TESTE DE AVALIAÇÃO NOVEMBRO – 9º ANO
ESCOLA: _____________ ________________________ _______________________ __________________ ______ DATA: ____/ ____/ ____/ ____/ 20____ NOME: ___________ _______________________ _______________________ ______________________ _____________ Nº ____ TURMA: _____
Grupo I – Compreensão do Oral Para responderes aos itens que se seguem, vais ouvir uma reportagem sobre o teatro. De seguida, responde aos itens que se seguem. Aceda aqui ao link : https://www.tsf.pt/stream/audio/2016/05/noticias/12/reportagem12.mp3 NB: O exercício baseia-se apenas nos primeiros 4 minutos e 15 segundos do recurso áudio.
1. Para cada item (1.1. (1.1. a 1.4. 1.4.), ), seleciona a opção que permite obter uma afirmação adequada ao sentido do texto. 1.1. Segundo o repórter, o teatro (A) é um espaço físico onde se assiste a peças teatrais. (B) está em todo o lado e é nas pessoas que encontra os seus temas. (C) vive nas pessoas e encontra nelas os seus temas. 1.2. O querer acreditar faz parte do teatro, pois uma peça de teatro
conta com a nossa capacidade de acreditar. (B) pede-nos que façamos o esforço de ver o que ela nos quer mostrar e de ouvir o que ela nos conta. (C) pretende que os espetadores compreendam que o que ela nos diz é a única realidade. (A)
1.3. O Teatro Nacional D. Maria II foi criado com o objetivo de ser um espaço que
aperfeiçoasse a moral dos homens e lhe mostrasse m ostrasse peças de teatro. (B) estimulasse o bom gosto e a capacidade de selecionar bom teatro. (C) estimulasse bons princípios e valores e orientasse as boas escolhas teatrais. (A)
1.4. O repórter explora um contraste entre as palavras conforto e desconfortável com a intenção de mostrar que
o conforto é uma forma de atrair os espetadores a virem ao teatro. (B) embora a sala de espetáculos deva ser confortável, os temas das peças poderão ser duros. (C) a sala de espetáculos tem de ser confortável porque os temas das peças são duros. (A)
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Grupo II – Leitura Lê o texto. Se necessário, consulta as notas.
Gil Vicente
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Nascido pela década de 1460-70, Gil Vicente viveu num período de intensa centralização do poder régio e na época áurea da Expansão portuguesa. A sua produção literária […] estende-se de 1502 a 1536, abrangendo, desta forma, parte do reinado de D. Manuel I e parte do reinado de D. João III. Se as suas obras são, nos primeiros anos, de cariz fundamentalmente religioso e representadas em momentos de maior reflexão e fervor religioso, seja no Natal, nos Reis, na Quaresma ou aquando da procissão do Corpus Christi , tal facto não obstou a que o gérmen 1 da sua crítica e condenação tanto moral como social estivesse já bem delineado no Sermão que em 1506 expõe em Abrantes à rainha D. Leonor. A partir de então, qualquer das suas peças, quer de cariz religioso, quer de características profanas 2, por altura de festas religiosas ou em exortação de determinados acontecimentos, como a chegada de uma armada da Índia, a partida de uma expedição guerreira para o Norte de África ou o nascimento de príncipes, o casamento e a partida de princesas, os desponsórios 3 e entradas de reis, qualquer das representações, dizíamos, contém, com maior ou menor profundidade, um olhar crítico às diversas facetas da sociedade portuguesa sua contemporânea. Ao privilegiar na sua atenção esta ou aquela figura, estas ou aquelas camadas sociais, este ou aquele problema de ordem espiritual ou socioeconómica, pretende, utilizando determinados utensílios mentais, atingir um objetivo bem concreto, e é precisamente no sentido de captar esse mecanismo ou estratégia que traduz a sua perspetiva de observar ou levantar problemas, que nos iremos deter sobre a obra de Gil Vicente. […] Que fatores de condenação encontra Gil Vicente na sociedade do seu tempo? Como os traz a lume, explícita ou implicitamente? Que posição toma em relação a eles? Por outro lado, que soluções encontra ou que vias de resolução aponta para endireitar esse mundo que caminha à sua volta, “de cara atrás”? Não poderemos esquecer que Gil Vicente é um indivíduo que nos surge ligado à Corte, à família real, para que representa, um homem profundamente religioso que vive numa época de grandes polémicas e agitação de ordem espiritual […]. A época permite-lhe, portanto, determinadas liberdades de expressão, impondo-lhe, em contrapartida, uma tomada de posição no que respeita à obediência e ao respeito por funções e instituições. Maria Leonor Cruz, Gil Vicente e a sociedade portuguesa de quinhentos. Lisboa, Gradiva, 1990, pp. 9-10. 1
gérmen : forma embrionária, inicial.
