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•• •• •• •• •• • •• •• •
.
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•• •• •• •• •• •• •• •
MÉTODO DE CAJÓN
o Cajón,
suas histórias e seus sons"
CONHEÇA E TOQUE CAJÓN
Apresentamos instrumento
a vocês este método
completo
e inédito
no Brasil sobre este
maravilhoso e versátil que caiu no gosto do brasileiro e do mundo inteiro, o cajón
momentos agradáveis de aprendizado musical assim como agregar informações culturais bastantes curiosas pertinentes peruano em suas diversa~ faces. O intuito
,é
proporcionar .
ao instrumento, sua cultura, raizes, incluindo sua trajetória no Brasil.
Este Método é o res~ltado de anos de experiências e pesquisas dos músicos Daniel Freitas (grupo 12 Mãos) e Pithy Cajonero (Cajones Pithy)
. I
j
•• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• ••
Daniel Freitas - Grupo 12Mãos
Daniel Freitas é músico profissional há 17 anos,
graduado
UNIMES,
em
professor
Educação de
bateria
Musical e
pela
percussão,
composit,or, educador do Projeto Guri, músico de estúdio,
produtor
de
eventos
culturais
e
Presidente da ALMA {Assoc~ação Livre dos Músicos de Araçatuba} Tem
por dois mandatos consecutivos .
recebido
diversas
premiações
e criticas
positivas das mídias especializadas (revistas, sites, jornais,
televisão)
com seus projetos
na área
musical. É fundador
e integrante
grupos musicais: instrumental ("Entropia"
Fast
dos seguintes
J
Fusion,
banda
com
proposta
jazz e fusion, há 14 anos na estrada, tendo produzido os dois COs do grupo e ".Alucinações Musicais")
e um videoclipe
com participações
de renomados
músicos do cenár!o nacional alcançando sucesso de críticas positivas por parte das midias especializadas (revistas, sites, jornais, televisão), além de premiações . - Grupo 12Mãos, na qual desenvolve um trabalho experimental mesclar os sons dos instrumentos
com o intuito
de
de percussões diversos (em especial o caján) produzindo
peças e cameratas distintas e que se tornou um grupo referencia em nível nacional. Compôs peças para percussão realizando a primeira camerata de cajones do Brasil, com a qual também idealizou e produziu os vídeos do grupo, trabalho este que lhes renderam o convite para participar do Programa Domingão do Faustão na Rede Globo, Festival Internacional de Cajon em Lima no Peru, dois Troféus Culturais Odette Costa como "destaque
Internacional
e
Nacional", além de diversas oficinas. O vídeo com tema "degradação das ferrovias do Brasil" é o primeiro vídeoclipe de cajoneiros do mundo . - Banda Rádio84, interpretando
os clássicos do pop e do rock mundial e que conta com
um cd gravado e participação em diversos festivais . • Banda Projeto Eternal, rock progressivo no circuito gospel e que conta com dois cds gravados e um vídeo clipe "Momento
de voltar" e "Destruindo fortalezas" .
Ao longo de sua carreira Daniel Freitas gravou e atuou como free lancer para os mais variados artistas, ministrou aulas de música para mais de 1000 alunos entre aulas particulares, conservatórios, workshops, oficinas, Projeto Guri, entre outros. Fundou o ateliê de música Progressive juntamente com Christian Freitas em 1998. Escreveu um método de bateria com
l-
---~-~~~~~~~~--_._--
I. i • I •
•• •
três níveis (básico, intermediário e avançado) para ministrar seus cursos (método que está sendo utilizado por outros profissionais) . Idealizou juntamente com o baterista e percussionista Cristiano Silva o DUO DRUMS, projeto que iniciaram há mais de 12 anos com intuito de produzir peças para duas baterias e
I.
percussões, tendo produzidos videodipes com conceitos bastante originais na arte de compor para estes instrumentos. Com este projeto tem realizado diversos workshows e clínicas através de escolas de música, oficinas culturais e eventos relacionado com a bateria 'e percussão .
I. •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• I.• •• •• •• •• •• ,
Foi eleito Presidente da ALMA (Associação livre de músico de Araçatuba) por dois mandatos consecutivos, tendo elaborado importantes projetos para esta associação: Museu da músíca (com voto de aplauso da câmara dos vereadores) e Cd Coletânea da ALMA (ganhador do prêmio Odete Costa), Faculdade de Educação Musical (Parceria entre a ALMA e UNIMES), entre outros. Tem participação freqüente em diversas mídias com seus projetos musicais desenvolvidos no interior de São Paulo: Extinta Revista Batera&Percussão, Revista Modern Drummer, Rede de Televisão: SBT/TVi, Rede Globo, TVTEM Programa Revista de Sábado e De Ponta a Ponta, TV FR, Canal 21, Jornais: Folha da Região, Jornal Tribuna e Alerta da OMB (Ordem dos Músicos do Brasil), Jornal do Povo, Jornal O liberal, Rádios: Tietê, Vitória FM, Cultura, Furb Fm e diversos sites, portais, além de participação em grandes eventos e festivais como: Virada Cultural Paulista, Circuito SESCs,SESlse Festival Internacional. Como produtor de eventos culturais organizou diversos workshops e máster class de bateria e percussão com grandes nomes da música brasileira, além de eventos importantes como: "Noite Instrumental
de Araçatuba" e "Noite Multcultural"
(em Prol de pacientes com
câncer) e o BATUCANDO ARAÇATUBA reunindo mais de 200 bateristas e percussionistas do Brasil para juntos tocarem e celebrarem a cultura dos tambores. Este evento foi premiado com um troféu cultural Odette Costa na categoria "Organização coletiva de eventos culturais" . Como compositor
escreveu diversas obras instrumentais,
para percussão, além de colaborador
da revista
Moder
músicas cantadas e peças
Drummer
escrevendo
algumas
matérias .
Daniel Freitas é endorse da marca de Bateria Marinos e Cajón Pithy. Seu trabalho como educador é referência na região de Araçatuba, inovando com suas composições para percussão e alto nível de aprendizagem
dos alunos, sendo que a maior parte dos seus
trabalhos desenvolvidos pode ser encontrados na Internet.
'
•
•• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• . •• •• •• •• •• •• •
Músico,
percussionistas,
fabricante
de
instrumentos de percussão em especial o cajón,
Pithy cajonero tem atuado com diversos artistas, realizado
inúmeros
workshops
, divulgando e difundindo
pelo
Brasil
a cultura do cajón, sendo
presença constante em diversas mídias. Quando produziu seu primeiro cajón, em 1996, Pithy Cajonero
percebeu
instrumento realidade Para
que
tinha
o
popularizar
músico
nas
ajudar
musical de muitos
isso,
madeira
que poderia
a
artistas
procurou
produzia
um
mudar
som
um a
brasileiros.
maneir~s
aquela então desconhecida que
mãos
de
caixa de bastante
interessante . Pithy
Cajonero
começou
a
pesquisar,
desenhar, inventar e criar cajones de forma que o
instrumento pudesse atender às necessidades da música e dos músicos brasileiros. Pithy tornou-se, a partir daí, oficialmente
o Embaixador do Cajón Afro-Peruano no Brasil e um dos nomes mais
respeitados na área . Com o aval dos dois maiores especialistas em cajones do mundo, os peruanos Maria Del Carmem Dongo e Rafael Santa Cruz, Pithy e seu trabalho
são hoje referências para
percussionistas do pop ao jazz. do rock ao samba, do sertanejo ao gospel e outros ritmos mais . Foi Pithy quem criou o cajón inclinado, que aliviou e trouxe mais conforto aos músicos . É de sua autoria também as famosas vassourinhas para Cajón, espécie de baquetas de nylon ou aço, muito utilizadas para produzir novas sonoridades na percussão . Pithy Cajonero é o responsável por muitos músicos profissionais, amadores, nacionais e internacionais
terem conhecido novos timbres, novas sonoridades e oportunidades.
