BUZAN 1. Tema 2. Contexto intelectual e forma de inserção no debate de Relações Internacionais 3. Argumento 4. Forma de construção e defesa do argumento (metodologia) 5. Principais conclusões 6. Críticas Ainda bem que o fórum foi reaberto porque quando vi a tua provocação, já havia se encerrado. A proposta globalista ignora o território, Lucas, segundo Buzan e Weaver (2003), teóricos da Escola de Copenhague (Segurança Internacional). Sendo assim, a teoria globalista vê a própria globalização como forma de desterritorialização política e isso tem como consequência o reconhecimento de novos atores no sistema internacional, seus regimes e normas, além de tirar o privilégio do Estado como ator principal do sistema. Esse contexto faz com que os demais atores sejam incluídos em uma rede de interação de diversos níveis onde os Estados participam do que eles chamam de "jogo de xadrez" que as regras não são necessariamente ditadas por eles. Assim, dá para ter uma ideia melhor sobre desterritorialização, desterritorialização, afinal, sabemos que os únicos que têm território e soberania no sistema são os Estados, os demais atores não agem territorialmente (digo, não possuem um território próprio, onde ditam regras e são soberanos). Essa questão globalista é vista por outras teorias como positiva e negativa, depende sempre do ponto de vista. Sabemos que o processo da globalização é centro-periferia, o que acaba prejudicando os Estados que Buzan e Weaver (2003) chamam de fracos, sendo para eles algo negativo (visão da teoria marxista). Enquanto para a teoria liberal, a globalização é uma oportunidade dos Estados fracos se incluírem no sistema, podendo gerar um movimento de centro-periferiacentro (BUZAN e WEAVER, 2003).
Quanto a tua segunda questão, acho que podemos responder só de analisar as respostas dos nossos colegas dadas à 3a questão proposta. Percebi que a maioria deles quanto as relações colocam a globalização como fator principal, que acaba caracterizando (direta ou indiretamente) a insignificância das fronteiras. Eu concordo e discordo com essa visão, inclusive do próprio comentário da prof. Jucilene. Talvez isso aconteça porque a minha área de estudos é Rússia e eu vejo a geopolítica ex-soviética pautada sim na importância de seu território. Tenho consciência que esse não é o movimento natural contemporâneo, até porque as fronteiras foram definidas há muitas décadas atrás e essa indefinição russa é totalmente particular. Entretanto, acho que se deve considerar sim o território como uma questão preponderante hoje em dia, afinal, ainda é motivo das grandes políticas de Defesa, principalmente em regiões "subdesenvolvidas". "subdesenvolvidas". Ao mesmo tempo, não ignoro a importância da globalização, por isso, meu posicionamento é que alguns Estados buscam e valorizam ainda seu território (e a expansão e/ou defesa dele) para que possam ser atores de maior poder no sistema internacional, de acordo com o valor que o território em questão possui para a geopolítica de dado Estado. Por exemplo, no caso da Rússia, 1. Neorrealista
a. O conceito de estrutura para Buzan inclui o conceito de estrutura de Waltz (princípio de arranjo das partes em um sistema e como as partes são diferenciadas uma das outras) e inclui a questão de olhar para as perspectivas estruturais e privilegiar a perspectiva regionalista b. Perspectiva neorrealista: centrada no Estado e na polaridade do poder, poder estrutural, equilíbrio de poder e busca por explicações do porquê a estrutura global se alterou 2. Globalista