2 profano: 3
que é oposto ao sagrado. desponsórios: cerimónia de assinatura de contrato anterior ao casamento.
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1. Para responderes a cada item (1.1. a 1.4.), seleciona a opção que permite obter uma afirmação adequada ao sentido do texto. 1.1. A escrita de Gil Vicente coincidiu com uma época (A) de esplendor ultramarino em que os reis procuravam controlar todos os poderes. (B) de esplendor ultramarino em que os reis procuravam distribuir os poderes. (C) inicial de expansão ultramarina em que os reis procuravam controlar os poderes. (D) inicial de expansão ultramarina em que os reis procuravam distribuir os poderes. 1.2. As primeiras obras de Gil Vicente (A) abordavam temas religiosos e foram representadas na Corte sempre que os reis queriam. (B) tratavam temas espirituais e socioeconómicos e foram representadas na Corte sempre que os reis queriam. (C) foram representadas em épocas religiosas e abordavam temas adequados ao momento em que eram representadas. (D) foram representadas em épocas festivas profanas e abordavam temas adequados ao momento em que eram representadas. 1.3. A partir de 1506, a perspetiva crítica de Gil Vicente passou a estar presente (A) nas suas obras de cariz religioso. (B) nas suas obras de cariz religioso e de cariz profano. (C) nas suas obras de cariz profano. (D) quando abordava temas relacionados com a Expansão portuguesa. 1.4. Os pronomes “os” (linha 21) e “eles” (linha 22) referem-se a (A) “fatores”. (linha 21) (B) “facetas”. (linha 15) (C) “fatores de condenação”. (linha 21) (D) “problemas”. (linha 20)
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Grupo III – Educação Literária PARTE A.1
Seleciona a Parte A.1 – “Auto da Barca do Inferno” – ou a Parte A.2 – “Auto da Índia” – em função do texto que leste nas aulas. Responde apenas às questões relativas ao texto lido. Lê o texto e as notas. De seguida, responde ao questionário.
Vem um Onzeneiro1, e pergunta ao Arrais do Inferno, dizendo:
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ONZ. Pera onde caminhais2? DIA. Oh! que má-hora venhais,
DIA. Pera onde tu hás-de ir. ONZ. Havemos logo de partir?
onzeneiro, meu parente! Como tardastes3 vós tanto? 5 ONZ. Mais quisera eu lá tardar 4… Na çafra5 do apanhar me deu Saturno 6 quebranto. DIA. Ora mui muito7 m’espanto nom vos livrar o dinheiro!8 10 ONZ. Solamente pera o barqueiro nom me leixaram nem tanto 9… DIA. Ora entrai, entrai aqui! ONZ. Não hei eu i d’embarcar! DIA. Oh! que gentil recear,
e que cousas pera mi! ONZ. Ainda agora faleci, leixa-me buscar batel! Pesar de São Pimentel 10,
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1
Onzeneiro: o que empresta dinheiro a um juro
excessivo (11%). 2 caminhais : navegais, ides. 3 tardastes: demorastes. 4 tardar : demorar. 5 çafra: colheita, tarefa de amealhar dinheiro. 6 me deu Saturno quebranto: morri (me fez Saturno morrer). Saturno é o deus do tempo, a divindade responsável pela duração das vidas humanas. 7 mui muito: muitíssimo. 8 nom vos livrar o dinheiro : não vos livrar o dinheiro da morte.