Por
causa disso e de s~u trabalho 'pela expansão da cultura do cajón, Pithy é considerado por muitos um instrumentista de vanguarda.
.
•• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• ,• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •
Todos os textos, partituras, assim como imagens e ilustrações deste método foram produzidas
por Daniel Freitas com suporte de Pithy Cajonero .
Exceto imagens:
Capa: Gabriel Sincro Rafael Santa Cruz. gentilmente
cedida por Rafael
Postura para tocar o instrumento
- gentilmente
Como ~icrofonar
o caján - gentilmente
Evolução e futuro
do caján - gentilmente
Caitro soto - Capturado
cedida pela empresa Cajón Pithy
cedida pela empresa Cajón Pithy cedida pela empresa Cajón
Pithy
da internet
Apoio:
. . '
Agradecimento especial a Rafael Santa Cruz pelo suporte e informações prestadas para
realização deste material.
•• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• ••
fndice: História e Surgimento do Cajón
Pag.: 1
História do cajón no Brasil.
Pag.: 3
o Cajón -
Pag.: 5
Suas partes
Caján Peruano, (ajón Flameneo Caján Inclinado no Brasil
Outros formatos de cajones Como microfonar o cajón Evolução e futuro do c~jón
Grupos, Músicos e Artistas que utilizam cajón
:,
Pág.: 7
, Postura para tocar o Instrumento
Pág.: 9
Formas e técnicas de extrair a diversidade sonora do cajón
Pág.: 10
Exercícios e rudimentos
Pág.: 18
o cajón
Pág.: 20
como simulador de Bateria Idéias rítmicas extraídas da bateria
Notas Fantasmas
:
A Vassourinha no cajón
,
Pág.: 22 Pág.: 25
Utilizando a técnica de conga
Pág.: 28
Composição de ritmos no c~jón
Pág.: 29
Adaptando ritmos diversos no cajón
Pág.: 31
Maracatu, xote, reggae, vanera, Ijexá/afoxé, carimbo, frevo, ritmos da Bahia, baião, samba, samba de partido alto Ritmos típicos do cajón
Pág.: 44
Festejos, Marifíera, Panalívio Outras manulações e Frases Peças para tocar em Grupo
'
,
Pág.: 47 .
•
•• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• • •• •• •• •• •• •• •• •• •• ••
.'
HISTÓRIA E SURGIMENTO DO CAJ6N o Continente Americano é extremamente rico em sua diversidade cultural, resultado de umas das mais interessantes miscigenações culturais do, mundo. Em cada região do
há uma cultura musical típica que envolve não apenas os r!tmos (derivados de fusões das culturas}, mas também instrumentos que se desenvolveram devidos as diferentes continente,
realidades. Uma dessas regiões é o Peru, país andino dé colonização espanhola onde houve forte tráfico de negros escravizados e que desenvolveu uma cultura musical típica (os Festejos) e um instrumento
que hoje está se,tornando cada vez mais popular no Bra~i1e no mundo, o
cajón . Caján é o aumentativo
da palavra caja, que significa caixa
em espanhol. Há possibilidade de que sua origem remonta no Peru colonial, tendo surgido entre os escravos africanos trazidos
ao
Peru,
contudo,
provas
documentais
comprovadas remontam a metade do século XIX já no Peru Republicano. Os Senhores de terra e donos de escravos trazidos da África não permitiram que os negros utilizassem os instrumentos
típicos de suas tribos de origem, porém
como na cultura afro, os negros possuem uma enorme riqueza instrumental
e rítmica, onde a percussão é usada
não só como forma de expressão musical, mas também como linguagem e meio de comunicação,
acabaram por
desenvolver o instrumento através do que tinham em mãos, caixas, gavetas, utensílios utilizados para execução do trabalho, evidenciando que a cultura é moldada
pelo meio e realidade
de cada região. Assim o instrumento'
foi evoluindo
e
basicamente possui o formato de uma caixa com uma abertura que proporciona amplificação do som. Por isso, dizemos que sua origem é afro-peruan~ ou crio la, e não um legado da cultura Inca, uma vez que no Peru, há uma grande miscigenação populacional. Com o passar do tempo o instrumento transformou-se
no que conhecemos hoje por cajón .
Por volta da década de 80 o cajon é levado para a Europa (Espanha) após os músicos Paco de Lucia e seu percussionista, o brasileiro Rubens Dantas, terem conhecido o instrumento num encontro com a cantora Chabuca Granda que estava sendo acompanhada peJo cajonero Caitro Soto, Paco de Lucia ficou cativado pelo instrumento na música flamenca, tornando
o instrumento
e o adquiriu introduzindo-o
assim
universal. Muitos defendem que há então o
cajón flamenco, onde algumas modificações foram realizadas neste cajón que passa a ser utilizado na música flamenca como a introdução de cordas de guitarra no seu interior criando um efeito mais brilhante no som, sendo esta a principal diferença entre o cajón flamenco e o cajón peruano tradicional. Contudo, Rafael Santa Cruz, uma das maiores autoridades do cajón peruano e grande pesquisador, com muita propriedade defende que o cajón flamenco não é um instrumento adicionado modificações
e sim uma técnica, pois na verdade, o instrumento
pedais,
,
cqrdas, esteira,
atendendo
diferentes
'
madeiras,
uma necessidade, ainda continua
medidas
é o mesmo, se é ou qualquer
outras
sendo cajón peruano e ainda
ressalta que cordas e outras. coisas já estavam adicionadas no Peru muito antes de 1980. A exemplo do que acontece no Brasil mais recentemente, onde novas técnicas são criadas para 1
. -
,
1
•
I. I. !
•
•• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •
tocar música brasileira no cajón, o instrumento
continua sendo o mesmo. Então, os modelos
com cordas são amplamente utilizados no flamenco e os modelos sem cordas são amplamente utilizados no Peru e 05 modelos inclinados amplamente utilizados no Brasil.
,No Peru, faz parte da grade escolar de muitas escolas o estudo do cajón, as crianças recebem do governo o instrumento. Em lima, ocorrem todos os ános Q maior evento de cajones do mundo, é o Festival Internacional de Cajon, sendo que o momento mais fantástico deste evento é a cajoneada, reunindo inúmeros cajoneros profissionais, amadores, estudantes para juntos tocarem. O recorde mundial foi batido diversas vezes neste evento e publicado no Guinnes Book (livro dos recordes) com 1476 cajoneros tocando juntos na praça das Armas. O cajón
é considerado pelo governo peruano como "Patrimônio Cultural da Nação" .
Foto realizada na cajoneoda do V Festivo! Internacional de Cojón do Peru
Foto da t;ajoneada (Lima, Peru)
Foto acima
(esquerda):
Palco principal
Foto: Vista do Palco (Praça das Armas)
por
onde possam. diversos
artistas
de várias
nacionalidades e que comandam a interoçdo e batuque com o público .
