes cavidades temporárias possuem menor poder de penetração e transfixação, em virtude da capacidade de grande transferência de energia ao corpo que atingem. Como exemplos deste tipo de munição cita-se as munições expansivas (Hollow Point e Hydra Shock ) e as fragmentáveis ( Glaser e Magsafe), Contrariamente, as munições que não possuem capacidade de gerar grande cavidade temporária, são munições que apresentam grande poder de penetração, com os projéteis ogivais, encamisados ou não. Ressalte-se, por fim, que a capacidade de gerar e transmitir energia depende, tanto do formato do projétil, quanto do peso e da velocidade do mesmo, sendo estes fatores determinantes no fator de incapacitação.
Cavidade permanente Cavidade que se verifica depois da saída do projétil, ou após o momento de sua parada, caso não transfixe o corpo. Em razão da elasticidade do tecido animal, será sempre menor do que a cavidade permanente, sendo verificada após a transmissão da energia ao corpo, quando o tecido retomará, elasticamente, parte de sua estrutura. Não configura a real extensão do dano, pois o mesmo é verificado no momento em que é gerada a cavidade temporária.
"Stopping Power " ou Poder de Parada Um item sempre presente quando se fala em comparação de munições, o poder de parada, ou como é comumente chamado, “ stopping power ”, é um importante ponto a ser considerado no
desenvolvimento dos calibres e seus efeitos balísticos. O Stopping Power começou a ser estudado por volta de 1899, pelos Estados Unidos da América, e a razão principal para o início do mesmo foi o fato da munição militar padrão da época (o calibre .38 Colt), não demonstrar efetividade contra os fortes guerreiros mouros, enfrentados pelos EUA nas Filipinas à época. Nas batalhas ocorridas os nativos, mesmo após receberem vários disparos, 72
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CENTRO DE ENSINO E FORMAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR DO MATO GROSSO DO SUL continuavam atacando, e causando baixas entre as tropas americanas. Surge, então, a preocupação com o desenvolvimento de um tipo de munição que realmente “parasse” os inimigos.
Desta época até os dias atuais foram desenvolvidos inúmeros estudos e experiências, sempre à procura do “calibre ideal”, que causasse incapacitação imediata do alvo atingido, sendo certo que
muitos destes estudos, levados a cabo por interessados estudiosos, dentre eles o general americano Julian S. Hatcher, e o ex-policial americano Evan P. Marshall, tiveram várias fases, como por exemplo, utilização de tiros em cadáveres e também em animais de pequeno e grande porte, meios para coleta de dados buscando-se chegar ao calibre ideal. Mais recentemente (cerca de trinta anos) incluíram-se neste rol as instituições norte americanas voltadas ao assunto, incluindo-se aí o Instituto Nacional de Justiça, do Departamento de Justiça dos EUA. Apesar dos inúmeros esforços, ainda nos dias atuais não se tem uma “configuração ideal” de
calibre e/ou projétil, não obstante os grandes avanços desta área, que já determinaram importantes características, como a relação peso/velocidade e a importância da configuração dos projéteis nos efeitos causados no alvo. Isso ocorre principalmente porque, além de todas as causas balísticas, existem outras que interferem substancialmente na obtenção do resultado esperado, sendo os mesmos de caráter fisiológico e/ou psicológico, inerentes à cada pessoa em particular, e que influenciam decisivamente na questão levantada, sendo certo, porém, que ao atingir-se órgãos vitais e/ou o sistema nervoso central, os resultados são mais rápidos e efetivos. Um dos principais aspectos, neste sentido, é a formação das cavidades temporária e permanente, obtidas pelo projétil ao atingir um corpo total ou parcialmente líquido, conforme o formato do projétil e a sua velocidade, sendo o assunto estudado de forma mais específica mais adiante, neste estudo. Então, finalmente, o “poder de parada”, ou “ stopping power ” de maneira clara e simples, nada mais é do que “a capacidade que um projétil tem para parar (ou neutralizar) a ação de um atacante, um oponente, em seu curso de ataque, pondo- o fora de combate.” Ressalte -se, nesta definição, que
não necessariamente deve ocorrer a morte deste oponente, sendo buscada tão somente, sua incapacitação momentânea. Outro fator é que, o índice de poder de parada da munição diz respeito, diretamente, ao número de disparos necessários para “parar” o oponente, sendo este índice
considerado maior numa proporção inversamente proporcional ao número de disparos necessários para esta incapacitação.
“UTILIZAR
O
ARMAMENTO
DE
FORMA
CORRETA E SEGURA NÃO DEMONSTRA APENAS HABILIDADE E TREINAMENTO POR PARTE DO POLICIAL MILITAR, DEMONSTRA TAMBÉM A RESPONSABILIDADE DO PROFISSIONAL SÉRIO E DEDICADO À NOBRE CAUSA QUE ABRAÇOU!!”
(DESCONHECIDO) 73