Resumo do livro “Geografia e Meio Ambiente. Ambiente.
O livro geografia e meio ambiente de Francisco Mendonça, tem oitenta páginas e está dividido em quatro capítulos: 1- A emergência da temática ambiental na atualidade; 2- Ambientalismo geográfico geográfico de cunho cunho naturalista; naturalista; 3- As contingências mundiais mundiais para a eclosão da consciência consciência ambiental no século século XX; 4- Ambientalismo geográfico geográfico engajado engajado na transformação transformação da realidade. 1º Capítulo
O primeiro capítulo traz abordagem sobre a emergência da temática ambiental na atualidade, que fala sobre o processo de industrialização desrespeitou a dinâmica dos elementos componentes da natureza, ocorreu uma considerável degradação do meio ambiente. Essa degradação tem comprometido a qualidade de vida da população de várias maneiras, sendo mais perceptível na alteração da qualidade da água e do ar, nos „‟acidentes‟‟ ecológicos ligados
ao desmatamento, queimadas, poluição marinha, lacustre, fluvial e mortes de inúmeras espécies animais que hoje se encontram em extinção. A degradação do ambiente e, conseqüentemente, a queda da qualidade de vida se acentuam onde o homem se aglomera: nos centros urbano-industriais. Os vários meios de comunicação têm trazido á tona e de maneira bastante alarmista os problemas globais relacionados á degradação do meio ambiente, como acidentes nucleares, derramamento de petróleo em regiões marinhas, mortandade de animais e poluição de rios e queimadas, etc. As inundações i nundações que ocorrem freqüentemente em Recife, Maceió, Rio de Janeiro e São Paulo Pau lo dentre outras cidades-, resultando em milhares de desabrigados e elevado número de mortos, devem deixar de ser encaradas como „‟castigo divino‟‟; a população carente que mora quase
dentro dos canais fluviais e encostas íngremes destas cidades não encontram outras áreas possíveis de sobrevivência. Isto para não tocar na completa falta de assistência por parte do Estado. A temática ambiental tem sido tratada de maneira diferente segundo três instâncias de atividade dos homens: ciências, artes e atividades políticas. No âmbito das ciências, a temática ambiental tem estado sempre, sendo tratada de forma diversa de acordo com os diferentes momentos históricos que caracterizam o desenvolvimento conhecimento científico. Com relação ás artes, a retratação do meio ambiente, através da música, da pintura, da escultura, da literatura, do teatro, etc. sempre apareceu como inspiração dos artistas de forma contemplativa. Os artistas passaram a denunciar as agressões da sociedade contra a natureza. Esta forma de participação tem contribuído para conscientização da problemática ambiental e em muitos caos esclarecidos equívocos criados pelos alarmismos da mídia. No âmbito da atividade política pode-se classificar de desprezível a atitude demagógica de determinados indivíduos,quando sob a atenção do eleitorado,de se utilizar dos problemas relativos ao meio ambiente, como um recurso para conseguir mais votos sem sequer demonstrar conhecimento aprofundado e compromisso real com sua causa. Em quase todas as plataformas eleitoras e programas eleitoras e programas de governo dos então candidatados se percebia claramente uma parte específica voltada ao meio ambiente.
2º Capítulo
No segundo capítulo, refere ao ambientalismo geográfico de cunho naturalista: que retrata a observação da história e a evolução da ciência moderna percebe-se que a geografia é a única ciẽncia de cunho ambientalista lato sensu desde sua origem,sendo que as outras são mais
específicas no tratamento da referida temática. Para entender historicamente a evolução, voltemos á origem da geografia os dois cientistas que lançaram as bases da geografia enquanto conhecimento científico, em meados do século XIX, foram os alemães Humboldt e Ritter.
, Estudou Filosofia, História e Ciências O primeiro (Al exander von H umboldt (1769-1859), Natur ali sta Naturais nas Universidades de Göttingen e Frankfurt. dedicou-se à investigação de campo. Assim, participou de inúmeras expedições pela Europa, Ásia e América Latina. Foi o primeiro a empregar isotermas para representar regiões de temperaturas iguais, a demonstrar a diminuição de intensidade magnética do pólo ao equador e a situar o equador magnético no Peru. Em sua época, foi um dos maiores pesquisadores das camadas da terra, do vulcanismo e das correntes marítimas, entre as quais a que ganhou seu nome. Fundou a geografia botânica baseada na fisionomia das plantas e das suas relações com o solo e o clima; formulou e aplicou os dois princípios essenciais que fizeram da geografia uma ciência original e que mais tarde Emmanuel de Martonne designou por Princípio da Causalidade (ou Interdependência) e Princípio da Geografia Geral (ou Comparada).)
fez viagens de observação científica pela América, África, Ásia e Europa, descrevendo suas características naturais de fauna, flora, atmosfera, formações aquáticas e terrestres. O segundo (Karl Ritter f oi u m geógrafo al emão, nascido em Quedlinburg, então pertencente à
Prússia, descobridor do raio ultravioleta (1801) e de grande importância para a moderna geografia humana e junto com o geógrafo e naturalista alemão Alexander von Humboldt, um dos precursores da geografia moderna.
