Geografia Radiação Solar 2.1 – A atmosfera a)
Atmosfera é a camada gasosa que envolve a terra
b)
Funções da atmosfera a atmosfera tem como função filtrar e absorver as radiações solares excessivas excessivas para a vida na terra. Protege a Terra de d e corpos estranhos como meteoritos. Controla a temperatura. É fonte de vida porque concentra na sua composição elementos fundamentais aos seres vivos.
c)Estrutura da atmosfera Troposfera – esta camada vai do nível médio das águas do mar até aos 12km, é nela que se passam os fenómenos meteorológicos. A temperatura diminui com a altitude aproximadamente aproximadamente 6,5º C em cada 1000m, a que se chama gradiente térmico. O limite na troposfera é a tropopausa. ii. Estratosfera - esta camada vai dos 12km aos 50km. É nesta camada que se encontra no ozono que absorve a radiação ultravioleta, ultravioleta, nociva á vida na Terra T erra e por isso provoca, nesta chamada, um aumento de temperatura. O limite é o estratopausa. iii. Mesosfera – esta camada vai dos 50km aos 80km a temperatura desce porque não absorve a energia solar. O limite é a mesopausa. i.
iv.
v.
Termo esfera – esta camada vai dos 80km aos 600km. A temperatura aumenta. O limite é a temperatura. Exosfera – esta camada vai dos 600km até aos 1000km embora o seu limite seja indefinido, a temperatura continua a aumentar. É a camada que faz a transição para o espaço interplanetário.
a)Composição atmosférica I.
baixa atmosfera – Azoto – 78% - oxigénio – 20% - outros – 1% (vapor de água, dióxido de carbono
II.
alta atmosfera – hidrogénio – 50% - hélio – 50%
– A energia solar a)Perdas de energia II.2
Difusão Absorção
reflexão
Constante solar _____________________________________ _____________________________________
reflexão Energia global solar
absorção difusão
________________________________ Energia solar directa
Constante solar – é a quantidade de radiação solar que chega ao limite superior da atmosfera e mede-se em cal/gr/cm₃ por dia ou por hora. Radiação solar directa – é a radiação solar que incide directamente na superfície Radiação solar global – é o total de energia solar que atinge a terra b) Radiação solar radiação solar radiação terrestres contra radiaçao
efeito estufa
radiação terrestre – é a energia devolvida pela terra em grandes comprimentos de onda. Contra radiação – é a radiação terrestre que retorna á superfície porque é reflectida pelas nuvens ou pelos gases existentes na atmosfera. Efeito estufa – é a retenção de calor devido ao facto da atmosfera ser transparente á radiação solar e não a radiação terrestre. Equilíbrio térmico – corresponde á devolução da mesma quantidade de energia que é recebida. A terra deveria estar em equilíbrio térmico mas devido á poluição e ao efeito da contra radiação as temperaturas estão á aumentar, causadas pelo crescente efeito de estufa.
Variação da radiação solar A nível global verifica-se um equilíbrio energético ou termicono sistema sistema Terra – Atmosfera – a energia perdida é igual a energia recebida – tal não acontece na maior parte das regiões do globo. g lobo. Na zona intertropical a quantidade de energia recebida à superfície é superior àquela que é emitida, pelo que existe um excedente de energia. Entre os 37º e os 38º de latitude verifica-se um equilíbrio entre a radiação adquirida e perdida. Para as regiões r egiões situadas a partir dos 38º de latitude o saldo passa a ser negativo, as perdas excedem cada vez mais a quantidade de energia recebida. Apesar destas diferenças, o equilíbrio energetico global é uma realidade devido essencialmente à
dinâmica da atmosfera, que faz a transferência de energia entre as regiões excedentárias e deficitárias.
I.2 A Radia Radiação ção solar solar e a tempe tempera ratur tura a
Raios solares
__________ ________________ ______ 45º
90º
Ângulo de incidência
Ângulo de incidência – é o ângulo que os raios solares formam com a superfície da terra. Em b) o ângulo de incidência é maior sendo de 90º Variação da radiação solar ao longo do dia
_________________________________ __________________________________________________ ____________________ ___ a)
a)
b)
c)
No lugar a) os raios solares incidem com um pequeno ângulo de incidência, a espessura da atmosfera atravessada atravessada é grande, a superfície aquecida é também grande e por isso a temperatura e a radiação solar que chega a superfície são menores.
b)No lugar b) o ângulo de incidência é grande, a espessura da atmosfera atravessada é menor e a superfície aquecida é também menor, pelo que a temperatura é mais elevada.