2
•
•• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• ••
o cajón atravessou
as fronteiras do Peru e tem encontrado espaço nas expressões
musicais de diferentes culturas pelo mundo afora .
HISTÓRIA DO CAJÓN NO BRASIL No Brasil um
dos primeiros
grandes
fabricantes
percussionista Pithy cajonero que conheceu o instrumento
e divulgador
do caján
é o
no inicio da década de 90 através
do percussionista Ar; Colares. Pithy que já trabalhava e produzia cenários, resolveu embarcar na produção de cajones e hoje a empresa Caj60 Pithy é uma das maiores do pais produzindo
desde o ano de 1996. Somente no Brasil há uma variação do cajón tradicional, na verdade, uma adequação
à realidade brasileira que utiliza o instrumento para simular os ritmos tocados
na bateria, trata-se do cajón inclinado, cuja autoria e desenvolvimento Brasil
e do
deste modelo típico do
percussionista Pithy cajonero que além desta e muitas outras criações, de;ixa um
legado importante para a cultura dos cajones no país.
Os modelos tradicionais de cajan são retas, Pithy Cajonero criou então o primeiro cajón inclinado para a Thamyma Brasil usar em um show da Cóssia fller (vídeo pode ser visto na internet. http://youtu.be/z50nFSzSBsQJ. era bem mais inclinado e somente após diversos testes de formoro e sonoridade é que se chegou ao modelo atual .
Imagem do primeiro cajón inclinado
Explosão do cajón no Brasil A partir do ano 2000 o instrumento ganha de vez o país dado a sua sonoridade, o baixo custo para adquirir, a facilidade em tocar comb simulador de bateria e também comodidade para transportar. Na verdade, esta adesão em massa ao instrumento no Brasil é mais explicada pejo fato de aqui o cajón estar sendo utilizado como substituto da bateria, ou seja, 99% dos brasileiros que adquirem o cajón utilizam
sua sonoridade para simular e tocar os ritmos que
fariam tocando a bateria, é utilizado na musica sertaneja, no pop, no rock, na MPB, samba, entre outras devido a sua sonoridade peculiar. Pela facilidade de transportar, é muito comum
3
I
-• •
•• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• ••
encontrar o instrumento
sendo tocado em um barzinho com música ao vivo ou em grandes
palcos de grandes artistas e, muitas das vezes, podemos até confundir ó som dele com o de uma bateria. De idealização de Daniel Freitas, atualmente o maior evento de cajôn no Brasil acontece
no interior
de São Paulo, numa cidade chamada Araçatuba,
é o "Batucando
Araçatuba" onde além do caján, também tem participantes com baterias que se reúnem em torno de um palco para celebração dos tambores com mais de 200 bateristas e cajoneros
tocando juntos, músicas, peças, entre outros .
Batucando Araçatubo é o único encontro do Brasil que reúne cojoneros e bateristas paro juntos celebrarem a cultura d~sritmos. São mais de 200 participantes .
Vista do polca Batucanda
Imagem da palca Batucando'
4
1-
•• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• ••
o CAJ6N
- SUAS PARTES
Há algumas diferenças entre os cajones peruanos, os cajones utilizados na Espanha e o brasileiro. O modelo peruano é reto e não possui nenhum sistema de esteira ou cordas. O cajón utilizado na Espanha (música fJamenca) também é reto, porém utiliza cordas ou bordões em seu interior proporcionando
um som mais brilhante. Já muitos modelos brasileiros são
inclinados e são fabricados com sistema de esteira da caixa de bateria .
Fundo Jele frontal Lateral
ou Tampo
Furo traseiro ou duto
-,
Caj6n Flamenco - Com cordas
. Cajón Peruano. Reto, sem cordas ou esteira
5
•• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• ••
• I. •• •• •• •• •• •• •• •• •
Alguns fabricantes (principalmente
.
no Brasil), utilizam a esteira da caixa de bateria em
seus cajones, assim como microfones de captação (Ver 'tópico abaixo: Como microfonar
o
cajón)
Como Microfonar
o Cajón
Este é um tema que provoca muita discussão uma vez que muitos cajones no mercado possuem captação (microfones)
interno. O cajóo que vem com este sistema de captação
(microfone interno) é um recurso que ajuda muito na hora de tocar pela sua praticidade, ou
seja, basta o cajonero plugar o cabo no instrumento e conectar na mesa de som. Contudo, microfones top de linha utilizados para captações de instrumentos' de percussão são muito caros e, se o cajóns captado viesse com esses modelos mais sofisticados de microfones, encareceria muito o valor do instrum;,nto inviabilizando a comercialização . Então para uma boa microfonação profissional, seja para gravações em estúdios ou para se tocar ao vivo, recomenda-se a utilização de dois microfones conforme a figura abaixo .
:.
r
6
•• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •
Evolução
e Futuro
do Cajôn
é
Hoje
possivef
encontrar
diversos
formatos
de
cajones em todo mundo: cajones com banco, com pedal de bumbo, com captação, inserido com outros
instrumentos
de percussão.
enfim,
é
a evolução natural de um instrumento em expansão
e que ainda apresentará
novas faces e
formatos ao longo dos anos .
. Kit do baterista
Vlajones
GRUPOS, MÚSICOS E ARTfsTAS QUE UTILIZAM
O CAJÓN
I •
'.
I.
I.
•• •• •• •• •• •• •• •• •• •
Entre os primeiros citar:
(3ítro
"Chocolate" membros
Soto,
Eusebio
Algendones da família
grandes "
cajoneros
Pititi
, Juan " Cotito
"
podemos
Sirius
, Julio
" Medrano,
os
Santa Cruz e família Vasquez .
[citro Soto
Eva Ayllon (Peru) - Uma das maiores cantora, interprete típicos
do pais como valsas criolas,
latino
de melhor
AleI( Acuna
álbum folclôrico
(Peru)
nos Estados Unidos
- baterista
festejos,
entre
outros.
e folclorista Foi indicada
peruanas de gêneros três vezes ao Grammy
.
e percussionista
onde tem trabalhado
peruano,
com grandes
desde os anos 70 Alex Acuna nomes
da música mundial
como:
reside Elvis
7
•• •• •• •• •• •• • I. •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• • •• •• •• ••
Presley e Diana Ross, Weather
Report Uazzjfusíon), Paul McCartney , Joni Mítchell , EUa
Fitzgerald • Jim Walker • Chick Corea , Whitney Houston , Plácido Domingo,
Carlos Santana,
Herbie Hancock ,
Antonio Carlos Jobim, entre muitos outros. Trabalhou como educador na
Universidade da Califôrnia, Los Angeles e Berklee College of Music . Rafael Santa Cruz (Peru)-
De importante família afroperuana que se dedicam a vári~s formas
de arte, Rafael Santa Cruz é Ator, músico, pesquisador, produtor de eventos culturais como o Festival Internacional de Cajones de lima no Peru e Espanha, recebeu o titulo de embaixador dos cajones no mundo. Rafael Santa Cruz é a maior autoridade na cultura dos cajones. lecionou auras, clínicas, recitais e apresentações em diversos países como: Inglaterra, Itália, República Dominicana, EUA, Brasil, Equador, Espanha, Porto Rico e publicou diversos livros sobre o instrumento
e cultura afro peruana. Atualmente
é professor na UPC (Universidade
Pontifícia Católica do Peru) . Rubens
Dantas
(Brasil)
-
Juntamente
com
Paco De lucia,
foi
o
respons~vel
pela
internacionalização e introdução do cajón na Europa, em especial na música flamenca .