a. Antítese do estatismo realista e da compreensão da estrutura do sistema internacional. b. Globalização como forma de desterritorialização política, reconhecendo atores e regimes além do Estado, rejeitando a ideia de privilégios ao Estado e incitando as redes de interação entre atores dos mais diversos tipos e níveis, nas quais os Estados não necessariamente controlam e ditam as regras c. Marxistas (globalização como forma de opressão) vs Liberais (globalização como forma de oportunidade para os Estados menores se inserirem no sistema internacional e crescerem com isso) d. Segurança + globalização: globalização é responsável por complicar a agenda de segurança, reduzindo elementos de controle que sustentam as opções de estratégia de segurança dos estados // globalização aumenta o incentivo à políticas de segurança mais cooperativas, principalmente a nível regional e. Securitização da globalização – lado negro do centro-periferia (ideia vista da periferia – Hobson e Lenin – desigual, explorativo e coercitivo – manutenção da periferia enfraquecida em benefício do centro) // interpretações liberais otimistas (globalização como uma forma mais rápida e eficiente de superação) f. 1990: periferia ameaçada pela globalização e pelas consequências do fim da bipolaridade: superioridade militar dos EUA sem um combatente direto de igual poderio e unipolaridade dos EUA – SI mais hierárquico – globalização como expressão da hegemonia dos EUA g. Ligação de globalista e entendimentos neorrealistas à ordem de segurança pós-GF 3. Regionalista
a. Nível regional em ascensão no pós-GF por causa do declínio da rivalidade das superpotências, que diminuiu a penetração de poder no resto do mundo e pelo fato de que a maioria das grandes potencias no pós- GF possuem “poderes leves”, ou seja, sua dinâmica domestica os afasta das forças militares com a baixa concorrência estratégica nos pontos problemáticos do mundo. Ou seja, os estados e sociedades passam a resolver suas relações políticas com menos interferência das grandes potências. b. Não é negada a significância do nível regional durante a GF: análise de segurança se inicia com as regiões e emprega uma abordagem comparativa (LAKE E MORGAN) c. Regionalismo = neorrealismo (o uso de uma abordagem de segurança construtivista + foco regional os coloca fora do projeto neorrealista) + Globalismo (relação necessariamente menos próxima devido a desterritorialização//globalização ameaça) d. Conexões não-territoriais também são possíveis de emergir. Subsistemas não territoriais são totalmente compatíveis com a meta-teoria da securitização e constelação, com dois poréns: tem que ocorrer uma mudança da ameaça da mais terriorializada pra menos terriorializada e por um aumento nos níveis de poder absoluto suficiente para permitir ignorar cada vez mais a distância.
e. Mas somente se esses desenvolvimentos se tornarem muito mais comuns e mais uniformemente distribuídos do que são agora, começamos a questionar o elemento-chave de nossa teoria: que os complexos de segurança são um componente principal esperado da segurança internacional f. Criamos nossa teoria para que possa acomodar atores não-estatais, e até mesmo permitir que eles sejam dominantes g. Embora nossa teoria tenha o nível regional, também incorpora outros níveis (global, inter-regional, local) e permite circunstâncias específicas de tempo e lugar para determinar qual (es) nível (s) dominar h. Muitos dos processos de securitização estão em alguns aspectos essenciais causados pelo conjunto de desenvolvimentos capturados na globalização (ex: preocupação com a hegemonia) i. A TCRS acomoda em sua base não só os atores estatais, como também os não-estatais e até mesmo os enxergam como potenciais dominantes, igualmente aos Estados. Importante salientar também que, apesar de ser uma teoria que valoriza o regionalismo, ela também incorpora outros níveis (global, inter-regional e local). j. Os processos de securitização podem definir ameaças como proveniente do nível global (instabilidade financeira, aquecimento global, americanização), mas os objetos referentes a serem protegidos podem ser quer a nível global (o regime económico global, o regime ecossistema planetário, a norma de não-proliferação) ou em outros níveis (comunidade, Estado, região) k. As causas globais podem ter diferentes efeitos em diferentes regiões l. O que se torna claro a partir dessa consideração do neorrealista, globalista, regionalista é que todas elas abrangem importantes elementos que precisam ser mantidos à vista ao tentar entender a ordem a Pós-Guerra Fria de segurança global (ou qualquer ordem de segurança) m. São as ameaças securitizadas localizadas principalmente no mercado interno regional ou do sistema? 2. Uma breve história moderna da segurança regional