Nunca tanta pressa vi! Pera onde é a viagem?
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DIA. Não cures de mais linguagem11. ONZ. Pera onde é a passagem? DIA. Pera a infernal comarca 12. ONZ. Dix13! Nom vou eu em tal barca.
Estoutra tem avantagem14. [Vai-se à barca do Anjo, e diz: ] Hou da barca! Houlá! Hou! Haveis logo de partir?15 30 ANJO E onde queres tu ir? ONZ. Eu pera o Paraíso vou. ANJO Pois cant’eu16 mui fora estou 17 de te levar para lá. Essa barca que lá está vai pera quem te enganou 18. 35 Gil Vicente, “Auto da Barca do Inferno”, in Teatro de Gil Vicente , edição de José António Saraiva, 6ª ed., Lisboa, Portugália Editora, s/d. o barqueiro/nom me leixaram nem tanto : não me deixaram nem uma moeda para dar ao barqueiro. 10 São Pimentel: personagem da época. 11 Não cures de mais linguagem : escusas de falar mais. 12 infernal comarca: Inferno. 13 Dix : já disse (exprime medo e surpresa). 14 avantagem : vantagem, superioridade. 15 Haveis logo de partir?: Estais preparado para partir? 16 cant’eu: quanto a. 17 mui fora estou : não estou de acordo. 18 quem te enganou: o diabo. 9 pera
1.
Justifica a utilização da expressão “meu parente” (v.3) no contexto em que é utilizada.
2.
Explicita a expressividade da ironia presente na afirmação “Ora mui muito m’espanto/nom vos livrar o dinheiro!”. (vv. 8-9)
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Identifica o argumento de acusação apresentado pelo Anjo para justificar a condenação do Onzeneiro. PARTE A.2
Seleciona a Parte A.1 – “Auto da Barca do Inferno” – ou a Parte A.2 – “Auto da Índia” – em função do texto que leste nas aulas. Responde apenas às questões relativas ao texto lido. Lê o texto e as notas. De seguida, responde ao questionário.
Jesu! Jesu1! que é ora 2 isso? É porque se parte a armada? Olhade a mal estreada3 ! AMA Eu hei-de chorar por isso? 5 MOÇA Por minh’ alma que cuidei4 e que sempre imaginei , que choráveis por noss’ amo. Por qual demo ou por qual gamo5 AMA ali, ma ora, chorarei? MOÇA
Como me leixa6 saudosa! Toda eu fico amargurada! MOÇA Pois porque estais anojada7? Dizei-mo, por vida vossa. AMA Leixa-m’, ora, eramá 8, que dizem que não vai já. 15 MOÇA Quem diz esse desconcerto 9? AMA Deixaram-mo por mui certo que é certo que fica cá. 10
10
S’ eles já estão em Restelo12, como pode vir a pêlo13? Melhor veja eu Jesu Cristo, isso é quem porcos há menos 14. AMA Certo é que bem pequenos 25 são meus desejos que fique 15. MOÇA A armada está muito a pique16. AMA Arreceio al de menos17. 20
MOÇA
Andei na má-hora18 e nela a amassar e biscoutar, 30 pera o o demo levar à sua negra canela, e agora dizem que não 19. Agasta-se-m’o coração, que quero sair de mim20. 35 MOÇA Eu irei saber s’é assim 21. AMA Hajas a minha benção. Gil Vicente, “Auto da Índia”, in Compilaçam de todalas obras de Gil Vicente, vol. II, introdução e normalização do texto de Maria Leonor C. Buescu, Lisboa, INCM, 1983.
11
O Concelos me faz isto.
