JONAS
INFORMAÇÕES ESSENCIAIS • PROPÓSITO: Mostrar a extensão da graça de Deus – a mensagem da
salvação é para toda a humanidade que crê. • AUTOR: Jonas, Jonas, filho de de Amiatai • DESTINATÁRIOS: Israel e o povo de
Deus em qualquer lugar do mundo.
INFORMAÇÕES ESSENCIAIS • DATA: Entre 785-760a.C. 785-760a.C. • Pessoas-chave: Jonas, o capitão do navio
e a tripulação
• Lugares-chave: Jope e Nínive • PROFETAS CONTEMPORÂNEOS: Joel
(835-796? a.C.) e Amós (760-750a.C.) (760-750a.C.)
INFORMAÇÕES ESSENCIAIS • PANORAMA: Jonas precedeu Amós e
ensinou durante o reinado de Jeroboão II, o rei mais poderoso de Israel. A Assíria era o maior inimigo de Israel e conquistou essa nação em 722 a.C.. O arrependimento de Nínive durou pouco pois essa cidade foi destruída em 612ª.C.
INFORMAÇÕES ESSENCIAIS • Versículo-chave: “E não hei de eu ter
compaixão da grande cidade de Nínive, em que estão mais de cento e vinte mil homens, que não sabem discernir entre a sua mão direita e a sua mão esquerda, e também muitos animais?” Jonas 4:11
INFORMAÇÕES ESSENCIAIS • ***CARACTERÍSTICAS PARTICULARES:
Esse texto difere dos demais livros proféticos porque conta a história do profeta e não tem ênfase nas profecias. Na verdade, apenas um versículo traz o resumo de sua mensagem ao povo de Nínive (Jonas 3:4). Portanto, esse livro é uma narrativa histórica. Foi mencionado por Jesus como um retrato de sua morte e ressurreição (Mt 12:38-42).
PROFETA JONAS • O nome de Jonas Yonãh significa pomba ou
pombo. • Jonas também é apresentado como filho do profeta Amitai ou Amaty cujo significado é verdade oufidelidade. • Sendo assim, o seu nome Jonas filho de Amitai pode ser interpretado como o pombo filho da verdade, da fidelidade . Isto está mais ligado à personalidade do profeta apresentado na história do livro e contraria a
visão de profeta fujão, pregada normalmente.
CIDADE DE NÍNIVE • Nínive, que vem do hebraico Ninweh que é uma tradução do assírio Ninua, que é a transliteração do antigo sumério Nina, que
também era o nome dado à deusa Ishtar ou Astarte, uma das divindades dos Assírios, a qual também era chamada de rainha dos céus e chegou a ser adorada em Judá, conforme consta em Jeremias 7.18 .
• A deusa Ishtar era a deusa da guerra e do
amor sexual, por isso Nínive era considerada a capital da imoralidade e da violência. Conhecida também como CIDADE DOS LADRÕES.
• *** A cidade de Nínive foi fundada por
Ninrode, um grande e poderoso caçador diante da face de Iaweh, conforme consta em Gênesis 10.8-12 . • Após a morte de Sargão II, em batalha, Senaqueribe estabeleceu na famosa e antiga cidade de Nínive a capital mais famosa da Assíria. Isto porque a Assíria teve três cidades como capitais: Assur, Calá e Nínive. Não é fácil localizar a cidade de Nínive hoje do ponto de vista geográfico, mas alguns arqueólogos conseguiram localizá-la e dão as coordenadas de como seria a dimensão da cidade.
• Provavelmente, estava localizada cerca de
450 km ao norte da Babilônia e de Assur, sobre a margem oriental do rio Tigre e do outro do rio da moderna Mossul. Era formada por quatro cidades, por isso era uma cidade grande: Ninrode, Kuyunsik, Khorsabab e Keramles. Para circundá-la era necessário percorrer 97 km, ou 32 km por dia, o que provavelmente daria uma jornada de três dias a pé. Era um paralelogramo com aproximadamente 58 km de comprimento, 38 km de largura e com um perímetro de 97 km aproximadamente.
