FORNO MICROONDAS PANASONIC ® INVERTER Olá a meus amigos visitantes. Nesta parte do site explicarei de forma geral como funcionam e como consertar os fornos microondas com a tecnologia inverter usada em vários modelos Panasonic. Porém não nos aprofundaremos no funcionamento de alguns componentes tais como lâmpadas, motores, microchaves e magnetron porque isto já foi explicado no curso de microondas convencional que temos aqui no site. Na figura a seguir temos o aspecto do microondas Panasonic NN-G54BH com a tecnologia inverter. Observe a inscrição "inverter" em sua porta. A inscrição também pode vir em seu painel. Os fornos Panasonic terminados em BH são para 110 V e os terminados em BK são para 220 V.
A TECNOLOGIA INVERTER E SUAS VANTAGENS O inverter (ou inversor) nada mais é do que uma fonte chaveada. Os fornos com esta tecnologia possuem uma fonte chaveada para produzir a alta tensão de 4.000 V para alimentar o magnetron. Os fornos convencionais usam uma fonte comum (trafão, diodo e capacitor) para produzir esta tensão. Veja na figura abaixo o microondas inverter sem a tampa destacando a fonte chaveada e o magnetron.
O CIRCUITO INVERTER Conforme explicado é uma fonte chaveada e no caso do microondas funciona com freqüências entre 20 e 40 KHz para controle da tensão t ensão aplicada ao magnetron. Na foto abaixo podemos uma placa inverter retirada do forno Panasonic NN-G54BH. Devemos tomar alguns cuidados no manuseio destas placas durante a manutenção de um forno inverter: A placa inverter deve produzir alta tensão a uma corrente relativamente alta. Portanto quando o forno estiver ligado na tomada não toque em nenhum componente da placa inverter sob o risco de choque elétrico perigosissímo! Ao retirarmos a placa inverter do microondas devidamente desligado da rede elétrica podemos identificar logo de cara um grande trafo de ferrite que irá alimentar o magnetron. Ao lado deste trafo temos um dissipador de calor que esquenta bastante durante o funcionamento. Neste dissipador encontramos uma grande ponte retificadora junto com um ou dois transistores de potência especiais chamados IGBT ("insulated gate bipolar transistor") ou transistor bipolar com gate isolado. isolado. Nesta mesma placa inverter temos uma placa em pé contendo um CI SMD e mais alguns componentes. Tal CI converte o sinal vindo da placa de controle do painel no sinal PWM entre 20 e 40 KHz o qual será aplicado no gate do transistor IGBT para este último chavear o trafão de ferrite. Ao lado da placa do CI há um conector que liga a placa inverter na placa do painel de controle. Também há um fio cinza que sai da placa inverter e deve ser obrigatoriamente parafusado na cavidade (aterrado) antes do forno ser energizado. Se não for, a fonte inverter não fornecerá alta tensão para o magnetron. MAGNETRON DO FORNO INVERTER Fisicamente o magnetron destes fornos é igual ao dos modelos convencionais. Para a substituição sempre devemos dar preferência ao magnetron com o mesmo código ou com a mesma furação, mas os modelos usados no fornos inverters. Porém em caso extremo pode ser adaptado um magnetron de forno convencional que funciona porém a durabilidade dele é menor que os feitos feit os para os modelos inverters. Veja abaixo um exemplo de magnetron OM75SI fabricado pela pel a Samsung e usado num microondas inverter. Outro magnetron muito comum em fornos inverters é o 2M236.
O CIRCUITO INVERTER Conforme explicado é uma fonte chaveada e no caso do microondas funciona com freqüências entre 20 e 40 KHz para controle da tensão t ensão aplicada ao magnetron. Na foto abaixo podemos uma placa inverter retirada do forno Panasonic NN-G54BH. Devemos tomar alguns cuidados no manuseio destas placas durante a manutenção de um forno inverter: A placa inverter deve produzir alta tensão a uma corrente relativamente alta. Portanto quando o forno estiver ligado na tomada não toque em nenhum componente da placa inverter sob o risco de choque elétrico perigosissímo! Ao retirarmos a placa inverter do microondas devidamente desligado da rede elétrica podemos identificar logo de cara um grande trafo de ferrite que irá alimentar o magnetron. Ao lado deste trafo temos um dissipador de calor que esquenta bastante durante o funcionamento. Neste dissipador encontramos uma grande ponte retificadora junto com um ou dois transistores de potência especiais chamados IGBT ("insulated gate bipolar transistor") ou transistor bipolar com gate isolado. isolado. Nesta mesma placa inverter temos uma placa em pé contendo um CI SMD e mais alguns componentes. Tal CI converte o sinal vindo da placa de controle do painel no sinal PWM entre 20 e 40 KHz o qual será aplicado no gate do transistor IGBT para este último chavear o trafão de ferrite. Ao lado da placa do CI há um conector que liga a placa inverter na placa do painel de controle. Também há um fio cinza que sai da placa inverter e deve ser obrigatoriamente parafusado na cavidade (aterrado) antes do forno ser energizado. Se não for, a fonte inverter não fornecerá alta tensão para o magnetron. MAGNETRON DO FORNO INVERTER Fisicamente o magnetron destes fornos é igual ao dos modelos convencionais. Para a substituição sempre devemos dar preferência ao magnetron com o mesmo código ou com a mesma furação, mas os modelos usados no fornos inverters. Porém em caso extremo pode ser adaptado um magnetron de forno convencional que funciona porém a durabilidade dele é menor que os feitos feit os para os modelos inverters. Veja abaixo um exemplo de magnetron OM75SI fabricado pela pel a Samsung e usado num microondas inverter. Outro magnetron muito comum em fornos inverters é o 2M236.
FUNCIONAMENTO DA FONTE INVERTER A fonte inverter pode ser dividida em duas etapas: a de potência que chaveia o trafão de ferrite e a de baixa tensão que gera e controla o sinal PWM para o circuito de potência. Explicarei separadamente cada etapa para facilitar o aprendizado. Veja abaixo a divisão entre os circuitos citados no esquema elétrico do inverter:
CIRCUITO DE POTÊNCIA DO INVERTER É formado pelo trafo de alta tensão (AT) de ferrite e os componentes associados associados a ele. No primário temos o circuito de alimentação e chaveamento e controle do transistor IGBT. No secundário temos os diodos e capacitores de AT. Observe abaixo o circuito de potência do inverter de um forno de 110 V:
Quando apertamos a tecla "LIGA" no painel, o relê de potência da placa de controle atraca e leva os 110 VAC da rede até a placa inverter via conector CN702. A tensão t ensão é retificada por DB701 (grande ponte retificadora), filtrada por C702 (capacitor de poliéster de 4,5 µF) e L701 (grande bobina toroidal) e alimenta o coletor do transistor IGBT Q701 via primário do trafo de AT T701. Nesse mesmo instante o CI oscilador da etapa de baixa tensão fornece um sinal PWM PW M (onda quandrada) controlado cuja freqüência varia entre 20 e 40 KHz. Este sinal é amplificado por Q702, 703 e 704 (drivers) e aplicado ao gate do IGBT. Desta forma o IGBT alterna condução e corte, fazendo a corrente no primário do trafo de AT variar e assim induzir as tensões nos secundários que, após retificação, filtragem e dobramento do valor, alimentam o magnetron. Importante - A freqüência do sinal PWM determina o tempo de condução e corte do IGBT. Assim pode-se controlar a tensão fornecida pelo trafo de AT e por conseqüência a potência das ondas emitidas pelo magnetron. Portanto o controle de potência dos fornos inverters i nverters é feito na variação do sinal PWM. Circuito de monitoramento de potência - É baseado no trafinho sensor de corrente CT701. O primário dele tem uma só espira de fio grosso e fica em série com a ponte. O secundário tem muitas espiras de fio bem fino e pode fornecer de 0 a 7 V. A tensão do secundário vai alimentar um dos pinos do CI oscilador. Este trafo tem duas finalidades: 1 - Se a tensão da rede variar, a tensão no secundário dele também varia. Esta variação é detectada por um dos pinos do CI oscilador que ajustará o PWM de modo a manter constante a tensão do magnetron e assim a potência das microondas emitidas. 2 - Se o magnetron deixar de funcionar ele não fornece a tensão para um dos pinos do CI oscilador. Assim ele deixará de produzir o PWM PW M . Esta condição será detectada pela placa de controle que desligará o forno após 23 segundos. Alimentação do CI oscilador - O +B de tal CI fica em torno de 12 V fornecidos por D703, D704, R706, C706, ZD701, ZD702 e R713. Esta tensão também alimenta os transistores drivers do IGBT. Veja na figura abaixo a localização das peças principais do circuito de potência na placa inverter:
