As Cinco Viagens
No Grau de Aprendiz Maçom, respondemos à pergunta “ De onde viemos ? “. Como Companheiro devemos saber o que somos. uando Mois!s indagou à voz mani"estada na #arsa Ardente $ %omo deveria de"inir o Deus de &srae', ouviu ( Nu) *anu) +#ou o que sou. Compreender o que somos signi"i%a despertar o Deus &nterior, que vibra no -ntimo do &ni%iado, por meio da e'evaço que "ar/, digno da e0a'taço, para me'hor servir na Construço do Grande 1emp'o. *artindo do o%idente, o aprendiz maçom passar/ pe'as trevas do norte, %ruzar/ a sabedoria retornando ao ponto de partida, depois de banhar2se na 'uz da be'eza que se en%ontra no su' do temp'o. A Primeira Viagem
Na primeira viagem, o aprendiz apre ndiz 'eva %onsigo os instrumentos %om os quais ini%iou seus traba'hos na senda maç3ni%a. #em o ma'ho e o %inze', no poderia traba'har na pedra bruta, sem a vontade, representada pe'o primeiro instrumento, no poderia e0er%er o 'ivre arb-trio, %ara%terizado pe'o segundo. A vontade tornou2se 'ivre das asperezas de sua persona'idade pro"ana, transmutando2se na pedra po'ida da inte'ig4n%ia superior. Aqui, temos o sentido da pedra "i'oso"a' per%ebido pe'os %in%o sentidos, que %ara%terizam esta primeira viagem. 1odos 1odos %ompreendem a import5n%ia da viso, do o'"ato, do pa'adar, da audiço e do tato, na per%epço do mundo mani"estado. Nosso %!rebro estabe'e%e um per"eito re'a%ionamento %om este p'ano, por meio destes sentidos. 6ssa %omuni%aço ! a pr7pria razo da vida %ons%iente. 60iste uma energia "undamenta', por tr/s de toda a mat!ria, que a "az vibrar numa determinada "req84n%ia ( 1udo ! 9ibraço : Com a viso, per%ebemos o vo'ume e a %or dos ob;etos, porque as vibraçina'mente, o tato, que, ;unto %om a viso, ! o prin%ipa' sentido "-si%o, apresenta2se %omo respons/ve' pe'a nossa sensibi'idade imediata. Nestes dois sentidos en%ontra2se a %omprovaço da qua'idade vibrat7ria do ob;eto em an/'ise. 6ssa energia "undamenta' "az vibrar os e'!trons, que "ormam os /tomos, as mo'!%u'as e, "ina'mente a mat!ria. unto a essa energia negativa, en%ontramos uma outra, positiva, respons/ve' pe'a %ons%i4n%ia humana, que nos trans"orma numa a'ma vivente. 6ssa "orça vita' adentra o %orpo re%!m nas%ido, por o%asio da primeira respiraço, re spiraço, gerando o mi'agre da vida. A energia negativa ! %omposta de minerais, de e'ementos qu-mi%os, que "ormam o inv7'u%ro %arna'. A "orça vita', o e'emento positivo, ! o %ontido no ar que respiramos. Ainda que no possamos viver, p'enamente, sem os %in%o sentidos "-si%os, devemos %ompreender que os mesmos so meros instrumentos da vontade humana, simbo'izados pe'o ma'ho e pe'o %inze'. @ &ni%iado deve bus%ar adorme%er o "-si%o, para despertar o ps-qui%o, pois nossos sentidos so "a'hos, no "ossemos humanos, i'us7rios, porque nos enganam %onstantemente. uando a"irmamos gostar do sabor da bauni'ha, i'udimo2nos %om o pa'adar, ;/ que a bauni'ha no tem gosto, mas sim %heiro. &maginamos usar o sentido do pa'adar, estamos, estamos, de "ato, uti'izando o sentido do o'"ato. =s verdadeiros sentidos que o aprendiz deve despertar so os internos. Nosso simbo'ismo possibi'ita isso. Assim, %omo homens 'ivres e de bons %ostumes, devemos desenvo've2'os, o que permitiria a %ontemp'aço do 'ado o%u'to da estre'a "'am-gera. A Segunda Viagem