.
Pithy Cajonero (Brasil) - Primeiro grande divulgador e fabricante de cajones no Brasil com muitas invovações. Recebeu o título de embaixador dos cajones no Brasil. Grupo 12Mãos (Brasil) - O grupo, de percussão experimental Brasil e inclusive no exterior,
12Mãos
e conhecido
foi criado no ano de 2009 com intuito
em todo
de produzir
peças
experimentais e adaptações de ritmos brasileiros no cajón e instrumentos exóticos, ao mesmo tempo
mesclando seus sons com os instrumentos
típicos da cultura brasileira, em peças
musicais no formato de camerata com espaços para livre expressão e improvisação. O Grupo 12 Mãos alcançou reconhecimento
internacional
e nacional, tendo sido convidado
para
representar o Brasil no V Festival internacional de Cajóns e percussão em Uma no Peru, em abril de 2012 e convidado pela produção da globo para participar do Programa Domingão do Faustão. Ganhou por duas vezes o troféu cultural Odette Costa pela produção e destaque. O grupo é pioneiro na gravação de vídeoclipes para o cajones que podem ser visualizadas na internet, vídeos esses que rodam o mundo todo em milhares de acessos.
I' •
Outros: Maria dei Carmen Oongo. Giggio Parody, Alfredo Valiente. Pancho Vallejos Paulett, Paquito Gonzalez.
8
•• •• •• •• • i. •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• ••• ••
POSTURA PARA TOCAR O INSTRUMENTO
o cajôn Certo ~
.
é um instrumento na qual o músico
d,eve-se posicionar da forma
adequada
para tocar ou em poucos minutos
ele
poderá sofrer de dores nas costas, ombros e pescoços. Contudo, adquirindo- a postura correta, o músico poderá tocar por longas horas sem dores ou
prejuízos futuros
devido a uma má postura .
, Erradó X
Para um bom posicionamento, o cajonero
deve sentar-se
sobre
o instrúmento
com as
pernas separadas (abertas) para poder ter livre
acesso
a todas
as áreas pés
de
da pele frontal forma
diagonal
e
posicionar
os
ao
instrumento
(ver figura). Ao tocar, o músico deve
manter o tronco reto e a cabeça erguida .
9
-
•• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• ••• •• •• •• •• •• •• ••
FORMAS E TÉCNICAS DE EXTRAIR A DIVERSIDADE SONORA DO CAJÓN Diferente do que muita gente pensa, o cajóo não tem apenas um som grave e somente um som agudo, o músico pode extrair do instrumento
diversos sons graves e diversos sons
agudos que devem ser utilizados para produzir os ritmos. Basicamente, os sons agudos são extraídos da parte superior (borda) e o grave da parte central e de acordo com a forma que o músico executa o golpe poderâ extrair sonoridades agudas e graves diferentes. simplesmente a forma com que se golpeia o instrumento
Técnica é
para produzir o som desejado, por
isso, é importante conhecer as diversas técnicas ou formas de golpear o instrumento
para que
se possa ter uma gama maior de sons., É importante ressaltar que podemos e devemos procurar desc~brir diversas formas de obter sons do cajón, pois para isso, basta você explorar suas partes, formas de golpear e intensidades. Alguns cajones (devido a forma e madeira com que são construidos)
proporcionam
diversificada sonoridade, outros nem tanto, por isso, é
importante adquirir um instrumento adequado e que facilite a execução técnica . Outro ponto importante instrumento
para ressaltar é que para os músicos que estarão tocando o
pela primeira vez, como em qualquer outro instrumento de percussão em que se
utilizam as mãos para produzir o som, poderâ sentir um pouco de dor nos dedos, para isso, procure golpear o instrumento
nas partes agudar e graves vârias vezes durante vârios dias até
que sua mão se adapte ao golpe na madeira . Antes de demonstrar as técnicas, veja os nomes das regiões da mão e partes dos dedos que serão utilizadas para extrairmos o som do instrumento.
•
MédiO Anelar Mfnimo
IndIcador
Polegar 1 __ __
1. Falange dislí:ll 2. Falange média
3. Falange proximal
4. Base •
•
Fonnad. ~O.
O"".
do U'P<>
DEDOS DA MÃO
10
-• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •
Formas de extrair sons graves - Parte central da pele frontal do instrumento
Região de grave
1) Com a ponta dos dedos e com a mão fechada em forma de concha. O som esperado aqui é um
grave
suave
e
aveludado.
Pode-se
con!>eguir boas vàriações timbrísticas de grave realizando
este
golpe
em
diversas
áreas
próximas ao centro da pele do instrumento .
11
-I
I
-
--•• -•• • -•• •• . •
2)
Percutir apenas com as falanges dos dedos sem a utilização da
palma
da
mão.
Neste
caso,
teremos um som grave com mais ataque e kick.
,
•• I-I-• ,
-••
•• •• •• •• •• •• •• •• •• •• ••
3) Percutir
com a palma da mão
aberta, obtêm-se um som grave cpm mais intensidade e potencia .
-
4)
Percutir com a mão em forma de concha. Desta forma
teremos
uma sonoridade
grave aveludada .
12
-•
•• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •
Para todas
as técnicas
descritas
acima,
podemos obter outras sonoridades graves percutindo
o
instrumento
em
outras
regiões próximas a parte central da pele ou ainda, se percutirmos
o instrumento
com
algumas das técnicas desejadas (descritas acima) e abafarmos
com a outra
mão
(manter a mão pressionada na pele) após o golpe. isso irá produzir um som mais opaco
e seco .
Formas de extrair sons agudos: Basta percutir na parte superior da pele frontal do cajón. Já nas esquinas ou cantos da parte superior pode-se extrair um som muito mais agudo ainda que na parte superior ao meio da pele .
Região de agudo
l} Utilizando todos os 4 dedos da mão (indicador, médio, anelar e mini mo): separados entre si ou juntos, mais ao centro da pele. Esta técnica é muito
utilizada
para extrair
um
som
mais
parecido com a caixa da bateria, principalmente se for um cajón que utiliza esteira .
13
-• •• •• ••
•• •• •
•• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• ••
2) Técnica peru;)"a: com as mãos levemente rotacionadas para que o polegar fique
voltado para cima, são utilizados para o golpe apenas 3" dedos
(médio,
anelar
e
mínimo),
podendo ser separados entre si ou juntos, no
canto ou esquina da parte superior da pele do cajón
3) Técnica Flamenca: este golpe é parecido
com os
golpes em que os percussionistas realizam nas cangas. O cajonero percute com a parte inferior
da
palma (base) a borda do assento com a pele frontal e deixa os dedos rebaterem
na parte superior da
pele do cajón Também pode-se extrair
outros sons agudos golpeando e explorando a lateral do
instrumento
Outras técnicas:
Utilizando os dedos ou unhas dos dedos: Esta bastante, ftamenca.