a. Três estágios da história moderna dos complexos de segurança regionais: i.Antes de 1500, a dinâmica de segurança pré-moderna se desenvolveu em Sistemas separados, mas estes não eram 'regionais', porque não era suficientemente forte para gerar um sistema global mundial, e portanto, os sistemas separados não eram regiões (subsistemas), mas sim mundos. ii.A Guerra Fria e a descolonização de 1945 a 1989: efeitos contraditórios. De um lado, a maré de descolonização reverteu o poder imperial, criou dezenas de novos estados e permitiu que a dinâmica de segurança regional começasse a operar entre novos atores independentes (África, OM, sudeste asiático). Por outro lado, a rivalidade bipolar subordinou a maior parte da Europa e do norte da Ásia e penetrou fortemente na maioria das novas regiões independentes. Isso significava que havia um período de transição entre o controle colonial generalizado e a chegada das condições em que a dinâmica de segurança regional autónoma começavam a operar. O fim da guerra fria teve três impactos principais na história da segurança regional: ele levantou a superposição da Europa e mudou radicalmente o padrão penetração de superpotências no nordeste da Ásia. Com a implosão da União Soviética em
1991, ele também trouxe quinze novos estados, e um novo CSR para o jogo; através da remoção de confronto de poder ideológico e soviética, ele mudou muito tanto a natureza e a intensidade da penetração de poder global nos CSR do terceiro mundo; o fim da GF expos, de muitas maneiras, a mudança da natureza da agenda de segurança para incluir questões não militares e atores. iii.O período pós-GF desde 1990: unipolaridade: Uma versão mais fraca de unipolaridade deixa espaço para a visão regionalista que o fim da Guerra Fria criou mais autonomia para as dinâmicas níveis regionais de segurança; ideia de que o sistema internacional tem dividido em dois mundos: um zona de paz (sem ameaça militar) e um de zona de conflito (com ameaça militar); concepções multissetoriais de segurança ganham força; Em alguns lugares CRS conflituosos, com a suas rivalidades interestaduais predominantemente político-militares, permanecem na ordem. Em outros, CRS tornaram-se regimes de segurança ou comunidades de segurança e os discursos de segurança tomaram distância de Estados e questões militares, e ainda outros, o quadro do próprio Estado está chegando a rebentar pelas costuras, dando destaque ao subestado e/ou atores superestatais. b. O sistema de estado soberano e territorial torna-se a forma política dominante c. Estados se tornam os principais jogadores no quadro de segurança e, assim como o sistema internacional atinge uma escala global, é criado um espaço no qual surgem subsistemas de segurança d. Um punhado de estados no topo do poder jogam um jogo verdadeiramente global, tratando-se como uma classe especial, e projetando seu poder em regiões distantes. Mas para a grande maioria dos estados, o principal jogo de segurança é definido pelos seus vizinhos e. Mais do que o fim da GF, a descolonização que abriu espaço para os CRS 3 História e diversidade: os diferentes legados estaduais de complexos regionais de segurança a. Entre estados colonizados ou colonizadores, que possuem em sua história variáveis muito diferentes que os fizeram como são hoje. A variedade de tipos de Estado claramente importa para quais tipos de dinâmica de segurança são susceptíveis de se desenvolver. Não é útil criar uma matriz de classificação dos Estados mas também não é correto os considerar iguais (grau de estatismo forte (ameaça externa)/fraco (mais suscetível à ameaça externa) = grau de coesão sociopolítica entre civis a