Néstor Luis Cordero (ed.) Sociedad democrática y cultura sofística Giovanni CASERTANO (Universidad de Nápoles)
El filósofo griego frente a la sociedad de su tiempo
1. Desde un punto de vista histórico, ¿quién fue sofista? Si quisiéramos responder de un modo paradójico, pero paradójico sólo en apariencia, podríamos decir que nadie fue sofista, o bien que fueron sofistas todos los filósofos, sabios, poetas, científicos, técnicos, de la antigua Grecia, clásica o no, y esto porque el ámbito al cual el término fue aplicado en la historia de la cultura griega fue muy amplio. Una investigación sobre el término sophistés nos diría que originariamente fue utilizado como sinónimo de sophós, sabio, y eran sabios todos quienes poseían una técnica particular, desde Homero y Hesíodo. 1 En el siglo V, en Atenas, el término comienza a ser utilizado con un sentido más “técnico” para indicar un tipo especial de sabio, de intelectual; pero es recién en el siglo IV, con Platón y Arstóteles, que el “sofista” adquiere cierta fisonomía propia, que será conservada luego prácticamente hasta nuestros días. Es la fisonomía de un hombre astuto, capaz de sostener una tesis o, sin diferencia alguna, la tesis contraria; discutidor, más o menos pedante, más o menos de mala fe; personaje que “adultera” los discursos con excesiva sutilidad; personaje engañador, que echa mano de todos los trucos que le ofrece el lenguaje para imponerse en la discusión, o incluso solamente para que el público lo aplauda; personaje fastidioso, en resumen, que no tiene nada que decir y que, no obstante, se la pasa hablando. Pero también en este caso, la caracterización negativa del “sofista” iniciada por Platón y Aristóteles, es válida paradójicamente más para los modernos, incluso
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02-049-074 cop 23 HFA (Marsico)
(HFA - Soares)
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Sobre este punto, véase F. Ueberweg-K. Praechter, Grundriss der Geschichte der Philosophie , Band I: Die Philosophie des Altertums , BaselStuttgart 1967, p. 1; B. Snell, Die Ausdrücke Ausd rücke für den Begriff des Wissens in 1922, passim.. der vorplatonischen Philosophie, Philosophie , Göttingen 1922, passim
Editorial Rhesis
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