A #egunda viagem ! dedi%ada às %in%o ordens da arquitetura. #eus instrumentos so o %ompasso e a r!gua. 6sta 'tima traça o %aminho digno, reto, na direço da per"eiço. Neste segundo grau aprendemos a arte de traçar 'inhas sobre os materiais desbastados e ap'ainados, o que s7 se %onsegue %om tais instrumentos, %umprindo assim os ob;et ivos maç3ni%os da %onstruço e da re%onstruço arquitet3ni%a do temp'o humano. 6nquanto na primeira viagem, as "erramentas eram e ram pesadas, nesta, servem ao desenvo'vimento
do traba'ho inte'e%tua'. &ni%ia'mente, traba'ha2se a mat!ria, em seguida, geometriza2se. Com esses dois instrumentos, podemos %onstruir quase todas as "iguras geom!tri%as, %omeçando %om a 'inha reta e o %-r%u'o. Na arquitetura grega, eram p'antadas tr4s %o'unas, %hamadas ( D7ri%a, 3ni%a e Cor-ntia. Na "ase operativa, os "ran%o maçons %riaram duas ordens se%und/rias ( 1os%ana e Comp7sita. A de%oraço dos temp'os maç3ni%os emprega, quase que e0%'usivamente as %in%o primeiras ordens de %o'unas. A %ada degrau que sobe, o %ompanheiro en%ontra2se ordenado %om uma das %in%o %o'unas, nos degraus esto es%ritos as ini%iais e denominaç
D D7ri%a, que signi"i%a Bnio. 3ni%a, que signi"i%a e'eza. C Cor-ntia, que signi"i%a Grandeza. 1 1os%ana, que signi"i%a >orça. C Comp7sita, que signi"i%a *er"eiço.
= %ompanheiro %edo %ompreender/ a grande be'eza que reside na "orça da unio, que nos 'evar/ à per"eiço, na edi"i%aço do temp'o universa'. A Terceira Viagem
Nesta viagem, o aprendiz 'eva na mo esquerda a r!gua e a a'avan%a. 6ste novo instrumento representa a "orça ativa, %om a qua' poderemos 'evantar ob;etos mais pesados, a possibi'idade de desenvo'ver nosso poder interior, no des'o%amento da mat!ria inerte, pre sa na gravidade de nossos "a'sos instintos. A a'avan%a pode, ainda, ser entendida %omo a %onvi%ço de que a "! remove montanhas. #egundo o &rmo izzardo da Camino, no sei #imbo'ismo do #egundo Grau, esta ter%eira viagem ! dedi%ada às Artes Eiberais, %on%ebidas na !po%a do surgimento do ito 6s%o%4s Antigo e A%eito, a saber ( a Gram/ti%a, a et7ri%a, a E7gi%a, a Msi%a e a Astronomia. Assim, %omo modernamente ter-amos de a%res%entar novas dis%ip'inas a esta ordem, no "aremos qua'quer de"iniço individua', pois qua'quer bom di%ion/rio tornar/ su"i%ientemente %'aros seus ob;etivos. Nosso traba'ho esta dire%ionado a entender a simb7'i%a maç3ni%a e %omo ta', va'emo2nos dos instrumentos desta viagem, o pensamento, que gera a vontade de mover o ob;etivo, por meio da a'avan%a, e a retido de prop7sito, simbo'izada pe'a r!gua. A Quarta Viagem
Nesta viagem, a aprendiz substituir/ a a'avan%a pe'o esquadro, o qua', simbo'i%amente estabe'e%er/ a unio do n-ve' %om o prumo, que possibi'itar/ %onstruir a base do nosso temp'o. = esquadro serve para a%ertar a pedra da nossa responsabi'idade. No rito 6s%o%4s esta viagem 'embra a mem7ria dos "i'7so"os ( #7'on, #7%rates, Ei%urgo, *it/goras e esus. uanto a in%'uso de esus, %omo "i'7so"o, bem %omo dos outros, trans%reve2se a opinio de u'es ou%her, e0pressada na obra “A #imb7'i%a Maç3ni%aF 'e%ionando ( “6ram pre%isos %in%o, nenhum a mais, nenhum a menos. #e ao menos