sociedade e as instituições do governo) b. Com esta ideia em mente, é fácil ver que uma região composta inteiramente de estados fortes é propensa a desenvolver diferentes dinâmicas de segurança que um composto inteiramente de Estados fracos c. Ideal de estado moderno = estado europeu. Estados modernos já não são aqueles que estão necessariamente dentro da Europa (Brasil, China Índia, entre outros). Eles, devido a sua forte territorialidade, tendem a securitizar mais em termos internos e externos d. Estados pós-modernos têm dessecuritizado maior parte da agenda tradicional de ameaças, mas ao mesmo tempo têm adquirido uma nova agenda de segurança, que foca em preocupações com a identidade e migração e com a estabilidade da economia global e sistemas ambientais
e. Por perseguirem elementos de abertura, estados pós-modernos têm menos preocupações no interior/exterior com os Estados modernos, e mais preocupação com a segurança das estruturas que os ligam juntos f. Estados pré-modernos: África e Ásia Central, estados fracos. Estados fracos têm muitas vulnerabilidades, e a securitização pode muito bem começar a mover-se do estado para atores subestatais. Cap. 2 Como e porque distinguir o nível regional do global a. O fato de que a abordagem regionalista apresenta um nível distinto de análise localizada entre o global e o regional dá ao CRS seu poder analítico b. Unidade ≠ regional ≠ global c. Neorrealismo vs regionalismo: o neorrealismo em alguns aspectos é forte quanto à territorialidade e a harmonia potencial e sinergia entre eles e a perspectiva é alta, especialmente quando os estados são os atores principais. Isso dito, tem uma zona de conflito entre regionalismo e neorrealismo quando a agenda de segurança se move para outras áreas além do político-militar, para atores além do estado, e para teorias de segurança além das materialistas. Ainda, as versões mais abstratas do neorrealismo consideram o sistema e é onde a territorialidade desaparece. Outro potencial conflito entre as teorias está na afirmação de que o nível global caiu do destaque em relação ao regional desde o fim da Guerra Fria. Mas, em princípio, a perspectiva regionalista incorpora a compreensão do neorrealismo do nível global em seu próprio multinível, ex: ake (1997: 61-2), por exemplo, argumenta que a bipolaridade maximiza o nível de dinâmica de segurança do sistema estimulando a competição mundial de superpotências penetrando em todas as regiões e tornando o nível global excepcionalmente intenso d. desterritorialização como a chave para a compreensão tanto da política mundial de segurança. Embora uma parte da nova agenda de segurança seja desterritorializada. Especialmente nos sectores econômico e ambiental, pensamos que a territorialidade continua a ser a principal característica definidora de muitas dinâmicas e. Crítica chave ao Globalismo e neorrealismo: ambas valorizam o papel do nível global e subestimam o do regional f. O Neorrealismo fornece o melhor modelo para diferenciar níveis global e regional das nossas constelações de segurança, mas permanece um problema dentro do conceito neorrealista de polaridade como chave para a estrutura de segurança no nível do sistema g. Regionalismo vs Globalismo: o problema reside no compromisso globalista de O problema da polaridade pós-Guerra Fria a. Requer uma combinação de capacidade material (Waltz 1979: 131), o reconhecimento formal de seu status por outros (Bull 1977: 200-2), e, do nosso ponto de vista mais importante, a observação do modo prático de operação dos estados, em particular quais os atores que são respondidos por outros com base em níveis de cálculo b. A UE pode ser julgada pela forma como os outros respondem a ela. Se outros a tratam como um grande poder, então ela se qualifica como tal, independentemente de sua ambiguidade, seu sui generis status político c. A mudança para uma escala planetária, e o quase quadruplicar do número total de estados no sistema, gerado pela descolonização, requer uma diferenciação mais elaborada entre as grandes potências. Distinções tradicionais entre poderes "grandes" e "médios"