Iniciou sua obra mais importante e extensa foi Die erdkund im verhältnis zur natur und sur geschichte des menschen (1817), de valiosos ensinamentos, planejada para abordar a geografia de todo o planeta, porém o autor morreu quando completou o 19° volume, em Berlim. Foi o fundador da Sociedade Geográfica de Berlim e considerava-se um discípulo e continuador do geógrafo Alexander von Humboldt. Foi um pioneiro da geografia moderna e do seu ensino nas universidades, concebendo a geografia como ciência empírica e sustentando que sua metodologia deveria basear-se na observação direta, ao invés de partir de hipóteses teóricas.)
filósofo e historiador, descrevia as várias organizações espaciais dos homens sobre os diferentes lugares. Juntando os dois conhecimentos, lançaram a ciência geográfica, tendo como objetivo a compreensão dos diferentes lugares através da relação dos homens com a natureza, sendo que para isso era necessário o conhecimento dos aspectos físico-naturais das paisagens, assim como dos humano-sociais. Percebe-se assim que nascia uma ciência preocupada diretamente com o que hoje se entende, de forma geral, por meio ambiente. Na evolução do pensamento geográfico aparecem inúmeros geógrafos que legaram importantes contribuições científicas para a compreensão do quadro natural (meio ambiente) do planeta e marcaram a historiografia deste período.
Ratzel ( A obra de Friedrich Ratzel representou um papel fundamental no processo de sistematização da Geografia Moderna. Ela contém a primeira proposta explícita de um estu do geográfico especif icamente dedicado àdi scussão dos probl emas hu man os! A impor tância de sua obra emerge por ela ter sido u ma das originárias man ifestações do positi vismo nesse campo do conhecimento ci entífico. Ratzel foi um dos introdutores deste método. O significado de
sua produção pode ainda ser apontado no fato de ele ter aclarado aquela que seria a principal via de indagação dos geógrafos, ou seja, a questão da relação entre a sociedade e as condições ambientais. Assim como os demais geógrafos clássicos, Ratzel sustenta que a geogr afia não éuma ci ência natu r al e nem um a ciência human a, mas sim uma ci ência de contato entr e essas duas gr andes áreas do conhecimento. , uma ci ência qu e Essa corrente de pensamento definia a geogr af ia como uma ci ência de síntese, isto é estu da as relações entre elementos heterogêneos na superfície ter restr e, tanto os natu rais quanto os sociais[1].
Mas ele foi também o primeiro a propor a constituição de um ramo da geografia especificamente dedicado ao estudo do homem na sua interação com a natureza, ao qual ele denominou "antropogeografia". Assim, Ratzel "é considerado por muitos o fundador da moderna geografia humana, sendo responsável também pelo estabelecimento da geografia política como disciplina.")
deu continuidade á produção geográfica, seguindo mais a linha de Humboldt e Ritter. Ratzel produziu uma descrição dos lugares onde o natural e o humano se apresentavam dissociados, e tentou explicar o determinismo dos lugares sobre os homens como forma de escamotear a dominação cultural.
A GEOGRAFIA DE PAUL VIDAL DE LABLACHE
La Blache, (Para compreender a evolução do pensamento geográfico na França, e sua importância no desenvolvimento da Geografia, é preciso compreender o porquê de certos fenômenos espaciais, principalmente os fenômenos políticos e militares; ! A França unifica-se precocemente, e o poder era centralizado, com a prática da monarquia absolutista; ! A Revolução Francesa, em 1789, enterra definitivamente o poder dos senhores feudais e fortifica a ascensão da burguesia, a qual se solidifica no poder. Nesse processo, o pensamento burguês gerou propostas progressistas, instituindo uma tradição liberal no país; ! Outro aspecto importante foi o caráter revolucionário do capitalismo na França, o qual ampliou a representação e o espaço da ação política; ! Foi o berço do socialismo militante (jornadas de 1848 e a Comuna de Paris) ! A França foi o país que demonstrou, de modo mais claro, as etapas de avanço, domínio e consolidação da sociedade burguesa. Porém, a via de realização desse processo deixou uma herança bastante distinta da encontrada na Alemanha, principalmente no aspecto ideológico. A Geografia foi uma das manifestações dessas diferenças!!!!!!!!!!) contrapondo-se a Ratzel propõe a corrente possibilista,mas também escamoteia a intenção de dominação dos povos brancos sobre os demais.Sua contribuição para evolução do pensamento geográfico é marcante não somente porque faz abordagem regional,mas sobretudo porque acentua a separação entre elementos físico-naturais e elementos humano-sociais das paisagens.
