2 CONTEÚDO
PROFº: Azulay / Cláudio Pinho
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CAPITALISMO: DEFINIÇÃO/ ORIGEM EVOLUÇÃO/ CAPITALISMO COMERCIAL E INDÚSTRIAL EG280208
Durante o Capitalismo Comercial, período em que a produção de mercadorias era essencialmente artesanal, que realmente interessava era o comercio. Tudo que pudesse ser vendido com lucro, como perfumes, sedas, tapetes, especiarias e ate seres humanos (escravos), transforma-se em mercadorias nas mãos dos comerciantes europeus.
O Capitalismo comercial A primeira etapa do capitalismo estendeu-se do fim do século XV ate o século XVIII e foi marcada pela expansão marítima das potencias da Europa Ocidental na época (Portugal, Espanha, Inglaterra, França e Países Baixos), em busca de novas rotas de comercio, sobretudo para as Índias. O objetivo dessas nações era acabar com a hegemonia das cidades italianas no comercio com o Oriente pelo Mediterrâneo. Foi o período das Grandes Navegações e descobrimentos, das conquistas territoriais e também da escravização e genocídio de milhões de nativos da America e da África. Até o final do século XV, as terras conhecidas e exploradas pelos europeus eram aquelas que compreendiam o chamado Velho Mundo, abrangendo a própria Europa, parte da Ásia e o norte da África. A maior parte da África, todo o continente americano e a Oceania, bem como os povos que habitavam essas áreas, eram desconhecidas dos europeus. Os habitantes do continente europeu viviam em zonas rurais e em cidades. Os centros comerciais eram as cidades onde eram vendidos vários produtos orientais e europeus. Os europeus compravam cravo, canela, gengibre, nozmoscada, jóias, perfumes, tapetes, tecidos etc. Esses produtos eram transportados pelas mulas, pelos cavalos ou camelos, por terra, e, por mar, pelas caravelas. Grandes centros comerciais, como Gênova, Florença e Veneza, localizavam-se na Itália. Os italianos dominavam o comércio com as Índias, compravam os produtos por preços baixos e os vendiam aos portugueses, espanhóis e a outros países europeus por preços muito altos. Assim, obtinham bons lucros. O aumento do consumo na Europa provocou a necessidade de exploração de outros espaços fornecedores desses produtos, forçando a abertura de novos caminhos, chamados rotas, para a ampliação desse comércio.
O acumulo de capitais era resultado da troca de mercadorias, ou seja, do comercio, por isso o termo Capitalismo Comercial para designar o período. A economia funcionava segundo a doutrina mercantilista, que pregava a intervenção governamental nas relações comerciais, a fim de promover a prosperidade nacional e aumentar o poder dos Estados Nacionais, que nessa época estavam se constituindo como resultado da centralização do poder político nas mãos dos monarcas. A riqueza e o poder de um país era medido pela quantidade de metais preciosos (ouro e prata) que possuíam. Esse principio ficou conhecido como Metalismo. O mercantilismo foi importante para o desenvolvimento do Capitalismo, pois, permitiu como resultado, um comercio altamente lucrativo, obtido pela exploração das colônias, grande acumulo de capitais nas mãos da burguesia européia, Essa acumulação inicial de capitais foi fundamental para a eclosão da Revolução Industrial, que marcou o inicio de uma nova fase do Capitalismo.
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Capitalismo é o sistema econômico que se caracteriza pela propriedade privada dos meios de produção e pela liberdade de iniciativa dos próprios cidadãos. No sistema capitalista, as padarias, as fábricas, confecções, gráficas, papelarias etc., pertencem a empresários e não ao Estado. Nesse sistema, a produção e a distribuição das riquezas são regidas pelo mercado, no qual, em tese, os preços são determinados pelo livre jogo da oferta e da procura. O capitalista, proprietário de empresa, compra a força de trabalho de terceiros para produzir bens que, após serem vendidos, lhe permitem recuperar o capital investido e obter um excedente denominado lucro. No capitalismo, as classes não mais se relacionam pelo vínculo da servidão (período Feudal da Idade Média), mas pela posse ou carência de meios de produção e pela livre contratação do trabalho e/ou trabalhadores. O capitalismo, como sistema econômico e social, constitui-se com o declínio do feudalismo e passou a se expandir no mundo ocidental no século XVI. A transição do feudalismo para o capitalismo, porem, ocorreu de forma bastante desigual no tempo e no espaço: mais rápida na parte ocidental da Europa e muito mais lenta em porções central e oriental, para, então, disseminar-se pelo mundo. O Reino Unido foi, por varias razões, o país no qual essa transição foi mais acelerada. O sistema capitalista apresentou grande dinamismo ao longo de sua historia, durante a qual evoluiu gradativamente, durante a qual evoluiu gradativamente e foi se transformando à medida que os desafios surgiam. Com o tempo, sobrepôs-se a outras formas de produção, até se tornar hegemônico, que ocorreu em sua fase industrial. Considerando seu processo de desenvolvimento, costuma-se dividir o capitalismo em quatro fases: Comercial, Industrial, Financeiro e Informacional.