não funcionarão em um sistema internacional onde apenas alguns operam em todo o sistema, e muitos são significativos, mas apenas em sua vizinhança. A ideia de 'poder médio', de qualquer forma, reflete uma perspectiva sistêmica e ignora o significado dos CRS d. Superpotências: aquele que possuem capacidades de amplo espectro exercidas em todo o sistema internacional, devem possuir primeira-classe militar e política e exercício de alcance global. Eles precisam ser aceitos como tal. As superpotências devem ser jogadores ativos em processos de securitização e desecuritização em todas ou quase todas as regiões em como ameaças, garantes, aliados ou intervenientes. Sec. XIX: GrãBretanha, França, Rússia; depois da 1ª GM: Grã-Bretanha, EUA e URSS; depois da 2ª GM: EUA e URSS; depois da GF: EUA. e. Grandes potências: alcançar status de grande potência é menos exigente em termos de capacidade e comportamento. Grandes potências não precisam ter grandes capacidades em todos os setores e não precisam estar ativamente presente nos processos de securitização de todas as áreas do sistema. O estado de grande poder depende principalmente de uma única chave: o que distingue grandes potências de meramente regionais é que elas são respondidas por outros, com base em cálculos do nível do sistema sobre o presente e futuro-próximo na distribuição de poder. Eles geralmente pensam em si mesmos como mais do que potências regionais, e como possíveis superpotências e normalmente serão capazes de operar em mais de uma região. Durante o final do século XIX: Alemanha, EUA e Japão (e Rússia se não for aceita como uma superpotência); depois da Primeira Guerra Mundial: Alemanha e Japão, e França, como superpotências em declínio; durante a Guerra Fria: China, Alemanha e Japão, com a participação da GrãBretanha e da França (dificuldade maior de definição devido a formação da UE) f. Potências Regionais: definem a polaridade de um determinado CSR: unipolar como na África Austral, bipolar como no sul da Ásia, multipolar como no Oriente Médio, América do Sul e Sudeste Asiático. Suas capacidades são grandes nas suas regiões, mas não se registram muito em um largo espectro a nível global. Poderes de nível superior respondem como se a sua influência e capacidade fosse essencialmente relevante para processos de securitização de uma determinada região. São assim excluídos a partir dos cálculos de nível mais alto da polaridade do sistema. Eles pensam de si mesmos como merecendo um ranking mais alto (como Índia). As potências regionais podem, é claro, ficarem presos em rivalidades de poder global, como aconteceu durante a Guerra Fria ao Vietnã, Egito, Iraque e outros. Nesse contexto, eles podem ser tratados como se importassem para o equilíbrio global de poder como, por exemplo, durante a Guerra Fria, quando houve receios de que as escaladas dos conflitos no Oriente Médio provocariam confrontos de superpotência. Mas o tipo de atenção recebida por um ator que é vista como um despojo numa competição mais ampla é bastante diferente daquele recebido por um ator visto como um poder de nível global no seu direito 3. Complexo de segurança: uma teoria da segurança regional a. Num sistema internacional estruturado de forma anárquica, de tamanho e complexidade geográfica, os CRS serão uma subestrutura esperada e que tem importantes efeitos mediadores sobre como a dinâmica global de grande polaridade de poder atualmente operam em todo o sistema internacional b. A teoria tem raízes construtivistas, porque a formação e operação de CSR dependem de padrões de amizade e inimizade entre as unidades do sistema, o que torna os sistemas