tivessem es%o'hido tipos representativos bem de"inidos, essa 'ista pare%e ter sido estabe'e%ida por um prim/rio que tivesse 'ido o manua' de hist7ria da "i'oso"ia e que tivesse 'imitado "i'oso"ia graga, e'e teria a%res%entado esus por %ausa da re'igio %at7'i%a, %u;a mar%a e'e havia re%ebido e querendo rebai0a2'o, t42'o2ia trans"ormado num mero "i'7so"o. 6stas so as re"'e0ogo enova a Natureza &nteiraF , ou %omo as ini%iais usadas na %aba'a para signi"i%ar ( & a /gua, N o "ogo, o ar, e o & "ina' %omo a terra. = esquadro e a r!gua so os 'timos instrumentos portados pe'o "uturo %ompanheiro. = dese;o de desenvo'ver sua persona'idade, deve ser intenso, mas no intransigente. A %onstruço do 1emp'o "ar2se2/ %om pedras par%ia'mente po'idas, que a;ustar2se2o aos seus respe%tivos 'ugares. No temos a pretenso de %onstruir morada %omp'etamente isenta de imper"eiç
A Quinta Viagem
Agora, nada %arrega o aprendiz, sa'vo a vontade de instruir2se nas pr/ti%as inte'e%tuais. A base do edi"-%io "oi traçada %om os instrumentos, por!m somente %om muito es"orço, ser/ digno de %onhe%er os e'evados ob;etivos da nossa Arte. Cumpre 'embrar que seis "oram as "erramentas uti'izadas nas viagens anteriores, que %orrespondem às "a%u'dades ob;etivas, mais um. Cin%o so os sentidos que o &ni%iado aprende a dominar, representados pe'o *entagrama, mas no %entro dessa estre'a bri'ha uma Gnose +%i4n%ia superior às %renças vu'gares uma irradiante Euz &nterna. 1endo des%oberto esta nova "a%u'dade, no mais pre%isar/ da r!gua, porque esta 'ivre dos sentidos in"eriores e p'ena daque'a 'uz que bri'ha intensamente no seu peito ar"ante. A retrogradaço, ou se;a, o andar para tr/s, retro%eder, representa a reintegraço do ser. egenerado pe'o es"orço e pe'a determinaço, 'ivre dos v-%ios e p'eno de %onhe%imento, ini%ia o retorno, partindo da rea'idade humana em direço à atua'idade %7smi%a. Como numa introspe%ço, ter/ a oportunidade de retroagir no tempo, dentro do espaço que uti'izou na sua vida para %onstruir seus ob;etivos e pro;etos. Eivre da noço de tempo e espaço, no mais estar/ restrito a um movimento "-si%o, mas %omprometido %om uma %ons%i4n%ia impessoa'. Ao rever o %aminho per%orrido, o aprendiz maçom tem uma espada apontada sobre seu peito, a 'embra2'o na &ni%iaço Maç3ni%a. 6'a o induz a re"'e0o, à %ontemp'aço pr7pria deste grau. Eembra, igua'mente, a sabedoria, sempre pre%edida pe'a dor. 1amb!m, a'erta para no se abandonarem as regras anteriores. A espada no deve ser entendida %omo uma ameaça, mas %omo uma indi%aço de que o novo %ompanheiro, deve agora, en%ontrar o que esta perdido, o instrumento que o a;udar/ na obra da %onstruço individua'. #eu pr7prio %oraço, no "undo do ser, "ar/ re%eptivo ao rea' sentido da espada sobre o peito, que outro no ser/, seno o Guia que %onduz o ini%iado à divina 'iberdade, trans"ormando2o num ser mais s/bio e inte'igente. Deste modo, ao t!rmino das %in%o viagens, podemos responder o que somos, o enigma ini%i/ti%o deste grau. Aprendemos o “Conhe%e2te a ti mesmoF e estamos prontos para ver a 6stre'a >'am-gera. om esus, HI de maio de JKKK +6.L.9.L. Ner #aturnino Dutra $ Comp.L.Ma%.L.
http://agostinhodesouzalima.comunidades.net/index.php? pagina=1674440478