UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP CURSO DE PSICOLOGIA PSICOLOGIA GERAL/EXPERIMENTAL
A Análise do Comportamento
André Vinicius Ribeiro da Silva (A776If-1) Michelle Souza da Silva (A775JI-7)
São Paulo 2012
SUMARIO
Introdução -------------------------------------------------------------------------- 03 Método ----------------------------------------------------------------------------- 05 Resultados-------------------------------------------------------------------------- 07 Discussão--------------------------------------------------------------------------- 11 Referencias Bibliográficas------------------------------------------------------- 13 Anexo ------------------------------------------------------------------------------- 14
2
Esse trabalho é resultado do estudo sobre o comportamento humano, que visa analisar as diversas áreas do comportamento de forma cientifica, ele esta baseado em teorias discutidas em sala de aula e analises feita em laboratório de forma controlada de conceitos estudados. Nele também se aborda a importância do estudo do comportamento humano, visando entender o desenrolar da criação do homem até os dias atuais e o modo como o ser humano se relaciona dentro da sociedade através dos estímulos que vem da própria sociedade. Um dos grandes desafios da Analise Experimental do Comportamento esta na questão de explorar conceitos e métodos como estímulos ou relações entre estímulos que passam a controlar um determinado comportamento, ou seja, como se estabelecem as discriminações, assuntos que nos próximos capítulos serão estudo de forma mais aprofundada. Nesse trabalho abordaremos o trabalho de B.F Skinner, ele conduziu trabalhos
pioneiros
em psicologia
experimental e
foi
o
propositor
do Behaviorismo Radical, abordagem que busca entender o comportamento em função das inter-relações entre a filogenética, o ambiente (cultura) e a história de vida do indivíduo. A base do trabalho de Skinner refere-se à compreensão
do
comportamento
humano
através
do comportamento
operante (Skinner dizia que o seu interesse era em compreender o comportamento humano e não manipulá-lo). O trabalho de Skinner é o complemento, e o coroamento de uma escola psicológica. Skinner adotava 1
práticas experimentais derivadas de física e outras ciências . Os assuntos que serão abordados dentro do trabalho de Skinner serão: Nível Operante é a forma com que o sujeito opera (age) sobre o ambiente antes de qualquer intervenção ao experimental, ou seja, é como os organismos comportam-se em um determinado ambiente antes que qualquer manipulação deliberada seja feita para modificar seu comportamento. CRF (reforçamento continuo) quando um novo comportamento e aprendido, ele deve ser fortalecido, ou seja, deve ser reforçado continuamente para que sua
1
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Burrhus_Frederic_Skinner, consulta em 21/05/12
3
aprendizagem seja consolidada. Isto e feito reforçando-se todas as respostas-alvo emitidas. Extinção e Recondicionamento, da mesma forma que comportamentos seguidos de consequências reforçadoras aumentam de frequência e continuam sendo emitidos, se os comportamentos não forem mais reforçados, ou seja, não produzirem mais a consequência reforçadora, eles diminuem de frequência, voltando a ocorrer, quando ocorrerem, em uma frequência próxima à que ocorriam antes de serem fortalecidos (reforçados). Treino Discriminativo, o tempo todo está cercados por vários estímulos (pessoas, objetos, sons, etc.); no entanto, não são todos os estímulos que exercem controle sobre o comportamento. Chamamos aqueles estímulos que exercem controle sobre o comportamento operante de estímulos discriminativos (S). 0 estimulo discriminativo sinaliza para o organismo que, se determinado comportamento é emitido no momento em que ele (S0) esta presente, o comportamento será reforçado (esta e função do estimulo discriminativo). Esquema de Reforçamento, razão fixa e razão variável, os esquemas de reforçamento intermitente de razão, ou seja, baseados no numero de respostas emitidas, podem ser feitos de duas maneiras: razão fixa e razão variável. Na razão fixa, exige-se sempre o mesmo numero de respostas para que o comportamento seja reforçado; na razão variável, o numero de respostas necessárias para que o comportamento seja reforçamento muda a cada novo reforçamento sendo que o numero (de respostas) gira em torno de uma media, intervalo fixo e intervalo variável, os esquemas de reforçamento intermitente de intervalo, ou seja, baseados na passagem do tempo para que uma resposta possa ser reforçada, podem ser feitos de duas maneiras: intervalo fixo e intervalo variável. No intervalo fixo, exige-se sempre que um mesmo intervalo de tempo transcorra para que uma resposta seja reforçada; no intervalo variável, o intervalo de tempo exigido para que uma resposta seja reforçada muda a cada novo reforçamento, sendo que o intervalo de tempo gira em torno de uma media
4
2. MÉTODO: 2.1.Sujeito: Foi utilizado como sujeito o programa Sniffy Pro - O Rato Virtual é um programa de computador, que tem como proposta servir de recurso didático aplicado ao ensino introdutório de Análise Experimental do Comportamento,
em
especial
às
atividades
práticas
normalmente
desenvolvidas em laboratórios de condicionamento operante que empregam 2
ratos como sujeitos e caixas de Skinner como equipamento experimental .