CIRCUITO DE BAIXA TENSÃO DO INVERTER A função dele é produzir o sinal PWM usado para chavear o IGBT. O principal componente é um CI que recebe um sinal quadrado de 220 Hz vindo da placa do painel e o transforma num PWM entre 20 e 40 KHz para o IGBT. Na figura abaixo podemos ver o esquema deste circuito:
IC801 é um CI SMD montado numa placa que fica em pé e soldada na placa inverter. Tal CI recebe o sinal PWM de 220 Hz no seu pino 19 via fotoacoplador IC701 vindo da placa de controle no painel através do conector CN701. Ele gera então o PWM entre 20 e 40 KHz que sai pelo pino 24 e vai ao IGBT. Ao mesmo tempo pelo pino 11 deste IC801 sai um sinal de 110 Hz o qual será enviado à placa de controle do painel pelo mesmo CN701 via IC702. Portanto IC701 leva o sinal de 220 Hz da placa do painel ao inverter e IC702 leva o sinal de retorno de 110 Hz do inverter à placa do painel. Assim a placa de controle pode controlar e monitorar a potência do magnetron. A função dos fotoacopladores é isolar o terra da placa do painel do terra da placa inverter. Se o sinal de 220 Hz da placa de controle não chegar ao inverter, o forno se desligará em 3 segundos. É o que acontece por exemplo se você desencaixar o conector CN701. O mesmo sintoma ocorrerá se o transistor IGBT, ponte retificadora ou o trafo de AT estiver em curto na pl aca inverter. Alguns outros pinos do CI gerador do PWM (IC801): + B = Pino 16 alimentado com 12 V; Monitor de potência do magnetron = Pino 22. Há um trimpot neste pino que ajusta manualmente a potência emitida pelo magnetron. Mas só deve ser feito na fábrica! Monitores da tensão na rede elétrica bem abaixo do normal (30 %) = Pinos 20 e 21; Monitores do pico de tensão (acima de 600 V) no coletor do IGBT = Pinos 4, 8 e 9; Monitor do +B alto na saída da ponte retificadora = Pino 6 Os pinos monitores de tensão fazem o forno desligar após alguns segundos (3 a 23) em caso de alterações significativas nos valores. Veja abaixo o aspecto físico dos principais componentes do circuito de baixa tensão:
SAÍDA DE AT (ALTA TENSÃO) PARA O MAGNETRON É o circuito ligado nos secundários do trafo de AT. Fornece duas tensões para o magnetron funcionar: 3 VAC para acender o filamento e - 4.000 V aplicados no terminal FA do filamento. Como a placa do magnetron vai ligada na carcaça do forno (0 V), há uma grande diferença de potencial entre placa (0 V positiva) e o filamento-catodo (-4.000 V negativo). Desta forma a placa do magnetron atrai os elétrons do filamento-catodo (aquecido) em alta velocidade. Devido a ação dos imãs em volta os elétrons giram e induzem uma radiação de 2.450 MHz em alta potência na placa à qual é transmitida pela antena do magnetron à cavidade do forno para aquecer os alimentos dentro dela. Abaixo temos o esquema elétrico do circuito de AT do forno inverter:
Q701 é um transistor IGBT (mistura entre transistor mosfet e bipolar) com capacidade de chavear altas correntes. T701 é o trafo de AT com núcleo de ferrite. O primário corresponde aos pontos P701 e P702. O secundário de AT (2.000 V) corresponde aos pontos S701 e S702. O secundário de 3 V para o filamento está nos pontos H701 e H702. Os diodos D701 e D702 (de comutação rápida) e os capacitores de poliéster C703 (8,2 nF x 3 kV) e C704 (5,6 nF x 3 kV) retificam, filtram e dobram a AT aplicada ao magnetron. O ponto E701 deve ser ligado ao terra (parafusado na cavidade do forno) para que a fonte de AT funcione. No gate de Q701 chega um sinal PWM (onda quadrada cuja largura varia de acordo com a potência que o forno vai trabalhar). Quando o PWM é positivo, Q701 conduz, passa corrente no primário de T701 criando um campo magnético e armazenando energia magnética. Quando o PWM é 0 V, Q701 corta e a energia armazenada no primário é transferida para os secundários em forma de tensão. Dependendo da largura do PWM o primário do trafo armazenará maior ou menor energia quando Q701 conduzir. Quando ele cortar a tensão produzida nos secundários poderá ser maior ou menor. Variando a largura do PWM controlamos as tensões produzidas nos secundários do trafo e aplicadas ao magnetron. Desta forma podemos controlar a intensidade das ondas (potência) emitidas pelo magnetron.C701 é um grande capacitor de poliéster que se carrega quando Q701 corta, amortecendo o nível de tensão inversa induzida no primário do
Dobramento da AT - Nos terminais S701 e S702 temos 2.000 VAC com o forno na máxima potência. Em potências mais baixas, a tensão nestes dois pontos também é mais baixa. Quando S702 fica positivo e S701 negativo, D702 conduz e carrega C704 com 2.000 V (lado direito + e lado esquerdo -). Quando S702 fica negativo e S701 positivo, D701 conduz e carrega C703 com 2.000 V (lado direito - e lado esquerdo +). Como os dois capacitores estão em série, eles somam suas tensões resultando em 4.000 V. Assim como é o lado direito de C703 que está no filamento-catodo do magnetron, este terminal receberá - 4.000 V. R701 descarrega os capacitores quando o forno é desligado. Abaixo temos o aspecto real dos componentes da saída de AT:
FONTE INVERTER PARA OS FORNOS DE 220 V Os microondas Panasonic da linha terminada com a letra K para 220 V (os terminados em H são de 110 V) possuem o circuito inverter com dois transistores IGBT ao invés de um só. Veja na figura abaixo o esquema do inverter de um forno para 220 V:
O restante do circuito é idêntico ao inverter para 220 V. Conforme explicado você encontrará dois IGBTs no dissipador de calor. Q701 (no desenho está como D701) recebe o PWM e chaveia o primário do trafo. Q702 vai ligado em paralelo com o primário e em série com C703. Quando Q701 corta, aparece um pico de tensão em seu coletor. Esta tensão é enviada ao gate de Q702 através de 4 resistores em paralelo e limitada pelos zeners ZD703 e ZD704. Assim Q702 conduz, carrega C703 que em conjunto com C701 amortecem a tensão reversa gerada no primário do trafo à qual na rede de 220 V é maior que na rede de 110 V. Portanto quando Q701 corta, Q702 conduz e vice-versa. Se algum destes transistores estiver em curto, os dois devem ser trocados e as peças associadas principalmente ao Q702 devem ser testadas. COMO TESTAR A FONTE INVERTER Finalmente chegamos a parte do curso que vocês todos estavam esperando: como testar e consertar a fonte inverter. Basicamente temos dois tipos de testes a fazer: a frio (testando os componentes com o forno desligado da tomada e a placa desconectada) e a quente (medindo tensões e sinais no inverter durante o funcionamento do forno). Teste a frio - A placa deve estar desconectada do forno. Lembre-se: somente ponha a mão nesta placa com o forno fora da tomada! Veja abaixo:
TESTE DO TRANSISTOR IGBT Inicialmente retiramos o transistor da placa junto com a ponte retificadora e o dissipador onde eles estão parafusados. Use a escala de X10K. Coloque a ponta preta no coletor (terminal central) e a vermelha no gate e no emissor. O ponteiro não deve mexer de forma alguma. Se mexer num destes terminais, o IGBT está em curto. Veja abaixo:
A seguir colocamos a ponta vermelha no coletor e com preta tocamos no gate (terminal da esquerda), o ponteiro não pode mexer e no emissor (direita) o ponteiro deve ir até o zero. Veja o procedimento abaixo. Se o transistor passar nos dois testes, ele está bom.