é uma técnica também música na
utilizada
Consiste em golpear
o
cajón com os dedos numa sequência rápida (um dedo atras do outro) até que os quatro dedos da mão tenha atingido o cajon (pode ser feito com menos dedos, 3 ou 2, dependendo do efeito
que
queira
produzir).
Esta
técnica pode ser utilizada ao tocar ritmos diversos, ou para solos ao cajón . 14
..
Ii •
•• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• • •• •• •• •• •
Golpeando com os quatro dedos em seqüência - Posicionar a mão na perpendicular ao cajón com os dedos posicionados um acima um do outro sendo o dedo mínimo mais próximo à pele. Golpear apenas os dedos 'na parte superior do cajon, cada dedo vaI percutindo em seqüência de forma rápida até que todos tenham atingido a pele produzindo um som mais extenso, como no rebote de uma baqueta na caixa da bateria. Se alternar toques com a' mão direita e
mão esquerda
(single) com esta mesma técnica de posicionamento
dos dedos, o som produzido será continuo como o rufo de uma caixa que faz vibrar apenas a esteira. Esta idéia pode ser utilizada em fitmos diversos como funk, maracatu, etc ...
Técnica de Canga - Nesta técnica são percutidos dois golpes com a mesma mão (dois com a direita e dois com a esquerda) alternando elas. O primeiro golpe deve necessariamente ser . realizado com a base da mão e o segundo golpe com os dedos estendidos (falanges) ou com a ponta dos dedos, passando em seguida para'il outra mão numa seqüência bastante rápida .
B
Com a ponta dos dedos
Com as falanges
lS
•• •• •• •
•• •• •• •
•• •• •• •••
•• •• •• ••
•• •• •• •• •• •• •• •• •
--- ----
---------------------------------
Mão Fechada - Com a mão fechada pode ser extraído diversos tipos de timbres. Pode ser batida com a mão girada golpeando com a parte lateral do dedo mínimo ou com a mão fechada porém c0r"!1a parte da palma virada para a pele do instrumento .
Pressionando com o pé - Pode-se obter uma sonoridade abafada com qualquer toque ou técnica já descrita acima se ela for executada com o pé, sapato ou tênis pressionando a pele central.
+ Para grafia desta nota abafada na partitura, utilizaremos um sinal de mais
~
(+) em cima da nota tocada, que pode ser grave, aguda ou qualquer outra .
., . 16
~-.
•• •• •• •• ••
---
-----------------,------------------------
Outro recurso bastante utilizado para tocar cajón
é a vassourinha.
:.
vassourinha disponível no mercado, porém, existe um modelo específico para o instrumento'criado
e
desenvolvido por Pithy Cajonero e que possui um
I.
pirulito para tocar notas graves .
••
•• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• ••
Pode-se tocar com qualquer
As notas
para vassourinha
no
agudo
serão
grafadas com um X na linha superior semelhante à grafia do ehimbal da bateria .
VASSOURINHA
PARA CAJÓN
Piruljto para sons graves
Para
extrair
os
sons
graves
com
a
vassourinha. basta golpear com o pirulito . Será grafada de acordo com a nota acima
17
'
•• •• •• •. • ••
Rebote com a vassourinha: Basta golpear o pirulito na borda superior do caján e com a vassourinha inclinada, conforme ela vai rebatendo na pele do cajón (efeito mola), vá inclinando a vassourinha em direção à pele conforme o movimento
mola vai diminuindo
e
assim poder extrair o máximo de notas possíveis.
•• •• •
:.
I.
,
•• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• ••
,
,
EXERCíCIOS E RUDIMENTOS
1) Single - Movimento alternando toques com a mão direita (O) e mão esquerda (EI
u
lo:
[)
lo:
Il
lo:
J)
lo;..
0
;g::gg;=~J=J=~
I:H__
2) Double Stroke - Movimento
alternando dois toques com a mão direita e dois com a mão
esquerda
n
J)
lo:
lo:
n
n
lo:
1':...
18
--------------------------------------------
•• •• •• •• •• •• •• ••
•• •• •• •• •• •• •• •
i.• •• •• •• •• •• •• ••
.
3) Five Stroke - Seqüência de cinco notas
"
E
D
E
D
"
D
E
4) Fiam - Toque em que é golpeado as duas mãos juntas, porém uma delas chega levemente na frente da outra produzindo um som estralado "PRÁ"
d ~;
t'
J)
!'n--1r.
Combinando Flams com movimento alternado
dE
O 3
E
eO
E 3
O
S) Six Stroke - Seqüência de seis notas
DE
DDEE
DE
DDEE
,
O EEODE
[) EEOD
I:n=_~_-___ ' --'
E
j 19
-----
•• •• •• •• •• •• •• ••
•• •
•• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •
6) Drag - dois golpes rápidos COmuma mão finalizando com um golpe acentuado com a outra .
D
o CAJÓN
ee D
E
d d E
COMO SIMULADOR DE BATERIA
. Como descrito anteriormente, tocam o instrumento
cerca de 99% das pessoas que utilizam o cajón no Brasil,
com intuito de reproduzir idéias rítmicas da bateria no cajón, é uma
adaptação à uma necessidade brasileira, diferentemente
do Peru ou na Espanha onde o cajón
é tocado de uma forma distinta e original. O objetivo deste método é demonstrar possibilídades que o cajón permite, ou. seja, pensar no ~ajón como substituto porém também
como instrumento
todas as
da bateria,
que tem suas técnicas e ritmos próprios, assim como
adaptar alguns ritmos no instrumento devido a sua versatilidade . Idéias rftmicas extraídas da bat~ria - Duas vozes Segue alguns exemplos de como o mesmo ritmo pode ser tocado no cajón de várias formas
conferindo
Primeiramente
resultados
sonoros
distintos,
mas com a mesma
intenção
rítmica .
iremos utilizar apenas duas vozes (grave e agudo) para formar a batida. Depois
iremos demonstrar
as mesmas batidas com notas fantasmas (dinâmica) e também
com .
vassourinha, além de exemplos extras . Exemplo 1 • Duas vozes: grave e agudo
Exemplo 2 - Duas vozes: grave e agudo
20
•• •• •• •• •• • ,.•• •• •• •• •• •• •• •• •• •
Exemplo 3 . Duas vozes: grave e agudo
•
II
TIIM
TA
J
ruM
J
J
TA
TIIM
ElCemplo 4 - Duas vozes: grave e agudo
IJ
Jl
J
TA
ruM
J
J
J1
TIIM
TA
ruM
\
Exemplo 5 - Duas vozes: grave e agudo
J
II i
J
EH
J
]
]
I
Exemplo 6 - Duas vozes: grave e agudo
•• •• •• ••• •• •
]i ~ J=--==_--=-=_Jl===== Exemplo?
/
~
J
. Duas vozes: grave e agudo
J
•• • •• •
J
J
J-J-: -J=-
/
Z1
•
I
•• •
--• -----I--•-• --• -I-• --• -•• •,.----•
Exemplo 8 - Duas vazes: grave e agudo
Pode-se explorar diversos graves numa mesma idéia rítmica. No exemplo abaixo, a primeira, segunda, quarta e quinta notas graves sugerimos tocar com os dedos e a terceira e sexta nota grave com a palma da mão.