temperatura
radiação solar radiação terrestre
7h
12h
19h A temp temper erat atur ura a deve deveri ria a ser ser mais mais elev elevad ada a as 12h, 12h, quando o ângulo e incidência dos raios solares é maior, mas a temperatura é mais alta entre as 13h e as 14h de facto o que se explica pelo atraso da
radiação terrestre. A terra absorve primeiro energia e só depois é que começa a libertar calor. Variação da radiação solar e da temperatura ao longo do ano
Solstício de Junho (21 de Junho) Dezembro (21
Solsticio de Ou 22
de Dezembro) O movimento de translação é o responsável pela variação da temperatura ao longo do ano e consequentemente consequentemente das estações do ano. Em Dezembro o sol incide mais directamente no trópico de Capricórnio e por isso as temperaturas são mais altas no sul. É verão para p ara o hemisfério sul e inverno para o hemisfério norte. Em Junho passa-se o contrario, o sol incide mais directamente no trópico de câncer, as temperaturas são mais altas, é verão para o hemisfério norte e hemisfério sul. Equinócios – existem duas posições equinociais, uma a 21 de Março que corresponde ao inicio da primavera e outra a 22 de Setembro que
corresponde ao inicio do Outono, isto para o hemisfério norte. Neste período as temperaturas são suaves, porque o dia é igual a noite. I.2
b)
– A variação da radiação solar e da temperatura com a latitude a)
superficie aquecida
Atmosfera Lugar A – no lugar A o ângulo de incidencia é grande, a superfície aquecida é pequena, p equena, a espessura da atmosfera atravessada é menor, logo a temperatura é mais elevada. Lugar B – no lugar B o ângulo de incidencia é menor, a superfície aquecida é maior e a espessura da atmosfera atravessada é maior logo a temperatura é mais baixa. Conclusão – a temperatura varia na razão inversa da latitude, ou seja, quanto maior é a latitude menor é a temperatura e vice-versa.
2.2 – variação da radiação solar e da temperatura com a exposição geográfica
b
a
A-Vertente Soalheira B-Vertente sombria ou umbria Na vertente soalheira as temperaturas são mais elevadas porque o ângulo de incidência é maior e a superfície aquecida é menor. Nota: esta vertente é mais própria à prática da agricultura.
I.2
– variação da radiação solar e da temperatura temperatura com a continentalidade Bragan ça
Continente
Porto
Mar Em Bragança as temperaturas são mais contrastantes, contrastantes, no inverno são mais frias e os verões são mais quentes, porque Bragança está situada no interior e não recebe influência marítima, por isso o continente aquece rapidamente. No Porto as temperaturas são mais suaves porque recebe influência marítima que aquece lentamente e arrefece lentamente.
I.3 I.3 – Var Varia iaçã ção o sol solar ar e da da temperatura temperatura com a altitude 12km
-30
-15
o
15
A temperatura varia inversamente com a altitude isto é quanto mais alto menor é a temperatura
(6º/1000m). (6º/1000m). Esta variação explica-se por duas razões. 1. A radiação terrestre terrestre diminui com com a altitude. 2. A concentração de gases é maior á superfície e por isso o poder de d e absorção é maior, causando temperaturas mais elevadas á superfície. 2.8
– Variação solar e de temperatura temperatura com o Albedo
absorçao
o albedo é a reflexão da energia solar com a cor da superfície. As superfícies mais escuras tem menor Albedo e por isso há maior absorção e maior temperatura. As superfícies mais claras tem maior albedo, a absorção é menor e por isso a temperatura é mais baixa. 2.9
– variação solar e temperatura com a nebulosidade
A
B
a temperatura diminui com a nebulosidade. No lugar A as temperaturas são mais altas e no lugar B são mais baixas porque a nebulosidade impede que toda a radiação solar chegue a superfície, esta perde-se por reflexão e absorção.
2.10– variação da radiação solar e da temperatura com as correntes marítimas Portugal é afectado pelas correntes marítimas, principalmente pela corrente quente do golfo e pela p ela corrente fria das Canárias. A temperatura destas correntes vai afectar as temperaturas das regiões litorais, subindo ou baixando as suas temperaturas.
2.11– a distribuição da radiação solar em Portugal A radiação solar é maior na região sudeste de Portugal e menor no Noroeste de Portugal. Os factores que explicam esta variação são a latitude e a nebulosidade.
2.12 – variação da insolação em Portugal Insolação – numero de horas em que o sol se encontra a descoberto, durante um determinado tempo.
Em Portugal a insolação é menor no Norte e centro, os factores que explicam esta variação são altitude, a exposição geográfica e a nebulosidade.
2.13 – a distribuição da temperatura temperatura em Portugal Em Portugal as temperaturas são mais elevadas no sul e mais baixas no norte, principalmente no noroeste. Os factores que explicam esta distribuição são a latitude, a altitude, a exposição geográfica, geográfica, a continentalidade e a nebulosidade
2.15 – as isometrias em Portugal Isometrias – são linhas que unem pontos com a mesma temperatura. Em Portugal no mapa de isometrias de Julho é possível verificar variações de temperatura na região Norte e Centro estas variações devem-se a disposição do relevo. No Norte o relevo é concordante e não deixa passar a influencia marítima e por isso o interior é mais quente no verão e mais frio no inverno. No centro o relevo é discordante, deixando passar a influencia marítima e por isso as temperaturas são mais suaves.