1 Jesu:
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2
forma popular de Jesus. ora: agora. 3 mal estreada : desastrada. 4 cuidei : pensei. 5 gamo: marido enganado. 6 leixa: deixa. 7 anojada: aborrecida. 8 eramá: em má hora (interjeição). 9 desconcerto: disparate. 10 O Concelos: provavelmente, Jorge de Vasconcelos. 11 faz: disse. 12 Restelo: praia do Restelo, em Belém.
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como pode vir a pêlo? : a que propósito vem isto? isso é quem porcos há menos : isso não é de temer. 15 são meus desejos que fique : que o meu marido fique. 16 está muito a pique : está prestes a largar. 17 Arreceio al de menos: receio outra coisa, isto é, que já
não parta. na má-hora: fartei-me de trabalhar. e agora dizem que não : e agora dizem que já não parte. 20 Agasta-se-m’o coração,/que quero sair de mim : Estou 18 Andei 19
tão desesperada que nem sei o que sinto. s’é assim: se a nau parte.
21
1.
Explica de que modo o sentido da expressão “Por qual demo ou por qual gamo” (v. 8) contribui para a caracterização da Ama.
2.
Explicita a expressividade da ironia presente na afirmação “Como me leixa saudosa!”. (v. 10)
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Justifica a utilização da expressão “má hora” (v. 28) no contexto da situação vivida pela Ama.
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PARTE B 4.
Lê a seguinte definição da expressão latina ridendo castigat mores:
Ridendo castigat mores – significa ‘É com o riso que se corrigem os costumes’. Carlos Ceia, E-dicionário de termos literários, verbete “cómico” (disponível em http://edtl.fcsh.unl.pt/ ,consultado em 8 outubro de 2017).
Explica o modo como esta definição pode ser aplicada ao “Auto da Barca do Inferno” ou ao “Auto da Índia” , de Gil Vicente. Para fundamentar a tua resposta, deves também: selecionar uma personagem de um dos autos estudados; apresentar os aspetos criticados através da personagem, com recurso ao riso. A resposta deve ter entre 40 e 70 palavras.
Grupo IV – Gramática 1.
Associa as palavras sublinhadas nas frases da coluna A à classe que lhes correspondem na coluna B. Coluna A (a)
Sempre que leio uma peça vicentina, fico bem disposto.
Coluna B (1) Advérbio (2) Preposição (3) Conjunção
2.
(b)
A peça começou mesmo agora.
(c)
O intervalo durou até às 22 horas.
(4) Locução conjuncional (5) Locução adverbial
Para responderes a cada item (2.1. a 2.3.), seleciona a opção que completa cada afirmação. 2.1.
O conjunto constituído apenas por formas que pertencem ao mesmo modo verbal é (A) tenha – fizermos – tivessem ouvido – houvesse. (B) interveio – tinhas conseguido – faríeis – escreviam. (C) teria iniciado – tínhamos feito – falarias – escrevera. (D) começou – riras – pensavam – consiga.
2.2.
O conjunto constituído por verbos com as mesmas características flexionais em termos de defetividade é (A) ser – estar – brincar. (B) rasgar – beber – nevar.
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(C) chover – haver – anoitecer. (D) poder – ir – cantar.
2.3.
O processo fonológico presente na evolução da palavra HUMILE- para humilde é a (A) metátese. (B) síncope. (C) epêntese. (D) paragoge.
3.
Identifica todas as frases em que o elemento sublinhado desempenha a função sintática de complemento oblíquo. (A) As peças vicentinas pertencem ao teatro português. (B) As peças vicentinas também criaram o teatro português. (C) As peças vicentinas entraram para o teatro português. (D) As peças vicentinas contam com o teatro português para se manterem vivas.
4.
Reescreve a frase, substituindo a expressão sublinhada pela forma adequada do pronome pessoal. Gil Vicente teria escrito as suas peças inspirando-se na sociedade portuguesa.
Grupo V – Escrita Seleciona uma personagem de um livro, de um filme ou de uma peça de teatro que, do teu ponto de vista, seja marcante. Escreve um texto de opinião em que: • apresentes a personagem selecionada; • fundamentes a tua escolha em, pelo menos, três razões; • dês um exemplo de uma situação da vida real na qual essa personagem poderia marcar a diferença.