• Toda a cidade era cercada por muros de
aproximadamente 30,5m de altura e eram tão largos que no seu topo era possível que andasse três carros (de guerra) lado a lado. O muro estava fortificado com 1.500 torres e cada uma tinha 61m de altura.
• Atualmente ficaria localizada ao norte do
Iraque, por volta de 900 km de Jerusalém, em linha reta.
• Também era mais conhecida por três nomes: A Cidade Real Murada, A Cidade Luxuosa e A Cidade dos Ladrões. Através
de escavações arqueológicas foram descobertas muitas coisas importantes, que demonstraram a grandeza e toda a luxuosidade do império assírio.
RUÍNAS DOS MUROS DE NÍNIVE
• Naum também relata a crueldade dos
assírios e isto é feito cerca de 100 anos após Jonas. Eles continuaram com a sua crueldade e o profeta Naum relata detalhadamente como era a grande cidade de Nínive . A descrição é horrenda, porém real. Naum os acusa de comércio inescrupuloso, de pilhagens brutais. É feito um relato de como eram os seus carros de guerras e seus respectivos cavaleiros. Diz o profeta que quando cruzavam as ruas esmagavam os cadáveres, assim como as espadas e as lanças eram impiedosas e cheias de ódio e ajudavam a deixar manchadas as suas ruas de sangue.
• Na época de Jonas havia
aproximadamente 1 milhão ou 600 mil habitantes em Nínive, porque de acordo com o relato bíblico só as crianças eram mais de 120.000 (Jn 4.11). Ela foi destruída por volta do ano 612 a.C., entretanto continuou com a sua fama de má e como o símbolo de cidade perversa e cruel. Realmente era uma cidade muito temida por todos, torturava e matava todos os que eram considerados seus inimigos.
• Deus mandou Jonas pregar contra esta
cidade cruel. Desta forma fica mais fácil entender o porquê de Jonas ter desobedecido a ordem de Deus, ter fugido e ainda assim ter ficado com raiva quando Deus perdoou todos os habitantes da cidade. Uma cidade má como Nínive só merecia morrer mesmo. Deveria ser exterminada do mapa e assim pagar pelos seus erros e atrocidades contra os demais povos. Por isso Jonas foge de diante da face de Deus querendo ir para Társis.
CIDADE DE TÁRSIS • Társis era uma antiga colônia fenícia que
ficava localizada no sudoeste da Espanha, na foz do rio Guadalquivir e era conhecida também pelo nome grego Tartessos. Alguns estudiosos afirmam que ela ficava na Espanha, outros na Sardenha e outros na Tunísia. • A palavra Társis em fenício significava a refinaria e provavelmente tinha este nome porque representava o centro metalúrgico fenício, que estava situado no Tartesso, ao sul da Espanha, perto de Gibraltar.
• Por ser um rico distrito mineiro e uma rica
cidade, de onde os habitantes de Tiro recebiam a prata, o chumbo, o ferro e o estanho (Ez 26-28.19, mais especificamente Ez 27.12,25) Társis tinha uma enorme importância econômica. Conforme se lê no texto citado, a cidade de Tiro se enriqueceu através do comércio marítimo que provinha de Társis, na base de troca. É por isso que os livros históricos dizem que era ela quem marcava o limite ocidental permitido para as embarcações tíricas.
• Este comércio marítimo, com certeza, era
bastante lucrativo, porque os comerciantes fenícios não mediam esforços para fazer estas viagens que duravam, aproximadamente, um ano (ida e volta).
• Outra questão muito importante para a
compreensão do livro de Jonas é que para o povo de Israel, Társis significava o fim do mundo e de acordo com Isaías 66.19 ( Porei um sinal no meio deles e enviarei sobreviventes dentre as nações: a Társis, a Fut, a Luc, a Mosoc, a Tubal e a Javã, e às ilhas distantes que nunca ouviram falar a meu respeito [...]), os
moradores de lá não conheciam a Iahweh e nem a sua palavra. Talvez estes fossem os motivos que Jonas achou para ir para lá: um ano de viagem, incluindo ida e volta (sendo que Iavé destruiria a cidade em 40 dias - Jn 3.4); lá ninguém conhecia a Iahweh e talvez ele não iria até lá; era uma cidade composta por pessoas totalmente pagãs.