TESTE DA PONTE RETIFICADORA Coloque o multímetro em X10K. Fixe a ponta preta no terminal (+) e encoste a vermelha em cada terminal (~) da ponte. O ponteiro não deve mexer. Se o ponteiro mexer em algum dos terminais, a ponte está em curto. Veja abaixo:
A seguir fixe a vermelha no terminal (-) e com a preta encoste em cada terminal (~) da ponte. O ponteiro não pode mexer conforme visto abaixo:
TESTE DOS DIODOS RETIFICADORES Use a escala de X10K e meça cada diodo nos dois sentidos. O ponteiro só deve mexer num deles. Se mexer nos dois, o diodo está em curto. Veja abaixo:
TESTE A FRIO DO TRAFO DE AT Usando a escala de X1, meça os fios do primário (os dois mais grossos que ficam em série com o coletor do IGBT) e os dois do secundário da alimentação de 3 V do filamento (ficam mais próximos). Nestes dois enrolamentos devemos encontrar 0 Ω, conforme visto abaixo:
A seguir teste o secundário de AT (2.000 V) que são os dois pinos mais afastados do trafo. Inclusive num destes pinos sai o fio terra que deve ser parafusado na cavidade do forno. A resistência deste enrolamento deve ficar entre 4 e 5 Ω. Observe abaixo:
TESTE DO TRAFO SENSOR DE CORRENTE Usando o multímetro em X10, meça os pinos do primário e os dois pinos extremos do secundário (o lado de três pinos). Como o primário tem uma espira só de fio grosso, a resistência será 0 Ω e no secundário devemos encontrar cerca de 40 a 50 Ω. Se o ponteiro não mexer aí, o trafo está aber to e o forno desliga em
23 segundos. Veja abaixo como deve ser feito o teste indicado:
REFORÇO DOS CONTATOS DOS CABOS DO MAGNETRON Podemos ter um forno microondas inverter que funciona por 23 segundos e se desliga. Muitas vezes o defeito se encontra no local onde o cabo do magnetron é prensado com o conector. Ali costuma ocorrer mau contato após um tempo de uso do forno. Daí o magnetron deixa de receber alimentação e o forno desliga após 23 segundos. A solução neste caso é retira a capa do conector e aplicar solda no ponto indicado na foto abaixo:
Teste a quente - Como esta placa trabalha com alta tensão e alta temperatura, desligamos o forno da tomada, desconectamos a placa, soldamos fios nos pontos chave onde precisamos medir tensão e/ou sinal, encaixamos e conectamos a placa, puxamos os fios fora e bem afastados da placa, conectamos o multímetro ou osciloscópio nestes fios onde vamos medir, ligamos o forno e verificamos o valor da tensão ou sinal. Veja o procedimento abaixo:
TESTE DO INVERTER PELO PAINEL DE CONTROLE Estes microondas Panasonic inverter possuem um roteiro de teste para a placa inverter acessado através de uma seqüência de teclas no painel. Embora este roteiro não seja tão preciso (há alguns defeitos na placa inverter que ele deixa passar), eu vou ensinar a vocês agora como executá-lo. O roteiro se divide em duas partes: 1. Com o forno fora da tomada desencaixe CN701 da placa inverter. Ligue o forno na tomada e aperte as teclas na seguinte seqüência: CANCELA - RELÓGIO - TEMPO - LIGA - POTÊNCIA - LIGA (3 vezes) e deve aparecer as palavra "CHECK" no display. A seguir programe um tempo qualquer normalmente e aperte a tecla LIGA. O forno deve funcionar por 3 segundos e aparecer a indicação H97 no display conforme visto abaixo:
2. Agora encaixe CN701 e desencaixe os terminais do magnetron. Ligue o forno na tomada. Aperte as teclas na seguinte seqüência: CANCELA - RELÓGIO - TEMPO - LIGA - POTÊNCIA - LIGA (3 vezes) e deve aparecer as palavra "CHECK" no display. A seguir programe um tempo qualquer normalmente e aperte a tecla LIGA. O forno deve funcionar por 23 segundos e aparecer a indicação H98 no display conforme visto abaixo:
Se o forno passar nestes dois testes (apresentar estas duas indicações no display), é provável que a placa inverter esteja funcionando. Se não apresentar estas indicações, daí a placa inverter está danificada mesmo.
ROTEIRO PARA CONSERTO DO INVERTER
FLUXOGRAMA 1
FLUXOGRAMA 2
A PLACA DE CONTROLE (DPC) Tal qual nos microondas tradicionais, a placa de controle fica localizada atrás do painel e tem como funções receber os comandos do teclado e acionar o magnetron, a resistência do grill (se houver), os motores e a lâmpada. Porém no inverter ela tem outra função que é a de produzir o sinal PWM de 220 Hz usado para controlar o chaveamento do transistor IGBT da placa inverter. Conforme visto, assim é feito o controle de potência nestes fornos. Veja abaixo a placa de controle do Panasonic NN-G54BH:
COMO TESTAR A PLACA DE CONTROLE
Em primeiro lugar devemos preparar a placa para fazermos os testes necessários. Primeiro desencaixamos o flat cable da membrana. Tome muito cuidado aí. Solte com cuidado para não estragar este flat que é muito frágil. Senão terá que trocar a membrana. Evite de ficar tirando e colocando este flat para não danificá-lo. Você só deve colocar de volta quando a placa já estiver consertada, testada e pronta para ser montada no forno. A seguir desparafuse e desencaixe a placa do painel. Guarde o painel para não danificar durante o conserto da placa. Ligue entre si os fios 1 e 3 do conector CN4. Estes fios vão para a microchave secundária e se não ligá-los os comandos não atuarão. Solde um cabo de força nos pinos do primário do trafo de alimentação e a placa estará pronta para testarmos fora do forno. Veja como ficou abaixo:
TESTE DA ALIMENTAÇÃO DA PLACA DE CONTROLE Para sabermos se a placa de controle está alimentada no caso dela não estar funcionando (display apagado e não atua nenhuma função), devemos medir as tensões: no primário e secundário do trafo de alimentação e nos pontos indicados +18V e +5V. Usaremos como terra uma trilha relativamente larga com a indicação (0V) nela. Veja na figura abaixo que devemos ter tensão nestes quatro pontos antes de testar qualquer outra coisa:
TESTE DO SINAL DE 220 Hz PRODUZIDO PELA PLACA DE CONTROLE Conforme estudamos, este sinal será enviado à placa inverter para controlar o chaveamento do IGBT e a tensão a ser aplicada ao magnetron. Porém antes de testar este sinal na placa de controle temos duas observações importantes a saber: 1 - A placa do painel só se mantém funcionando por 3 segundos quando ela não está ligada no inverter. Portanto soldamos fios nos pontos onde devemos medir tensão (exceto no caso das alimentações) ou o sinal de 220 Hz. Deixamos o multímetro já encaixado nestes fios para dar tempo de ler os valores assim que acionamos a função liga. Veja abaixo como ficam os fios soldados na placa para fazer estas medições:
2 - Como a placa está desconectada da membrana de teclas, temos que ir colocando em curto o encaixe de 9 pinos do conector do flat cable da membrana para acionar as funções. Você deve com um pedaço de fio ir fazendo curtos neste conector até achar pelo menos as funções principais. No caso deste forno que estamos estudando, os pinos 1 e 8 fazem a função CANCELA, os pinos 3 e 4 a função + 1 MINUTO e os pinos 1 e 9 a função LIGA. Veja abaixo como fazer os curtos no conector citado:
Agora vamos ao teste do sinal propriamente dito. Coloque um multímetro digital com freqüencímetro no fio soldado no pino 1 do CN3 da placa de controle. Ao ligar o forno curtocircuitando os pinos 1 e 9 do conector da membrana, o multímetro deve indicar cerca de 220 Hz por 3 segundos. Se isto ocorrer, a placa de controle está funcionando. Se não indicar o sinal, a placa de controle está com defeito. Também pode ser feito com um multímetro em ACV10 na função de OUT PUT*. Veja abaixo o teste com o multímetro analógico:
* Multímetros que não tem o encaixe OUT PUT deixe- na escala de ACV, a ponta vermelha no encaixe (+) e coloque em série com esta mesma ponta de prova um capacitor de poliéster de 220 nF x 250 V. Fará o mesmo efeito do encaixe OUT PUT. TESTE DE ACIONAMENTO DOS RELÊS O teste do acionamento para cada relê da placa de controle segue o mesmo procedimento e é dividido em 3 etapas: 1 - Teste da tensão na base do transistor acionador - Para ver se o CI micro está funcionando Medimos a tensão na base do transistor acionador e ao acionar a função LIGA, a tensão deve ir de 0 a 5 V se for um transistor DT ou de 0 a 1 V no caso de um transistor comum. Se isto acontecer, o CI micro está funcionando. Vamos mostrar um exemplo de teste de acionamento para o relê que alimenta a placa inverter. Abaixo temos a tensão medida na base do transistor acionador do relê do inverter:
2 - Teste da tensão entre os terminais da bobina do relê - Para testar o transistor acionador Medimos a tensão entre os terminais da bobina do relê e ao acionar a função LIGA devemos encontrar uma tensão de cerca de 22 V. Se aparecer esta tensão, o transistor que aciona este relê está bom. Se não aparecer, o transistor está com defeito. Veja abaixo a tensão a ser medida nos terminais da bobina do relê:
3 - Teste do fechamento dos contatos do relê - Para testar o próprio relê - Com o multímetro em X1 coloque as pontas nos contatos do relê. Ao acionar a função LIGA, o ponteiro deve ir ao zero ou bem próximo. Se isto acontecer, os contatos do relê estão bons. Se o ponteiro não mexer ou não for próximo ao
TESTE DOS RELÊS A FRIO Também podemos testar os relês na própria placa de comando quando ela está desenergizada. O teste será dividido em duas etapa: 1 - Teste dos contatos da chave - Usando a escala de X10K ou a mais alta de resistências, meça os dois terminais da chave do relê. O ponteiro não deve mexer. Se o ponteiro mexer, o relê está em curto. Observe abaixo:
2 - Teste da bobina - No circuito a bobina do relê está ligada em paralelo com um diodo que amortece o pulso de tensão gerado quando o relê é desligado pelo seu transistor driver. Usando a escala de X10, meça a bobina do relê nos dois sentidos. Num deles o ponteiro mexe mais (diodo conduzindo) e no outro o ponteiro mexe menos (resistência da bobina). Se o ponteiro mexer igual nos dois sentidos, o diodo em paralelo com o relê está com defeito. Se mexer num sentido só, a bobina do relê está aberta. Veja abaixo:
TESTE DOS TRANSISTORES DT NO CIRCUITO Estes transistores possuem dois resistores internos da ordem de vários KΩ. O certo é testar estes
transistores fora do circuitos, porém é possível fazer um teste rápido neles dentro do circuito (o que não é muito preciso). Usando a escala de X1K coloque a ponta preta na base se ele for NPN e a vermelha em cada terminal restante. O ponteiro deve parar na mesma posição (indicar mesma resistência). Se parar em posições diferentes, repetimos o teste com ele fora do circuito. Se der valores diferentes novamente, o transistor está com defeito e deve ser trocado. Se o transistor for PNP, o teste será feito da mesma forma só que com a ponta vermelha na base. Com o transistor fora da placa podemos medir entre coletor e emissor nos dois sentidos na mesma escala de X1K. O ponteiro só pode mexer num sentido. Se mexer nos dois, o transistor está em curto. Há um diodo dentro do transistor entre coletor e emissor. Veja o teste com ele na placa na foto abaixo:
TESTE DO SINAL DE CLOCK Para testarmos o sinal de clock produzido pelo cristal ligado no CI micro precisamos de um multímetro com freqüencímetro até pelo menos 10 MHz. Coloque a ponta preta no terra da placa de controle e a vermelha em cada terminal do cristal, um de cada vez. Em pelo menos um deles devemos encontrar a freqüência bem próxima à marcada no corpo do cristal. No exemplo abaixo o cristal é de 8 MHz e o multímetro indica um valor bem próximo.