131::=-1=-@=-J::=-J.@==-J===:-
I •
,
NOTAS FANTASMAS Agora iremos executar as mesmas batidas dos exemplos acima inserindo as notas fantasmas que são notas de preenchimento
e com dinâmica bem fraca. São representadas na
partitura com notas entre parênteses. Veja que nos mesmos ritmos dos exemplos acima, elas
estão preenchendo os espaços e, unindo às acentuações de algumas notas, os ritmos mantem sua característica idêntica aos exemplos. Para iniciarmos nas notas fantasmas, treine o movimento alternado (DEOE) na parte aguda do cajón com dinâmica bem fraca, ou seja, produzindo pouco som.
D
E
D
E
D
E
D
E
DE.
D
E
D
E
D
E
ApÓSisso, alterne com uma acentuação a cada quatro notas começando pela primeira. /
D
.E
o
E
D
E
D
E
J)
f(
[)
E
J)
E
D
E
Em seguida, alterne uma acentuação na parte graIJe e outra na parte aguda. Pronto, já temos o exemplo 1 da batida de apenas duas IJozes acima. O ritmo continua idêntico, porém muito mais interessante e com os espaços preenchidos.
22
•
•• •• •• •• •• •• ••
•• • I. •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •
D
I,
E
D
E
D
E
D
E
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>
D
E
D
E
D
E
D
E
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Passamos aos outros exemplos: Exemplo 2 com notas fantasmas D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
E
D
h.Í=<-=.E.=lJj=<-=~¥¥,;=J=lJ '_Ii
I:H
E
'A
Exemplo 3 com notas fantasmas .D
E
,0
E
D
E
D
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IJ
E
O
E
J)
E
O
E
I:H----m~=J%ij.=!~=$J Exemplo 4 com notas fantasmas
D
E
D
E
I
"0
I:H __ priC-rôrikb~
j
Ik-JEt.i=j=,EhE"o=+9
Exemplo 5 com notas fantasmas DEDEDEDEDEDEDEDE
1:11
.
pb.dE~irEJ=@d=ôt¥Jt8d
Exemplo 6 com notas fantasmas D,
E
O
E ...
I:HfI-=GJi=b~=b6t¥::I¥:j Exemplo 7 com notas fantasmas DEDEDEDEDEDEDEDE
I •
l.
23
•• •• •• •• •• •• •• • I,. •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •
,.
Exemplo 8 com notas fantasmas DEDE
DEDE
D
EDE
))EDE
IH===~~.@d="=JB¥J Outros exemplos com Notas Fantasmas. Tocando cajón pensando como cajón
Os três exemplos descritos abaixo fogem um pouco das idéias rítmicas da bateria adaptadas ao cajón, ou seja, algo mais específico da forma e rítmica de tocar caján (que não lembra bateria) .
1-
-------
D
1-:
E
s
D
E __
s
=~
IH
D
dE
s -(
DEDEDEDE
s
•
-==
DEDE
24
•• •• •• •• •• •
•• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •
•• • •• •• •• ••
-
------------------~--------------------
A VASSOURINHA NO CAJÓN Exemplo 1 com vassourinha
J
I:
.1
Exemplo 2 com vassourinha
1:0
J
J
Exemplo 3 com vassourinha
J
J
J
J
J
J
Exemplo 4 com vassourinha
J
J
I
•
I Exemplo 5 com vassourinha - repare que algumas notas da vassourinha estão na parte inferior da pauta (sexta e sétima nota) para executar com mais facilidade esta levada. O grave deverá ser tocado com a vassourinha específica (que possui um pirulito) e, quando é golpeado o grave com a vassourinha, além de tocar o pirulito de grave, as cerdas de aço da vassourinha também golpeiam o cajón na parte grave mant~ndo a condução .
.
I •
'
,.
25
-
•• •• •. •• •• •• •• i.•• •• •• •• •• •• • '.•• •• •• •• •••
•• ••
•i. '.•
--
-
_-----------------~-----
..
' Exemplo 6 com vassourinha - alguns graves estão sendo tocados com a vassourinha
IH
g_J -d==8=
J
~=~_J_
, Exemplo 7 com vassourinha
J
.;
J
J"
J
]
Exemplo 8 com vassourinha
J
J
J
]
Outra forma de executar a mesma idéia ritmica do eKemplo. 8 é tocar alguns graves com a
vassourinha (+) .
J
l3l==
J d
iOd
"
J_ =d_ J
!e
l:
26
'
-
•• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• • •• •• •• •• •• •• •• ••
Rebote da vassourinha
Para a execução da proposta ritmica abaixo, a décima nota devera ser tocada utilizando a técnica de rebote com a vassourinha. Já para a execução da última nota, deverá ~scorregar (raspar) ~ vassourinha na pele
do ',ajón
no sentido de cima para baixo no valor da
colcheia. Repare que a décima segunda nota é o agudo com a vassourinha {acentuação} .
Para a batida abaixo, faremos o rehote na segunda nota da partitura e escorregar a vassourinha na última nota da partitura .
l: No próximo exemplo temos,acentuação
e notas graves tocadas com a vassourinha
. Neste último temos todas as técnicas dos exemplos anteriores. No segundo compasso, a partir da oitava nota em diante, repare o sinal de nota abafada (+) em cima de cada nota e
" aqui é tocar cada nota com o pirulito da vassourinha e com o uma seta para baixo. A proposta pé abafar a pele do cajón, iniciando com ele posicionado bem na parte superior da pele frontal e ir escorregando
(descendo)
para baixo acompanhando
com os golpes do pitulito
da
vassourinha. Esta técnica produzirá um som que vai se abrindo do agudo para o grave .
+ + + + + + +
I --:
~-f!
=-"
'-+27
•• •• •• •• •• • •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• i. •• ••
UTILIZANDO A TÉCNICA DE CONGA: No primeiro compasso, está escrito um exemplo rítmico de fácil execução. No segundo compasso foi escrita a mesma idéia rítmica .do compasso anterior, porém ao invés de golpear duas notas no grave (tempo 3), substitua pela técnica de canga (base direita, dedos da mão direita, dedos da mão esquerda, dedos da mão direita) .
I.
'.. '.
-
I:H-.
.
,
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•
D D E
D
Mesma idéia do exemplo anterior, porém com rítmica um pouco diferente,
--
1,1
,
,
•
D
D
E
D
,D
Outras propostas rítmicas com técnica de canga . 3
131
wm 3
~
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D D E D E D
D E
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Fiam
D
D E
l3l=~ -=\~==\~'==== DDE
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DDE
DDED
Fiam
'
Importante: Pode-se aplicar essa técnica em muitas idéias ritmicas, basta substituir algumas notas ou aplicar onde houver espaços, o bom senso é que deve ser o agente limitador .