2.2.Ambiente, Matérias e Instrumentos: Laboratório de informática medindo 7x5m², com computadores de mesa (configuração), programa Sniffy Pro - O Rato Virtual, lápis, borracha, caneta, caderno para anotações, folhas de relatórios, as seções do experimento foram feitas na “Caixa de Ski nner” composta por caixa fechada que contém apenas uma alavanca e um fornecedor de alimento, um bebedouro. 2.3.
Procedimentos: Nível Operante: utilizou-se do nível operante. O treino foi composto
pelo tempo de 15 minutos de observação no qual o sujeito foi observado em seu estado natural sem interferência, foram anotadas em folha de relatório quantas vezes o sujeito pressionou a barras de alimento, farejou-se, limpouse, bebeu água e levantou-se, ao final do tempo contabilizaram-se os resultados e formulou-se a tabela. CRF: utilizou-se do comportamento diferenciado reforçado. Nessa fase aposto o sujeito ter sido modelado para um comportamento especifico (pressionar a barras para receber comida), o mesmo foi observado novamente pelo tempo de 15 minutos, atentando para as mesmas respostas do nível operante, mas agora após o sujeito ser modelado para um comportamento
2
Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-37722003000200008&script=sci_arttext, consultada 21/05/12
5
especifico, ao final da observação dos dados coletados foram passados para um gráfico de analise do comportamento. Exclusão: No inicio da sessão, o rato ficara em CRF por cinco reforços, Ap6s reforços, Ap6s a quinta resposta reforçada, o comportamento do pressionar a barra barra será colocado em extinção, ou seja, quando o animal pressionar a barra não será apresentado o alimento a ele (suspensão do reforço). A partir desse momento, você observara o comportamento do rato até que fique 5 minutos consecutivos sem pressionar a barra. Durante tal período, observe se o animal pressionara a barra de forma diferente ou ate mesmo se começara a mordê-la. Após o animal ficar 5 minutos consecutivos sem pressionar a barra, inicie o registro do comportamento utilizando a Folha de Registro 3. O registro durara 20 minutos. Ao final do registro, faça novamente o procedirnento de Modelagem (ensine o rato a pressionar a barra novamente). Quando o animal estiver pressionando a barra, coloque a caixa no modo automático. Treinamento Discriminativo: A discriminação de estímulos e um processo fundamental do comportamento que descreve a influencia desse eventos antecedentes sobre o comportamento operante novamente o reforçamento diferencial se faz presente estabelecendo a discriminação operante: as respostas de pressão barra serão reforçadas na presença da luz, enquanto não serão seguidas de respostas caso emitidas em sua ausência. Esquema de Reforçamento: Os esquemas de reforçamento intermitente de razão, ou seja, baseados no numero de respostas emitidas, podem ser feitos de duas maneiras: razão fixa e razão variável. Na razão fixa, exige-se sempre o mesmo numero de respostas para que o comportamento seja reforçado; na razão variável, o numero de respostas necessárias para que o comportamento seja reforçado muda a cada novo reforçamento,sendo que o numero (de respostas) gira em torno de uma media. No intervalo fixo, exige-se sempre que um mesmo intervalo de tempo transcorra para que uma resposta seja reforçada; no intervalo variável, o intervalo de tempo exigido para que uma resposta seja reforçada muda a cada novo reforçamento, sendo que o intervalo de tempo gira em torno de uma media
6
3.