ROTEIRO PARA CONSERTO DA PLACA DE CONTROLE FLUXOGRAMA 1
FLUXOGRAMA 2
FLUXOGRAMA 3
O CIRCUITO DOURADOR O dourador ou "grill" é formado por duas resistências envolvidas numa proteção de cerâmica ligadas em série e localizadas no teto da cavidade do forno. São usadas para tostar os alimentos após o preparo com as microondas. Para acionar a resistências temos um relê na placa de controle ativado por um transistor DT comandado pelo CI micro. No caso do relê da resistência ele fica ligado o tempo todo selecionado para a função grill. O dourador é independente do funcionamento do inverter. Veja abaixo: a resistência por dentro e fora da cavidade, o relê e o transistor acionador do grill:
TESTE DO CIRCUITO DOURADOR Este circuito deve ser testado seguindo os passos a seguir: 1 - Teste a frio das resistências douradoras - Com o multímetro em X1 teste a continuidade das resistências, conforme indic ado abaixo. O multímetro deve indicar entre 10 e 15 Ω. Se o ponteiro não mexer, a resistência está aberta.
2 - Teste da continuidade do relê e da alimentação em sua bobina - Usando o multímetro em X1, ligue as pontas nos terminais da chave do relê do grill e acione a função DOURADOR MANUAL. O ponteiro deve ir no zero ou bem próximo. Se o ponteiro não mexer (indicação que o relê não está fechando os contatos), meça a tensão nos terminais da bobina deste mesmo relê e acione a função DOURADOR. Se houver tensão de 22 V nos terminais da bobina, indica que o próprio relê está com defeito (recebe tensão, mas não fecha os contatos). Se não houver tensão na bobina, o defeito pode ser no transistor acionador ou no CI micro e passamos ao teste nº 3. Veja abaixo:
3 - Teste no acionamento do transistor driver do relê do grill - Meça a tensão na base do transistor Q222 neste modelo de forno. Acione a função DOURADOR MANUAL. Se a tensão passar de 0 a 5 V, o CI micro está controlando normalmente o grill. Se a tensão não variar, o CI micro está com defeito. Veja o teste abaixo:
CURSO DE MICROODAS CONVENCIONAL O Forno microondas é um aparelho que aquece o alimento através de uma radiação eletromagnética de 2.450 MHz. Esta radiação aumenta a vibração das moléculas de água (H2O) dos alimentos e desta forma eles aquecem de dentro para fora. Abaixo vemos um modelo de forno microondas moderno: O principal componente de um forno microondas é uma válvula especial chamada "magnetron". O magnetron produz a radiação de microondas em 2.450 MHz a uma potência de 900 W usada para aquecer os alimentos. Abaixo temos o esquema em blocos de um forno microondas:
O circuito de controle é uma placa de circuito impresso localizada atrás do painel. Nesta placa há um CI microcontrolador. O CI micro recebe as informações do teclado e controla através de relês o funcionamento da fonte de alta tensão. Esta fonte é encarregada de fornecer os 4.000 V necessários para o funcionamento do magnetron. Abaixo clique nos links dos circuitos:
MAGNETRON Conforme já visto, o magnetron é uma válvula especial usada para gerar as microondas que aquecerão os alimentos. Abaixo vemos o aspecto físico e a construção deste componente:
Aplicando uma tensão de 3 V no filamento, este aquece o catodo (que está ligado no próprio filamento). O catodo aquecido libera os elétrons que são atraídos com força pela placa através de uma alta tensão (0 V na placa e - 4.000 V no filamento-catodo). O campo magnético dos dois imãs colocados em volta do magnetron faz os elétrons girarem em alta velocidade em volta das pequenas cavidades da placa. Cada cavidade funciona como uma bobina e um capacitor em paralelo ressonantes em 2.450 MHz. Desta forma com o movimento dos elétrons as ondas são induzidas nestas cavidades, se somam e saem pela antena
OBS. IMPORTANTE - O magnetron nunca deve ser ligado sem estar parafusado no seu local correto, pois as ondas emitidas por ele são perigosas ao corpo humano, podendo causar queimaduras ou até câncer. Basta lembrar que nosso corpo é formado basicamente de água (75%). COMO TESTAR O MAGNETRON A FRIO Podemos fazer dois tipos de teste com o magnetron desligado: a continuidade do filamento e o curto entre o filamento e a carcaça (defeito mais comum neste tipo de componente). Abaixo vemos como se faz cada um dos testes na escala de X10K do multitester:
Meça os dois terminais do filamento. O ponteiro deve ir até o zero. Se o ponteiro não mexer, o filamento está aberto (defeito raro). Abra a tampa traseira do magnetron e verifique se o fio do filamento não escapou do terminal. Se isto ocorreu, basta ressoldá-lo. Agora coloque uma ponta no filamento e a outra na carcaça. O ponteiro não deve mexer. Se o ponteiro mexer, o magnetron está em curto e deve ser trocado.
FONTE DE ALTA TENSÃO (A.T.) A função deste circuito é fornecer a tensão de 4.000 V para o magnetron emitir as ondas. É formado por um transformador grande ("trafão") que aumenta a tensão da rede de 110 para 2.000 V, um diodo retificador de alta tensão e um capacitor de filtro com isolação de mais de 2.000 V. Estes dois componentes transformam a alta tensão em contínua e dobram para 4.000 V. Abaixo vemos o esquema do circuito de alta tensão dos fornos microondas:
O transformador tem um primário para 110 ou 220 V (dependendo do modelo de forno) e dois secundários, um de 2.000 V e outro de 3 V. O capacitor de filtro tem um resistor embutido para descarregá-lo assim que o forno é desligado. Funcionamento da fonte de A.T. - Quando o terminal de cima do secundário fica positivo, o diodo conduz e carrega o capacitor com - 2.000 V. Quando o terminal de cima fica negativo, o diodo não conduz e a carga do capacitor (- 2.000 V) se soma com a tensão do secundário (- 2.000 V), resultando numa tensão contínua de - 4.000 V aplicada no filamento-catodo do magnetron. Clique aqui para ver uma animação deste circuito.