"
28
-• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •
,
COMPOSiÇÃO DE RITMOS AO CAJÓN Na atualidade. a criatividade tem sido um diferencial nesta era da informação, todos
nós temos acessos à grande quantidade de informações como nunca antes na história da humanidade. contudo, criatividade é algo único e uma experiência individual onde cada músico poderá utilizar-se
das informações
absorvidas para criar novos conceitos,
idéias,
ritmos, imprimindo assim a sua própria personalidade. Às vel~s,pequenas variações realizadas dentro de' um padrão rítmico podem conferir e agregar um valor cultural de grande importância
a exemplo da enorme diversidade de sambas, funks. rocks e assim por diante,
uma vez que, em música não existem regras fixas, ela estará em constantes transformações . Posto isso, separamos este tema por entendermos
que é de sua importância
transmitir
conhecimentos que irão ajudar futuros cajoneros a serem construtores de suas próprias idéias musicais . As cOl\lposlçoes podem ser intuitivas,
ou seja, o músico a cria improvisando
no
instrumento ou através da escrita. Exemplo: a) Separe três figuras musicais e um compasso que tenha 4 tempos Semínima
Duas colcheia
Quatro Semicolcheias
Para preencher cada tempo do compasso, escolha uma das figuras acima até que preencha todo o compasso
e, a cada escolha,
defina onde será o golpe no cajón, qual tipo de
sonoridade você espera daquela nota, grave, agudo (ver tópico: Formas de extrair sons) . Suponhamos que no tempo 1 do compasso foi selecionada uma semínima no agudo em fiam, no tempo 1 foi selecionada duas colcheias no grave, no tempo 3 quatro semicolcheia na parte aguda e no tempo 4 duas colcheias no grave. Após realizar essas escolhas, toque o instrumento e faça uma auto analise de como está soando a construção rítmica .
Assim, após ter dado o "ponta pé" inicial para desenvolver a criatividade, podemos ir moldando nossas escolhas através da execução, ou seja, após tocar o que foi construído com as notas, caso alguma parte não tenha ficado do nosso agrado, podemos ir trocando
e
29
•• •• •• •• •• •• ••
•• •• •• •• •
•• •• •• •• •• •• •• •• •• •
• •• •
I.
•
modificando as partes ate chegarmos numa rítmica mais interessante. Essas trocas podem ser feitas da mesma forma na qual foi iniciada a criação do ritmo, substituindo por outra figura, ou de urna forma intuitiva, sem pensar em substituição de notas escritas, apenas pensando em golpes que pode ficar mais interessante naquele trecho. Assim estaremos desenvolVendo o lado criativo
e musical. Outros e)(emplos:
Tempo 1- Duas notas no grave
I Tempo
2 - Quatro notas no agudo
Tempo 3 - Duas notas no grave
I Tempo
4 - Uma nota com no agudo com a batida fiam (PRÁ)
Exemplo 2: TEMPO 1 - Quatro notas, sendo a primeira no grave e as outras três no agudo com a primeira
em nota fantasma . TEMPO 2 - Duas notas sendo a primeira no grave e a segunda no agudo em fiam TEMPO 3 - Quatro notas no grave sendo a primeira em fiam TEMPO 4 - Duas notas no grave
DE
D
E
D
F1amF1amD
ED
E
E
l3l:=~'~ ~ I
Os exemplos descritos aqui.são bem simples para uma fácil assimilação, entendimento e para iniciarmos no processo de criação. Com muita prática pode-se chegar a uma maturidade nas idéias e em pouco tempo
estar 'construindo
rítmicas mais elaboradas e com maior
complexidade. Só para lembrar, é importante explorar as diversas sonoridades do instrumento ao construir ou montar suas próprias idéias (notas abafadas com a perna, diversas formas de graves e agudos), proporcionando
assim uma sonoridade diversificada ao ritmo .
30
-
•• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• ••
ADAPTANDO RITMOS DIVERSOS NO CAJ6N Sempre que estivermos .estudando algum ritmo novo, mesmo que o intuito seja adaptá-los ao cajáo, é de suma importância
procurar conhecer e pesquisar as suas origens •
características históricas, culturais, seus principais instrumentos, as vozes que cada in!ôtrumento produz dentro do ritmo e os principais expoentes (bandas. artistas ou músicos) deste gênero para termos uma referência mais fidedigna na adaptação .
Maracatu Neste primeiro exemplo de adaptação, uma mão estará fazendo a voz do agudo (simulando o tarol do Maracatu que é uma espécie de caixa) enquanto a outra mão realiza os golpes nos graves (simulando a alfaia do marcante ou meião). Ritmo brasileiro escrito em 4/4.
•
-.-----.
•
•.
---- ---_.==.~._-. ..~
No exemplo abaixo, o ritmo de maracatu
-;
•
-
~ .=:::=::='.
~
e destacado
apenas realizando o meião no
primeiro compasso e o marcante no segundo. Repare o preenchido com as notas fantasmas entre as batidas graves. Não temos a voz aguda simulando o tara!.
Sugestão de um maracatu funk no cajón. As notas sem parênteses na região do agudo devem ser acentuadas .
D
E
DE
...
31
.
•• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• • •• •• •
.
,
Xate
o xale e um
ritmo brasileiro escrito em 2/4 e, assim como diversos ritmos, podem ser
tocados no cajón de forma simples com apenas duas vozes (grave e agudo) conforme o exemplo abaixo:
,
.
Neste próximo exemplo temos uma proposta de xate sendo tocado com a vassourinha na parte aguda do cajQn realizando a condução e ao mesmo tempo a acentuação .
,
'
'
>
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J
J
J
•
J
J->i
•
J
J
J
J
•
J
•
Uma outra forma de utilizar a vassourinha no xate é tocar a condução na região do grave e ao mesmo tempo golpear o pirulito da vassourinha para marcar a nota do grave
simulando a zabumba. Assim, tem-se a condução e a marcação com a vassourinha ficando livre a outra mão para realizar a voz do agudo que pode ser tanto na esquina do cajón quanto na
lateral. Os dois exemplos abaixo seguem essa proposta, a linha do grave na partitura é tocada com a vassourinha que faz tanto a voz da condução e da marcação com o pirulito. A linha do agudo na partitura é tocada com a outra mão .
. o e)(emplo abai)(o está escrito em dois compassos, pois possui uma variação do grave, um padrão muito utilizado no xote .
. 32
-
•• •• . •• ••• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• ••
'.
,
Reggae
Ritmo latino de origem jamaicana e que se adapta perfeitamente
ao cajón. O primeiro
exemplo está escrito em 4/4 e foi extraído da forma tradicional de tocar reggae e o segundo é uma batida mais difundida no mundo, também escrita em 4/4 .
I,u
•
•
=•
1'11Vanera
No exemplo abaixo, a sugestão é utilizar a vassourinha para fazer o grave golpeando com o pirulito e ao mesmo tempo realizar a condução na parte aguda deixando a outra mão livre apenas para realizar a linha da caixa. Todos Os exemplos deste ritmo brasileiro foram
escritos em 4/4 .
-
I:
._--~.-.
-~
Duas propostas de vanera tocadas no cajón alternando movimentos da mão direita
com mão esquerda,
inserindo as notas fantasmas
de preenchimento
e destacando
as
acentuações de grave (bumbo) e agudo (caixa) caracterizando assim o ritmo,
o
o
lu
E
O
E ...
E
O
E., .
._-----_ .•
.-
33
•• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• ••
Afoxé Iljexã
Para proporcionar a sonoridade mais parecida do afoxé ou ijexá, a célula ritmica tocada no agogô (duas vozes) deverá ser adaptada no agudo do caján (dois agudos diferentes) •
sendo que a mão deverá tocar notas agudas na lateral do cajón e as outras na pele frontal do instrumento. Repare que as notas graves e as conduções no agudo estão sendo tocadas pela mesma mão com a vassourinha. Ritmo brasileiro escrito em 2/4 .