Escreve um texto com um mínimo de 160 e um máximo de 240 palavras.
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PROPOSTA DE CORREÇÃO/COTAÇÃO
Grupo I
Pontuação 1.1. 1.2. 1.3. 1.4
(C) (B) (C) (B) Total parcial
3 3 3 3 12 pontos
(A) (C) (B) (C) Total parcial
3 3 3 3 12 pontos
Grupo II 1.1. 1.2. 1.3. 1.4.
Grupo III Parte A.1 1. A expressão, ao ser utilizada pelo Diabo, corresponde a uma forma de acusação/condenação do Onzeneiro mal ele entra em cena, pois o Diabo pretende demonstrar que o Onzeneiro vem carregado de pecados que cometeu em vida. Por isso, considera-o seu “parente”, ou seja, um elemento que pratica o mal, pecando. 2. A ironia permite, por um lado, caracterizar o Onzeneiro como uma personagem que atribuía muita importância ao dinheiro, considerando que ele o livraria de todos os problemas e tudo justificava; por outro, serve como argumento de acusação que justifica a sentença de condenação apresentada pelo Diabo. Por fim, a ironia é ainda uma forma de cómico de linguagem. 3. O Anjo afirma que o Onzeneiro foi enganado pelo Diabo («quem te enganou» (v. 35)), evidenciando que este tem imensos pecados, pelo que não o poderá receber na sua barca. Logo, ele terá de ir na barca do Diabo. Total parcial A.1 Parte A.2 1. Estas expressões fazem alusão ao marido da Ama, que acabou de partir na armada para a Índia. O recurso a termos como “demo” ou “gamo” permite caracterizar a Ama como uma esposa que não tem sentimentos como amor, amizade ou respeito pelo marido, pois esta está disposta inclusive a trai-lo na sua ausência, o que é sugerido pelo termo “gamo”, que evoca simbolicamente a imagem do marido enganado. 2. A ironia presente na expressão permite caracterizar o caráter da Ama como uma mulher insensível e desleal porque esta, ao contrário do que seria de esperar numa situação desta natureza, não está triste pela partida do marido nem conta sentir saudades dele na sua ausência. 3. A expressão “má-hora” refere-se ao tempo durante o qual a Ama andou a preparar a partida do marido, confecionando comida para este levar na viagem. Neste momento, perante a possibilidade de a armada não partir, a Ama considera que tudo foi tempo perdido, pois ela só terá feito o esforço para ver o marido longe de si, o que agora po de não ocorrer. Total parcial A.2
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6 19 pontos
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Parte B 4. “Auto da Barca do Inferno”
Por exemplo: A personagem Frade, em “Auto da Barca do Inferno”, está ao serviço da máxima ridendo castigat mores, porque, ao estar associado ao cómico de situação, em ocasiões como aquela em que dança em palco, imitando as danças de salão, e ao cómico de caráter, por trazer consigo a moça Florença, permite criticar a falta de moralidade e de respeito pelos princípios da religião católica de alguns representantes da Igreja.
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4. “Auto da Índia”
Por exemplo: A personagem Ama, em “Auto da Índia”, está ao serviço da máxima ridendo castigat mores , porque, ao estar associada ao cómico de situação, como no momento em que mantém o Castelhano na rua, e de cómico de caráter, sempre que dá a entender que está feliz pela partida do marido, permite criticar a falta de moralidade daquelas que são desleais para com os maridos que partem para longas viagens. Total parcial Parte A + Parte B
Grupo IV 1. (a) – (4); (b) – (1); (c) – (2) 2.1 (A) 2.2. (C) 2.3. (C) 3. (C), (D) 4. Gil Vicente tê-las-ia escrito inspirando-se na sociedade portuguesa.
26 pontos
Total parcial
3 3 3 3 3 5 20 pontos
Total parcial
30 pontos
TOTAL
100 pontos
Grupo V
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