2.16 – a valorização da radiação solar
a) •
• •
sistemas solares passivos Orientação da casa Isolamento Materiais de construção
a)Sistemas solares térmicos Aquecimento
•
a)Sistemas solares foto voltaicos Produção de energia
•
a)Turismo balnear
3 – Recursos hídricos Ciclo hidrológico
A agua é um recurso natural, renovável, escasso e imprescindível à vida. Como recurso natural, a agua
é utilizada pelo Homem, de modo mais ou menos intenso, em quase todas as suas actividades: • •
•
•
Agricultura (rega e pecuária) Industria (matéria-prima, lavangens, sistemas de arrefecimento) arrefecimento) Abastecimento domestico e publico Produção de energia
O ciclo hidrológico corresponde à circulação constante da água, acompanhada por transições de fase, que estabelece a ligação entre a terra, os oceanos e a atmosfera. Em cada ciclo, a água do globo é transferida por evapotranspiração evapotranspiração para atmosfera, atmosfera, onde é transportada e se condensa, formando nuvens, para voltar para a terra por precipitação; na superfície da terra, parte da água escoa-se e outra fica retida, infiltrando-se; por fim, volta a evaporação de novo
3.1 – a humidade atmosférica a)
b)
humidade absoluta – é a humidade que um determinado volume de ar contem num determinado momento humidade máxima/ ponto de saturação – é a humidade máxima que um determinado volume de ar que pode conter a uma dada temperatura. O ponto de saturação varia na razão directa d irecta da temperatura. Quanto mais alta é a temperatura mais alto é o ponto de saturação.
c)
Humidade relativa – é a relação entre a humidade absoluta e o ponto de saturação. H.R= H.A P.S ×100%
3.2 – Pressão atmosférica a)
Pressão atmosférica – é o peso que o ar exerce sobre a superfície. A pressão pr essão é normal se for de 760mm de mercúrio ou de 1013 milibares ou 1013 hPa (hector Pascal)
Centro de altas
1030 A -
pressões Ou anticiclone (A;+) ar descendente e divergente 1025
900 B
910
Centro de baixas pressões ou ciclone (B;D; -) ar convergente e ascendente
b)Estados de tempo Num centro de altas pressões o ar descendente, ao descer a temperatura aumenta, a humidade relativa diminui e por isso não pode haver saturação do ar, logo um centro de altas pressões é sinonimo de bom tempo com sol. Num centro de baixas pressões o ar é ascendente, a temperatura diminui, a humidade relativa aumenta e pode atingir-se o ponto de d e saturação, logo um centro de baixas pressões é sinonimo de mau tempo com precipitação. c) A distribuição dos centros de pressão pressão à superfície +++2 -------------------------4-------++++++++++++++++ +++++3++++ 1 ++++++++++++++++++++ +++++ ---------------------------------+++ Centros de origem térmica Centros de baixas pressões equatoriais 2-Centros de baixas pressões polares
1-
3-Centros de altas pressões subtropicais 4-Centros de altas pressões subpolares
a)Circulação do ar à superfície Hemisfério norte
Hemisfério sul
b)Os ventos
6
4
Ventos alísios – são ventos que sopram das altas pressões subtropicais para as baixas pressões equatoriais Ventos de oeste – são ventos que sopram das altas pressões subtropicais para as baixas pressões pr essões subpolares
Ventos de este – são ventos que sopram das altas pressões polares para as baixas pressões subpolares 4-
CIT – convergência intertropical é encontro dos ventos alísios no equador
Doldrums ou calmarias – são zonas onde não existem ventos e acontecem quando os alísios enfraquecem. 6 – jet stream – é uma corrente de ar em altitude que pode ter um extensão de 1000km e atingir grandes velocidades e pode provocar alterações no estado de tempo à superfície. a)As massas de ar I. Massas de ar – são volumes de ar com características características semelhantes de temperatura, humidade e densidade II.Tipos de massas de ar TC- tropical continental (quente e seca) TM – tropical marítima (quente e húmida) PC – polar continental (fria e seca) PM – polar marítima (fria e húmida) a)As frentes Superfície frontal Ventos De oeste Ar frio
ar quente
F.F – frente fria
Ar quente
ar frio F.Q - frente quente
Frente quente – céu nublado, chuvas continuas e de longa duração (chuviscos ou chuva “molha tolos”), as temperas são baixas com tendência a subir, o vento é fraco Frente fria – grande nebulosidade com nuvens de grande desenvolvimento vertical, vertical, a chuva é intensa (aguaceiros), (aguaceiros), pode haver trovoadas e o vento é mais forte b)As perturbações frontais
Perturbação frontal – é a associação entre as frentes e um centro de baixas pressões c)Frente oclusa
Frente oclusa – é a dissipação das frentes, isto é, as frentes estão a terminar a sua acção e vão desaparecer. Isto acontece porque a frente fria desloca-se com maior rapidez e apanha a frente quente, o ar frio fica à superfície o ar quente em altitude, pode ainda haver precipitação mas a chuva vai desaparecer dando lugar ao bom tempo embora com temperaturas baixas. (as frentes desaparecem)