TRANSFORMADOR DE A.T. É o maior transformador do forno, também chamado de "trafão", tem como função alimentar o magnetron. Abaixo vemos o aspecto físico e o símbolo deste componente:
Como vemos, ele possui um primário para 110 ou 220 V conforme o modelo do forno e dois secundários: um de 3 V (os dois fios mais compridos) para acender o filamento e outro de 2.000 V (terminal atrás do trafo e a carcaça do mesmo) para a fonte de A.T. poder obter os 4.000 V para a correta polarização do magnetron. Obs: O trafo de A.T. de todos os modelos de microondas é igual no funcionamento. O que pode mudar é a furação ou a posição do componente dentro do forno. TESTE A FRIO DO TRAFO DE A.T. DO FORNO MICROONDAS Abaixo podemos ver como deve ser feito o teste deste componente na escala de X1:
Tanto no primário quanto no secundário de 3 V, o ponteiro deve ir até o zero. No secundário de A.T., o ponteiro deve parar entre 80 e 100 R. Medindo em X10K entre qualquer terminal do primário e a carcaça o ponteiro não deve mexer. Se mexer, o primário está em curto com a carcaça e a peça está inutilizada. DIODO DE A.T. Este diodo especial possui o corpo maior que o de um diodo comum, sendo próprio para funcionar com tensões altas. Abaixo vemos dois modelos de diodos de A.T. para microondas, sendo um retangular e outro
TESTE A FRIO DO DIODO DE A.T. Coloque o multitester em X10K, e teste o diodo nos dois sentidos. O ponteiro só deve deflexionar num dos sentidos. Se deflexionar nos dois sentidos, o diodo está em curto. Se o ponteiro não mexer em nenhum sentido, o diodo está aberto. Veja abaixo:
Obs: O diodo de A.T. só deve ser testado em X10K. As demais escalas não atingem a tensão de condução deste diodo. Portanto se ele estiver bom, o ponteiro não irá mexer em nenhuma outra escala. Apenas em X10K, devido a esta usar uma bateria interna. CAPACITOR DE A.T. É um grande capacitor a óleo que funciona como filtro dobrador de A.T. Apesar da sua capacitância não ser muito alta (fica entre 0,8 e 0,97 µF), sua tensão de isolação é bem alta, ficando entre 2.000 e 2.200 V. Abaixo vemos o aspecto físico do componente:
Os capacitores de A.T. possuem um resistor interno para descarregá-lo quando o forno for desligado. Alguns capacitores mais antigos possuem o diodo de A.T. dentro de sua blindagem. TESTE DO CAPACITOR DE A.T. Coloque o multitester na escala de X10K e meça o capacitor nos dois sentidos. O ponteiro deve deflexionar e voltar para a posição de alta resistência. Se o ponteiro deflexionar e não voltar, ele está em curto e se o
Conforme visto no desenho, também pode-se fazer o teste do isolamento do capacitor dos terminais para a carcaça. COMO CONSERTAR O CIRCUITO DE A.T. DE UM FORNO MICROONDAS Abaixo temos uma sequência para realizar a manutenção no circuito de alta tensão dos microondas. Abaixo eles estão listados pelos defeitos apresentados: 1. O FORNO ACEITA TODOS OS COMANDOS MAS NÃO AQUECE
a. Verifique se chega 110 VAC no primário do trafo de A.T. quando apertamos a tecla "liga" ou "start" do painel; b. Não chega tensão no primário do trafão - Neste caso o defeito está numa das microchaves ou na placa de controle; c. Tem 110 V no trafão - Antes de mais nada desligue o forno da tomada e verifique o estado dos conectores do circuito de A.T. Se algum deles estiver enferrujado, lime-o e aplique uma camada de solda; d. Os conectores do circuito de A.T. estão bons - Teste a frio: o magnetron, o diodo, o capacitor e o trafo de A.T. conforme já explicado. Além do teste individual, também é possível testar o diodo o capacitor e o magnetron de uma única vez, conforme observado abaixo:
Na escala de X10K, coloque uma ponta num terminal do filamento e a outra na carcaça do magnetron, sem retirar os conectores do mesmo. Depois inverta as pontas. Num sentido o ponteiro deve deflexionar e ficar em torno de 5 R. No outro sentido o ponteiro vai e volta. Se isto acontecer os três componentes citados estão bons. Se o ponteiro for até o zero nos dois sentidos, um dos componentes (magnetron, diodo ou
f.
A.T. no magnetron com muito cuidado e da seguinte forma (veja abaixo):
Pegue uma chave de fenda com o cabo bem isolado. Segure-a sempre pelo cabo. Encoste-a na carcaça do forno e aproxime-a de um dos terminais do magnetron. Se aparecer uma faísca azulada (tipo daquelas de solda elétrica de portão), o circuito de A.T. está funcionando e o forno não esquenta devido ao magnetron em mau estado (esgotado, com o imã quebrado, etc). Neste caso devemos trocar o magnetron. Este componente tem a numeração começando com 2M. Assim temos o magnetron 2M167, 2M218, 2M240, 2M246, etc. A diferença entre eles está apenas na distância entre os furos. O magnetron de um forno serve em todos. Apenas deve ter a mesma distância dos furos que o original do forno. Se não aparecer a faísca de A.T., o defeito está no diodo, capacitor ou trafo de A.T. 2. FORNO AQUECE POUCO E DEMORA PARA COZINHAR a. Verifique se ao ligar o forno a tensão da rede fica abaixo de 110 V; b. A tensão da rede fica abaixo de 110 V - Defeito na instalação elétrica (tomada em mau estado, fiação muito fina para ligar o microondas, etc); c. A tensão da rede fica normal - Se o forno for um pouco antigo pode ser que o magnetron já tenha enfraquecido (já que ele é uma válvula). Se o forno for moderno, limpe bem o interior da cavidade, principalmente a tampa guia de ondas e substitua o capacitor de A.T. por outro de maior valor. 3. FORNO SOLTA FAÍSCAS NA PARTE DE CIMA DA CAVIDADE a. Verifique se a cavidade não tem algumas partes enferrujadas - Se tiver, lixe, coloque uma fina camada de massa plástica, deixe secar por um dia e aplique a tinta especial para microondas; b. Verifique o estado da tampa guia de ondas (esta pode ser de mica ou plástico) localizada na parte de cima ou numa das laterais da cavidade - Se ela estiver queimada, antes da troca , faça uma boa limpeza com thinner na região desta tampa e verifique se a antena do magnetron não queimou. Se isto ocorreu, o magnetron também precisará ser trocado. Abaixo vemos o aspecto e a posição da tampa guia dos fornos SHARP, a tampa guia e o magnetron queimados e a tinta para microondas:
4. FORNO ÀS VEZES AQUECE, ÀS VEZES NÃO a. Verifique todos os conectores do circuito de A.T. - Reaperte-os e aplique solda se necessário; b. Veja se o ventilador pára de girar quando ocorre o defeito - Se isto ocorre, o defeito é numa das microchaves da porta; c. Por último troque o magnetron e o capacitor de A.T.
OBS. IMPORTANTE - Nunca coloque a mão em nenhum dos componentes do circuito de A.T. antes de desligar o forno da tomada. Um choque neste circuito é muito perigoso e às vezes fatal, porque além da tensão ser alta, a corrente também é.