4 MEGATEMAS
1) SOBERANIA DE DEUS: Embora o profeta Jonas tenha tentado fugir de Deus, o Senhor estava no controle de todas as coisas. Ao dominar o mar tempestuoso e um grande peixe, Ele revelou que possui o absoluto controle; porém o exerce com amor. 2) A MENSAGEM DE DEUS A TODA HUMANIDADE: Deus concedeu um propósito a Jonas – pregar para a Nínive, a grande cidade assíria. Jonas a odiava; por esta razão, respondeu com indiferença e ira. Ele ainda precisava aprender que Deus ama a todas as pessoas. Através de Jonas, Deus lembrou Israel de seu propósito missionário.
3) ARREPENDIMENTO: Quando o relutante pregador foi a Nínive, houve uma impressionante resposta. As pessoas se arrependeram e voltaram-se a Deus. Essa foi uma poderosa repreensão ao povo de Israel, que se julgava o melhor e que se recusava a responder à mensagem divina. Deus perdoará todo aquele que se afastar do pecado. 4) A COMPAIXÃO DIVINA: A mensagem divina de amor e perdão não se destinava apenas aos judeus. Deus ama a todos os povos do mundo. Os assírios não mereciam esse amor, mas Deus os poupou quando se arrependeram. Em sua misericórdia, Deus não rejeitou Jonas por ter fugido de sua missão. Ele tem grande amor, paciência e perdão.
CONCLUSÃO Jonas era um profeta relutante, que recebera uma missão que considerava desagradável de se cumprir. Preferiu fugir de Deus a obedecer-lhe. Em nossa vida, como Jonas, muitas vezes precisamos fazer coisas que não gostamos a ponto de querermos recuar e fugir. Mas é melhor obedecer a Deus do que desafiá-lo ou fugir. Muitas vezes, apesar de nossa rebeldia, Deus, em sua misericórdia nos concede outra chance de servi-lo quando nos voltamos para Ele.
A PROFECIA SE CUMPRE A destruição de Nínive se deu 200 anos depois que o profeta Jonas pregou arrependimento ou destruição total da cidade. O povo entendeu e aceitou a pregação e Deus suspendeu o juízo (Jn 3.5). A suspensão da calamidade durou por 200 anos, após os quais a cidade voltou novamente a praticar iniqüidades com mais força que no tempo de Jonas. A profecia de Jonas foi literalmente cumprida pela ação combinada dos medos e babilônios (606 a.C.).
Os escritores gregos e romanos dizem que o último rei, a quem chamam de Sardanápalo, era levado a resistir aos seus inimigos em conseqüência de uma antiga profecia que dizia que nunca Nínive seria tomada de assalto enquanto o rio não se tornasse seu inimigo. Mas uma repentina inundação, que derribou vinte estádios de muralha, convenceu-o de que a palavra do oráculo estava se cumprindo, e então buscou a morte, ao mesmo tempo em que destruía seus tesouros. O inimigo entrou pela brecha na muralha e a cidade foi saqueada e arrasada. (O profeta Naum tinha anunciado a destruição de Nínive: “E com uma inundação
transbordante acabará de uma vez com o seu lugar; e as trevas perseguirão os seus inimigos” Na 1.8). “As portas dos rios se abrirão, e o palácio será dissolvido” (Na 2.6).
A completa e perpétua destruição de Nínive e a sua desolação foram profetizadas: “Estenderá
também a sua mão contra o norte, e destruirá a Assíria; e fará de Nínive uma desolação, terra seca como o deserto. E no meio dela repousarão os rebanhos, todos os animais das nações; e alojar-se-ão nos seus capitéis assim o pelicano como o ouriço; o canto das aves se ouvirá nas janelas; e haverá desolação nos limiares, quando tiver descoberto a sua obra de cedro” (Sf 2 -13-14).
Hoje, onde existiu a grande Nínive, os canais estão secos, não há mais água, a não ser no período das chuvas, quando os campos aparecem verdes. Podem ser vistos rebanhos de ovelhas e camelos procurando escassas pastagens naquelas terras áridas. As abandonadas salas dos seus palácios são agora habitadas por feras e outros animais, como hiena. Lobo, chacal e raposa.