regionais dependentes das ações e interpretações dos atores, não apenas uma reflexão mecânica da distribuição de poder c. Regiões de segurança formam subsistemas onde a maior parte da interação de segurança é interna. Os estados temem seus vizinhos e aliados com outros atores regionais, e mais frequentemente as fronteiras entre regiões são - muitas vezes geograficamente determinadas - zonas de interação fraca d. Isolante: local ocupado por uma ou mais unidades onde a ampla dinâmica de segurança regional fica de costas e. Huntington: unimultipolaridade concordam limitadamente f. A região, em contraste, refere-se ao nível em que estados ou outras unidades se unem de forma suficientemente estreita para que seus valores mobiliários não possam ser considerados separados um dos outros g. Cada RSC é constituído pelos medos e aspirações dos (Que, por sua vez, derivam em parte de características domésticas e fraturas). Tanto a segurança das unidades separadas quanto o processo de intervenção do poder global só pode ser compreendido através da compreensão do dinâmica de segurança. Poder-se-ia, então, pensar que a maneira de proceder seria encontrar fontes culturais ou econômicas ou históricas das regiões e, em seguida, começar a investigar dinâmica de segurança nestes h. Grupo de estados cuja preocupações primárias de segurança (sejam securitizadas ou dessecuritizada) ligam entre si de forma suficientemente estreita para que os seus títulos nacionais não possam razoavelmente serem considerados separados uns dos outros Teoria do complexo de segurança regional: principais variáveis a. CRS é útil por três razões: Primeiro, ela nos diz algo sobre o nível adequado de análise em estudos de segurança; segundo se pode organizar estudos empíricos e; terceiro, cenários baseados na teoria podem ser com base nas formas possíveis conhecidas e nas alternativas aos CRS b. Os CRS são definidos por padrões duráveis de amizade e inimizade, formas subglobais geograficamente coerentes de interdependência da segurança c. CRS locais inimizades de longa data ou duas ou mais culturas que habitam a mesma área d. A formação de RSCs deriva a partir da interação entre, por um lado, a estrutura anárquica e suas consequências de equilíbrio de poder e, por outro lado, as pressões da proximidade geográfica local e. O que liga o padrão global de distribuição de poder entre as potências mundiais para a dinâmica regional dos CRS é o mecanismo de penetração. A penetração ocorre quando poderes externos tornam a segurança alinhamentos com estados dentro de um RSC. Essa ligação entre os padrões de segurança local e global é natural da vida em um sistema anárquico f. Para se qualificar como RSC, um grupo de estados ou outras entidades deve ter um grau de interdependência de segurança suficiente para se estabelecer como um conjunto interligado e diferenciá-lo da circundante segurança das regiões g. Dentro da estrutura da anarquia, a estrutura e o caráter essenciais dos CRS são definidos por dois tipos de relações, relações de poder (balança de poder regional) e de amizade e inimizade (nas versões mais extremas do poder, eles são simplesmente reflexos de relações de poder: alguém tem medo de quem exerce grande poder).
3. TCRS descritiva: uma matriz para estudos de área a. a. Teoria: órgão de estudos empíricos de segurança regional. A teoria especifica o que procurar em quatro níveis de análise e como inter-relacionar estes (constelação de segurança – juntos, podendo um ser mais dominante que o outro dependendo do caso): i. domesticamente nos estados da região, vulnerabilidades específicas de um Estado define o tipo de medos ele tem e as vezes faz de outro estado ou grupo de estados uma ameaça mesmo se ele ou eles não tem intenções hostis; ii. Relações estado-estado (o que origina a região); iii. A interação da região com regiões vizinhas e; iv. o papel dos poderes globais na região (a interação entre as estruturas de segurança globais e regionais). b. Subcomplexos tem essencialmente as mesmas definições de CRSs, a diferença é que o subcomplexo é firmemente encaixado dentro de um CRS maior. c. RSCT afirma que o nível regional será sempre operacional, e à vez dominante. Ele não dizer que a nível regional deve sempre ser dominante.