MOTORES E LÂMPADA O forno microondas possui dois motores: um deles tem uma hélice para refrigerar o magnetron e retirar a umidade de dentro da cavidade. Este recebe o nome de motor do ventilador. O outro fica embaixo da cavidade para girar o prato lentamente (2 a 3 rotações por minuto) e desta forma distribuir as ondas uniformemente sobre os alimentos. Este é o motor do prato. Ambos funcionam com 110 V ou 220 VAC dependendo do modelo do forno. A lâmpada fica ao lado da cavidade e em alguns modelos de aparelho ela é de rosca. Em outros ela é de encaixe. Funciona com 110 ou 220 V e a potência fica entre 15 e 25 W. Abaixo vemos estes componentes:
TESTE DOS MOTORES E DA LÂMPADA DO FORNO 1. TESTE A FRIO - Para o motor do ventilador coloque o multitester em X1 e meça a resistência dos terminais. O ponteiro deve indicar entre 20 e 80 Ω. Se o ponteiro não mexer, o motor está queimado. Para o
motor do prato use a escala de X1K. O ponteiro deve indicar de 1K a 10K de resistência. Se o ponteiro não mexer, o motor está com defeito. Abaixo vemos estes testes:
2. TESTE DE FUNCIONAMENTO - Ligue o componente na rede de 110 V. Se ele não funcionar, deve ser trocado. Veja abaixo:
CIRCUITOS DE PROTEÇÃO DO FORNO Estes circuitos desligam o forno em caso de curto-circuito interno ou superaquecimento e também impedem o funcionamento do forno com a porta aberta. É formado por fusíveis e microchaves acionadas pelos trincos da porta. Abaixo vemos um circuito usado na alimentação do trafo de A.T. e da placa de controle de um microondas "Sharp". Os componentes do circuitos de proteção estão indicados através de setas vermelh
O fusível comum desliga o forno em caso de curto-circuito na fonte de A.T. Os fusíveis térmicos (ou de temperatura como está no esquema) desligam o forno em caso de aquecimento excessivo e as chaves impedem o forno de funcionar com a porta aberta. FUSÍVEL DE 15 A DO MICROONDAS
Este fusível pode ter o corpo de vidro ou de porcelana e seu limite de corrente é 15 A nos fornos de 110 V e 10 A nos fornos de 220 V. Fica ligado em série com a alimentação do forno. Abaixo vemos alguns aspectos
deste componente e a maneira de testá-lo na escala de X1:
OBS. IMPORTANTE - Como este fusível trabalha no limite, pode acontecer dele queimar mesmo que não haja outro defeito no forno. Neste caso é aconselhável trocá-lo por um de 20 A. FUS VEIS T RMICOS DO MICROONDAS São formados internamente por duas lâminas encostadas feitas de materiais diferentes. Quando ele ultrapassa o limite de temperatura marcado no seu corpo, as lâminas desencostam e o fusível abre. Abaixo vemos o aspecto deste tipo de componente e a maneira de testá-lo na escala de X1:
Obs. IMPORTANTE - Dificilmente este fusível abre a toa. Geralmente quando isto ocorre o ventilador pode estar com defeito e o magnetron superaqueceu, ou um dos relês da placa de controle está com defeito ou então o dono do forno deixou um alimento por muito tempo cozinhando e o aparelho aqueceu demasiadamente ou ainda colocaram algum recipiente de metal dentro do microondas. Só se deve colocar recipientes de plástico resistente, de vidro ou de porcelana dentro do microondas. Portanto verifique estas possibilidades antes de trocar o fusível térmico MICROCHAVES DE SEGURANÇA DO MICROONDAS O forno possui 3 chaves acionadas pelos trincos da porta. Todas têm a mesma finalidade: não deixar o forno funcionar com a porta aberta. Abaixo vemos o aspecto destas chaves e a posição que elas ficam num modelo de forno da "Sharp":
Elas são identificadas pela sua posição e sua função no forno da seguinte forma: 1. Chave primária - Esta é do tipo NO (normalmente aberta), ou seja, liga quando apertamos o pino. Fica ligada em série com o primário do trafo de A.T. Portanto quando a porta do forno está aberta, ela não permite que o trafo receba 110 V no primário e desta forma o magnetron não funciona. 2. Chave secundária - Esta também é NO e vai ligada na placa de controle. Quando a porta do forno está aberta, ela desliga do terra um pino do CI micro da placa e desta forma todas as teclas "LIGA" do painel ficam inoperantes. 3. Chave monitora - Esta é do tipo NC (normalmente fechada), ou seja, desliga quando apertamos o pino. Fica ligada em paralelo com o trafo de A.T. Quando a porta está aberta, esta chave mantém o primário do trafo em curto e, se por acaso a chave primária der um defeito de grudar os contatos, a chave monitora causa a queima do fusível de 15 A. Portanto não tem jeito do magnetron funcionar com a porta aberta.
Abaixo vemos as ligações dos circuitos de proteção e alimentação de um modelo de forno da "Sharp" onde as microchaves estão identificadas por setas vermelhas:
Estas chaves também são indicadas pela sua máxima corrente de operação, em geral 15 ou 16 A. Devemos tomar o cuidado de não trocar a chave monitora com uma das outras duas, já que seu modo de operação é inverso. TESTE DAS MICROCHAVES DO FORNO Abaixo vemos como deve ser feito o teste dos dois tipos de chave em X1. Observe como a distância dos terminais da chave monitora é maior que o das outras duas:
DEFEITOS QUE AS MICROCHAVES PODEM CAUSAR NO FUNCIONAMENTO DO FORNO 1. Chave primária - A que dá maior incidência de defeitos. Seus contatos costumam oxidar e devido a passagem de grande corrente, estes contatos aquecem excessivamente e derretem a chave. Defeito - O forno não esquenta, os motores não giram, porém a lâmpada acende e o relógio do painel conta normalmente. 2. Chave secundária - Esta não dá tanto defeito quanto a primária, devido a corrente reduzida que passa por ela. Defeito - As teclas "LIGA" do painel não funcionam. Ao ligar o forno na tomada o ventilador e a lâmpada entram em funcionamento imediatamente, porém não aquece. 3. Chave monitora - Esta quando ocasiona defeito é devido ao seu mau posicionamento no suporte das chaves. Defeito - Ao apertar uma das teclas "LIGA" do painel o fusível de 15 A queima na mesma hora.
CONSERTOS NOS CIRCUITOS DE PROTEÇÃO E ALIMENTAÇÃO DO FORNO Abaixo colocamos os principais defeitos que podem ocorrer nos circuitos que alimentam o primário do trafo de A.T. e também relacionados com as microchaves, os motores e a lâmpada:
1. FORNO NÃO FUNCIONA E O DISPLAY NÃO ACENDE a. Verifique se chega 110 V no cabo de força - Se não chegar o cabo está interrompido e deve ser trocado; b. Teste a frio os fusíveis de 15 A e térmicos; c. Fusível de 15 A queimado - Antes de trocá-lo, teste a frio o magnetron, trafo, diodo e capacitor de A.T. Se estão bons, reponha o fusível e veja o que acontece: d. Forno funciona normalmente - Deixe-o funcionando por 15 minutos e após desligue e veja se o fusível esquentou muito. Se isto ocorreu, troque o porta-fusível. Se o fusível não esquentou, ele queimou devido a deficiência de fabricação (era muito vagabundo). Basta trocá-lo por um de 20 A. e. Ao apertar a tecla "LIGA"do painel o fusível queima na hora - defeito na microchave monitora ou no circuito de A.T. f. Desconecte o primário do trafo de A.T. e coloque outro fusível - Se ele queimar de novo o defeito é na microchave monitora ou no acionamento da mesma (trinco da porta, suportes das chaves). Se o fusível não queimar mais, o defeito é no circuito de A.T. g. Conecte o primário e desconecte o secundário de A.T. do trafo - Se o fusível queimar, o defeito é o trafo de A.T. com espiras em curto. Se o fusível não queimar, o defeito é nos outros componentes da A.T. (magnetron, diodo ou capacitor) h. Fusível térmico aberto - Substitua-o por um fio grosso e ligue o forno. Se o ventilador não funciona, o motor dele pode estar com defeito, a hélice pode estar patinando ou não chegando 110 V neste componente. Se ao ligar o forno na tomada o magnetron já entrar em funcionamento direto, o defeito estará localizado na placa de controle (relê, transístor de acionamento, etc). Se o fusível termico está aberto devemos fazer todos os testes para verificarmos se o magnetron ainda está bom. i. O forno não funciona, mas o cabo, a fiação e os fusíveis estão bons - Neste caso o defeito é na placa de controle, a qual explicaremos na seção da placa de controle. 2. PAINEL ACENDE MAS FORNO NÃO AQUECE E VENTILADOR NÃO GIRA Neste caso o defeito está na chave primária. Verifique se o conector desta chave não está oxidado ou queimado. A seguir, troque a chave. 3. O VENTILADOR GIRA DIRETO E AS TECLAS "LIGA" NÃO FUNCIONAM Este defeito é causado pela chave secundária. Veja o conector dela e troque-a. 4. FORNO FUNCIONA, MAS A LÂMPADA NÃO ACENDE Teste a lâmpada a frio ou a quente, se bem que quando ela está queimada, no visual já se nota. Se a lâmpada está boa, verifique se o soquete não está enferrujado. Veja as ligações do soquete e o estado dos conectores ligados na lâmpada. 5. VENTILADOR NÃO GIRA E FORNO SUPERAQUECE Teste o motor do ventilador, veja o estado da hélice e das ligações deste motor. 6. FORNO FUNCIONA, MAS O PRATO NÃO GIRA Verifique o estado da “estrela” de plástico que fica no eixo do motor (é comum ela quebrar e ficar
patinando). Teste o motor do prato e verifique as ligações dele.