A segunda fase do Capitalismo foi marcada principalmente pelos fatos que, em conjunto ficaram conhecidos como Revolução Industrial. Um de seus aspectos mais importantes foi o aumento da capacidade de transformação da natureza, por meio da utilização da maquinas movidas pela queima de carvão mineral, o que tornou possível o aumento da produção de diversos bens, multiplicando os lucros de muitos países. Houve também uma crescente aceleração da circulação de pessoas, de fatores de produção e de mercadorias. Isso foi possível com a expansão das redes de transporte terrestre – com o trem a vapor – e marítimo – com o barco a vapor.
A Revolução Industrial alterou profundamente as condições de vida do trabalhador braçal, provocando inicialmente um intenso deslocamento da população rural para as cidades, com enormes concentrações urbanas. A produção em larga escala e dividida em etapas irá distanciar cada vez mais o trabalhador do produto final, já que cada grupo de trabalhadores irá dominar apenas uma etapa da produção. Na esfera social, o principal desdobramento da revolução foi o surgimento do proletariado urbano (classe operária), como classe social definida. Vivendo em condições deploráveis, tendo o cortiço como moradia e submetido a salários irrisórios com longas jornadas de trabalho, a operariado nascente era facilmente explorado, devido também, à inexistência de leis trabalhistas.
Os trabalhadores reagiam das mais diferentes formas, destacando-se o movimento “ludista” (o nome vem de Ned Ludlan), caracterizado pela destruição das máquinas por operários, e o movimento “cartista”, organizado pela “Associação dos Operários”, que exigia melhores condições de trabalho e o fim do voto censitário. Destaca-se ainda a formação de associações denominadas “trade-unions”, que evoluíram lentamente em suas reivindicações, originando os primeiros sindicatos modernos.
O comercio não era mais a essência do sistema. Nessa nova fase, o lucro provinha basicamente da produção de mercadorias. Mas de que modo se lucrava com a produção em serie de tecidos, máquinas, ferramentas e armas? Ou com os rápidos avanços nos transportes, graças ao surgimento dos trens e barcos a vapor?
Foi Karl Marx (1818-1883) um dos mais influentes pensadores do século XIX, quem desvendou o mecanismo da exploração capitalista, definindo o conceito de mais-valia. A toda jornada de trabalho corresponde uma remuneração, que permitirá a substancia do trabalhador. No entanto, o trabalho produz um valor a mais do que recebe na forma de salário, e a quantidade de trabalho não pago permanece em poder dos proprietários dos meios de produção. O regime assalariado é, portanto, a relação de trabalho mais adequada ao capitalismo. É uma relação tipicamente capitalista, pois se disseminou a medida à medida que o capital se acumulava em grande escala, provocando uma crescente necessidade de expansão dos mercados consumidores. Com o aumento da produção industrial, a partir de meados do século XIX, as fábricas passaram a necessitar de matérias-primas, de energia, de mão-de-obra e de mercados para seus produtos. A industrialização não mais se restringia ao Reino Unido, mas se expandira para outros países europeus, como a Bélgica, a França, a Alemanha, a Itália, e ate para fora da Europa como: Estados Unidos, Canadá e Japão. Ao contrario do período mercantilista, nessa nova etapa do capitalismo o Estado não mais intervinha na economia, que passou a funcionar segundo a lógica do mercado, guiado pela livre concorrência. Consolidava-se assim uma nova doutrina econômica; o liberalismo. Essa nova visão foi sintetizada por dois economistas britânicos: Adam Smith (1723-1790) e David Ricardo (1772-1823). Adam Smith defendia o individuo contra o poder do Estado e acreditava que cada um, ao buscar seu próprio interesse econômico, contribuiria para o interesse coletivo de modo mais eficiente. Por isso era contrario a intervenção do Estado na economia e defendia a “mão invisível” do mercado, idéia que foi expressa pelas palavras francesas laissez-faire, laissez-passer (“deixar fazer, deixar passar” – ou seja, a eliminação das interferências do Estado em assuntos econômicos). Dentro das fábricas, mudanças importantes estavam acontecendo: a produtividade e a capacidade de produção aumentavam rapidamente; aprofundava-se a divisão do trabalho e crescia a fabricação em serie. Nessa época, final do século XIX, estava ocorrendo o que se convencionou chamar de Segunda Revolução Industrial, quando o capitalismo entrou em sua fase financeira e monopolista, marcada pela origem de muitas grandes corporações e pela expansão imperialista.
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Capitalismo Industrial