A expectativa é que forças externas sejam atraídas para uma região ao longo da linhas de competição existente no seu interior A estrutura essencial de uma CRS incorpora quatro variáveis: i. fronteira, o que diferencia a CRS de seus vizinhos; ii. Estrutura anárquica, o que significa que o CRS deve ser composta de duas ou mais unidades autónomas; iii. Polaridade, que cobre a distribuição de poder entre unidades, e; iv. Construção social, que abrange os padrões de amizade e inimizade entre as unidades Três possíveis evoluções para um CRS: manutenção do status quo; transformação interna (isso poderia significar mudanças na estrutura anárquica, na polaridade nos padrões dominantes de amizade/inimizade); transformação externa, o que significa que o limite externo expande ou contrai, mudando a composição do CRS, e muito provavelmente transformando sua estrutura essencial de outras formas (a maneira mais óbvia para isso acontecer é se dois CRSs fundem) Tipos de complexos de segurança: padrão (dentro de um CRS padrão, o principal elemento da política de segurança são as relações entre os poderes regionais dentro da região. Suas relações definem os termos para as menores potências e para a penetração da CRS por potências globais); centralizado (três formas: as duas primeiras são os casos especiais onde CRS é unipolar, mas o poder concedido é de grande potência ou superpotência, em vez de apenas uma potência regional. A expectativa nesse caso é de que o poder a nível global irá dominar a região; a terceira envolve uma região integrada por instituições em vez de por uma única potência) consequentemente, faz com que o seu poder não seja projetado pro exterior de seu território. Explicando a ausência dos complexos de segurança regional: há também a possibilidade de que o nível regional não funcionar porque o local, atores não geram seus próprios padrões de interdependência de segurança. RSCT pressupõe que as unidades envolvidas são membros normais de uma sistema internacional: 'normal' no sentido de que eles possuem autonomia para fazer a sua própria política e os recursos de energia para envolver o outro unidades no sistema. CRS não podem se formar em quando os estados estão sobrepostos ou não estão estruturados (onde os estados locais têm essa capacidade baixa onde o seu poder não se projeta muito além de seus próprios limites; e, em segundo lugar, onde isolamento geográfico torna difícil interação - unidades são muito fracas para gerar interdependência de segurança a nível regional). Variação na agenda: segurança social: segurança do Estado contra a sociedade (ex: identidade). A variação da agenda tem que ser vista com cautela para que não chegue a um ponto em que tudo seja questão de segurança (A questão da segurança é posta como uma ameaça para a sobrevivência de algum objeto referente (nação, estado, o liberal internacional ordem econômica, as florestas tropicais), que é reivindicada a ter o direito de sobreviver) Com esta definição de segurança, a abordagem claramente virou construtivista no sentido de que o que fazemos não questiona se um determinado assunto é em si uma 'ameaça', mas o foco sobre as questões de quando e em que condições que securitizaram o assunto.
Um grupo de países que se encontram compartilhando os efeitos locais de uma a mudança climática é um caso de respostas coletivas para destinos compartilhados decorrentes de pressão sistémica do lado de fora. No entanto, a CRS ainda é constituído pelos atores regionais, porque eles são os únicos que definem o problema em tais termos e interagir para produzir uma formação regional, sobre a questão.
SEGURANÇA: UMA NOVO QUADRO ANALÍTICO
Questiona-se a primazia do elemento militar e do estado na conceptualização da segurança. Isso veio, em parte, das instituições que passaram a tomar espaço no sistema e da academia, da pesquisa de paz, feministas, economia política internacional e segurança Setor econômico, ambiental e social Dividiu os estudos de segurança em duas visões: uma tradicional estatocêntrica (questões militares) e outra de “alargadores” () Insatisfação por causa da ascensão das agendas econômicas e ambientais nas RI durante 1970 e 1980 e depois devido a ascensão das preocupações com questões de identidade e crime transnacional durante os anos 90 O alargamento gerado pela emissão eventualmente desencadeou sua própria reação, criando um apelo pelo confinamento dos estudos de segurança para questões centradas em torno da ameaça ou uso da força Um argumento chave foi o alargamento progressivo pôs em perigo a coerência intelectual da segurança, colocando tanta coisa nela que seu significado essencial se tornou nulo
A defesa da visão tradicionalista caiu após o fim da Guerra Fria. Eles lutaram pra reafirmar seus argumentos convencionais de fortalecimento da segurança militar. Em graus variados, eles aceitaram a necessidade de olhar mais abertamente para questões não militares de conflito no sistema internacional e fazer uma pequena tentativa explícita em defender a centralidade do Estado Pessoas e nações, como estados e alianças, podem ser utilizadores estratégicos de força no sistema internacional A crítica dos tradicionalistas de que os alargadores arriscam a incoerência intelectual pode ter um ponto forte. A agenda mais ampla estende a gama de conhecimento e compreensão necessária para prosseguir estudos de segurança. Mais preocupante, ele também faz duas outras coisas: em primeiro lugar, dada a função política da palavra segurança, a agenda mais ampla estendeu o apelo à mobilização do Estado para uma ampla gama de questões; segundo, a agenda mais ampla tende, muitas vezes sem pensar, a elevar a segurança a uma espécie de bem universal - a condição desejada para a qual todas as relações devem se mover.