CIRCUITO DE CONTROLE DO MICROONDAS Os microondas antigos controlavam o tempo de preparo dos alimentos através de uma chave acoplada a um motor de redução. O conjunto chave-motor recebe o nome de "timer mecânico". Os fornos atuais possuem um circuito eletrônico localizado numa placa de circuito impresso atrás do painel. Abaixo vemos esta placa de controle num moderno forno microondas:
Nesta placa há um CI chamado microcontrolador. Como seu nome indica ele controla todas as funções do microondas como tempo de preparo, descongelamento, relógio, etc e acende um display mostrador que pode ser fluorescente ou de cristal líquido. Nesta seção falaremos sobre os principais componentes e os defeitos da placa de controle: FONTE DE ALIMENTAÇÃO DA PLACA DE CONTROLE Tem a função de fornecer as tensões contínuas necessárias para a alimentação da placa de controle. A fonte é facilmente achada na placa de controle através do trafo, 4 diodos e o capacitor de filtro (o maior eletrolítico da placa). Geralmente a fonte da placa fornece as seguintes tensões: 12 ou 24 VDC para os relês, 5 V para o CI micro e 2 ou 3 VAC para acender o filamento do display fluorescente. Se o forno usa display de cristal líquido não haverá a tensão de filamento. Abaixo vemos o esquema de um a fonte usada num modelo de forno da "Sharp":
TRANSFORMADOR DA PLACA DE CONTROLE Também chamado de "trafinho", este pequeno transformador recebe 110 ou 220 V da rede e fornece duas tensões no secundário: uma de 12 ou 24 V e outra de 3 V para o filamento do display fluorescente. Abaixo podemos observar o aspecto físico e o símbolo deste componente:
Para testar este trafo a frio, use a escala de X1, meça os pinos do primário, o ponteiro deve indicar entre 100 e 500 Ω, os pinos do secundário de 24 V, o ponteiro deve indicar um pouco mais de 10 Ω e os pinos do secundário de 3 V, o ponteiro deve indicar menos de 10 Ω. Se o ponteiro não deflexionar em alguns d os
enrolamentos, o trafo está queimado e a placa de controle não funcionará. Abaixo vemos como é feito o teste do trafo: VARISTOR
O varistor é um resistor especial que altera a resistência quando a tensão nos seus terminais também é alterada. Na placa de controle há um varistor ligado em paralelo com o transformador. O varistor é especificado pelo seu limite de tensão. Para fornos de 110 V o varistor pode ser de 150 ou 175 V. Nos fornos de 220 V o varistor é de 300 V. Em condições normais de funcionamento sua resistência é muito alta. Quando a tensão da rede fica acima do valor nominal, a resistência do varistor diminui e ele amortece o pico de tensão no primário, impedindo-o de queimar. Quando a tensão da rede ultrapassa o limite do varistor, ele queima (entra em curto) e abre trilha que alimenta o trafo, desligando o forno imediatamente. Portanto o varistor funciona como um dispositivo de proteção do trafo da placa. Porém nada impede do trafo queimar junto com o varistor durante uma sobrecarga violenta no primário. Abaixo vemos o aspecto e como testar este componente em X10K:
RELÊS DA PLACA
O relê é uma chave magnética, ou seja, acionada por uma bobina. O forno possui pelo menos dois relês na placa de controle: um deles, o maior, para alimentar o trafo de A.T. e outro menor para alimentar os motores e a lâmpada. Abaixo vemos estes componentes e o símbolo:
ACIONAMENTO DOS RELÊS DA PLACA DE CONTROLE Cada relê é acionado por um dois transístores que recebem uma tensão de acionamento na base vinda de um dos pinos do CI micro. Abaixo vemos o exemplo de um circuito de acionamento usado por um dos microondas da "Sharp":
IC1 é o CI micro. RY1 é o relê dos motores e lâmpada. RY2 é o relê do trafo de A.T. Os transístores Q80 a Q82 são os acionadores dos relês. São transístores digitais que funcionam como chave liga/desliga. Quando o pino 16 do CI fica com 0 V, não polariza a base de Q82. Este transístor não conduz e não passa corrente pela bobina do relê do trafo de A.T. Ao apertar a tecla "LIGA" do painel, o pino 16 passa para 5 V, polariza a base do transístor Q82. Este conduz e faz circular corrente na bobina do relê do trafo de A.T., ligando o circuito do magnetron. Este processo também ocorre de forma semelhante nos transístores Q80 e Q81 para acionar os motores e a lâmpada do forno
TESTE DOS RELÊS DO FORNO MICROONDAS Existem duas formas de testar o relê: Uma delas é a frio. Coloque o mitter na escala de X10, meça os dois pinos da bobina. O ponteiro deve indicar entre 100 Ω e 1K. Se o ponteiro não mexer, a bobina do relê está
aberta. A seguir use a escala de X10K e meça os terminais da chave. O ponteiro não deve mexer. Se mexer, o relê está em curto. Também podemos testar o relê com o forno ligado. Quando o relê atracar, meça os pinos da chave em X1. Se o ponteiro for até o zero, o relê está funcionando. Se isto não acontecer, o relê está com defeito. Abaixo vemos estes testes:
DISPLAYS DE MICROONDAS Os fornos microondas usam dois tipos de displays mostradores: O de cristal líquido (do tipo que se usa em relógio e calculadora) e o fluorescente (que funciona como uma válvula eletrônica). Abaixo vemos estes dois tipos:
DISPLAYS FLUORESCENTES Este é tipo mais usado pelos microondas pelo fato de emitir luz e poder ser visto em lugares escuros. Porém o consumo deste tipo é bem maior que o do tipo de cristal líquido. É formado por um tubo de vidro de onde se retirou o ar, alguns filamentos bem finos transversais bem perto do tubo, uma grade logo abaixo dos filamentos que cobre todos os segmentos e abaixo da grade única umas plaquinhas, sendo uma para cada segmento. Quando os filamentos acendem, eles emitem elétrons que passam pela grade e chegam nas placas produzindo uma luz azulada ou esverdeada em cada uma. O CI micro da placa controla a tensão a ser aplicada na grade e nas placas, fazendo os segmentos acenderem na sequência correta. Os filamentos estão nos pinos mais externos do display e são acesos por uma tensão de 3 V vinda do trafo da placa de controle. Abaixo vemos o detalhe ampliado de um display deste tipo:
entra ar no tubo, a mancha fica branca e o componente não acende mais. DISPLAYS DE CRISTAL LÍQUIDO Este tipo tem um consumo bem menor que o fluorescente, porém, como ele não emite luz, necessita de uma fonte luminosa para ser visto. O cristal líquido é uma substância cujas moléculas podem ser reorganizadas com a aplicação de uma tensão elétrica. Abaixo vemos o detalhe interno de um display deste tipo:
Observe como a lâmina de cristal líquido fica no meio de tudo. Os polarizadores são lâminas de vidro cheia de ranhuras, sendo o frontal com ranhuras horizontais e o traseiro com ranhuras verticais. Os dois eletrodos são onde se aplica a tensão e onde serão formados os números. Quando não se aplica a tensão, a luz passa pelo polarizador frontal e chega no cristal líquido. O cristal vira a luz em 90 °, ela consegue passar pelo polarizador traseiro, bate num espelho e volta pelo polarizador frontal não formando nenhum número. Quando se aplica tensão nos eletrodos, o cristal muda suas moléculas e não vira a luz. Desta forma a luz não passa pelo polarizador traseiro e aparece um traço preto (segmento de número) na parte frontal do componente. Aplicando tensão sequencialmente nos eletrodos ele forma os números. O display de cristal não necessita de um secundário de 3 V no trafo da placa como ocorre no fluorescente. MEDIDA DE TENSÃO NO FILAMENTO DO DISPLAY FLUORESCENTE Abaixo vemos como deve ser feita esta medida usando a escala de ACV. Lembrando que se não tiver tensão nos filamentos do display, ele não acenderá:
TRANS STORES DA PLACA DE CONTROLE Os transístores são usados basicamente para acionar os relês do circuito de alta tensão , dos motores e da lâmpada. Um ou dois transístores são usados para amplificar o sinal de "beep" para o alto falante "buzzer" da placa. Alguns fornos usam transístores comuns, outros transístores "darlington" e outros transístores digitais (DT), ou seja, transístores com resistores embutidos funcionando como chave liga/desliga. Abaixo vemos o circuito de acionamento de alguns modelos de microondas:
TESTE DOS TRANSÍSTORES DO MICROONDAS Abaixo vemos como deve ser testado o transístor DT (digital transístor) na escala de X1K do multitester. Este transístor só deve ser testado fora do circuito:
Este tipo possui dois resistores da ordem de kΩ internos. Portanto devemos testá-los em X1K. Com a ponta certa na base e a outra em cada terminal restante, o ponteiro indica o mesmo valor entre 5 kΩ e 100 kΩ.
Usando a escala de X10K, entre coletor e emissor o ponteiro só deve mexer num sentido.