RESULTADOS:
3.1. Nível Operante
16 14 12 10
NO
8 6 4 2 0 Farejar
Limpar-se
Beber agua
Pressionar barra
Levantar-se
Figura 01 – Comparação das taxas dos comportamentos NO e CRF Discrição: Após a observação do sujeito em nível operante, constatamos que ele apresentou um numero não significativo em resposta de pressionamento a barra (considerado baixo), e um numero elevado de resposta ao comportamento de farejar e limpar-se, porém esse comportamento em nível operante é considerado normal, visto que o sujeito não esta condicionado.
3.2. Reforcamento Continuo (CRF)
7
250 a d 200 a l u m 150 u c a a i c 100 n ê u q e r 50 F
0 1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
Tempo (min) Gráfico 02 – Frequência Acumulada com respostas de pressão à barra (CRF)
Discrição: Após o condicionamento do sujeito ao comportamento de pressionar a barra (modelagem), observou-se que o numero de resposta teve um aumento significativo se comparado ao NO, enquanto os demais comportamentos tiveram uma diminuição no numero de respostas.
3.3. Extinção de reforçamento continuo (CRF) 45 40 a 35 d a l u30 m u c 25 A a i 20 c n ê u15 q e r F 10
Extinção
5 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1011121314151617181920 Tempo (min.)
Figura 3. Frequência acumulada e resposta de extinção operante. Discrição: Após o condicionamento em CRF, o comportamento aprendido passou por processo de extinção, na qual ocorreu o não reforçamento do 8
comportamento de pressão a barra, sendo observado que ao final do processo o numero de resposta diminui significativamente, retornando assim a níveis operantes.
3.4. Treinamento discriminativo 250 a d200 a l u m u150 c A a i c 100 n ê u q e r 50 F
S+ S-
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1011121314151617181920 Tempo (min.)
Figura 4. Gráfico de frequência acumulada em S+ e S-. Discrição: Sujeito em questão foi exposto a duas situações S+ (luz acesa) S-(luz apagada), após o período de observação, constatamos que em S+ o numero de respostas a pressionar a barra foi maior que em S- na qual teve um numero inferior, isso devido ao estimulo que foi gerado para que o sujeito somente tivesse o comportamento reforçado (pressionar a barra) em S+.
3.5. Reforcamento intermitente Razão Fixa (FR8) 9
300 250
a d a l u 200 m u c A150 a i c n ê u 100 q e r F
CRF FR8
50 0
1
2
3
4
5
6
7
8
9 10 11 12 13 14 15
Tempo (min.)
Figura 5. Gráfico de Reforçamento Intermitente – Razão Fixa (FR8)
Discrição: Sujeito em questão foi exposto ao esquema de reforçamento na qual só teria o comportamento de pressionar a barra reforçado após FR8 (a cada 8 pressões a barra o sujeito é reforçado). Em comparação aos números de resposta apresentado em CRF, vemos que o ocorreu uma diminuição significativa devido à pausa pós-reforço, que é o intervalo que existe entre os reforçamento do comportamento.
10
4.
