c a orma va g o a
(I) Nome _____________________________ N.o _____ Turma ___ Avaliação ____
I 1. Qual é a diferença entre atividade voluntária e atividade involuntária? 2. O que é uma ação? 3. O que entende por livre-arbítrio? 4. Indique o que entende por determinismo radical e quais as objeções a esta doutrina. 5. Defina determinismo moderado e apresente as objeções a esta doutrina. 6. Um dia vai a uma festa e conhece uma pessoa. Durante a conversa com essa pessoa, ela afirma que o vosso encontro naquela festa era inevitável, pois tudo no universo está sujeito ao mais rigoroso determinismo. Sendo defensor(a) do libertismo, obviamente discorda dessa afirmação. Imagine uma conversa em que as duas posições (determinismo e libertismo) sejam defendidas. Apresente os respetivos argumentos e objeções. 7. Distinga juízo de facto de juízo de valor e dê um exemplo para cada um deles.
II 1. Leia atentamente o texto.
Ben decidiu ir direto ao assunto: – Tenho Tenho um dilema. Sei que um amigo vai roubar, mas prometi-lhe que não o denunciaria. Se o denunciar, estarei a faltar à minha promessa. Nunca se deve faltar às promessas. Se não o denunciar, estarei a deixá-lo roubar e roubar é errado. Preciso que me digam como agir. – Estou Estou absolutamente convencido de que há sempre uma maneira correta de agir – disse disse Jeremy. – Acredito que certas coisas são intrinsecamente erradas: faltar a uma promessa, roubar, matar, coisas assim – afirmou afirmou Ian. Mentir, roubar e matar pode ser a maneira correta de agir. Tudo depende das – Mentir, circunstâncias: circunstâncias: só as consequências da ação importam – explicou explicou Jeremy. 1
– É
indiscutivelmente errado roubar, de modo que, provavelmente, não devias ter prometido a ninguém – disse Ian. – É exatamente isso – concordou Jeremy. – Como é que o sistema de regras pode ajudar a saber o que fazer? É com certeza ridículo ter regras de comportamento que não possam ser infringidas sejam quais forem as consequências. Lucy Eyre, No dia em Sócrates vestiu jeans, Casa das Letras, 2007, Lisboa. (Excerto adaptado)
1.1 Identifique o tema e o problema tratados no texto. 1.2 Jeremy e Ian representam duas teorias éticas diferentes. Transcreva do texto o que caracteriza cada uma delas. 1.3 Que teoria ética defende Ben? 1.4 Qual a objeção de Jeremy à ética deontológica?
III 1. Leia atentamente o texto. A filosofia política não reflete o desinteresse dos políticos acerca do problema da desigualdade social. Na verdade, o problema da distribuição equitativa dos salários e da riqueza é um dos aspetos relevantes do debate dos filósofos políticos desde os anos setenta. (…) Alguns filósofos [consequencialistas], com base no princípio da utilidade, defendem que se deve cobrar impostos aos ricos para ajudar os pobres. Tomar 100 dólares de um rico para dar a um pobre apenas diminuirá a felicidade do rico, conjeturam, mas aumentará muito a felicidade do pobre. John Rawls também defendeu a distribuição, mas baseando-se num consentimento hipotético. Argumenta que na hora de criar um hipotético contrato social numa imaginária situação de igualdade, todos acordariam um princípio que apoiasse de alguma forma a redistribuição.
Michael Sandel , Justiça. Qual a coisa certa a fazer , Debolsillo, 2012, Barcelona.
1.1 Explique por que razão o problema da desigualdade é um problema político-jurídico e não apenas um problema ético-moral. 1.2 Concorda com as posições defendidas pelo utilitarismo de Stuart Mill? Apresente os argumentos em que se baseia para defender a perspetiva utilitarista.
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1.3 A teoria de Rawls é deontológica porque há princípios de justiça imparciais que devem presidir à organização de uma sociedade justa. Quais são as objeções de Rawls ao utilitarismo?
2. Selecione a única opção que lhe permite obter uma afirmação verdadeira. 1. Os princípios da justiça foram aprovados num contrato hipotético e d e forma imparcial porque: [A] os contratantes se encontravam numa posição original sob o efeito do «véu de ignorância». [B] os contratantes sabiam que iriam ser pobres. [C] os contratantes eram altruístas e generosos. [D] a justiça é apenas uma ilusão.
2. A teoria da justiça de Rawls foi alvo de inúmeras críticas. Os defensores do neoliberalismo condenam: [A] a importância que Rawls atribui à liberdade do indivíduo. [B] a tributação dos ricos para repartir pelos pobres. [C] o facto de Rawls tolerar a desigualdade desde que beneficie os mais desfavorecidos. [D] o seu próprio empobrecimento. 3. Os neoliberais defendem que cobrar impostos para redistribuir a riqueza e aumentar as oportunidades dos pobres não é aceitável porque: [A] viola a liberdade do indivíduo, que tem o direito de usufruir do seu dinheiro desde que ganho honestamente. [B] cada indivíduo deve viver com o que consegue ganhar. [C] não motiva o indivíduo a trabalhar e a produzir. [D] a riqueza deve ficar só nas mãos daqueles que a produzem.
IV Escolha apenas um dos percursos, A ou B. A 1. Leia atentamente o texto. 3
A essência da pintura (…) é a relação entre os elementos plásticos. A sua propriedade definidora é a forma significante. (…) A isto respondem (…) Tolst ói, Ducassé ou qualquer outro defensor desta teoria, afirmando (…) que sem a
projeção das emoções num qualquer pedaço de pedra ou num qualquer pedaço de madeira ou em certos sons, etc., não pode haver arte. Morris Weitz, The journal of aesthetics and art cri tici sm, Oxford University Press, 1956, Oxford.
1.1 O que se entende por «forma significante»? 1.2 Identifique as teorias estéticas referidas no texto. 1.3 Distinga-as. 1.4 Em que se baseia um defensor do objetivismo estético para fazer uma apreciação estética de uma obra? 1.5 Se fosse um defensor do subjetivismo estético, qual seria o fundamento do seu juízo? B 1. Leia atentamente o texto. (…) Pois se não se pode conceber uma montanha sem vale (...), do mesmo modo,
pelo simples facto de eu não poder conceber Deus sem existência, segue-se que a existência é inseparável dele e, portanto, que ele existe verdadeiramente; não que o meu pensamento possa fazer com que isso seja assim e que ele imponha às coisas alguma necessidade; mas, pelo contrário, porque a necessidade da própria coisa, a saber, a existência de Deus, determina o meu pensamento a concebê-lo desta forma. Pois não está na minha liberdade conceber um Deus sem existência (isto é, um ser soberanamente perfeito sem uma perfeição soberana), embora faça parte da minha liberdade imaginar um cavalo sem asas ou com asas. René Descartes, Méditations métaphysiques, Garnier-Flammarion, 1641, Paris.
1.1 Identifique o tipo de argumento usado por Descartes para provar a existência de Deus. 1.2 Apresente uma objeção a este argumento.
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