Cinco níveis de análises mais utilizados nas RI: sistema internacional; subsistemas internacionais; unidades; subunidades e indivíduos Setor militar é sobre relação de coerção forçada; o político, é sobre a relação entre autoritarismo, status governamental e reconhecimento; o setor econômico é sobre relações de comércio, produção e finanças; o setor social é sobre relações entre a atividade humana e a biosfera planetária Cada setor enxerga o mundo a sua forma Os complexos de segurança são sobre a intensidade relativa das relações de segurança interestaduais que levam a padrões regionais distintos moldados pela distribuição do poder e pelas relações históricas de amizade e inimizade Complexo de segurança: um conjunto de Estados cujas principais percepções e preocupações de segurança estão tão interligadas que seus problemas de segurança nacional não podem razoavelmente ser analisados ou resolvidos separados uns dos outros
O que é segurança? Segurança internacional possui seu distintivo próprio, extremamente dizendo. Segurança internacional é mais firmemente enraizada nas tradições de políticas de poder. Ela pode ser encontrada no entendimento tradicional militar-político de segurança e, nesse contexto, segurança significa sobrevivência. Tradicionalmente, falando em securitização, um estado representa a condição de emergência, reivindicando assim um direito a usar o que quer que seja necessário para bloquear o desenvolvimento da ameaça No setor militar, o ponto principal é o estado; no setor político, as ameaças são definidas pela constituição de princípios (soberania, por exemplo) do Estado; no setor econômico, as ameaças são mais difíceis de serem definidas, mas Buzan, Waever e Wilde consideram ameaças econômicas as rupturas bancárias e mudanças nas leis que torna legais ou inviáveis. Importante pontuar que nesse caso, é natural o movimento de ir e vir, então raramente as firmas securitizam sua própria existência; no setor social, o objeto de referência são as identidades coletivas que podem funcionar de forma independente ao Estado, como as religiões, por exemplo; por fim, no setor ambiental, os objetos de referência são muito amplos, mas podem ser consideradas principalmente a sobrevivência de espécies individuais e de seus habitats naturais. A segurança é o movimento que leva a política para além das regras estabelecidas do jogo e enquadra a questão como um tipo especial de política ou como acima da política (p.23) Securitização pode ser vista como sendo uma versão mais extrema da politização. Na teoria, qualquer questão pública pode ser localizada no espectro localizado no espectro que vai desde não politizado até politizado a securitizado (significa que a questão é apresentada como uma ameaça existente, que requer medidas emergenciais e justifica ações fora dos limites normais do procedimento político): quando um agente securitizador usa uma retórica de ameaça existencial e assim tira uma questão do que nessas condições é a política normal, ou seja, quando há o estabelecimento intersubjetivo de uma ameaça existencial com relevância suficiente para ter efeitos políticos substanciais.
Securitização pode ser institucionalizada. Se um tipo de ameaça é persistente ou recorrente, não é surpresa achar que a resposta e senso de urgência seja institucionalizada. O que é uma ameaça a ser securitizada para mim pode não ser para o outro. A securitização, quando vista de um modo internacional, precisa ser aceita por outras unidades e isso depende do discurso do agente securitizador