Os transístores comuns já foram explicados como devemos testá-los em outra parte deste site. No caso dos transístores "Darlington" proceda da seguinte maneira: Em X1, ponta certa na base, a outra ponta em cada terminal, o ponteiro indica menor resistência no coletor e maior resistência no emissor. Ex: 10 Ω no coletor e 20 Ω no emissor. Em X10K entre coletor e emissor, o ponteiro só pode deflexionar num
sentido. Lembrando que o "Darlington é formado por dois transístores e mais alguns componentes dentro da mesma cápsula. MICROONDAS COM DOURADOR
Estes modelos possuem uma resistência douradora na parte superior da cavidade, semelhante a um forno elétrico. Esta resistência recebe o nome de "grill" ou "browner". Os fornos com esta resistência possuem um relê a mais na placa para ligá-la e assim dourar o alimento após o cozimento do mesmo. Abaixo vemos o aspecto físico e a maneira de testar uma resistência desta:
MEMBRANA DO FORNO MICROONDAS É o teclado onde selecionamos as funções de controle do forno. É formada por duas lâminas de poliéster separadas por um plástico espaçador (nylon). Há contatos de grafite nas lâminas. Ao apertar uma tecla, o grafite da lâmina da frente encosta no da lâmina traseira e assim aciona aquela função. Abaixo vemos o aspecto físico deste componente e a estrutura interna:
A membrana difere de um modelo de forno para outro, assim como o restante da placa de controle, porém o funcionamento de todas seguem o mesmo princípio de funcionamento. Este componente é um dos que mais dão defeito nos microondas, indo desde a quebra do "flat cable" por ressecamento até o desgastes do grafite por mau uso ou excesso de uso Abaixo vemos como deve ser feito o teste a frio e a quente neste componente:
A frio dá mais trabalho e consiste em manter uma tecla pressionada e medir os pares de terminais dois a dois até encontrar um que o ponteiro indica menos de 1K. Se o ponteiro não mexer em nenhum par com a
A quente faça o seguinte: Conecte a placa no forno sem a membrana. Não esqueça de desligar o primário do trafo de A.T. Ligue o forno na tomada e com um pedaço de fio toque em cada dois terminais onde a fita do teclado encaixa. Se as funções forem sendo acionadas, a placa está boa e a membrana deverá ser trocada. Se as funções não atuarem, o defeito é na placa. A membrana é auto colante o painel do forno e antes de colá-la na sua posição definitiva, devemos encaixá-la no conector sem retirar o papel de trás (auto adesivo) e apertar as teclas. Se estas obedecerem aos comandos, pode-se destacá-la e colá-la em definitivo. Se não funcionar, devemos trocar a membrana onde foi comprada.
CONSERTOS NA PLACA DE CONTROLE DO MICROONDAS Abaixo relacionamos os defeitos que ocorrem na placa de controle dos fornos microondas: 1. O FORNO NÃO FUNCIONA E O PAINEL NÃO ACENDE:
a. Retire a placa de controle do painel, desligue o primário do trafo de A.T. e ao ligar o forno na tomada veja se chega 110 VAC no primário do trafo de alimentação da placa; b. Não chega tensão no trafo da placa – Verifique cabo AC, fusíveis e fiação no primário; c. Chega tensão no trafo da placa – Veja se há tensão nos secundários (12 ou 24 V e 3 V) d. Não há tensão nos secundários – Teste o trafo a frio. Ele deve estar queimado; e. O varistor está queimado – Troque-o por outro igual e refaça a trilha fusível; f. Tem tensão nos secundários – Veja se chega +B de 5 V no CI micro da placa; g. Não chega +B no micro – Teste todos os componentes da fonte e veja se o micro não está esquentando demais. Se estiver, ele deverá ser trocado; h. Chega +B ao micro – Troque o CI e se não adiantar, tente o cristal de “clock” e veja se não há algum capacitor comum, diodo ou transístor em curto ligado no micro. IMPORTANTE - Quando um forno não funciona devido a uma falha na placa ou quando a sua membrana não está funcionando, ele pode ainda ter outro defeito (inclusive o magnetron) e não ficaremos sabendo antes de colocar a placa para funcionar ou trocar a membrana. Portanto podemos fazer o seguinte teste antes de arrumar a placa ou trocar a membrana: Solde um pedaço de fio nos terminais da chave dos dois relês da plca. Coloque um copo de água na cavidade. Ligue o forno na tomada e o magnetron começará a funcionar. Após um minuto se a água aquecer, o magnetron está bom. Abaixo vemos a ligação na placa:
2. O FORNO FUNCIONA NORMALMENTE, MAS SEU DISPLAY NÃO ACENDE:
a. Verifique a cor da mancha no canto do display – Deve ser preta. Se estiver branca, o display está quebrado; b. Meça a tensão AC nos dois terminais mais externos do display. Estes são do filamento; c. Não chega tensão AC (2 V) no filamento – Teste o trafo, componentes e trilhas do filamento; d. Chega tensão no filamento – O display está queimado, devendo ser trocado. OBS: Nos displays de cristal líquido este defeito é raríssimo de ocorrer. 3. AO LIGAR O FORNO NA TOMADA O MAGNETRON FUNCIONA DIRETO:
a. Teste a frio o relê de potência da placa de controle usando a escala de X10K; b. Relê bom – Teste a frio os transistores que acionam o relê de potência; c. Transistores e componentes ligados no relê de potência bons – Defeito no micro. 4. AO LIGAR O FORNO, O VENTILADOR E A LÂMPADA FUNCIONAM DIRETO:
a. Verifique se as teclas “liga” do painel funcionam; b. Teclas “liga” não funcionam – Teste a chave secundária, a ligação dela com a placa, os componentes que ligam ela ao micro. Se estão normais, o defeito é no micro. c. Teclas “liga” funcionam – Teste a frio em X10K o relê menor da placa (principal).Se o relê estiver bom, teste o transístor ou transistores ligados nele. Se estão bons, o defeito é no micro. 5. AO APERTAR A TECLA “LIGA” UM DOS RELÊS DA PLACA NÃO ATRACA:
a. Teste o relê a frio; b. Relê bons – Teste todos os transistores e componentes que acionam o relê; c. Componentes bons – Defeito no micro. 6. PAINEL ACENDE MAS NENHUMA OU ALGUMAS TECLAS NÃO ATUAM:
a. Verifique se o “flat cable” da membrana não está ressecado e/ou quebrado; b. Faça o teste ligando os terminais do conector da membrana dois a dois na placa; c. As funções não são ativadas – Defeito no micro ou nos componentes que o ligam ao conector da membrana; d. As funções são ativadas – Devemos trocar a membrana. Mas antes de colar a nova defitivamente no painel, encaixe-a na placa sem retirar o papel auto adesivo e aperte as teclas. Se não funcionarem, a membrana veio com defeito de fábrica. Se funcionar podemos instalá-la em definitivo no painel. 7. DEFEITOS CAUSADOS PELO CI MICRO DA PLACA DE CONTROLE: a. Forno não funciona e painel não acende; b. Forno acende o display completamente errado (seguimentos a mais ou a menos); c. Forno começa a funcionar e pára em alguns segundos, apagando o display ou não; d. Forno não acende o display e o “buzzer” fica apitando direto.
PARTE MECÂNICA DO FORNO MICROONDAS É formada pela cavidade, gabinete, painel, porta e seus componentes e as bases de sustentação. Abaixo destacamos os componentes que formam a parte mecânica de um forno microondas:
CAVIDADE DO FORNO MICROONDAS A cavidade é o recipiente metálico que sustenta todos os componentes do microondas e dentro da qual os alimentos são aquecidos. A cavidade reflete as microondas emitidas pelo magnetron sobre o alimento colocado dentro. O tamanho da cavidade é indicado em litros e determina o tamanho do forno. Assim temos fornos de 26 litros, 30 litros, 34 litros, 45 litros, etc. Dentro da cavidade temos a tampa guia das ondas que pode ser de mica ou de plástico para evitar a entrada de sujeira nos dutos onde passam as ondas. Abaixo vemos o aspecto físico de um tipo de cavidade e a tampa guia de ondas:
PORTA DO MICROONDAS A portas é feita de ferro com pequenos furos. No vão da porta são encaixados os trincos para o travamento junto com a respectiva mola. Na frente da porta vai encaixada ou parafusada um visor de acrílico. Na parte interna temos um plástico adesivo usado para evitar o acúmulo de vapor d'água no visor acrílico. Em volta da porta temos a moldura plástica para vedar a saída das microondas. Abaixo vemos o aspecto físico deste componente:
COLOCAÇÃO DOS TRINCOS DA PORTA DO MICROONDAS Para colocar os trincos devemos retirar a moldura de plástico em volta da porta e encaixá-los nos pinos que ficam dentro do vão da porta junto com a sua mola. Há fornos que usam dois trincos individuais e os que usam um trinco único. Abaixo vemos o esquema de colocação deste componente e os tipos já citados:
ALINHAMENTO DA PORTA DO MICROONDAS A porta é fixada na cavidade através de dobradiças. Devemos alinhar a porta perfeitamente com a parte da frente da cavidade conforme visto abaixo e só após isto apertar os parafusos das dobradiças.Verifique se após o ajuste, os trincos acionam as microchaves quando a porta estiver fechada.