DISCUSSÃO
Faremos agora uma discussão sobre os dados apresentados no ítem resultados e compararemos os diversos esquemas de reforçamento e extinção com a teoria estudada. Nota-se no gráfico 1, que a resposta de pressionar a barra em NO é um número muito baixo em comparação o CRF, e que a resposta de farejar é maior em NO do que em CRF, que levanta bem menos em CRF e limpa-se praticamente o triplo em NO, nota-se também que ele comeu todas as vezes que pressionou a barra, ou seja, resposta iguais a de pressionar a barra. O gráfico 2 mostra as respostas acumuladas de pressionar a barra em CRF, o rato virtual pressiona a barra 213 vezes em 15 minutos. Podemos perceber que no nível operante o sujeito utiliza-se de seu tempo para realizar atividades reflexas como farejar, limpar-se e levantar. Neste nível, se há algum registro de pressão à barra, podemos considerar este ato como casual, pois neste estágio o rato não sabe da relação existente entre apertar a barra e a saída de comida. Após a modelagem, feita com o animal, o mesmo passa a apresentar respostas diferentes dentro da caixa. Conhecendo agora a relação existente entre a pressão da barra e a saída da comida, o rato passa há dedicar mais tempo para
11
responder a esse estímulo. Vemos no gráfico que no nível CRF, o número de apertos à barra é superior aos outros estímulos. No processo de extinção como mostra no gráfico 3, o rato pressiona a barra 16 vezes no primeiro minuto e diminui a metade de resposta no segundo minuto e no terceiro minuto não pressiona nenhuma vez. Aumenta a frequência de resposta em seguida para 11 vezes e então começa a pressionar a barra em números menores. Consegue atingir o processo de extinção em 10 minutos pressionando a barra uma vez no minuto 8 e uma vez minuto 9, atingindo o número máximo de respostas nos últimos 5 minutos chegando a extinção do processo de pressionar a barra. Percebemos que ao retirar o estímulo reforçador (comida) que estimula a resposta (pressão a barra), o sujeito (rato) apresentou resistência à extinção aumentando inicialmente a resposta e diminuindo gradualmente após alguns minutos, até extinguir por completo o comportamento aprendido. Comprovando a teoria que aprendemos em sala de aula (Skinner). No gráfico 4 nota-se um número muito diferente entre o estímulo discriminativo (Sd) e estímulo delta (Sdelta). O Sd é quase 4 vezes mais respondente do que o Sdelta. No Sdelta, em várias vezes o rato passa 2 minutos sem emitir reposta, tendo também um intervalo de 6 minutos sem resposta nenhuma (do minuto 20 aos 25). Diferente do Sd que só encontrou um pequeno intervalo de um minuto sem resposta aos 18 minutos. Conforme a teoria de Skinner, comprovamos que sucessivas ocorrências tornam mais provável à emissão da resposta na ocasião (estímulo discriminativo), já que ocasionalmente reforçadas, isto é, seguidas de um evento (reforçador) responsável pelo aumento na freqüência de respostas semelhantes. Em CRF o rato pressiona a barra 213 vezes em 15 minutos. Já em FR10 ele chega em 700 respostas no mesmo tempo. E nos dois casos ele não deixa de emitir resposta em nenhum minuto. Se compararmos os dois casos veremos que CRF emite menos que um terço de resposta em comparação ao FR10. De acordo com a teoria de Skinner, CRF é mais eficaz para ensinar um novo comportamento, porém esquemas intermitentes mantêm um número maior de respostas. Este experimento foi a primeira forma de vivenciarmos a Psicologia como uma ciência experimental. Aqui observamos que é possível condicionar pouco a pouco o comportamento do rato para que este ofereça as respostas que desejamos. Isto é 12
facilmente visualizado através dos gráficos, pois percebemos a mudança significativa na taxa de frequência do nível operante(onde o sniffy agia de forma espontânea, sem nenhuma espécie de estímulo) e no treino do comedouro (onde ele passou, com o tempo, a associar o barulho emitido ao pressionarmos a barra com a liberação de comida).Outra forma também de provar esse condicionamento é o fato de que
no
início
o
Sniffy
realizava
inúmeros
comportamentos
e
andava
constantemente por toda a extensão da caixa, já na etapa da modelagem permanecia próximo a barra e tinha uma menor frequência de mudanças de comportamento
5. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALLOWAY, T.; WILSON, G.; GRAHAM, J.; KRAMES, L. Sniffy, o rato virtual : versão pro 2.0. São Paulo: Thomson Learning, 2006. HOLLAND, J. G.; SKINNER, B. F. A Análise do Comportamento. São Paulo:EPU, 1975. MOREIRA, M. B; MEDEIROS, C. A. Princípios básicos de análise do comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2007.
13
ANEXOS
14