I: I':WM:ilM noLaIl d""llrllo
IIf1r
golpOl>l.dall na la18m!
do cajón
Carimbá Ritmo brasileiro escrito em 2/4
" I
"
"
" •
•
Frevo Ritmo brasileiro bastante present.e no nordeste, mais precisamente no Recife e escrito em 2/4. Alternar golpes no grave e condução no agudo com a vassourinha .
I l
J
J
-
34
. ,
-
•• •• •• ••
I.
Ritmos da Bahia Axé
I Olodum
escrito em 4/4.
i •
'
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•• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •. • • •• •• •• •• ••
I:
.
. .
•
-
--~
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E
D
D
D
E
D
E
D
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E
35
,--------------
•• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• ••
----
Baião: No baião. pode-se utilizar a vassourinha para fazer a condução rítmica de diversas formas. A primeira proposta consiste em manter a vassourinha encostada na pele do cajón e realizar movimentos para a direita e para esquerda (conforme as setas nas notas da
partituras), raspando a vassourinha na parte aguda do in~trumento. Isso ira produzir um som parecido com o
ganza ou chocalho deÍl(ando a outra mão livre para realizar a marcação no
grave e a acentuação do agudo. Obs.: Para os canhotos. basta inverter as mãos .
MÃo DIREITA ~
~
'X
'X
'X
'X
J
~
•
J
MÃo ESQUERDA
. A condução pode ser realizada também apenas tocando com as cerdas metálicas ou de nylan da vassourinha na parte aguda conforme exemplo abaixo .
•
• A terceira proposta somente é possivel utilizando uma vassourinha própria para cajón . Consiste em realizar a condução e a marcação com a vassourinha na mesma mão. A condução
é realizada com a parte das cerdas metálicas ou de nylon e a marcação grave com o pirulito da vassourinha, ambas na região de grave (parte central do cajón) .
36
•• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •
•
A última proposta está em realizar a condução e a acentuação com a vassourinha na parte aguda do instrumento.
A outra mão fica livre para executar a marcação do grave. Ver
exemplo abaixo:
>
, A seguir, os exemplos instrumento
abaixo são formas de baião extraídos
da zabumba, um
muito utilizado não só neste ritmo como em muitos outros típicos do nordeste
brasileiro. O executor toca a marcação (grave) na pele superior com a marreta ou baqueta e na parte inferior da zabumba toca com a vareta chamada resposta ou bacalhau . A proposta então está em simular esses toques de zabumba no cajón. Pode-se estudar apenas em duas vazes, ou utiliza.se das quatro conduções propostas acima para acompanhar as batidas abaixo. lembrando que no baião. há uma batida padrão, porém o ritmo é bastante improvisado
nas batidas e com muitas variantes, mas sempre retornando
à batida padrào
principal. Ideal praticar cada uma das variações isoladas e somente após o domínio completo de cada uma delas misturá-Ias. Compreendida
a linguagem rítmica, podem-se criar suas
próprias variações sem perder a linguagem do ritmo .
Obs.: Ao praticar as batidas abaixa com a terceira proposta de condução descrita acima, os graves e a condução serão realizado~ com a mesma vassourinha e a outra mão toca apenas a acentuação aguda .
BATIDA PADR.l.o
- '-----,
VARIACÂO
.I
37
.••
'
•• •• •• •• •• •• • I: •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• ,
I:.
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I:R L
I:R I
-
•
I:R
lEi
1:0 I
-
-
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..--=:
r•
r'
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•
!=r
,
=--= -
•
r
38
-
•• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• ••
Abaixo, uma propo~ta bastante
interessante
de baião onde a segunda nota é
executada utilizando os dedos ou unha produzindo um som contínuo até a próxima nota (ver foto da página 14). Na segunda nota, basta golpear o cajóo com os dedos numa seqüência rápida (um . dedo atrás do outro partindo do minimo para o indicador) até que os quatro dedos
,
da mão tenha atingido o cajon. Para canhotos basta inverter as mãos .
E
dddd E
l3l=--i-J-3
o
E
o
Bam
J-j (4 (Jj;JJ,-
Tocando baião com notas fantasmas: Abaixo da partitura sugerimos duas formas de manulações., A primeira alternando movimentos entre direita e esquerda e na segunda com as mãos fixas em cada parte do cajón (exemplo: direita no grave e esquerda na parte aguda ou vice-versa) .
>
>
l:u tª.)':(~J=1-d.=!~Jrt~dg9 DedEdcDc DccDeeDe
DEdEdeDe DDeD
>
•.••.•
De
>
IEt~t:1?i¥J=1-l=~=tJ$AA-l$@l=b:ol9 Man1l111çl"l~lIJl.crida: D E O Eu .
39
•• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• •• ••
MllIlIlln"llo sugerida: D E O E...
Samba Antes de adentrarmos
nas propostas rítmicas de samba para o cajón, importante
praticar os exercícios abaixo para aprimoramento
da coordenação motora e independência .
Estes exercidos consistem em manter o ostinato de marcação e condução com apenas a mão da vassourinha para cajón, a outra mão toca todas as notas da semicolcheia. No exercício 1, tocar apenas a primeira semicolcheia e praticar até domínio completo passando em seguida para o próximo exercício. Nos exercícios de 5 a 8 temos duas notas sendo tocadas e, nos exercicios de 9 a 12 são três notas para praticar a independência e coordenação motora .
Exercícios com uma nota
Exercido 1 I
Exercício 3
Exercicio 2
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Exercício 4
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E)(ercícioscom duas notas
Exercício 5
ExerdClo 6
Exercicio 7
ExerclciCl8
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•
•
E)(erdcios com três notas .
Exercício 9
Exercicio 10
Exercício 11
ExercíeilJ 12
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Passamos agora para batidas de samba. Primeiramente apenas em duas vozes e depois os mesmos e)(emplos com a condução da vassourinha . Samba 2/4
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Samba em 4/4 - duas vozes
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Vamos agora realizar os mesmos toques dos exemplos acima com a condução e a marcação da vassourinha e a outra mão livre para executar a célula rítmica no agudo .
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Samba de Partido Alto A partitura
abaixo está sugerindo duas formas de manulações, podendo utilizar'tanto
da parte superior da partitura
ou a manulação da parte inferior,
a
toque a seqüência que
preferir e que melhor se adapte.
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Existem muitas outrê!s variações
do samba e muitas outras células rítmicas, sugerimos
pesquisar sobre este ritmo tão importante para a cultura brasileira e mundial.
RITMOS TfplCOS DO CAJÓN - RITMOS PERUANOS
Diferentemente
do Brasil onde os ritmos brasileiros ou riimos tocados na bateria são
adaptados no cajón, os ritmos peruanos tem o caj6n como instrumento
típico, assim como
outros que fazem parte da cultura peruana como: a queixada, a cajita, sendo o festejo o ritmo mais popular no país.
Festejo
o
ritmo. normalmente
é escrito em 12/8 para facilitar o registro, pode-se encontrar
muitas variações escritas em outras fórmulas de compasso .
44
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Variações
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OUTRAS MANULAÇÕES
E FRASES
FRASES Os fraseados a seguir podem ser utilizados como efeitos dentro de uma rítmica ou utilizados para realização de solos de cajón. Repare na manulação (seqüência de toques e mãos) e pratique-as
apenas na parte aguda do cajón para internalizar
seguida, utilize as distribuições sugeridas abaixo e posteriormente
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crie outras distribuições .
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