3º Capítulo
No terceiro capítulo fala sobre as contingências mundiais para a eclosão da consciência ambiental no século XX; das inúmeras guerras permearam a evolução da sociedade ocidental a mais importante foi, a Segunda Guerra Mundial, seja pelo impacto causado em toda
humanidade ao revelar a capacidade de destruição das armas construídas pelo homem e a desolação geral decorrente, seja pelo que ela suscitou em t ermos de necessidade de garantir a paz. nascem, de maneira gradual e lenta,algumas iniciativas na Europa e Estados Unidos com o objetivo de preservar o meio ambiente e garantir a paz como forma de relacionamento entre os homens. Estava criada a base para o nascimento dos movimentos ecológicos que também lutam pela paz a partir dos anos 50, tendo se apogeu nos anos 60 e 70. Pode-se dizer, em linhas gerais, que as primeiras grandes manifestações sociais relativas á preocupação com meio ambiente foram decorrentes do pós-guerra. A globalização das economias capitalista e socialista: o imperialismo; as quatro décadas que se seguiram á Segunda Guerra Mundial foram caracterizadas pela formação dois blocos internacionais de poder antagônico as: a URSS (socialista) e os EUA (capitalista) sendo que ambos desenvolveram uma política econômica de caráter imperialista sobre suas áreas de dominação; ‟‟guerra fria”, que tão
fortemente marcou este período, desenvolveu o medo, a insegurança e crença em um fim muito próximo da humanidade em função do caráter de armamentismo bélico e destruições que a mesma encerrou. A explosão demográfica; o mito da explosão demográfica foi utilizado para várias formas de dominação, porém serviu, sobretudo,,para chamar a atenção da sociedade para o fato de que terra e os seus recursos eram finitos,o que até então não estava ente as preocupações mais importantes daquele período. 4º Capítulo
No quarto capítulo retrata o ambientalismo geográfico engajado na transformação da realidade, as mudanças ocorridas no pensamento geográfico nos anos 60, 70 e 80 são testemunhas nas publicações onde se observa o desenvolvimento de conhecida corrente da „‟ Geografia Radical‟‟ de cunho marxista a qu al, por um representativo espaço temporal, orientou as concepções geográficas desenvolvidas; o sub- ramo geografia humana foi o‟‟ carro chefe‟‟ da
geografia marxista-geografia radical e, em grande parte da geografia crítica-, sendo que a forte proximidade com a sociologia, história e economia política foi algo bastante grave e perceptível quando se observa um total esquecimento ou abordagem do suporte físico-territorial sobre o qual são processados as atividades sociais. Esse fato lhes conferiria um caráter mais geográfico e a crítica á não abordagem da sociedade pela geografia física vai na mesma direção. A questão ambiental não é nova como preocupação intelectual. Já na Grécia Antiga, Aristóteles preocupava-se com relação homem e a natureza. É, contudo, recente o interesse de toda a sociedade pelo problema do meio ambiente, e se origina do momento em que o homem passou a se perceber como ameaça á natureza. Percebo que a sociedade está preocupada com o meio ambiente, antigamente nos livros, revistais etc. Alguns recursos renováveis da natureza era definido como recurso infinito. Por exemplo, a água atualmente é um recurso escasso e assim como outros elementos provenientes da natureza. A questão ambiental está sendo muito discutida em vários eventos, mas é necessário muito mais, que a preocupação e ações relacionadas ao meio ambiente estejam presentes em todos os espaços que os seres humanos percorrem. O autor Francisco Mendonça, procurou escrever o seu livro envolvendo várias temáticas, todas preocupadas com o meio ambiente, ressaltando que os geógrafos, têm, indiscutivelmente muito a contribuir na necessária mudança da organização do espaço geográfico e a garantia da qualidade ambiental.